O documento descreve a ditadura militar no Paraguai sob Alfredo Stroessner de 1954 a 1989, durante a qual houve violações massivas dos direitos humanos. A ditadura contou com apoio dos EUA e foi derrubada por um golpe militar liderado por Andrés Rodríguez em 1989, dando início a uma transição para a democracia ainda sob controle dos militares.
O documento descreve a ditadura militar no Paraguai sob Alfredo Stroessner de 1954 a 1989, durante a qual houve violações massivas dos direitos humanos. A ditadura contou com apoio dos EUA e foi derrubada por um golpe militar liderado por Andrés Rodríguez em 1989, dando início a uma transição para a democracia ainda sob controle dos militares.
O documento descreve a ditadura militar no Paraguai sob Alfredo Stroessner de 1954 a 1989, durante a qual houve violações massivas dos direitos humanos. A ditadura contou com apoio dos EUA e foi derrubada por um golpe militar liderado por Andrés Rodríguez em 1989, dando início a uma transição para a democracia ainda sob controle dos militares.
- PERIODO DE VIGENCIA DA DITADURA? El Stronato, ou ditadura militar paraguaia refere-se ao
período de 35 anos na história do Paraguai, entre 1954 e 1989, no qual o Paraguai foi governado pelo ditador Alfredo Stroessner.
- DITADORES: Alfredo Stroessner Matiauda OIC • OCIII (Encarnación, 3 de novembro de 1912
— Brasília, 16 de agosto de 2006) foi um militar, político e ditador como Presidente do Paraguai sob um governo autoritário desde 15 de agosto de 1954, até que uma insurreição militar o tirou em 3 de fevereiro de 1989.
- PARTICIPAÇÃO DOS EUA COM OS GOVVERNOS DITATORIAIS: A consolidação da ditadura de
Stroessner contou com o apoio direto dos Estados Unidos, que forneceram ajuda econômica ao novo governo paraguaio. - NÚMERO DE MORTOS E DESAPARECIDOS: Ao longo de 35 anos de regime personalíssimo de Stroessner, conhecido como “stronato”, foram contabilizadas pelo menos 20 mil vítimas diretas de violações aos Direitos Humanos, tais como detenções arbitrárias, torturas, violência sexual, execuções sumárias, desaparecimentos forçados e exílios - GRUPOS DE RESISTENCIA E ESTRATEGIA ULTILIZADAS PARA COMBATER A DITADURA? UM golpe de Estado no Paraguai em 1989 ocorreu durante os dias 2 e 3 de fevereiro de 1989, onde um grupo de militares liderados pelo general Andrés Rodríguez se rebelaram contra o então presidente Alfredo Stroessner. Esse acontecimento está ligados com o resultado da operação militar conduzida no verão de 1989, foi produto dos mesmos orgãos que naquela época sustentavam o regime autoritário: o Partido Colorado, que era o partido governante, como as Forças Armadas. O general Andrés Rodríguez era um dos homens mais poderosos do Paraguai e um dos quais o ditador tinha mais confiança, ao ponto que em pleno golpe de estado se recusar a acreditar que Rodriguez estava liderando a rebelião. Rodriguez aboliu a pena de morte, removeu a lei marcial que regia por mais de 30 anos sem interrupção, legalizou os partidos da oposição.
- GRUPOS ARTISTICOS: Desde a ditadura e principalmente após a sua queda em
1989, a literatura paraguaia é um espaço privilegiado de representações, denúncias e debates sobre o país. Muita coisa mudou desde que o peruano Alberto Hidalgo (1897- 1967) escreveu em 1926 que “Eu sei sobre o Paraguai que você nem conhece a palavra arte por boato. Lá eles só dão papagaios e erva-mate " Ou desde que o também peruano Luis Alberto Sánchez (1900-1994) se referiu à literatura do país como uma “incógnita” em Nueva Historia de la Literatura Americana (1944) . Tampouco a literatura mais recente do país se resume a Augusto Roa Bastos, o escritor paraguaio mais (re)conhecido nacional e internacionalmente, sobretudo em virtude do livro Yo, el Supremo (1974) 6, escrito no exílio durante a ditadura de Alfredo Stroessner. - RESISTENCIA CIVIL: O regime Paraguaio foi cada vez mais alvo de críticas internacionais nos anos 70 por violações dos direitos humanos, incluindo alegações de tortura e assassinato. Em 1978, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos convenceu uma reunião anual de ministros das Relações Exteriores da OEA a aprovar uma resolução exortando o Paraguai a melhorar sua situação de direitos humanos. Em 1980, a Nona Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos, reunida em La Paz, Bolívia, condenou violações de direitos humanos no Paraguai, descrevendo torturas e desaparecimentos como "uma afronta à consciência do hemisfério".
- DEMOCRETIZAÇÃO: O golpe de Estado deu início a um processo de abertura política que a
maioria da opinião pública qualificou como “processo de transição para a democracia”. Como era previsível, a comunidade internacional pressionou o novo homem forte por uma saída democrática, quer dizer, a eleição dos representantes do povo. Diante dessa exigência, a corporação militar, que tinha sustentado o poder real da ditadura, compreendeu o alto risco político que significava um processo eleitoral não controlado pelas Forças Armadas. As respostas materializaram-se nas eleições presidenciais e dos membros do Congresso em maio de 1989, quando o general Andrés Rodríguez, candidato pelo Partido Colorado, foi eleito presidente para o período 1989-1993. As eleições desenvolveram-se de acordo com as regras do jogo estabelecidas. A oposição justificou os resultados eleitorais assinalando que as “eleições foram livres e pluralistas, ainda que não limpas e regulares, mas necessárias como passo para a democratização do país”. Durante o período presidencial, Rodríguez promoveu duas reformas políticas: a do Código Eleitoral e a da Constituição Nacional. A iniciativa governamental das reformas nos marcos de um “stronismo” sem Stroessner atendia à necessidade (de ajustar a ordem jurídica e as regras do jogo da “democracia representativa” às relações sociais que permitissem controlar a administração do poder. Com efeito, a cidadania recuperou suas liberdades civis e políticas e a burocracia cívico-militar conservou os benefícios obtidos em cinquenta anos de governo colorado.