l-Av. Mal.

Gifflara, 271-S/Loj*
Dltetor-Besponsável
Paolo Germano de Magalhães.
^Ctoeio da Manhã
Libraryfcf C<
Rio de Janeiro, OB,
domingo, 23, •
ivjjunila-fclra, 24-4-1912
Ano LXXI
N.» 24.24J

mWmmmTmWtffflVÊffiBmfm^lÊrWmWlNPW^?^ m >^mmmmmmmV7mmmmU

O povo acompanhou,, em -reverência, o cortejo que levou os despojosdo Imperador Dom Pedro l,Rei Pedro IV de Portugal, ao Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, onde se realizou a solenidade da entrega oficial

Brasil r ecebe com festas

¦.{•"

os restos de Dom Pedro

DIRETOR MNOMICO
ÉP Ajudá^ista
a mudar pM! 'eii^-B^^e
¦¦rJS^p4j; ^êg *$%1 ^ 'ífU
s O secretário da Fazenda de São
Paulo,^Carlos Aiitôniò Rocca,
aprèsentóu/tonfemj diversos ar-
gumentos contra à tese aprovada
na DI Concláp em favor ,da refor-
mulaçao da- legislação do ICM.
Disse que as estatísticas não
apontam distorção favorável aos
Estados produtores e que os Esta-
dos onde a arrecadação é menor
(os menos desenvolvidos) são be-
neficiados por amplos programas
de investimento e assistência fi-
nanceira do Governo federal.
Os banqueiros cariocas cohside-
ram a determinação da Correge-
doria da Justiça-do Estado, ao
proibir a divulgação das rela-
ções de protestos de títulos, ai-
tamente prejudicial ao interesse
da economia, pois, a partir de
agora, os bancos só estarão se-
guros quando fornecerem cré-
ditos com grande garantia. O
mesmo problema ocorreu em
São Paulo, mas teve solução rá-
pida com entendimentos entre
os bancos e o corregedor local.
O diretor latino-americano do
Programa da ONU para o Desen-
volvimento, Gabriel Valdez, de-
clarou, ontem, na Unctad, que a
ajuda dos países ricos aos subde-
senvolvidos, quando vinculada a
contratos de fornecimento, ele-
va, em muitos casos, os custos
das obras programadas por estes.
Segundo observadores, a solução
dos países fornecedores dè mate-
rias-primas seria a constituição
de associações, seguindo o exem-
pio dos exportadores de petróleo.
O Presidente Américo Thomaz chegou
ontem à Guanabara, desembarcando na
lancha presidencial, às 10h20min, no
cais do 19 Distrito Naval, acompanhado
de sua esposa, Dona Gertrudes Thomaz,
e de,sua filha, Dona Maria Nathália, e
de membros de sua comitiva, sendo re-
cebido pelo Presidente Mediei e Dona
Scila e pelas autoridades presentes. De
automóvel, os Presidentes do Brasil e
de Portugal deslocaram-se para o Monu-
mento dos Mortos da II Guerra Mundial,
para a solenidade de entrega oficial
dos restos mortuários de Dom Pedro.
Ao longo do trajeto, os dois chefes de
Estado foram muito aplaudidos por po-
pulares. Ao fazer a entrega dos des-
pojos de Dom Pedro, o Presidente
Thomaz exaltou a fraternidade e a "afi-
nidade de espírito e vocação cultural
que unem os dois povos". (Página 3)

xjUJu/x JOGA HOJE A grande preocupação do Fluminense para o

Fla-Flu desta tarde no Maracanã — deve haver mm $n ¦ •Jmwmmmp:'i}i*-: ,^B^PBftFffi''1
novo recorde de renda — era o resultado do
teste de Lula. Mas o ponteiro passou bem e
garantiu sua escalação. No Flamengo, a. tran-
qüilidade virou rotina e tudo indica que a de-
cisão da Taça Guanabara será sensacional. No
Botafogo, a esperança da voüa de Gérson es-
friou um pouco: o São Paulo quer dinheiro
demais. Mas Fischer vem aí (Páginas. 17 e 18) O Presidente Mediei recebeu o Presidente Américo Thomaz

UP analisa
a situação
do Chile
O desenvolvimento his-
tórico da sociedade chi-
lena, segundo a União
Popular, a levou a um
grande grau de depen-
dência do exterior, a
uma concentração ex-
trema da propriedade e
da renda, à marginali-
zação econômica e so-
ciai e à orientação de
todo o sistema de pro-
dução, para satisfazer
aos grupos de mais alto
Depois do fiasco de anteontem, quando perdeu as duas partidas de simples, ingresso. Leia Paulo
BRASIL AINDA o Brasil conseguiu recuperar-se ontem na disputa do título sul-americano da
Taça Davis. Koch e Mandarino venceram Jaime Fillol e Francisco Cornejo
Germano de Magalhães.
AOS DQMINGOSi
Gay power,
aonde vai
o poder?
Até onde o gay power
é importante? Aguinal-
do Silva analisa o filme
Domingo Sangrento,
filme que aborda uma
relação homossexual. O
artigo destaca que o
tratamento de naturali-
dade dada é incompatí-
vel com o machismo
brasileiro, que é perfei-
tamente claro na litera-
tura pátria. E fala tam- Alberto Silva faz um estudo sobre o con-
bém do filme de moral gaceiro, herói marginal e um misto de
oposta ao original Sun-
day, Bloody Sunday.
justiceiro e criminoso, que
desde o cinema primitivo
é explorado
até o atual.

PODE VENCER e diminuíram a vantagem do Chile: 2 q 1. A decisão será hoje no Flu-

minense o o Brasil precisa ganhar as duas simples. (Página 16)

*
 Nacionalidades
PORTUGUÊS e brasileiro, Rei de Portugal e
Imperador do Brasil, cidadão e soldado de
duas Pátrias, D. Pedro I simboliza, nesta hora
maior de encontro e diálogo de duas nacionali-
dades, a união de dois povos que vieram do mes-
mo berço e ostentam as mesmas Raízes. Brasil
e Portugal representam, hoje, no mundo, um ní-
tido universo cultural, que é a civilização luso-
brasileira. Mais de 110 milhões de pessoas'fa-
Iam a nossa língua comum — e ojato de ser-
mos nós, brasileiros, quase 100 milhões a utili-
zá-la, realça ainda mais as nossas responsabili-
dades na preservação e modernização dessa for-
ma de viver e. de ser que herdamos de Portugal,
e na qual vibra o compromisso de nossa ociden-
talidade.
\ PRESEMÇA—do Presidente Américo Thomaz
entre nós vindo, pessoalmente, para, em
nome do governo e do povo português, entre-
gar.ao Brasil os despojos do grande rei-aventu-
reiro que fundou, comum Império, a nossa ria-
cionalidade — constitui uma oportunidade ex-
cepcional para as reflexões e decisões necessá-
rias à projeção do compromisso comum das duas
Nações, no plano de uma maior afirmação mun-
dial. Cabe lembrar que, neste momento em que
o Brasil efetua o maior esforço de modernização
de sua História, cumprindo programas estraté-
gicos tie desenvolvimento e conquista da auto-
nomia econômica, Portugal empreende, sob o
governo Marcelo Caetano, o trabalho de renova-
ção de suas estruturas, decidido como está a
ajustar-se às novas realidades de uma Europa
sempre pronta a refletir as mudanças do mundo.
pARA os brasileiros é tempo de pensar em
. Portugal como a grande porta sempre aber-
ta para nós no Continente europeu, e meio pri-
vilegiado de penetração econômica e cultural,
tecnológica e social. E é tempo, também, de re-
fletir sobre a importância do Portugal Ultrama-
rino na montagem de uma infra-estrutura de ex-
portações e até de intercâmbio empresarial e
tecnológico. Lourenço Marques, no Sul'da Afri-
ca; Moçambique; Macau, no Extremo Oriente;
Timor, na Austrália — eis alguns nomes que,
numa espaçosa Geografia Econômica, acenam
para a viabilidade de uma operação de conquista
de novos mercados indispensável ao Brasil, que
hoje enfrenta o desafio da diversificação dos
portos de destino para suas matérias-primas e
manufatufados. Portugal é, pois, a nossa porta
na Europa — para melhor alcançar' o maior
mercado multinacional do mundo — na Africa,
na Ásia e na Oceania. O estabelecimento de en-
trepostos para os nossos produtos, em pontos es-
tratégicos do Portugal Ultramarino — já cogi-
tado nos mais recentes entendimentos entre os
dois países —. distingue-se, pois, pelo seu per-
fil pragmático. Insere-se dentro de uma nova de-
manda que contempla, inclusive, a conveniência
de ser feita uma união aduaneira luso-brasileira,
para flexibilizar o fluxo econômico da produção
exportável dos dois países. Destaque-se, que o'
Brasil é, por sua vez, a grande porta de Portu-
gal para a América Latina, dispondo, portanto,
de faculdades de intermediação para colocar os
seus produtos na área da Alalc.
g SE É CERTO que as mudanças das estrutu-
ras econômicas de Portugal e do Brasil, re-
clamam um sistema de relacionamento não-tra-
dicional, e que acolha as novas realidades bila-
terais, também o é que essa modernização se faz
exigível em outros setores básicos: o turístico,
o da cooperação tecnológica e cultural; o dos in-
vestimentos. Os interesses maiores de uma civi-
lização comum assim o exigem. Ê um impera-
tivo humanístico. E cabe não esquecer que, sen-
do Portugal e Brasil Nações vinculadas ao siste-
ma de segurança do Atlântico Sul, o aprofunda-
mento desse diálogo há de relacionar-se com a
busca de pontos e referências que se convertam
em novos dados para um melhor equilíbrio do
mundo e redução das .tensões internacionais.
0 ESTATUTO da Igualdade, que consagra o
princípio da unidade de cidadania para os
portugueses e brasileiros — motiva, pelo seu
sentido de fraternidade e solidariedade, essa no-
va estratégia de convivência.
No momento histórico em que Portugal de-
cidiu que repousassem para sempre no Brasil os
despojos de D. Pedro I — associando-se aos fes-
tejos do 150.° aniversário de nossa Independên-
cia — o Presidente Mediei aludiu às relações
especiais que unem os dois países. A vinda do
Presidente Américo Thomaz ao nosso País, além
de ser um testemunho da unidade de cidadania
presente no ato inaugural de comemoração do
nascimento do Império edificado por D. Pedro I
p José Bonifácio, indica que esse relacionamento
singular, e talvez único na história viva dos po-
vos, tem um sentido dinâmico. Representa as
bases firmes para as decisões e os atos impres-
cindíveis ao desenvolvimento interno e à proje-
ção internacional das duas Pátrias que, unidas,
hoje reverenciam, simultaneamente, os despojos
de D. Pedro I e comemoram o 400.° aniversá-
rio da publicação de Os Lusíadas, de Luís de
Camões.
— Correio da Manhã —
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(ride Interna) — End. Telegráfico: Correoroanha —
Rio de Janeiro — Guanabara
BRASÍLIA — Pelas vozes de duas de suas figu-
ras mais expressivas, a-do presidente que se re-
tira e a do que assume, respectivamente os Srs.
Batista Ramos e Filinto Müller, a Arena reco-
nhece que a nossa política, hoje, não oferece
perspectiva às individualidades fortes.
Ao despedir-se do comando partidário, o ex-
ministro do Trabalho assinala que "a democra-
cia política brasileira deve renunciar, por algum
tempo, aos excessos de individualismo e admi-
tir, compreensiva, a liderança da democracia de
inspiração econômica e social".
Já o Senador Filinto Müller vai além, ao pre-
conizar "um partido liberto de improvisações e
de personalismo".
"O
personalismo — declara — cria obstá-
culos a legitimas aspirações, desencoraja os va-
lores novos, dificulte a participação ampla da
vontade popular na atividade partidária, deturpa
a pureza do regime democrático."
Filinto define sua missão na Arena
BRASÍLIA (Sucursal) — O Senador
Filinto Müller, que será eleito hoje,
pela Convenção Nacional da Arena,
presidente do partido da maioria, pelo
período de trás anos, no discurso de
posse, lembrará aos arenistas que "a
restauração da plenitude democrática
não pode ser fruto de açodamento e
que, como obra coletiva, nela deve ca-
da um assumir o seu quinhão de res-
ponsabilidade".
Definindo sua missão à frente da
Arena, dirá que lhe cabe "promover
o fortalecimento do partido, para que
possa ele colaborar com autoridade e
autonomia nos atos de vontade cole-
tiva que o Governo coordenará e
transformará em autênticos e efetivos
objetivos nacionais".
Já o Sr. Batista Ramos, que deixa
a presidência da agremiação majori-
tária. mostrará os resultados de suas
gestões, para reorganizar os diretórios
regionais arenistas, e lembrará a de-
cisão do Diretório Nacional — agora
recomposto — sobre o apoio às elei-
ções indiretas para governadores, em
1974.
Real significação
"Transposto o momento emocio-
mil produzido pela mensagem das elei-
ções indiretas, estamos convencidos —
dirá — de que, a esta altura dos acon-
tecimentos, a Arena Já 6e compene-
trou de sua real significação e, por
Isso, mais uma vez manifestará sua
solidariedade ao governo do Preslden-
te Médlcl, aprovando a emenda, entre
os dias 2, 3 e 4 de maio próximo."
Depois de referir-se às preocupa-
ções governamentais, quanto» ao lan-
çamento antecipado de candidaturas
aos governos estaduais, dirá o Sr. Ba-
tlsta Ramos:
"Se. como sabemos, o
problema
sucessório, entre nós, em nível naclo-
nal ou estadual, tem sido elemento
perturbador da normalidade adminis-
trativa, pelas agitações que provoca,
Imaginemos, agora, suas conseqüên-
cias no momento atual, quando o País
trava, simultaneamente, batalha re-
nhida em duas frentes, com tremen-
das resistências: a luta contra a In-
fiação e pelo desenvolvimento. Se ace-
lêramos o ritmo de desenvolvimento,
inflaclonamos & economia; se baixa-
mos este ritmo, sobrevém a estagna-
ção. Seja como for, importa decifrar
o enigma, para que a democracia de
base capitalista não venha a soçobrar,
dominada pelos extremlsmos." '
Depois de mencionar dificuldades
que "este enigma provoca em outros
países", sustentará o Deputado Ba-
tlsta Ramos que "por tais razões é
que a democracia política deve renun-
ciar, por algum tempo, aos excessos
do Individualismo e admitir, compre-
enslva, a liderança da democracia de
Inspiração econômica e social. Longe
estamos — declara — de afirmar que
a prosperidade só é compatível com
os regimes fortes e restritivos das
prerrogativas políticas. Não há nenhu-
ma relação necessária entre desenvol-
vimento econômico e regime, bastando
atentai-, num relance, para as maio-
res potências econômicas mundiais. De
qualquer forma, podemos afirmar que
uma economia sadia contribui pode-
rosamente para a estabilidade demo-
crátlca e a preservação dos direitos
políticos. Este deve ser o nosso obje-
tivo e esse é também o objeüvo do
atual Governo."
Convencionais
As convenções arenistas e emede-
blstas começaram com o recebimento
de credenciais dos delegados dos dois
partidos. Pela Arena, até o final da
noite, estavam em Brasília cerca de
400 convencionais, contra 180 do MDB.
O.s oposicionistas i n a u g u raram
nado; os arenistas,' à tarde, na Cama-
ra dos Deputados. Logo após às res-
nado; os arenistas, à tarde, na Cã-
pectivas instalações, as convenções de-
signaram comissões partidárias para
aprovar, num e noutro partido, o novo
Programa, Estatutos, e Código de Êti-
ca.
A Arena aprovará apenas uma car-
ta de princípios, elaborada pelos sena-
dores Carvalho Pinto e Antônio Car-
los Konder Reis, pois resolveu convo-
car, em julho próximo, nova conven-
ção para a reforma do seu programa.
Com Isso, o partido ganhou mais três
meses, a fim de colher colaboração
de intelectuais e empresários.
Já no MDB, o comando partidário,
sob liderança do grupo moderado, ela-
bprou o novo Programa a ser aprova-
do hoje, além do Código de Ética e
das Estatutos.
Os denominados autênticas pre-
tendem encaminhar, a tais trabalhos,
substitutivos elaborados pelos Srs. Al-
ceu Colares (Programa) e Alencar
Furtado (Código de Ética). Este últi-
mo. aliás, afirmou ontem que, "a ri-
gor, a Oposição só deve ter como Có-
digo o Sermão da Montanha e os Sete
Mandamentos da Igreja."
CORREIO DA MANHA — Rio de Janeiro, domingo, 23 e 2a feira, 24/4/1972
Personalismo e doutrina
Noutras palavras: o primeiro considera a
contenção das personalidades políticas fortes um
fenômeno conjuntural e lhes pede que tenham
paciência; .o segundo, mais radical, declara en-
cerrado o ciclo de prevalência das individuali-
dades sobre o conjunto de interesses do partido
e como que aconselha a adaptação a novos pa-
drões, que vieram para ficar.
Em política, durante o curso dos aconteci-
mentos, e extremamente difícil dizer qual o diag-
nóstico certo ou errado. Quem não conhece a
grande gafe interpretativa de Gustave Le Bon,
que, escrevendo na segunda década deste sé-
culo e referindo-se à Rússia, citou-a como exem-
pio, ao julgar, então, possível o domínio de mo-
vimentos reivindicatórios potenciais, com a ado-
ção de medidas políticas, econômicas e sociais
adequadas? Dois anos depois, no entanto, ver-
se-ia cair por terra todo o castelo de seus ar-
gumentos.
Na tarde de hoje, as comissões
emedebistas estarão firmando a posl-
ção partidária sobre tais assuntos.
Eleições
A partir de 9 horas, arenistas e
emedebistas, — os primeiros na Cá-
rnara e os segundos, no Senado — es-
tarão elegendo os futuros diretórios
nacionais.
Na Arena, o Sr. Filllnto Müller é
candidato único à presidência parti-
daria. No MDB, o Sr. Ulisses Gui-
marães é candidato à reeleição, pelo
grupo de moderados, e o Ex-Sena-
dor Josafá Marinho é o candidato dos
autênticos. As duas eleições escolhem
49 nomes para a composição dos di-
retórlos nacionais. Posteriormente,
estes organismos indicam as respec-
tivas comissões executivas nacionais.
Admitia-se, ontem, que o Sr. Ulisses
Guimarães teria 70% dos votos par-
tidários, para ocupar a presidência da
Executiva do MDB. O Sr. Josafá Ma-
rinho/no entanto, cemo está na ca-
beca da chapa dos autênticos, estará
também no futuro Diretório Naclo-
nal oposicionista, pois a Lei Orgãnl-
ca exige que, em caso de disputa, as
duas correntes sejam representadas
proporcionalmente no órgão de co-
mando, segundo os votos obtidos na
Convenção Nacional.
Apelo
O Deputado Paes de Andrade, 2."
Secretário da Câmara e membro do
Conselho Consultivo do MDB, da fac-
ção dos autênticos da Oposição, afIr-
mou que "a disputa interna, na con-
venção oposicionista, não configura
qualquer aspecto de dissidência. Até
porque — disse — um partido como
o nosso não pode ser uma túnica In-
consútll, mas uma constelação- de
temperamentos e tendências".
Depois de assinalar que "o MDB
sairá fortalecido da convenção", diz o
Sr. Paes de Andrade, referindo-se ao
problema da autodissolução partida-
ria:
"Se o MDB insiste em sobreviver,
sob o argumento de que não deseja as-
sumir perante a História a responsa-
billdade de interromper, no País. a
viabilidade do diálogo democrático, é
bom que os lideres de quaisquer das
chapas vitoriosas no -Diretório Naclo-
nal meditem sobre a conveniência de
unir o partido na eleição que se se-
guirá, para a Executiva Nacional".
Filinto
Ainda no discurso de posse, a.ser
feito logo mais, o Senador Filinto
Müller, lembrará pronunciamento do
Presidente Mediei, segundo o qual "a
Nação Brasileira, no pleno exercício
de sua soberania, é capaz de autode-
terminar-se politicamente, imprimln-
do ao regime democrático, dentro do
qual deseja construir a sua grandeza,
os traços que melhor consultem os
Interesses do povo".
"A tarefa de consultar o
povo —
afirmará — é por excelência uma
tarefa politica, que deve caber ao
partido, da mesma forma que a. pro-
moção do desenvolvimento é primor-
dlalmente obra do Governo, do qual
resultarão condições propícias para o
florescimento do regime democrático,
em consonância com aqueles interes-
ses."
E, salientará: "Dai porque, con-
solidada a estrutura econômica e atln-
gldo o limiar da faixa em que se si-
tuam as nações desenvolvidas, asse-
guradas a tranqüilidade social e a
confiança interna, conquistados o res-
peito e o crédito no campo interna-
cional, Impõe a todos nós brasileiros,
notadamente os integrantes da Are-
na,'lutar pelo fortalecimento das tas-
titulções políticas, com realismo, cons-
cientes de nossas responsabilidades
Inspiradas nos ideais da Revolução de
64, que nos cumpre defender lntran-
gigentemente."
E. adiante: "Essa é a grande mis-
são do nosso partido. Cabe-nos em-
pregar toda a nossa capacidade no
sentido de tornar a organização par-
tidárla mais homogênea e sólida. II-
berta de Improvisações e de persona-
lismo. Aquelas decorrem da falta de
orientação que se Imponha e inspire
confiança. O personalismo cria obs-
táculos a legítimas aspirações, desen-
coraja valores novos, dificulta a par-
tlcipação ampla da vontade popular
na atividade partidária, deturpa a pu-
reza da vida democrática. Devemos
firmar nossa coesão através de adoção
e defesa de princípios doutrinários, de
Idéias livremente estabelecidas, de
programas que correspondam ao sen-
timento e às aspirações do povo. Pre-
cisamos, ainda, de ter sempre capa-
cidade de renunciar às aspirações po-
pulares. ainda que legítimas e respel-
táveis. ou a reivindicações relgonals,
ainda que justas. Devemos, ainda
cultivar o espírito de disciplina e cul-
dar da formação de novas lideranças,
mantendo no fimbito Interno perma-
nente diálogo."
. No caso em questão, de individualidades po-
líticas, há fortes indícios pelo menos quanta ao
que se pretende.
O Senador Filinto Müller, escolhido para o
comando partidário, que lhe caberá por três
anos, há de desejar pôr em prática suas corivic-
ções. O Deputado Batista Ramos, que volta A
planície da Arena, já não conta tanto quanto
antes.
Mas, do ponto de vista da psicologia políti-.
ca de nossa gente, a tarefa a que se propõe. Fi-
linto será exeqüível? Esta resposta só o tempo
pode dar. No primeiro teste — a emenda, das-
eleições indiretas para governadores —-, embora
com alguns arranhões, ás lideranças fortes do
partido se submeteram. O segundo teste será o
pleito municipal de novembro, quando a Are-
na, ao invés de girar em torno de nomes, pensa
em contrapor aos seus adversários do MDB uma;
doutrina definida, contra outra doutrina ou.ape.
nas nomes. ¦•{*
•AZEVEDO UMA-
Vice refuta Deputados no Paraná
crítica a buscam Prefeituras
César Cais CURITIBA (Sucursal) — Diante da certeza de que seus
horizontes de atividades se restringem diariamente, cir»; :
cunscrevendo seu campo de atividade às polêmicas tradl- '
cionais nas Assembléias Legislativas, cujo eco também j
BRASÍLIA (Sucursal) — O Vice-
Governador do Ceará, Humberto Be- não ultrapassa as quatro paredes das salas de plenário, :
zerra, referindo-se às acusações do os políticos profissionais estão, partindo agora para no :
vas conquistas. Isso. se faz sentir em qualquer sessão le- j
Deputado Chagas Vasconcelos, líder
gislativa que se realize. No Paraná, a exemplo do; que ;
do MDB na Assembléia Legislativa
daquele Estado, ao Governador César ocorre no âmbito nacional, os políticos estão preparan-
Cais, de que este teria praticado ato do as bases para possíveis candidaturas aos executivos
municipais. '¦
de corrupção eleitoral na nomeação No Paraná, è o seguinte o panorama atual:
de professoras, afirmou que o parla-
mentar oposicionista incorreu em
Começando por Paranaguá, a maior cidade do
ação precipitada, porque o chefe do litoral, sabe-se que o Deputado Nelson Buffara (MDB)
Executivo cearense vem procedendo, aspira concorrer à Prefeitura, com razoáveis chances de
em suas iniciativas, com uma lisura vencer. O partido da Oposição sempre teve grande for-
e seriedade a toda prova.
ça naquele município, que atualmente está sob interven-
O vlce-governador, q-ie jâ foi ção federal, cujo comando executivo está entregue ao ;
deputado federal, indagado sobre a General João da Silva Rebello.
medida do Governo Médlcl de trans-
formar em indiretas as eleições para Em Ponta Grossa, terceira cidade do Estado, tam-
bém um deputado estadual poderá vir a ocupar a pie.-
as chefias dos executivos estaduais
em 1974, ao encaminhar emenda à feitura. Trata-se de David Federmann, nome que reúne
Constituição ao Congresso Nacional condições para unificar a Arena local, tradicionalmente
nesse sentido, disse que a iniciativa dividida. O candidato da Oposição poderá ser um ex-
do chefe da Nação foi 6ábla, porque parlamentar, Eurico Batista Rosas, que por longos anos
corresponde aos elevados interesses representou a "Princesa dos Campos" (Ponta-Grossa) |
do Pais. na Assembléia Legislativa.
O Sr. Humberto Bezerra, prós-
Nivaldo Kruger. do MDB, é o único deputado da i
seguindo em defesa de sua tese, argu-
mentou que as eleições Indiretas im- Oposição que tem chances de levar o partido à vitória-!
em Guarapuava. Ele já foi prefeito do município, dei-,
pedem que as agitações próprias de xando uma excelente imagem de sua gestão. Entretan-
um pleito direto tulmutuem a contl-
to. está relutante entre deixar ò mandato para voltar a :
nuldade administrativa, que. no caso,
revoluciona no Ceará todo um siste- dirigir um grande município em condições adversas, ou ¦
ma de governo. seja, sem contar com o apoio irrestrito do governo do' '
Estado. -: ..¦.,¦ •;..... .-:,-' J,
¦ '.'=*:,; . - ¦¦ i Vi
'•">'*'; 'í..!V:.^--í*5ü-:'' í
¦ 7— Um pouco mais adiante, em Cascavel,¦¦¦— principal
cidade do Oeste Paranaense — o Deputado Odilon Rei-
Petrônio diz nhart está pensando em retornar à Prefeitura, a cuja;
frente ele granjeou o prestígio que o levou à Assembléia
Legislativa.
que emenda
Praticamente em todas as principais cidades do l
norte e do noroeste existem deputados candidatos a pre» j
feituras. Em Londrina, o Deputado Federal Mário Stamm
será aprovada está em intensa campanha e seriamente decidido a tl-
rar forra da derrota que sofreu, em 1968, quando perdeu
j
para Dalton Paranaguá, atual prefeito. Álvaro Dias. V'
;3í^í&!íS:^^^^$y3 deputado mais jovem do Paraná (MDB), com 26 anos.
que teve seu nome cogitado para concorrer numa suble-
genda, há alguns meses, parece que desistiu da,idéiaI
de participar do pleito. Suas ambições são estreltamen-
te ligadas à continuidade da- vida politica.
Em Maringá, o nome de Silvio Barros continua
em evidência. Seria o único do MDB em condições de fá-
zer frente à tida como imbatível candidatura de João
Paulino Vieira Filho. O atual prefeito, Adriano Valente,
tem-se preocupado mais com a administração do muni-
ciplo- Wilson Brandão (Deputado Estadual), que está
desaparecido da Assembléia Legislativa desde o fim do
recesso parlamentar (dia em que apenas participou da
'"'iHMHiFfr abertura dos trabalhos), também pretende se lanjar can-'
didato numa sublegenda arenlsta.
Basülo Zanusso. um deputado
que atua apenas
discretamente no Legislativo, está pensando em voltar à
sua cidade, Nova Esperança, na qualidade de prefeito. a1
ali adiante — na cidade de Paranaval — doia parlameri-
A Emenda Constitucional que tares devem disputar a prefeitura, ambos pela Arena:'
restaura o processo de eleição indi.
reta Já está pronta para ser aprova-
O Deputado Federal FIávio Qiovlnne e o Estadual Be-
da pelo Congresso que Iniciará, a nedlto Pinto Dias. A candidatura deste último Já esteve
mate forte. Enfraqueceu depois que Qiovlnne tambéra
partir de amanhã, a discussão da
matéria. Segundo o Senador Petrô- resolveu concorrer com o apoio — segundo eh? próprio
nio Portela que esteve ontem no — do Senador Filinto Müller. Não se entende.apenas
Rio para participar das homena- que tipo de apoio o velho senador pode oferecer a um;
gens prestadas ao Presidente de candidato à prefeitura de um município como Paraná-
Portugal, no dia 2 de. maio a emen-
da será aprovada para em seguida vai, lá no interior do Paraná. ,,. , \".V"
•ser promulgada.
Esta é, como se sabe, a primei-
ra emenda que sofre a Carta Outor.
gada pela Junta Militar que suce-
deu,' no Poder, ao Presidente Artur
da Costa e Silva. O texto da emen-
Garcia repele tese -. -V
?.
da, simples e conciso, diz apenas o
seguinte:
— "A eleição para governadores
da FAO: natalidade
e vice-governadores dos Estados, em
1974, realizar-se-á em sessão públi.
BRASÍLIA (Sucursal) — O Deputado Luiz Garcia (Are-
ca e mediante votação nominal, pe- na-SE) falando da Tribuna da Câmara manifestou-se
lo sufrágio de um Colégio Eleitoral
contrário à tese da FAO — Organização de Alimentação
constituído pelas Assembléias Legis- e Agricultura das Nações Unidas, recentemente divulga-
lativas.
O Colégio Eleitoral reunir-se-á,
da, e que prega o controle do crescimento demográfico
pelos paises em desenvolvimento e que será objeto de es-
na sede da respectiva Assembléia tudo na próxima conferência sobre o melo ambiente a
Legislativa no dia 3 de outubro de realizar-se em Estocolmo em Junho próximo. ;i.;-v !
1974 e a eleição deverá se processar
nos termos dos parágrafos 1° e 29 Sou daqueles que não se alinham contra o planeja-
do artigo 75, da Constituição. mento familiar, desde quando controlado, orientado pela
Vagando-se os cargos de gover- própria família, e não como uma imposição do Estado'
nador e vice-governador, far-se.á a E o Brasil não poderá, pelo menos nos anos que se se-
guem, filiar-se à corrente de controle da natalidade sem
eleição pelo processo estabelecido
neste artigo, trinta dias depois de que antes cuide da ocupação racional do seu terrltó-
aberta a última vaga, ç cs eleitos rio.
completarão os períodos de seus an- Não é com a migração de brasileiros do litoral para
o interior amazônico que o Brasil há de ocupar aquela
tecessores.
grande faixa territoral. Há de ser a população nascente,
A regra do parágrafo anterior
há de ser a juventude de agora e de amanha que, firma-
aplica-se aos casos de vacância dos das nos princípios de natalidade que o Brasil está Im-
cargos de governador e vice-gover.
nador eleitos a 3 de outubro de plantando e que o Governo está doutrinando, que se fará
a ocupação efetiva desta parte valiosa do nosso terrltó-
1970." rio — concluiu.
1> fíADERNO
 COLUNA
UM
Aplaudidos
na passagem
As 10h30min, aberto pelos
batedores da Polícia do
Exército, o cortejo de recep-
ção ao Presidente português
deixou o pátio do Cais da
Bandeira em direção ao Mo-
numento Nacional aos Mor-
tos da II Guerra Mundial. O
trajeto, compreendendo a
Rua Visconde de Inhaúma e
a Avenida Rio Branco, foi
feito ena três minutos e em
carro fechado, com o Almi-
rante Américo Tomás sen-
tado ao lado do General Mé-
dlci, no Itamaratl presiden-
ciaL Devido à velocidade de
passagem do cortejo, o Pre-
sidente português mal pôde
responder com ligeiros ace-
nos aos aplausos que lhe
eram dirigidos por membros
da colônia concentrados ao
longo da Visconde de Inhaú-
ma.
Limpeza
A fim de manter em es-
tado impecável as ruas do
centro da cidade por onde
passaram em cortejo, o Pie-
sidente português, Américo
Thomaz, e o Residente Mé-
dici, o 2.o Distrito do De-
partamento de Limpeza Ur-
bana manteve uma equipe
de 310 homens trabalhando,
A limpeza foi mais concen-
trada na madrugada de on-
tem, na Avenida Rio Bran-
co, Sètç de Setembro, Pra-
ça Tiradentes e Rua da
Constituição. Segundo o ..
DLTJ, os trabalhos de roti-
na do 2.o Distrito (que pos-
sui) efetivo de 280 garis)
teve um acréscimo de mais
30 homens, por solicitação
especial do Governo do Es-
tado. Na tarde de ontem, na
Avenida Rio Branco, cerca
de 12 garis, utilizando um
caminhão pipa, empenha-
ram-se na execução de tra-
balhos de recolhimento de
papéis picados que foram
jogados do alto dos edífl-
cios, no momento da passa-
gem do cortejo presidencial.
Nas barcas
Somente às 10h45min, o
Ministério da Marinha libe-
rou o tráfego de barcas na
Praça XV, previsto para às
OhlSmin, o que provocou
alguns protestos entre o
grande número de pessoas
que aguardava, de pé (não
havia lugar para sentar) o
restabelecimento do tráfego
das barcas. Os mais.cansa-
dos ..sentaram mesmo no
Ch8o.'€ uma .-senhora des-
matou devido a longa espe-
ra. O tráfego fora paraüza-
do às 8hl5min.
O almoço
Logo após as solenidades
realizadas no Monumento
dos Pracinhas o Presiden-
te Américo Thomaz dirigiu-
se à Embaixada de Portu-
gal, na Rua São Clemente,
onde almoçou com sua co-
mltiva e um número redu-
zido de convidados. O almo-
ço foi informal, regado a vi-
nho com robalos e querelles
de entrada, terrina de pa-
to como prato principal e
gelatina e pêra conde como
sobremesa.
No Museu
Cerca de 5 mil pessoas
visitaram o Museu da Quin-
ta da Boa Vista, ontem, pa-
ra ver o esquife contendo
os restos mortuários do Im-
perador Pedro I. Por volta
das 14 horas, quando o mo-
vimento foi mais Intenso, o
Museu chegou a receber
mil visitantes por hora, que
normalmente, passavam 15
minutos na fila, antes de
entrar para percorrer as
salas do Museu. A visita le-
vava aproximadamente 10
minutos, já que os fundo-
nários não deixavam parar
para ver as exposições. So-
mente na sala do esquife
era permitida uma pausa
diante da urna guardada
por dois dragões da Inde-
pendência.
Escoteiros
O. Grupo de Escoteiros
Tupinambás, no momento
em que o Funchal ancorava
no Cais da Marinha, hastea-
va a Bandeira Nacional no
Pico da Bandeira, na Serra
do Caparão. Seus quinze in-
tegrantes, chefiados pelo
Instrutor Ernesto Albuquer-
que, estão há três dias na
excursão e desde ontem já
no Pico da Bandeira. Acom-
panharam a chegada dos
restos mortuários de D. Pe-
dro I pelo rádio para que
o hasteamento ocorresse
justamente no momento em
que o Presidente Thomaz pi-
sasse no solo brasileiro.
BANCO BOAVISTA S. A.
Uma completa organização
bancária.
l.o CADERNO
Emoção marcou o encontro dos presidentes
Eram 12 horas: sob um céu multo Carlos Auto de Andrade, constituída dos Os Presidentes Thomaz e Médicl, es-
azul, 1.250 crianças'de escolas estaduais contratorpedeiros Paraná, Pernambuco e e comitivas chegaram ao Monu-
cantavam o Hino da Independência, en- Santa Catarina, Capitaneados pelo navio- posas mento aos Mortos da n Guerra exata-
quanto no Monumento aos Mortos — aeródromo Minas Gerais, navios da Es- mente às 10h35mln e antes de se dirigi-
cercados por uma multidão Incalculável— quadra Brasileira receberam a Força-Ta- rem ao
os Presidentes Mediei e Américo .Thomaa refa luso-brasiletra, em Cabo Frio, com nos Nacionais palanque oficial ouviram os Hl-
de Portugal e do Brasil,
assinavam o termo de entrega dos restos diversas honras militares. Na baía, os executados
mortais de D. Pedro I à guarda do BraslL restos mortais de D. Pedro I foram trás- pela Banda dos cadetes da '¦ ^'mmmt^ílmmmt •"' .'--j*': *^ jn_rV_S85Mw_B *yÇ/i*"'* í* ' "^GÍ?\£\S!h^ ¦'V'Í**'.í-\*^''*-i5^í-'í*J!_liv- víst*^.^ J^JÍJVSw^iílyfí-jCíí'"» . js*N ¦¦.'.' \ í..
Durante mais de ' quatro horas, todo o ladados.para o navio Piraquê preparado Academia Militar das Agulhas Negras,
País acompanhou emocionado os momen- 5specialmente para a solenidade. No acompanhados por 42 salvas de obuz.
tos que marcaram a chegada dos restos convés, a essa sobre a qual está uma urna Formando alas dos dois lados do pa-
do primeiro Imperador do Brasil e a che- mortuária emprestada pela Santa Casa Ianque, a comitiva encarregada da re-
cepção aos dois presidentes, foi apresen-
gada do Presidente de Portugal, nos cais de Misericórdia, a mesma que era usada, tada
do Morro da Viúva e do I Distrito Naval ;m velórios, no tempo do Império. A um para os cumprimentos protocolares
As 10h20min, o esquife de D. Pedro I che- metro do chão estava a urna do impera- pelo Chefe de Cerimonial do Itamaratl;
gou em terras brasileiras. Conduzido sob dor coberta de preto, contrastando com o Embaixador André Mesquita. Em segui-
os acordes da Marcha Fúnebre de Cho- :hão atapetado de verde-musgo. Os qua- da, os dois Chefes de Estado subiram ao mm» /v-^K ZBvu
*S^Bv¦ |tv.\ mKmmTj^^mz?í&_£_ií!£+Aca& ^¦W*W-«». • l
¦ v3_I^_Hy'vvSjt3_t'¦'¦'¦'ffffi_fr''*'-**_&'___?Er_fflffMÍÍ^ ' .- 'w>KS^"^H™V!r*'$vT'Ç'^_^_l HRfl^-S***!^>^í'?^?vr'í
pin, executada pela Banda Marcial do tro cantos do navio estavam com a mes- palanque, onde já se encontravam auto-
Corpo de Fuzileiros Navais e com vibran- ma ornamentação do cais: colunas bran- rldades, além de membros da Família
te acompanhamento de milhares de pes- cas com 16 fuzis em cada uma, trazendo Imperial, e ficaram esperando a chegada
soas agitando bandelrlnhas dos dois pai- nas extremidades seis bandeiras imperiais da urna de D. Pedro I que, prevista para
ses, chegou ao monumento. Ali já o e nacionais intercaladas, mostrando a às 10h50min. só chegou às Uh30min.
aguardavam os Presidentes Mediei e unidade das nações. Um brasão do Im-
Entre o palanque oficial (à, esquerda,
Thomaz, pouco antes festejados com pai- pérlo, bem à vista, na cabeceira do es- coberto e enfeitado com flores, trazendo
mas e aclamações no trajeto desde o I qulfe é o escudo de um navio de guerra os brasões de Portugal e do Brasil) e o
Distrito Naval. Antes de assinar o ato de da época do Império e as sahefas foram outro palanque (à direita e descoberto)
entrega, discursaram os dois presidentes. tiradas do trono do Senado da Câmara. quatro membros da tropa de elite dos
RESTOS MORTAK
Dez horas: a lancha da Marinha bra- . CHEGADA DE THOMAZ
Dragões da Independência guardavam a
;ça onde seria colocada a urna mortuária,
Mediei e Thomaz exaltam fraternidade
silelra apontou na Baia.de Guanabara enquanto a guarda de honra era forma- Foi o seguinte, na íntegra, o discurso do do, dos restos mortais do seu Rei D. Pedro
trazendo o ministro da Marinha de For- O Presidente Médlcl e D. Scylla con- Presidente Américo Thomaz: — "é no dia
versavam com o Embaixador Taunay, da por oficiais do Agrupamento D. Pe- IV, ficou na alma do povo português, como
tugál, Manuel Pereira Crespo, e sua co- dro I. Nas escadarias, 1.250 crianças de em que se comemora mais um aniversário lenitlvo bastante, a convicta certeza de ha-
mltiva, que aguardariam em terra, no chefe do Cerimonial da Presidência, escolas primárias. Também nas escada- do adiamento das formosas Terras de San- ver praticado um ato de amizade, sem par.
quando,
Morro da Viuva, os restos mortais de 10h20min, após 42 minutos de atraso, às
a lancha apareceu. O barco rias e no tablado superior do monumen- ta Cruz por Pedro Alvares Cabral — dia da para com o povo-irmão de além-Atlântico.
D. Pedro I. As lOhlOmln, um helicóptero multo, e vários marinheiros pu- to, 90 alunos das Academias militares, nossa Comunidade — e no ano em que o É com emoção que vos confio, meus ir-
do E.érclto sobrevoou a baía anunclan- jogavaxavam as amarras, com dificuldade. perfilados, esperavam a chegada dos res- Brasil celebra lubilosamente século é meio mãos brasileiros, os restos mortais do gran-
do a chegada do Piraquê, que trazia os a lancha equilibrou-se o bas- tos de D. Pedro, enquanto seis jatos de vida própria, que chego à Cidade Mara- de Chefe que criou há cento e cinqüenta
restos mortais de D. Pedro I, já que o Quandotante, o Presidente de Portugal, Almiran- da Esquadrilha da Fumaça sobrevoa- vilhosa do Rio de Janeiro: E traz-me a mis- anos esta pátria portentosa e que doou ao
navio Funchal,, que conduziu os despojos te Américo Deus Rodrigues Thomaz, de- ram por quatro vezes o monumento, dei- são transcedente de entregar ao povo bra- meu país o seu coração e os seus ideais.
desde Portugal, havia seguido para o I sembarcou no cais do I Distrito Naval, xando rastos de fumaça em tons de sileiro, em representação do povo português, Doravante, o relicário onde, em terra por-
Distrito Naval. Ao mesmo tempo em que cujo comandante, o Vice-Almirante Ge- amarelo-e-verde e vermelho-e-verde. os restos mortais de D. Pedro I do Brasil tuguesa, guardamos o seu coração, e o túmu-
o Piraquê ancorava no Morro da Viúva, raldo Azevedo Hennlng, fez as honras da 'a e IV de Portugal. Sempre esta mobilíssima lo em que, na terra brasileira, ele repou-
As llh30min, comitiva trazendo os
começavam a surgir os barcos e lanchas casa. restos mortais chegou ao monumento. A Nação, irmã da minha, ardentemente anseou sara, serão altares sagrados da imperecível
enfeitados de bandelrolas dos dois pai- Um minuto depois — de chapéu e frente, oito Dragões da Independência por conseguir de Portugal a dádiva dos res- Identidade dos dois povos e símbolos pere-
ses. Dois navlos-patrulha costeiros escol- vestido azul-marinho tos mortais do seu primeiro Imperador e
tavam o Piraquê, dando um toque solene D. Gertrudes Rodrigues e branco — desceu traziam, em almofadas, a coroa, o sabre, nes dos valores da comunidade que os une".
Thomaz, auxi- o cetro e as condecorações de D. Pedro, instaurador da sua Independência. Mas o Logo após, o Presidente Médlcl proferiu
à cerimônia. Oito marinheiros e fuzilei- liada Embaixador Rio Branco, che- além de colares com as Ordens de D. Pe- entranhado amor à sua posse, que existia o seguinte discurso:
pelo
ros brasileiros uniram-se aos portugueses, fe da representação do Itamaratl na igualmente no outro lado do Atlântico, não — "Emocionado e agradecido, recebo,
usando traje da época, para transportar Guanabara. Em seguida, a filha do casal dro I, do Cruzeiro e da Rosa e a Cons- permitiu viver mais cedo o ato que hoje em nome do povo brasileiro, os restos mor-
a urna. Neste Instante ouviu-se o pri- Thomaz, Maria Natália, o Ministro Ruy titulção do Império. Quando o carro- tão solenemente se concretiza. A Portugal tais de Dom Pedro Primeiro do Brasil e
meiro assobio: era o toque de sentido Patrício e outras autoridades. tanque com a urna parou em frente ao
monumento, foram executados, pela 3.* era cempreensivamente penoso ver partir Quarto de Portugal, que a Nação portugue-
que foi seguido do toque de ombro-armas O presidente português, D. Gertru- os restos mortais de D. Pedro IV, delxan- sa, testemunhando a amizade que nos ir-
e acompanhou a movimentação dos íu- des e o chefe do Protocolo de Portugal, vez, os hinos de Portugal e do Brasil, do para sempre vago o sarcófago que opupa- mana, acedeu em confiar à nossa guarda.
zilelros, em marcha lenta. Tão logo dei- Embaixador Helder de Mendonça Cunha, acompanhados de mais 42 salvas de obuz. vam em S. Vicente de Fora, no Panteão, Este gesto fraterno, raro e generoso exprl-
txaram a ponte, a Banda de Fu- ocuparam o palanque à direita de quem Às 12h40mln, o esquife (coberto por uma agora incompleto, dos reis da dinastia de me a certeza de que são permanentes e In-
zilelros Navais começou a Marcha chega por mar. A esquerda, o Presidente mortalha roxa) foi retirado do carro e Bragança. Mas perante os termos altamen- quebrantávels os vínculos raciais, a comu-
Fúnebre de Choppin. Dez outros marl- Mediei, D. Scylla é o. chefe do Cerlmo- levado até a eça, no melo do tablado. te penhorantes e persuasivos em que foi fei- nhão de sentimentos, a afinidade de espírito
nhelros já se encontravam no alto do nial da Presidência, Embaixador Jorge O Presidente Américo Thomaz fez, em to o último apelo do BrasU, Portugal ce- e a vocação cultural que unem os nossos
carro de comando e através de correias D'Escragnole Taunay. Antes mesmo dos seguida, um breve discurso, seguido por deu, mostrando que o seu amor a esta ter- povos. Aflrmando-se, ao longo dos tempos,
trouxeram para cima o ataúde. Houve cumprimentos, a Banda Marcial dos Fu- outro do Presidente Médlcl, e da assina- ra, em que orgulhosamente me encontro, pelo vigor e audácia de seus filhos, como
salva de tiros de canhão, seguida da zilelros Navais tocou os hinos de Por- tura da ata de entrega dos restos mor- acabou por superar a grandeza do seu sa- lntlmorato protagonista da história, Portu-
execução dos Hinos Nacionais dos dois tugal e do Brasil. Houve, então, troca de tais de D. Pedro ao Brasil. crlficlo. A atitude compreensiva e amiga de gal infunde na alma brasileira a energia
paises dos hinos Nacionais dos dois pai- apertos de mão. Dona Scylla e Dona Portugal encheu de alegria a alma do povo da sua capacidade criadora."
ses. Mais um toque de ombro-armas e a Gertrudes saíram conversando em dlre- A direita do palanque central armado brasileiro e isso basta para que eu possa "Retorna ao solo brasileiro o Defensor
Marcha Fúnebre recomeça para dar lnl- ção do palanque central, enquanto o Pre- no monumento, ficaram as autoridades afirmar convlctamente. neste memento so- Perpétuo do Brasil, aquele que, por amor 6
cio ao cortejo, enquanto aviões da Es- sidente Thomaz passava em revista a portuguesas. Ao lado esquerdo do palan- leníssimo: valeu a pena ceder". nossa gente, renunciou ao trono da Nação,
quadrilha da Fumaça cortavam os ares tropa da companhia de cadetes da Es- que central, postavam-se as autoridades "D. Pedro foi soberano de duas Pátrias que ajudou a construir. Os seus despojos
deixando uma faixa vermelha e outra cola Naval- brasileiras. Uma multidão Incalculável e a ambas amou afincadamente. Não se pode mortais estarão divididos, doravante, entre
verde. As colônias portuguesas uniram- Quando o presidente português di- coalhava a vasta área do Parque do Fia- afirmar, com segurança, a qual delas quis a cidade do Porto e a cidade de São Paulo,
se naquele momento enquanto na mu- rlgiu-se para o palanque central, a ban- mengo, acompanhando emocionada e com mais, mas é de admitir que o Brasil tives- como divididos estiveram sempre o seu es-
rada, nos carros do Exército ali parados, da tocou a Marcha dos Marinheiros Por- freqüentes aplausos todos os atos da ce- se constituído o seu torrão predileto, pois pírlto e o seu afeto entre as duas pátrias
nas beiradas, nas pedras dentro do mar, tugueses, do filme Bocagc. Dona Scylla, rimônta no monumento, principal sole- o amou com toda a sua juventude, com toda que igualmente amou. Imperador brasileiro,
era grande o número de portugueses que de vestido bege, esteve permanentemente nldade do programa de recebimento dos a intensidade do seu caráter viril e com a não deslembrava Portugal; rei português,
assistiam à cerimônia- ao lado de D. Gertrudes. A cerimônia de restos mortais de Dom Pedro I, destaque espontaneidade fulgurante do seu ânimo in- não esquecia, um só instante, o seu Brasil.
As 10h55mln as autoridades desciam recepção a Américo Thomaz foi muito na programação das comemorações do sofrido. Também nós jamais o esquecemos, reivln-
do palanque, dirigindo-se aos carros rápida: terminou em 12 minutos e logo Sesquicentenário da Independência do Nesta outra hora gloriosa de celebração dicando-o sempre para as honras de nossa
oficiais. em seguida os 45 carros do cortejo já Brasil. gratidão."
estavam em movimento. Os automóveis da Independência brasileira, em que volta
O CORTEJO a participar reconhecidamente o chefe do O Cerco do Porto e o Grito do Ipiranga
Bandeiras de todas as épocas, con- deixaram em alta velocidade o pátio do — os dois maiores momentos de sua grande
NO MUSEU Estado português, a oferta dos restos mor-
duzldas pelos Dragões da Independência, I Distrito Naval: um Opala azul, placa tais do primeiro Imperador do Brasil tem
vida — marcaram o seu destino histórico.
abriram o cortejo, no Aterro do Flamen- CD-1385 correu tanto, que arrancou o Acompanhado, nessas jornadas inesquecíveis,
colocado no caminho das autori- Treze mil crianças cantaram ontem, um significado de luminoso slmbollsmo: D.
go, em direção ao Monumento aos Mor- tapete na Quinta da Boa Vista, os hinos do Pedro é, na verdade, o primeiro precursor por homens de Portugal e homens do Brasil,
tos. As palmas, que eram freqüentes no dades. Portugal, do Brasil não lhe faltou, nesses dias decisivos, a allan-
Instante da largada, pareciam não parar Os cais da Bandeira estavam todos de- durante a cerimônia ede dachegada Independência, da Comunidade luso-brasilelra, pois foi ele
ça dos heróis das duas pátrias, a devoção
corados em cores verde, vermelho e ama- dos res- quem lançou o grito definitivo da Indepe-
mais. O povo vibrava e havia gente cho- tos mortais de D. Pedro I ao Museu de homens que, servindo fielmente ao Brasil
rando emocionada. Em carros especiais relo, com multas bandeiras brasileiras e Nacional. O carro-tanque dência do Brasil, e foi ele quem acudiu à c a Portugal, em largos períodos de sua
do Exército sua Pátria de origem, num instante de su-
alunos da Escola de Cadetes de Agulhas portuguesas enfeitando. Cem "apresentar cadetes da brasileiro
ultrapassou o portão central história, exprimem com eloqüência, o seu
Negras, quatro aspirantes' da Marinha e Escola Naval ensaiavam o premo debate ideológico. D. Pedro cons- modo irmanado e solidário de estar no
da Quinta às 12h50min, com mais de tituiu, afinal, uma simbiose perfeita de por-
quatro do Exército, levavam insígnias armas"' desde as 8 horas e a banda dos uma hora de atraso. Os presidentes do mundo."
"Quis a fidalguia da Nação
imperiais, cetro, coroa, espada, objetos Fuzileiros dava, vez por outra, um toque Brasil e de Portugal não tuguês e de brasileiro". portuguesa
de D. Pedro, vindo em seguida o carro de de alerta. participam da "Há figuras
que impregnaram para sem- c o benquerer de seu presidente pelo Brasil
assalto, conduzindo os despojos. Esse car- As OhlOmin chegaram o embaixador cerimônia. O Governador Chagas Frei- pre a terra em que viveram e lutaram com que ao traço emotivo desta cerimônia se
tas( todos os secretários do Estado da
ro é o M-59, o mesmo que conduziu os português e esposa, Manoel e Joana Fra- Guanabara, o Ministro Alfredo Buzaid,
o viço da sua alma forte e generosa: por Isso misturasse a satisfação que tem o Brasil de
ex-presidentes Costa e Silva, Castelo goso. Pouco depois, o Ministro da Ma- como os portugueses Jamais poderão esquecer o receber, na pessoa de vossa excelência, o
Branco e Mascarenha de Moraes. Serviu rlnha, Adalberto de Barros Nunes, tam- restos presidente da Comissão para os varão magnífico que despendeu durante o Estadista Ilustre e o amigo leal, a quem, por
na Intentona comunista e pertence ao bém chegava em companhia de sua es- mortais de D. Pedro L e outras cerco do Porto, sem limites e sem restri- meu intermédio, a Nação brasileira reaflr-
XV Regimento dè Cavalaria mecanizada. posa. As 9h20min, o Presidente Médlcl e autoridades compareceram à Quinta e ções, as heróicas energias do seu corpo e da ma a constância do seu afeto pelo grande
Oito Dragões da Independência ladearam Dona Scylla desembarcavam do Itama- visitaram a Sala do3 Embaixadores, on- sua vontade, Mas ao despedlr-se, comovi- e nobre povo português."
o carro de combate e uma outra guarda raty Executlve, da Presidência da Repú- de foi colocada a urna mortuária de D.
montada vinha atrás. bllca. Pedro I.
hino
As cores fortes dos uniformes dos
contingentes armados no local, além do depois
O brasileiro foi tocado e logo O governador e D. Zoé Chagas Frei-
o presidente passava revista à tro- tas chegaram ao Museu Nacional às ..
seguindo para o palanque duplo em 12h3Ctnin e logo depois chegavam os
Momento solene: a entrega da urna
colorido das bandeiras, deram na manhã pa, forma de tenda armado à beira do cais. membros da Família Imperial: Dom Pe-
de sol, uma nota multo bonita à festa. O A ata de entrega dos restos mortais de Às 12hl5min, os Presidentes Thomaz e
presidente ocupou o palanque da es- D. Pedro foi assinado pelos dois presiden- Médicl- receberam os cumprimentos da Fa-
Nos altos dos edifícios náo faltaram querda, aguardando a lancha que atra- dro Henrique de Orleans e Bragança, mílla Imperial e as honras militares e se
as faixas amarelas e vermelhas, as ban- sou bastante, sua esposa Maria Elizabete da Baviera, e tes às 12 horas, seguindo-se a execução do
deiras dos dois paises, e, até mesmo do oe 6eus cinco filhos. Depois, Dom Pedro Hino da Independência (a música é de D. dirigiram para o carro que os levou até a
As 9h40mln, apontou a primeira Gastão e D. Esperança, Pedro) tocado pelos cadetes da AMAN e
Vasco. As roupas dos fuzileiros, vestidos lancha, mas ela transportava apenas jor- de Petrópolis, Embaixada de Portugal, onde eles se despe-
à moda da época, despertavam logo de nalistas. Outras ainda viriam, sem o pre- com as Princesas Isabel e Teresa e Dom cantado pelos 1250 colegiais. A bandeira bra-
diram. No monumento, a Banda da AMAN
saída a atenção de quem chegava ao lo- sidente de Portugal. As lOhOGmln, um João e D. Fátima de Orleans e Bra- silelra é colocada sobre a urna de D. Pedro
cal. Trajavam calças e colete brancos, grupo de seis lanchas surgiu ao longe. gança. A esquerda da porta central do pelos Dragões da Independência, enquanto tocava, na despedida, o Hino do Sesquicen-
com túnica azul-marinho e botas pretas. A do meio — cercada por lanchas da Museu ficaram 30 soldados dos Dragões as comitivas começam a se retirar. tenárlo, de Miguel Gustavo.
A túnica forrada de vermelho tinha as segurança naval — conduzia Américo da Independência e, à direita, 14 marl-
beiradas viradas para cima e presas com Thomaz. Dois helicópteros da FAB so- nhelros imperiais e 14 fuzileiros impe-
botões dourados iguais aos do peitllho do brevoavam a pequena esquadra. riais, vestidos com trajes de 1822. O car-
uniforme, igualmente vermelho. Cruzan- Fora da barra, várias lanchas de ío-tanque — EB 10.412 — chegou escol- CORRETORA
do no peito duas tiras brancas, mostra- curiosos circulavam, seus ocupantes de tado por jipes e batedores do Exército
vam um brazâo. Os quépls azuis com binóculos, para observar a chegada do e a urna (coberta com um manto roxo
frisos vermelhos tinham o tampo de cima presidente. Perto, três barcos portugue- e com a bandeira imperial) foi descida
DE CIRCULAÇÃO PAULO WILLEMSENS
de veludo, num tom mais escuro. ses — com bandeiras e faixas — davam por oito soldados: quatro fuzileiros im- TELEFONES
as boas-vindas a Américo Thomaz. Uma perialB e quatro marinheiros imperiais.
OS NAVIOS coincidência estranha espantou a todos Houve revoada de pembos e queima de 252-2020 — NOVO TELEFONE
Além das fragatas portuguesas, lnte- os que esperavam a lancha no Cais da fogos, depois dos hinos. Ao som do to- 252-3245
gra a escolta do Funchal, de Lisboa ao Bandeira: quando o Presidente Thomaz que fúnebre, a urna foi levada para a
Rio, a Forca-Tarefa da Marinha do Bra- desceu da barca, vários bem-te-vis, nas Sala dos Embaixadores, onde ficará enj (direto) e
sil,.sob o comando do Contra-Almirante árvores, começaram a cantar. exposição. 252-6156
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rMMM i "CENTRAIS
n^^_^^^^^an^y^_inSifiu^^^^^^^^m ¦ ^aj J .'¦ n ii^m^mi ^.ijiui ,T-l"".^l_LMMl^i_^_p_^_^_--lJLl _^-^-TJ^-W ^_I^HMAVA^_M Hn^WH» coc-'. * ¦ ^^
ELÉTRICAS DE SÃO PAULO S/A
(ò partir de 25 de abril)
I" ¦ - .|f" *'''''-''??^||_BlÍ^_^_B^_^HPyx^CÍfr^_BK^^ K'''¦ffiaffl_roS_^^_^Bt*'¦F"''JcT?3v^%J"
- CESP"
"Sociedade
de Capital Aberto — GEMEC —
R-71/3356"
EDITAL DA CONCORRÊNCIA PÜBLfCA N.° 06/72
Acha-se aberta, nesta Companhia, Concorrência
IPASE
Pública n? 06/72, para aquisição de 45.700 kg de cabo HOSPITAL DOS SERVIDORES DA
de alumínio simples (ASC) / 40,47 m/m e 113.100 kg
de cabo de alumínio com alma de aço (ASCR) ' 40.47
UNIÃO (HSU)
Estarão abertas no Gabinete do Diretor do Departamento
m/m, para as subestações de Araraquara, Terminal de Assistência nos dias 26, 27 e 28 do corrente, no horário fie
Norte, Cabreúva, Bauru e. Terminal Sul, para partici- 14 às 17 horas, inscrição pura candidatos aos seguintes empre-
ros da Tabeia Provisória de Pessoal Temporário c Especialista
pação exclusiva de fabricantes nacionais. Temporário do (HSU) (Brasília):
As firmas concorrentes deverão apresentar suas a) DE NATUREZA MÉDICA: (S"lúrio CrS 2.300,00)
propostas nesta Capital, à Avenida Paulista, 2064 — FIStATRA
3? andar — "Sala de Concorrências", no dia 23 de HEMOTERAFEUTA
OFTALMOLOGISTA
maio de 1972, às 15 horas, em dois invólucros lacra- PATOLOGISTA
dos, contendo todos os documentos referentes à ido- CIRÚRGICO
neidade técnica e financeira. b) DE NATUREZA PARAMÉDICA:
AUX. DE FISIOTERAPIA (SalárioCrS
CrS 720,00)
525,00.
As Normas Específicas e Técnicas, bem como o MASSAGISTA (
Regulamento de Licitações da CESP, deverão ser re- CrS 1.300,00)
TÉCNICO DE HEMOTERAPIA ( )
EM ORTÓPTICA
tirados por pessoa devidamente credenciada, no Se- EM PATOLOGIA-CTRÚR- (
tor de Concorrências, no local supra mencionado, me- GICA ( )
diante o pagamento de Cr$ 250,00 por jogo. No ato da inscrição serão exigidos os seguintes documentos:
A CESP reserva-se o direito de aceitar a propôs- a) Prova de nacionalidade brasileira ou de naturalização
b) Título de eleitor
ta que lhe parecer mais vantajosa, independente do c) Prova de quitação com o Serviço Militar, para os
¦ preço ou qualquer outra condição oferecida, podendo candidatos do sexo masculino
desistir ou anular a presente concorrência, sem que d) Comprovante de habilitação profissional para os em-
caiba aos interessados direito de qualquer indeniza- pregos de nível universitário, e, de, no mínimo cinco
anos de prática da profissão, para os empregos de
ção, reembolso ou compensação pela exclusão ou re- natureza Paramédica
jeição de suas propostas. c) Curriculum-vitae
fl 2 fotos 3x4, recente, de frente, sem chapéu.
São Paulo, 20 de abril de 1972. As inscrições estarão abertas em Brasília, Goiânia, Belo
¦lli
Horizonte e Guanabara.
LUCAS NOGUEIRA GARCEZ Brasília, 20 de abril cie 11172
Diretor Presidente JESUS NEVES RIBEIRO
y:y;:.-.--yy:>.y.mãimli&m>.y Diretor do Departamento de Pessoal
CORREIO DA MANHA — Rio de Janeiro, domingo, 23 e 2* feira, 24/4/1972
 PAINEL INTERINO
PORTUGUESES
EXCLUSIVO:
A Sociedade Finan-
eeira Portuguesa, asso
ciada ao Banco Portu-
guês do Brasil, acaba
de adquirir o Diners ™/'_L ,„JP
Club do Brasil. f ^mWÊÊÈ
É uma operação de .
grande repercussão | 1 f i yW&mWLwèÊÈ
nos meios financeiros %r _JK:&-:&SÍ---S--Í
e põe em relevo a di-
versidade de atuação
do capital das duas ins-
tituições reunidas (ain-
da há pouco, brinda-
ram a população cario-
ca com o financiamento do passe de Tostão
para o Vasco da Gama).
A Sociedade Financeira, presidida
fessor Teixeira Pinto, tem 50 por centopelode Pro-
capital pertencentes ao governo português sen-seu
do solida instituição naquele país.
Como se vê, o Banco Português vai de ven-
to-em-popa.
E viva Portugal.
:o:
Alem dos recursos do Programa de Integra-
çao Social (PIS) e do aumento da participação
das ações nos Fundos de Investimento, o mer-
cado de capitais será reforçado com alterações
no Decreto-lei 157, na parte, das pessoas físicas.
Os abatimentos para. aplicação passariam
de 12 por cento para uns 18 por cento, aóroxi-
madamente. Não chegariam a atingir 25
cento da renda líquida, como se chegou a por
Seu»
pen-
Essa nova injeção no. 'tempo,
mercado, que havia-
mos antecipado há algum
caminha para
as providências finais.
Já a partir de amanhã, as novas medidas
começarão a refletir nas Bolsas, traduzindo a
preocupação das autoridades na recuperação do
mercado.
,A primeira delas, através da Caixa Econô-
mica Federal, consistirá na compra de
. dos Fundos de Investimento com recurso quotas
do
PIS.
A segunda, reduzindo de 40 para 20 ~põr
cento o limite de aplicações dos Fundos
Mútuos
em papéis de renda fixa (Obrigações, Letras do
Tesouro, etc), automaticamente reforça o mer-
cado de ações.
:o:-
A entrada de recursos do Programa de In-
tegraçSo Social será doSada. Na medida em
se ampliar a tendência de alta, o PIS poderá que
diminuir, pois atuará no mercado como fator
de apoio aos Fundos, no auxílio desses
investidores institucionais com vistas à grandes
norma-
lidade das cotações.
Expressas
Antenor Patino decidiu que, em vez de pas-
sar parte de seu tempo na Riviera Francesa,
virá tomar banho de sol no Rio, de que gosta
muito. O Rei do Estanho, que já esta com 75
anos de idade, autorizou a Embaixatriz Lais
Gouthier a comprar um grande apartamento de
cobertura no Leblon, para suas próximas tem-
poradas. • O namoro de Georgiana Roussel, fi-
lha do ex-embaixador britânico no Brasil, com
o Príncipe Charles, herdeiro do trono,, está con-
sagrado no Time desta semana. Georgiana, que
se identificou tanto com os brasileiros e faz quês-
tão sempre de recebê-los em Londres, presen-
teou o Príncipe Charles com várias gravações
nossa música popular, entre elas as de Tom Jo-
bim e Baden Powell. 9 O Ministro Delfim Net-
de
to recebe dia 9 o secretário do Tesouro dos Es-
tados Unidos, John Connally, que passará dois
dias no Brasil. Dia 11. Delfim segue Nova
York, para assistir às homenagens para a Horácio
Coimbra (Cacique de Café Solúvel) como Ho-
mem do Comércio BrasN-EUA. Horácio. que já
no ano passado ganhara o Globo de Ouro da
Exportação, será acompanhado de 100 empre-
presários brasileiros, a maioria exportadores. De
Nova York, o Ministro Delfim Netto segue pa-
ra Londres, onde ficará dois dias, rumando em
ra Londres, onde ficará dois dias, ru-
mando em seguida para Paris, a con-
vinte de Giscardi D'Estaing. Assistirá ali,
a 18 de maio, à inauguração da agên-
cia do Banco do Brasil e, provavelmente, da
nova Embaixada do Brasil na França. Final-
mente, em Lisboa, dia 22. o ministro da Fazen-
da inaugura outra agência do Banco do Brasil,
retornando ao País. • O Sr. João Jabour não
faz mistério: não disse a uma. mas a várias pes-
soas, no Hipódromo da Gávea, que adquiriu o
controle acionário do Banco Andrade Arnaud.
As mulheres invadem a roleta pelo outro lado.
Três delas freqüentam uma escola de croupiers
em San Remo. O professor esclarece: "Podem
levar à mesa de jogo um toque de graça e- gen-
tileza que há de atrair o público". • A atua-
ção de Paulo Gracindo na novela Bandeira 2 é
uma das melhores que a tevê já apresentou nes-
te tipo de programa. • Flora Carabella, espo-
sa de Marcelo Mastroiani tomou a seguinte deci-
são, perguntada sobre o filho do galã com Ca-
therine Deneüve: "Meu marido não pode ter
um filho bastardo. O que é dele é meu. Vou
adotar a criança quando nascer". • Souza, do-
no do conhecido salão de barbeiros de Ipanema,
está concedendo audiências capilares. Só recebo
clientes com hora marcada. • Nosso compa-
nheiro Sérgio Figueiredo, em sua última etapa
de recuperação de uma hepatite, segue amanhã
para uma temporada em Campos de Jordão.
Na volta, reassume o comando desta coluna, já
sem furar as prescrições médicas e nos passar
pelo telefone algumas quentes, como a compra
do Diners Club.
Velas, flores e cantos para São Jorge
Os terreiros de Umbanda estão oferenda, racionam — e uma pétala
em grande movimentação desde on- não gosto quando os umbandistas
de rosa serve como uma dádiva.
tem à noite, e durante a madrugada,
velas, flores, cânticos e revoada de À Irmandade dos Mártires, que
chegam aqui vestidos com seus trajes
típicos. Aí eu chego de mansinho e
digo: filho, reze à vontade, mas. para
pássaros marcaram a passagem da fica ao lado do Campo de Santana,
festa de Ogum, São Jorge para os ca- é pródiga em festividades e oficlos o ano, venha vestido de cristão, tá?
tólicos, nos 38 mil terreiros de Um- religiosos. O programa começou dia
banda e espiritismo da Guanabara. O pároco está convencido de que
2 de abril e vai até 14 de maio, com a onda em torno da cassação de São
missas, conferências, procissão (dia Jorge do calendário oficial do Vatica-
Enquanto os umbandistas revê- 30 próximo) e outras solenidades.
rendam o santo, e também os tem- no já acabou, pois tudo não passou
Ontem, por exemplo, em louvor a de "onda de uma comissãozinha de
pios católicos louvam o grande pa- São Jorge, falaram dois conferéncis-
droelro, reallza-se em Curitiba, o I católicos estrangeiros, que não sabem
tas: Padre José Quadra e a Senhori- o quanto São Jorge é querido no
ííl? Congresso Brasileiro de Umbanda,
l com a presença de "Mãe" Aríete, a
ta Maria Alice da Silva Moutlnho,
confirmando a mensagem diuina do
Brasil".
primeira embaixadora da seita. Santo Guerreiro, que nasceu no ter- '
celro século da Era Cristã. O toque
saaaaa_K?^» JPJ Hino
Nointerior da Igreja, desde ante- As igrejas católicas, com maior
ontem, é grande a "troca" de santos, ou menor intensidade, comemoram,
Ao mesmo tempo em que os ter-
relros promovem suas festas e os ca- imagens, medalhas e venda de velas; desde o dia 19, a Festa de São Jorge.
tólicos confirmam São Jorge rro ca- estas, de todos os tamanhos e preços: Paralelamente, òs 30 mil terreiros de
lendário oficial do Vaticano, em Curi- de 50 centavos a 8 cruzeiros. Umbanda e espiritismo da Guanaba-
tlba, umbandistas de todo o Pais can- Na
ra vêm realizando suas Iouvações,
tam pela primeira vez o Hino da procissão do dia 30. estará
presente o Reverendíssimo Dom José com seus rituais e fé próprias. Todos
Umbanda, numa homenagem a Alberto Castro Pinto, que presidirá o vão dar o toque .de homenagem, »
Ogum: • préstito religioso. alguns já fizeram seus trabalhos des-
de o dia 19. "Mãe" Dalila, do Cen-
Refletiu a Luz Divina
Em todo o seu esplendor A verdadeira tro Espirita Maria Marta, fez sua fes-
ta ontem. Mas "Mãe" Aríete, da Ten-
Ê no reino de Oxalá
Onde há paz e amor. A chamada "verdadeira" Igreja da Espirita Caboclo Rompe Mata, ho-
de São Jorge (por ser a matriz) tam- menageou o santo na quinta-feira, por
Velas, flores, cânticos, chope e bém está em festa, e o pároco, Padre ter compromissos em Curitiba, no
revoada de pássaros, vão marcando Meneval, está multo feliz. A matriz, lÉlüüfiliÉÉ mwÊi ^'^Êêm
que fica na Piedade, ganhou, ontem, Congresso de Umbanda. .
a passagem da eFsta de São Jorge,
que teve seu ponto alto na passagem um novo revestimento de gesso, que
do dia 22 para 23. cobre toda a abóbada do templo: Festa simples
— Gastei multo, confiante em
A Igreja de São Jorge, no cen- Há os que reverenciam São Jór-
tro da cidade, que na realidade cha- São Jorge — diz o vigário. — Fiz
ma-se Venerável Confraria dos Glo- tudo para que a nova roupagem da ge na Umbanda e há os católlccs.'
rlosos Mártires São Gonçalo Garcia igreja ficasse pronta para os feste- Mas há também aqueles que dão o
e São Jorge, elaborou e vem cumprin- Jos de São Jorge, é conseguimos. 18 toque sem misturar religião com de-
do um extenso roteiro religioso, que milhões velhos foi o que gastamos —
voção. É o caso de "Zé Henrique", de
é ao mesmo tempo uma homenagem e eu espero tirar o dinheiro no leilão
ao Sesqulcentenárlo da Independên- e quermesse que estamos realizando. Quintino, què, ao invés de cânticos
cia do Brasil. e velas, vai oferecer, hoje, um gigan-
O leilão e as quermesses são tesco angu para 2 mil pessoas. Com-
As festas começaram dia 19, com uma tradição do bairro, e vem gente
a distribuição farta de flores, um ri- até de Campo Grande arrematar prou 400 quilos de carne, alugou pa-
tual antigo e multo festejado por to- alguma coisa e beijar os pés da Ima- nelões e ornamentou todo o quartel-
dos: ao pé da gigantesca Imagem de gem de São Jorge. , rão onde mora (Rua Clarimundo de
São Jorge, imensa quantidade de fio- Melo, 647) para uma grande festa,
O Padre Meneval acha que está
res, ofertadas pelos devotos. As flores, havendo aumento de devoção ao San- onde até a Banda da Polida Mlll-
depois de abençoadas pelos sacerdo- to Guerreiro, mas tem suas opiniões tar, deputados, jornalistas e milloná-
tes, vão sendo redistribuídas a quem sobre o sincretismo: " rios estarão presentes, para o cha-
estiver disposto a enfrentar a Imensa
fila. Quando as doações diminuem, . — Minha Igreja está aberta para mado "darim de São.Jorge", às 5
senhoras caridosas,' encarregadas da todos, macumbeiros ou não. Eu só horas da manhã de domingo... São Jorge foi homenageado desde o início dó semana
Polícia mobilizada Médico
pede mais
Presidentes aplaudem
para caçar Lierce
Polidais do Estado do Ri,o Guanabara, Minas Ge-
leitos
Descobrimento do Brasil
rais e São Paulo estão mobilizados para a captura dos
CURITIBA
"A assistência(Sucursal)
—
médlco-hos-
perigosos assaltantes Lierce de Paula Pinto, José Bezerra pltalar no Brasil, como está EURICO NOGUEIRA FRANÇA
Sobrinho e. Antônio de Barros Cavalcante, o Chefão, que sendo conduzida, caminha
lugiram no início da madrugada de sábado, de uma das O Teatro Municipal viveu ontem uma Dança Clássica do Municipal. O Rei D.
para a falência. Atualmen-
prisões da Delegada de Petrópolis, depois de imobiliza- te se constróem menos lei- de suas grandes noites, com os Presidentes Manuel é Paulo Fortes e sua guarda se
rem com armas de fogo, o carcereiro Cirilo de Azevedo. tos do quo o crescimento ve- .Médid e Américo .Thómaz que ocuparam constitui de soldados da Polícia do Exêr-
Lierce, considerado o maior assaltante de bancos do getatlvo da população, não um palanque no centro dos balcões no- cito. índios e degredados se corporiíicam
Pais, estava armado com um revólver calibre 32 e uma atingindo nem o índice de bres, o Cardeal D. Eugênio Salles, mem- por grupos, respectivamente, de alunos, da
pistola 7.65. Depois da sensadonal fuga, o trio de ban- três por cento. Os hospitais bros dá antiga família imperial, muitas Escola de Educação Física e da de Arte
didos já na Rua Vinte e Quatro de Maio, rendeu o fei- nâo se renovam tecnicamen- outras altas personalidades e um público Dramática Martins Pena. Paulo Padllha
rante José Justino Filho e, no caminhão dele, veio para te porque não dispõem de dos mais brilhantes, assistindo ao Des- é Pedro Alvares Cabral. Glória Qudróz
condições financeiras para cobrlmento do Brasil, de Villa-Lobos, em
a Guanabara, onde o deixou na Lagoa Rodrigo de Frei- é a.Rainha Isabel de Castela. Dittert, Pe*
tal"-.
tas com um recado para o Delegado Mauro Magalhães: forma de bailada . rp Vaz de Caminha, o escrivão que Íris»
— Se manda, entrega a chave do xadrez ao delegado Estas deolaraçôes foram Além das virtudes da música houve pira Villa-Lobos e cujas palavras estão em
e, agradece a êle, pela bela hospedagem que nos feitas pelo Médico Juljan a grandiosidade do espetáculo, o seu sen- ponto grande no cartaz do palco, no In-
pro- Czapskl, presidente do Sln- tido. profundo de brasllidade e de exalta-
porcionou. tervalo do l.o para o 2.o ato: "... ao qual
Aos 30 minutos da madrugada de sábado, reinava á dicato dos Hospitais de São ção do Descobrimento luso. O metteur- monte alto o capitão pôs o nome O Mon-
tranqüilidade nas dependêndas da Delegada de Petró-
polis. Em sua sala, o Comissário Manoel de Carvalho
Paulo, na abertura, anteon-
tem, da Primeira Convenção
en-scène Arlindo Rodrigues, encontrou na
direção, cenários e multicolorldo guarda-
te Pascoal e a terra A Terra de Vera
Cruz!"
não sabia o que estava ocorrendo na parte de baixo do Paranaense de Hospitais, em roupa, soluções que engrandeceram o pai-
Curitiba. Participam do con- Mas são centenas de figurantes em
prédio, onde estão localizados as celas: Cirilo de Azeve- co do Munidpal. Raramente teremos visto
do, o carcereiro responsável pelo plantoã, estava sendo clave mais de uma centena naquela cena relevo assim majestátlco cena. Essa nova concepção coreográíica
é um desdobramento das idéias musicais
imobilizado por Lierce de Paula Pinto, considerado um às de autoridades médlco-hos-
que, na sua diversificação étnica, se casa de Villa-Lobos que ele teria sem dúvi-
em assaltos a estabeledmentos bancários. Ao seu lado, pltalares de diversos Esta- bem ao fôlego e ao poder de caracterizar
dos brasileiros. da aprovado na versão de ontem. Ines.
estavam Antônio de Barros Cavalcante, o Chefão e Jo- O panorama definido pelo
diferentes ambientes musicais da inspira-
queclveis, os quadros da Procissão da
sé Bezerra Sobrinho, componentes de uma
quadrilha que médico paulista mostra um ção de Villa-Lobos. Ao que foi a trilha Cruz e da Primeira Missa no Brasil.' O
no dia 24 de novembro do ano passado, após assaltarem sistema assistenclal à beira sonora.de um filme aderem achados cê- coro duplo a seco soou com eloqüência.
uma relojoaria no centro de Petrópolis, levando cerca de nicos admiráveis, de efeito plástico cer-
40 mil cruzeiros em jóias, foram rechaçados à
da falência, porque não há
teiro. Mário Tavares imprimiu à massa
A obra cresce no segundo ato, a partir'da
granadas possibilidades de avanço no
sinfônica e coral o seu devido realce. De- fascinante dança índia que o inicia, e
de mao, por uma patrulha do Exército, campo da implantação íisl-
em um fusca -roubado, na Vila Inhomirim. quando fugiam ve-se louvar a coreografia de Tatlana Les- acendeu, no. final, o entusiasmo do
ca de novos empreendlmen- de público. O diretor do Munidpal. gran-
tos hospitalares. "Nfio há fcova, cuja afinidade pelo Corpo de Baile José
aparelhamentas segundo os do Teatro, onde tem trabalhado tantos Mauro, lavra um tento com o espetáculo,
moldes modernos e o Gover- anos, deddlu do rendimento rápido e sur- que hoje à tarde se repete. No começo do
no deverá criar estímulos na preendente que obteve do conjunto, tor- espetáculo foi cantado o Hino da Inde-
Sudene ajuda Ceará área", declarou o Professor
Juljan Czapskl.
mado também por alunas da Escola de
pendência de D. Pedro I.
A renda Justa hospitalar
a enfrentar seca deve ser estipulada conslde-
radas as variações regionais;
mas é uma necessidade "por-
RECIFE (Sucursal) — "Os problemas de saques e ou- que os preços da diária es-
trás perturbações sociais estão afetos aos órgãos de segu-
rança e de Polida e não cabe à Sudene a constatação e o
tão muito abaixo da reallda-
de".
^ BANCO DO BRASIL S. A.
controle de tais eventos." "Em Sfio Paulo,
a diária
A afirmação foi feita pelo General Evandro de Sou- de enfermaria está em 26
za Lima, a propósito de noticiário em torno de ocorrên- cruzeiros no preço maior, e AVISO AOS SENHORES ACIONISTAS
das de saques no Ceará, em conseqiiênda de irregulari- o menor de 20 cruzeiros pa-
dades de chuvas naquele Estado. rá baixo, enquanto que o
normal para a região deve-
'
Respondendo pergunta de Jornalistas sobre a possibi- Por deliberação da Assembléia Geral Extraordinária de 17.4.72
lidade de decretação de calamidade pública, disse ria ser de 40 a 60 cruzeiros. Banco passara a ter seu capital social representado o
"não compete à Sudene que Essa diversidade de preços por ações ordinárias
a decretação desse ato", "há uma nominativas e preferenciais ao portador, estas sem direito
legislação especifica a respeito", acrescentou. faz baixar o padrão de aten- à voto
Até o momento, se constataram irregularidades de dlmento e reduz a capacida-
ao P°rtador atingir até 50% do capi-
facultando-se a cada acionista, poderão
chuvas em alguns municípios do Estado do Ceará, disse de." t.i sócia,
e«Ãfia&S,rterenclàis
tal assim, converter até metade de
o General Evandro de Souza Lima. Acrescentou que "o INPS sua participação acionária em ações
Informou o General Evandro de Souza aos jornalis- atrasa muito nos pagamen- preferenciais ao portador
tas que, dos recursos que a Sudene dispunha, destinou ao tos em São Paulo, onde a Dentro de poucos dias anunciará o Banco as condições
Estado do Ceará a importância de um milhão e 357 mil maioria dos hospitais ainda de conversão
cruzeiros, no presente exercício, para ser empregada cm nfio recebeu siquer a dife-
poços e açudagem, na área do sudoeste daquele Estado, rença decorrente do reajuste
a fim de minimizar os efeitos de possíveis irregularidades estipulado em primeiro de
julho de 1971". " aÇÕCS colltinuarão a ser negociadas com os direitos
pluviométricas. Finalizando, disse o Sr. sequentesretant0' con-
Sobre o finandamento a programas de chuvas arti-
íiciais, esclareceu: Juljan Czapskl que "a poli-
"A Sudene celebrou um tlea do Ministério do Tra- 20 de abril de 1972
convênio com o Centro Téc-
nico Aeroespacial, com vistas a pesquisar cientificamente balho e Assistência Social, Brasília (DF),
no que diz respdto a assis-
a viabilidade técnica e econômica da nucleação artificial tência médica, está comple A DIRETORIA
de toda a área de sua atuação." tamente errada.
Nas agências da ¦:....
.
'
União de Bancos GRUPO
você encontra de tudo. UNIÃO
Inclusive um banco. DE BANCOS
CORREIO DA MANHÃ - Rio de Janeiro, domingo,
23 e 2* teuaTzÃJÃmÜ
I.° CADERNO

Baixada urbanizada em três anos
Só depois que. o Governo começar a im-
aantar a Infra-estrutura na Baixada
Jacarepaguá, os proprietários de
Jerão partir para a realização de glebas po-
seus pro-
de
Jetos. O plano de Lúcio Costa representa a
solução técnica correta para a expansão da
Guanabara, segundo declarou o arquiteto
Eitel Nogueira de Sá. - ,
Ao revelar que 50% aos projetos apre-
sentados já estão aprovados, o presidente da
recém constituída Comissão de Infra-estru-
tura e Urbanização da Baixada considera
necessário que os órgãos governamentais
ofereçam condições reais para a implanta-
Ção do plano. "Não queremos apenas o
apoio teórico ou legal e sim o apoio prático,
traduzido pela Instalação dos serviços bási-
cos, como água, esgotos e energia elétrica".
PLANO DETALHADO
Munlndo-se de gráficos e mapas colo-
ridos, p arquiteto Eitel Nogueira explicou
exaustivamente, durante quase três horas,
o^ detalhamento de grande parte do
plano
piloto de Lúcio Costa para a urbanização
da Baixada que, segundo afirmou, será ata-
cada com mais rigor nos próximos três
anos. Justificou a sua implantação defini-
uva por significar, praticamente, a única
opção, de crescimento da cidade. Disse
a área total da Guanabara é de 1171 km2.
dos quais 230 são urbanizados, 320 têm po-
que
tenclalurbanlzável — 82 km2 se localizam
Ha área da Baixada — 433 estão ocupados
com reservas naturais, ou seja, montanhas
e lagos, 188 com reservas agrícolas e mili-
tares.
— De cada quatro
quilômetros quadra-
dos a ser urbanizado na Guanabara, um es-
tá dentro do' plano piloto da Baixada, que
representa 25% da área.potencialmente ur-
banlzável.
A Comissão de Infra-estrutura e Urba-
nização da Baixada (Ciurb), já realizou três
reuniões com representantes dos diversos
órgãos envolvidos no problema, entre os
quais, a Cedag, CEE, CEG. Cetel, DER, DES;
DLU e DVU a fim de coordenar os servi-
ços para que sejam feitos objetivamente.
Na última reunião foram solicitados de cada
um, estudos e planos. sobre aquilo que po-
derão fazer na Baixada, visando acelerar a
execução do, plano piloto. O arquiteto Eitel
Nogueira de Sá garante que o detálhámeri-
to do plano Já está em face final de ela-
boração e que os equipamentos, estabele-
cimentos e conjuntos residenciais ou não
já estão praticamente definidos.
— É um trabalho de-alto nível, no
qual
a característica maior será a pouca densi-
dade populacional, com predomínio de áreas
verdes em 80% das glebas.
O plano piloto de Lúcio Costa divide a
ocupação da Baixada em grandes áreas ver-
des, grandes parques, parques regionais e
parques locais e setoriais, monumentos na-
turais tombados e ilhas de refúgio biológico,
semente para garças e patos selvagens. Tam-
bém estão previstas áreas de preservação
paisagística (in natura). e área rural,
Gaúcho faz
viagem por
promessa
Com duas sacolas, uma mu-
da de roupa, um cobertor, um
cantil e uma rede que ganhou
dó Governo do Acre', o gaúcho
Alfredo Kloss, de 37 anos, Já
viajou por todo o Brasil e
pela.Bolívia,
* Venezuela,' Peru,
Equador, Colômbia, Guiana
Inglesa, Uruguai, Paraguai e
Argentina, para pagar uma
promessa que fez há cinco
anos. Chegou hoje ao Rio, e
iMÍrTJtSrSSi
quer agora encontrar meios
de ir ao Canal do Panamá,
pretendendo ir ainda & Amé-
rica Central, América do Nor-
te e Alemanha, quando poderá
considerar sua promessa cum-
prlda.
A PROMESSA
Alfredo Kloss era viajante
comercial, com residência em
Porto Alegre, quando, em 1966
foi vitima de uma doença que
lhe causava aluclnações e sen-
sações de choque, que ele de3-
creve como um "estado entre
a consciência e a seml-ln-
consciência, de que fazia es-
forços para se libertar, sem
conseguir. Nenhum médico
conseguiu diagnosticar sua
doença, nem curá-la. Segundo
o viajante, a cura íol conse-
gulda através de orações que
fazia dia e noite, já que her-
dará de seu pai alemão, a fé
católica. Em agradecimento,
fez a promessa de viajar por
todo o Brasil e pelo mundo,
até chegar à Alemanha, terra
de seu pai.
AS VIAGENS
Desde 1969, Alfredo Kloss
viajou por todo o Brasil, pela
Bolívia, Venezuela, Peru,
Equador, Colômbia, Guiana
Inglesa, Paraguai, Uruguai, e
Argentina. Viaja do modo que
consegue, obtendo às vezes
auxílio de entidades para as
passagens. Quando não as
consegue, viaja mesmo a pé.
Segundo ele, nunca encontrou
problemas de alimentação,
principalmente nas regiões
do interior, pois os compone-
ses não negam auxilio a nln-
' Crédito Direto ao Consumidor.
guém.
Depois de completar sua
viagem com a chegada à Ale-
manha, Alfredo pretende vol-
tar ao Brasil e se dedicar à
profissão de Relações Pú-
bllcas. Ficará no Rio até con-
seguir um melo de chegar ao
Canal do Panamá, ou, pelo
menos, uma passagem para
qualquer ponto do Norte do
Brasil.
l.o CADERNO
Todo e qualquer projeto particular, nos
termos do Decreto-Lel n°. 42, de 23 de ju-
nho de 68, terá que se submeter às exlgên-
cias do Plano Piloto de Urbanização e zo-
neatnento para a Baixada de Jacarepaguá,
sem prejuízo das demais exigências. Os pe-
didos eai maior número são de clubes so-
ciais e recreativos; postos de gasolina, res-
taurantes, hotéis e motéis, num claro in-
dício de valorização turística. Mas grande
número de interessados procuram saber as
condições para a construção de residências.
Geralmente ficam desanimados, tendo em
vista a falta de água, energia elétrica e sa-
neamento, entre outras coisas.
AMOSTRA DO FLANO
O arquiteto Eitel Rodrigues classifica o
plano de Lúcio Costa como mais aperfeiçoa-
do do que o de Brasília, além de mais in-
teressante em muitos aspectos. "Aqui nós
temos esta paisagem esplêndida, com ca-
nais, montanhas e lagos, integrados ao tra-
balho que esperamos desenvolver. Em Bra-
sllia só havia a planície deserta". Para co-
meçar, explicou que a Baixada foi dividida
em 40 sub-zonas. E dá uma amostra do
plano:
Ao longo da futura Rlo-Santos será cons-
truida a zona residencial, de ambos os la-
dos. No lado direito, a subzona A-17, por
exemplo, de quilômetro em quilômetro terá
um grupamento de edifícios de 10 pavimen-
tos e um pequeno comércio local. Ao lado
de cada núcleo uma zona de comércio res-
trlto de atividades ligadas ao lazer: clne-
mas, teatros, clubes e casas de diversões.
Esta zona será cortada por avenidas,
que ligarão a BR-101 à Vla-4. Dessas ave-
nldas sairão as ruas sinuosas sem saída (cul
de sac) ou fundo de saco, que serão arte-
rias tranqüilas de tráfego local. Os nú-
cleos serão ligados à Via-4 por caminhos de
pedestre,. onde não circula automóveis, na
verdade um jardim alongado com curvas,
áreas gramadas e diversões, que correspon-
de às praças atuais em forma arrojada.-
Esses caminhos, entretanto, terão sua utl-
lldade prática, servindo para levar as crian-
ças às escolas primárias sem cruzamentos.
Para o presidente da Comissão de In-
fra-Estrutura e Urbanização da Baixada, o
conjunto de lagos: Jacarepaguá, Tljuca e
Marapendi, são "um formidável potencial
turístico". Acrescentou que os trechos as-
soreados das lagoas, provocados pelo acúmu-
Io de areia e detritos em alguns pontos, se-
rãó dragados a fim de permitir uma ex-
ploração turística da região. Os próprios
proprietários de terras estão interessados
etn fazer o trabalho para aproveitar o ma-
terial em serviços de terraplenagem de •suas
glebas.
O. trabalho, entretanto, obedecerá a uma
orientação técnica do Departamento de Rios
e Canais, da Sursan, para não haver alte-
rações nas margens. Quando dragados, os
canais integrarão o conjunto de lagos e Ca-
nais a serem usados pelo caminho aquátl-
co. "Será o maior passeio aquático do mun-
do", explicou Eitel Rodrigues.
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CORREIO DA MANHÃ — Rio de Janeiro, domingo, 23 e 2a feira, 24/4/1972
¦¦¦""¦¦¦«"«¦¦¦WVVaVHViWHWHNPMBMMBMWnHBHVm
MEMORANDO
Apoio a Niemever
O Sindicato dos Arquitetos do de responsabilidade da classe, na
Estado da Guanabara, em nota ofi- defesa dos mais elevados interes-
ciai, se solidarizou com seu asso- ses da comunidade. Este dever só
ciado e fundador, arquiteto Oscar se exerce com êxito, na medida em
Niemeyer, tendo em vista a ação que esteja amparado pela clara
popular promovida por este últi- consciência de sua importância
mo com relação aos acontecimen-
pelas autoridades". Sustenta, ain-
tos ligados à construção do Aero- da, apoio à nota oficial do Instituto
porto Internacional de Brasília. de Arquitetos do Brasil, "na con-
Afirma a nota oficial que "mantém fiança do elevado espírito de Jus-
o compromisso, que já é tradição tiça".
PllIlfllli^H HMllí!^* Festival Infância Rondon 10
A pré-estréla do III Fes- O Comitê Canadense As inscrições
ZMiâàWmiSlsm mSBEEÊiiMmmi
'-v tlval de Músicas da Favela, Fró-Fundo das Nações 'regional para a
operação do Pro-
na quadra de ensaios do Unidas para a Infância jeto Rondon 10 estão aber-
Bloco Carnavalesco Unidos (Unicef) visitou, na manhã tas. São 400 vagas para -es-
de São Cristóvão, foi rea- de ontem, o Centro Piloto tudantes fluminenses e ca-
Hepatite é um dos perigos para quem freqüenta a
lizada ontem, às 19 horas. da Funabem, em Quintino, rlocas que estejam cursan-
Todas as músicas apresen- embarcando logo após pa-
praia de Botafogo do os dois últimos anos da
tadas tiveram como tema ra Nova York. Sua visita faculdade ou formados a
a Independência do Brasil ao Rio, Nordeste e Amazô- partir de'1970. A operação
Dermatologista vê e só concorreram composl-
tores favelados e ex-íave-
lados. O Festival se esten-
nia teve como fim acom-
panhar a aplicação dos
FR-1. vai atuar de 10 a 31
de Julho nas áreas da
recursos da Unicef no Bra-
dera pelos meses de maio sil, que já alcançam mai3 Guanabara e do Estado do
perigo em Botafogo
e junho.
de dois milhões de dólares. Rio.
Apesar de Interditada há vários anos, praticamente
após sua construção, a praia de Botafogo, Jogada ao com- Tiradentes na Hípica
pleto abandono, continua sendo freqüentada diariamente'
por banhistas, que se expõem aos maiores perigos trazidos A Sociedade Hípica Brasileira me de Tiradentes, a maior água-
pela alta poluição de suas águas. vai promover uma grande home- marinha já encontrada, pesando 70
Embora este seja um problema que só se'soluciona- kg, duas vezes maior que a famo-
nagem a Tiradentes, no dia 27 pró-
ria com fiscalização, principalmente aos domingos em que ximo. Será disputada a prova hípi- sa água-marinha Martha Rocha.
o número de freqüentadores aumenta, principalmente de
ca Alferes Tiradentes, às 20 ho- Haverá um desfile de jóias pro-
Jovens e crianças, nas quais os perigos são maiores, este
não é um caso isolado — afirma o Dr. Gregórlo Leonardo, ras. A seguir, a Srta. Lúcia Peterl- movido por H. Stern, com modelos
dermatologista. le, Miss Mundo, batizará, com o no- da nossa sociedade.
As praias cariocas, todas, sem exceção, são alta-
mente poluídas, e para enfrentá-las a.única solução seria
não freqüentá-las — afirmou.
INFECÇOES
Bailarino dança Chico
Segundo o Dr. Gregórlo, diariamente atende no hes-
pitai em que trabalha, média de seis casos com ínfecções Peruano de nascimento e des- e de luz para compor o seu espe-
dermatológicas, causados por intenso contato com praias de cedo dedicado à pesquisa da ex- táculo. Com 23 anos, Percy busca
poluídas. Segundo ele, as Ínfecções mais comuns são as
pressão corporal com o elemento permanentemente novas formas,
do grupo das pledermites, principalmente o impetigo, que rítmico — "Na minha dança nada novos sons, novo sentido para o mo-
e altamente contagioso, atingindo principalmente crianças. íé absoluto, e cada forma é (tão vimento, integrando um sentido
Outra multo comum, segundo ele, é o plurigo vulgar, dls-
seminado pelo corpo todo, caracterizado por intensa co- Instável como a própria nuvem" muito mais amplo à arte que abra-
-— o bailarino Percy Cubas che- cou. Seus espetáculos no Rio que
celra.
Lembrando ainda a contaminação provocada pela pre- gou ao Rio, onde vai se apresentar, terão preços populares e abatimen-
sença de animais nas praias, que contaminam a areia na terça e na quarta-feira, no Tea- to especial para estudantes, são di-
ocasionando mlcoses de pele, pessoas que .desculdadamen- tro Senac, em Copacabana, às ... vididos em duas partes, dedicada
te se deitam na areia, pedem adquirir a famosa larva
21h30min. Professor e profissional a primeira ao homem e ao relevo,
migra, lesão que tem um aspecto de túnel serpentlado, sen-
do dolorosa e de longo tratamento. Ainda grande número e a,segunda com uma seqüência
de dança, Percy pretende mostrar
de hepatite foi adquirido em praias, que através da ine- de números internacionais, desta-
vltável deglutição de água poluída traz o- vírus, que se a validade da criação artística, per-
aloja diretamente no aparelho digestivo. A pessoa que se manente pessoal, interior e huma- cando-se o Deus lhe Pague, de Chi-
contamina com uma dessas doenças torna-se, automatl-
na, prescindindo em alguns casos, co Buarque, que encerrará o espe-
camente, foco de contágio, Inclusive dentro da própria
família. da música, de elementos de cenas, táculo.
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 Elevadores: Comissão
estuda novas normas
A comissão designada pelo secretário de Obras, Emílio
MARÉ TERRA
Ibrahim da Silva, para estudar a nova regulamentação MAR £ TERRA sempre vendeu tudo
sobre Instalação e manutenção de elevadores da Guanabara
deverá entregar seu relatório no próximo dia 27,
feira que vem. Baseado nele, o secretário de Obras, quarta-
através
COM O GOVERNO mais barato. Agora, apoiado nas me»
do Departamento de Edificações, adotará as novas normas
que têm por base intensificar a fiscalização Junto às em-
presas conservadoras de elevadores.
AO LADO DO POVO didas do Governo com a eliminação
Neise relatório deverá constar também a posição do
do IPI. MAR E TERRA reduz violên-
JÁ ESTÁ VENDENDO
6erviço de Instalação Mecânica do DED quanto ao crescente
aumento de elevadores na cidade, a comissão de estudos
dará sugestão ao Secretário Emílio Ibrahim para reformu-
lar a regulamentação existente, acrescer novos itens que
fomente DESDE JA9 todos os preços
darão condições aos técnicos do DED para assumir o con-
trole através de fiscalização intensiva dos trabalhos exer-
oidos pelas empresas de manutenção. A medida foi tomada
SEM IMPOSTO em suas lojas e
em razão do grande número de acidentes ocorridos ultima-
mente com elevadores.

PRÉ-QUALIFICAÇÃO

BAIXA 0 CUSTO DE VIDA

Para o setor de obras públicas, o Secretário Emílio
Ibrahim está estudando a possibilidade de adotar um sis-
tema de pré-qualificação de firmas que participem de con-
corrências para obras de arte de grande vulto. Isto para
evitar a repetição de problemas havidos com as obras do
Viaduto de Mangueira, Emissário Submarino e Elevado
Paulo de Prontin, cujas construtoras foram consideradas
inidôneas para continuar executando os serviços.
A medida poderá ser colocada em prática na concor-
rência para a contratação da firma que substituirá a Cons-
tran, no Emissário Submarino e também na concorrência
para as obras do novo Viaduto de São Cristóvão. ARROZ — PACOTE 5 QUILOS: Whisky Blender's Flag 7,95
Whisky Maclean's 9,90'
CONCORRÊNCIAS Saboroso 7,90 Royal Label 12,90
Malekizado 10,90 Big-T 15,80
O Departamento de Estradas de Rodagem vai realizar, Marize Drury's 15,80
até o fim deste mês, concorrências para obras de execução 9,90
Triunfo 7^0 Old Lord — Rótulo Dourado 15,90
de acesso provisório do Túnel Dois Irmãos, do lado da
Rubi 9.90 " London Tovver 10,80
Gávea; construção de um aterro hidráulico na Via 11 e de
uma pista nas obras de urbanização da Ilha do Fundão. Pina 9.90 Creme de Arroz — Colombo — pac. 200 . 0,52
As obras do acesso ao Túnel Dois Irmãos consistem na Delta 9,90 Creme de Leite Nestlé— lata 1,79
execução de serviço de terraplenagem, drenagem, pavlmen- Ervilha Etti — lata 0,60
tação c serviços complementarcs diversos. Estão orçadas Ervilha Jurema — lata :¦¦'. 0,79
em 141 mil cruzeiros, com 60 dias de prazo para a execução. ARROZ A VAREJO Extrato Tomate Cica — lata 200 g — 180 g peso líq 0,72
O aterro hidráulico será construído entre os canais do " — lata 500 — 370
Corta-Rios e do Camorim, na Via 11, Deverão ser feitos " g g peso liq 1,59
Bleu Rose — quilo Peixe — lata 200 g — 180 g peso líq 0,72
serviços de escavação e dragagem do solo, além do aterro. 1,39 " " — lata 500 — 370 líq 1,59
As obras estão orçadas em 575 mil cruzeiros com prazo de Japonês — quilo 1,39 „ g g peso
60 dias. Na Ilha do Fundão a pista a ser construída é a de Amarelão Sul s/brilho — quilo 1,65 Farinha Láctea — 400 g 2,59
número 24, e também faz parte do programa de construção Chuchu — quilo Geléia Mocotó Colombo — vidro 1,49
0,20 Goiabada Etti — lata 1,89
de um trevo de acesso à Cidade Universitária pela Avenida Batata H.B.T. — Extra — quilo 0,65
Brigadeiro Trompowsky, CeboL — Rio Grande — quilo 1,40 Goiabada Peixe — lata 1,89
Feijão Rubi —-' pacote — quilo Gordura Coco Carioca — lata quilo — 850 g peso líq 3,29
1,45 " — quilos — 1.700 g peso líq
Feijão Preto — varejo — quilo 1,15 " Dunorte — 2lata 6,49
Farinha Trigo — pacote — quilo 1,05 quilo — 800 g peso líq 3,29-
— lata 2 quilos — 1.650. g peso líq. ... 6,49.
Mais colégios adotam Fubá — varejo — quilo
Alho — Argentino — quilo 7,90
0,59 Leite Eledon — simples — lata
" Lactogeno 4,59
4,59
Massas Paty — pacote 400 gramas 0,99 " Nestogeno — 1.°
Massas Adria — pacote 400 gramas Semestre — lata 4,59
xadrez no currículo Balde Plástico — 10 litros
Travesseiro de Casal Artfoam
1,79
3,10
" Nestogeno — 2.°
" Pelargon — lata
Semestre — lata
4,59
4,59
6,50 " — lata
A adoção de xadrez no currículo escolar aumenta dia
a dia. Dois estabelecimentos de ensino, um da Zona Norte
Aguardente — Lapada — gfa 1,35 " Prodieton
Semilko — lata
4,59
Aguardente — Pitu — gfa 1,69 " Glória —400 4,59
e outro da Zona Sul, vão Iniciar dentro de alguns dias o ¦. 3,79
ensino da nova disciplina, no seu currículo. Trata-se dos Aguardente —Praianinha — gfa '. 1,39 " Ninho — 400 g.—lata
Drink Dreher — lata 3,79
Colégios Acadêmico, no Humaltá, e Melra Lima, na Penha 3,90 " Ninho — 454 g
Circular. Aperitivo San Raphael 5^69 " Moça — lata g 3,79
O Professor Amâncio de Carvalho, do Centro Educa- Conhaque Dreher 5,65 1,69
cional de Xadrez, que vai orientar o curso no Colégio Aca- Conhaque Stock-84 4,95 Margarina Saúde — pac. — 400 1,45
dêmico para mais de mil alunos do ensino médio, infor- Sidra Lider 2,29 Margarina Clavbon — pac. — 400 1,89
mou-nos que o curso de xadrez terá características didáticas Suco Maracujá' Jandaia 2,30 Nescafé — lata 50 1,55
e vai se desdobrar em cinco níveis, com dosagem e carga
Cinzano — Tinto 3,55 Nescafé — lata 200 '.. 4,89
horária adequada a cada nível. As aulas serão teóricas e Nescau — lata 400
teórlco-prátlcas, Coca-Cola — litro 0,99 2^89
Cerveja Weiss-Export — gfa 0,99 Neston — lata 2,89
O XADREZ NA ESCOLA
óleo de Soja — Alamanda — lata 259
" " " — Fritol -
O Professor de Inglês com 10 anos de magistério e » » » __ primor — lata 2Í50 VINHOS PORTUGUESES
jogador de xadrez a 30 anos (desde os 11 anos de Idade), o
Professor Amâncio de Carvalho, do Centro Educacional de
" " " — Primor — lata quadrada
lata redondinha ¦;. 2,59
2,59
Xadrez, em Copacabana, entidade pioneira no ensino de " " " -Saga -lata Casa do Campo — Branco '.'.;.;.... 12,90
" " " — Violeta — '. 259 Casa do Campo — Tinto
xadrez, acha da maior importância para as crianças.e para lata 2,59 -. 12^0
os jovens o aprendizado do jogo que Mequlnho levou o óleo — Pajeú — lata ...... Casal Garcia — Branco 1290
Brasü ao campo Internacional, Acha que o raciocínio ga- " de" Algodão
" — Tempero — lata
2 50 Casal Garcia — Tinto 12*90
nha novas perspectivas e dá aos praticantes um desenvol- 2,50 Dão — Meia Encosta Maduro Tinto 1290
vimento mental mais rápido. óleo de Arroz — Brejeiro — lata ....; 3,49 Dão — Cabido Tinto Maduro
Convidado pelo Colégio Acadêmico para orientar o óleo de Milho — Mazola — lata 4J79 12,90
curso, que será dado para os mil alunos do colégio, o Pro- Palmito Stein — lata %kg Dão — Grão Vasco Tinto 1690
2,49 Dão — Grão Vasco — Branco 1690
fessor Amâncio acredita que o leigo, o aluno logo na prl- Pêssego Noel — Argentino — lata 2,79 Calamares — Verde Branco
melra aula, vendo os movimentos das peças, passa a se Salsicha Frimisa — lata 139 1290
Interessar pelo curso, despertando o interesse de prosseguir. Ferreirinha — Verde Tinto 12 90
SardinhasNetuno — lata 200 059 Gatão — Verde Branco 12 90
Para o jovem, o xadrez é muito Importante, pois ajuda a Vitória — lata 200
pessoa a dominar seus impulsos, a prevlnir e a planejar o 59 Gatão — Verde Tinto .'.'. 1290
antes da execução de qualquer tarefa'. Fósforos Granada — pacote c/ 10 cx '. 0^55 Grandjó — Maduro Branco
Bom Bril — pacote c/ 4 esponjas ifiqo
O Professor Romenildo Dias de Alcântara, que vai inl-' 0,55 Matem Rose S
ciar o xadrez no Colégio Melra Lima, acha que o xadrez Papel Finesse — rolo 0,95 icgrj
Moura Bastos — Rose
deve ser dado para alunos que tenha dificuldades de raclo- Papel Sanitário — rolo 055 Moura Bastos — Verde Tinto
cínio e retardamento em matérias como Química, Física Papel Serenata — rolo 025 .'..'.' ir
10 qn
Neto Costa -~ Verde Branco 12 oo
e Matemática; alunos cujas idades variem dos 10 aos 15 Pasta Jóia — lata 079 Neto Costa — Verde Tinto'
anos e aos que demonstrem Interesse pelo jogo. Pasta Cristal — lata Q79 7oq qn
Cita o Professor Romenildo o exemplo verificado em Azeite Estoril — lata
Osasco, em São Paulo, onde o Professor Orpheu Lotti apll-
Sabão Âmbar — tablete 200 045 Azeite Toreiro — lata
Sabão Português — Barra quilo *,<>.»
cou a prática de xadrez nas escolas. As conclusões foram L95 Azeite Castelo de Alvear — lata •••••••..•.•........ ,0»
Sabão — Bio Presto — pac. 600 noa
que o jogo atua positivamente na área intelectual, uma " em
" Pó" — Minerva — pacote 600
3^9 Saponáceo Vim — 300
vez que desenvolve a reflexão. O xadrez Impõe, como nor- " " " — Orno — 228
ma, a cada novo problema, constantes invenções abstra- OUU g "•••••••-J«»
,, RQ
tas, críticas dessas Invenções e prévia avaliação do alcance " " " — Viva — pacote 600 2 98 Azeite Importado — OLIVAC — lata
" " '.."'
que elas terão, se concretizadas. Esse esquema — invenção,' ' " "—Mago — pacote 600 2 98 . -OLIVETO-lata ....'.'.'.['.'.'.'.'.'.¦ 439
crítica e ação — repete-se, em média, 45 vezes em cada pacote 600 ....".:.... 2Í49 Manteiga Radar — Varejo — quilo Kn
Vinho Liebframilch — gfa 2,99 Maçã Argentina — quilo í™
partida. Vinho Dreher — tinto — gfa ............... i,™
,' 299 Bacalhau Norueguês — quilo
Vinha Sangue de Boi — gfa 299 Frango Especial — quilo
Vinagre Capelinha Bco. e Tinto — gfa .. 1*69 "• i,m
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feira, 24/4/1972 l.o CADERNO
 COLUNA
jdqs
Anderson fala
de S.troessner
O colunista Jack Anderson
publicou ontem documentos
da CIA que mostram o
sidente 'paraguaio, pra-
Alfredo
stroessner, comprometido "até
os cabelos com o contrabando
internacional». Segundo a de-
nuncla feita, "Stroessner dá
franquia de contrabando a
seus assessores para evitar
que o derrubem do poder". Há
um mês a revista Newsweek
publicou acusações semelhan-
tes que foram negadas
fontes diplomáticas por
para-
guaias.
Haraquiri em Paris
Soo Young Lee, embaixador
da Coréia do Sul na França,
aulcidou-se cometendo o
ha-
raqulrl. Desconhecem-se os
motivos do suicídio. A morte
do diplomata de 51 anos
ha-
via sido anunciada na sexta-
feira, sem que se revelassem
as causas. A polícia está
In-
vestlgando a viagem
preclpi-
tada da filha de Soo Young
Lee para os Estados Unidos,
há uma semana.
Localizado o avião
Um Douglas C-47 do Serviço
Aéreo de Transporte Comer-
dal (SATCO) desaparecido há
dois dias foi localizado na
província de Chota, departa-
mento de Cajamarca, no Peru,
aparentemente, sem sobreví-
ventes. O avião desaparecera
quando realizava um vôo en-
tre Chlcalyo, no norte do
pais,
até Moyobamba, capital do
departamento de San Martin.
Diplomata-espião
Georges Vaugier, diplomata
francês expulso há 10 dias da
Tchecolováqula era "um es-
pião profissional" segundo pu-
blicou o jornal Rude Pravo. A
noticia Informa que o 3? se-
cretário da embaixada fran-
cesa em Praga foi surpreen-
dldo "com a mão na massa"
quando recebia um plano se-
creto sobre a cooperação dos
países socialistas na Europa.
Um ano depois
Completou ontem um ano
mi» Erançols Duvalier (Papa
Doe) morreu mas segundo os
observadores o sistema cuida-
dosamente construído por ele
em 14 anos de poder absoluto
•obrevlveu. Apesar disso re3-
saltam que seu sucessor, Jean
Claude — que completará 21
anos em Julho — dia a dia
aparece menos como um ins-
trumento dócil na mão de
6eus "conselheiros".
Panamá quer canal
O General -Ornar Torrljos
declarou perante um grupo de
oficiais norte-americanos que
seu pais quer um novo trata-
do sobre o canal do Panamá
que seja Justo e que seu povo
o aprove, pelo que realizará
um plebiscito, "Se o novo tra-
tado for Justo, o povo o acel-
tara. Se não for, ele o quel-
mará". A nós Interessa mais o
problema da soberania e da
Jurisdição na Zona do Canal
do que seu aspecto econô-
mico."
Compacta, cabe folgadamentè numa
mesa' de escritório.
Pêsõ reduzido: 10,2 kg. .'
Preço, também.
... e faz cópias secas em prèto-e-branco praticamente
de tudo o que é impresso... cópias claras... nítidas...'
com facilidade. rapidez#e segurançaI
A NOVA E SURPREENDENTE
FOTOíOPIBOQRn 536 3ÍÜ
—•
Comunistas ameaçam Saigon e Phnom Penh
Eleições
estaduais na
Alemanha
STUTTGART - Cerca de
seis milhões de alemães
participam hoje das eleições
estaduais de Baden-
Wuerttembersr consideradas
cemo Importante teste do
comportamento do eleitora-
do em relação à política do
leste europeu do Chanceler
Wllly Brandt.
As figuras mais destaca-
das dos três principais par-
tidos do pais realizaram In-
tensa campanha em todo o
Estado durante as últimas
semanas.
Até agora, a Democracia
Cristã e os Soclcl-Democra-
tas Integram uma coalizão
a nível estadual, mas estes
últimos têm manifestado In-
tenções de criar uma allari-
ça com os Liberals-Demo-
cratas para o governo de
Baden-Wuerttemberg,
se-
melhante a formada pelo
governo federal.
Isso implica em que os
Soclal-Dèmocratas e Llbe-
rais-Democratos devem lu-
tar para obter mais votos
que cs Democratas-Crlstãos,
não somente para ganhar o
controle do Estado, mas
também para garantir o fu-
turo dos tratados de Brandt
com Moscou e Varsóvla.
Atualmente a democra-
cia-crl6tá tem maioria de
21 votos contro 20. Os De-
mocratas-Crlstáos são con-
trários à ratificação dou -
tratados.
Os social-democratas de
Brandt têm Insistido na lm-
portância dos tratados. A
transmissão direta por te-
levlsão, da recente travessia
de meio milhão de berllnen-
ses ocidentais para o leste
alemão, pela primeira vez em
seis anos,, poderá refletir nos
resultados das eleições do
hoje.
O líder nacional da Demo-
cracla Cristã, Ralner Barzel
e o primeiro-ministro do go-
verno estadual de Baben-
Wuerttemberg, Hans Filbín-
ger, candidato & reeleição,
têm criticado os tratados
com a parte oriental.
O ponto culminante des-
sas censuras foi a revelação,
por parte de Barzel do quo
anunciou como textos secre-
tos das negociações entre
Bonn e Moscou. Os do-
cumentos dão a entender
que Bonn cedeu àa pressões
soviéticas na redação dos
acordos.
Franceses
votam hoje
PARIS — Cerca de 30 ml-
lhões de eleitores decidirão
hoje se aprovam ou não a
ampliação do Mercado Co-
mum Europeu dos seis
membros atuais para dezt
incluindo a Grã-Bretanhai
Irlanda. Dinamarca e No-
ruega. A campanha, inicia-
da há três semanas, foi
considerada "nervosa e vlo-
lenta" com vários distúr-
bios e a prisão de um dl-
rigente sindical.
As pesquisas de opinião
prevêem a vitória do gover-
no, mas assinalam um ele-
vado índice de abstenção
(cerca de 37 por cento).
Segundo as pesquisas. 72
por cento das pessoas que
votarem optarão pelo "sim"
e os 28 por cento restantes,
integrados principalmente
por eleitores comunistas,
responderão "rão". Este
será o primeiro prebiscito
desde junho de 1969.
HARRISONVILLE — Um jovem vestln- MOSCOU — O diretor de uma fábrica de
do roupas militares, armado com um fu- sucos de frutas do Azerbadjao e seu ge-
zil M-l do Exército, matou anteontem rente foram sentenciados à morte frente
& noite dois policiais, feriu, quatro pes- a um pelotão de fuzilamento por rouba-
soas e suicidou-se na praça principal da rem dinheiro que o Estado lhes fome-
cidade de Harrlsonville no Mlssouri, EUA. ceu para adquirirem as frutas, para a
O rapaz identificado como Charles R. fabricação dos refrescos. Ramazon Akan-
Slmposon, 24 anos, desceu de um auto- tayev, diretor, e Anatoly Kushnerov, (ge-
® móvel defronte a um bando, exatamente rente da fábrica extratora de sucos de
no instante que por lá passavam os dois Belokan e mais 30 outras pessoas foram
policiais. Simpson baleou-os pelas costas Indiciados num processo que durou 16
% ,
e em seguida penetrou no banco dispa-
rando sem cessar e atingindo os funclo-
nários. Na rua, acertou um homem que Ihão de rublos para comprar frutas em
se encontrava num carro estacionado. 1968 e 1969 e os dois dirigentes falsifica-
Em seguida colocou o cano do fuzil na ram documentos para demonstrar que as
boca e apertou o gatilho.
Young e Duke recolhem amostras e
reduzem tempo da última jornada
HOUSTON — Os astronautas John Young
e Charles Duke realizaram ontem sua se-
gunda jornada pelo solo lunar. O Início
do passeio estava programado para às
10h37mln mas o controle de Houston de-
cidiu dar maior tempo de sono aos dois,
devido aos problemas enfrentados na
véspera. Ao mesmo tempo a Nasa anun-
ciou o cancelamento da experiência mais
Importante que seria realizada na Lua
(medida de temperatura do solo) em
vista do rompimento acidental do cabo
elétrico do equipamento.
"A Lua é o lugar ideal
para se dor-
mlr" — confessou Charles Duke a seu
contato em Houston, quando foi acorda-
do pela manhã. Os dois astronautas estão
de bom humor e as brincadeiras com a
Terra são constantes. O médico respon-
A experiência mais importante fracassou
HOUSTON — A grande decepção da mis-
são Apoio 16, sob o ponto de vista cien.
tiflco, foi o Incidente que provou o corte
do cabo destinado a unir o dispositivo de
medida de temperatura, do solo lunar
com a estação central) Instalada em
Descartes pelos astronautas. John Young
na sexta-feira cortou o cabo com um tro-
Tensão aumenta na Irlanda,
onde oito do IRA foram uresos
BELFAST — Soldados e policiais ocupa-
vam ontem locais estratégicos para lidar
com manifestantes rivais, católicos e pro-
testantes, em várias cidades da Irlanda.
A tensão cresceu depois de uma sema-
na de tiroteios e atentados a bomba que
deixou um saldo de 11 vítimas, aumen-
tando para 300 o total de mortos desde
1969. Duas marchas, uma coordenada pe-
Io Movimento de Resistência do Norte
(católico), e outra pela Liga de Orange
(protestante) haviam sido programadas.
Em Newry, na fronteira com a Irlan-
da do Sul. um homem morreu e uma mu-
lher ficou ferida durante um tiroteio-
Louco mata dois, URSS fuzilará
fere quatro e dois sonegadores
suicida-se do Azerbadjao
meses. A fábrica recebera mais de um mi-
haviam comprado.
sável atribuiu Isto ao bom estado em
que
se encontram.
A segunda Jornada teve como obje-
tivo a escalada de um monte de 507 me-
tros,' dLstante 4.300 metros do resto da
planície onde alunlou o Orion. Logo ao
descer do módulo lunar, John Young foi
incumbido por Houston de mudar a po-
sição da câmara ultra-vloleta para um
lugar na sombra e realizar uma série de
fotos da enorme nuvem de Hidrogênio
que envolve a Terra. Enquanto isso, Duke
carregava o Jipe lunar com os lnstru-
mentos necessários e verificava seu fun-
clonamento.
Enquanto recolhiam as amostras de
rochas vulcânicas, os dois demonstravam
bom humor,
"El, Houston, brincando o tempo todo:
acabo de achar esta pedra.
peção pondo fim a uma experiência de
USS 1200. Mas as Imagens que são trans-
mltidas pela tevê para Houston não têm
decepcionado os cientistas. A zona mon-
tanhosa de Descartes-Calley Já era co-
nheclda através de fotografias e filmes
das mlasões anteriores, mas elas não
permitiam distinguir detalhes, tais como
Horas antes, em Belfast um chofer de
táxi, católico, de 18 anos morreu balea-
do.
i
PRISÕES
Porta-vozes militares revelaram que
os pára-quedlstas detiveram oito mem-
bros do Exército Republicano Irlandês
(IRA) esta semana, na mâlor detenção
efetuada desde que a 'Grã-Bretanha as-
sumiu o governo direto da província há
cerca de um mês. Entre os detidos fl-
guram dois "comandantes de compa-
nhlas" do IRA, dois «oficiais" de menor
graduação e quatro militantes, todos
da chancelaria em Bonn, o embaixador
Peter Limbourg, regressará à capital ale-
má nos próximos dias. O Professor Geor-
ge Mangakis, 50 anos, escapou num avião
da RPA que decolou da base aérea norte-
americana em Atenas, razão pela qual a
Grécia deverá também mudar as dispo-
sições que regem o uso da base.
É multo branca mas parece ter manchas
pretas atrás."
O objetivo principal da missão do
ponto de vista geológico é encontrar res-
tos de rochas vulcânicas que teriam bro-
tado do interior da Lua. Até ontem a
dupla recolheu cerca de 20 quilos de ro-
chás e uma bastante semelhante ã Pedra
do Gênesis encontrada pela Apoio 15.
TERCEIRO PASSEIO
Houston Informou que o terceiro
passeio hoje será reduzido em duas horas
e a dupla deverá abandonar a Lua tam-
bém com esta antecedência, acoplando-
se com o Gasparzlnho para Juntos ini-
ciarem a viagem de volta â meia-noite
de terça-feira. A terceira jornada será
dedicada à exploração da cratera Ralo do
Norte, a mais profunda da região.
a tonalidade clara do solo lunar, reco-
berto por uma fina camada, multo mais
escura. Segundo se considera em Hous-
ton, a cor mais escura deve-se a uma
modificação da poeira lunar por efeito
das radiações cósmicas, do vento solar e
do impacto de pequenos meteorltos,
membros da ala provisória do movimen-
to.
Os britânicos indicaram claramente
que estão dispostos a deter todos os ele-
mentos conhecidos do IRA que forem prê-
sos durante distúrbios. Os oito que foram
detidos esta semana poderão ser interna-
dos por tempo indefinido sem processo
ou ainda serem levados a julgamento.
Acredita-se que o interrogatório policial
levará algum tempo.
Por outro lado, quase 700 pessoas de-
tidas desde o verão passado sem proces-
so poderão ser libertadas por iniciativa
do próprio governo atendendo a relvln-
dlcações dos católicos Irlandeses.
Atenas exige e
Bonn retirará
seu embaixador
BONN — A Alemanha Ocidental anun-
ciou que retirará seu embaixador em Ate-
nas, a pedido do governo grego, depois
de uma disputa diplomática em torno das
circunstâncias em que um dirigente opo-
slclonista foi levado para fora do país
há uma semana. Segundo um porta-voz
SAIGON — As forças do Vietnã do Norte e da Frente
Nacional de Libertação (Vietcong) encontravam-se on-
tem no vigésimo quarto dia de sua ofensiva, a apenas 60
quilômetros de Saigon ("ameaçando-a perigosamente",
segundo o comentarista Féli Bolo, da France Press), além
de realizarem investidas vitoriosas ao conquistar a po-
sição de artilharia Delta e as importantes bases de Yna-
kee e Dau Tieng (esta a 65 quilômetros da Capital sul-
vietnamita).
Os comunistas atacaram maciçamente o Planalto
Central do Vietnã do Sul, tomando a cidade de Hiep Duc,
a 70 quilômetros de Da Nang, além de conseguirem pe-
netrar na assediada cidade de Loc Ninh (na região sal-
gonesa) e na base norte-americana Chariie, iniciando ata-
quês à Capital provincial de Huoc Binh e conquistando
mais vinte quilômetros da Rodovia Número Um, que unt
Saigon a Phnom Penh, Capital do Camboja.
Em Hanoi, as autoridades pediram a retirada de to-
dos os diplomatas estrangeiros e anunciaram a possibili-
dade de um novo ataque da aviação norte-americana
para hoje, ao tempo em que denunciaram o fato de
que um foguete dos EUA alcançou ontem um avião co-
mercial que estava prestes a levantar vôo no aeroporto
de Kontum, ferindo sua tripulação e quatro passageiros.
Na Capital do Vietnã do Sul foi ordenado o reforço às
posições defensivas próximas, sendo evacuados até Sai-
gon milhares de pára-quedistas e soldados da infantaria
que se encontravam lutando no centro do país.
A luta prossegue no golfo de Tonquln e os bom-
bardeios sobre o porto de Thanh Hoa, a 400 quilômetros
de Hanói, continuam "com certa regularidade". A avia-
ção norte-americana atacou ontem ferrovias e rodovias,
tanto no Vietnã do Norte como no Vietnã do Sul, além
de depósitos de combustível, um deles próximo a Hanói,
ocasionando dez explosões e um incêndio "com colunas de
fumaça de 3 mil metros de altura".
A batalha de An Loc continuava indecisa ontem,
com as tropas comunistas às portas da cidade. Leon Da-
niel. da UPI, sobrevoou a cidade e informou que a mes-
ma está semidestruída e que poderá ser transformada em
uma "fumegante mina antes das tropas norte-vietnami-
tas penetrarem-na". A Cruz Vermelha pediu ontem a
Genebra uma trégua de 24 horas para a retirada dos "ml-
lhares de feridos de An Loc".
Na Rodovia Número Um apenas uma posição ainda
Be encontra entre as forças ofensivas e a Capital cam-
bojana — a cidade de Svay Rieng, sob forte bombardeio»
da artilharia norte-vietnamita.
400 prisões nos EUA
WASHINGTON. TÓQUIO — Cerca de 400 pessoas foram
presas ontem noa Estados Unidos, no quinto dia de ma-
nlfestações contra a guerra do Vietnã, e "estourou como
uma bomba" nas agências noticiosas e na Imprensa nor-
te-americana as declarações do um alto funcionário do
governo, segundo as quais "a maioria dos assessores e co-
laboradores do presidente foi contra o bombardeio d»
Hanói e Halfong porque temia que isto pudesse prejudi-
car a sua reeleição".
O funcionário da Casa Blanca disse que Nixon de-
cidiu pessoalmente intensificar os bombardeios, justifi-
cando-se com a frase: "Se eu não faço o que acho que
devo fazer para proteger o futuro deste país, torna-se du-
vldoso que eu possa ter uma política exterior viável caso
fceja reeleito."
Em Tóquio, o Embaixador norte-americano Roberl
Ingersol disse que o tratado de segurança entre os EUA
e o Japão dá ao governo norte-americano o direito de en-
Viar unidades militares japonesas à frente da Indochina,
no que foi contestado pela imprensa nipônica.
Entre as centenas do manifestações ocorridas ontem
nos EUA, a maioria contida pela Polícia, uma ee destacou
pela violência em um centro de treinamento militar, onde
estudantes e soldados à paisana hastearam uma bandeira
vietcong e uma norte-americana, esta de cabeça para bai-
xo. No mesmo local o General "Westmoreland foi atingido
no rosto por um tomate e pelotões da Polícia Militar dis-
pararam suas armas, sem ferir os manifestantes, mas rea-
lizando várias prisões.
Outra manifestação que terminou em conflito entra
policiais e estudantes ocorreu na Universidade de Mary-
land, a 15 quilômetros de Washington, onde os estudan-
tes tentaram incendiar a sede da guarnição local do
Exército e foram dispersados a cassetetes, sendo presos,
além de estudantes, professores e o capelão episcopal da
universidade.
Perón será candidato
à presidência em 73
MADRI E BUENOS AIRES — O delegado de Perón na Ar-
gentina, Hector Campora, declarou ontem em Madri que "é
coisa decidida que o General Perón seja o candidato do
Movimento Justiclalista nas próximas eleições", acrescen-
tando que o ex-presidente não pode fugir à realidade de
que "os Justiclalistas e o povo da Argentina exigem a sua
candidatura."
Dizendo que "o General Perón sempre fez o que o povo
lhe pediu", Campora afirmou que a noticia de uma suposta
ruptura de diálogo entre o ex-presidente e o atual governo
militar argentino "foi Interpretado de uma maneira exa-
gerada".
NADA CONTRA
O Presidente argentino Alejandro Lanusse, falando on-
tem a uma emissora de televisão na cidade de Necochoea,
embora desmentisse uma propalada reunião secreta com o
dirigente peronista Elias Sapag na quarta-feira, em sua re-
sldêncla de Ollvos, afirmou que o seu governo empresta a
Perón "o mesmo tratamento dispensado a todos os argen-
tlnos, especialmente os que estão no estrangeiro por sua J£|
própria vontade". Lanusse negou a entrevista com Sapag m
explicando que isto diferenciaria Perón dos outros argen-
tlnos e que ele, pessoalmnte, "nunca manteve uma relação
com peronistas que Justificasse esta diferenciação".
CAMPORA EM BUENOS AIRES
O delegado peronista Hector Campora chegou ontem à
noite em Buenos Aires e, em entrevista coletiva à imprensa,
confirmou as suas declarações de Madri e explicou que Pe-
rón não fez nenhum pronunciamento sobre os assassinatos
do General Juan Sanchez e de Oberdan Sallustro "porque
sua situação legal na Espanha não permitia, na época, •
pelo fato de se encontrar a 15 mil quilômetros do cenário
dos fatos".
Vaticano intercede
por padre no Uruguai
MONTEVIDÉU — A Conferência Episcopal uruguaia dl-
vulgou ontem um telegrama proveniente do Vaticano In-
tercedendo pela libertação do sacerdote Arnaldo Spadaggl-

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Mais três atentados na Itália
ROMA — Três atentados a bomba foram
perpetrados, na noite de sexta-feira e na
madrugada de ontem, contra as sedes da
organização neo-fascita Movimento So-
ciai Italiano (MSI), enquanto ações ter-
roristas proliferavam em toda a Itália à
medida que se aproximam as eleições
gerais marcadas para 7 de maio.
Pietro Caronia, de 22 anos, e Giovan-
na Ferrucci, de 21, foram presos sob a
acusação de lançarem dois "coquetéis
molotov" no estacionamento privativo da
embaixada norte-americana em Roma.
danificando vários carros. Os Jovens, per-
tencentes ao movimento "Núcleos Co-
munlstas Revolucionários", foram acusa-
dos e estão aguardando Julgamento por
fabricação, posse e utilização de expio-
si vos.
AGITAÇÃO
A série de atentados teve Início na
sexta-feira quando uma bomba de íabri-
cação caseira explodiu na sede do Jornal
"H Secolo d'Ita!la", órgão do Movimen-
to Social Italiano. Nas paredes externas
do prédio onde funciona o jornal foram
escritas frases com giz, entre as quais
uma que dizia — "abaixo o fascismo, vel-
culo da morte".
No mesmo dia uma segunda bomba
foi encontrada diante de uma sede do
MSI, tendo explodido quando um perito
da policia tentava desarmá-la. O policial.
atingido pela explosão, encontra-se em
estado grave em um hospital. Ontem as
explosões fizeram-se sentir em todo o ter-
ritório italiano, o que autorizou aos ob-
servadores afirmarem que se trata de um
plano bem organizado, inclusive porque
as bombas não causaram vitimas mas
apenas danos materiais. Os principais
fatos ocorreram em Cantu, na Lombar-
dia (onde duas bombas Incendiaram a se-
de local do MSI e em Pavla, onde a po-
lícia teve de Intervir em uma luta entre
extremistas de esquerda e extremistas de
direita, do movimento MSI, sendo reall-
zadas cerca de 30 prisões e ficando vá-
rias pessoas feridas, inclusive quatro a ba-
Ia.
no, Julgado pelo Tribunal Militar de acordo com as leis ex-
cepclonals do estado de guerra interno, Implantado no país
há uma semana para combater a subversão dos tupamaros.
Spadagglno, vigário geral da Arquidiocese de Montevi-
déu, foi detido na quinta-feira durante uma^ batida policial
na sede da Secretaria Latlno-Amerlcana dos "Estudantes
Católicos", organização acusada de dirigir a comercialização
de armas para todo o continente, além de facilitar a en-
trada e salda de pessoas clandestinas e produzir material
subversivo para difusão em toda a América Latina.
Todas as autoridades eclesiásticas do Uruguai estão se
movimentando para a libertação do sacerdote, acusado de
liderar o movimento "Estudantes Católicos", e afirmam que
a acusação governamental é "fantasiosa".
MEDIDAS
O governo uruguaio prossegue as operações da guerra
interna contra a subversão, com a busca e revistamento dt
todos os veículos que trafegam nas principais rodovias e
nas áreas urbanas, transpirando que cerca de 250 prlsõei
"guerra
já foram realizadas desde o Início da vigência da
interna". Entretanto, as noticias não são confirmadas pelas
fontes governamentais.

1.0 CADERNO CORREIO DA MANHA — Rio de Janeiro, domingo, 23 e 2a feira, 24/4/1972

/
EXÉRCITO
O General-de-Exército Artur
Duarte Candal Fonseca, que aca-
ba de deixar o cargo de Chefe do
Dep&rtamento-Geral de Serviçus
do Exército, por ter sido escolhi-
do pelo Presidente da República
para as Altas Funções de Chefe do
Estado-Malor das Forças Armadas,
vai ser alvo de homenagem da
parte das Ofielais-Generals e Jc-
mais Oficiais daquele Deporia-
mento constante de um grande ai-
moço de despedida na sede do La-
boratório.Químico Farmacêutico ao
Exército, que terá lugar no dia 25
do corrente às 12 horas. Como í-e
sabe a atuação do General Candal
à frente daquele Departamento foi
brilhante e eficiente daí a justa
homenagem que lhe vai ser pres-
Lada pelos seus camaradas de ar-
mas.
PASEP
O "NE", de 20 do corrente, pu-
blica, em suplemento, toda a do-
cumentação necessária para o ca-
dastramento dos servidores milita-
res e civis do Ministério do Exér-
cito no Programa de Formação do
Patrimônio do Servidor Público.
DESPEDIDAS
O General Breno Borges For-
tes, dando prosseguimento m vlsi-
tas de despedidas às Guarnições do
III Exército, esteve na cidadã de
Curitiba, onde as apresentou «o
MARINHA
O Clube Naval promoverá no
dia 23, às 21 horas, em sua Sede
Social. Avenida Rio Branco. Ses-
são Solene Especial para a entrega
do Título de Sócio-Benemérito da
Entidade ao Presidente de Portu-
gal, Almirante Américo Deus Ro-
drigues Thomaz, com a presença
de altas autoridades civis e milita-'
res.
O quadro social do clube está
convidando inclusive dependentes
registrados. O traje para civis e
militares é a casaca com condeco-
rações e longo para damas. Pede-
se a todos o cemparecimento an-
tes das 21 horas.
AERONÁUTICA
Como parte das comemora-
ções do Cinqüentenário da Primei-
ra Travessia Aérea Lisboa—Rio,
serão prestadas homenagens, ama-
nhã, às 9h30min, na Ponta do Oa-
leão, à memória dos grandes avia-
dores Gago Coutinho e Sacadura
Cabral, com o lançamento da-Pe-
dra Fundamental do Monumento
erigido em honra daqueles intré-
pidos aviadores.
POLÍCIAMILITAR
O secretário de tiegurança Pú-
blica, assinou Portaria, designando
o Tenente-coronel PM Armando
Lourenço da SUva, que serve á
disposição daquela Secretaria, pa-
ra exercer a função de Assistente
do Pessoal Militar do Gabinete ria
Secretaria de Segurança Pública.
TIRADENTES FOI
HOMENAGEADO
O comandante-geral da Policia
Militar do Estado da Guanabara,
General de Brigada Oswaldo Fer-
raro de Carvalho, baixou a seguinte
ordem do dia, alusivo à data do
aniversário do Patrono das Policias
Militares — Joaquim José da Silva
Xavier — O Tlradentes.
INCONFIDÊNCIA MINEIRA
Em 21 de abril de 1972, comemo-
ramos nesta data, 184 ahos em que
um homem ao lado de outros ldea-
listas tentou subtrair o Brasil do
Ju?o português. ¦
Pensava ele na independência de
sua Pátria, a fim de que esta, to-
mando o seu leme, se conduzisse
no rumo certo da ordem e do pio-
grosso.
C&pm£
MERENDA ESCOLAR l'Alt.\
UNIDADE DO LAR FABIANO DE
CRISTO EM BELÉM - A Casa de
José, em Belém do Pará. unidade
asslstencial do LFC, recebeu a vi-
sita da Inspetora da Campanha
Nacional de Alimentação Escolar,
que informou a decisão da CNAE,
em fornecer a merenda escolar às
crianças da Casa, que freqüentam
o jardim de infância. A Casa de
José está atendendo atualmente a
901 pessoas necessitadas, sendo 676
crianças e 225 adultos. Com o
crescimento de seu efetivo assis-
tencial, a ajuda da Campanha po-
dera evitar uma sobrecarga no aten-
dimento. pois o Lar Fabíano de
Cristo, com recursos quase que so-
mente da CAPEMI, fornece tudo o
de que as crianças precisam en-
quanto seus pais «tão sendo re-
cuperados através de cursos de ai-
fabetlzação, higiene e informações
8 CORREIO DA MANHA — Rio de Janeiro, domingo, 23 e 2a feira, 24/4/1972
MILITARES
Governador Parigot de Souza e
aos Comandantes das unidades
militares aU sediadas. Na capital
paranaense, foi homenageado cora
um jantar no Palácio Iguaçu. On-
tem. visitou a Quinta Brigada de
Infantaria Blindada, aquarteiada
em Ponta Grossa, quando manteve
contato com o seu Comandante
COMANDO DA 3.« DE
Acaba de assumir, em caráter
interino, o cargo de Comandante
da 3.» Divisão de Exército, sedia-
da em Santa Maria. Rio Grande
do Sul. o General Hélio Lemos.
Comandante da Artilharia Dlvlsio-
nárla da 3.» DE, que o recebeu do
General Dilermando Gomes Mon-
teiro. em cerimnla presidida pelo
General Adolfo João de Paula Cou-
to. Comandante da 6.» Divisão de
Exército. No próximo dia 5 de
maio vindouro, assumirá aquele
cargo, em caráter efetivo, o Gene-
ral Teophllo Tácito Oaspar de 011-
veira, quando o General Breno
Borges Fortes presidirá a solenl-
dade.
TAÇA DAS MISSÕES
Acaba de ser realizada na clda-
de de SSo Luiz Gonzaga, no Rio
Grande do Sul. a primeira compe-
tição do corrente ano em disputa
da Taça das Missões, levada a
efeito pela 1." Divisão rie Cavala-
ria. q-.ic cumpriu assim mais uma
etapa rio seu programa de Instru-
Do programa consta apresenta-
ção do cantor Dorival Caymi e
baile animado pela Orquestra de
Jazz do Corpo de Fuzileiros Na-
vais.
CONCURSO A OFICIAL
AUXILIAR
A Diretoria do Pessoal Milita
da Marinha prorrogou até o dia 5
de maio as Inscrições ao Quadro
de Oficiais Auxlliares da Marinha,
podendo concorrer os candidatos
que não lograram aprovação no
concurso realizado em 1971. Porta-
ria do Diretor do Pessoal estendeu
aos Cabos a possibilidade de con-
A, solenidade, que terá o cará-
.ter cívico-militar, contará com a
presença do Presidente de Portu-
gal, Almirante Américo Thomaz.
Falarão o Contra-Almirante R. A.
Manuel Maria Sarmento Rodri-
gues, Presidente da Comissão Ofi-
ciai Portuguesa, para a celebra-
ção do Cinqüentenário da Traves-
sia Aérea Lisboa—Rio, que o farão
em nome do Chefe de Estado de
Portugal, e o Ministro da Acro-
Achava ele que qualquer sacrifí-
cio compensaria, para a Pátria a
liberdade, mesmo que tardia.
No entanto, como a história
cristã produziu um Judas Iscario-
tes. também a vida brasileira no-
meou o seu traidor como interrup-
ção ao mais alto desejo de. llber-
dade.
Embora a morte de Jesus não
dlnihmis.se o ímpeto das seus se-
guidores, que com maior fé seg-ui-
ram os seus ensinamentos, a mor-
te de Tiradentes aumentou, entre
nós, a vontade de libertação total
no nosso povo^
A morte de Jesus de nada valeu
para a estagnação da doutrina, e
a morte de Tiradentes apenas in-
crementou o nosso desejo de
emancipação.
Tlradentes adivinhava o que a
revolução evidenciou no presente:
a verdadeira dimensão de um novo
Brasil.
Pressentia ele todo o potencial
econômico do Brasil e sofria por
ver o empobrecimento de sua
terra.
Foi sacrificado no altar da Pá-
tria e o seu sangue derramado ao
invés de arrefecer no ânimo dos
brasileiros serviu de exemplo e
Impulso para a Independência, Re-
básica? para se viver normalmen-
te.
Em outros Estados também a
Campanha já concedeu a mesma
ajuda, como na Guanabara e Mi-
nas Gerais e esperamos que dentro
de pouco tempo, todas as unida-
des tenham esse valioso auxüio da
merenda escolar, contribuindo pa-
ra um trabalho que vem sendo rea-
lizado há onze anos e que hoje
atende a quase trinta mil crianças
em todo o BrasU.
CAPEMI NAO COBRA JÓIA
PARA OS NOVOS ASSOCIADOS
— Quem desejar ser sócio da Ca-
peml, não precisa pagar jóias. A
decisão, baseada no exemplo do
ano passado, visa a facilitar o ln-
gresso no Quadro Social, a fim de
que mais pessoas possam usufruir
dos benefícios que a Caixa ofere-
ce. garantindo o futuro d» íamüi».
Atestando Isso, o número de teus
çáo. Na referida competição, a 5.»
consecutiva desde o seu restabelc-
cimento em 1971, foram obtidas as
seguintes classlfleitões: Prova de
Saltos para oficiais — 1." lugar. 3."
RC, 2° lugar. 1.» RC e 3.° lugar,
2.o RC; Prova de Saltos para sub.
tenentes e sargentos — 1.°. lugar,
4° RC. 2." lugar, 3.° RC e 3." lu-
gar, 2.» RC; Prova de Adestramen-
to — l.o lugar, l.o rc. 2.° lugar,
3." RC e 3.° lugar, 4." RC; e Cam-
peonato de Pólo — 1.° lugar. l.°
RC, 2.° lugar, 3° RC e 3.o lugar,
4.» RC.
MEDICAMENTO
Encontra-se à disposição do
interessado, no Centro de Relações
Públicas do Exército. 9.° andar do
Ministério do Exército, o medica-
mento Eraldln. Solicita-se. com,
urgência, ligação do interessado
com àquele setor.
ATOS DO MINISTRO
O Ministro Orlando Geisel as-
slnou portarias, nomeando, por
necessidade. do serviço, para os
Comandos do 4." Regimento de Ca-
vaiaria, sediado cm Santiago, Rio
Grande do Sul, o Ten.-Cel. José
Magalhães, do l.°-15.o Regimento
de Infantaria, aquartelado em
João Pessoa. Paraiba. o Ten.-Cel.
Luiz de Gonzaga Cosia de Araú-
,1o. c. do 6.° Regimento de Cava-,
laria Blindada, com sede em Ale-
grete, Rio Grande do Sul, o Ten.-
correr, uma vez preenchidos os re-
qulsitos para promoção à pnav
ção de 3.° sargento.
ESTUDO DE PROBLEM. .
BRASILEIROS
A Escola Naval programou {.<-.
ra o corrente ano a realização de
úma série de conferências dentro
dos currículos de Estudos dos Pro-
blemas Brasileiros para Aspiran-
tes dos 2.o, 3.° e 4." anos. sobre os
temas: "Bases da Civilização Bra-
sUeira", ••Desenvolvimento Brasi-
leiro e Visão Econômica". Cada
tema será abordado por cerca de 11
náutica do Brasil, Ten.-Brig. Joel-
mir Campos de Araripe Macedo.
Ao término da cerimônia, o
Presidente daquela Nação Amiga
e sua comitiva, seguirão para a
Base Aérea do Galeão de onde em-
barcarão para Brasília.
ESTAGIO
Em solenidade na Diretoria
de lntendência, foram entregues
pública e a Revolução Redentora
de 31 de março de 1964.
Neste ano comemoramos o Ses-
qulcentenário da Independência
do Brasil.
Governo, Forças Armadas e Au-
xlllares, povo, classe empresarial
etc, se unem para mostrar o mui-
to que fizemos para o engrandeci-
mento da Pátria e colocá-la em
evidência perante os povos do
globo.
A Revolução de lil de Março res-
tabeleceu a moral cívica, que só
existia nos Quartéis.
Há aqueles, no entanto, que ain-
da não sentiram em si o amor pela
Pátria; que preferem a corrupção
e a desordem; esquecem que nas-
cemos num solo sob a proteção da
Cruz; preferem a riqueza material,
conquistada por processos espúrios,
com prejuízos, alheios; esquecem
as palavras do Evangelho: "Ai da-
quele que ajunta em sua casa
bens mal adquiridos, para por o
seu ninho no alto, a fim de se 11-
vrar da mão do mal.
Vergonha maqulnaste para a tua
casa; destruindo tu a muitos po-
vos. pecaste contra a tua alma.
Porque a pedra clamará da pa-
rede. e a trave lhe responderá do
madeira mento."
associados já ultrapassou a casa
dos 780 mil.
AVISO IMPORTANTE — Res-
pondendo a grande número de so-
licitações a respeito, Informamos
que os sócios em atraso no paga-
mento de suas mensalidades ft
CAPEMI, durante três meses ou
mais e que porventura venham a
desaparecer nessas condições, na-
da poderão legar a seus beneficia-
rios, pois estes perderão o direito,
de acordo com a letra "b", do ar-
tigo 61, do Regulamento do Slste-
ma de Assistência aos Sócios e
seus Beneficiários (RSASB). En-
tretanto, os atrasos até seis meses
não excluem os associados, que po-
derão atualizar seus pagamentos.
Assim sendo, manter as men-
saudades em dia é medida aconse-
lhávcl, principalmente para os só-
cio» cuja modalidade de pagamen-
to i de carne.
Cel José Campadelli; e transferiu-
do para a Reserva Remunerada os
Capitães Bernardo Luiz Lopes Fl-
lho. Mário Negri, Manoel Carnei-
ro da Cunha, Lourival Faria da
SUva, José Soares. Hermogênlo Fe-
llz de Morais. Geraldo da Silva
Prado, Garlbajdl Gomes de Aguiar
e Eurípedes Mineiro de Melo.
ALMANAQUE ? ¦'
Está sendo solicitado às Unida-
des com sede na Guanabara e
imediações que recebam, na Dire-
toria de Cadastro e Avaliação —
Ministério do Exército, 5." pavi-
mento, Praça Duque de Caxias. GB,
no período de 24 a 28 de abril cor-
rente, no horário de 7 às 17 ho-
ras. por intermédio de elemento
devidamente credenciado por ofi-
cio de apresentação, o 1.° Volume
do Código de Cadastro e 1.» Volu-
me do Almanaque dos Subtenentes
e Sargentos do Exército.
8.° RC MEC
O 8.° Regimento de Cavalaria
Mecanizada, antigo Regimento de
Cavalaria, em conseqüência da
transformação, fez realizar sua se-
de. em Uruguaiana, Rio Grande do
Sul. uma solenidade de despedida
simbólica do cavalo. A referida so-
lenidade contou com a presença
do Comandante da 2." Brigada de
Cavalaria Mecanizada e de Coman-
dantes de Unidades daquela Guar-
nlção.
\
aspectos diferentes e tratados pe-
los mais destacados conhecedores
do problema.
„, Esses estudos visam integrar o
futuro oficial da Marinha na pro-
blemátíca nacional, oonscientizan-
do-os das nossas dificuldades e pos-
sibilldades evolutivas e ao mesmo
tempo prepará-los para uma maior
contribuição ao desenvolvimento
nacional.
A freqüência a esses esíudos
será franqueada aos Professores e
Instrutores da Escola Naval, in-
clusive conferindo certificados aos
que assistirem a mais de 80 por
cento das conferências.
os diplomas de conclusão de está-
gio, que teve a duração de 3 me-
ses, e foi^realizado nos órgãos su-
bordinados daquela Diretoria e nos
Serviços de lntendência da Mari-
nha, do Exército e na Brigada Aé-
ro-Terrestre aos Intendentes da
Turma de 1971, composta de l
(um) oficial da Força Aérea Bo-
liviana e 3 (três) Aspirantes da
FAB.
Podem estar certos esses maus
brasileiros que em seu alheamen-
to não frustarão a vitória do
Brasii. i 24 do corrente, na Igreja de São Francisco de Paula, no largo de São Francisco.
i
Meus Comandados!
O Brasil procura alcançar o de-
senvolvimento e a segurança, com
a construção de uma sociedade
politicamente aberta, que concilie
a necessidade da aceleração do de-
senvolvimento com a manutenção
das liberdades e com o maior grau
possível de privatismo e de descen-
tralização do poder econômico.
Trata-se, então, de ajudar a cons-
truir, no Brasil uma sociedade de-
senvolvida, democrática, indepen-
dente e livre, assegurando, assim,
a viabilidade econômica, social e
política do Pais, confiando todos
nas palavras do excelentíssimo se-
nhor presidente da República que
garantiu:
'"O Governo da Revolução não
fará o jogo de ninguém, mas ape-
nas o próprio jogo. O jogo da ver-
dade. O jogo limpo e claro da Re-
volução. O jogo do desenvolvimen-
to nacional, o Jogo da Justiça so-
ciai, o jogo através do qual se for-
talccerá na confiança e no apoio
de toda a nação,"
COMPARECIMENTO A
CAPEMI - Está sendo solicitada a
presença dos seguintes associados
na Rua Senador Dantas, 117, sa-
Ia 1.233: Waldemlr de Souza, An-
tomo de Araújo, Raymundo Mes-
quita Serra, Luiz José de Santana,
Sebastião Barreto Miranda, José
Ribamar Gonçalves, Antônio Soa-
res Vieira, João Francisco Pontes,
Manoel Moreira Sobrinho, Osvaldo
Góes, Armando Coutlnho. Antônio
do Nascimento, Cláudio Moreira,
Maurício N. SUva, Natanael da
Silva Rocha, Nísla da Cruz, Wal-
ter Franco Silva. Archlbaldo Wan-
derley. Jorge Teixeira. Amaro Fl-
lho, Pedro Crelller DI Leu, Wol-
mar Wldmer. José Corrêa, Luiz
Araújo Paz, João Coelho da Mata,
Fernando Costa, José Vicente.
Dalmlr A. Costa. Iracy de A. Rego,
Nilton Curvelo, José Cunha Sam-
paio.
;¦*.<•«• j.-.;
-\
SERVIDORES '„.-'frif'
N-.«i V-
c<incurso, para o cargo de contar de 23 de abril do 1X1
sste
ESTADUAL professor primário, EP-1, do
Quadro Especial; designando
fheophllo de Almeida para
corrente ano, e sob a presi-
dência do Conselheiro Danll-
lo da Cunha Nunes,- deslg-
nado pelo Tribunal de Con-
chefe do Serviço de Atlvida-
Licença-prêmio des Locais, da Região Ad-
ministrativa de Madureira,
tas do Estado da Guanabara,
exercerem a.s funções de
da Coordenação do Sistema membros da J anta de Con-
Por terem completado o de Administração Local, do troie da Superintendência
tempo de serviço previsto em Gabinete Civil do Governo Executiva de Projetos Espe-
le,. .oi concedida licença- ciais — SEPE.
cio Estado; readmitindo Wel-
prêmio a servidores com lington William de Castro
ejiercicio na Secretaria de ro cargo de motorista "B", SALARIO-EDUCAÇAO
Educação e Cultura, como nível 12. na vaga decorrente
segue; de três meses, Elizeth O presidente da Comissão
do falecimento de Jorge Si-
Moraes Vieira Alves, Elisete Estadual do Salárlo-Educação
queira Arruda; demitindo o
Bastos Pires, Janete Neves detetive Araken Medeiros da em edital enviado enviado à
imprensa, avisa às empresas
de Souza. Vicentina Curei Conceição; e aposentando
cem mais de 100 empregados
Siiva, Iracema da Cru? Sil- Bráulio Mathias no cargo de
va, Maria Luiza Peregrino, t-abalhador "B". nível 18. que. do dia 2 a 31 de maio
vindouro, receberá, das II às
Sérgio Pinto Magalhães, Nei-
do de Campos, Cleuza Maria DESAPROPRIAÇÕES 16 horas, na Rua México, 21
— sala 902, as declarações e
Figueiredo, Lígia Alves dos
Santos Souza, Lenl Martins Em decreto assinado dia comprovantes indlspensávela
ao levantamento do débito do
do Oliveira e Castro. Tereza 20 o Governador Chagas
Vieira Magalhães, Heloísa da Freitas declarou de utillda- salárlo-educação relativo aos
Silva Souza, Janet Machado de pública, para fins de de- seus empregados no corrente
Teixeira, Francisco Casali, sápropriação parcial, os imó- exercício, de acordo cora o dis-
Lúcia da Silva, Lucas Mau- veis números 101, 125, 13b posto no decreto número 470,
ro de Figueiredo, Antônia 145, 157 e 1G1 da Rua Vis- df 15 de outubro de 1865. <
Loyola Massena, janet Rlbci- conde Silva, necessários pa-
ro Antunes ra as obrns de execução rn SALARIO-FAM1LIA
Carvalho, So-
Innge Rocha dos Santos, Ida referido logra-louro.
Julgada legal a documenta-
Garcia Cassiano, Marilda apresentada pelos interes-
F.vangelísta dos Santos Sil- ção
SUPLEMENTO ESPECIAL sados, o diretor da
Divisão de
va. Marcos de Salles Cunha, Habilitação, da Secretaria da
Para melhor divulgação do Administração, concedeu sala-
Vera Neves Silva, Maria Jo-
se N. B. de Oliveira. Scvl- Manual entre as autorida- rio-família aos seguintes fun-
Ia Machado Mascarenhas, des e o funcionalismo da cionários: Pedro Pontes, Alves,
Ziilma de Carvalho .Chasas. Guanabara, o Departamento Lucy Veiga Pires Ferreira,
Manoel Moreno Soares, Ma- de Imprensa do Estado edi- ' Theodoro Rosa da SUva, Dai-
tou um suplemento do Bo-
ria Célia Ferreira Loureiro, va, Nunes da Silva, Jayme Jo.ié
Mcria Alrina de Araújo, lelim Oficial contendo a re- da Costa; Sebastiana Rosa
Sueli Maria Aloiiso Socha- produção do Manual de Gonçalves, Alberto João Go-
(kl. Natalino Duarte, Lucy Atribuições, Normas, e Ro- mes, Fermiana da Silva Cas-
Carneiro Cobas. leda Corrêa tinas do Departamento de tro, Marina Cardoso da Motta,
Perícias Médicas, da Secre- Anna Rodrigues1 dos Santos,
Menezes. Regina Célia do C.
Coimbra. Ana Maria Gomes taria de Administração, o Hélio de Paula Pinto, Walter
Pereira Pinto, Wanda Vieira qual está sendo distribuído dos Santos Dias, Octávio dá
Pinto da Silva. Marjlena com a edição daquele órgão Costa Santiago, Jurema de
Muza do Amaral. Wilma . de número 1.975, do dia 17 Oliveira, Neuza Maria, dos
Londermann Bambino, Euni- último. Além dessa provi- Santos Pessanha, Rosalina .de.
co Donninl de Souza e Ma- dência, o DIEG imprimirá Souza Freire, Lourdes dos
Santos Teixeira, Nilda Muy-
ria da Glória Miranda; e de em opúsculo. a matéria para laert Marques de Souza, NI*
F"is meres. Lvgia Monteiro a sua distribuição gratuita
entre, os interessados, aira- colíno Tromplerl Filho, Orlan-
Guimarães e Jaques M*del- do Nobrega, Sebastião Borre-
res. . , vés às chefias de núcleos.
go, Manoel Alves da Fonseca,
Nelson Ferreira Alves, Pedro
JUNTA DE CONTROL1
ATOS DO GOVERNADOR Ivo Bezerra, Cordollno Gon-
çalves da Cruz, Roberto Silva
O governador assinou de- de Azevedo, Ivan de'Oliveira
O governador assinou dia creto reconduzindo Luis Bandeira de Mello, Fernando
20 os seguintes atos: no- Dantas do Prado Kelly e Dias. Regina Teixeira Fonse-
meando Anninda de Almci- Mário Saladini para, em nu- ca, Hilda Dias Barbosa e Ro-
da Leitão, classificada em vo mandato de um ano a drigues Alves Ferreira,
Alos Dr. Sebastião de Assis Wolff
MISSA (2.° ANIVERSÁRIO)
I0S0S A família convida para a missa de 2.'
aniversário de falecimento do DR. SEBAS-
Ao Menino Jesus de Praga TIÃO, na Igreja dos Sagrados Corações —
Agradeço graça alcançada.
LÚCIA Tijuca, às 7: hs, do dia 24.4.72. 53957
.. 2387S
General Pedro Leon Basfide Schneidér
MISSA DE 7.» DIA
A Direioria e funcionários da EMPRESA BRASILEIRA DE TELECO-
MUNICAÇÕES — EMBRATEl, sensivelmenfe consternados cum o faleci- ; -ew
menlo do General PEDRO LEON BASTIDE SCHNEIDÉR, convidam os com-
¦ma
Banheiros, colegas e amigos do exlinio para assistirem à Missa de 7.° dia,
que,
em intenção à sua boníssima alma, será celebrada às 11:00 horas, amanhã, dja KW
Antecipadamente, agradecem a todos que comparecerem a esse ato de fé
crisfã. . ... M ', < ' ¦
> \:-' ji ' :;í
FMüfl
ccdernoespecbl:
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indústrbo ciência
«j ' ;fiu
comércio e
1
tecnoloaia
..,.K.v;
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- HKA
RESERVA DEESrAÇQ -//DEMAM í**'" ¦]
ENTREGA DO MATERIAL 416 DE MAIO
CIRCULAÇÃO CONJUNTA
Correio da Manhã - WM Utim
19 DE MA/O DE 1972
l.o CADERNO

i
11131 ° ! WíW£> Irv W
Woro/tf L/oytf é o re/óa/o: orna cena clássica
Lançamento
A Viúva Virgem. Comédia.
Nacional. Direção de Pedro
Carlos Roval. Com Adriana
Prieto, Jardel Püho, Marcelo,
Carlos Imperial, Darlene Gló-
ria. ç cebida", de Nino Manfredi.
Chamam-me Trinity (They
Call Me Trlnlty/Lo Chlamava-
no Trinltà). Western cômico.
Direção de E. B. Clucher. Com
Terence Hlll, Bud Spencer e
Farley Granger.
Os Desajustados do Amor
(Dropout).' Drama romântico-
social. Direção de Tino Brass.
Com Vanessa Redgrave e
Franco Nero.
A Supertestcmunha (La
Bupertestfimone). Italiano. Dl-
ireção de Franco Grlmaldi. Com
Ugo Tognazzl e Mônlca Vittl.
Morte em Veneza (Morte
a Venezia/Death in Venlce).
Realização de Luchlno Viscon-
ti, Roteiro extraído da novela
de Thomas Mann, Der Tod In
Venedlg. Com Dirk Bogarde,
Bjorn Andresen e Rilvana
Mangano.
Domingo Maldito (Sun-
day, Bloody Sunday). Drama.
Um estranho triângulo amo-
roso. Realização de John Sch-
lcsinger. Com Glenda Jack-
6on, Peter Finch e Murray
Head. ti
Pistoleiro sem Destino
(The Hlreiá.Sand). Espécie de
Easy Rider do gênero western.
Direção. dekPeter Fonda. No
elenco: Petei; Fonda, Warren
Oates e Verjía Bloom.
Perversa Paixão (Play
« Amante insantavel,
Mlsty For ÍMe). Thriller de
tn!stériò" e ,;ferror. Direção de
Clint Eástijipòd. Com Cllnt
Eastwood, íjtaslca Walter e
Donna Mills f
O A Fabulosa Clinica do Dr.
Tersllli (n Prof. Dott. Guido
s Tersllli Primária delia Clínica
VUIa Celeste delle Piccole An-
celle Dell'Amore Mlserlcordlo-
bo Convenzlonata com le Mu-
tue). Drama, comédia e sáti-
ra. Direção de Luciano Salce.
Com Alberto Sordi.
e A Crista do Diabo (The
Deserter). western. Direção
de Burt Kennedy. Com Beklm
Fehma, Richard Crenna, John
Huston, Chuck Connors e Ri-
cardo Montalban.
« Vingança Selvagem (Wes-
tem). Realizado pelos mexlca-
-*f0os. Díresfio de Alberto, Ma-
riscai. Com Isela Vega, Hele-
ra Rojo, Jorge Luke e parti-
cipação de Cameron Mitchell.
O Procura-se uma Virgem.
Comédia nacional. Direção de
Paulo Gil Soares. Com Hugo
s^>>c*4^(^k t^-
^K-£ *$¦¦
t ^frfc,>í.^"ji
CRUZADAS
li \í I 15
|3
r::n:::T;
11 12
5F 24
H-mirrtTl
l.o CADERNO
CINEMA
Carvana, Ardulno Colassanti,
Hugo Bidê e Carla Santiago.
Missão: Matar... Policial
brasileiro. Roteiro extraído'
de um ..romance de" Robert
Flsh. Direção de Alberto Pie-
rallse. Com Tarcísio Meira,
Luís de Lima, Yonne Buckin-
gham.
Esses Médicos Irrevercn-
tes (Tenderly). Comédia ro-
mántica. Direção de Franco
Brusatl. Com Virna Lísl e Ge-
orge Segai.
império dos Homens
O Metro-TIJuca. Chamam-me Tri-
Maus (Die Clan des Masterst.
Bangue-bangue. Direção de
Alf Kjelln. Com Jack Palan-
se, Buri Ives e Brock Peters.
Crepúsculo dos Insaciá-
vels (Gil Insaziabill). Policial
Italo-americano. Direção de
Alberto de Martino. Com Ro-
bert Hoffman. Dorothy Maio-
ne, Luciana Paluzzi.
Nicolas e Alexandra (NI-
cholas and Alexandra), Dra-
ma histórico. Fim da dinastia
dos Romanoff. Direção de
Franklln Schaffner. Com Ja-
net Suzman e Mlchael Jays-
ton.. ,
Os Diamantes são Éter-
nos (Dlamonds are Foreven. •
Aventura de James Bond, o
agente 007. Direção de Guy
Hamilton. Com 8ear> Connerv.
Venha Tomar um Café
Conosco (Venga a prendpre '1
caffèda nolí. Comédia. Dire-
ção de Albprt Lattuada. Com
Ugo Tógnp»").
Centro
Cineac-Trianon. PpssSes a par-
tir de 10 da manhã.
(18 a.).
CIne-Hora. Desenhos, comédias,
documentários, "jornfls" etc. \
Dartlr de 10 da manhã.
Festival. Eu te amn Natha"*.
(18 a.). 10. 12, 14, 16, 18 20 e 22h.
Florlnno. Programa duplo. Fuga
do Planeta dos Macacos (10 a.)
e A esnlã aue veio rto céu (Li-
vre). 14. 17.25 e 10,15.
SSo José. Eu te amo, Nathalie,
(18 a.) V 16. 1" 2« c 22h.
Cinelândia
Capitólio. Perversa paixão (18
a.). 14, 16. 18. 20 e 22h.
Império, Venha tomar um café
conosco. (18 a.). 14, 16, 18, 20
e 22h,
Metro-Passelo. Chamam-se Tri-
nity. (10 a.). Meio-dia. 14, 16, 18
20 e 22h.
Odcon. A Crista do Diabo (18
a.). 14, 16. 18, 20 e 22h.
Palácio. Missão: MatarI (14 a.).
14.40, 16,30, 18,20, 20,10 e 22h.
plazai Procura-se uma virgem.
(18 a.). Horários especiais.
Pathc. A fabulosa clinica do Dr.
Tersllli. (18 a.). Meio-dia, 14
16, 18,. 20 e 22h.
Rex. .Programa' duplo. Suécia
Inferno e paraíso e Uma longa
fila de cruzes. (18 a.). 13,45, ..
17,10 e 20,35
RivoII. Eu amante. (18 a.).
Programa duplo. A partir de
14h.
Vitória. Pistoleiro sem destino.
(18 a.). 14,40, 16,30, 18,20 20,10
e 22h,
l^ i-- ffi«jjgy < MgxSgM mm>&tô&Í!mmKy-mm <-
%&wmvX'-mM>"'mmWM&yQ&j^m&
16 17 8 Falta; lacuna. 24 — O substrato instintivo da psi-
||4
~"r~~" 26
25
^^mmmmmmmmummmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm
Catete/Flamengo
Aiteca. Vingança selvagem. (18
a.). A partir de 14 horas.
Bruni-Fla. Divida de sangue.
(14 a.). 14, 16, 18, 20 e 22h.
Condor-Largo do Machado. Eram
13... mas faltava uma. (18 a.)
14, 16, 18, 20 e 22h. Sábado a
meia-noite: "Por uma graça re-
Paissandu. Cada um vive como
quer. (14 a.). 14, 16. 18, 20, e 22h
Sábado á meia-noite: "Tempo ae
amar, tempo de esquecer", de
Richard Brocky.
Politeama. A noviça rebelde.
(Livre). 14,45, 17,50 e 20,55.
São Luiz, Perversa paixão. (18
a.). 14, 16, 18, 20 e 22h.
Botafogo
Botafogo. Programa duplo. Ba-
lada para Satã e Pequeno gran-
de homem. (18 a.). 15 e 17,05.
Caprl. Pistoleiro sem destino.
(18 a.). 14.40, 16,30, 18,20, 2010
e 22h.
Coral. Eu te amo, Nathalie. (18
a.). 14, 16, 18. 20, e 22h.
ópera. Os desajustados do amor.
(18 a.). 14,30, 17, 19,30 e 22h.
Scala. Brancaleone nas Cruza-
das. (14 a.). 14, 16, 18, 20 e 22h.
Veneza. Morte em Veneza. (18
a.). 14, 16,35, 19,10 e 21,45.
Jussara (J. Botânico). 100.000
dólares por um bandido. (10 a.l.
14,20, 16,10, 18, 20 e 22h.
Copacabana
Art-Palácto-Copa. Crepúsculo
dos insaciáveis. (18 a.). 14, 16,
18, 20 e 22h.
Alaska, O calhambeque mágico.
(Livre). 14,30, 17, 19,30 e 22h
Brunl-Copa. Procura-se uma
virgem. (18 a.). A partir de
14h.
Caruso Domingo maldito (18
a.), 133, 15,40, 17,50, 20 e 22,10.
Co--*nr.Cfp:,'-bara. A fahu'osa
clinica do Dr. Tersllli, (18 a.).
14, 16, 18, 20 e 22h. Sábado: sei-
são à meia-noite.
Copacabana. Missão: MatarI (18
a.). 16,30, 18,20 20,10 e 22h. so-
mente na sessão das 14h: O me-
lhor do Gordo e do Magro (Li-
vre).
Jóia. E o vento levou. (14 a.).
Horários especiais.
Metro-Copacabana. Chamam-me
Trinity. (10 a.). 14, 16, 18, 20 e
22h.
Parls-Palace. Terror cego. (18
a.). 14, 16, 18, 20 e 22h.
Itlan. 007 contra Os Diamantes
são eternos. (18 a.). 14, 16,40
19,10 e 21,40. Sábado à meia-nol-
te: Dré-estréia de "A estatua".
Rlcamar. Divida de sangue. (14
a.). 14, 16, 18, 20 e 22h.
Roxy. A viúva virgem. (18 a.).
14, 16, 18, 20 e 22h.
Rlvlera. Esses médicos lrreve-
rentes. (14 a.). 14. 18. 18, 20 e
22h.
Ipanema/Leblon
Pax. Romeu e Julleta, de Zeífl-
relll. (14 a.). 14, 16,45, 19,30 e
22,15. Só até 6a. feira. No sábado:
Chamam-me Trinity. (10 a.). 14,
16, 18, 20 e 22h.
Roma-Brunl. Nlcholas e Alexan-
dra. (14 a.). 14, 17,30 e 21h.
Supcr-Bruni-70. A supertestemu-
nha. (18 a.). 14, 16, 18, 20 e 22h.
Miramar. Perversa paixão. (18
a.). 14, 16, 18, 20 e 22h.
Leblon. Pistoleiro sem destino.
(18 a.). 14.40, 16,30, 18,20, 20,10
e 22h.
Lagoa-Drlve-In. — Chamam-me
Trinity. (10 a.). 20.30 e 22,30.
Plrajá. Perversa paixão. (18 a.).
14. 16, 18, 20 e 22h .
""t
Jessica Walter e Clint Easrtfjod: Perversa Paixão
HORIZONTAIS:
1 — Ímpio. 4 — Maldição. 9 — Cerce, rente. 10 —
Pedra fma, da cor da cereja ou de açafrão. 11 —
Diz-se do indivíduo leviano, sem critério. 13 — Nome
da letra "R". 14 — O "criador" da Arca. 16 — Pre-
venção que serve para assegurar a validade de
um ato jurídico. 19 — Nome de uma aranha amazô-
nica. 21 — Seu. 23 — Confirmada. 27 — Que pode
ser percorrido, que não oferece obstáculo. 28 — Ofe-
recer.. 29 ,— Grão alimentício. 30 — Prazer; satis-
facão.
VERTICAIS:
l — Medida agrária. 2 — Conclusão de um teorema.
3 _ Observar ocultamente. 4 — A favor. 5 — Re-
lação, lista. 6 — Em forma de canal. 7 — Rebanho.
8 — Planta da família das liliáceas, medicinal, vulgar-
mente chamada babosa. 10 — Acreditar. 12 — Es-
pécie de sapo da Amazônia. 15 — Idiota, abobalhada.
17 _ Vereador. 18 — Ministério da Educação e Cul-
tura (sigla). 20 — Nome dado aos franceses pelos
silvícolas brasileiros. 22 — Devorador, voraz. 24 —
Nome de homem. 25 — Barrete turco. 26 — Arma-
ção de óculos.
RESPOSTAS DO NÚMERO ANTERIOR
HOR.: cata — Jobim — oleol — coca — sarrafaçal
ir — tua — Ari — parcel — apo — eis — ai —
desalgado — oral — lápis — rural — raro. VERT.:
cosicador — alar — ter aorta — oca — boçal — içar
malicioso — laurel — facial — posar — esgar —
Peru — adir — ala — Apa.
CORREIO DA MANHA — Rio de Janeiro, domingo, 23 e 2» feira, 24/4/1972
ROTEIRO
Tijuca
Art-Paláclo-Tljuca. Crepúsculo
dos insaciáveis. (18 a.). 14, 16
18, 20 e 22h.
América, Pistoleiro sem destino.
(18 a.). 14,40, 16,30, 18,20 20,10
e 22h.
Carioca, . Perversa paixão. (18
a.). 16, 18, 20 e 22h. Somen-
te na sessão das 14h: Felizes
para sempre. (Livre).
Brltânla. E o vento levou...
(14 a.). Horários especiais.
Bruni-lljuca'. Divida de sangue.
(14 a.). 14, 16, 18, 20 e 22h.
Comodoro, Venha tomar um ca-
fé conosco. (18 a.). 14 16, 18, 20
e 22h.
nity. (10 a.). 14, 16, 18, 20 e 22h.
Olinda. Procura-se uma virgem.
(18 a.).
Tijuca. Missão: Matar! (18 a.).
14,40, 16,30, 18,20, 20,10 e 22h.
Sexta-feira: na sessão de 22 ho-
ras, pré-estréia de "A estátua".
TIJuca-Palace Eu te amo Na-
thalie, (18 o.). 14, 16, 18 20 e
22h.
Rio. Esses médicos Irreverentes.
(14 a). 14. 16, 18, 20 e 22h.
Outros cinemas
Art-Paláclo-Méler. Crepúsculo
dos insaciáveis, (18 a.). 14, 16,
18, 20 e 22h
Art-Palácio-Madureira. . Crepús-
culo dos insaciáveis. (18 a.).
14, 16, 18, 20 e 22h.
Santa Alice (Engenho Novo).
Pistoleiro sem destino. (18 a.)
15,30, 17,20, 19,10 e 21h.
Paratodos (Méier). A fabulosa
clinica do Dr. Tersllli. (18 a.l.
Mauá (Ramos). A fabulosa cll-
14, 16, 18, 20 e 22h.
nica do Dr Tersllli. (18 a.).
15. 17, 19 e 21h,
Mascote (Méier). Procura-se uma
virgem (18 a.).
Bruni-Plcdadc. Procura-se uma
virgem. (18 a.).
Regência (Cascadura). Procura-
se uma virgem. (18 a.).
SSo Pedro (Ramos). Procura-se
uma virgem (18 a.).
Matilde (Bangu). Procura-se
uma virgem. (18 a.).
Rio Palace (Ramos). Império
dos homens maus. (18 a.).
Brnnl-Méler. Eu te amo. Na-
thalie. (18 a.).
Astor (Madurelra). Eu te amo,
Nathalie. (18 a.).
Vitória (Bangu). Cidade vlolen-
ta. (18 a.). 15, 17, 19 e 21h.
Vaz Lobo. Um homem como
poucos e Muralhas do ódio.
(18 a.).
Lcopoldlna. Fuga do Planeta dos
Macacos e Os 4 palhaços.
Moça Bonita. Dlze-me que me
amas e Ardil 22. (18 a).
Baronesa (Jacarepaguá). O par-
celro do diabo. (18 a.).
Cachambl. Meu leal companheiro
15, 17. 19 e 21h.
brutos também amam. (14 a.).
(Livre).
Vila Isabel. Programa
Dólares de sangue e Um homem
duplo.
como poucos. (18 a.). 17 e 10,10.
Irajá. Vingança selvagem e As
corças. (18 a.).
Rosário. O parceiro do diabo e
As máquinas quentes. (18 a.).
Guarabu (I. Governador). San-
são e Dallla. (Livre).
Fluminense (S. Cristóvão). Pro-
grama" duplo. Os cinco güerrl-
lheiros e O vale da morte. '4,
17,20 e 20,40. I
Taquara (Jacarepaguá). Bllly
Jack. (18 a.).
Coliseu (Méier). Programa du-
pio. Vingança selvagem e Os seis
Mlssisslppi (I. Governador). Js
invencíveis. (18 a.). 14, 17,20 e
20.40.
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% Rubens Leite e outros. Tex-
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TANGO — De Slamovir
Mrozek. Direção Amir Had-
dad. Com Tereza Raquel,
Sérgio Brito, Renata Sorrah
e outros. Teatro Teresa Ra-
quel (235-1113). 21h30min.
Sáb.: 19h45min e 22h30mln.
Vesp.: 5», 17h; dom., 18h.
EGBERTO GISMONTI —
Show cem Egberto Glsmon-
ti. Paulo Moura (sax-tenor),
Novelll (baixo), João Palma
(percursão) e Jane (canto-
ra). Teatro Opinião
(235-2119). Quarta a domln-
go: 21h30min.
O DIA EM QUE RAPTA-
RAM O PAPA - Comédia
de João Bethencourt. Dire-
ção do autor. Com Eva To-
dor, André Villon, Afonso
Stuart, Leda Zepellln e ou-
tros. Teatro Copacabana ...
(257-1818). 21h30min. Sáb.:
20h e 22h30mln; Vesp.: 5»
17h; dom.: 18h.
VENHA A NÓS O VOSSO
CAMPO — Show musical di-
tah e Tlbérlo Gaspar. Com
rígido por José Paulo Fa-
Rui Mauritl e Belchior. No-
vo Teatro de Arena da Gua-
nabara (22-5435). Terça a
sexta: 21h30mln. Sáb. 20h e
22h. Dom.: 19h.
COMPUTA, COMPUTADOR
COMPÜTA — Texto de MU-
lôr Fernandes. Direção de
Carlos Kroeber. Com Fer-
nanda Montenegro e Fernan-
do Torres. Teatro Santa Ro-
sa (217-8641), 21h30min. Sáb
20h30min e 22h30min. Vesp..
quintas, 17 horas; domingo,
• 18 horas.
Ê EUS — Show com Elis
Regina. César Camargo Ma-
riano, Paulinho, Lulzão, Luís
Cláudio e Ronaldo. Produ-
ção Mièle e Bôscoli. Teatro
TELEVISÃO
TV Globo (Canal 4)
8h30min — Santa Missa
em seu Lar
9h55mln — Desenhos
10 horas — Concertos para
a Juventude
(música erudl-
ta)
llh30mln — Programa Silvio
Santos (varie-
19h55mln — Jornal Nacional
Especial (infor-
mativo)
20 horas — Buzina do Cha-
crlnha (show)/
cores)
22h30mln — VT de Flamen-
go x Fluminense (cores)
24 horas — A Ultima Car-
roça (longa-
metragem com
Richard Wid-
mark e Robert
Wagner)
11 12 |3
|4
||9
13 |I4 15
17 18
jdl9
21 22
25
^-..-ll
| B26
28 29 ¦¦30
¦—:—I 31
Homem Mosca
A Cinemateca do Museu de Arte Moderna
apresenta hoje, às 18h30min, uma das
mais famosas comédias do cinema-mudo:
O Homem Mosca, com Harold Uoyd e Mildred Davies.
A direção é de Sam Toylor e Fred Newmoyer,
produção de 1923. É o penúltimo filme da retrospectiva
"Cinema
Americano Clássico
— The Silent Years".
TEATRO
Ginástico (221-4484) 21 ho- te às 21h 30mln. As quintas-
ras. Sábado: 20h e 22hl5miu. letras vesperal, às 16 horas.
Sábado: 21h e 22h 45 min;
Vesp.: Quinta e dom., 17h.
SÔ ABRO A BOCA QUAN- domingo: 18h 15 min e 21b
DO TENHO CERTEZA - 30 min.
!
in
Shw com Sônia Mamede UMA NOITE COM CHICO
ANÍSIO — Show. Textos de
to e direção de Jorge .Murad.
Chico Anísio. Marcos César
mmwSSSswFmm Teatro Dulcina (232-5817),
e outros. Direção de Osval-
21hl5min. Sáb.: 20hl5min e
do Loureiro. Com Chico
22hl5min. Sáb.: Quinta, 17 Anísio e conjunto empo 7.
horas: dom., 18 horas. Teatro da Lagoa (227-6686).
~ «BF>:"*?*^k
mw DOM CASMURRO - Adap- 21h30mln. Sáb.: 20h e ....
tação do romance de Macha- 22h30min. Dom.; 20h30mln.
do de Assis, feita por José CASTRO ALVES PEDE
Carlos Cavalcanti Borges. PASSAGEM - Comédia de
Direção de Zlemblnsky. Com Gianfracesco Guarnlerl. Di-
Isabel Silvia, Paulo Padilha, .reção do autor. Com Zanini,
Oscar Prado e outros. Teatro Ferrlte. Marta Overbeck.
Glaucio Gil (237-7003)
Jorge Cháia, Regina Viana
21h30mln. Sáb.:. 19h30mln •
e outros. Teatro Princesa
. 22h30mln. Dom.: 18h e
Isabel, (236-3724) 21h 30 min,
Tango, do excelente Mrozek 21h30mln. Vesp.: Quinta, 17 Sábado: 29h 45mln e 22h 30
horas.
min. Vesp.: 5», 17h; dom.
HOJE £ DIA DE ROCK —
da Praia (227-1083). Quarta 18h.
a domingo: 21h30mln. Sáb.: Romance-partlra de José VI-
20h30min e 22h30mln. cen te. Viagem mágica em
O SEGREDO DO VELHO
MUDO — Texto de Nelson
busca de um mundo novo.
MIMI PRA FRENTEX ou Xavier. Direção do autor •
Direção de Rubens Correia
DE COMO MISTIFICAR A de Cécil Thiré. Cem Ca-
Com Isabel Ribeiro, Rubens
LIBERDADE - Sátira de mlla Amado, Marieta Seve-
Correia, Leila Ribeiro, Ivâ
Maria Helena Kuhner. Di- ro. Cecil Thlré e Aderbal Ju-
de Albuquerque. Isabel Câ-
reçáo de B. de Paiva. Com nior. Teatro das Artes ...
mara e outros. Teatro Ipá-
Nélia Paula, Mauro Gonçal- (227-0757). 21h30mln. Sáb.;
ves, Eni Ribeiro e outros. nema: Rua Prudente de Mo- 20h e 22h 30min. Vesp.: 5*,
Teatro Nacional de Comédia rais, 824 (247-9794), 21h30m; 17b; dom.: 18h.
(222-0367). 21h. Sáb.: 20h e sáb. 20h e 22h30m.'dom. 19h
22h. Vesp.: 5», 17h; dom., e 21h30m. SE EU NAO ME CHAMAS-
18 hs.- OS DESQUITADOS - Co- SE RAIMUNDO - Monólogo
média de Aurimar Rocha. de Fernando Mello. Direção
E O AMOR VALEU — Texto e
direção de Haroldo Costa. Com Direção do autor. Com de José Carlos Gondim. Com
Ana Margarida Chagas, Quln- Amàndlo. Eva Christian, Re- Ítalo Rossl. Teatro Senão
(256-2641). 21h3Cmin. Sáb.:
teto VlUa-Lobos e Luís Eça glna Célia, Aurimar Rocha
Trio. Teatro Glória (265-3436) e Fernando José. Teatro dn 20h30mln e 22h30min. Vesp.:
Quarta a sexta: 21h. Sáb.: 20h Bolso, (287-0871). Dlariamen- 6?, 17h; dom.: 18h.
e 22h. Dom.: 18h e 21h.
FREUD EXPLICA - Come.
dia de Ron Clark e Sam Bo-
brik. Direção de João Be-
thencourt. Com Jorge Dorla,
Cé -- I
Iara Cortes, Hlldegard An-
gel e outros. Teatro Malson P^%\ ¦
de France (252-3456)
mmBÊL *i
21h30mln. Sáb.: 20h e
22h30mln. Vesp.: quinta, 17
horas; domingo, 18 horas.
VA TOMAR CAJU! - Show
humorístlco-muslcal com Ju-
ca Chaves. Teatro Casa
Grande (227-6475). 21 horas
e 30 minutos.
IpfcM mmWm'xWMJ^^mnimmmi
2002 - UMA PROSOPOPÊIA
NO ESPAÇO - Com José * «SI
Vasconcelos e Silvia Massa-
ri. Teatro João Caetano ..
I JS H
(221-0305) 21 horas. Domln-
go 18h e 21h.
I mm W'\ Wi
ÚLTIMOS DIAS DE AMOU
E PAZ — Musical de Gret-
chen Cryer e" Nancy Btod.
Direção de Vlctor Berbara.
Participação de Dom Salva-
dor e Conjunto Abolição.
Com Gracindo Júnior. Susa-
na Morais e outros. Teatro Jorge Dória e Eduardo Tornaghi: Freud Explica
17h45min — A Vingança de
TV Tupi (Canal 6) 23h55mln Últimas Noti-
Sandokan (lon-
cias (iníormati-
ga - metragem
9h30mln — Futebol dente- com Ray Dan-
de-leite 24 horas — Continuação do
ton e Guy Madlson)
llh30mln — Aventuras da futebol
21 horas —Be a u Geste
História do
(longa - metra-
BrasU (teledra- TV Rio (Canal 13) gem a cores)
ma)
23 horas — Entrega de tro-
12 horas — Os Leglonários 10 horas TV Educativa féus aos melho-
(comédia) Show de Turis-
11 horas res da televisão
12h45mln — Aventuras de
mo (lnforman- em 1971 (cores)
Hijitus (filme.
vo)
13 horas — Haroldo de An-
jpi pm
drade (show) 12h30mlli • Perdidos no Es-
17 horas — FIávio Cavai- paço (filme)
cantl (varleda- - Banana
13h30mln Spllt
des)
(filme)
23 horas — Ataque e Dere-' O Circo do Ca-
sa (esportes) 14h30min
Obs.: Entre 18h20mln e .. requinha (In-
I9h50mln está anunciada a fantil)
transmissão da salda da Lua 15h45mln • Bane ando o
da Apolo-16. Grã-fino don-
23h30mln — Reportagem Es-
ga - metragem
portiva: vt de com o Gordo e
Flamengo x Clara Nunes, atração de
Fluminense o Magro. FIávio Cavalcanti, no 6
HORIZONTAIS: 1 — Editar; anunciar. 8 — Ce
vada que se ceifa antes de espigada para alimento do
gado. 9 — Tatu-bola. 11 — Neste lugar. 12 — Sol-
teirona. 13 — Sem roupa. 14 — O chefe: o cabeça.
17 — Interjeição proferida antes do hurra! 19 —
|
15 16
|7
I Nome da antiga nota dó. 20 — Fruto da ateira. 21
que. 25 — Irmão de meu pai. 26 — Não morto. 28 —
ÍÕ I
Nome dado a recifes de corais mais ou menos circula-
res, que com o tempo se transformam em ilhas pelo
desaparecimento da laguna central. 30 — Curar. 31
Converter em novelos.
VERTICAIS: 1 — Grande cidade da China. 2 —
16
Cesto de palha de carnaúba provido de alça. 3 — Te-
cído forte de Unho. 4 — Pelo que cobre o corpo de
certos animais. 5 — Nome de homem. 6 — Raspa,
H2Õ ''
limalha. 7 — 0 deus-Sol entre os antigos egípcios. 8
Que fala saindo a voz pelo nariz. 10 — Que rala.
23|d24
Guindaste poderosíssimo. 15 — Ousio. 16 —
27
12 —
Impulsionar. 18 — Serpente mitológica morta por
Apoio. 22 — Construção onde se conservam forra-
gens verdes destinadas ao alimento dos animais. 23
Do feitio do ovo. 27 — Indignação. 29 — Símbo-
Io químico do telúrio. 30 — Igreja episcopal.
RESPOSTA DO NÚMERO ANTERIOR
PC — HOR.: lustre — veio — ema — via — batida
iole — mirim — ei — ruir — pó — lenir — opor
atavio — asa — ata — dano — anseio. VERT.:
leal — ui — sob — retiro — emir — violeta — adi--
poso — viela —
nata — pano
— ami — amora — Erivan - uri -
ode — ai.
9
 MM

O hotel de Kev Biscayne

LANÇAMENTOS— LVlZsAWQ DE BARROS
tem uma história incomum "Estátua" de
llllllllliiiiir—i •-«•(¦«wv..««.TO™w,1»»«»»,
• MARILIA SÁO PAULO Niven e Tognazzi
IJliMl z;:.zzll m duas vezes entre as estréias
Semana de poucas estréias, a que se inicia amanhã, nos
cinemas do Rio de Janeiro. E, além de
nenhuma prometendo nada de excepcional. poucas fitas novas,
O fato curioso
entre os lançamentos é a presença de Ugo Tognazzi
em dois
deles -- A Supertestemunha, que teve sua estréia antecipada
fcV'^^Z.vs,.CTMrtHilM*w»W
r'*TWIrir^rf^imn'i«iiíí«iiiWW»l»^'' , i,i,^mmi*knÊÊÊÊÊFMUXmmT^Br^^mK : H^i^i^HHi^KHei para quinta-feira ultima, e Procuro Amante Para Minha Mulher.
^^H^ftiawv.. .-:''2IH ¦¦¦r-¦«. L^PK^Hb HRÍ•W.lWríV^ ^^^^t^'^íummmm\\wlmm Em A Supertestemunha, Tognazzi, num completo, faz wÊÊÊÈÈÈÈÊÊÊÊm^ wíism 1
misenas^com uma moça direita como apilantra Monica Vitti da fita. WÈÈÊÊÊÈÊÊfmm WwW^^mmmm RÜ Ei
Ja^em Procuro Amante Para Minha Mulher, I H ~ 1 mm
ele coloca em
Berger um per|9°80 í°3° amoroso. Outra HBz - '«H
mnií« S ?ta
PjBpBll^••J^^i^í^^.--»"^^-^^ .> Z-~*^||gP^^ KK
bem a íSSb í° ?nema que es,ará nas te,as carioca3. tam- m^^mí^^§mmmM9mm

P®* ¦" iiiiiii nifaMHBll

Apenas há dois anos foi inaugu-
rado .o Sonesta Beach Hotel em
Key Biscayne. É um dos paraísos da
Honda, pois -assim determinou o
Presidente Nixon quando elegeu essa
ilha vizinha a Miami, para descansar
nos fins de semana. Comprou cinco
ou seis casas, todas na mesma rua,
au alojando o seu secretariado e des-
sa forma, a ilha de Key Biscayne
transformou-se de uma hora
para ou-
üa num recanto de grande afluência.
Todos tem a esperança de ver o Pre-
sidente e assim a população de Mia-
nu se desloca nos domingos provo-
cando\ engarrafamentos verdadeiros
para atingir, as praias antes abando-
nadas. ..
Na verdade, faltava um hotel de
grande^ porte e na abertura do So-
nesta Hotel, o conforto tornou-se
absoluto, aliado à beleza selvagem do
local. •
Bem em cima da areia, com
a domicílio, um mar muito verde, praia
cal-
mo# e sereno, água morna e cento
e cinqüenta metros de extensão, com
espreguiçadeiras de plástico à dispo-
siçao dos hóspedes que ali estão pa-
ra gozar a vida.
São trezentos apartamentos com
TV colorida, todos dotados de bal-
cao, de onde se vê Miami iluminada
a noite. De dia, a piscina turqueza
do Sonesta e o mar trazendo aquele
aroma característico da Flórida, o
cheiro de verão, esse verão seco que
sobe do chão, misturado com a essen-
cia das .palmeiras que são aos mi-
lhares. É o estio do verde, dos bos-
quês que se espalham pelas imedia-
çoes, purificando o ar e renovando
constantemente a atmosfera de Kev
Biscayne.
Ainda nessa ilha ligada ao con-
tmente pelo "Rickenbacker Cause-
way" com vista colorida e panorâmi-
"Sonesta",
0 de Key Biscayne
ca, cortando uma floresta de
ros e atravessando o mar, estapinhei-
o fa-
moso Seaquarium, onde as baleias e
os golfinhos exibem todas as graças
em shows sucessivos, diariamente.
Também o Crandon State Park, no
meio da folhagem e de árvores que
ali foram conservadas para facilitar
pique-niques e passeios.
Key Biscayne era bem atrasada
até a chegada do Presidente à essas
paragens. De repente, foi um estalo
e a ilha começou a se desenvolver
como por encanto. Restaurantes em
quantidade e nada menos de 800 re-
sidências foram construídas. Mas essa
ilha foi fadada mesmo a permanecer
na história americana, não só por ser
hoje "A CASA BRANCA DE INVER-
NO", mas pelo farol histórico, cheio
de lendas fantásticas de quatro sé-
culos atrás, hoje transformado em
museu.
Ponce de Leon desembarcou
em Key Biscayne em 1513, descober-
to antes disso em 1497 por John Ca-
bot, que lhe havia dado o nome de
"Cabo do. Fim
de Abril".
O Sonesta Beach Hotel está por-
tanto envolto em paisagem, confor-
- to e, é muito histórico. Jantar no Port
Royal aproveitando dos muitos festi-
vais de cozinha especializada e dan-
sando em ambiente divertido. Para
casamentos, um salão com capacidade
para 500 convidados e outros nove
para reuniões menores.
Esse hotel é da mesma cadeia dos
sofisticados: Royal Orleans e Royal
Sonesta de Nova Orleans, do tradicio-
nal Plaza de Nova York, do Sonesta
de Houston, onde para lua-de-mel até
o papel de carta é gravado com o no-
me dos hóspedes. Em Londres, Ber-
mudas, Nassau, Líbano, Bruxelas,
Hamburgo e Munique, está o Sonesta
cada vez mais se tornando'conhecido.
partir
Em A EsTátua00"1
desta segunda-feira, é Virna Lisi. Mas quem
^ é T°gnaZ21, mas sim Davld N*en 1 SEIfcâ B
Itíá PU M>il BF B' M
(?le Statue)> Faz s"a mvlÊmmmMm* 'ffi- 7?'wf 4Hr*v *#ig
es-
KP" / - -
mí-V^*Ua «upertestemunha. Está também entre os
treia no dia previamente marcado. Também
rodada na Europa, a fita, dirigida
' çamentos da lan-
semana. O elenco é comanda- M z, Céfm
Amateau, tem roteiro de Alec Coppelpor Rod do por Ugo Tognazzi (também de A super-
do de sua própria peça. No elenco: extraí- testemunha) e por Senta Berger. Tudo
gira Wi^^Wmmw^y-y -^^^^"mwy ma
Niven, Virna Lisi e Robert Vaughn. David
Niven
em torno de um casal burguês
que, para m\Wkwffi&~~ mmmfàP - mWSÊÊ~S
interpreta um tipo que acaba de quebrar a monotonia do seu casamento re- sM&mMmSOii mWii&IÍm$$WmÊÊÊÊm&Mfflfô9È^Ê m~
ganhar o solveu distrair-se, respondendo cartas'
Prêmio Nobel pela criação da "Unispeak" de
uma nova língua universal. Enquanto a Lis! pessoas que desejam fazer Intercâmbio de Kr « '$m\\*mmÈt'- »sK',^»p?wHr i
Interpreta a esposa, famosa escultora casais E das cartas respondidas aos encon-
que tros tudo acontece rapidamente. Mas
no momento em que o marido vence o Nobel'
ela termina em Londres, uma enorme
eles
continuarão com seus problemas de sempre.
está- m*0M mw-- smwWmm
tua do cujo, encomendada pelo
governo es- •
tatua que ela não permite que nem mesmo Dois bangue-bangues
o embaixador dos Estados Unidos (interpre- WEÊmMm MÊm* - ' rn ^
tado por Robert Vaughn) veja antes Sabata! vivo on morto. Bangue-bangue
inauguração — uma estátua de cinco dá europeu. Dirigido por Roberto Mauri.
tros e meio de altura, no me- No pWBHMKwaaifflflflfl / 5?»^*^ y- vW
o Prêmio elenco: Brad Harrls, Vasslll Karis, Elena
Nobel aparece completamente qual
nu. Mas, Pedemonte e Gino Lavagetto. Um caçador
do o criador da "Unispeak" retoma a quan- de prêmios mata, no rancho dos Sabata.
Lon-
dres, fica indignado com a estátua, ainda irmão de Sabata, para fazer cair a culpao
mais quando sua secretária (interpretada sobre o Jovem proprietário do lugarejo.
por Ann Bell), com a qual mantiver» um
caso, lhe assegura que a parte inferior do Btago... era sen nome (II tempo degli
corpo pertence a outro homem... awolti). Outro bangue-bangue europeu,
mais um «pagrhetU-westeni. Direção de Fer-
• Terror em Chipre nando Cícero. No elenco: George Hllton. • Sinta Berger: "Procuro Amante Para Minha
vZ
Frank Wolff. Pamela Tudor, Eduardo Fa-' Mulher"
Encontro com a desonra (Appuntamento jardo. fi a historia de um vaqueiro, um ra-
paz multo ban e que tem uma noiva muito
col Dlsonore). Direção de William McCahon
No elenco: Michael Craig, Klaus Kinskl' bonita, que trabalha de camareira- Mas o
Eva Renzl, Adolfo Celi, George Sanders moço tem um defeito grave: é mulherengo
Margaret Lee. A história se passa em Chi-e Por Isso, acaba metendo-se numa encrenca.
pre, na época em que a ONU, substituindo
a ocupação britânica, vai decidir se a ilha Pré-estréia I ClWm l3...mfD/ «1; iS&m W^wm
será anexada ã Grécia, conforme
quer a
maioria da população, o que é contestada Para a costumeira pré-estréia da sessão
porém, pela minoria turca, que quer a ilha' das 22 horas de sexta-feira do cine Tijuca
independente. Uma série de atentados ter- (Praça Saens Pena) © da sessão de meia-
ronstas sacode a liha. apesar da violenta noite de sábado do cine Rlan (Avenida
repressão britânica. Temendo pela vida dos Atlântica), foi programado para os dias 28
membros da comissão da ONU que está
e 29, A última esperança tia terra (The
chegar, o Coronel Mallory (interpretado para Omega Man). Direção de Borls Sagal e ro-
Michael Craig) é Incumbido pelo ogvernadorpor
teiro de John William e Joyce H. Corring-
de entrar em contato com os terroristas, M uHjflft* QC* iffi^^jfjff' >f~ ** " **«¦"•'• -¦~L" - lvi^ H
ton. Um seltnce-fictlon, uma aventura de-
a fim de que as negociações se faça em cli- senrolada em um mundo devastado por uma ''^^^tS^^ffrwkt^^^mmm^Mn
ma de paz. guerra bacteriológica entre a Rússia e a t\ 3t '2,4*B*B,ID£/ W. í_IAiI ¦ Jt..i^.J.Rp1
China. Charlton Heston interpreta um ci-
Jogo do amor entista que descobriu a vacina contra a
pra- ü- ÊÊ^^fll ^™ a3SSrôSrSm3ffl|'
'iiMKMiiuiasis«smwii«fc.
ga devastadora e que se auto-injeta com a /t/peno HHB
^1
Procuro amante para minha mulher
(Cuori Solitari). Outra fita dirigida
única dose que sobrou de um desastre de
SORO! p^litwli f,Ro°'°oate"a"°3 /'z í
helicóptero, tornando-se, assim, o único ser
Franco Giraldi, o mesmo realizador de por
A
ÍVÍ,?'í
humano imune à peste.
Ijfll

Viracopos Sol da Meia-Noite

a Tóquio
via Alasca eo "SmorgasborcT
Do diretor do Distrito Rio e Norte do Brasil da SAS
No próximo dia 13 de maio.
(Scandinavian Airlines). Preben Gustaísen: iKMflfí tamafilmcs M\
o vOo 007 (não tem nada que "O
próximo verão na Europa nos traz milhões de mm* E:1 B AmS H
Mm mWmmmm.'^"' ahcsinta
ver com o James Bond, das possibilidades de viagem à Escandinávia, já que multas
histórias imaginadas por lan agencias de viagem no Rio estão planejando uma série
de excursões, acompanhadas por guias qualificados,
Fleming) da Japan Air Lines por
preços bastante razoáveis. Os tours são organizados en-
estará saindo de Viracopos, .íatizando o belíssimo espetáculo do "Sol da Meia-Noite".
São Paulo, com destino a To- ao norte da linha do Ártico, onde o sol.brilha 24 ho-
ras consecutivas durante os meses de maio e por e até
qulo, via Nova York—Ancho- junho
princípios de julho. E. uma vez na Noruega e Suécia ^ í
rage. A duração da viagem neste período, o viajante sentirá o impacto de uma ex- \\^m\\ ¦* ft^ ^^¦¦¦^ Usai HÜü fl «WSS^^^ffifcli^M^^H
eerá de 25 horas. Apesar de pertencia inesquecível. Assim como à indescritível beleza
ser um võo especial, a JAL des fjords noruegueses constitui-se num ponto marcante
do tour, qualquer visita à Copenhagen torna obrigatória
tem permissão para transpor- a ida ao ultrafamoso Parque do Tivoli. E estando na
tar passageiros. Diz a empre- Suécia dificilmente pode-se fugir às delícias incompará- ^^QB¦¦t^^^^E^^í^feMiíâttl^K^Bi^ ¦W^^ -^BH ¦¦¦& ' ¦HPT A;^^B mmmw sM^&L
£a nipónica que será uma veis do "Smorgasbord", uma mescla de pratos
frios, distribuídos mima longa mesa — onde quentes e
ponte da amizade entre o podemos es-
colher entre uma grande variedade de carnes,
Japão c o Brasil. peixes,
queijos e saladas."
vvvvXv/xii^ffggjOB M£¥Í$!^wÜb1 K^^ÍvX:Í-t^BBg:::-.:-:-: 'yy^^mm^m^m^m^m^m^m^m^m^^^^a MiSL^^ia*^^, mm- ~ .^^^^àw!mWUÊS9Km\w\!mmmm w!mlÊm\m^a\^m\ H

iàmiaémait m\^k\\WWfâ$^m\ m\wfâ0$&mmmm\-*'à'- <y-Sm^SB WfiL D3'f,l'llTllL*VlT7TT3*lÉl \ I

LUIZ SEVERIANO RIBEIRO %
íhfawaes/^chmatkh absolu-
¦ mentepetfeito.,. exceto\numdetalhe.

ESTÁTW ^KeStólüè" : / )J / HJH1^

"
•
"Á f sfo'íuo"' w'Ven & Lisi
| t^^^^^^ ^|BB'j^^pM I
íiVEN;V!RNiA US! • ROBERT VAUGHN / '^* I /T/oSk J!f?„ mmfrJrm ^MHMjpBMBBMHIH#
PROIBIDO ATE 18,ANOS - - .'-^V

•¦.•"»¦*"¦«•»
¦IA IC IS1S5ÍÍL ADRIANAPRIETO
IfUJc JAEDELFILH0
HORÍRIO Cailos Imperial
*Ás2."4.6.8.10hs.
lAVrÜVA VIRGEM
BDXY MABCHJO
tnki,, •OMUNE.OjOH*
VtUmHUXB PedroCatejRoiíd SOMA CLARA
lavram
HENRIOUETA BREBA
PMIBOO AT£ II ANOS íifrtíiir.4TEOBALDO

¦ 'ANO*ECOMENIM*ÒBRAPB«A
HOJE DO tHRETOR DeTEBOOOS NA N0ITE1
AMOBuçAooiKrhJonni
MUMUVI HjuhnStMainBf
"DOMINGO
MALDITO'
(Sundiy Bloody Sunday)
|GfcndaJadSn-ftterRnch
EXCLUSIVAMENTE Bj.l .ifjÊ Muna>-Hcad

CINEMA EU MAIOR DIVERSÃO

10 CORREIO DA MANHA — Rio de Janeiro, domingo,

23 e 2a feira, 24/4/1972 nri
.rn 1.° CADERNO

tu-
sas
 OCAMUNDO
| Festival de Teresópolis leva
à serra gente do cinema e TV
A cidade de Teresópolis, desde a
noite de quinta-feira, última, vive em
clima de festa. ± que ali está sen-
do realizado o VI Festival de Tere-
sópolis. Até o V Festival foi uma
I festa-apenas do cinema; agora é um
Festival da Comunicação, com a par-
ticlpação não somente do cinema co-
mo também do teatro, da televisão
e dá'rádio do Brasil. Claro está
que o cinema, em termos de espe-
táculo, continua dominando ainda o
acontecimento, pote nada menos de
três filmes estão disputando os tro-
íéus: Aíõos Vazias, A Viúva Virgem
e Difícil Vida Fácil, o filme Mãos
Vazias abriu o Festival, na noite de
quinta-feira. Ontem foi exibido A
Viúva Virgem. E hoje, encerrando
a festa, será apresentado A Difícil
.Vida Fácil.
O fim de semana mais demorado,
com;o feriado de sexta-feira, fez
com que muitos artistas e gente 11-
gado ao cinema, televisão, rádio e
§lÍÉÍ MKB^Iljra
1" m^o^^PH
^^^^Êt^Ê^Ê^m^^^BÊ^^^B^^mW^^^^^MI^^^^Km^JiÊ^m de Rio Branco, em ceri-
WÊÊÊÊÊÊÊÊÊifflmWmlffi' l^üiB WÊmmM**' ÉÜ
i^Ssalfegli^M WÊÊ^^^^mmmx^íSbímm
* m^K^^Ê mm^ma^^^^mm^Êt^^m^Ê mm^^p-^^S^^^^m
mv--mm
!i ¦; Mé:'^bB wu^mmtyl^j^Ê WBo^simw^^mm mt^^^^^mm
¦'^'•^•^^^^^^^•^^'^'•^'•'•''^''''•^'•^mm
Oriente
e Volta
ao Mu ndo.^^p
A Pan Am TK&iBlilliiB^r ^ÊÊÊsmWÈÊIk
garante
que não
^JK^f^^^^m^ÊÊm^^^^^ V
existem mWÊmÊÊÊÊÈÊÊyr
viagens
mais
exóticas. ^ÊÈÊÊÈÈu,
!$; \
Pan Am
A linha aéraa que fai mola do qua voar
' iáÈsk
Rio: tel. 252-8070, Temos escritórios no Rio, SSo
Paulo, Brasília, Porto Alegre, Curitiba, Campinas,
Santos, Rlbeirio Preto, Belo Horizonte, Goiânia,
Vitória, Salvador, Recite, Fortaleza, S. Luis e Belém.
l.o CADERNO
teatro subissem a Teresópolis. Os
hotéis estão cheios, a cidade anima-
da e os restaurantes movimentadls-
slmos. A temperatura de outono,
bem mais baixa do que a que es-
tamos tendo 'no Rio, no momento,
dá à cidade do Dedo de Deus já
um aspecto diferente daqueles que se
costuma ter nos meses de verão. Por
outro lado, a parte social do Festl-
vai tem se mantido Intensa, com co-
quetéls, almoços, jantares, bailes, etc.
A Casa de Portugal aproveitou a
oportunidade para Inaugurar seu sa-
lão para 5.000 pessoas.
Tem sido digno, do maior respeito
o esforço do prefeito Flávio Bortol-
luzzl de Souza'em manter a tradi-
ção dos F^vais de Teresópolis.
Promoclonalmenté tem resultado bom
para a cidade e o município. Com
relação ao cinema nacional, não se
pode imaginar, em termos de pro-
paganda, o que os festivais rende-
ram era beneficio dos nossos filmes.
-' ¦¦(- k ¦.-:¦ ¦
;:¦.-¦¦ .
Bllffv*M
¦liijIiM BWWMBwIfSÉB mMmmm m dos Pelos serviços presta-
ao País foram con-
decorados com a Ordem
mônia realizada no Ita-
kÉIÍÍÉÉH marati, em Brasília, os
Srs. Erik de Carvalho,)
presidente da Varig, no
de Comendador;
g'au
swaldo Trigueiro Jr.,
diretor de Vendas-Inter-
nacional; Com. Carlos
Homrich, diretor de Ope-
rações; Com. Antônio
José Schittini Pinto, dire-
tor de Ensino; Com. Li-
li Lucas de Souza Pinto;
Edgard Nascimento Araú-
jo, assistente da Presi-
BreZ*>>v>%4ffiBM
dência; e Tarso Piegas,
representante da compa-
nhia, na França, todos
mw^^^^y^rT
no grau de Oficial.
m
¦'
¦éú*&£mÈÈ ÉnÈ-ri
^*«i
llll WÍ*PwraHÍ«H
[' éÈÊ": -KfflHliKwr >* Pâr"dBS m abri1, "
^"V'^-^HH^^^^^fe^-^^«^^^^^rlÍ
¦ LUIS AL1PI0 DE BARROS
Big-Univest está Uma bela "Rainha"
firme no turismo dos céus do mundo
Uma excursão organizada por Guy de Castejá à Eu-
ropa, em junho próximo, será das primeiras realizações
Claro está que os Festivais de Te- especiais da nova Rupan, adquirida pelo grupo flnancei-
resópolls têm sido realizados em ba-
ses modestas. No entanto, em que pe- ro Big-Univest. O Big-Univest, em nota oficial, Informou
sem os erros e as omissões, os Fes- que o objetivo da nova empresa do grupo é o incentivo
tivais têm tido mais aspectos posl- ao turismo Interno e externo, èm colaboração com o Go-
tivos do que negativos na balança verno, na meta da transformação do turismo em fonte
permanente de renda para o País.
dos prós e contras. E afirmam-se co-
mo o ponto do partida para manl- A Rupan — agora em transformação para Unlvest
Turismo S.A. — anunciou o propósito de. em futuro pró-
festações mais amplas e de preten-
soes bem maiores. xtaio, organizar, planejar e financiar vilas de recreio e
Um dia, quando a cidade tiver uma hotéis-clubes no litoral brasileiro. Outro projeto anuncia-
do: apresentação de programas de viagens às empresas e
lnfraestrutura turística de verdade,
com hotéis de categoria, .vão surgir indústrias brasileiras, constante de setores básicos como
o ticket industrial, viagens de estudo e seminários, via-
as convenções, os encontros de ho-
mens de negócio, as grandes manifes- gens de estímulo a funcionários e -viagens de recreio, fl-
nancladas. parte pela empresa, parte pelos funcionários.
tações artísticas, etc. Aí, então, os
modestos Festivais do prefeito Bor- A Univest Turismo está anunciando o preço de 2
tolluzzl servirão como exemplo para (dois) mil dólares para a "Viagem Fantástica", que Cas-
tejá organizou para um grupo de 50 pessoas. A nova em-
os grandes eventos. Eles, os Festl-
vais, estão abrindo caminho, mos- presa de turismo tem na sua presidência o Ministro Ruy
de Miranda e Silva e na vice-presidência o Senhor Ed-
trando o rumo certo.
mar de Sousa, sendo a diretoria também integrada pelos
Não se faz nada.em nenhum setor
da atividade humana sem plonelrls- Senhores Otávio Cícero de Miranda e Armando de Al- Ana Maria & Martinez Ybor
meida Vilar.
•
mo. E seis Festivais Já representam
alguma coisa.
Durante cinco dias, na semana passada, esteve no
Rio a bela e simpática Ana Maria Serralta. gozando ai-
guns dias de licença. Aeromoça da Pan-Am de6de abril
Ordem de Convento milenar de 1968, ela foi eleita Rainha Mundial das Aeromoças em
concurso realizado em Punta dei Este, Uruguai, a 27 de
Rio Branco foi reconstituído
fevereiro deste ano, concorrendo com representantes de
outras orrce companhias de aviação internacionais, o con-
curso foi promovido pela Cantegril, organização turística
Acabam de ser concluídos os trabalhos de restauração daquele balneário uruguaio. Pilha de mãe brasileira, Ana
de um grupo de antigos edifícios de Praga, compreen- Maria nasceu em Montevidéu e seu pai, já falecido, era
dendo o Mosteiro de Santa Catarina, situado junto à prln- fazendeiro no pais vizinho.
Ana Maria Serralta tira proveito de um belíssimo
cipal rodovia que leva a Karlovy Vary, em meio a jar-
dins e bosques pouco abaixo do Monte Büa Hora. De lon- sorriso para íalar, corretamente, cinco idiomas; espa-
ge, pode-se ver à frente barroca de sua igreja, rodeada nhol, português, inglês, francês e italiano. Atualmente,
de casas do claustro beneditino. As paredes e o teto do está baseada em Nova York e voa a bordo dos Jet Cllp-
templo restaurado mostram muitas pinturas simbolizan- pers, para quase todo o mundo.
do a vida na Ordem e retratos de pessoas que contribuí- Quando de sua permanência na Guanabara, ela foi
ram para a abadia nos séculos passados. Há, entre outros, recebida e homenageada pelo dlretor-executivo da Pan-
os retratos do Príncipe Boleslav II. fundador do conven- American no BrasU. Ignácio Martinez Ybor.
to, em 933; do Rei Premysl Otakar I; do Rei João de Lu-
xemburgo; e do Príncipe Bretlslav da Boêmia. O famoso
arquiteto Òhristopher Dienzenhofer foi o último a dar um
estilo puramente barroco a seu exterior e ao interior —
o chamado Salão Teresiano. As paredes da igreja pare-
cem corrter o túmulo do eremita Vlntlr. que se degradou
Bússola
por haver cometido a traição, em 1008. de orientar as
tropas Inimigas que penetraram nas fronteiras pelas fio-
restas das montanhas de Sumava. Um retrato deste ho- Dois grandes cruzeiros com o transatlântico italia-
mem. pelo famoso pintor Petr Brandi, pode ser visto na no Eugênio C, programados pela Iinea C para 1973.
Igreja. Nos jardins que rodeiam a abadia há um aloja- O primeiro, Caribe—Flórida, partindo do Rio de Ja-
neiro em 23 de janeiro, escalando cm Salvador (Bahia),
mento de caçadores e, um pouco mais adiante, um edifí-
cio barroco cobrindo uma lendária, fonte de água medi- Antigua, Nassau, Poi-t Canaveral, Miami (Port Ever-
cinal. além de um grupo de estátuas representando santo glades), San Juan, St. Thomas, Martinica e Barbados,
chegando de volta à Guanabara em 14 de fevereiro. E
Adalberto e o Príncipe Boleslav.
o segundo Caribe—México—Estados Unidos, partindo
do Rio a 20 de fevereiro, escalando em Salvador, Tri-
nidad, La Guaira, Curaçao, Cristobal-Balboa, San
Francisco, Los Angeles, Acapulco, Cartagena e Grana-
da, chegando de volta à GB em 28 de março.
0 Na programação do Centro Turístico Cultural
Raoultur, a excursão intitulada Rumo ao Sul, com Su)
do Brasil, Uruguai e Argentina. Ida e volta em ônibus
de turismo, viagem de 22 dias de duração. Base:
Você já deve ter íeito as viagens que todo mundo
faz. Conheceu os países que todo mundo conhece.
2.150,00 cruzeiros, Próximas saldas: 9 de maio e 4 de
julho.
% A Tunis Air (Socicté Tunisiònne de L'Air), de
Chegou o momento de partir para algo fora
do comum: Oriente.
Onde as tradições milenares sobrevivem
propriedade do governo tunisiano, recebeu, ' recente-
mente, em Seattle, Estados Unidos, o seu primeiro
Boeing, um trijato 727-200. A Tunis Air, fundada em
1948, opera, em linhas domésticas, uma frota de Ca-
tranqüilamente, dentro de uma civilização moderna. ravelles e Nord 262. Com a chegada do 727, uma li-
Onde o misterioso e o enigmático fazem parte da nha entre a Tunísia e a França passará a ser explorada.
rotina do dla-á-dia.:
Os templos, as pessoas, as construções modernas. 9 Circulando já o novo número de Hotéis do Brasil,
^s religiões, as seitas. Isso tudo é Oriente. Você precisa revista mensal técnica de hotelaria e turismo editada
conhecê-lo. A Pan Am garante
que não existe viagem
mais exótica.
mais exótica. .. ..^fiTS
cm Sao Paulo.
Os departamentos de relações públicas da Alitália
e da Air Franco firmes, na remessa, o primeiro de
revistas italianas, e o segundo de jornais parisienses.
Uma tranqüilidade ler jornal e revista da Europa em
cimo da hora, aqui no Rio.
9 Turismo Sol Jet e Austral Lineas Aéreas, vão
apresentar suas excursões para a temporada inverno/
primavera 1972, depois de amanhã, dia 25, com um
>^' almoço frio e um show quente, no Assiryu's, ali na
Avenida Rio Branco. Diz o convite: "Nosso negócio c
E, por um pouquinho mais, você pode
fazer a Volta ao Mundo, Começando pelo
Atlântico. Ou pelo Pacifico. Num 747 da Pan Am,
com todo espaço do mundo.
muito Sol e muita Neve."
% Bahia: um século de progresso é um ensaio foto-
gráfico lançado pelo Banco Econômico da Bahia. Fo-
tos do final do Século XIX e início do Século XX da
Quanto ao pagamento, a Pan Am espera por ele,
para você nio ter qua esperar a viagem. E você pode
escolher entre excursões individuais ou em grupo.
Excursões Individuais combinam com o seu
coleção de Antônio Marcelino. E Fotografias novas,
em ecres, tiradas por Arthur Vianna. A apresentação
é de Godofredo Filho, diretor do Patrimônio Histórico
da Bahia.
temperamento. VdcS (az o roteiro. E parte quando quiser.
Passe numa Agência da Pan Am. Você vai ver
como este mundo ficou pequeno. Cabe direitinho no seu
O ensaio fotográfico (muito bem impresso) Bahia:
um século de progresso foi lançado durante um coque-
tel, em Salvador, realizado na Associação Baiana de
Imprensa.
bolso. Venha buscá-lo.
mmmm
IIP' ' ^Wf&^mmm
VOLTA AO Tóquio. Nikko. San Francisco.
JAPÃO V&Wsi^m\ Á\ Á^ mmm •g^^^^^^P^
BÜ A MUNDO Kamakura.
MUNDO Hakone.
Kamakura. Hakone. UU (PAH 613) Nlagara. Büfalo, Nova
(PAH 645) Ataml. Nagoya. Toba. Los Angeles. Honolulu. York. Washington.
Los Angelea. Honolulu. Kloto. Oaaka. San Tóquio. Nlkko. Hakone. Miam!.
Tóquio e outras Francisco. Nova York. Ataml. Kloto. Osaka. Partidas em junho. WM ^M f^*^^tá0lA^íiJ^m\%%mmmm)^mM *
cidades do Japão. . Partidas em maio,
San Francisco. Nova VOLTA AO
Hong Kong, Bangkok. julho e setembro. York. MUNDO
Dalhl. Teerã. Istambul. JAPÃO E HONG Partidas em maio, OBJETIVA
Alonas. Cairo.
Alenêi. KONG junho e setembro.
£NHtoÉ£í&E¥iI (PAH 634)
Beirute. Nlcosia. (PAH 635) Los Angeles. Honolulu.
BRASILEIROS
Tel Aviv. Roma.
Partidas em abril,
Los Angeles.
'Honolulu.
maio, Julho e agosto, Nlkko. Hakone.
Tóquio.
EM VOLTA AO
MUNDO
(PAH 642)
Tóquio. Nikko.
Kamakura. Hakone,
Nagoya, Ilha das
ESTE MUNDO Nagoya. Kloto. Nara. Los Angeles. Honolulu. Pérolas. Kloto. Hong
MARAVILHOSO Kobe. Hiroshima. Tóquio. Nlkko. Kong. Singapura.
(PAH 647) Osaka. Hong Kong. Kamakura. Hakone. Bangkok. Nova Delhi.
Los Angelea. Honolulu, San Francisco. Nagoya. Toba. Kloto, Teerã. Beirute. Cairo.
Partidas em maio, Tel Aviv. Jerusalém. "A"
Papeete. Bora-Bora. Osaka. Taipei. Hong EMBRATUR R«fl. 246/GB — Cir.
Pago-Pago. Nadl. julho e setembro. Kong, Bangkok. Nova Istambul. Atenas.
Suva. Auckland. BRASILEIROS Delhi. Teerà. Beirute. Roma. Paris.
Rojo:-.-. Wclljnnlou.
Ftolorua. Wellinglon. PELO JAPÃO Cairo. Tel Aviv. Partidas em maio, CRUZEIROS
Melbourne. Sídnei. (PAH 633) Jerusalém. Istambul. julho e setembro.
Bali. Singapura. Los Angeles. Honolulu, Atenas. Paris. VOLTA AO CRUZEIROS NO CARIBE - Durante todo o ano com
Colombo. Bombaim, Partidas em maio, julho,
Nalrobi. Ambosoli.
Tóquio. Nlkko. Hakone.
Ataml. Nagoya, Kioto, agosto e setembro,
MUNDO os T/N FEDERICO C.-CARLAC.e FLAVIA
HEMISFÉRIO SUL
Ilha Maurício.
Johannesburg.
Talpel. Hong Kong. ILHAS (PAH 630) CRUZEIROS NO MEDITERRÂNEO - Semanais com
os T/N ENRICO C. - FRANCA C. e ANDRÉA C.
San Francisco, HAVAIANAS Los Angeles. Papeete.
Partidas em junho.
Nova York. (PAH 613) Auckland. Melbourne.
CRUZEIROS AOS AÇORES E DAKAR - Com os T/N
JAPÃO OBJETIVO Partidas em maio, México. Acapulco, Los Sídnei. Dempasar.
(PAH 636) julho, agosto e Angeles. Hilo. Kona. Djakarta. Singapura.
Los Angeles.' Honolulu. setembro. Maul. Kauai. Honolulu, Colombo. Bombaim. EUGÊNIO C. e FEDERICO C. em agosto e setembro.
Nalrobi, Treetops.
1
Kruger Park. rLINHA REGULAR
Johannesburg.
A Pan Am, Avenida Presidente Wilson, 165'A, Rio, GB. Partidas de abril a
P/Buenos Aires P/Europa U
Gostaria de saber mais sobre as excursões ao outubro.
Oriente e Volta ao Mundo assinaladas, VOLTA AO
MUNOO 20-4-72 EUGÊNIO 26-4-72 ((
• EM 61 DIAS 16-5-72 EUGÊNIO 22-5-72 ))
PAH 645 D PAH 647 ? PAH 636 Q PAH 635 Q (PAH 643) 13-6-72 EUGÊNIO 19-6-72 \\
PAH 633 Q PAH 613 ? PAH 642 D PAH 613 ? Los Angeles. Honolulu.
PAH 634 D
11-7-72 EUGÊNIO 17-7-72 9
PAH 630 O PAH 643 ? Tóquio. Nlkko.
Hakone. Nagoya.
8-8-72 EUGÊNIO 14-8-72 )
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11
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co. 1/4 de cauda, alemão, e letra dos nossos Estatutos, vimos apresentar a Vossas Senhorias o Balanço Geral
DE VEÍCULOS :m 31 de dezembro de 1971, acompanhado da Demonstração da Conta de Lucros eencerrado
um de armário, Bechstein — Perdas '
correspondente ao exercício de 1971, bem como o respectivo Parecer do Conselho Fiscal.
TRANSPORTE em Kombi Tel.: 246-4424 - Mathias. dos lucros, vem trazendo à Sociedade uma consolidação de
sua posição econômico-financeira.
Complementando os dados contidos no Balanço e Conta de Lucros e Perdas dese-
pequenas mudanças, viagens 23797 íany>s dar conhecimento aos Srs. Acionistas de que o faturamento desta Sociedade nó exer-
e aquele preço que você gos- Ciclo de 1971 foi de CrS 35.978.819,71, o.que, comparado com o faturamento de CrS 17 161277 52
taria de pagar. Tel. 256-7740.
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COMPRO PIANO obtido no exercício de 1970, representa um Incremento real de 73,3%, descontada
taxa de inflação de 21%. Quanto ao lucro líquido obtido em 1971, no valor jáde CrS 1447 uma
representa um Incremento de 87,8% sobre o lucro de CiS 638.970,75 obtido em 410 48
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Instalações
Falta tf9Água Reavaliação
48.25906
17.882,18 66.141,24
Capital
Reservas
Reserva Legal
1.600.000,00
105.871,74
P°UCa água' ° seu eietor dá bal*°
rendimento^^0 ÍSfl?daremos Móvel1! & Utensílios 210.331,69 Res. p/Aumento de Capital . 42.828,79
por um sistema novo com 148.700,53
100% da Üb l. Reavaliação 67.292,26 277.623,95
tub,° d5 entrada for de: 2 Provisões
eadas ?n m£
™ m?A. " VfJi
! 1/2 pole-
Inh3?»,? ,°? P°le6ada 20.0C0 litros por hora p/Depreciação 601.240,08
Veículos 34815397 p/Fundo de Correção 344,96
Reavaliação 69.294,60 417.448,57 P/Devedores Duvidosos 175.399,70 776.984,74 2.525.685,27

Máquinas & Equipamentos 1.327506,49 EXIGÍVEL A CURTO PRAZO

MÉDICOS - DENTISTAS Reavaliação 167.770,76 1.495.677,25
C/C — Diversas
Br. Moisés BANCO MERCANTIL Ferramentas 242.294 11
Fornecedores
Contas a Pagar
88.309,37
330.685,43
Reavaliação Obrigações a Pagar 18.528,36
76.162.84 318.456,95
Fish DO BRASil S. A. Imóveis
Contribuições a Recolher
I.N.P.S 444.814.39
2.123.300,00

67.83500 Imposto de Renda na Fonte 40.045 50

Urologia — Glnecoloaia — Piás- Assembléia Reavaliação 93.790,80 F.G.T.S
ticas Uro-Glnecofógicas.
Geral Ordinária 161.625,80 129 012,06 613.871,95 3.174.693,11
Av. Rio Branco, 156 — Con|. 423 CONVOCAÇÃO
Tels. 24J-Í845 e 222-154». CRM 372 Livros Técnicos 1.359,85 EXIGIVEL A LONGO PRAZO
CG.C. 33.269.283
28913 Reavaliação 93535 2.296,10
São convidados os senhores Financiamentos
acionistas do BANCO MEHCAN-
MODAS TO, DO BRASIL S.A.. para se Outras Imobillzações 312.546,00 3.051.815,86
.Finame — C.D.C
Resolução 63
452.422 03
reunirem em Assembléia Geral . 762.000.00 1.214.4?2.93
PERUCAS E CABELEIREI- Ordinária, a realizar-se na sua
sede social, na Rua da Alfànde- DISPONÍVEL Bancos — C/Garantlda
ROS ga n9 21, nesta Cidade, no dia 156.335,35 1.370.759,28
PERUCAS CHARME — Li- 23 de abrU de 1972, às 12 horas, Caixa (Matriz, Filiais e Obras) 51 872 47
a fim de deliberarem sobre i Bancos C/Movimento 615.286,65 RESULTADO PENDENTE
quldaçáo para renovar estoque 667.159.12
seguinte ordem do dia:
de todos os preços e cores a Receita de Obras em execução ...
a) apreciação do Relatório da REALIZÁVEL A CURTO PRAZO 12.664.978,72
partir de Cr$ 60,00 e agora Diretoria, Balanço Geral, De-
também & Kanekalon de Ny- monstração de Lucros e Per- C/C — Diversas
LUCROS & PERDAS
nniiwnn
lon. Largo do Machado, 29 — das e Parecer do Conselho Re°eber 5.956.T8M7 Saldo à Disposição da Assembléia
s/loja 210 — Tel-: 225-8789. Fiscal, relativos ao exercício ãJÜS.'
cauções gij «cg »- 1.375.039,98
financeiro de 1971; Depósito em Garantia de Obras 19726901 COMPENSADO
23912 b) eleição da Diretoria; Adiantamentos a empregados I2i2nsri
PERUCAS — "Soçaite", as Almoraxlfado -¦¦*¦--

c) eleição da comissão previs- T.M Caução da Diretoria ..

Títulos a Receber jgg Créditos Rotativos Contratados ... 30.00

afamadas, cabelos naturais e ta no Art. 21 dos Estatutos ,.205.196i34 148.663,65
Caução de Títulos
Kanekalon, conserta, reforma Sociais;
Obras Contratadas 305.000,00
e troca a sua peruca velha d) eleição do Conselho Fiscal REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 30.174.423,00 30.628.116,65
por nova. Lúcia. Av. Cepa 613, para o exercício de 1972 e
fixação de'seus honorários; Aplicações Financeiras 31977300
s/loja. Tel.: 255-3831. 23908 Empréstimos Compulsórios — Eletrobrás 3
e) assuntos gerais de tnteres- 40339
LIQUIDAÇÃO — Perucas Ka- Obrigações Reaj. do Tesouro Nacional 2125577
se societário. Dep. p/Invest. — Incentivos Fiscais
nekalon. Várias cores à par- 165 503 00
Rio de Janeiro, 18 de abril de Fundo de Investimentos - Dec-Lel 157/67 .... 5469,00
tir de Cr$ 100,00 de cabelo na- 1972. as.) José Cândido Almeida 515.304,16
tural todos os tipos. R. Se- dos Reis. Jnsé do Amaral Õ«*rlo
— Diretores. 51085 RESULTADO PENDENTE
nador Vergueiro, 218 — Loja
18 — Gal. Sta Eulália. Tels.: Custo de Obras em execução Olmui-n
225-9201 e 265-5096. 23913 Depósitos Judiciais ........'... 278053
Despesas Antecipadas I69«m'42
FRIPÍSCA-FRIO Imp. de Renda Dec. 401/68
Perucas PESCA COMÉRCIO
293.522,70 9.671.682,88

COMPENSADO \ •
Cherry E INDÚSTRIA S/A Ações Caudonadas ,nnn
Contratos de Abertura de Crédito 14866365
A |>artir de: Meias 35,00, CG.C. 33.775.305 Títulos Cauclonados ansnmm
inteiras, 70,00 — Com- CONVOCAÇÃO Contratantes de Obras X.mSSj» 30.628.116,65
pre da fábrica: Perucas,
meias perucas, rabos, Ficam os senhores acionls- 51.739.275,01
01.739575,01
apliques, Chanel. Paga- tas convocados a se reunirem
em Assembléia Geral Ordl-
mento facilitado. Preços nárla na sede social, à Ave-
nlda Brasil n.° 12.693 — Me'-
especiais para revende- c;ido São Sebastião — Rua
dores — Rua Barão de "M" n.» Provisório
700, às SnSm*C&£3 raUZdÊrSÓ1eEeUMaIâENTACVO)AtlV° " ^^ " Cr? "^«W1 (CWCOENTA E UM MILHÕES, SETECENTOS E TRINTA E NOVE MIL. DUZENTOS E
13,00 horas do dia 27 de abril
Mesquita, 950, loja 10 — de 1972, para deliberarem so- RIO DE JANEIRO, 31 de dezembro de 1971.
Praça Verdun. — Tele- bre a seguinte ordem do dia-
a—) Balanço Geral, de-
fone 268-2114. 12165 monstração da Conta
GILSON CARVALHO JUNQUEIRA JOSÉ LUIZ DO LAGO
Dlretor-Presldente LUÍS OLAVO DANTAS JOSÉ GORGULHO
de Lucros e Perdas, Diretor-Técnico Diretor-Induslrial
EDITAIS Relatório da Diretoria Contador CRC-GB 5109
e Parecer do Conse-

PAJEU lho Fiscal, relativo» DEMONSTRAÇÃO DA CONTA DE LUCR OS & PERDAS EM 31 DE DEZEMBRO
ao exercício de 1971;
b—) Eleição da diretoria e DE 1971
do Conselho
CONSTRUÇÕES S.A. Fiscal
para o exercício de
1972, fixando suas re-
CG.C. 09.729.S07 munerações. Débito
Rio de Janeiro, 19 de abril Crédito
Assembléia geral de 1972.
José Andonard César de Gerais — (Matriz e Filiais)
extraordinária Queiroz — Diretor-Ger- t»
Despesas
Despesas Depósito
" ,
i?S2n „,,-,„= Rendas Diversas
{ Juros & Descontos
CONVOCAÇÃO 53808 Despesas de Administração í '! "> 85.376,60
Receita de Obras Terminadas ^.\\^\V.\Z.\Zl\"\l\Z\\\\\\[]'."\"'.'.,.'.\
Juros & Descontos «asPní 28.314:o'o'45
São convidados os Senhores Custo de Obras Terminadas *.....'..'."i^.'i!.".'.'.'.".' 23.557.70787
Acionistas a se reunirem em A*-
serabléia Geral Extraordinária no Provisões
dia 29 de abril do fluente, em
sua sede social, na Avenida Ze-
ferino Galvão, n9 116, nesta Cl-
dade, às 10 horas, em primeira
Oficinas Gráficas do p/Depreclações_
Menos Reversão
277.24350
24.045,80 253.197,40
convocação; às 15 horas, em se-
gunda convocação, com a presen-
CORREIO DA MANHA p/Dev. Duvidosos 175 099 70
ça de acionistas que represen- Menos Reversão -. 70.871,00
tem, ao menos, 2/3 do capital Impressão ¦ —
104.528,70 357.726,10
loclal com direito a voto; ou às Composição. Reservas ——-
18 horas, em terceira e última
convocação, com qualquer mime- Paginação Reserva Legal 7,1™™
ro de Acionistas, para delibera- Saldo à Disposição da Assembléia
rem sobre a seguinte ordem do
Revisão __ 1.37503998
dia: Clicheria
a) Re-ratlficação da Assem- 28.550.794,90
bléia Geral Extraordinária de Jornais 23.550.794,90
realizada em 13/10/1971, no
que concerne à modificação
em parte para alcançar os Composição
benefícios assegurados pela
Lei n? 4357/64. face à nüia- Paginação • Rio de Janeiro, 31 de dezembro de 1971.
GILSON CARVALHO JUNQUEIRA JOSÉ LUIZ DO LAGO
ção permanente e efetiva
nas áreas SUDENE e
Revisão Diretor-Presidente Diretor-Técnico
LUÍS OLAVO DANTAS JOSÉ GORGULHO
Dlretor-Industrial
SUDAM; Clicheria Contador CRC-GB 5109
b) Introdução c ratificação das
de Livros é
decisões da Diretoria, vi.san-
do maior desenvolvimento Revistas PARECER DO CONSELHO FISCAL
do setor empresarial dentro
das Leis governamentais de
estimulo através dos seus Os abaixo assinados, Membros do Conselho Fiscal da SERTEP — Serviços Técnli-no rfo Pnonr,í,»>i„ » ti.i.Ai— ca ' -.
Órgãos; Estúdio cumprindo o que estabelece a Lei das Sociedades porAções e iTletra á7\seus Irtiluta?%™££»?™ „. ™5£?„S/A" reuMlllos,"» *™ «de na Rua do Rosário n.. 108. grupos 502/504,
S„"Cg6tí0í e as
ção da Conta de Lucros & Perdas relativos a0 exercício findo em 31 de dezembro di «m í^o™^„ °Pera5õ« desta Sociedade, o Balanço Geral e a Demonstra-
e) Decidir sobre o Capital subs- Fotográfico e exatidão os aludidos documentos, são de parecerque «umSSm devera^S^^ "U Ba,anÇ°' ' <end0 encontrado em b°* °rd=™
crito na Assembléia de .... °
13/10/1971, quanto à forma Diagramação
de tntegralização parcial e e Redação Rio de Janeiro, 20 de abrU de 1972
sua efetivação com Reser-
vas, Lucros em suspenso, Especializada CAIO HAENSEL FEIJO MAURÍCIO CARNEIRO SANTIAGO
bens móveis e Imóveis. ALBERTO VENANCIO FILHO
d) Assuntos de Interesse geral à disposição
53.803
da sociedade. dos Clientes
Arcoverde, 20 de abril de 1972.
Pajeú Construções S/A
Cel. Deocleclo Nepomuceno do Endereço:
Silva
CPF 001817144 — Dir. Presidente
Ay. Gomes Freire, 471
7562 Tel.: 252-2020

14 CORREIO DA MANHA — Rio de Janeiro, domingo, 23 e 2a feira,

24/4/1972 1.° CADERNO
 COLUNA
~~RES Fenomenal volta na eonta e Estudando o programa
— Hemingway está num páreo CELSO PINNA

Rhone corre
domina o campo do clássico muito fraco e se a carreira for mes-
mo na pista de grama, dificilmente
será derrotado. Mesmo passando pa-
ra a areia pesada, continua como for-
rena^ bem em qualquer tipo de pista.
Mas, na grama, rende muito mais e
como tem um trabalho para dominar
em C. Jardim Iniciando as eliminatórias para o Grande Prê- ça, pois a companhia está muito fra- as adversárias, será a nossa indicada.
de Figueiredo e no Presidente Mediei. É verdade ca. Flor do Yoshino melhorou e vai Gran Lady, que estreou vencendo na
mio Brasil, o Presidente Vargas, que será corrido que El Flete tem mostrado qualidades de milheiro, Gávea, correu bem na segunda apre-
na mesma distância da importante carreira da pri- correr bem e El Canário está mais
Rhorie; o melhor cavalo ainda não tendo, aqui na Gávea, aprovado em per- aclimatado no turfe carioca e deve sentação, mostrando que tem carrei*
brasileiro em atividade, cor- meira semana de agosto, reúne um campo diminu- curso maiores. Mas isto não vem diminuir suas ra para brilhar na turma. É a prin*
to, porém interessante. É verdade que dois animais produzir uma boa atuação, podendo
re esta; tarde em cidade Jar- possibilidades de êxito nesta competição, mesmo mesmo levar a molhor. cipal adversária. Bravaton, na dis-
dim, disputando o Grande aparecem com poucas possibilidades de êxito, pois porque se encontra, ,no momento, em melhores tância, é perigosa com sua atropelada
Prêmio Governador do' Esta- Guizo tem sua capacidade restringida à esfera de condições de treino que o favorito Fenomenal. — Royal Pharas é o retrospbi; curta e violenta.
do, em 2.400 metros, com .... handicap, e Ronron até agora ainda não mostrou Maniceira. e Kurós são mais novos, portanto, to vivo desta carreira. Vem de dois
Cr$ _). 000,00 de dotação, o nada de aproveitável, nem na Gávea, onde só con- em fase de evolução. Ainda não experimentaram segundos lugares, perdendo em am- — El Chile já mostrou que é
íllhò dé' Coaraze vai ter um
seguiu-um segundo lugar, nem em Cidade Jardim, bas as oportunidades em cima do es- um corredor de futuro nas pistas.
forte adversário no argentino a distância, mas por suas características e também Vem de fácil vitória na turma e se*
onde venceu uma prova comum e não conseguiu filiação, não devem sofrer muito rebate na milha pelho. Agora, está na vez e não acre-
Trlguéfio, com o qual já en-
galgar a esfera clássica da turma que atua no tur- e meia. Maniceira, que é um grande ganhador na ditamos em sua derrota. Sbarello já guiu melhorando, aparecendo, assim,
controu no Grande Prêmio correu bem na última e pode endu- como força nesta carreira. De Palace,
Llnneo de Paula Machado, em fe bandeirante. Desta forma. Fenomenal e E'- Fia- esfera dos três anos — já venceu seis carreiras — recer na vanguarda, pois é um animal que anda à espera de uma grama, on-
2.000 metros. Naquela oportu- te, ganhadores clássicos no turfe carioca, e Mani- correu bem no Estado da Guanabara vencido por ligeiro ,e Notável, finalmente, deu o de corre de verdade, é um rival peri-
nldade; Rhone derrotou o ad- ceira e Kurós, duas promessas que surgem na esfe- Eylau, quando foi sexto colocado. E aprovou no ar de sua graça, aparecendo, assim, goso e Maximiliano também aparece
versirto por um corpo e meio, ra dos três anos, devem decidir a vitória nesta car- bom trabalho que produziu nos dois mil e quatro- com possibilidades de êxito. com pretensões, uma vez que gosta
em plaia, de grama pesada. O reira. centos metros, embora só tenha este exercício na
argejntlno estreava e nao se — Messe correu muito outro da relva e trabalhou muito bem para
Fenomenal, sem sombra de dúvidas, é o mais distância, o que revela não estar muito bem pre- esta carreira.
• •
encontrava como. hoje, pois dia e, hoje, com a diminuição do per-
melhorou muito e se encontra credenciado ao triunfo. O filho de Torpedo foi fi* parado. curso fica mais a cômodo na carreira. — Júlio Flores acaba de per*
em excepcionais condições de gura de destaque na temoorada passada, quando Kurós, embora não tendo o mesmo número de der em cima do espelho para Maza-
treino; Será, portanto, uma venceu o Dezesseis de Julho, o Doutor Frontin e vitórias de Maniceira e tenha chegado logo atrás Como corre muito no tapete, será a
dele no grande grêmio do outro dia. tem' contudo nossa indicada. Nadushka levou ai- rino e, livre desse adversário, as coi-
carreira das mais interessan- o Presidente Costa e Silva, os do'<; nrimeirns na gum tempo para ganhar, mas quando sas ficam mais fáceis para ele. Con*
tes a desta tarde em São Pau- milha e meia e o outro em dois quilômetros. Como mais experiência nesta esfera clássica, pois andou tinua melhorando e nao acreditamos
lo ei.qúe servirá para uma correndo bem nos grandes prêmios no final da o fez foi com rara facilidade.
se vê. Fenomenal mostrou ser um corredor de que seja derrotado. Pingazo também
avaliação de valores para os
muita resistência e um dos bons' do momento do temporada passada. E como é um animal de boa — Fenomenal está de volta em acaba de correr muito, mostrando
grandes ! prêmios internado- raça e de atropelada violenta, pode surgir no fi- ótimas condições de treino, pois foi
nais' deste ano, dos quais na- turfe carioca. progressos.
nal p arnefipqr a posição do favorito. bem preparado para esta carreira.
turajmente sobressaem os A carreira, no entanto,' poderá ser um pouco Desta forma, embora sejam maiores as possi- , Como é um animal que já mostrou o — Larousse está num
GP Brasil e Sío Paulo. ingrata para o favorito, caso venha a ser disnnt^a bilida^es de vitória de-Fenomenal, aparentemente seu valor nas pistas e está numa dis- bom e está pronto para apagar páreo
a má
No campo da prova er,.on- impressão deixada na ultima. Van
trara-se ainda outros compe- em pista pesada. Com um camno reduzido, El Fie- o melhor situado na milha e meia, não será sur- tância de seu inteiro agrado, confia-
te noderá arjroveitar-se das neripécia<; e conquistar presa se ele vier a ser derrotado por qualquer um mos em que consiga mais uma vitó- sempre corre bem na turma e é
tldores: Goody Castelo, Uiva-
dor, Don Jurandir e o velho mais um triunfo clássico, pois o alazão anda como da parelha do treinador Gonçalino Feijó. mesmo ria clássica nas pistas. rigoso com sua atropelada curta pe-e
Viztyne, que será montado por nunca e já mostrou que é um corredor de bm ca- poraue está reaparecendo de uma longa ausêncir.. — Mandchuria atravessa exce- Betume descansou um pouco e volta
Luiz Rlgonl. Vizlane reapare- tegoria com as vitórias registradas no José Carlos o que sempre tem influência negativa. lente fase de treinamento e anda cor- em condições de produzir uma boa
ce em boa forma, depois do atuação.
fracasso no Grande Prêmio 14
de Março, disputado em pis-
ta de areia. É um animal que. Os oito
mesmo com a Idade, náo de-
ve ser afastado de cogitações, Montarias e últimas performances PALPITES
pois tem rmrta classe e é um páreos de HEMINGWAY FLOR DO YOSHINO
grande correaor. EL CANÁRIO
Sucesso
1.° PÁREO - Às 14H00 - 1.300 metros — GRAMA — Prêmio: Cr$ 6.000,00 amanhã ROYAL PHARAS SBARELLO NOTÁVEL
Mais um treinador parana- 1—1 Hemingway, S. Bastos 58 4,o Orenoco 1.4 AMc 80s4 MESSE NADUSHKA
2 Hankino, W. Gonçalves. 52 7.° Bang
W. Meireles IP Páreo — As 20hl0rr.in — 1.000 RENDADA
ense vitorioso em SSo Paulo: 1.3 NP 85s4 J. E. Souza metros — Cr$ 7.000,00 FENOMENAL EL FLETE
Dionlzio Tleppo. Substituiu
2—3
4
Cadlrche. L. Maia 55 u.o Orenoco 1.4 AMc 89s4 Alv. Rosa !<B KURÓS
Maledetto, A. Hodecker 55 4.o Capivari 1.3 NE 85s3 J. D. Moreira 1—1 Ourotlna, M. Hévia .., 57 MANDCHURIA GRAN LADY
recentemente Anísio Andretta 3—5 F. do Yoshlno, M. Braga 57 5.o Lubinho 1.6 NE 106s C. Pereira . 2—3 Cote DTvolre. E. Mar. 57 BRAVATON
no preparo dos animais do 6 Itabaguá, A. Ramos .... 53 ll.o japura 1.2 NP 77*4 J. L. Pedrosa 3—3 Japira, J. pinto 53 EL CHILE DE PALACE
Sr. Antônio Zen. Km poucas
4—7 El Canário, C. Pensab. 54 3.o Lubinho 1.6 NE 106s W. Penelas 4 Colmy, A. Ricardo .., 57 MAXIMILIANO
8 Bon Sens, G. Alves .... 56 3.o Queime 1.2 NE 77s3 P. Morgado 4—5 Dolores, N. Correrá .., 57 JÚLIO FLORES PINGAZO
semanas, inscreveu seis pare- 6 Miçanga, M. Santos ... 57 CRAVO
lheiros, obtendo cinco vitorias. LAROUSSE VAN BETUME
2.° PÁREO - Às 14H30 - 1.500 metros — GRAMA - Prêmio: Cr$ 8.000,00 27 Páreo — As 20h40mln • 1.000
A única derrota foi com Don metros — Cr$ 5.000,00
Jurandir, mas num páreo etn 1—1 R. Pharas, M. Hévia .... 56 2.o Fellx 1.4 AL 91s3 R. Carraplto kS
1-1 Peti, M. Hévia
que: teve de enfrentar nada 2—2 Sbarello, J. Pedro F.°.. 56 3.o Nonato 1.6 AP 107sl T. R. Gomes 2—2
.. 56
Japcrl, J. Queiroz .... .. 57
menos que Rhone. Ainda as-
sim, foi segundo. Como se vê,
Tiepo começou com o pe dl-
3—3
4
4—5
6
Ritmo, J. M. Silva ....
The Bandlt, D, Milanez
Notável, F. Esteves ....
Feroz, A- Machado ....
56
56
56
56
5.o
u.o
3.o
5,o
Nonato
Nonato
Majü
Maju
1.6
1.6
1.2
1.2
AP
AP
AE
77s
107sl
107sl
77s
F.
A.
E.
C.
P. Lavor
Paim F.o
Freitas
Pereira
3-4
4—«
3
5
Brometo, H. Ferreira .. 61
Cadlrbun, J.M. Silva . .. 57
Bonté, O. Cardoso ... .. 5P
Ubatã. D. F. Graça .. .. no
Resultados de ontem na Gávea
reíto, seguindo o bom cami- 7 Furrlel, A. Ricardo .. .. 59
nho de paranaenses como 1.» Parco — 1.300 metros AU — Cr$ 6.000,00.
3.° PÁREO — Às 15H00 - 1.300 metros — GRAMA — Prêmio: Cr$ 8.000,00 39 Páreo — As 21hl0min — 1.G00 1." Noblesse, E. Ferreira 57 0,12 12 0,47
pn: lml4s3/5 - Venc: 0,25 _ Duo •
0,20-placês: (3) 0,15 e (3) 0.15. (13i
Pedro NIckfil, Eduardo Gosi. metros — Cr$ 8.000.0O 2." Magia Blue. J.F. Fraga 50 0,23 0,26 (1) '
e muitos outros. kg 3.» Oedra, D. Santos Mov. do páreo: Cr$ 104.028,00.
1—1 Gilmlnha, A. Ricardo 56 u.o Erlnne 1.3 AP 82s4 J. Burioni 1—1 Yabun. J. Pedro FO .... 5i; 56 0,18 ADVANCE - MC. 3 anos — HS -
4." Mano Ablerta, L. Cald. 52 0,92 Golf
Alei 2—3
2 Meru, G. F. Almeida .. 56 9.o
Messe, A. Ramos 56 3.o
Kahári
Kildessa
1.6 GMc 98s
1.5 GL 90S4
M.
C.
Souza
Tourinho
2—2 November. F. Esteves .. 56
3 Disfarce, G. Meneses .. 56
5.° Bi» Romance, D. Milanez 56 1,16
1,49
1,44 Brenne Paz — Treinador: G. Feijó — Criador:
O.» Happy Life, J. Allaga . 58 0,GO 3,88
Será amanhã, na reunião 4 Chlpoleta, C, Pensabem 56 Estreante O. M. Fernandes 3—4 Devll'a Palaee, J. Pinto 56
0,60
Haras Socorro do Sul.
3—5 Rendada, J. M. Silva .. 56 4,o Kildessa 1.5 GL 90s4 R. Trlpodi 5 Arrlmo, J. Machado .... 56
do plenário da Comissão Co- 6 Acreana, M. Hévia 56 l.o Filadélfia 1.0 NP 63s3 W. Freitas 4—6 Farolero, A. Ramos ... 56 2,17 6.» Pároe — 1.300 metros — au — CrS 8.000,00.
ordénadora, da Criação do Ca- 7 Boneleno, J. M. Silva Dif.: 3/4 de corpo e 3/4 de corpo — Tem-
4—7 Nadushka, F. Esteves 56 l.o Camona 1.4 AP 92s E. Freitas 56 l.o Black Steel, G.F. Alm. 56 0,42 11 0,97
8 Ferreira po: lm24s3/5 — Venc: (1) 0,12 — Dup.: (14) 0,18 2.» Alameln. A. Garcia ... 56 1,14 12 0,40
valo Nacional, o debate sobre Norpa, D. Santos 56 ll.o Kala 1.3 GMc 78sl L.
40 Páreo — As 21h40mln — 1.600 — placas (1) 0,10 e (5) 0,10.
3.o Downlng Street, D. Mil, 56 0,21 13 0,23
a nova lei do turfe. Algumas metros — Cr$ 9.000.00 — Prova Mov, do páreo: Cr$ 63.207,00.
4.o Perdulário, P. Alves ,. 56 0,31 14 0,93
coisas boas deverão vir, en- Especial — Federação Panamerl- NOBLESSE — F.A. 5 anos — RS — Imbiry
4.° PÁREO — Às 15H30 - 2.400 metros — GRAMA — Prêmio: Cr$ 30.000,00 cana Pré Doaçáo Voluntária de e Dulce Flor — Propr.: Nelson E. Carneiro Fon- 5.°Reoo-Reco, G. Fagundes 56 3,87 22 3,24
tro, as quais a liberação dos Sangue toura — Tie-.nador: B.P. Carvalho — Criador: 6.o Virago, N. Santos 52 1,76 23 0,46
7.o Endrigo, A. Ramos ... 56 2,95 24 1,03
dias de corrida e a permissão 1—1 Fenomenal, J. B. paul. 60 4,o Andábata 2.0 GL 121s R. Morgado Haras Itapui.
8.o Pellzo, A. Ricardo 56 3,05 33 0,63
2—2 Maniceira, J. Portllho 56 5.0 Eylau 1.6 GP 98s2 W. T. Souza ke 2.» Páreo — 1.300 metros — AU — CrS 8.000,00
parali venda de jogo fora dos 3—3 Guizo, J. Pinto 60 5.o Florentln 2.2 AMO 139s Z, D. Guedes 1—1 Tina, J. Queiroz 55 1.» Filomena, A. Garcia ...56 0,16 12 0,23
O.o Búlgaro, J. Castro .... 53 3,32 34 1,00
hlRõdrornos. Duas medidas 2—2 Marseillaise, J. Machado 50 2.o Nisel, F. Esteves lO.opagoh, R. Ribeiro 56 0,46 44 7,27
4 Ronron, J. Queiroz .... 56 8.0 Djumo 1.6 AP 102s2 J. A. Limeira 56 0,23 1,02
Lamuea, A. Ramos .... 53
lógicas,: pois não se entende 4-5
"
El Flete, F. Pereira .... 60 l.o Místico 1.6 GE 98s2 G. Feijó
3—4 Dury, G. F. Almeida ... 52
3.» Aimanl, E. Ferreira ... 56 0,25 0,23 N/C. LEÔNICO.
Kurôs, A. Garcia 56 7.0 Eylau 1.6 GP 98s2 G. Feijó 4.° Navy, J. Machado 56 — 10,16
que es estimule a criação com Jada, E. Ferreira 56 5.° Flock Palace, C. Pcns. 52 8,29 2,10 lm23s2/5
1/2
, „?íí;: — corp° e V2 corpo — Tempo ...
uma série de ajudas e, por 4—6 Zorlada. F. Pereira F9 . 56 Venc: 0,42 —
Parda, P. Rocha 55
6.0 Plcardie, L. Caldeira .. 52 2,89 0,34 - placês: (7) 0,27 e(7) (1) 0,52. Dup.: (13) 0 23
outro lado, se impeça que os 5.° PÁREO — Às 16H05 - 1.400 metios — GRAMA — Prêmio: Cr$ 7.000,00 7.» Arpala, J.M. Silva ....54 4,24 19,26 Mov. do páreo: CrS 143.557,00.
cavalos corram e se limite a 50 Páreo — As 22hl0mln — 1.000 1,70 BLACK STEEL - M.C. 3 anos - RJ _
2.o Morgana 1.2 NP 77s M, Mendes metros — Crí 8.000,00 0,70 Hudson e Álgebra — Propr.: Stud Flores da
possibilidade de maior renda. 1—1 Gran Lady, C. Valgas 57
l.o Xenotina 1.4 AE 91s3 B. Figueiredo
Dif.: 2 corpos e 2 corpos — Tempo: lm38s
— Venc: (1) 0,16 — Dup.: Cunha — Treinador: F. Abreu — Criador: Haras
Outra novidade com a no- 2 Abadena, G. F, Almeida 57 ' kg (14) 0,23 — placês:
2—3 Mandchuria, J. Machado 2.0
57 H. Meditatlon 1.6 NP 103s4 E. Freitas Cuiabá.
1—1 Tendron, D. Santos ...'57 (1) 0,10 e (6) 0,10.
va lei do turfe, ê o pagamen- 4 L. Plastra, W. Gonçalv. 6.0
57 H. Meditatlon 1.6 NP 103s4 G: Ulloa
2 Paiaguás, J. Souza .... 57 Mov. do páreo: CrS 90.166,00. ~ 1-300 """os — AU — CrS 5.000,00.
to, por parte dos Jockeys 3—5 Bravaton, J. Queiroz .. 4.o
57 H. Meditatlon 1.6 NP 103s4 F. Costas FILOMENA — F.T. 3 anos — SP — Gar- VI í"4,."0
D-3 Fujl-Wara, G. F. Alm. . 58 l.o Jaborandl, L, Corrêa .... 58 0,16
Clubs, para ajuda aos hipí- 6 Xandoca, C. Pensabem. 9.o
57 Morgana 1.2 NP 77s R. Costa boleto e Fiorentlna — Propr.: Antônio Luiz 1,<
NP '84s 2.o
Apagador, A. Hodecker 57 Cravador, M. Santos ... 58 1,01
4—7 Bonaflor, R. Ribeiro ... u.o
57 Edla 1.3 O. J. M. Dias 3—5 Le Fantastic, R. Ribeiro Ferraz — Treinador: W. Allano — Criador: 1,10
56 3.o Zereré, O. Almeida .... 57 0,46
dromos menores e para um Zuarda. J. M. Silva ... 17 5.o Morgana 1.2 NP 77s Z. D. Guedes Brat. J. F. Fraga 58 Haras Sfio Bento. 4.o
0,23
Mil Colores, NSo corre 53 ll.o Above Ali 1.3 NE 84s4 S. d'Amore Eberan, J. Barbosa .... 55 0,77 1.15
fundo em' favor dos proflssio- Xambrlno, J. Santana . 57 3.» Páreo — 1.200 metros — AU - CrS 9.000,00. 5.o Cadran. C. Oliveira .... 52 0.65 3.93
nais do turfe. 4-í-B Paranáclty, L. Caldeira 56 l.° Quatlnga, P. Teireira .. 55 0,23 12 0,27 6.° Negrinho, J. Reis
9 Ruído, D. Milanez 58 2.o Reditera, J. Reis 55 0,44 13 0,64 57 0.86 0,56
7.o Rio Guaiba, D. Santos . 58 0.71
Ó que não vai ser aprova- 6.° PÁREO - Às 16H40 - 1.400 metros — GRAMA - Prêmio: Cr$ 7.000,00 " Êtolle
Blue, W. Gonç. . ' 55 3.o Olena, J. Machado 55 1,30 14 1,66 8.o Jongo, J. Queiroz
do!- e è lamentável que náo 4,o Puquérla, P. Alves .... 56 0,37 22 0.30 57 2,28
60 Páreo — As 22h45mln — 1.000 5.o Kenitlrá, G.F. Almeida 55 1,75 23 0,29 ,25
seja - é uma diminuição dos 1-1 El Chile, M. Silva 57l.o Tallso 1.5 AL 06s2 J. S. Silva metros — CrS 8.000,00 — Bettlng 6.o Lev6 Brisa, F. Esteves . 55 0,24 24 0,63 2,81
33,5% retirado das apostas. Ataulfo, G. Fagundes 57
4.o Quinante 1.2 NP 76s3 E. Coutinho N/CM.: KE-TAO e SOLEIL DU MATIN.
Gainete, F. Esteves .... 577.o Garcia 1.6 NMc 101s4 F. Costas 7.o Zilina, M. Hévia 54 3,14 33 2,64 Dif.: cabeça e 2 corpos — Tempo: lm24s3/3
Não há turfe que resista a kg
2—4 De Palace, H. Vasconce. 57
4.0 Regai 1.6 AMc 103s3 O. M. Fernandes 34 1,85 - Venc: (5) 0,16 - Dup.:
1—1 Essa Nao, J. M. Silva 44 10.82 (34) 0,25 - placês:
uma taxação tão elevada. Telebom, J. B. Paulielo 57
4.o Ladano 1.4 AP 90s N. P. Gomes 56
Camplllta, A. Garcia .. 56 Dlf.: paleta e 3/4 de corpo
(5) 0,15 e (8) 0,34.
Caractére, R. Carmo ... 57 6.o Estarlm 1.6 AE 102s2 J. Ploto. Tempo lml7s Mov. do páreo: Cr$ 110.669,00.
Custa a crer que os dirigen- 3—7 Maxlmlliano, D. Santos 57 2.o Regai 1.6 AMC 103s3 R. CarrapJto Kauai, J, Souza 56 — Venc: (3) 0„3 — Dup.: (23) 0,29 —
placês JABORANDI — M.C. 6 anos — SP — Maki
tes dos Jockeys Clubs não en- Clarius, U. Meireles ... 57 5.o AMo 103s3 A. Nahid 2—4 Nickie, J. Tinoco 58 (3) 0,1!) e (4) 0,30. e Urlrl — Propr.: — Stud João Jabour — Trel-
Regai 1.6 Usolle, M. Braga
A. Barbosa 56 Mov. do páreo: Cr$ 119.343,00.
tendam o quanto de desesti- H. Compass, J. Allaga.. 57 8.0 Pebo 1.3 NE 83sl R. Venenosa, J. Machado 56 QUATINGA — F.A. 2 anos — PR — Happy
nador: A.V. Neves — Criador: Haras São José.
4-10 Massapé, J. Santana .. 57 3.o Regai 1.6 AMC 103?3 A. Corrêa -.•. Páreo — 1.000 metros — AU — Cr? 8.000,00.
mulo representa esse descon- 11 Encantador, J. M. Silva 57 lO.o Xanthi 1.4 AL 88s2 W. Allano
3—7 Decllema, O. Cardoso .. 56 Horizon e Dlolazza — Propr.: Paulo Azevedo
Funé, F. Esteves 56 Saes Filho — Treinador: E.C. Pereira — Cria- l.° Florete, W. Gonçalves . 52 0,38 U 1,27
to e Insistam numa política 12 Pandro, J. Baffica .... 57 8.o Quinante 1.2 NP 76s3 J. C. Lima AJane, A. Machado .... 53 2.o Shallow, F. Esteves ... 56 0,54 12 0,27
dor: Haras Mlraldo.
imediatista, que só na apa- 13 Panzo, A- Ramos 57 3.o Entonado 1.0 NE C3sl M. Mendes 4-10 Aretusa, J. Pedro F0 .. 56 4.» Páreo — 1.300 metros — AU - CrS 7.000,00 3." Farmood, J. Queiroz .. 56 1,69 13 0,98
rêncla é mais lucrativa. Na 11 Genovcva, C. Pensabem 56 4.o Rlcochete, G. Fagundes 56 0,72 14 0,43
12 Diagonal, F. Carlos .... 50 l.o Hit Llber, E. Ferreira . 57 0,14 11 0,81
2.o Blue Boy, J. Machado . 57 0.80 12 0,29 5.0 Don Sablno. A. Ricardo 56 3,05 22 1,55
realidade, torna o jogo desta- 7.° PÁREO — Às 17H15 - 1.500 metros — AREIA — Prêmio: Cr$ 7.000,00 3.» Provérbio, W. Gonçalves 53 0,66 13 C.20 6.o Sir „garó, J. Pedro F°. 56 0,19 23 0,69
teressante e afasta os.aposta- 70 Páreo — As 23hl5mln — 1.200
metros — CrS 6.000,00 — Bettlng 4.o Uranus, C. Valgas 57 2,58 14 0,69 7.0 Aplauso, L. Santos .... 56 0,88 24 0,27
dores do hipódromo. 1—1 Plngazo, H. Vasconcelos 57 3.° Mazarlno 1.3 NL 84s3 S. Morales 5.o Fio cie Ouro, G. Almeida 57 1.20 22 2,13 8.» Antrln, G. Alves 56 0,55 33 7,31
2 Camping, F, Esteves .. 57 4.o El Chile 1.5 AL 96s2 J. È. Souza 6.o Martcl, A. Ramos 57 0,41 23 0,53 D.oFIoat, J.M. Silva 5-1 7,33 34 1,49
Uma cláusula na lei, d'mi- 2—3 Cravo, F. Carlos ,r,7 2.o Marroquino 1.3 NE 84s2 W. G. Oliveira
kg
7.o Rheno, M. Silva lO.oZaroll, N. Santos
1—:" Ouro Prelo, G. F. Alm. 51 54 1,42 24 1,79 52 4,15 44 1,81
nuindo e limitando definitl- 4 Amarguito, M. Hévia .. 57 1.° Zepe]in 1.5 AE 99s4 N. P. Gomes Nike Apache, G. Fag. 55 8.o Detroite, F. Esteves .... 57 0,83 33 1,33 N/CM.: Edison e Jilema.
vãmente o quantum a ser re- 3—5 J Flores, J. Machado .. 57 2.0 Mazarino 1.3 NL 84s3 W. Ploto 2—2 Happy Race, G. Men. 55 34 2.31 Dif.: 2 corpos c 2 corpos — Tempo: lm04s
SHarlo, N. Santos Marroquino 1.3 NE 84s2 E. C. Pereira 3 Quirlmbo, R. Carmo ... 52 Venc: (9) 0.3B — Dup.:
tirado das apostas, seria o 57 3.° 44 30,50 (14) 0,43 — placês:
4—7 El Zorzal, J. Reis 57 5.° Slng Bird 1.6 AP 102s2 J. Coutinho 3—4 Lucius, P. Rocha 56 Dif.: 2 corpos e paleta — Tempo: lm39sl'/5 (9) 0.21 e (3) 0,31.
maior serviço que o Ministério 8 Refém, M. Alves 57 8.0 Marroquino 1.3 NE 84s2 E. P, Coutinho Esplendoroso, E. Fer. 55 -Venc: (1) 0.14 — Dup.: (13) 0,20 —
placês: Mov. do páreo; Cr$ 117.932,00.
da Agricultura, através da Egípcio, N. Correrá ... 50 (1) 0,14 e (6) 0,24. FLORETE - M.C. 3 anos - SP — Empyreu
4—7 Lancaster, J. Pinto ... 58 Mov. do páreo: Cr$ 101.837,00 Truly
— Propr.: José Roberto da Silva OU-
Comissão Coordenadora da 8.° PÁREO — Às 17H50 - 1.200 metros — AREIA - Prêmio: Cr$ 6.000,00 Lêto, J. M. Silva 52 H1T LIBER — M.C. 4 anos - RS — Hit velra — Treinador: A. Nahid — Criador: Haras
Criação do Cavalo Nacional, Quilance, C. Pansabem 51 Parade e A. .Liberal — Propr.: Stud CM — Santa Anita S/A.
poderia prestar ao turfe bra- 80 Páreo - As 23h45mln — 1.300 Treinador: A.P. SUva — Criador: Haras Cam-
1—1 Larousse, R. Ribeiro .. 58 7.° Jeremias 1,0 NP 62s3 C. I. P. Nunes bárá. MOV. DE APOSTAS
silelro. Com o tempo e os bons 2 Brayon, D. MUanez .... 58 7.0 Huido metros — CrS 6.000,00 — Bettlng Cr$ 840.847,00
1.0 NL 63s4 A. Nahid 5.* Páreo — 1.200 metros — AU — Cr$ 9,000,00. CONC CrS 62.382,60
resultados de tal medida, os 2-3 Van, D. Santos 58 5.» Jeremias 1.0 NP 62s3 J. Burlonl (ESCOTISMO) — (PROVA ESPECIAL)
4 Manto, A. Garcia 58 B.o Orenoco 1.4 AMc 89s4 O. B. Lopes l.o Advance, G.F. Almeida . 50 TOTAL CrS
próprios dirigentes dos Jo- 3—5 Damasco, L. Corria .... £8 8.o Sargo 1.3 NP 83s3 A. Miranda
1—1
2
Happy Outclass, G. M. . 0,25
2.°- Querebel, J. Queiroz ... 50 0,22 13 0.26
12 0 38
PORTÕES CrS
803.229,60
Delmíro, W. Gonçalves 1.021,00
ckeys Clubs acabariam por 6
"
Fulmine, S. Bastos .... 56 !.«H, Hlghness 1.2 NL 74s4 M. Mendes 2—3 Blzantlado, J. Pinto ... 3.° Maigret. F. Esteves ...54 0.39 14 0,43
compreender que estiveram Martalina, C. Pensabem 55 l.o Lahore 1.0 Aü 64s M. Mendes 4
4—7 Betume, J. Pedro F.o.. 58 7.° Orenoco 1.4 Xan-HIer, J. Queiroz .. 4.0 Talfu, A. Ricardo 58 0,34 23 0.58
AMo 89s4 J. C. Tinoco 3—5 Last Pet, A. Garcia ... 5.o Teheran, J. Machado .. 51 HESULT.1DO DOS CONCURSOS E BETTINGS
errados e que perderam náo 8 Itabaguá, F. Carlos .... 56 l.o Japurá 1.2 NE 77s J. L. Pedrosa " Cadirvés, J. M. Silva ..
1,99 24 0.G0
Cone Simples c/7 pontos: 1-3-1 3-6-7-5-9
Xororó, A. Ramos 6.» Light Homu, A. Garcia . 58 1,41 33 1.53
apenas dinheiro, mas também 58 u.o Sargo 1.3 NE 82s3 J. L. Pedrosa 4-6 Court Royal, J. S. Per. . 34. 0,54 62 vencedores 295 13
um tempo precioso. Sargo, A. Ramos N/C. ARIANO, Bettlng Duplo: 7/1x5/8x9/3.
Sobrepique, L. Santos . Dif.: vários corpos e 3/4 de corpo Tem- 1 vencedor 12.269,60
I

Um cavalo
no relógio
MANDCHDRiA através*"
ÍWnf^iliiAlMWCT-iMM^ffllllIlin ™J mm^^^íWÍSÊ^ÊrmlKiM!mmmmmmmmmwmmWMêwi 4fm\ ••¦'¦¦ .- ' excelente fase de treinamen-

Show de Bola to e, agora, nfio escolhe ral»

para correr. Em qualquer
pista, a defensora do Stud
HOJE, A PARTIR DE 12 HORAS Paula Machado, vem mos-

WÁ%\^\ lm k\*\ I M [} \tnêmWw/mmT

"~^^m^IW
AS 13,30 HS. — "A BRONCA É LIVRE"
Com Denis Miranda e Darin Paes
trando bom padrão de car-
reira, embora na grama seu
rendimento seja mais acen-
'V "Á _"^_f^'^^rl'____r"__"r""^,3_' Vm\ - / &W ÀS 17 HORAS — DO MARACANÃ tuado. Assim, se a carreira
: ___ T / á__ _¦ "*¦¦ I I ár^^F 1 - m-'/m / JÊr
___ Á m> i m\ -*i n i ^ t t ¦ ,>-"ífe- ''•í __W» jíHr íor mesmo realizada no ta-
pete, maiores serão as pos-
sibllldades de vitória da íl-

RÁDIO
FLA X FLU lha de Heseitine.
Trabalhando para esta
DECISÃO SENSACIONAL DA TAÇA GUANABARA carreira, numa pista de areia
NACIONAL RELATO: JORGE CURI — O LOCUTOR DE 6 COPAS
COMENTÁRIOS: OTÁVIO DE MORAIS E BENJAMIM WRIGTH
mim, MANDCHURRIA era-
RIO REPORTAGENS: LUIZ FERNANDO E MAURO MONTALVAO
PARTICIPAÇÃO: JOSÉ REZENDE E PEDRO PARADELLA — VITO-
vou 92s nos 1.400, terminando
com ótima desenvoltura. A
» 35 ANOS marca é das melhores para
RINO VBEIRA
COMUNICAÇÃO TOTAL COMANDO: RATMUNDO MENDONÇA a turma que vai enfrentar

^^^^^-*-^-^" -¦¦¦—~ ____ü--_----iii--_____.___B .. - - .. _... .. ....... WmwmwlmmtmwÊmmmwmwmmjmmmwmwmvmwmmmmwiÊmmmwÊÊsm ^S e acreditamos que nüo per-
ca para essas
jue vai enfrentar.
adversárias

l.o CADERNO CORREIO DA MANHÃ —• Rio de Janeiro, domingo? 23 € 2a feira, 24/4/1972

15
 COLUNA
- QUATRO
Emerson sai
em primeiro
Bete volantes melhoraram
ontem o recorde oficial da vol-
ta no treino final para a cor-
rida de Fórmula 1 que será
disputada hoje em SUverstone,
mas nenhum deles pôde supe-
rar a marca do brasileiro
Emerson Flttlpaldl.
O tempo de Im 18s 1/10 deu
ao volante brasileiro a primei-
ra posição na largada para a
corrida de hoje, em 40 voltas.
Esta será a primeira apre-
sentação de Pittipaldi na In-
glaterra, depois da sua vitória
de 19 de março na "Corrida de
Campeões".
Seus principais rivais serão
dois BRM, pilotados pelo bri-
tânico Peter Gethin, que mar-
cou 1.18.7 e pelo francês Jean
Pierre Beltolse, com 1.18.8,
nas provas efetuadas ontem.
Brasil reage na dupla e pode vencer
O tênis brasileiro, que recebeu uma ducha fria
nos jogos de abertura da Taça Davis, ontem se
reencontrou, ao vencer a dupla chilena. A decisão ^h^UMI^^p^Sh^^mS^^^^h - ÍBIS mII ^Sê s ;
será hoje, no Flu, e a esperança de
classificação voltou a animar muita
gente.
A vitória de 3 a 0 (parciais de resultado que
6/4, 6/3, 6/1) da dupla Thomas Koch reação. pouco estimula uma
e Edson Mandarino, ontem no Flumi- Ontem, as coisas muda-
nense, foi um alívio para o tênis bra- ram e em porém,tempo, os tenistas
pouco
sileiro que, agora, ainda pode alme- brasileiros mostraram
que ainda têm
jar chegar à final da Taça Davis, des- fôlego para chegar à decisão. Em ape-
de que, hoje, consiga vencer as duas nas uma hora e sete minutos liquida-
partidas de simples, contra o Chile. ram a dupla do Chile, formada por 'y i
O placar atual assinala 2 a 1 para os Patrício Cornejo e Jaime Fillol.
chilenos. Na sexta-feira, nas simples, Hoje, decide-se tudo. No primei-
o Brasil "entregou" o ouro, permi, ro jogo, Mandarino enfrenta Pinto
tindo que os tenistas chilenos chegas- Bravo, cabendo a Koch defrontar-se
sem tranqüilamente a 2 a 0 — Man- com Fillol, depois. Uma derrota em
-jogos, afasta
darino perdeu para Jaime Fillol e qualquer desses o Brasil "ML.— •:¦¦-•-¦¦ :aa», .Mv ..' ¦W*H*™:-'B mmm Y^!i'ifwW^V^^i^iWVM1IBÊmi
da final. O negocio é torcer, e mui- Ml __.._. B»£ —Bv 13
Thomas Koch para Pinto Bravo —. to.
O Brasil venceu a dupla chilena ontem pela Taça Davis em tempo recorde: uma hora e sete minutos

Karatê Vitória relâmpago na dupla

A França ganhou anteontem ^LUCIANO N.
à noite, em Paris, o campeo-
nato mundial de karatê por
equipes. A Itália classificou-
se em segundo lugar e a Grã-
Uma hora e sete minutos foi o
tempo necessário para Thomas Koch
e Edson Mandarino ganharem a par-
tida de dupla, ontem no Fluminense,
mente, conhecedor profundo desse ti-
po de partida, tenha entrado na qua-
dra muito nervoso, dificultando as
ações do seu companheiro Jaime Fil-
XADREZ 6E ANDRADE

Bretanha no terceiro. Os Ja- contra Patrício Cornejo e Jaime Fillol,

poneses, grandes favoritos do
campeonato, foram eliminados
pelos britânicos.
Na primeira rodada, a Itália
havia vencido o México por
quatro a um e os Estados Uni-
dos venceram a Argentina por
cinco a zero. Na segunda, a
França venceu o Brasil por
três a dois.
Clay
O ex-campeão mundial de
todos os pesos Muhammad Ali
(Casslus Clay) prometeu vln-
gar-se dos 26 golpes baixos que
o canadense George Chuvalo
lhe aplicou na primeira luta
entre ambos, realizada em um
primeiro de maio, em Vancou-
ver, quando ali ainda era cam-
peão mundial.
Nessa luta, Clay venceu
Chuvalo por pontos, em quin-
ze rounds.
Clay chegou a Vancouver
anteontem à noite, para ini-
ciar seus treinos com vistas t
luta contra Chuvalo e disse
que pretende continuar cor-
tando árvores como parte de
seu treinamento.
Foreman
Uma luta de 15 assaltos en-
tre George Foreman, dos Es-
tados Unidos, e Miguel Angel
pela decisão da Zona Sul-americana
da Taça Davis. A atuação da dupla
brasileira foi considerada como exem-
— Essa é a nossa melhor dupla
— esclareceu Ornar Pabst — e não
compreendo como se entregaram em
$¦":: <f* ^ ::^^yj^^^#^m8l ^£m£&& mmmvÊL^Vmt
!¦¦¦#¦
plar, cortando toda a iniciativa do ad- tão pouco tempo, quando havia con-
versário. O primeiro set durou ape- dições para resistir até o fim.
nas 29 minutos, e foi o mais longo dos
O resultado de ontem deu novo
três. O segundo foi decidido em 20 ânimo aos tenistas e dirigentes brasi-
minutos, e o último de forma relâm- leiros. Mandarino, após a partida, an-
pago, em 18 minutos. tes de se recolher ao vestiário para
Os brasileiros atuavam com ab-
soluta perfeição, bem distinto do dia descansar, admitiu que essa vitória foi
anterior, quando perderam quase sem muito importante, não só pela pers-
reação. Ornar Pabst capitain da equi- pectiva de classificação, hoje, como
pe chilena, após a partida, ainda sur- apagou um pouco a lembrança dos jo-
preso, atribuía a Edson Mandarino o
grande mérito da vitória, na sua per- gos de simples. Koch, igualmente tran-
(5crl, 2bldlpl, 2p5, 5pPlpD, 1UP2P1, 3B1T2, 5PP1,
feita colocação na quadra e o apoio quilo, abonava as palavras do compa- CRI.)
a Thomas Koch. nheiro. Para ele foi uma vitória opor-
O diagrama acima é do final da partida Geller-Novo-
Quanto à sua equipe, Pabst estra- tuna e que pode levar o tênis brasileiro telnov, XIX Campeonato Soviético, 1951. Gellez com o lan-
nhou que Patrício Cornejo, principal- à classificação, hoje, nas simples. Koch e Mandarino estiveram perfeitos ontem na dupla ce forçou o mate de madeira rápida.
Solução l.TxC xq!, RxT (se DxT; então mate em 3
lances com B7C xq, B6C xq e D7T mate) 2.D8T xq, R2B;
3.B6C xq, e as pretas abandonaram, pois segue 3. ., R3R:
Esporte amador precisa de nova filosofia 4.D1CR xq, R2D; 5.B53 xq, ganhando a dama e mate
em dois. Por engano, na quinta-feira passada foi publl-
cado o diagrama do domingo anterior. •
ULISSES LAURINDO
Grau de pretíisão
Idéias no papel pouco funcionam e não resol- 'n,'f « (W »« ™ »vv A Defesa Sicillana, muito utilizada pelos que buscam
vem os problemas do esporte amador do Pais. a oportunidade de contra-atacar quando Jogando com as
Elas valem verdadeiramente quando acionadas
pretas, paradoxalmente, apresenta a maior proporção de
para se tornar uma realidade. Esse é o caso atuai vitórias brancas em partidas curtas. Isto, porque as
do Brasil, no campo esportivo. De todos os lados mmmmm se exige alto grau de precisão na fase da abertura,pretas
surgem emocionantes idéias e cada uma delas se m/aammm
maaaamm
es-
peclalmente nas agudas variantes Najdorf e Dragão.'
propondo à equação total dos problemas aflitivos :v:w:-Xvx:x:::::::v:-:->>í:W:

Paez, da Argentina, que esta-
va marcada para a próxima
segunda-feira, em Oakland,
foi adiada para o dia 11 de
maio.
O promotor pugilistico Hen-
ry Wlnston declarou ontem
que o governo argentino retar-
dou a concessão do visto a
Paez, que deveria ter chegado
na semana passada àquela ei-
dade.
Wlnston Informou que, ago-
ra, Já recebeu garantias de que
Paez chegará a Los Angeles
com tempo suficiente para a
luta.
Xadrez
O México ofereceu uma lm-
portâncla equivalente a 1 ml-
lhão, dezesseis mil, 750 cruzei-
ros para que o Torneio Mun-
dlal de Xadrez entre o russo
Spassky e o norte-americano
Flscher seja efetuado em uma
de suas cidades, mas a pro-
posta foi considerada de acei-
tação multo Improvável peio
presidente da Federação Is-
landesa de Xadrez.
Gudmundur T h o r arlnsson
disse que a Federação Inter-
nacional de Xadrez (FIDE)
deve estudar todas as ofertas
oficiais anteriores, antes de
considerar ofertas extra-ofi-
cilas.
Thorarinsson disse também
que, em sua opinião, os rus-
sos não levarão em conta a
oferta mexicana, uma vez que
sua aceitação significaria ter
que ir Jogar na América do
Norte.
Ciclismo
Vinte e um ciclistas de ca-
tegoria mundial, entre eles
corredores do México, Dina-
marca e França, competirão
com 17 norte-americanos nos
dois próximos fins de sema-
na, na Califórnia, na primeira
competição ciclístlca Interna-
cional nos Estados Unidos,
desde os jogos olímpicos de
1932.
Tomarão parte na competi-
ção ex-ciclistas Olímpicos, en-
tre eles Daniel Morelon, da
França, cinco vezes campeão
de velocidade e atual campeão
dos 200 metros, tendo ganho
duas medalhas de ouro nas
olimpíadas de 1968.
Doping
O astro do ciclismo venezue-
lano Santos Rafael Bermudez
foi expulso anteontem & nol-
te da volta da Colômbia, por
ter Ingerido um produto tó-
xico quarta-feira última, no
desenvolvimento da etapa Ini-
ciai da prova.
Volibol
O Uruguai foi incluído no
grupo eliminatório B, com Es-
tados Unidos, Polônia e Fin-
l&ndla, do Torneio Pré-Ollm-
pico de Volibol que se realiza-
rá em Paris segundo o sorteio
que se efetuou ontem, naquela
cidade.
vividos pelo amadorismo em nossa terra-
Mas executá-las, passando da teoria à prática,
pouco ou nada se faz e apesar das perspectivas
acenadas pelo Impulso material da Loteria Espor-
tiva. E por Isso o esporte amador ainda não des-
pertou para a nova realidade e, o mais grave, está
demorando a lançar as suas bases para a sobre-
vivência futura.
Se Isso estivesse sendo Incrementado de forma
mais objetiva, primeira preocupação seria o apa-
relhamento das escolas, permitindo que os jovens
praticassem esportes e fossem atraídos para a
educação física com suas enormes vantagens.
Os convênios com outras agremiações espor-
tlvas particulares, estimulados pelo MEC, poderão
apresentar resultado duvidoso, porque a sua efeti-
vação enseja outras Implicações, envolvendo inte-
resses bilaterais.
Desprezados esses cuidados junto às escolas,
é difícil pensar-se em emancipação e ao mesmo
tempo mudar o conceito negativo que o esporte
amador brasileiro acumulou, em vários anos de
desacertos.
A constante das atividades amadoristas con-
siste na necessidade da revisão da política, no to-
cante à mudança de sua filosofia. Não pode um
esporte renovar sem plantar as sementes de onde
deve brotar a renovação. Implica considerar que
a troca de orientação para o progresso determina
uma conversão consubstanciada no estimulo dos
meios a serem aplicados nas escolas e no apro-
veitamento paralelo das massas, na sistemática do
processo.
Quando assistia às partidas da Taça Davis de
Tênis, no Fluminense, Pedro Richard Neto, ex-pre-
sidente da Federação de Atletismo do Rio de Ja-
neiro e do Conselho de Assessores de Atletismo
da Confederação Brasileira de Desportos, definiu
quais seriam as mudanças dessa filosofia, em razão
de um esporte viril e de plena maturidade.
Não pode o esporte amador, segundo o pensa-
mento do dirigente, prescindir da difusão junto às
massas produtivas, nas fábricas, com o operariado
estimulado para tais fins; nas escolas, com os
estudantes de todos os níveis; e nas Forças Ar-
madas, com suas potencialidades.
Somente seguindo esse princípio básico, pode-
rá o esporte prosperar filiado a outra estrutura e
ir muito além, na criação de raízes bem assenta-
Nosso basquete faz outro roteiro em Turim
Graças ao fato de as agências interna-
cionais terem descoberto a presença da se-
leção brasileira de basquete, na Europa, já
se tem uma idéia de como está sendo dispu-
tado o quadrangular na cidade de Turim.
Não foi nada de acordo com a programa-
ção recebida há tempos pela Confederação.
Em vez da seleção da União Soviética e de
uma equipe dos Estados Unidos, partici-
pam do torneio as seleções da Argentina e
Finlândia, ao lado das do Brasil e Itália.
Na penúltima rodada, realizada ante-
ontem à noite, as equipes do Brasil e da
Itália tornaram-se finalistas. Os italianos
derrotaram a Argentina, por 87 a 51, en-
quanto os brasileiros superavam a Finlân-
dia, por 73 a 56. A nossa representação
apresentou-se mal durante todo o primeiro
tempo, quando perdeu por 34 a 29. Mas
isto justifica-se, porque o técnico Kanela
— dentro do espírito que norteia a tempo-
rada —, procurou testar os jogadores mais
kit '^4hP9^
mmmJÊ mWmWÊm My
WmmWmWmWaWMmlm
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_ * HI WMi WÈÊÊÈÈmWa%mmmm WéÈhm% * í9
das, para permitir a sobrevivência das atividades
de outras gerações, pela herança deixada. Desen-
volver uma política de financiamento a estruturas
cujas limitações se comprovam falidas ante o di-
vórcio com as pesquisas do campo moderno, é in-
slstlr em uma tecla que jamais levará à emanei-
pação desejada.
RECURSOS BEM APLICADOS
Os recursos da Loteria Esportiva poderiam ser
aplicados em programas de grande alcance. Se
possível para resultados imediatos ou, mais neces-
sarlamente, como fonte para novas energias do
futuro. Segundo Pedro Richard, a classe operária,
peça Importante da tese que Justifica a mudança
de filosofia, vive a zero em matéria de esporte,
orientado para qualquer direção. Caso contrário,
ela representaria papel saliente para os fins con-
cebldos. Aos benefícios dos aspectos competitivos
filia-se a repercussão favorável para a saúde fi-
sica do homem, fator de segurança da produtlvl-
dade e harmonia coletiva.
jovens, componentes de um elenco de 14
nomes.
Logo no início do segundo tempo, o
técnico colocou em ação Marquinhos, Cé-
sar e Hélio Rubens. Estes, com sua expe-
riência, deram nova fisionomia ao quinteto
brasileiro e provocaram a imediata revira-
volta na contagem. Em dois minutos, a
nossa equipe marcou três cestas e assu-
miu a liderança da contagem, por 35 x 34.
Daí em diante, os finlandeses demonstra-
ram sentir o esforço despendido no pri-
meiro tempo e foram cedendo terreno gra-
dativamente, enquanto o Brasil acentuava
o seu domínio na quadra.
A decisão do torneio, entre Brasil e
Itália, estava previsto, em princípio, para
a noite de ontem. Caso seja respeitado o
roteiro original, os brasileiros viajarão
agora para a cidade espanhola de Barce-
lona, a fim de intervir em outro quadran-
guiar — de quarta à sexta-feira —, com a
tJ^J
:***EtAmmA* m BÉ ¦_¦ H
As Forças Armadas, Igualmente, poderiam re-
presentar um poderoso complexo esportivo de al-
cance ilimitado, devido à quantidade de valores
de que dispõem. Chegamos à véspera de uma nova
Olimpíada e o esquema posto em prática é o mes-
mo usado para Helsinque, Melbourne, Roma, Tó-
qulo e México. Qualquer análise estatística mostra
por antecipação, os resultados dos atletas brasilei-
ros nos Jogos Olimpicos. Apesar disso, as provi-
dênclas continuam as mesmas, num ritlmo idêntico
de avaliação, indiferente ao passo gigante dado
pelo esporte mundial nos últimos 20 anos. Conclui-
se, pesaroso, que nessa batida chegaremos ao ano
de 1976 e depois nas Olimpíadas de 1980, lamen-
tando os mesmos erros, desejando porém, perten-
cer à linha dos melhores.
A Idéia de Pedro Richard, de se lutar por uma
mudança radical na filosofia do esporte, dlrigln-
do-a para outros campos, é válida. Como está o
esporte amador, sem renovação e com um atraso
considerável, outro caminho não tem senão a mu-
dança absoluta em seu comportamento, mesmo
com o sacrifício de tudo o que já existe.
participação da Espanha, Iugoslávia e um
concorrente, a ser designado.
JOGO DECISIVO
O II Campeonato Sul-Americano de
Basquetebol Juvenil será decidido pratica-
mente hoje, à noite, em Santiago do Chile,
onde se enfrentam as seleções do Brasil e
da Argentina, ambas invictas até o momen-
to. Pela mesma rodada, jogam Colômbia
x Peru e Chile x Uruguai. Embora ainda
haja uma etapa programada para amanhã,
com os jogos Brasil x Chile, Argentina x
Uruguai e Bolívia x Venezuela, dificilmen-
te o vencedor de Brasil x Argentina, per-
dera o título.
A última vitória dos brasileiros foi
contra a Venezuela, por 78 a 59, depois de
um primeiro tempo em 39 a 21. O técnico
José Afro não precisou se preocupar mui-
to com o andamento da partida, sempre fa-
vorável aos seus jogadores. Marinho (20),
Laerte (14) e Geraldo (12) foram os "cesti-
nhas" nesta oportunidade.
Manginl, há anos tornou-se um adepto da Variante
Dragão, e graças à sua tenacidade e estudos é
um dos que mais conhecem seus segredos. Nesta próprios,
partida em
que precisava ganhar a qualquer preço para garantir sua
aspiração ao título de campeão carioca e sua Inclusão no
zonal ele deu tudo de si mesmo com sucesso.
Pèter Toth busca neste torneio p titulo de c&.mpeãçi
com Justas pretensões, em virtude de sua categoria enxá-
drlstlca. Seu nome já foi Indicado pela CBX
para parti-
clpar do zonal em Brasília juntamente com mais quatro
finalistas do Campeonato Brasileiro de 1971. A seguir re-
produzimos a partida jogada entre ambos na penúltima ro-
dada do Campeonato Carioca de 1972.
Peter Toth. José T. Mangim
Defesa Sicillana, V. do Dragão
Campeonato Carioca 1972
1.P4R, P4BD; 2.C3BR.P3D; 3.P4D,PxP;
4.CxP,C3BR; 5.C3BD.P3CR; 6.B3R, B2C; 7.P3B, lance
surgido na partida Michel-R. Sangulnettl, Mar dei
Plata
1941, nos Informa Manginl. 7. . C3B- 8 D2D0-0-
10-B3C>D4T; 11.0-0-0, TR1B; 12.P4TR.C4RÍ
^B^B2D;
13.P5T.C5B (13 CxP seria suicídio) 14.BxC,TxB;
15.C3C, D4R! inovação de Manginl. Em 1970, contra
Rocha jogou 15 D1D sem sucesso. Este lance A
a troca da qualidade em troca da dlnamlzação de suasprevê
ças. Esta posição é muito rica em sutilezas táticas, como pe-
por exemplo: se 16.B4B.D3R; 17.C4D,TxC; 18.DxTCxPT-
19.D2D? Perde. 19 BxC; 20.PxB,DxP; 21.D3D.B5T
e ganha. Melhor é 19.D3D seguido de TxC atacando
o
monarca negro. Do lance 16 das brancas surgem inúmeras
variantes que se prestam para análise-
16.PxP.PBxP com este lance a dama
uma excelente casa onde se postar, 2BR 17preta ganha
B4DD3R-
18.P4C.D2B; 19.R1C.T1-1BD; 20.D21.P4CD; 21*.T2D31T,:
<!<!.BxP esta Incursão rapace toma precioso tempo
22 P
P5C; este será um aguilhão no flanco inimigo
lhera os movimentos. 23.C2R?,BxP com este que lhe to-
sacrifíflo de
peça por dois peões as pretas Irrompem no campo adver-
sario de maneira decisiva.
24 PxB,CxPR; 25.T1-1D, a entrega da
irá aplacar o ataque. 25. ...,CxT; 26.TxC.D8B qualidade não
xq; 27.C2-
IB, TxPC; 28.T2B.D5B; 29.D3T.P4T; 30.D3R.B3B-
31.C5TJ35R; 32.D3C xq,R2C; 33.T2R.D4B; 34.B6C.T5R;
35.T2B.D4CD; 36.D3BR.DxB; 37.DxT.DxT; 38.C5-3C as
mancas podiam abandonar, não o fazem
porque a seta de
Manginl ameaça cair. 38. ...,D4BR; 39.D2R.D4R;
as bran-
cas abandonam, o final está perdido.
'--^BpiV''v:':';j|Mflp|Hpn
j|^$iU-:
tÊÉ&àW C^É'Sp^ff^^: ;* •:^vj^!ÉÍM';'^fEilt'
mmgyl^mWm^kãy, -líffiHB:
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m Bifl. < <Yxyf$ffll£^m'4&é$m\
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w^iHiiÉifl'
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'
immmW<m%m
mm .-$m ¦MssSSk
KIHB^HKí awãm I
Flagrante tirado durante o desenrolar da primei-
ra rodada do torneio de xadrez organizado pela ATA
e FMX, por indicação do ViceJàovernador Erasmo Mar-
tins Pedro è da Secretaria de Turismo. Na foto, vemos.
no primeiro tabuleiro o presidente da ATA, Fontes de
Faria, enfrentando o jovem Flávio, do Vasco. Observan-
do estão, o presidente da FMX, o diretor do departa-
tamento de Xadrez do Monte Líbano, o representante
do Vasco, o diretor do torneio, o vice-presidente da
ATA e demais pessoas

16 CORREIO DA MANHA — Rio de Janeiro, domingo, 23 e 2a íeira, 24/4/1972 l.o CADERNO

 COLUNA
Paraguai tenta
Bidi na Seleção
A liga paraguaia de futebol
iniciou ontem, em, Assunção
gestões para contratar Waldlr
Pereira (Didi), como diretor-
técnico' da seleção nacional
para as eliminatórias do cam-
pepnato do inundo, na Ale-
manha, segundo revelou um
alto dirigente daquela entida-
de; i pois o empresário Juan Figer ainda não chegou. Ontem, Tim nem foi ao clube
As negociações para contra-
tar Didi começaram no mo-
mento em que circularam no-
tícias de que o treinador bra-
sileiro havia se desligado do
Rlyer Plate, de Buenos Aires.
Extra-oflclalmente, vale
lembrar que se chegar a ter
êxito a tentativa de conseguir
os serviços de Didi, ele poderá,
vir a. dirigir a equipe que
disputará a minl-copa no
Brasil.
Taça Trabalho
Como parte dás comemora-
ções do Dia do ¦ Trabalho, a
Federação do Comércio do
Estado de Minas Gerais ofe-
recerá uma taça ao vencedor
da partida entre Atlético e
Flamengo, marcada para as
21 horas do dia primeiro de
maio. O troféu, denominado
"Taça Trabalho",
está, wpos-
to naa novas Instalações da
loja térrea da' Federação do
Comércio, na Rua Curitiba,
S61, em Belo Horizonte e é
trabalhada em prata com ba-
nho de ouro, tendo noventa
centímetros de altura. .
Pele no Japão
Todas as 23 mil numerada»
para a partida do próximo dia
26 de mato, em Tóquio, entre
o Santos e a seleção do Ja-
pão, foram
' vendidas apenas
quatro horas depois de se
abrirem as bilheterias, decla-
rou ontem a Federação Japo-
nesa de Futebol. .
Uma platéia de 72 mil pes-
soas está sendo esperada e
esta será a primeira vez que
o estádio nacional apanhará
lotação completa para uma
partida de futebol.
Libertadores
O Nacional e o Penarol,
campeão e vice-campeâo uru-
gualos de futebol, respectiva-
mente, empataram por um
gol em partida disputada an-
-ta^uow ma ajiou
^ raamoa;
déü, pela terceira rodada do
grupo I das semifinais da
Taça Libertadores da América.
O primeiro tempo havia ter-
minado por um a zero a fa-
Vor do PefiaroL Os gols fo-
ram marcados por Caetano
aos 28 minutos, de pênalti,
para o Pefiarol, enquanto o
argentino Lula Artime mar-
cou aos 73 para o Nacional.
Bombas
A Associação Italiana de
Torcedores de Futebol divul-
gol anteontem, em Milão uma
recomendação multo empenha-
da aos espectadores do Jogo en-
tre a Itália e a Bélgica, rogan-
do-lhes que abandonassem o
costume de atirar bombas em
pleno'campo.
Pedindo aos torcedores que
controlem suas maneiras, a as-
soclaçâo lembrou-lhes que as
bombas, quando explodem,
abrem buracos no gramado e
os campos de futebol italianos
correm b risco de serem prós-
critos para Jogos internació.
nais.
Decisão
Bahia x Vitória, o maior
clássico do futebol baiano, se
rá realizado hoje à tarde, na
Fonte Nova. para decidir o
primeiro turno do Cam^eona-
to, pois cada um venceu uma
serie da fase de clasificação.
Como os dois times estão mes-
mo em seu estágio, tudo leva
a crer que seja batido novo
recorde regional, esporando-to
arrecadação superior a ......
CrS 519 mil.
i
¦ ¦, '
Perigo
; O Sanros. com seu time com-
pleto, te:á difícil compror.íissc
frente ao Guarani, .em Campi-
nas. que domingo passado na-
nliou do Corítians, em seu pri-
melro bom resultado no cam-
pconato e ocasionou a deuus-
são de Samo. O juiz será Dul-
oídio Vanderlei Boschllla e cs
dois times formaram assim:
GUARANI - Toblas: Wilson,
Moacir, Alberto e . Bezerra;
Flamarlon é Zé Ito; Bamabé,
Washington,, Clalton e Nenê.
SANTOS — Cejas; Carlos Al-
berto. Ramos Delgado, Oberda
a Zé Carlos; Clodoaldo e Afon-
•slnhò; Edu, Alcindo. Pele e
Ferreira.
¦$%¦ ¦
!/'
\-h:
vocE jK juim a sua?
De 15 em 15 segundos
alguém abre uma garrafa de
champanhe GEORGES AUBERT.
O mais vendido no Brasil.
1.9 CADERNO
No Botafogo, de certo
mesmo, só a confusão
As promessas de Toniato continuam cada vez mais duvidosas. A compra
de Gérson já se complica, porque os dirigentes do São Paulo não aceitam
menos de Cr$ 2 milhões pelo passe e o Botafogo só oferece Cr$ 1.200 mil,
e assim mesmo parcelados. Nem mesmo a contratação de Fischer está certa,
e escalou o time para amanhã pelo telefone.
Apesar de todas as promessas de Tonia- lhar mais uma vez a torcida já não poderá Enquanto isso, continua se esperando
to, o Botafogo ainda está encontrando mui- acreditar mais em nada do que se fala em uma palavra do empresário Juan Figer que
tas dificuldades para contratar Gérson. General Severiano. Tudo dá a impressão
Em nova reunião realizada ontem entre o está encarregado de trazer Fischer para o
de ser apenas uma manobra para evitar os Botafogo. Ele trata dos negócios partícula-
dirigente alvinegro e Manoel Poço as car- cada vez mais intensos protestos dos asso-
tas foram postas na mesa de uma forma res do jogador e inclusive vai discutir com
ciados e dos torcedores, inconformados com os dirigentes alvinpgros as condições de
mais clara: o Botafogo realmente oferece a má campanha do time no campeonato. sua contratação. Fischer é do San Loren-
Cr$ 1.200 mil pelo meia armador pagan- A bagunça no Botafogo chegou a tal
do Cr$ 700 mil à vista e Cr$ 500 mil par- zo de Almagro, é um atacante de caracíè-
ponto que o técnico Tim nem compareceu rísticas bastante ofensivas « parece ser um
celados. Mas o São Paulo só aceita paga- ao clube, ontem, limitando-se a dar pelo excelente reforço para o Botafogo. Mas a
mento total e até já subiu sua proposta ini- telefone a escalação da equipe para a par-
ciai: quer Cr$ 2 milhões de uma só vez e tida de amanhã com o Olaria. O time é o expectativa toda em General Severiano é
:¦.¦.¦.¦..¦.¦:¦.¦..¦...¦.....¦...."..¦....¦..-/..¦.'.-.-.ÍJBH"|&'.,i.•..¦:.."Kv.*:¥Í!v•;«p•'¦ ¦ vavS5ÍS"Í"""""""""1"^JMíw"¦. ¦. \S"A>M^^K^3wí^K3ffi^S no caso de parcelamento sobe o preço pa- seguinte: Wendel, Valtencir, Scala, Osmar mesmo pela chegada de Toniato de São
ra Cr$ 2,5 milhões, o que é considerado e Rildo; Nei e Luís Cláudio; Zequinha. Ro- Paulo possivelmente amanhã: nrincipal-
absurdo por Toniato.
berto, Paraguaio e Tuca. Na regra 3 fica- mente porque ou ele vai trazer Gérson, fa-
De qualquer forma, Xisto Toniato rão apenas três jogadores, porque não há zendo um ambiente de festa no clube ou
... ¦ j.x '¦ odfe. •¦¦*.-¦¦¦-'• n
'
iv'ffiV'vÍ^B ^BrTE^wwMKmfil
flMBj|Bj|MM|BB"|M"mS3"M"Í"^^ T^^W^BBBIBWlinÍ8BtSrili t < ?y\
continua insistindo que vai trazer Gérson outros mesmo: Cao. Queirós e Roberto Car- então vai ser bastante gozado pelos iorna-
de qualquer maneira e acha que tudo de-
Ios. Os jogadores fizeram apenas uma re- listas e associados por mais um fiasco.
pende de uma questão de tempo para di- creação ontem e mostram muito pouco en- Uma coisa é certa: se o time não tiver um
minuir um pouco as pretensões dos pau- tusiasmo para esta partida com o Olaria bom lançador no meio-campo para o res-
listas. Mas uma coisa é certa: depois de que não vale mais coisa alguma em termos to do campeonato, dificilmente terá chan-
tantas promessas não cumpridas, se ele fa- de campeonato. ces em relação ao título.
Bolas no o/fo:, tônica das jogadas em São Januário
Logo esse jogo é que
o Vasco foi vencer Illillllllliiilí
<, 111
' '"¦ '
ÉÉHHk
.S
A vitória do Vasco por 1 a 0, ontem à noite,
no Maracanã, não fez justiça ao Bonsucesso. É
bem verdade que Vasco teve maior presença em I^^BB BB B',:'''B''flKflBÍ0^^EÍí^l B^^mB^IBB LB''^^^Bfl
campo, em alguns momentos, mas o Bonsucesso
também apresentou-se muito bem armado e tentan-
do o gol. O fato é que para o Vasco essa partida
não representava nada e para o Bonsucesso era
tudo, pois bastava um empate para sua classifica-
ção, desde1 ontem. Agora ainda faltam os resulta-
dos dos jogos entre Campo Grande x América e jsíjáfiftCs .••:¦:¦•¦.
* ' m
São Cristóvão x Bangu para decidirem a classifi-
cação do Bonsucesso. Por isso mesmo a equipe leo-
^^ ^;p™HP::^":lHÉ
áv , - < * BB
poldinense atuou mais nervosa, principalmente no ¦ ¦¦^^^SISBwBBÈPJ'
início do jogo e no segundo tempo quando o Vasco yÉtó >\l> >, < ,' .*' > .,< ^f^^^^^^^^^^m&mW^W
passou -a atacar mais. __ _,.!, [ ,!SmÈÈ
O gol de Roberto, aos 29 minutos da segun-
da etapa, aproveitando um centro de Haroldo, sur-
giu num momento em que o Vasco estava melhor.
Os jogadores de defesa do Bonsucesso pararam e
que facilitou á ação do atacante do Vasco. Daí
para diante o Vasco desinteressou-se do marcador
e o Bonsucesso não teve mais gás para reagir. Pro-
curou, apenas se defender para não sofrer mais
gols. Mas o segundo tempo foi movimentado e o
jogo agradou mais. Pelo menos até o gol.
Este jogo foi válido pela Loteria Esportiva, ¦^^^/"^ i//--"'--'.^':';-»;;-..-...;
tendo dado coluna UM no jogo dois. Ainda pelo con-
curso foi disputado o jogo número sete, que deu
coluna Um com a vitória do Maringá por l.a 0. ¦™ ¦
^mefex/e: fesé ato &/w\ ͧ|
<-,-,™ ÇuaSantosVumontZ) mm
"^Muítajente
acha quérilo
VASCO
BONSUCESSO
é necessário colocar o
nome e endereço do
é/à
05.370- %p Cosca-Hã
\ M
remetente no envelope. "**i*"J**""" ~~:"' —~-.~^L^Êmmr
ESTÁDIO: SAO JANUÁRIO. Juiz: Nivaldo Santos \.<-f
auxiliado por Manuel Espezim Neto e Mário Lei-
te Santos. E no caso de não existir mais o endereço d<Ç ^ir^S^^Í^^..áo necessário;
que,
VASCO: Andrada; Haroldo, Miguel, Renê e Eberval; destinatário? E se ele tiver mudado^:- . ao exgedir. uma carta, você coloque no versq^p
Suingue e Buglê; Luís Carlos, Roberto, Ferreti e esquecido de deixar seu novo endereço? "sm
Marco Antônio. próprio nome, endereço e número de seu
Também pode ser que vòcêtenha co(petidc^^^^^^^^^gpnto Pc''Jlal.' .',: ,< ¦.-.;.. ''.»•»: ..-\V .,..¦
BONSUCESSO: Pedrinho; Natal, Dutra, Nilo e Ovlan- V
do; Nilson e Silva; Jair, (Fernando), Paulinho, algum engano na hora de endereçá^^^^^^^^^^^g^^^^^MmWmgmmWÊmymsÊÊr $m*ã$ ¦ mm
Picolé (Wiliam) e Jair Pereira. , ¦: fl|B|K, i-} h
São coisas que,;às. ^vezes, acQntecer^Hs^^^^^^^ejgurp do^fecont v ° s **WÊ
GOLS: 2.o tempo: Roberto (29min.) ^^»
RENDA: Cr$ 16.632,00 com 2.740 pagantes. casos, oV;Correios devolvem a;air^aovi®|-)^^^^^RÈi^^^ffl h
liilliili
Complemento da rodada ¦9nm\m W^jmmmmi ^^W^^SÊ^fJM^P*Blil^HllaUnl«linHTm , ' •.
Bangu e São Cristóvão fazem esta tarde, às
dos Correios.verifique também.» :^S'
15h30min, no Estádio Proletário, a partida que
' >, «¦ 'aj?
deve marcar a despedida do Bangu dos jogos ofi- ... .' míwfV
ciais do presente ano. O São Cristóvão ainda pode
a sua classificação, contando com a vi- fea A '{.', •> v. . M
ória de hoje, mas na dependência dos resultados
firetender SlilillIBlBllIi cU Sr V/m. Sr
dos jogos do Bonsucesso e do Campo Grande. Jo- ÍlÍ«ll|llllÍIPIllp 'fío^oflsfa^ ¦¦&& -Anfoniogofisfo %, »¦
sé Aldo Pereira foi indicado como o juiz da par-
tida e as duas equipes já estão confirmadas: Bangu mãyimmmmmámmmm ¦ Sâofbu/o-s.p mr 0/.55-sôo?òu/o-s.p *m * M
Sanchez; Ari, Sérgio, Moraes e Hamilton; Fer-
nando e Alves; Jorge Carvoeiro, Coutinho, Acelino
e Jorge Mendonça. São Cristóvão — Franz; Triel,
Joel, Dias e Madeira; Maranhão e Ivo Sodré; Ne-
tinho, Teia, Jorge e Humberto.
Já sem qualquer chance de classificação, Por-
tuguesa e Madureira, últimos colocados no Cam-
peónato Carioca, vão jogar, às 15h30min, na Ilha
do Governador, apenas para cumprir a tabela. Joel
Cavalcanti Rocha será o juiz e as equipes estão
assim escaladas: Portuguesa — Ubirajara, Miguel,
Washington, Lumumba e Mota; Norival e Lulinha;
Zezinho, Odélio, Paulo Choco e Noé. Madureira
Edson; Ivã, Roberto, Celso e Alonso; Paúra e
Serginho; Paulinho, Carlinhos, Russo e Paulo Cé-
sar.
Amanhã, à noite, em São Januário, Botafogo
x Olaria e Campo Grande x América encerram o
turno.
Independência é vida.
tóror ~ .s/«S)« É amor. É trabalho.
CORREIO DA MANHÃ — Rio de Janeiro, domingo, 23 e 2a feira, 24/4/1972
17
 ®ÉÉfLlL m
" * «SÉ

ü$
Não perca este Fia- Flu:
- HPlffl
ele vale dois títulos
Mais uma vez, o Maracanã estará em festa Em matéria de expectativa, o Flamengo
BISES Hk%$» bsa*
para ser palco de um Fia x Flu histórico. viveu uma semana muito mais calma do que
Repetindo 1966, quando chegaram à decisão da
a do seu adversário. Zagalo não teve
Taça Guanabara, as duas equipes entram em
campo hoje com uma dupla responsabilidade. problemas de escaláção e até a ausência de
Reyes foi esquecida pela boa forma de
Uma vitória significa também o título do Tinho. E o treinador não se esquece do
primeiro turno do campeonato e a certeza velho ardil: seu time nunca é o favorito. O
de já ser finalista na decisão final. Como Fluminense sofreu com a possibilidade de
¦PI Mi V'; - sempre, a guerra de torcidas estará não contar com Lula, mas um teste ontem
presente
mostrando de um lado o barulho e a charanga garantiu praticamente sua presença. Ele
dos rubro-negros e de outro a sofisticação faz um segundo .teste hoje apenas para
confirmar a sua recuperação. O clássico
,, lilSiill dos que se orgulham de ser pó-de-arroz.
começa às 17h e o árbitro sai por sorteio:
A superstição também entra no jogo da Arnaldo César Coelho, José Aragão
íu/o roi oprovodo, depo/s de exigido ao máximo
pelo preparador físico sorte entre Zagalo e o Fluminense. ou Oscar Scolfaro.

Um Flu alegre
Ele nasceu para campeão A intranqüilidade dos últimos dias foi subi-
tamente transformada numa alegria imensa para
i

Apenas com dois anos co-
mo jogador profissional, ele 'im-
já
conquistou vários títulos
portantes inclusive o de tri-
campeão do Mundo: Ele é Mar-
co Antônio Feliciano, lateral
esquerdo do Fluminense, de 21
anos. Apesar de tantos êxitos,
em tão pouco tempo, o seu ob-
jetivo continua sendo ganhar
campeonatos.
A vida de Marco Antônio
no futebol começou cedo, na
ponta-direita do' time treinado
por Dona Gilda, o Sesi, da ei-
dade de Santos. Dona Gilda era
a responsável pelo time dente-
de-leite. Além de ter compra-
do as camisas para os meninos
da Rua Sesi, era ela quem pa-
gava o lanche dos garotos quan-
do o time ganhava, entre eles,
além de Marco Antônio, esta-
yam o seu filho (goleiro) e o
irmão de Marco, José Carlos
Feliciano.
— O mais engraçado é
que
ela me escalou na ponta-direita,
alegando que a minha perna
esquerda era muito fraca, sem
força no chute. Ela costumava
explicar: Quando a bola cair
nos seus pés, levanta a cabeça,
ajeita com a esquerda e chuta
em gol — lembra Marco An-
tônio.
Essa foi a primeira vez
que Marco vestiu a camisa de
um time, em 1958. O Sesi foi
o campeão da cidade e, Marco
Antônio, aos sete anos, era cam-
peão pela primeira vez. Cam-
peão como ponta-direita.
Ernesto, seu companheiro
na Portuguesa Santista, foi quem
o trouxe para o Fluminense.
Numa conversa com Carlos AI-
berto, jogador do Santos, ficou
tudo acertado. Roberto Alva-
renga, funcionário olheiro do
futebol amador do Fluminense,
viajou para Santos com a finali-
dade de observar melhor o fu-
tebol de gente grande do me-
nino Marco Antônio. Bastaram
dois treinos para Roberto tra-
zê-lo para o Rio. Marco ganha-
va 40,00 mensais na Portu-
guesa e aqui passou a receber
mais do que o dobro. Camilo,
jogador profissional do Flümi-
nense entrou na transação.
Em 1968, Marco Antônio
quase volta para Santos. Pinhei-
ro treinava a equipe infanto-ju-
venil do Fluminense e disse que
Marco só ficaria no time se
atuasse na lateral-esquerda.
— O problema é que eu
tinha vindo para ser ponta-es-
querda. O técnico disse que se
eu não fosse lateral não servi-
ria para o time dele. Foi uma
briga danada, da qual me arre-
pendo até hoje. Aí, o Pinheirq
explicou que, como lateral, eu
poderia ir à frente sempre que
quisesse tentar o gol. Por isso,
tudo o que consegui ser, devo
ao Pinheiro. Ele foi muito ba-
cana.
Com Pinheiro no comando
do time, Marco Antônio foi tri-
PAULO CÉSAR PEREIRA
campeão infanto-juvenil, em
1968. A escaláção da equipe do
tri era: Dorival; Mauro, Sérgio
Cosme, Everaldo e Marco An-
tônio; Didi e Lulinha; Sérgio
Roberto, Celso, Aguinaldo e Ce-
linho.
Telê Santana era o seu téc-
nico, agora, nos juvenis. Telê
levou a equipe a disputar o ti-
tulo. E o Fluminense foi cam-
peão, com Marco Antônio.
No final de 1968, Marco
Antônio, teria a sua grande
oportunidade, apenas com 17
anos. O técnico Evaristo, então
responsável pelo Fluminense,
lançou o garoto no time de ei-
ma. O Fluminense ganhou por
2 a 0 do Botafogo e Rogério, a
grande estrela botafoguense, foi
substituído por Zequinha. Era
a primeira vitória conquistada
no meio de gente grande. Marco
Antônio entrou e tomou conta
da posição.
Marco foi campeão muitas
vezes: tricampeão mfanto-juve-
nil (66-67-68); campeão juvenil
(1968); campeão da Taça Gua-
nabara (69); campeão carioca
(69); campeão da Taça de Prata
(I Campeonato Nacional), em
1970; tricampeão do Mundo ..
(1970); campeão da Copa Roca
e do Campeonato Carioca (am-
hos em 1971) e campeão da Ta-
ça Guanabara (1971).
¦, \ ¦¦' rt
{,
todos os responsáveis pelo futebol do Fluminense.
Submetido aos mais rigorosos testes físicos, on-
tem pela manhã, no concentração de Santa Teresa,
Lula teve a aprovação do preparador Carlos Al-
berto Parreira.
; Um dos mais alegres com o fato era o téc-
nico Paulo Amaral. Sorria a cada movimento posi-
tivo do jogador e comentava:
É claro que o Lula vai Com ele, o
time e outro em campo, pois jogar. se trata de uma
peça fundamental para o funcionamento da nossa
maquina.
Lula sempre acreditou em sua recuperação
para o jogo decisivo com o Flamengo e fambém
estava muito contente:
Graças a Deus me recuperei a tempo. Lo-
go eu, que nunca havia ficado de fora de um Fia x
Flu, não podia estar ausente desta decisão.
_ Além disso, comentava-se na concentração que
o jogador tinha um interesse especial em
partiei-
par da partida, para provar ao técnico Zagalo que
possui condições de figurar na seleção brasileira.
O teste de Lula começou às 10 horas. Meia hora
depois, o médico José Rizzo reuniu a imprensa
e deu a notícia, oficialmente:
Ele está recuperado completo. Trei-
nou meia hora e em momento por algum sentiu a coxa
esquerda. Amanhã (hoje) pela manhã ainda terá
que se submeter a um rápido teste, para se saber
a reação de agora. Mas tenho certeza de que nada
sentira.
O teste de ontem foi assistido apenas pelo mé- Rogério, o drible necessário
dico, Paulo Amaral. Cafüringa e o massagista
Ni- ! !:
colau. Carlos Alberto Parreira o dividiu em três
partes. Inicialmente, mandou o jogador aquecer
os músculos. Depois, mandou que fizesse exerci-
Rogério justifica e
cios de abentura e cruzamento das
A úl-
tuna — que forçou mais — constou pernas.
de cinco mi-
nutos de piques dejsubida e descida, na escadaria
da concentração. Lula nada sentiu, em momento
defende seus dribles
algum do teste. '..
Carlos Alberto Parreira considerou o
Um dos jogadores-chave do esquema de Za-
cem por cento, pois não só verificou as jogador

Depois, em 1966, Marco
Antônio viria a conquistar o
seu segundo título, jogando de
na equipe do
ortuários, de Santos. E foi o
fonta-de-lança
artilheiro do campeonato, com
15 gols. Nesse time também
atuava Didi, do Fluminense.
O mais curioso nisso tu-
do é que em cada time eu jo-
gava numa posição totalmente
diferente. Meu pai servia de
gandula dos nossos jogos e tra-
talhava num armazém de café.
Era sempre ele quem devolvia
as bolas que eu chutava para
fora. Quando a bola caía dentro
do armazém, ele ficava furioso
comigo e com o resto do time.
Dizendo, ninguém acre-
dita. Mas eu era ponta-esquer-
da mesmo. O Papa — quem me
revelou para o futebol — apro-
veitou a ausência do lateral pa-
ra me deslocar.
BOLA EM JOGO-
Sj!jS[.;.;':'::; *¦à'ijm*&ymm^- \ i^±
WfW^^^È^^BàmWÊm^L*
•v-y--'è^LmmV'J~''z-^ -i reações galo para o Fla-Flu desta tarde é o ponteiro Ro-
dos demais músculos da coxa esquerda, como exi-
gério. Todo o mundo está preocupado com Pau-
giu o máximo do músculo lesionado. A aprova- Io César, Caio e Doval, os chamados homens de
cao de Lula trouxe a alegria e também tranqüili- goi. Mas Zagalo deu atenção especial ao pon-
dade a toda concentração do Fluminense. O téc- teiro, a quem caberá armar as jogadas ofensi-
nico Paulo Amaral, entretanto, proibiu se dentro da área tricolor. E quem ficou mais
lasse em Fia x Flu, a partir da tarde dequeontem.fa- yas
feliz com tudo isso foi o próprio
A equipe já está escalada, com: Félix; Olivei- Rogério, con-
ra, bèrgio Cqsme, Assis e Marco Antônio; Denilson. vencido de que da sua atuação depende, em
Didi e Silveira; Wilton, Mickey e Lula. Na resrà grande parte, o sucesso das pretensões do Fia-
três ficarão: Vitorio, Toninho, Jair, Ivair, Caiu- mengo a conquista da Taça Guanabara e à ma-
nnga e Mareio. nutençao da condição de invicto no Campeonato
Carioca. r
O convencimento de Rogério,' de maneira
particular, tem toda a razão de ser, porque nin-
Marco Antônio, cam-
peão pelo time de Do-
Um Fia tranqüilo guem mais do que "prendedor
cipalmente, como
ele tem sido criticado, prin-
de bola" e como
n a Gilda (a cim a). ' elemento negativo na agressividade do ataque
Depois, o tricampeo- Rodrigue's Neto não chegava a ser uma dúvi- rubro-negro. Mas o próprio Rogério explica o
nato, no infanto-juve- da real do Flamengo para o Fla-Flu desta que esta acontecendo, esclarecendo a sua manei-
Wèê > nil do Fluminense. Ele Mas era uma preocupação para Zagalo e tarde. ra de jogar e a sua utilidade para o esquema do
rubro-negros. Mas ontem, na Gávea, Rodrigues para os
já jogou nas duas pon- Ne- treinador: ¦
tas. Agora é o lateral to provou que está totalmente recuperado
e que — A maioria dos torcedores tem uma
que possui mais títulos poderá entrar no Fla-Flu em muito melhores con- ima-
aiçoes de que no jogo contra o Bangu, gem completamente negativa a meu respeito.
no futebol.
sua contusão prejudicou o seu rendimento. quando a Modéstia à parte, sei a força do meu drible e,
Liquidado esse problema, Zagalo voltou .a..fa- somente por isso o exploro à vontade. É verda-
zer a apologia da garra de que eu prendo a bola, mas
MÁRCIO GUEDES
do seu time e a insistir no
iaio de que isto será um fator importante
vitoria do Flamengo na decisão de hoje dapara
Guanabara. *
Taça
a
pre tenho dois
quando o faço não
e por enueionismo, mas conscientemente.
nho razoes especiais para isso. Primeira — Esem-
marcadores em cima
enquanto tento o drible, estou dando detempo
mim e
te-

Este título é de suma importância

O primeiro turno do cam-
peonato não poderia apresentar
dois finalistas mais justos. Fia-
mengo e Fluminense, merece-
ram, sem dúvida, a posição que
ocupam e a maior prova disso é
a própria estatística — em dez
partidas, venceram oito vezes e
empataram duas, sem perder
um único jogo.
Em um prazo relativamen-
te curto, os dirigentes do Fia-
mengo já colhem todos os be-
nefícios pelas excelentes idéias
que tiveram no final do ano pas-
sado contratando um craque de
primeira linha como Paulo Cé-
sar, um treinador de sorte e de
nome e conseguindo, através do
novo esquema, recuperar alguns
jogadores, como Doval e revê-
lar outros, como Zé Mário.
Na- balança dos fatos positi-
vos e negativos da campanha
desse ano, os tricolores, com
uma boa ajuda da sorte, conhe-
ceram apenas um lado da meda-
lha — indiscutivelmente o lado
bom. Por exemplo — na pri-
meira metade do campeonato a
agitação política do clube, a
verdadeira conspiração armada
para derrubar um treinador não
impediu que Travaglini, com to-
do o seu talento, pudesse plane-
jar um sistema de jogo que caiu
como uma luva para a equipe.
Quando Travaglini caiu,
temi seriamente pelo Fluminen-
se no campeonato, principal-
mente por causa do bom am-
biente que o treinador tinha
conseguido entre os jogadores.
Mas, apesar de tudo, eles con-
seguiram absorver bem a mu-
dança e mais do que isso, apro-
veitaram totalmente aquilo que
Paulo Amaral realmente tem
para dar e reensinar — o pre-
paro físico. Com o esquema an-
terior mantido e muita veloci-
dade, o Fluminense manteve o
mesmo nível de atuações e por
isso está na final.
Difícil, evidentemente, ar-
riscar um palpite para esse jo-
go. Sob o ponto de vista finan-
ceiro, é lógico que os dirigentes
dos dois clubes devem estar tor-
cendo para um empate e pode-
rem faturar, pelo menos, mais
um milhão de cruzeiros em um
jogo extra para a decisão. E, le-
vando-se em conta o equilíbrio
geral entre os dois times, é bem
possível que não haja vencedor
esta tarde.
Acho que os torcedores do
Flamengo não devem mais te-
mer aquele excessivo entusias-
mo que tem derrubado o time
em várias partidas importantes.
Zagalo já deu ao Flamengo cons-
ciência
'timing"tática e um sentido de
quase perfeito. Os jo-
gadores estão sabendo dosar
suas energias, não só no aspec-
to tático. Eles também sentem
qual o melhor momento para a
explosão, para a decisão e tam-
bém para o chamado recuo es-
tratégico. A defesa está muito
bem, no meio-campo Zé Mário e
Paulo César têm mostrado um
excelente futebol e no ataque
talvez só Rogério ainda esteja
muito discreto, um pouco omis-
so em momentos em que sua
presença poderia ser impor-
tante.
O Fluminense vai em um
mesmo nível, mais ou menos.
Defesa séria, dura, um meio-
campo talvez menos brilhante
que o do Flamengo, mas uma
capacidade ofensiva destacada
principalmente nos pés de Lula.
Um único ponto que deve me-
recer uma certa expectativa pe-
Io lado tricolor — estará Lula
realmente em condições de ren-
der normalmente depois da
• contusão dessa semana? Se essa
resposta for negativa, o Flamen-
go leva uma vantagem difícil de
ser descontada, porque o nosso
Lula reoresenta, pelo menos,
uns 70% do poder de choque
do Fluminense.
Qualquer que seja o cam-
peão, acho que mesmo o time
perdedor não sairá derrotado
hoje. Afinal, nos termos de fu-
tebol moderno, empresarial, só
o fato de chegar na reta final,
ser uma das estrelas de um Ma-
racanã em dia de festa e prin-
cipalmente, sair do estádio com
um faturamento excepcional, já
deve deixar os nossos cartolas
com um amplo sorriso nos lá-
bios.
Flamengo. E tenho certeza de quê os nossospara
o melhor penetração de meus companheiros —à
joga-
dores têm consciência disso e irão se multiplicar
em campo para conquistá-lo, o que não será uma
tarefa tranqüila, porque o Fluminense
está com
um time magnificamente armado e embalado para
tentar o bi.
PRÊMIO, DEPOIS
a noticiar que o Flamengo já ha-
Io milhares de cruzeiros para premiar
res pela conquista da Taça Guanabara
Éamnção do título de invicto no campeo-
nato. Mas os dirigentes rubro-negros, Radamés
Latan à frente, trataram ontem de desmentir tudo
isso:
Não há nehum prêmio estipulado. E
so dizer, com satisfação: nenhum dos nossos pos-
jo-
gadores está preocupado com Isso. O que eles que-
rem é ganhar do Fluminense e conquistar mais um
titulo para o Flamengo. Nem seria necessário
acrescentar que, depois da vitória, o Flamengo
pensar na gratificação, por uma de justi-
ca. Mas. nor enquanto, o que estáquestão
nos preocupan-
do é a vitória.
TIME ESCALADO
Ontem, os jogadores do Flamengo — todos
eles — fizeram treinamento individual e bàte-bola
na Gávea, a título de recreação. O ambiente é de
otimismo sem exagero e Zagalo não tem
qualauer
problema para a escaláção do time, que será o
seguinte: Renato, Aloísio, Fred, Tinho.e Rodrigues
Neto; Liminha e Zé Mário; Rogério, Caio, Doval e
Paulo César.
Para a Regra RI foram selecionados os se-
guintes logadores: Ubirajara Mota, Moreira, Chi-
quinho. Zanata, Arílson e Ademir. Um deles será
hoje liberado. O batedor de pênalti — se algum
tor marcado esta tarde — voltará a ser Paulo Cé-
sar, que promete não perder mais nenhum daqui
Por diante. H
Doval, Caio Paulo César ou Zé Mário —.na
área adversária. Segunda - não adianta
lançar a bola para a área do inimigo sem nada
haja realmente uma oportunidade de que
gol De
çjue serve o lançamento pelo alto, o clássico
"chuveirinhc",
se todo o mundo sabe a de-
fesa contraria vai desmanchar tudo? que O impor-
tante e driblar — para quem sabe, é claro — e
fazer o lançamento-na
hora oportuna, de prefe-
rencia rasteiro, para o companheiro
que estiver
penetrando na área chutar em gol com maiores
possibilidades de sucesso.
Depois de toda essa explicação, Rogério
sou a comentar o Fla-Flu desta tarde e, como. pas-
seus companheiros, demonstrou uma tranqüili-
dade fora do comum e uma confiança tóàbaláj.
vel na conquista do título da Taça Guanabara^
Ele reconhece que o Fluminense é um timè/que.;
tem sua força baseada no entrosamento dos seuV
jogadores e na sua excelente preparação físicaí"'
Mas acha que o Flamengo atual é um time
qúé'v<
pode enfrentar qualquer adversário sem ttemér,;%
porque tem condições para vencer a qualquer;
um. /'
— O Flamengo de hoje é um time
que pra
ticamente joga por música. Cada um de nós sa-.%¦
be, quase sempre, o que o companheiro vaija-
zer. E não há conjunto que tenha mais
garrada,
que o nosso. Entramos em campo para ganhai I
o jogo, e é isso que vamos fazer contra o Flumi'
nense. Não sou cigana para afirmar
que a vitó-
ria são "favas contadas". Mas se a vitória de-
pender do nosso esforço, nossa torcida já pode
começar a comemorar o triunfo. . ;/•;
LINEU DE LAVOR

Repressão e prisões
anuneiam os novos
processos de Praga
anos após a invasão
da Tcheco-Eslováquia por
tropas soviéticas, a repres-
QUATRO são "contra elementos liga-
dos ao governo de Dubcek reacen-
dç-se com vigor. A condenação de
Jiri Lederer foi apenas o inicio de
mais uma série de processos poli-
ticos em Praga, o que desmente
anteriores afirmações de Husak.
Através do Le Monde, Vercors
"Silence de Ia Mer")
(autor do
protesta^ e lembra com tristeza a
responsabilidade do Partido Comu-
nista Francês. Sobre o assunto, a
Revista Politique Hebdo publicou
o artigo "Até onde irão"?, que
transcrevemos a seguir:
.;. A caça às bruxas está aberta
na Tcheco-Eslòváquia. Uma repres-
são cada vez mais pesada cai sobre
os amigos de Dubcek e partidários
da "primavera de Praga", que es-
tavam vivendo no país, ocupado pe-
lo Exército Vermelho, para tentar,
com meios cada dia mais limitados,
um combate cada dia mais difícil.
Assim como em dezembro e
janeiro, uma onda de prisões atin-
giu, no início de fevereiro, inúme-
ras personalidades que, graças ao
renome que possuíam haviam sido
poupadas. Foram presos os histo-
riadores Karel Bartosek e Karel
;Kâplan, o antigo secretário do Co-
mitê do Partido Comunista de Pra-
ga, Jiri Litera, (muito conhecido
nos meios científicos), Jiri Hoch-
man, ex-redator-chefe de Repórter
(órgão da União dos Jornalistas da
Tcheco-Eslováquia, fechado em ..
1969 por ordem das autoridades
soviéticas) e um outro jornalista,
Wtoõlmir Nepzas.
Sob vigilância da Polícia, após
terem sido soltos, estão os filósofos
Karel Kosik e Sochar, o jurista
Frantisek Chamalik e Richard
Slansky. Este é filho de um antigo
secretário-geral do PC, preso em
1952 com dez outros líderes, con-
denado à morte e executado após
um processo marcado por "confis-
soes" que Arthur London demons-
trou, num livro de grande reper-
cussão, seus sinistros mecanismos.
A era dos "grandes processos"
contra os opositores vai se abrir de
novo? O jornalista Jiri Lederer já
foi condenado por um tribunal de
"anos
Praga a dois de prisão por ter
"difamado os representantes
de um
país aliado"; na verdade, por ter
dirigido contra Gomulka, em abril
e maio de 1968, através de vários
artigos no jornal da União dos Es-
critores (Literarni Listy), várias
críticas que hoje são feitas oficial-
mente em Varsóvia.
' • Além disto, os intelectuais e
militantes presos recentemente ou
no final de janeiro, como o ex-rei-
itor da Superior Escola Política do
PC, Martin Huell, comparecerem à
justiça sob a acusação de ter redi-
gido e divulgado, não somente pan-
ifletos subversivos", mas também
um jornal clandestino de oposição.
Jiri Hochman
Atualmente com 44 anos, já
esteve exilado. Após a libertação,
CORREIO DA MANHÃ — Rio de Janeiro, domingo, 23 e 2a feira, 24/4/1972
• m,
em 1945, foi inicialmente marce-
neiro, entrou para a Imprensa após
terminar um curso de Economia.
Seu primeiro emprego como jor-
nalista foi no Obram Lidu, órgão
do Exército, onde dirigiu o serviço
de política estrangeira. No final
dos anos 50, passou para o Rude
Pravo, órgão central do Partido Co-
munista tcheco-eslovaco, como re-
dator especializado em política in-
ternacional; em 1967 foi para o se-
manário da União dos Jornalistas
Tcheco-Eslovacos, o Repórter. Foi
lá que, como redator-chefe, condu-
ziu os mais rigorosos combates pe.
Ia "primavera de Praga". Expul-
so'do PC em 1969, foi obrigado a
trabalhar como serralheiro numa
pequena cidade, apesar de estar
gravemente tuberculoso. Sua mu-
lher, universitária, ganha a vida
como camponesa. Jiri Hochman é
autor de um romance satírico, "Je-
leni Brod", que acaba de ser publi-
cado em tcheco, na Alemanha Oci-
dental.
Milan Huebl
Especialista em História con-
temporânea, notadamente na dos
Estados socialistas. Realizou vários
estudos sobre o grupo de intelec-
tuais progressistas eslovacos DAV
e, no fim dos anos 50 e início dos
60, destacou-se na luta pela liber-
tação dos dirigentes do Partido Co-
munista Tcheco-Eslovaco acusados
e condenados em 1952 por "nacio-
nalismo burguês" (em especial,
Gustav Husak). Professor nà es-
cola superior do Partido Comunis-
ta Tcheco, tornou-se reitor em
1967. Foi um dos mais próximos
colaboradores de Alexandre Dub-
cek. Tem atualmente 45 anos.
Karel Bartosek
Também historiador, tem 41
anos. É filho de uma família ope-
rária de Skuteo (Morávia), cidade
proletária próxima a Gottwaldow.
Em 1948, como filho de militante
(sua mãe era membro do PC des-
de o início da guerra), entrou pa-
ra a universidade; depois, cursou o
Instituto de História, dedicando-se
ao período contemporâneo, espe-
cializando-se no estudo da Segunda
Guerra Mundial. Em 1959 publi-
cou seu primeiro livro, sobre "a
insurreição eslovaca".
Nos anos 60 participou, com
Karel Kaplan, diretor daquele Ins-
tituto, da análise dos crimes do pe-
ríodo stalinista. Colaborou na "Li-
terarni Listy" e participou, desde
o início (1963) do movimento dos
intelectuais contra o obscurantismo
de Novotny. Em. 1968, era um dos
membros ativos do "primavera",
colaborando notadamente no Re-
porter. Quando da invasão, garan-
tiu, com outros, a sobrevivência da
rádio livre tcheco-eslovaca, contri-
buindo assim para a resistência aos
soviéticos. Demissionário do PCT
em 1969, está desempregado desde
junho de 1970: o Instituto de His-
tória Contemporânea foi pura e
simplesmente fechado.
nexo
ES^sm^ae^BBBBBHBBBBBBaBBBBBBBBBlWt
Domingo Maldito,
masculino, singular
llllllllllllllllllllllpiiiiii
!B':':':':':':'K':::'i::fí::í||^^;i^||^^|i
mxyMMMÊMyyysmym
MACHISMO já justificou
as mais estranhas con-
O versões alquímicas na
literatura nacional; um
sutil ir-buscar tradição nas
canções heróicas medievais,
exemplo, fez com que
Êoriadorim — durante tantas
páginas de Grande Sertão:
Veredas um audaz ativista do
Gay Power — fosse transfor*
mada por Guimarães Rosa nu-
ma providencial e abençoada
moça; os fartos bigodes impe-
ram em nossos romances, e
por isso Lúcio Cardoso não
conseguiu ser realmente um
grande escritor: a insistência
em não misturar vida parti-
cular e literatura fez com que
ele fosso até o fim mais per-
sonagem que autor, já que, no
último caso, sua literatura foi
sempre na base da bruma, ve-
lada demais, cheia de miste-
riosas mulheres que mais pa-
reciam o próprio Lúcio com
um véu negro sobre o rosto.
E em matéria de rosto velado,
há uma verdadeira multidão
perambulando pelos romances
de Octavio de Faria — o
imortal — cheios de pecadores
que acabam com a cara mergu-
lhada na lama da sarjeta.
Portanto, a julgar pelos
fartos bigodes, uma coisa é
certa: o homossexualismo, em
nossa literatura, não tem vez
— talvez por ser ele um pro-
blema considerado maldito
até mesmo pelos escritores
gay. É por isso que Gasparino
Damata, ao organizar a anto-
logia Histórias do Amor Mal-
dito, acabou inimigo de mui-
ta gente: descobriu até um
Filho Padre de D. Sinhá, em
livro de Gilberto Freire, que
andou desmunhecando em Pa-
ris, e foi, afinal, processado
por Autran Dourado, que es-
creveu um conto maldito —
umà senhora se apaixona por
outra senhora —, mas jura
até a morte que isso não tem
nada a ver com o tema da
antologia de Damata.
Estados Unidos
A questão gay é hoje far-
tamente discutida. Nos Esta-
"¦"• BBBHC)C4&.-&
dos Unidos, hoje em dia o
país tubo de ensaio para todas
as experiências, ela já chegou
ao Congresso, e de vez em
quando vai às ruas de Was-
hington, onde os rapazes des-
filam com faixas que dizem,
"nós
"nossosomos vinte milhões", e
prazer é melhor". Em
San Francisco, os meninos fo-
ram capazes de eleger um
prefeito, e é lá que eles pu-
blicam a revista mais badala-
da da classe, One, onde, em
vez de retratos de halterofi-
listas semidespidos, se encon-
tram seiíssimos artigos de Ja-
mes Baldwin, Norman Mai-
ler etc.
A oposição que um movi-
mento desse tipo encontraria
nos países onde os homens
usam vastíssimos bigodes ne-
gros é flagrante, pois os rapa-
zes-do Gay Power só não admi-
tem em suas fileiras uma coi-
sa: alg"ém que se romnr-vte
como Dener — o que eles
consideram por demais abjeto.
Aqui, ao contrário, o homos-
sexual sobrevive apenas se for
aquilo, e lá onde ele deve es-
tar: por trás da máquina de
costura, ou da bancada de ca-
beleireiro, e com todos os tre-
jeitos que funcionam como
uma espécie de senha para a
sua aceitação pelos outros.
O filme feito
E é por causa desse enor-
me nariz-de-cera que Domingo
Maldito chega ao Brasil em
uma versão muito especial.
Quanto às intenções do diretor
desse filme que a Europa viu
com o maior entusiasmo, nin-
guém tenha dúvidas: desde
Darling, Schlesinger mostrou
interesse pela sorte dos "soli-
tários da esquina". Este inte-
resse cresceu em Perdidos na
Noite, onde a amizade de John
Vqigt-Dustin Hoffman" r>ãu
deixava margem a dúvidas,
mas terminava com um dado
que justificava toda a trama.
Um deles morria, e segundo o
código secreto e jamais escrito
que rege a leitura dos filmes,
\
morte no fim quer sempre di-
zer castigo.
Agora, no entanto, os da-
dos são outros: Daniel Hirsh
(Peter Finch), judeu e homos-
sexual — duas coisas que abso-
lutamente não combinam, se-
gundo Moisés —-, mantém um
caso com um jovem artista,
Bob (Murray Head). Este, sem
deixar de amar o médico, e ne-
cessitar dele inclusive fisica-
mente (estamos falando da ver-
são original), mantém um ca-
so com uma senhora divorcia-
da Alex Greville (Glenda Jack-
son). A câmara oscila, durante
o tempo em que se passa o fil-
me, entre Daniel e Alex, mos-
tra que os dois são pessoas
normais, capazes de armar um
dia-a-dia rotineiro aue os ^z
sobreviver, mesmo numa cida-
de cheia de neuroses como é
Londres, ou Nova York, ou o
Rio. Schlesinger repete aqui
Midnight Cowboy, e utiliza a
cidade como painel. Uma se-
oiiêpcia muito chn^nti é
aquela em que Peter Finch en-
tra numa farmácia e encontra
dezenas de rapazes e moças —
a turma do pico — esperando
a hora de comprar a droga (pa-
rece que em Londres ela é ven-
dida a quem apresentar na
farmácí-t uma certidão de que
é viciado).
Durante toda a semana em
que se passa o filme — começa
numa sexta-feira à noite, e ter-
mina no domingo da outra se-
mana — não ocorre nenhum
drama, os atores não têm direi-
to a nenhuma grande cena, a
vida em nenhum momento sai
de sua rotina. É assim que Bob
decide ir para a America e
abandonar os dois amantes,
pelo menos provisoriamente. E
o filme, cujo personagem prin-
cipal é o clima dentro do qual
o diretor o orientou, termina
com um discurso de Peter
Finch, olhando a câmara e di-
zendo aos espectadores que
aquela foi uma experiência mui-
to boa para ele: "Vocês podem
pensar que estou doente, mas,
ao contrário, nunca me senti
tão bem."
ummmmim*mimmmmwmium
Para o brasileiro uma
relação homossexual
pode ser natural?
A resposta de
Aguinaldo Silva é
negativa, que usa como
argumento a nossa
literatura e os cortes
que Sunday, Bloody
Sunday (filme de
Schlesinger, o mesmo
diretor de Perdidos
na Noite, que foi
apontado pela crítica
internacional como um
dos melhores do ano
passado) teve de
sofrer para virar
Domingo Sangrento.
AGUINALDO SILVA
Na versão que o Caruso
. Copacabana, um cinema de
quarta categoria, exibe ao pre-
ço de Cr§ 8,00 acontece exata-
mente o contrário: Peter Finch
termina numa tremenda fossa,
apalermado, olhando a câmara
de frente, sem dizer uma pala*
vra e abrindo — em seguida a
um corte providencial — um
sorriso amarelo, que sugere a
mais dolorosa culpa. Isso tudo
depois de terem sido cortadas
todas as cenas que sugeriam
uma intimidade maior entre
ele e Murray Head (há uma
delas, um beijo, que qualquer
maior de 14 anos podia assistir
nos cinemas franceses. Per*
guntado pelos jornalistas por-
que fizera a cena, Finch decla*
rou numa entrevista: "Eu a fiz
pela Inglaterra.").
Parece que o drama todo
em torno do filme é que ele
apresenta, de maneira muito
digna, uma ligação gay; com
isto, afirma que é possível uma
ligação gay e digna, afirmação
que provoca um súbito e irre-
versível crescimento nos bigo*
des negros dos nossos machões.
Parece que todos esqueceram
um dado muito importante: o
filme de Schlesinger não é so*
bre uma ligação homossexual,
mas sim, sobre algumas pessoas
que sua câmara apanhou nas
ruas de Londres. A preocupa-
ção doentia com deterrninados
assuntos faz com que a nós che-
guem apenas os restos, portan-
to, do banquete cultural.
Peter Finch, por ter ousa-
do ser judeu e homossexual
num filme, foi o melhor ator
inglês do ano, e quase-ganhou
o Oscar. Isto é muito inquie-
tante. Por isso, aconselho a tur-
ma do "bigodon" a ligar cor-
rendo a televisão no próximo
domingo, em busca de Dener:
no vídeo, lembrando um cena-
rio de ópera em ruínas, o cos-
ttireiro parece repetir a cada
instante uma frase de Raul Cor-
tez, em Os Rapazes da Banda:
"Me aponte uma bicha
feliz e
eu lhe mostro uma bicha mor-
ta."

VENEZUELA/ENRIQUE MONTEVERDE
Colonialismo no Caribe
ARUBA
BONAÍRE
CURAÇAO
wãmm^mlTn,
Caracas — As Antilhas Holan-
desas constituem um arquipéla-
go de seis ilhas que, em coríjun-
to, têm 218.000 habitantes. Tra-
ta-se talvez do último cenário
latino-americano onde se desen-
volve uma luta colonialista. O
país está formalmente deixando
de ser uma coiónia, mas certa-
mente vai incvrporar-se à área
de influência de alguma minipo-
tência da zona.
Do ponto de vista político e
econômico apenas três das seis
ilhas têm importância: Curaçau
(145.000 hab.), Aruba (60.000
hab.) e Bonaire (8.000 hab.). É
fundamentalmente na primeira
onde se resolve o destino co ' ilhas com a Venezuela é quase
mum. Além de ser o maior cen
tro habitacional, Curaçau tem
uma grande refinaria, que pro-
cessa a maior parte do petróleo
venezuelano, e é a sede do go-
verno. Aruba. Bonaire San Mar-
tin, San Eustáquio e Sabá são
pequenos paraísos turísticos de
' No momento o ministro de
porto livre.
. A "presença" venezuelana na
zona deve-se a causas históricas
e econômicas. Mas Caracas tem
o maior empenho em minimizar
sua influência, o que nas Anti-
lhas é interpretado como' uma
maneira de encobrir intenções
hegemônicas.
Pouco antes da última viagem
de Aristides Caivani, chanceler
venezuelano, a Curaçau, o côn-
sul daquele país nas Antilhas de-
clarava: "A visita do nosso Chan- que quando st- trata de preen-
celer vem reafirmar os sólidos
vínculos de amizade que existem
entre as Antilhas e a Venezuela
e evidencia mais uma vez os
conceitos de soberania e justiça
social internacional caracterís-
ticos da atual política exterior
venezuelana."
A primeira pergunta que o
próprio chanceler teve de res-
ponder à Imprensa, na chegada,
foi a seguinte: "Poderia a Vene-
zuela assumir a liderança na
área?" Disse o ministro: "Nós
acreditamos que os países são
livres para escolher sua própria
forma de vida e seu destino. A
Venezuela respeita os princípios
de não intervenção. Minha visita
é de amizade e solidariedade,
nada mais."
A resposta esiá perfeitamen-
te ajustada aos princípios gerais
da diplomacia venezuelana no
campo político. Poucos dias
antes. Caldera havia aproveitado
a visita do Presidente Lanusse
para defender e reafirmar essas
posições, a propósito de preten-
sas aspirações hegemônicas por
parte do Brasil. Mas como entre
o céu e a terra há muito mais
do que filosofia c declarações de
princípios, é muito provável que
a Venezuela venha a exercer
uma espécie de tutela preventi-
va sobre as ilnas, mesmo que
isso não chegue a ficar estabele-
cido como propósito político cia-
ro. E isso pode acontecer pelas
seguintes circunstâncias:
1) O petróleo venezuelano é
vital para a economia de Cura-
çau. A refinaria emprega direta
ou indiretamente uns 8.000 ope-
rários, constituindo-se na mais
importante fonte de empregos e
AMERICA LATINA
de mobilização econômica. A
Venezuela, por sua parte, tem
um verdadeiro interesse estraté-
gico na zona em qué se processa
o seu petróleo A paralisação da
refinaria produziria em conse-
qüência um deslocamento grave
na indústria petrolífera vene-
zuelana. fonte dos recursos fun-
(lamentais que sustentam o con-
junto dá economia do país.
2) As Antilhas representam
para a Venezuela uma das vál-
vulas de escape de sua econo-
mia. toda.vez que ocorre uma
ameaça de estrangulamento so-
bre sua indústria e sua agricul-
tura. É comum encontrar-se na?
ruas de Wilfeinstad vendedores
ambulantes e lojas vendendo
frutas, hortaliças, peixes e ou-
tros alimentos, vestimentas e ar-
tigos diversos fabricados na Ve-
nezuela. Paralelamente, também
uma boa parte do comércio • das
ilhas se mantém através do in-
cessante fluxo de venezuelanos
que viajam em busca de artigos
exóticos mais baratos, sem os
impostos aduaneiros. Atualmen-
¦te a Venezuela grava a importa-
ção de artigos adquiridos nas
ilhas com uma taxa equivalente
a 30 por cento de seu valor, mas
logo que perci vigência defini-
tivamente o Tratado de Recipro-
cidade Comercial com os Esta-
dos Unidos, essa taxa será re-
duzida consideravelmente.
3) A vinculação cultural das
exclusiva. Os antilhanos rece-
bem emissão do canal de televi-
são-do Estado venezuelano e
apenas as rádios desse país po-
dem ser captadas rias freqüêh-
cias normais. Somente as com-
panhias aéreas venezuelanas
realizam vôos regulares diários,
que cobrem o trajeto Cara-
cas—Curaçau—Aruba
e Bonaire
através de modernos jatos com
capacidade para 85 passageiros.
Um dos maiores problemas
com que se defrontam as ilhas
entre si e que dificultam suas
relações com o resto do mundo
é o desnível em seu grau de de-
senvolvimento relativo. Cura-
çau exerce uma espécie de impe-
rialismo .interno sobre as restan-
tes. Em Oranjestad afirma-se
cher cargos- na administração
pública, por exemplo, os habi-
tantes de Curaçau reivindicam
para si títulos especiais. "Isto
não pode continuar assim" —
diz qualquer operário em Aruba
— "Nós também estamos
prepa-
rados para o trabalho". Atual-
mente a situação está contorna-
da por um certo equilíbrio que
a administração colonial se es-
força em manter, mas se as as-
pirações nativas forem adiante e
a Holanda resignar-se definitiva-
mente a abrir mão das ilhas, a
rivalidade poderá tornar-se ex-
plosiva. A tendência separatista
se faz sentir iá nos planos for-
mulados para a situação poste-
rior à independência. Curaçau
pretende constituir uma Repú- •
blica unitária enquanto que Aru-
ba prefere uma Federação de
estados autônomos.
Inclusive por sua posição geo-
gráfica e de seus vizinhos no Ca-
ribe, as Antilhas são importan-
tos para a Venezuela. Os milita-
res deste país pur exemplo colo-
cam o problema em termos de
segurança física* se as Antilhas
caíssem em mãos de um gover-
no revolucionado esquerdista —
temem eles — a Venezuela cer-
tamente teria de enfrentar de-
sembarques clandestinos em
suas praias com bastante fre-
qüência.
Por tudo isso a atitude de Ca-
raças diante das Antilhas pare-
ce já claramente delineada: ter
muito tato para evitar a impres-
são de ingerências provocativas,
mas, simultaneamente, estreitar
os já fortes laçcs culturais e
econômicos, de modo a eviden-
ciar inequivocamente a presen-
ça venezuelana na área.
COKREIO DA MANHÃ — Rio de Janeiro, domingo, 23 c 2a feira, 24/4/1972
PERU/ALBERTO CARBONE
— Há um pecado po-
líüco que o governo pe-
LIMA ruano não perdoa: que
se fale de discrepâncias
internas nas Forças Armadas ou
se estabeleçam tendências entre
os integrantes da equipe minis-
terial. À unidade institucional é'
a garantia do regime. Por isso
constitui um objetivo que deve
ser defendido e não discutido,
malgrado as inevitáveis diferen-
ças de critérios que sempre
acompanham o exercício do
poder.
Por mais que tivesse sido
apresentadas como simples de-
cisões administrativas, na maio-
ria das substituições ministe-
riais, pôde-se perceber a exis-
tência de discrepâncias
quanto
a ênfase ou ritmo na aplicação
da política revolucionária. Do
primeiro Gabinete que prestou
juramento em 3 de outubro de
1968, resta apenas o Primeiro-
Ministro, General Ernesto Mon-
tagne. Mas sua permanência no
cargo pode ser considerada
mais como resultado da buro-
cracia militar do que como um
sintoma de êxito e poder poli-
tico. Seus dias como premier es-
tão contados, já que até o fim
do ano deverá entregar o cargo
ao novo comandante geral do
Exército.
Até há alguns meses,
sempre que se queriam desço-
brir "alas" ou tendências no go-
verno peruano, indicava-se o
General Montagne como porta-
voz de um setor "moderado" do
Exército, que se contrapunha
aos coronéis e generais jovens,
radicais e impacientes. Mas ago-
ra a iminência de sua transfe-
rência para a reserva colocaram-
no fora do jogo. Não há dúvida
de que o comandante-geral teve
influência nas demissões e no-
meações, por mais.que existam
normas muito claras e concretas
para os critérios de seleção. Por-
tanto, era fácii supor que o co-
mandante-geral reunisse as con-
dições necessárias para ser o
núcleo <íe uma tendência que se
agrupasse em torno dele.
Mas nas suas atuais condi-
ções, a um passo da reserva, sua
atuação tem um peso apenas re-
lativo e quanto mais passam os
dias, mais seu sucessor vai ad-
quirindo importância e influên-
cia. Esse sucessor já foi escolhi-
do: será o General Edgardo
Mercado Jarrin, que, até dois
meses atrás, era chanceler do
regime e desde janeiro é o che-
fe militar mais importante den-
tro da estrutura do governo re-
volucionário das Forças Arma-
das.
Estrutura do Poder
Para compreender a futura
importância política do General
Mercado Jarrin e analisá-la em
EQUADOR/MARCO ORDONEZ
O impacto do petróleo
— Em 1971 constituí-
ram-se 43 novas empresas in-
dustriais com uma inversão
QUITO total de 843 milhões de su-
crês. Esse número indica um grande
dinamismo das Inversões no setor,
com um aumento de 677 milhões de
sucres, em relação ao ano anterior,
em que o montante dos capitais des-
tinados à Indústria atingiu apenas o
total de 166 milhões, distribuídos en-
tre 32 novas empresas.
O aumento das inversões parece
dever-se a dois fatos fundamentais.
Em primeiro lugar, à modificação da
lei de fomento Industrial pela qual
foram agora restabelecidos os Incen-
tivos. em especial a eliminação do im-
posto de renda sobre as relnversões.
que haviam sido eliminados com as
reformas introduzidas em maio de
1970, nessa mesma lei. Em segundo
lugar devem-se mencionar as deman-
das de capital no setor do petróleo.
Chama a atenção o fato de que o
aumento da inversão tem lugar ape-
sar dos fatores adversos que atingi-
ram a economia nacional durante es-
se período.
Germânico Pinto, presidente da
Câmara de Industriais de Plchlncha,
declara em relatório que um fator de-
terminante para o desenvolvimento
industrial foram as reformas à lei de
O Poder Militar
relação com as tendências que
se podem perceber dentro do
regime, é necessário chamar a
atenção para as fórmulas me.-
diante as quais o Exército, á
Marinha e a Aeronáutica exer-
cem o poder político.
.Quando se deu o golpe que
derrubou Fernando Belaúnde
Therry, reuniram-se, em Lima,
os Generais de Divisão, chefes
cias diferentes regiões militares.
Depois de deliberarem durante
sete horas, foi anunciada a for-
mação do primeiro gabinete mi-
nisterial do novo governo, inte-
grado em sua maioria pelos
mencionados titulares das re-
giões militares. 'vista
À primeira parecia mes em caracterizá-lo como o
que os coronéis e o grupo de setor mais radical das Forças Ar-
generais, que haviam dado um
golpe preparado durante vários
anos, estavam entregando o go-
verno aos generais mais antigos
dos comandos regionais. Adver-
tia-se que essa integração asse-
gurava a unidade de todas as
forças do Exército, garantindo o
novo regime. A presença dos
chefes da Aviação e da Marinha, . buído
embora menos expressiva em
"institucionalizava", comandantes-gerais constituem
quantidade,
em nome das Forças Armadas,
a composição da dinâmica ad-
ministração.
Mas é evidente que essa
unidade institucional do come-
ço tinha de gerar inevitáveis dis-
crepâncias posteriores, pois não
se podia esperar critérios total-
mente coincidentes de uma
equipe cuja composição era tão
circunstancial. Ocorre que, no
quadro analístico dos observa-
dores, faltava um elemento de
juízo importante: os coronéis e
generais que haviam dado o gol-
pe não iam entregar realmen-
te todo o poder.
Um discreto organismo, o
COAP (Comitê Assessor da Pre-
sidência) tinha sido criado, com
atribuições extremamente origi-
nais,. pois estava investido de
prerrogativas que lhe permi-
tiam atuar como um "filtro" das
decisões do Conselho de Minis-
tros. Nenhuma lei pode sequer
ser discutida se antes não pas-'
sou pela aprovação do COAP.
Os coronéis e generais que inte-
gram esse organismo aprovam
a agenda do Conselho de Minis-
tros, discutem os projetos antes, •
remetem-nos ao Gabinete e, fi-
nalmente, fazem uma revisão do
texto final das leis e decretos.
Um verdadeiro parlamento.
Entre o COAP e o Cons>;-
lho de Ministros, além disso, há
uma diferença substancial, im-
portantíssima: enquanto o pri-
meiro está constituído por che-
fes militares no exercício do co-' acreditam, entretanto,
mando de tropas, colocados em
unidades-chaves (como a Divi-
são de Tanques, por exemplo),
os prestigiosos generais que
fomento de junho, de 1971, que vie-
ram devolver alguns dos Incentivos
fiscais suprimidos em maio de 1970.
A legislação favorável foi obtida em
boa parte graças aos esforços da Câ-
mara de Industriais, que trabalhou
com grande empenho para que o re-
gime anterior Introduzisse as refor-
mas que, basicamente, concedem a
exoneração do imposto de renda so-
bre a reinversão de lucros. Outra das
modificações obtidas pela entidade foi
a criação de Certificados de Abono
Tributário para a exportação de ma-
nufaturas. num montante que oscila
entre 7 e 15 por cento do valor da
exportação.
Inflação de petróleo
Pinto acredita que o desenvolvi-
mento da indústria adquirirá carac-
terlsticas peculiares, logo que o pais
inicie a exploração petrolífera. Isso'
porque o petróleo vai gerar uma de-
manda adicional justificando, em
muitos casos, a criação de novas in-
dústrlas. que até o momento não se
estabeleceram por falta de mercado.
Adverte ao mesmo tempo o grave pe-
rlgo que poderia representar a de
manda gerada pelo petróleo, se o Es-
tado não tomasse as medidas adequa-
das para fortalecer ao máximo os se-
constituem o Conselho de Mi-
nistros só têm comando direto
sobre seus respectivos Miriisté-
rios. Vale dizer, uns represen-
tam as Forças Armadas em
exercício, outros a cúpula da ad-
ministração pública. Embora a
dinâmica de administração
possa permitir que alguns mi-
nistros imprimam um toque
pessoal à sua atuação no pro-
cesso revolucionário, a verdade
é que as leis, tendências e de-
cisões fundamentais estão sem-
inspiradas no COAP.
pre
É por tudo isso que o
COAP, desde o primeiro mo-
mento, constitui-se num dos nú-
cleos decisivos no regime perua-
no. Os observadores são unâni-
madas e em atribuir-lhe um pa-
pel fundamental na sustentação
do General Velasco Alvarado.
Ação do poder
Paralelamente, um peso po-
lítico estimável deve ser atn-
ap Comando-Geral de ca-
da uma das três Armas. Os três
o organismo que, no papel, é a
suprema autoridade do país: a
Junta Militar Revolucionária,
sempre presidida pelo coman-
danfe-geral do Exército, com fa-
culdade para nomear o presi-
dente e ratificar os nomes dos
ministros. Em uma das crises
ministeriais mais importantes e
significativas, a que precipitou
a queda do ex-ministro da In-
dústria e do Comércio, foi deci-
sivo o papel da Junta Militar.
Ela pediu a renúncia de todo o
gabinete, e depois de uma in-
tensa discussão, ratificou os no-
mes de todos os seus integran-
tes com exceção de três, entre
os quais se encontrava o Contra-
Almirante Jorge Dellepiane.
Economia e Finanças, General
Francisco Morales Bermúdez, é
um dos homens-chave e prova-
velmente o núcleo de um setor
que tem uma fórmula moneta-
rista para estimular o desenvol-
vimento econômico do país, e
que considera impossível obter-
se esse desenvolvimento sem a
contribuição do capital estran-
geiro. Seu êxito recente na reu-
nião, com os credores da dívida
externa -, o chamado "Clube
de Paris" -—, onde conseguiu
obter 780 milhões de dólares
para financiar o ambicioso pia-
no qüinqüenal, reforça sensível-
mente sua posição e atendên-
cia que coloca como primeira
prioridade a obtenção e a garan-
tia de um clima propício para as
inversões. Muitos observadores
que a
reafirmação dessa linha possa
significar um. certo recuo nó
aprofundamento das transfor-
mações revolucionárias.
tores produtivos, especialmente a agri- cha dá a conhecer cs êxitos alcança-
cultura, a pecuária e a indústria, poia dos pela Indústria no Pacto Andino.
estes poderiam nfio estar em condi-
ções de propiciar o correlativo au-
mento na oferta de bens, tornando-se
então necessário recorrer às Importa-
ções para 6uprlr o déficit de abaste-
cimento. Considera o Industrial, que
o problema é grave e o perigo, real.
desde que não se tomem . as provi-
dências adequadas paxá que o pais
possa superar esses problemas, evi-
tando cair no esquema dos palse3
dependentes do petróleo, que 6e tor-
naram exclusivamente produtores des-
sa riqueza e descuidaram-se por com-
pleto dos setores produtivos, passan-
do a Importar a quase totalidade dos
bens de que necessitam.
E insiste: as divisas a serem obtl-
das pelo Equador através da explora-
ção do petróleo devem ser utilizadas
no fomento ao desenvolvimento nacio-
nal e na criação de fontes de traba-
lho permanentes. O petróleo é um
recurso perecível e, portanto, a rique- do Equador. Mas uma ação conjunta
za que dele se obtenha deve ser cui- ' do governo e dos empresários conse-
dadosamente empregada no fortale-
cimento dos setores de produção.
Pacto Andino
No mesmo relatório o presidente
da Câmara de Industriais de Pichin-
La Opinion
Em síntese, é possível afir-
mar que a declinante influência
do premier Montagne será mes-
mo substituída por uma linha
brilhante, que tem seu maior
defensor no ex-Chanceler Mer-
cado Jarrin, um homem enérgi-
co, de imaginação, adepto do
Terceiro Mundo, que se mante-
ve durante três anos na direção
da política exterior, sempre ca-
pitalizando triunfos e sem ne-
nhuma derrota, e que certamen-
te haverá de introduzir no exer-
cício de suas novas funções a
maior influência política possí-
vel.
Junto a ele estão os radi-
cais do COAP e os ministros
mais chegados a esse organismo,
entre os quais se destacam, niti-
damente, o das Minas e Ener-
gia, General Jorge Fernandez
Maldonado e o chefe do "Siste-
ma Nacional dè Apoio à Mobili-
zação Social" (Sinamos), Gene-
ral Leônidas Rodrigues, que es-
tá encarregado de orientar o
apoio civil ao regime através do
organismo citado e que é cori-
siderado pelos opositores como
o futuro "partido" do regime.
Todo esse setor político
apóiá decisivamente o Presiden-
te Velasco Alvarado, que, aliás,
tem — quanto a isso não há dis-
crepâncias ~ uma sólida posi-
ção dentro da estrutura do go-
verno militar.
Do lado oposto desse mes-
mo caminho revolucionário es-
tá — ou deverá estar — o Ge-
neral Morales Bermúdez, que
coloca em primeiro plano o de-
senvolvimento econômico — e
através desse as inversões — e
que tem sido objeto de veladas
críticas por parte da maioria dos
civis que acompanham as ativi-
dades do governo militar.'
O petróleo, que foi o pri-
meiro êxito político do regime,
com a expropriação das jazidas
da Standard Oil, e que consti-
tui o motivo mais notório do
otimismo econômico, parece
ainda não haver gerado uma
influencia decisiva. Mas seu
potencial é tão grande como
afirmam os técnicos e assesso-
res da Petroperu (" em três
anos, superaremos em volume o
Equador; em cinco, a Venezue-
Ia; e em dez anos estaremos
produzindo tanto petróleo quan-
to a União Soviética e os Esta-
dos Unidos"), é indiscutível que
o que seja determinado com re-
lação ao petróleo terá de reper-
cutir sensivelmente nas linhas de
ação econômica e política inter-
nas. Não é em vão que cem
• anos da história latino-america-
na foram vividos à sombra do
"ouro negro".
Declara que é altamente satisfatória
e positiva a reação dos Industriais
diante das possibilidades de aprovei-
tamento das concessões do mercado.
Os empresários desenvolveram uma
ampla atividade para colocar seus
produtos. Somente a Indústria de
Plchlncha. segundo seus próprios da-
dos, exportou em 1971 manufatura»
num valor total de dois milhões de
dólares, exclusivamente para os pai-
ses da região, apesar das restrições
Impostas pelas outras partes e que vi-
savam enfraquecer as vantagens que
o Equador já obteve dentro do Mer-
cado Andino (foi-lhe concedido o
tratamento de nação relativamente
menos desenvolvida).
Segundo o Informe, o Peru e o
Chile, principalmente. Impuseram um
grande número de obstáculos admi-
nlstratlvos e, às vezes, legais, a fim
de frear as exportações de produtos
gulu eliminar parte dos obstáculos.
Sobre isso, a Câmara de Indus-
tilals de Plchlncha considera que o
Equador deve exigir energicamente o
cumprimento dos acordos e o respei-
to aos direitos adquiridos pelo país na
comunidade sub-reglonal.
ANfiXQ

CHILE/PAULO GERMANO DE MAGALHÃES
PEDRO VUSKOVIC
PLANO da Unidade Po-
pular para o Governo
O Allende (período 1971-
1976) assentou na pre-
missa de que o desenvolvimen-
to histórico da sociedade chile-
na levou-a a um alto grau de de-
pendência do exterior; a uma
concentração extrema da pro-
priedade e da renda; à margina-
lização econômica e social de
uma parte importante da popu-
lação e à orientação de todo o
sistema de produção no sentido
de satisfazer as preferências dos
grupos de mais altos ingressos,
os quais também detinham o po-
der político através do controle
da propriedade e dos próprios
ingressos.
A análise histórica levou a
UP à elaboração de um progra-
ma de mudanças radicais visan-
do a alterar as formas de vida, a
organização institucional e as
relações de produção, de modo
a preparar o caminho para a
criação de uma nova sociedade
chilena.
Para o período 71-76, con-
siderado como de transição, a
UP traçou a sua política obede-
cendo as seguintes linhas mes-
trás:
1 — A incorporação à vida
econômica, social, cultural e po-
litica, no mais breve prazo, de
grandes grupos sociais margina-
lizados, que viviam em condi-
ções de vida miserável, impedi-
dos de exercer plenamente sua
condição de cidadãos livres pa-
ra decidir sobre seu destino.
,2 — 0 processo de trans-
formação atingiria também pe-
quenos e médios empresários e
comerciantes, trabalhadores por
conta própria, empregados e
operários, os quais, embora
apresentando condições de vida
mais aceitáveis sofriam a expio-
ração dos monopólios, bem como
periódicas flutuações nos seus
níveis de vida, em decorrência
das sucessivas crises do sistema
e da baixa taxa de desenvolvi-
mento geral da economia.
3—0 aproveitamento da
capacidade instalada ociosa ou
mal aproveitada, comprovada
praticamente em todos os seto-
res produtivos, nos últimos anos,
em conseqüência de práticas
monopolísticas restritivas, ou da
insuficiência da demanda real
como resultado da má distribui-
ção da renda.
4 — Utilização dos instru-
mentos legais existentes para
pôr fim aos latifúndios, corri-
gindo-se a experiência da re-
forma agrária de modo a elevar
a produção e a produtividade e,
assim, aumentar o nível de vida
dos camponeses.
Para atingir as metas pro-
postas, foram adotados dois
processos: uma grande redução
do desemprego e um aumento
real importante dos salários das
camadas de menor poder aqui-
sitivo.
Mas, só o acréscimo da de-
manda não seria suficiente para
reorientar a produção numa es-
trutura .monopolística, no senti-
do de satisfazer às necessidades
das classes menos favorecidas.
Daí ser imperativa a formação
de uma área de propriedade es-
tatal dominante na economia,
reorientando oferta no sentido
de assegurar a primazia do crité-
rio social em relação aos objeti-
vos de lucro da grande empre-
sa capitalista.
A adoção desses processos
não deveria esqueer as necessi-
dades de expansão da economia.
ANEXO
O programa econômico da UP
e as perspectivas para 1972
A estratégia visaria tanto a re-
distribuição como á geração de
poupanças. Para tal fim, o Go-
verno usaria as seguintes medi-
das:
— Criação de um sistema
de captação de recursos e gastos
públicos para suprir a pequena
margem de inversão dos grupos
de altos ingressos.
— Aproveitamento dos
excedentes gerados pelas empre-
sas monopolísticas, em virtude
da transferência das mesmas à
área de propriedade social.
— Aplicação dos novos
excedentes originados por toda
a economia, funcionando com a
totalidade da sua capacidade
instalada.
A Unidade Popular, assu-
mindo o governo, passou a cum-
prir o programa, sob o comando
de Vuscovic, um economista da
Cepal, e professor da Universi-
dade do Chile, homem obstinado
e empenhado em reestruturar a
economia chilena. Em recente
entrevista, declarou-me não ser
socialista, nem estar motivado
por qualquer filosofia política,
mas vê no programa da UP a
aplicação das suas convicções em
matéria de Ciência Econômica.
Resultados
Numa prestação de contas
ao Congresso, o Ministro Zorril-
Ia, da Fazenda, apontou os se-
guintes resultados práticos ob-
tidos no primeiro ano de gover-
no da UP:
— Aumento da produção
crescimento do produto bru-
to da ordem de 8 por cento, em
1971, a mais alta taxa dos últi-
mos 15 anos, destacando-se a re-
dução da capacidade ociosa da
indústria manufatureira. cuja
produção elevou-se em 12 por
cento.
— Aumento da ocupação
o índice de desempregados,
da ordem de 8,3 por cento, em
dezembro de 70, baixou para 4,8
por cento, em setembro de 71.
— Redistribuição de ren-
da — Reajustes salariais cobri-
ram a alta do custo de vida ve-
rificada em 1970, com o salário
mínimo atingindo a 190 por cen-
to. Segundo as previsões de Zor-
rilla, este "enorme salto redis-
tributivo" traduzia-se numa
maior participação dos assalaria-
dos na renda nacional, passan-
do de 51 por cento, em 1970, pa-
ra 59 por cento, em 1971. Isto é,
para cada 100 escudos da ren-
da nacional. 59 ficaram em po-
der dos trabalhadores.
Área social
avanço na formação da
área social (estatal) pode ser afe-
rido, setorialmente, pelos seguin-
tes dados:
— Riquezas básicas — na-
cionalização da grande minera-
ção do cobre, salitre, carvão e
ferro (o petróleo e a eletricida-
de já eram estatizados).
— Sistema bancário — a
estatização do sistema bancário,
"rom-
programada peia UP, para
per a vinculaçác entre o mono-
pólio financeiro e o monopólio
industrial", foi feita através da
compra de ações de 16 bancos
privados, representando mais de
90 por cento do sistema credití-
cio do país.
— Indústria manufaturei-
ra — no setor têxtil passaram ao
controle estatal 12 empresas que
constituem o núcleo fundamen-
tal do setor, as quais realizavam
mais de 50 por cento da produ-
ção e das vendas, utilizando 75
por cento das matérias-primas
importadas; na área do cimento,
QUADRO N.° 2
Setor Fiscal
Moeda Estrangeira
(Milhões de dólares)
RECEITA DESPESA
I — ingressos correntes... 88,0 I — Gastos correntes ....
II — Ingressos de capital II —¦ Gastos de capital
1. Empréstimos inter-
nos 177,1
2. Empréstimos exter-
nos 14,8
TOTAL 279,9
CORREIO DA MANHÃ — Rio de Janeiro, domingo, 23 c 2a feira, 24/4/1972
AMERICA LATINA
as duas maiores empresas foram
adquiridas pek Estado, estando
adiantadas as negociações para
a incorporação de todo o setor.
4 — Intervenções — uma
relação divulgada pela Socieda-
de de Fomento Fabril (Sofofa)
revela 187 intonenções decreta-
das de 13 de novembro de 1970
a 19 de fevereiro de 72, entre
as quais 21 fábricas de tecidos,
4 de confecções, 3 de cimento,
19 radioemissoras, 3 empresas
gráficas e edil oras, 2 bancos, 10
indústrias pesqueiras. Essas em-
presas ampliaram de muito a
área social, pois as intervenções,
que por lei deveriam ter caráter
temporário, se vêm eternizando.
É uma forma odiosa de incorpo-
ração, pois não há indenizações,
como ocorrem nas expropriações
ou compras de ações; os seus pro-
prietários permanecem nessa
condição apenas nominalmente.
5 — Propriedades agrícolas
— fora expropnadas 1.300, num
só ano, o que é expressivo, se
levarmos em conta que, durante
todo o período do Presidente,
Frei, foram expropriadas 1.412
propriedades. A áreaagrícola ex-
propriada pelo governo da UP
é calculada em aproximadamen-
te 2 milhões e meio de hectares.
As metas de 72
As metas da política econô-
mica para 72. anunciadas por
Zorrilla, são ai seguintes:
— Passagem à área so-
ciai (estatal) de outros impor-
tantes monopólios estratégicos
do setor industrial (serão 91 em-
presas, segundo o programa de
vuscovic, já divulgado).
— Avanço estatal no do-
mínio dos mecanismos de distri-
buição, quer pela incorporação
de empresas privadas do ramo,
quer pelo desenvolvimento da
Empresa Nacional de Distribui-
ção (estatal), à qual competirá
distribuir toda a produção da
área social.
— Avanço mais rápido na
estatização do comércio exterior,
de modo a assegurar ao Estado
o controle total das divisas, per-
mitindo-ihe dirigir, planificar e
controlar esse comércio, centra-
lizando a operação através das
empresas estatais, mistas e pri-
vadas.
— Expropriação de todos
os latifúndios até junho de 1972,
organizando e planejando a pro-
dução por meio dos Centros de
Reforma Agrária e aumentando
as dimensões dos estabelecimen,
tos agrícolas, a fim de configu-
rar empresas de tamanho e en-
vergadura suficientes para ab-
sorver a tecnologia moderna (es-
se dimensionamento exigirá a
expropriação das pequenas e
médias propriedades, transfor-
mando os proprietários em cam-
poneses, com perda do status so-
ciai, o que poderá aumentar a
tensão nos campos).
— Completar a estatiza-
ção do sistema bancário privado.
Desajustes
Zorrilla confessou perante o
Congresso que, em 71, na exe-
cução do programa da UP, re-
gistraram-se erros, insuficiên-
cias e desajustes. Não podendo
minimizá-los, apenas pediu que
fossem avaliados proporcional-
mente "à magnitude da tarefa
empreendida e à profundidade
das transformações revoluciona-
rias".
Anunciou os desajustes que
ainda se farão sentir em 72:
transbordamento das remunera,
ções, desabasfecimento, caráter
pouco discriminatório da contem
ção inflacionária, diminuição das
122,39
1. Inversão fiscal 36,36
2. Amortizações 121,12
TOTAL 279,87
margens da capacidade ociosa
utilizável, mudanças previsíveis
nas relações econômicas inter-
nacionais etc. Acrécentando-se a
diminuição das reservas de li-
vre disponibilidade, assim como
a necessidade de aumentar o fi-
nanciamento da despesa públi-
ca, "teremos.um quadro das res-
"afetarão
trições que a política
econômica no próximo período",
concluiu o ministro da Fazenda.,
Apesar de tudo — erros,
desajustes e restrições por ele
próprio confessados —, assegu-
rou que o governo prosseguirá
com o processo revolucionário
visando ao seu objetivo máximo:
a conquista de todo o poder pe-
los trabalhadores. Em resumo:
para a UP tudo é válido em ma-
teria econômica desde que se
atinja o objetivo político.
Ocorre, porém, que ante a
crise econômica desencadeada
pela política da UP, a maioria
do povo chileno, incluindo-se os
trabalhadores e camponeses, co-
meça a dar mostras de impaciên-
cia. Em todas as eleições reali-
zadas durante o governo Allen-
de as urnas lhe foram contra-
rias. O descontentamento popu-
lar avança mais rapidamente
que o processo revolucionário.
A crise em 72
A situação econômica do
Chile é má. É uma evidência
que aflora da exposição do mi-
nistro da Fazenda perante o
Congresso, aqui resumida. Tam-
bém das palavras do ministro da
Economia, respondendo às críti-
cas do PDC, quando declarou:
"Existe a claridade suficiente no
seio do governo e da Unidade
Popular para definir o que se tem
de adequar a novas condições,
o que se tem de reorientar, sem
renunciar aos propósitos cen-
trais."
Para os governistas a crise
é uma decorrência natural do
período de transição ao socialis-
mo: ultrapassado este, os chile-
nos terão chegado ao paraíso.
Mas os analistas econômicos
isentos manifestam os seus te-
mores de que a "transição" po-
dera levar ao caos. As perspecti-
vas para a economia chilena em
verdade não são animadoras.
Como se viu da exposição
de Zorrilla a política econômica
governamental para 72 não apre-
senta inovações em relação ao
ano anterior nos seus objetivos.
Apenas acrescentou o propósito
de uma maior aplicação de re-
cursos no setor das inversões
(em 71 elas foram praticamente
nulas).
O controle de preços, o "de-
ficit" fiscal e a contenção do
processo de inversão caracteriza-
ram o ano de 71. Os salários
elevaram-se substancialmente
e os preços eram controlados,
provocando um incremento do
consumo de toda sorte de bens
(alimentos, vestuários, refrige-
radores, televisores etc.). A in-
dústria correspondeu ao aumen-
to da demanda ampliando a pro-
dução pelo aproveitamento da
capacidade ociosa. Mas pratica-
mente se esgotaram os estoques
de matérias-primas e a própria
capacidade ociosa. Enquanto is-
so a renda industrial não crês-
ceu, pois ao aumento de custos
(inclusive motivado pela alta de
salários) correspondeu uma es-
tagnação nos preços. O setor
privado não acumulou, portanto,
em 71, reservas para novas in-
versões, em reequipamentos ou
reposição.
Por outro lado, o Estado se
limitou a investir somente na
ampliação da área social, ou se-
ja, incorporação das empresas
privadas existentes à proprieda-
QUADRO N.° 3
Setor Fiscal
Ano 1971
(Déficit Real)
(MILHÕES DE ESCUDOS) (MILHÕES
I — Despesa 36.021,0 I — Despesa
JI — Arrecadação 25.734,7 II — Receita realizada ....
Dclicit = 10.286,6
QUADRO N.° 1
Setor Fiscal
Moeda Nacional
(Milhões de escudos)
RECEITA
I — Ingressos correntes
(tributários c outros). 25.734,7 II — Gastos de capital ..
II — Ingressos de capital
1. empréstimos inter-
nos 10.106,0
2. empréstimos exter-
nos 180,6
TOTAL
de estatal. Para fazer face aos
aumentos salariais e às expro-
priações, compras de ações etc,
teve que emitir de tal forma que
o meio circulante, em 71, elevou-
se em mais de 100%. O "defi-
eit" fiscal foi o financiador da
"reativação" econômica em 71.
Se considerarmos que a po-
litica de aumento do poder aqui-
sitivo deverá continuar, conclui-
se que a demanda continuará
crescendo em 72. Será exigido
um programa de inversões para
propiciar uma produção equiva-
lente à procura. Com ampliação
da área social e o retraimento do
setor privado, caberá ao Estado
o financiamento dessas inver-
soes. Isto significa novas emis-
soes, aumento do "déficit" fis-
cal e maior inflação, salvo se a
política se encaminhar no sen-
tido de restringir o consumo, o
que não está previsto. Em pou-
co tempo a inflação corroerá o
valor real dos salários e as rei-
vindicações das massas traba-
lhadoras determinarão novos
aumentos e novas emissões. Até
que ponto a economia chilena
resistirá a este círculo vicioso?
As pressões monetárias, em
72, deverão ocasionar um au-
mento de preços da ordem de
40% — é uma previsão não
pessimista —, enquanto as pres-
soes políticas se dirigirão no sen-
tido da correspondente elevação
salarial. O '"déficit" fiscal para
72 pode ser calculado em 20 bi-
lhões de escudos, ou seja, o equi-
valente à quantidade de cunhei-
ro circulando em fins de 71.
As finanças do Estado chi-
leno estão seriamente abaladas.
E como ele detém hoje o domi-
nio da quase totalidade do setor
produtivo, o desequilíbrio finan-
ceiro haverá de refletir-se na
produção. O resultado será o
agravamento do "desabasteci-
mento", com aumento das ten-
soes sociais e conseqüentes rea-
ções populares.
Pela exposição de Zorrilla
o consumo familiar em 71 au-
mentou em 10% e o do governo
em 8%, enquanto a inversão em
capital fixo só aumentou 2%. E
este aumento se deveu às inver-
soes na construção de casas, o
que revela que a formação do
capital não se destinou à am-
pliação da base de produção da
economia.
Como poderá o Estado fi-
nanciar um programa de inver-
soes? O crescimento do meio
circulante já atingiu a níveis que
podemos considerar alarmantes.
A inflação já chega a taxas bem
altas, não suportando a econo-
mia chilena uma elevação ainda
maior.
Restaria o recurso ao endi-
vidamento externo, mas ainda
aqui as expectativas não são oti-
mistas. O balanço de pagamen-
to em 71 apresentou um déficit
de 240 milhões de dólares, de-
vendo-se sobretudo à necessida-
de de aumentar em 50% as im-
DE DÓLARES)
279,87
88,00
Déficit = 191,87
Ano 1971
DESPESA
I — Gastos correntes .... 26.678,1
9.342,9
36.021,3 TOTAL 36.021,0
portações de alimentos, resulta-
do da indefinição na política de
reforma agrária. O decréscimo
da receita das exportações de
cobre (85% da receita total das
exportações), devido à baixa do
preço do produto no mercado
internacional (64 centavos de
dólar por libra em 1970, para
47,90 em 1971) contribuiu para
o vulto do déficit.
As perspectivas para o co-
bre em 72, quer quanto ao pre-
ço, quer quanto à quantidade fí-
sica, não são de molde a pre-
ver-se uma alteração substan-
ciai no balanço de pagamentos.
As outras exportações não ofe-
recém possibilidades maiores,
devendo quando muito manter a
sua contribuição de 15% na for-
mação de divisas.
A produção interna de ali-
mentos continuará insuficiente,
ainda, para atender à demanda.
As importações dessa rubrica
em 71 representaram 65% do
total importado. A tendência em
72 é o acréscimo desse percen-
tual em face da crescente de-
manda.
O comércio exterior não
possibilitará a formação de re-
cursos para financiar um pro-
grama de inversões à altura das
necessidades do consumo inter-
no. Somente o recurso ao crédi-
to externo poderá suprir as ne-
cessidades das inversões e das
importações.
Ocorre que o endividamen-
to externo do Chile, que a UP
herdou dos governos anteriores,
se aproxima da casa dos 4 bi-
lhões de dólares, amortizáveis
em prestações anuais de 400 mi-
lhões, a primeira com venci-
mento para 72. Se não se nego-
ciarem as dívidas — e Allende
está fazendo tentativas desespe-
radas nesse sentido em reuniões
com o chamado Clube de Paris
(Estados Unidos, países euro-
peus e Japão) — as suas neces-
sidades de moeda-forte
atender aos compromissos para das
importações essenciais serão
acrescidas dessa parcela. Assim,
se o déficit do balanço de paga-
mentos for o mesmo de 71 (240
milhões de dólares), o Chile, em
72, precisará de divisas no mon-
tante de 700 milhões de dólares.
As importações de alimen-
tos e outros bens essenciais a
reposições de peças e equipa-
mentos de origem norte-ameri-
cana ou européia, terá que ser
feita através de moeda-forte. E
as linhas de crédito para o Chi-
Ie. em virtude da desconfiança
criada pelas expropriações de
propriedades estrangeiras e da
incerteza dos rumos políticos,
estão praticamente cortadas. Só
se restabelecerão com uma re-
viravolta na política econômica
da UP. de tal natureza res-
taure a confiança dos que investi-
dores.
Tudo isso nos leva a acei-
tar as conclusões de um estu-
do de Documentos Econômicos
(Santiago, 10.1.72) sobre o pa-
norama geral da economia chi-
lena em 1971 e perspectivas
ra 1972, assim expressas: pa-
"Em suma,
fica a impressão
de que a rigidez da nova situa-
ção econômica dará origem a
desequilíbrios que definitiva-
mente conduzirão ao raciona-
mento, ao endividamento exter-
no (sob a forma de renegocia-
ção ou diretamente), ou à infla-
ção. A combinação na forma de
utilizar esses caminhos é uma
decisão política."
 Um Matisse quase desconhecido: escultor
"La
Serpentine" — 1909
O problema fundamental do cinema
grande filme se anuncia.
Os Inconfidentes. A critica
deve se preparar para convl-
UM ver com ele. Afiar os seus
conceitos. Pois não é à vista desar-
mada que se recebe um grande filme.
Para a crítica um filme n5o deve
Éer um espetáculo. E um texto, cuja
lace manifesta e aparente deve ser
rompida, para que se possam ler os
outros textos que o filme em questão
está retomando. Assim como a críti-
ca é uma forma de leitura, cada fil-
me também o é. No seu corpo estão
vivos e presentes outros filmes, cita-
dos, repetidos ou negados, assim como
gestos, Idéias, posturas e práticas va-
riadas.
Essa é a maneira como a História
se inscreve no corpo de um filme.
Todo filme é necessariamente leitura
da História, porque é uma posição em
relação a ela. Se não fosse sua ins-
crição na História como momento e
como leitura da própria História, o
filme existiria no vazio.
• Essa leitura que o filme opera é
um processo de transformação de uma
matéria-prima. O resultado é o que
nós vemos na tela: o efeito final do
processo de produção da significações.
Para se reforçar como efeito, ele ocul-
ta as operações que o produziram.
Operações no material, no signlfican-
te. A crítica deve reconstituir essas
operações, mostrar como o visível na
tela não é apenas uma "fotografia"
da realidade, mas o momento final de
um engendrarnento.
Os Inconfidentes val ser um cam-
po privilegiado de análises. Porque
promete ser um filme histórico. Ou
melhor, um filme que, dentro da nos-
6a repartição convencional dos gene-
ros, é classificado como histórico.
Ora, a História não é um tema
qualquer, que se pode adotar ou tro-
car por outro melhor. O tema da His-
tória não é uma opção simples. Ele
é o problema fundamental do cinema.
Está presente em todos os filmes. Re-
fere-se à questão mesma da existèn-
cia do filme, da ação que o filme tem
de efetuar para se produzir. Sua ma-
térla-prlma é um oferecimento bis-
tórlco.
Por outro lado, o filme é um ges-
to. Temos o bloco histórico, o filme
surge como uma das marcas com que
esse bloco se apresenta. O filme não
apenas exprime Idéias e pensamentos
mas também é matéria coexistindo
com outros níveis da realidade. E uma
das práticas possíveis. Assim, não è
só representação, o filme também é
apresentação. A História se apresen-
tando. O filme é um dos discurso
presentes no processo social. A cons-
ciência disso é que permite não um
novo tipo de leitura, mas a própria
existência de uma leitura.
Leitura
O filme passa a concentrar seu
esforço de atualização histórica não
apenas na instância do conteúdo da
cena representativa, mas no nível do
signlflcante, da matéria a ser elabe-
rada antes que qualquer mensagem
se forme. Porque essa matéria, onde
a própria História se Inscreve através
do ato que a transforma (inscrição
que corre por baixo e antes da men-
sagem e não nela) é que cria essa
WXWW-Xvl
Ji
Nu sentado com braços na cabeça"
cena representativa, local das ldenti-
ficações imaginárias dos sujeitos.
Essa cena, que para o espectador
comum resume tudo do filme, é um
efeito, um produto, que para ser lido
realmente em todas as suas implica-
ções, precisa ter sua crosta rompida
por uma leitura ativa. (Nota: leitura
no sentido original da palavra'grega:
apanhar, colher, debulhar, tomar,
roubar — Indicando apropriação dos
textos disponíveis e transformação)
que revele o filme como um texto do-
tado de multldimensões, interligando-
se e retomando outros textos presen-
tes na História, e ocupando um lugar
especifico dentro do bloco histórico.
Assim o movimento não é unidi-
recional, do filme como simples for-
ma vazia refletindo a História. Ele
próprio é uma marca que a História
deixa sobre a realidade, uma marca
entre outras. A crítica precisa refletir
sobre esse modo de marcar, a dlstri-
bulção das marcas, que é a própria
produção do filme. E um filme se faz
com sons e imagens.
A revelação da história
Então deve-se perguntar à Os
Inconfidentes qual o dispositivo que
armou para revelar a História pre-
sente em seu cerpo, ele que preten-
deu tratar diretamente do problema,
ao optar pela fórmula do filme histó-
rico, ou seja, ao ter escolhido tratar
a História ao nível da representação.
Até que ponto é rigorosamente
possível um filme histórico narrativo?
Não haverá contradição entre esses
dois termos: História e narração? Os
filmes do gênero contam um desen-
rolar no tempo. Mais ainda: querem
contar a História. E para tal, supõe
que ela seja con tá vel, narra vel. A
História "realista", representada.
Numa seqüência linear, que é a se-
qüéncia do próprio nivel representa-
tivo do filme. Como espetáculo visí-
vel. a História. fotografada como de-
veria ter sido, a reconstltuição em-
pírlca. Então a História passa a ser
regida pelas convenções do que se
chama realismo (da cena realista,
com seus personagens, seus amblen-
tes, sua psicologia individual ou
mesmo "coletiva").
Devemos perguntar se semelhante
proposição do espetáculo se sustenta
quando Já se dispõe de conceitos e de
discurso cientifico para tratar e cons-
trulr o objeto da História, conceitos
esses que implicam Justamente no
rompimento com a visão "realista" do
drama, colocando em questão a no-
ção de narrativa em geral para se
ipreender a História.
Dificuldades
O filme sobre os Inconfidentes ne-
cessariamente tomou uma posição em
relação a esse problema. Cabe à crí-
tica aferlr a distância percorrida. A
meta final é cunhar um novo tipo de
filme. Mesmo que essa não tenha sido
a intenção dos realizadores, cumpre
situar o filme como momento positi-
vo, neutro ou negativo de um proces-
so cuja demanda é objetiva.
Assim, por exemplo Tiradentes.
Que em cinema é um personagem,
como qualquer personagem de ficção
(mas qualificado como vulto hlstórl-
Á até pouco tempo pouco
H v'w.:w:w».v,w
se sabia sobre o trabalho
de Matisse como .escul-
tor. Agora, o Museu de
Arte Moderna de Nova York está
apresentando importante mostra
— inaugurada em fevereiro, fi-
cando à disposição do público
até primeiro de maio — de Hen-
ri-Emile-Benoit Matisse que sem-
pre foi mais conhecido como pin-
tor. As esculturas ora em ex-
posição foram selecionadas e
montadas por Alicia Legg —
curador do Departamento de Pin-
tura e Escultura do Museu de
Nova York — que, contando com
a ajuda da irmã Madame Geor-
ge Dithuit e dos filhos Jean e
Pierre Matisse, obteve maiores
informações sobre o artista-es-
cultor, incluindo Os possíveis
proprietários de suas obras, en-
globando colecionadores parti-
culares, museus (obras dos seus
respectivos acervos) e fami-
liares.
Para quem conhece muitas
obras de Matisse através de mu-
seus nos Estados Unidos e Eu-
ropa nota-se, à primeira vista, a
presença de certas esculturas em
sua pintura. Além disso, influ-
ências de Rodin e Antoine Louis
Barye, o último inclusive há uma
cópia livre de "Jaguar devoran-
do lebre". É, sem dúvida, uma
das mais importantes mostras
abertas ao público no momento,
em Nova York.
co). O filme não pode ter a pretensão
de atingir quem foi realmente Tira-
dentes, de mostrá-lo como era ou
mesmo de reconstitui-lo como numa
síntese dinâmica. Nem mesmo tomar
Tiradentes como um tipo, represen-
tante no filme de idéias ou camadas.
Essas são intenções do filme histórico
até hoje.
O passo correto é localizar Tira-
dentes como uma figura de discurso.
Chega até nós através de documentos,
depoimentos e da interpretação de
toda uma historiografia. Cabe ao fil-
me novo interpretar a interpretação.
Só isso interessa numa obra cinema-
tográflca intitulada Os Inconfidentes.
Não se joga mais com personagens.
E note-se que o problema não é re-
formular o modo de construir os per-
sonagens. Ou atualizá-los, ou moder-
nizá-los, ou torná-los mais complexos.
Não interessa a multiplicação dos te-
mas o dos ambientes em torno dos
personagens. O importante é a extin-
ção mesma da função personagem
dentro de um filme, ele que é uma fi-
gura nuclear da ficção tal como a
entendemos.
O novo filme histórico parte do
principio de que o que se chamava
personagem histórico se funda numa
interpretação do papel que esse perso-
nagem pode ter desempenhado em sua
época, mas também e principalmente
(e aqui reside toda a questão) numa
interpretação do estatuto do perso-
nagem histórico e do papel que ele é
designado para cumprir no seio do
discurso sobre a História.
Discurso
O personagem é uma areia nos
olhos. Impede que o filme se mostre
no que é: discurso. O personagem fin-
ge imitar a vida. O espectador tenta
imitar o personagem. Picamos nos do-
mínios das projeções imaginárias. Na
verdade, o personagem é um efeito de
texto. O texto é uma manipulação
calculada do material. £ uma inter-
pelação à leitura. Leitura supõe ação
sobre.
Para se fazer um filme histórico
é preciso refletir sobre as leis do mo-
do de significação do filme. E verifl-
car como se pode produzir e figurar
a História naquele discurso. Para tan-
to é preciso romper com a cena rea-
lista - expressiva - narrativa - repre-
sentatlva do cinema, tradicional, que
se fundamenta justamente no oculta-
mento dos modos de produção dos
significados dessa cena, com o obje-
tivo de criar a ilusão de um espaço
"realista"
que se substituiria ao real,
lmitando-o.
Todo filme está fundado numa,
digamos provisoriamente, "sociologia
espontânea", ou seja, num modo espe-
cífico de veicular e Interpretar as re-
lações sociais, pois estas são a mate-
ria-prima última de qualquer filme.
Essa sociologia é decorrência do
papel que o filme desempenha na so-
mo a História aparece no filme é de-
cledade. Melhor dizendo: o modo co-
terminado pelo modo como o filme
aparece na História. Foi porque o
filme íoi designado a cumprir um
certo papel na comunicação histórica
que a História se inscreveu nele de
um certo modo. E deparamos com
uma situação Já bastante cristalizada.
Assim, se o filme quer realizar
uma reflexão produtiva sobre suai)
.CORREIO DA MANHÃ — Rio de Janeiro, domingo, 23 e 2a feira, 24/4/1972
Dentre as 69 mais impor-
tantes esculturas — estão sendo
apresentadas em conjunto pela
primeira vez — em "Thebronze de
Matisse destacam-se: Back
1913, "La Serpentine" —
1909, alongada figura feminina
em proporções grotescas"; —
"Jeanette"
(busto) — 1910;
bem como bustos de Henriette
1925 e "Nus reclinados" de
1927/29. Também torsos, per-
fis e estudos de pés. São atra-
"Cabeça de Pierre
ções à parte:
Matisse" — 1905 e sua última
escultura realizada pouco antes
da morte, em 1954. É um cru-
cifixo criado para a capela dos
Rosários (1948), a pedido dos
dominicanos. A partir de 1941
Matisse praticamente — depois
de sérias operações — dedicou-
se aos desenhos e colagens e a
maioria dos trabalhos foi fei-
ta na cama. Tais trabalhos ti-
veram influências decisivas na
pintura contemporânea. Daí, se
você vier a Nova York até pri.
meiro de maio não poderá dei-
xar de visitar esta importante
mostra. Para se ter uma idéia
da importância, lembramos quo
também será apresentada no
Walker Arte Center de Minea-
pollis (de 20 de junho a 6 de
agosto) e em Berkeley, no Mu-
seu de Arte da Universidade de
Berkeley (Califórnia), de 18 de
setembro a 29 de outubro.
próprias estruturas deve necessária-
mente dirigir sua reflexão sobre seu
papel na História, porque são dois
mmentos interdependentes (caso con-
trário cairá nas falácias metaclnema-
tógráflcas de certos vanguardlanos).
Crítica
A função da critica precisa mu-
dar. Até hoje critica e filme tém sido
ciois mundos à parte. Um não influi
«o outro. São discurso produzidos
por pessoas diferentes, partindo de
lugares diferentes do todo social A
critica não pode ser mais análise,
comentário, não pode querer repetir
em palavras o que o filme já diz ou
especular sobre o sentido oculto do
filme.
O filme é um acontecimento. Pe-
de que seja lido. E uma pergunta
que exi<?e uma resposta. Exige o diá-
lego. O fume é solicitação. A criti-
ca não pode ser um discurso passivo
e contemplador dos filmes que vão
surgindo. Tem de se situar do pon-
to de vista das realizações mais avan-
çadas e 6e constituir como um mo-
mento de reflexão teórica do proces-
so de preocupação de significações
dos filmes.
Essa reflexão existe espontânea-
mente em todos os filmes. A critica
deverá dar um suporte científico a
ele. Mas no momento mesmo em que
sp torna ciência do filme, pelo ri?or,
pelo método, ela deve ee recusar co-
mo uma ciência desligada do movi-
mento de seu objeto. E uma leitura,
fm permanente intercâmbio com seu
objeto, forçando-lhe sempre a refor-
niular seu aparato conceituai. A cri-
tica deve se colocar do lado da rea-
l.zacão do filme. Essa realização é
um ciclo. Engloba a reflexão e a exe-
cução. A critica deve ser um momen-
to do processo, o filme é o outro, mas
o ciclo é um só.
A critica sugere. Mas quem abre
o campo teórico é a própria prática
do filme. Esse caráter de diálogo é
p leitura por excelência. Não se está
epenas descodlficando uma mensa-
gem, mas,experimentando mensagens
cie parte a parte.
Isso supõe um perecimento da
noção de obra. A obra como. equele
conjunto material dado, visível e fi-
rato, se dissolve para dar lugar a um
discurso que visa ce processos funda- •
mentais de significação, redistribuí-
cios em outros lugares da prática fo-
ciai (o inconsciente, a História, o tex-
to, a lingua). Porque o diálogo, á
transação toda, não é cem a obra
em si. Mas can uma frente avança-
da que a obra propõe, ou melhor,
cem os descobertas slgnlflcantes-con-
tidas na obra e, em última análise e
ttravés dessas descobertas, com a ins-
crição da obra na realidade histórica.
E dialogar dessa maneira com um
filme como Oi Inconfidentes implica
tombem em pensar o problema de uma
História do cinema que a critica com
mentalidade de gerente de empresa
cinda não conseguiu liberar de pressu-
postos précientífico-.
Empirismo
Até hoje as histórias do cinema
tém se prendido ao filme como da-
MORGAN MOTA (De Nova York — via VARIG)
¦ v :;;:v:•
'¦¦¦'¦' ¦ ;_: -;-''¦
do empírico, designado pela prática
expontânea do espectador. Uma his-
tória do cinema só pode se constituir
em cima de uma teoria rigorosa de
seu objetivos. Os historiadores se li-
mltaram a arrumar es observações
numa seqüência sempre linear (por
mais forcnallzan.es que seja seu vo-
vabulárlo), onde ressaltam as primei-
ras utilizações dos procedimentos e
artifícios de linguagem e, em segui-
da, sua difusão.
O formalismo irrefletido dos teó-
ricos da Informação se perde na fa-
lácia dos artifícios de construção que
cs diretores, nominalmente citados,
íoram descobrindo. Pica-se preso à
estrutura superficial do filme e daí
não se arreda pé, cristalizando a cro-
noiogla em torno de uma combina-
tória de unidades ' visíveis, substan.
cializadas, artifícios esses que geral-
mente representam apenas uma sim-
pies reorganização da superfície, con-
eervando-se a mesma atitude face à
matéria fílmica e à narração.
As verdadeiras articulações se si-
tuam num outro nível, o inconscien-
t?, a História, e o sentido real do
filme extravaza as unidades formais
discretas. O significado do texto não
vem colado à face material do signo,
o significante. Uma história do cine-
ma só poderá se constituir quando se
operar uma critica da noção de sig-
no, mostrar como o signo está vin-
culado a uma ideologia da mensa-
gem e da verdade, e a um clentlflcis-
«no cuja colação em perspectiva já é
possível hoje graças às epistemologias
da rutura.
Novo pensar
O primeiro passo da reflexão so-
bre o fume é se libertar de noções
empíricas que os velhos manuais re-
pisam: a montagem, noção de plano,
campo-contra-campo, o som, a cor,
as estruturas narrativas, o ritmo).
Elas compõem a fórmula visível do
cinema, e são objeto de um discurso
epenas descritivo. Ocultam a densl-
dade do filme cemo texto, ocultam
porque eubstanciallzam os elementos
visíveis, tornando-os unidades mais
ou menos discretas de um código
mais ou menos estruturado que trans-
mite mais ou menos "informação".
Ignora-se o entrecruzamento de
discursos na textura cio filme, o tra-
balho efetuado sobre o significante que
produz um excedente de sentido que
não pode ser lido a partir de uma tra-
dução comentada da superfície do-fil-
me. Toma-se necessário um destro-
çamento dessas entidades substan-
ciais que se apresentam ao especta-
dor, para mostrar os níveis de pro-
iundidade que se ocultam sob o. apa-
rência.
O verdadeiro espectador não é
um receptor de mensagens. É um
operador. O filme é um instrumen-
to. Que produz no espectador um
discurso novo. O visível é o produto
de um trabalho material, e não a
reprodução da realidade. E aqui to-
camos o desafio que o filme Os In-
confidentes terá de enfrentar. O pro-
blema do espetáculo e o problema da
luta contra o visível.
r ¦> r
V ¦ ¦•¦ '¦¦•¦¦¦ ¦ siisl$$sx^'¦¦•¦&"íãí ¦ >:'x¦>:¦ ¦'"¦ ¦ ¦-'':¦ v*'.-:-x':^
Grande nu sentado (1923/25)
-ARTHUR OMAR
Para os filmes de novo tipo, a
História não é mais um espetáculo,
nem os filmes se pensam como a re-
produção de um espetáculo. Quando
o filme se oferece para ser lido, o es-
pectador passa a ser o pólo capital de
construção do. sentido, ele discute
com o filme. O filme passa a ser ma-
terial de discussão, um elo numa ca-
dela de discussão. Não o veículo de
mensagens para uma pessoa passiva.
O espectador o completa ao lhe con-
ferir um sentido, ao usá-lo como um
Instrumento de um processo que o
extravasa. E o filme, por sua vez
completa o espectador, fechando um
circuito de muitos elementos.
São enganosas as exigências de
espetaculosldade para os filmes. O
espetáculo não é uma noção semlo-
lógica, mas sociológica. Aplicado ao
cinema não quer dizer espetacular,
multiplicação do aparato técnico e cê-
nlco ou um ritmo hipnótico.
Quando se diz que o cinema é es-
petáculo significa que socialmente ele
desempenha a função de espetáculo.
Não é uma essência inerente às suas
estra turas slgnlflcantes. É um lugar
que lhe é designado no corpo social,
o lugar de espetáculo, lugar variável,
transitório, reformulável a cada mo-
mento.
Muitas estruturas slgnlflcantes
novas e pobres podem se pensar e se
calcular como função-.espetáculo. O
espetáculo concerne ao filme pronto,
entrando no circuito de comunicação,
onde o sentido vai ser consumido. Na-
da tem a ver com o momento de pro-
dução dessas significações, momento
que antecede a simples existência de
algum sentido a ser comunicado.
Perguntas
Nestes 75 anos de pré-história do
cinema (o cinema ainda não é) as
poucas descobertas realmente produ-
tivas se deram fora da problemática
do espetáculo, porque não diziam res-
peito a esse nível do filme, embora
algumas delas tenham se processado
em filmes que desempenharam uma
função espetacular. Foram descober-
tas pontuais, frágeis, geralmente nfio
encontrando nenhuma resposta no
meio em que se lançaram.
Essa falta de diálogo, com as pro-
posições de três ou quatro realizado-
res que pensaram sua matéria, resul-
tou no fato de hoje o cinema ainda
ser uma coisa por fazer. Compreender
essa tarefa requer inicialmente uma
ruptura com as preocupações do espe-
táculo. lançando mais abaixo a ânco-
ra da teoria, lendo detidamente os fil-
mes-marcos. perguntando como po-
dem eles contribuir para solucionar os
problemas globais de um cinema que
se quer leitura e momento da histó-
ria, ou seja um cinema que finalmen-
te se assume e começa sua própria
história.
Ter em mente tudo o que foi dl-
to acima é um respeito que se presta
ao filme. O espectador passivo, dro-
gado pelo espetáculo, desafia e me-
nospreza os filmes dizendo a cada
um deles: "Eu o desafio a me agra-
dar." O espectador ativo desafia a
sl próprio: "Eu me desafio a respon-
der à pergunta que é esse filme."
ANEXO

O cangaceiro, herói do Terceiro Mundo
de causa e ciei-
to. o cangaceiro, contraria-
mente aos heróis do "gran-
DIALÉTICAde cinema" (o cow-boy e o
samural), não vislumbra a presumi-
vel distinção • entre o Bem e o Mal:
enquanto aqueles se batem pela
(des) ordem, estabelecida, ou têm
uma atuação definida, pró ou con-
tra, em cada episódio, o personagem
brasileiro Instaura o caos permanen-
te tanto nas fileiras da lei quando'no
lado do povo. O cangaceiro será um
personagem heróico na medida
que sua ação for considerada reivin-
dlcadora (Memória do Cangaço, de
Paulo Gil Soares) e no Instante
que suas origens forem vistas como
uma decorrência da injustiça (Can-
gaceiros e Fanáticos, de Rui Facó.
Editora Civilização Brasileira, 1963).
O fenômeno, hoje extirpado do
Nordeste, deu origem a outras for-
mas de rebeldia: o pistoleiro, o ja-
guirço e as extemporâneas expio-
soes do sertanejo fugindo da seca.
Talvez, à exceção da literatura
de cordel — que "eternizou" em le-
i .tra de forma a trajetória do canga-
ço, capaz de gerar parcialidade» nos
historiadores oficiais da época, que
consideravam o bando de Lampião
não um feco de- Insurreição armada,
mas um grupo de bandidos e crimi-
noses comuns —, foi o cinema que
procurou abordar com maior insls-
tenda os messacres e os aconteci-
mentos vividos por Virgulino Ferrei-
ra e seus cabras.
O Ciclo do Cangaço, para sua
melhor compreensão, restou dividi-
do em três fases: 1) os filmes co-
merclais de Carlos Coimbra e Auré-
lio Teixeira; 2) o "novo cinema" das
fitas de Gláuber Rocha; e 3) o "can-
gaço da Boca do Lixo" (as películas
de Osvvaldo de Oliveira).
Embora o primitivo cinema bra-
sileiro tenha explorado o gênero por
várias vezes, este só veio a desper-
tar as atenções gerais como um filão
de ouro destinado à exportação
quando O Cangaceiro, de Lima Bar-
reto, íoi premiado cm Cannes-53 co-
mo "Melhor Filme de Aventuras",
com menção especial para a música.
(Além deste, outros filmes do
gênero obtiveram prêmios mundiais:
Memória do Cangaço, "Gaivota de
Ouro" no I Festival Internacional do
Filme do Rio de Janeiro (1965);
Deus e o Diabo na Terra do Sol (..
1964). de Gláuber Rocha. Grande
Prêmio Festival 'do Cinema Livre
(Itália, 1964), Prêmio da Crítica Me-
xicana (Acapulco, 1966) e Grande
Prêmio Latino-Americano (Uruguai,
1966); e O Dragão da Maldade Con-
tra o Santo Guerreiro (1969), tam-
bém de Gláuber Rocha, Prêmio de
Melhor Direção (Cannes, 1969), Prê-
mio Luis Bunuel e Prêmio da Fi-
presci (idem), Prêmio da Confede-
ração Internacional do Cinema de
Arte e Ensaio (idem) e I Prêmio do
Festival Internacional do Cinema
(Plovaine, Bélgica, 1969).
-A Bahia os artistas
N piás-
ticos personificam uma
mística. Poderíamos di-
zer que.' de uma manei-
ra geral, os artistas baiaros ad-
quiriram um sfatus frente à co-
munidade e no seio dela difícil
de ser conhecido em qualquer
outra cidade brasileira. Entre-
tanto, se este status é alcança-
do e favorecido de uma manei-
ra larga e geral,, o artista piás-
tico o ultrapassa para se colocar
na posição do enfant gaté, dife-
renciando-se substancialmente
dos seus pares no campo da
criação. Talvez o fato se enraí-
ze em um outro fato, que seria
o de que, entre todos os crbdi-
res baianos, foi o artista plásti-
co que conseguiu assegurar, de
alguma maneira, uma tradição
de trabalho. Apesar dos poetas
e dos músicos. E esta tradição,
nova e na medida em que uma
sociedade nova possa sedlmen-
tar dados essenciais e basilares,
informou à comunidade sobre
uma importância maior que' se
deveria dispensar aos pintores,
escultores, gravadores, dese-
hhistas. E os salões foram aber-
tos.
Esta linha de trabalho tem,
seguramente, um íitiduIso es-
sencial na obra acadêmica do
que poderíamos definir como
"pintores-pais" da Bahia, aque-
les pintores que sustentaram a
avidez e o mercado baiano an-
tes do movimento deflagrado
nos fins da década 40/início da
. década 50 pelos "rebeldes" de
então. Os pintores-páis: Presci-
liano Silva, Rescala — os últl-
mos bastiões da disciplina eu-
ropéia no tratar a cor e o traço.
Antes dos "rebeldes", estes ar-
tistas disciplinadores preêh-
chiam a voracidade baiana de
"ter e exportar
pintura" (mais
ou menos um estado de espírito
que hoje pode ser descoberto
ANEXO
ARTES PLÁSTICAS/CINEMA
_¦§ v3âí wí£ <.-> aisS
ijllkw % *- _n_
MILTON RIBEIRO
Sele anos depois de O Canga-
cciro, Carlos Coimbra utilizava a
cor como elemento dramático na
captação da paisagem, lançando A
Morte Comanda o Cangaço. Vieram,
a seguir, como títulos mais expres-
slvos, Deus e o Diabo na Terra dó
Sol; Maria Bonita, Rainha do Can-
gaço, de Miguel Borges; e O Dragão
da Maldade Contra o Santo Guer-
reiro,
Primeira fase
Data de 1925 — portanto, há 47
anos — o primeiro filme brasileiro
abordando o fenômeno do cangaço,
quando o bando ainda campeava em
pleno apogeu no Nordeste: a perso-
nagem apareceu inicialmente om
duas fitas pernambucanas, Füíio
Sem Mãe e Sangue de Irmão, embo-
ra em pape] secundário. Na Bshia,
cm 1930, fo; rodado o lonsa-metva-
gem Lampião, Fera do Nordeste, uma
película de ficção onde o .Ca?it?o
Virgulino Ferreira encarnava a fi-
gura principal, um assassino louco
e cruel.
De 1930 até O Cannaceiro (..
1953). foram rodados no Brasil ano-
nas dois lon»a-metragens no gênero,
ambos intitulados Lampião, o Rei do
Cangaço-, o primeiro em 1934. um
documentário in loco de Abrão Ben-
jamin; e o outro em 1950. de Fouad
Anderaos. De O Canpaceiro atp A
Morte Comanda o Cangaço, em 1960.
aconteceu somente uma chancha-
da: O Primo do Cangaceiro, de Má-
rio Brasini.
A partir do começo do? airos 60.
os realizadores do Cinema Novo Ini-
ciaram uma campanha de advertên-
cia cultural para a realidade nordes-
tina. e o gênero floresceu do tal na-
neira que em nove anos, até 1969.
foram rodados 21 filmes.
ro que toca a seus composl-
tores).
Então aconteceu a explosão
de Mário Cravo, Jenner Augus-
to, Carlos Bastos, Lígia Sam-
paio e Rubem Valentim (oue,
em uma exposição coletiva, bo-
taram realmente pra quebrar).
A eles juntaram-se Genaro de
Carvalho, Caribe, o escultor Ml-
rabeau Sampaio, líderes de um
movimento cultural revolurio-
nário que incluía a poesia (Go-
dofredo Filho, Carvalho Filho)
e a prosa, principalmente em
termos de conto (Vasconcelos
Maia, Ariovaldo Matos), além do
jornalismo — que, até então,
era feito na província em cara-
ter substancialmente amador.
Um movimento cuios oatronos
podem ser reconhecidos em
Jorge Amado e Dorival Caym-
mi, este também pintor. Mario
Cravo, Genaro, Jenner, embo-
ia assustando a cidade, foram
adotados por ela, que passou a
pageá-los e a glorificar tudo
que vinha deles, inclusive o ina
énoca) anacrônico bigodão e a
não menos anacrônica e escan-
dalosa cabeleira de Mário. Ar-
tistas gloriosos, com imensrs
ateliers a representar, para o
baiano (inclusive o da classe mé-
3ia), o que hoje representa o es-
údio de tevê e tudo que emana
dele para o pequeno burguês ca-
rioca e paulista. Artistas consu-
midos com sofreguidão e gula.
badalados, primeira pásina. E
estava solidificado o status.
Por muitos anos, este gru-
po de artistas piásticos foi, tam-
bém, o grupo de artistas plásti-
cos brasileiro, para consumo in-
terno e exportação. E Sal-
vador da Bahia de Todos os San-
tos caindo de amores por eles.
A mística do artista piás-
tico baiano na Bahia continuaria
e seria reforçada com a eclosão
de um outro movimento cultu-
ral, ocorrido entre 1957 e 1960
Os cineastas mais empenhados
desta fase, Carlos Coimbra (A Mor-
te Comanda o Cangaço, Lampião,
Rei do Cangaço e Cangaceiros de
Lampião) e Aurélio Teixeira (Três
Cabras de Lampião, Entre o Amor e
o Cangaço), voltaram suas vistas
para um tipo de fita comercial, até
superproduções, como os dois pri-
melros citados de Carlos Coimbra,
numa tentativa desesperada de ga-
nhar o mercado interno cm prejui-
zo de uma angulação artistlco-cul-
tural mais correta p vigorosa.
Mas o gênero criou raízes- "Mui-
tiplicaram-se- os filmes de cangaço;
alguns aceitáveis,' vários péssimos,
nenhum o abordando com conheci-
mento de causa" (Ely Azeredo, "Jor-
nal do Brasil"). Com suas virtudes
e defeitos, esses filmes "mantiveram
acesa a chama de um cinema capaz
de sensibilizar o público — o outro
fator sem o qual o cinema nega
aquelas raízes populares que come-
çou a conquistar quando ainda se
chamava cinematógrafo e era fenó-
meno de feira".
Se O Cangaceiro Inaugura o ei-
cio e delineia os principais traços
c;ue ficarão caracterizando o gênero
no cinema nacional, como lembrou
outro critico, um novo roteiro de Li-
ma Barreto. Quelé do Pajeú, filma-
du por Anselmo Duarte, em regime
de superprodução, eastmancolor, am-
pilado para 70 mm, utilizando mas-
sas, resultou uma fita americana du-
blada em português. AD elegeu uma
linguagem obsoleta e acadêmica, gas-
ta pelo uso, exaustivamente repi-
sada no cinema dos EUA, mas sur-
preende em alguns intsantcs: a rea-
bilitação do bandido, e, principal-
mente, o desafio de Lampião a Quclê
para que vá matá-lo; à medida que
Virgulino avança, passo a passo, re-
c<>be um tiro no pé, enquanto a ten-
sío vai crescendo, no bando canga-
. colro, até c desfecho final que é uma
jusía homenagem à bravura rio Ca-
pilão Virgulino Ferreira.
O HERÓI MARGINAL
Mistico e rústico, justiceiro e
criminoso, o cangaceiro forma ao la-
do do cow-boy norte-americano e
do samural japonês a trindade dos
grandes heróis cinematográficos, pe-
lo monos para os brasileiros. Três
heróis que se identificam e se dis-
tanclam: o coic-boy leva c revólver
invencível; o samurai, a espada; e o
cangaceiro, o facão e a espingarda.
O primeiro tem roupas caracte-
rísticas de seu habitat: botas, calças
c- capote de c^uro tipo vaqueiro, c''l-
dres pendurados em.atitude de de-
safio, chapéu pontudo na i.ente, ca-
misas berrantes. O samurai ostenta
cabelos grandes, roupas fofas, co-
brindo tedas as partes do corpo
(também alegres mas de tecido ori-
enial), atitude de quem desdenha de
tedos os outros homens. O canga-
colro: chapéu batido e estrelado na
frente, capote, calça ". chinelos de
vaqueiro, coldres cheios de bala. O
cow-boy é individualista de cujas
façanhas poucos partic'pam — as
Celestino e os
veículos dos deuses
— o movimento Mapa. Neste ca-
so, a coisa não sü processou exa-
tamente como ua primeira vez,
com relação aos plásticos. Mes-
mo porque o movimento Mapa
não aconteceu apenas em torno
deles (começou com teatro —
Jogralesca — e seu líder era um
cineasta-jornahsla, Gláuber Ro-
cha). Inclusive, a princípio, os
louros cobriam mais a cabeça dos
poetas, que escreviam adoidados
nos suplementos literários e se
assinavam Fernando Peres, Fio-
risvaldo Matos, Paulo Gil Soa-
res (ele mesmo}, João Carlos Tei-
xeira Gomes (e outros que vie-
ram correndo, como 0 paulista
Theon Spanudis. para exercitar,
pela primeira vez no Brasil, a
composição concreta). Palmas
também para os contistas: João
CORREIO DA MANHÃ — Rio de Janeiro, domingo, 23 e 2a feira, 24/4/1972
balas inesgotáveis matam exércitos
de bandidos sem precisar remuni-
ciar-se. Os bandidos, no caso, ficam
insuficientemente delineados, são
maus, a cara nâo engana. Geralmen-
te são ladrões de gado, maus sujei-
tos de nascimento, criminosos a sôl-
do. Os com-boys são chamados a in-
vestidas pouco simpáticas contra in-
dios — que são uma comunidade so-
ciai e não obrigatoriamente foras-da-
lei — ou empreltados a defender do-
nos de terra contra pobres colonos.
O samurai transpõe a simples
condição de humanista- Como os de-
mais, não respeita as leis, pois as têm
próprias. O crime pela honra a ?eu
ver não é crime; pratica-o sem re-
niorsos toda vez que é insultado. Co-
mo os outros, é leal na luta, nunca
traiçoeiro. É individualista também,
mas, ainda que lendário como o cou>
boy, tem laivos de realismo toda vez
que vai à liça. Se o adversário é
mais forte, convoca o povo a aju-
dá-lo, o que para o cow-boy seria
uma desmoralização.
O cangaceiro, um revoltado sem
saber por que, é duro e vingativo: os
pais foram assassinados, em geral,
pelos cabras de um fazendeiro se-
dento de conquista. Este dono de ter-
ra terá o mesmo fim, sua fazenda é
queimada, mas o cangaceiro ainda
tem sede de justiça. Vaga, junto ao
bando, saqueando. Sendo fruto de
uma realidade vigente no Brasil de
algumas décadas atrás não é um in-
dividualista na convivência social.
Anda em grupo, sabe que sozinho
logo seria liquidado, mas tem seus
segredos que a ninguém revela é
místico, teme a Deus, enlouqueceria
se um padre o amaldiçoasse. O can-
gaceiro é de pouca lucidez, mas mui-
ta Intuição. O cou>-boy sabe logo
onde está o "mal" — isto é, do lado
oposto à lei: o samurai vê certa a
facção que lhe paga generosamente;
e o cangaceiro fica com o setor que
está contra a milícia federal. Um ca-
bra do povo que denunciar o canga-
ço será morto se mpiedade, mas, fo-
ra disso, nunca será molestado. An-
tes, pode até conseguir mantimentos.
O cow-boy não se importa com a
traição de quem não seja alto ban-
doleiro: afinal de contas, o herói nor-
te-americano está acima dessas bo-
bagens, é super-homem- A samurai
é, como os demais, um cidadão de
poucas c Indispensáveis palavras:
caso de traição também puniria o
tratante.
O cow-boy e forjado por uma
sociedade que se baseia na filosofia
de que nem todos nascem bons. Is-
to é, se Deus quis dar mais talento
a alguém, este terá mais oportuni-
dade que outro. Daí porque o siste-
ma é da livre iniciativa. Vence quem
tem méritos. E o herói c a evidén-
cia maior disto. Já o samurai, con-
quanto também "valor individual",
é o herói humanizado de um conti-
nente em construção que mira espe-
rançoso as luzes da Europa.
O cangaceiro, um pouco indivi-
dualista, um pouco sociávcl, é o mais
ORLANDO SENNA
Grovuro de Sônia Castro
Ubaldo Ribeiro (na praça com
o romance Sargento Gerúlio, ven-
dendo bem), David Salies, Sônia
Coutinho, Noénio Epinola (é, o
economista). A musa era uma
atriz que, como fizera Mário Cra-
vo há pouco mais de uma deze-
na de anos atiás, desbundava a
Bahia com suas atitudes: Helena
Ignês. Mas isso não durou muito,
porque baiano curte mesmo é
pintor. Na falta, gravador. E o
movimento Mapa trazia Calazans
Neto e Sante Scaldaferri e já
forçava a porta para Sônia Cas-
tro, Emanuel Araújo, e já con-
firmava a presença de Hélio Bas-
to. Foi a conta. Aos rebeldes de
50 os baianos somaram os pin-
tores e gravadores da geração
Mapa e da geração imediatamen-
te posterior, mantendo a mística.
LEONARDO VILLAR
realista de todos. Não aceitou a so-
ciedade, não se vende, está fora, à
margem, sempre caçado pelos "ma-
cacos", desagravando os sofredores,
vingando os oprimidos.
O novo cangaço
Ao contrário dos "filmes comer-
ciais, geralmente tecnicoloridos, pro-
duzidos e realizados por cineastas ao
Sul do Brasil", Gláuber Rocha pro-
curou rodar uma espécie de neo-
cangaço, onde não figurassem ape-
nas suas relações episódicas, mas so-
brotudo os conflitos e os dramas so-
ciais. Deus e o Diabo na Terra do
Soí, considerado pela quase unani-
midade da crítica um dos mais im-
portantes filmes brasileiros, repre-
sonla um marco desse novo tipo de
cangaço, onde os cabras são parcela
de uma totalidade nordestina, mistu-
rados a fanáticos e místicos, santos
c dementes, insurrotos e foragidos.
No começo de Deus c o Diabo
7ia Terra do Sol, o vaqueiro Manoel
(Geraldo dei Rey) mata o coronel
latifundiário que lhe quer roubar as
vacas. Aí se tem a explicação real
do surgimento de todos os margi-
nais: as injustiças de um sistema
— no caso, protegendo o dono de
tonas contra o camponês, como o
relata Euclides em Os Sertões. De-
pois, e por extensão. Gláuber conta
que, "armando-se de artifícios de
autoproleçào", o vaqueiro Manoo] se
torna beato — chefe de jagunço do
deus negro (Lídio Silva, ator baia-
no falecido) — certo de que assim
não seria punido pelo assassinato do
coronel e esperançado das promessas
do santo negro: uma chuva de ouro
do sol, a terra virar mar e vice-
versa. Aí se têm, igualmente corre-
tas, as origens do misticismo religio-
so: o beato é um homem ignoran-
to e desprotegido intelectualmente —
para ele, uma palavra nova qual-
Sobre esta mística, e a par-
tir de um ponto de vista aberto
e radicalmente pessoal, está nas
livrarias Gente da Terra (Mar-
tins Editora, 185 páginas), do
português Antônio Celestino.
Que a estas pessoas citadas jun-
ta o trágico Raimundo Oliveira,
o mágico Cardoso Silva (o das
igrejas azuis), o suave Henrique
Oswald, o dramático Hansen
Bahia da Flor de São Miguel, o
desenhista Fkriano Teixeira, o
pintor-engraxate João Alves, o
primitivo Willvs. José de Dome,
Fernando Coelno, Waldeloir Re-
go (para Celestino, joalheiro
real), e iembra Madalena Rocha
(uma mulher extraordinária), a
escultura afro de Manuel do
Bonfim, Antônio Rebouças, Rio-
lan Coutinho, Juarez Paraíso, a
norte-americana Betty King (tra-
balha com anodização sobre o
alumínio), o navegador Lev
Smarcevski, o marinhista Jorge
Costa Pinto, chegando aos piás-
ticos da "geração Caetano", co-
mo o escultor (e fotógrafo) Má-
rio Crave Neto e a gravadora So-
fia Olzewsky. Dos grandes, ape-
nas Pancetti está ausente, inex-
plicavelmente
Gente da Terra não é um
livro de crítica de arte. Apesar
da nota de Jorge Amado, on-
de o romancista enquadra An-
tonio Celestino nesta categoria
e como uma exceção ao dizer
que "... a crítica de arte no
Brasil encontra-se entregue a
uns quantos desmunhecados
que a exercem em função de
seus interesses imediatos". Jor-
ge vai adiante: "A crítica de
arte é sem dúvida o setor da
vida intelectual brasileira onde
a vigarice tão característica do
amadorismo que ainda predo-
mina em nossa terra no oue se
refere à criação e difusão da
cultura, onde essa vigarice, trê-
fega e imoral, se afirma mais
deslavadamente." A violenta
quer significa uma salvação deses-
perada. Logo a seguir, e finalmente,
morre o deus negro, isto é, morre o
misticismo: Manoel corta as amar-
ras que o ligavam ao beato, e se tor-
na um cangaceiro, um revoltado.
A seguir, GR mostra que o can-
gaço e o misticismo, conquanto bra-
dos ensangüentados do homem in-
submisso à opressão, se transformam,
porém, cm distorções sociais perigo-
sas e não podem permanecer. An-
tònio das Mortes (Maurício do Vai-
le), simbolizando a terrível carga da
óbitos que se abate Sobre ,o Nordes-
te (ver Cemitério Geral, de Joáo Ca-
bral de Mello Neto), mata Corisco
— "um cangaceiro de pretensão
hamletiana c lances de samurai", se-
gundo um crítico — para que o po*
vo fique livre dos dois, como já íi-
cara do santo Sebastião. '-' ¦,
Ao eliminar o Corisco (Othoh
Bastos) d'-! Deus e o Diabo... e o
Coirana (Lorival Pariz) de O Dra-
gão da Maldade..., Antônio das •
iviortes — um personagem contradi-
tório, misto de justiceiro e crimino»
so, a serviço do pistoleiro e ao mes-
mo tempo se rebelando contra a
opressão — ganha o plano de herói
do filme e rebaixa o cangaceiro ao
estatuto de vilão. Mas esta análise
simplória antes se encaixaria me-
lhdr num filme de capa-e-espada, ou
num faroeste tradicional, jamais
quando um cineasta singular em sua
geração risca o painel trágico e fas-
cinante de um povo turbulento e mi-
serável, espoliado e ignorante.
Os filmes de GR são um novo
cangaço por não estarem presos a
uma história de um bando de ca-
bras, mas à dramática popular do
Nordeste, de cuja paisagem os segui-
dores de Lampião eram parte signi-
íicativa, mas não exclusiva,
Ciclo bòca-do-iixo
Reclamando a justiça social a
usando o cangaceiro como persona-
gem secundário, os filmes de Gláu-
ber Rocha não ofereceram a última
palavra cm matéria de novidade re-
lacionada ao gênero: Oswaldo de
Oliveira reivindicou para si este pri-
vilégio mediante dois longa-metra-
gens desconcertantes c curiosos, O
Cangaceiro Saautnário e Cangaceiro
Sem Deus, ambos de 1969.
Batizado peja crítica de "o can-
gaço da Boca-do-lixo", o subciclo
inaugurado por Oswaldo de Oliveira
porta uma característica visivelmen-
te identificável no mundo improvi-
sado do cinema da grande cidade: «
o filme desprezando qualquer ele-
mento de pesquisa, baseado apenas
na imaginação do autor, um produto
híbrido de aventura sem qualquer
compromisso com a inteligência,
mas, em compensação, insólito e Ins-
tigante na medida em que desmisti-
fica o gênero, até então circunscri-
to ao comercialismo de Coimbra-
Teixeira e às pesquisas de Gláuber
Rocha.
ALBERTO SILVA
acusação de Jorge Amado con-
tra os críticos de arte ("rece-
bem os quadros a troco de elo-
gios e vão vendê-los na esqui-
na") e o divisor de águas que faz
entre o "charlatão'y e Antônio
Celestino é uma posição que
ainda vai dar pano pra manga,
inclusive porque é defensável
paca. Ms não enquadra Celestino
na categoria pelo motivo sim-
pies e acabado de que Gente da
Terra é de cabo a rabo, um
canto de amor justamente àque-
Ia mística que, na Bahia, cerca
o artista plástico. Antônio Ce-
lestino, mesmo confirmando sua
naturalidade em Póvoa do La-
nhoso, perto de Braga, é tão
baiano como o baiano Jorge
Amado, o argentino Caribe, o
alemão Hansen, o sergipano
Jenner, o dinamarquês Smar-
cevski (dinamarquês? Deve ser),
o francês Pierre Verger e o
assobá Didi, isto é, o sacerdo-
te Deoscóredes Maximiliano
dos Santos, filho da Mãe Se-
nhora, escultor, escritor e um
quase globe-trotter. O livro de
Celestino é um dado a mais na
sustentação desta mística, e um
dado importante uma vez que
ele fala de artistas com os quais
convive quase diariamente e no
barco de um estilo que, desabro-
chando desde uma raiz cultural
pessoal (as grandes letras por-
tuguesas), aflora fascinante e
ao mesmo tempo repassado de
nostalgia. Não se trata de umà
prosa moderna brasileira, mas
de uma prosa moderna portu-
guesa, o que nos dá, fora qual-
quer outra notação, uma infor-
mação literária. E um esboço
histórico, embora carregado de
paixão, da mística de que fala-
mos. A leitura do livro nos dá,
subjetivamente, o caminho pa-
ra o entendimento do processo
desta mística, até a partir de
uma disposição fundamental dò
autor: "As palavras nâo foram
feitas para ferir ninguém."

"Novo" e "velho"
- critérios falsos
de julgamento
Utilizando dois livros recentemente lançados (Os Pas-
sos do Desconhecido, de J. Guilherme Aragão, e Cur-
ral dos Crucificados, de Rui Mourâo), Marcos Santarri-
ta aborda um problema antigo, mas sempre presente:
o papel das vanguardas e o maniqueísmo do "novo" e
"velho".
A crítica volta-se contra a 'epidemia do vanguar-
dismo burro dos grandes centros", que esteriliza a cria-
ção, bloqueia o prazer e impõe suas
cutíveis".
análise que faz da úl-
Uma íasc musical de Be-
cfchoven — seus célebres
NUMA quartetos-— Mareei Proust
diz. cm À sombra das Raparigas em
Flor, que o grande compositor não
"previu", mas ''determinou" o que
seria a música depois dele. Esta co-
locação aplica-se. som dúvida, a to-
dos os inovadores — e não apenas
nas artes.
Contudo, é preciso lembrar quo
Beethoven, ao fazer música de van-
guarda para sua época, possuía o rc-
quisito indispensável para tanto; um
total domínio sobre a linguagem
que ia inovar, de modo que se sen-
tia à vontade para íazei- com ela o
que quisesse. O mesmo pode dizer-se
de Joyce, que antes de explodir cm
Ulisses c Finnegan's WaUe. esci"e-
ven os belos contos de Ditblinenscs
e aquela pecuena obra-prima qi:c
é o Retrato de Um Artista Quando
Jovem — ambos aindu dentro cie
padrões mais ou menos convencio-
nais embora já rompendo com mui-
tes limites.
Evidentemente, não se vai exi-
gir de todo inovador que. antes' de
realizar sua revolução, apre-ente
provas de que domina aquilo que
vai refazer. Mas deve-se exigir que
possua esse domínio,
pois é claro
que ninguém pode retoinular also
que não conhece. É justamente essa
falta de domínio — às vezes até de
simples conhecimento — que faz
com que haja tairl.es "inovadores" e
tão poucos Joyces, Prousts e Ka[-
kas.
Vanguardas
No BrasU. então, com críticos
vanguardistas histéricos como o Sr.
Leo Gilson Ribeiro — que exige pa-
ra o romance do século XX "uma
linguagem própria, como a astro-
náutica, a música dodecafônlca. a
arte cinética", talvez, quem sabe,
uma linguagem feita na base de si-
çlas, como a da Nasa —, a mania da
inovação tem assumido, nos ultimes
10 a 20 anos. um caráter quase e;i-
dêmico, com cs vanguardistas che-
gando a extremos dignos do III
Reich. como a queima pública de
livros. E, no entanto, até hoje só sur-
giu um Guimarães Rosa.
Que tinha Rosa que os outres
não têm? Exatamente o domínio de
seu instrumental, isto é, da arte do
romance, é claro quo a vanguarda,
isto é. a inovação, é fundamental.
Indispensável, em qualquer ativida-
de humana, artística ou não; sem
ela, ainda estaríamos na Idade da
Pedra. Mas es atividades humanas
evoluem, pacífica ou violentamente,
em termos dialéticas, o novo contra-
pondo-fe ao antigo e tornando-se
por sua vez também antigo — e as-
sim sucessivamente. E não é preci-
so dizer que. para se contrapor a
algo antigo, torna-se necessário, an-
tes de mais nada. cor»hecê-lo.
Assim, no caso de um JOyce. por
exemplo, que não se limita a negar
o que velo antes dele, mas pratica-
mente o ignora — que acontece? Por
maior que seja a realização, termi-
nará cemo um marco isolado, gignn-
tesco. mas marginal, uma mera ohra
dc rcerência. perno se dá com !7íis-
ses e Finnepan'.i wnl;e. Na verdade,
a grande contribuirão destas ob"^s
foi permitir o armrecimerrto de rs-
critores que Unham demasiado a di-
zer para ficar perdendo tempo com
joguinhos de palavras interessantes,
mns fúteis, e que simplesmente fo-
ram buscar em Joyce — como num
livro de consulta — aquilo que pre-
cisavam.
Ademais, mesmo sendo o pnr'1
da vanguarda fundam-ental, isto v'o
significa, dc forma a]"uma — cnmo
a dosnea do vpp"uardismo histérico
faz crer entre ró= — oue o oue é
novo. ou anreçenhdo como tal. é au-
tom?ficamente bom. enoiianto o oue
é velho, ou assim "^resontado, é au-
tomaticamente ru!'n.
Dois livros
Dois livros recentemente lança-
dos, de autores brasileiros, um em
Lisboa e outro em Minas, dão bem
o exemplo disso. O primeiro, Os
Passos do Desconhecido, de J. Gui-
lherme Aragco (não sei so é lança-
monto ou reedição, pois a edição por-
tuguesa não esclarece), é o que se
poderia chamar, à primeira vista, um
romance "velho". Logo dc início, a
prosa lembra uni pouco a de Eça de
Queiroz, a influência naturalista
francesa, cem suas "páginas literá-
rias". Também a estória se asse-me-
lha a certos plots maupassantianos:
dois amigos selecionam um passante,
MDSICA/LITBRATÜRÂ
"verdades
indis-
nos Jardins de Luxemburgo, e vão
investigar os passos do desconhecido.
Entretanto, dentro dessa apa-
rente limitação, o romance cresce
muito. Em primeiro lugar, descobre-
se que a linguagem de Eca é uma
simples ilusão. A de J. Guilherme
Aragão é eminentemente brasileira, e
mais que isso, nordestina — o que
cria um contraste provocante cem as
paisagens parisienses descritas. Dopois
o próprio tema. brasileiros em Pa-
ris, termina fazendo lembrar a fa-
mosa "geração perdida" norte-ame-
ricana da década de 20 — embora
o livro não chegue, talvez, ao nível
de um Hemingway ou um Fitzge-
rald. E a tudo isso é acrescentado
um surpreendente elemento de rea-
lismo mágico, que inteligentemente
usado, conclui a atualização da obra,
mostrando que o autor não desço-
nhece a literatura moderna.
Não fessem outros defcites — a
prolixidnde das longas discussões
pseudo-fllosóficas, que o tom irreve-
rente não torna menos cansativas, as
cenas demasiado longas, que quebram
a todo momento o ritmo e a unida-
de da obra — seria um excelente
romance, um romance que, se pu-
blicado nos Estadcs Unidos, por
exemplo (os norte-americanos têm
uma saudável resistência aos aven-
tureirismos vanguardistas, e talvez
por isso possuam alguns dos maiores
escritores do Século XX), teria gran-
de êxito, possivelmente de público e
crítica. Ou, pondo as coisas ao con-
trário: se fosse norte-americano, im-
posto ao público e a crítica brasilei-
ros pelo colonialismo cultural, seria
um sucesso.
Já o segundo, o Ciirral dos Cru-
cificados, de Rui Mourâo, é o exato
oposto, às primeiras páginas, trata-
se de um romance avançado, com
uma linguagem aparentemente elas-
tica, maleável, livre tia ditadura das
vírgulas, e uma estrutura que se
pretende independente das limita-
ções de tempo c espaço: a ação mu-
da qua-e continuamente de lugar e
momento, criando um desnorteamen-
to que, a princípio', tem bom efeito
e faz esquecer a pobreza do que es-
tá sendo contado: uma estorinha de
jovens intelectuais cia província, lu-
tando para afirmarem-se como se-
res humanos c como escritores.
O tema, já abordado incontá-
veis vezes por autores nacionais e
estrangeiros — e ainda recentemen-
te, nas mesmas Minas Gerais, por
Luís Vilela, em Os hovos, romance
fraco —, é provocante e rico de pos-
sibilidades, pois não há como disse
Thomas Mann (de certa forma re-
petindo Heráclito), verdades novas,
e sim formas novas de dizer verda-
des velhas — e Mann foi tudo, me-
nos um vanguardista. Mas Rui Mou-
rão com uma auto'indulgência im-
perdoávcl — principslmente numa
obra que se vê foi exaustivamente
trabalhada —, entrega-se por in-
teiro ao material autobiográfico,
sem o mínimo distanciamento, sem
qualquer preocupação em dar-lhe
um tratamento literário adequado.
É visível que toda a sua fixação,
todo o seu esforço, voltou-se apenas
para o "como dher'' e jamais para
o "que dizer".
Novo x Velho
Infelizmente, trata-se de mais
uma vítima da irresponsabilidade
daqueles que nos g-;,ndrs centros
culturais do País, distorcem a arte
literária no nascedouro, isto é. nos
escritores novos, levando-os a acre-
ditar que tudo que é "novo" é bom
e tudo que é "velho" é ruim, e pres-
tando com isso um desserviço quase
irreparável a várias gerações. Con-
tudo, o autor tem talento e conse-
gue. de certa forma, sobreviver a
esse equívoco, mostrando não bem
um romance, mas uma forte voca-
ção que ainda pod? ,-er salva.
É óbvio que. tanto em Os Pas-
sos do Desconhecido como em Curral
dos Crucificados, há defeitos e virtu-
des, c não se pode louvar sem res-
trlções o primeiro e condenar ina-
pelavelmente o segundo, mas o livro
de J. Guilherme Aragão é mais ho-
nesto. mais franco, não utiliza sub-
terfúgios para dar seu recado c o
faz limpamente.
Quando a Ru'
Mourâo — e tenho certeza que não
se trata de algo pretendido por ele,
que se apresenta mais, como já dis-
se, como uma vítima da epidemia
do vanguardismo burro dos gran-
des centros — a impressão que dei-
xa é dessas obras que, de tanto bu-
riladas. terminam esterilizando-se,
ficando só forma, em torno de um
conteúdo inócuo.
MARCOS SANTARRITA
JEAN MARTINON
ORQUESTRA Nacional-
da Radiodifusão e Tele-
visão Francesa realiza
amanhã, à noite, seu
primeiro e único concerto no
Teatro Municipal do Rio. Entre
as grandes orquestras france-
sas, a da ORTF, que independe
da renda da bilheteria e das
preferências conservantistas do
público, tornou-se vivo estímulo
ã criação musical moderna, pe-
Ia freqüência de suas primeiras
audições. Ao estrear, entretan-
to, amanhã, no Rio, quer, como
é justo que o faça, atrair o
maior número possível de ou-
vintes, e por isso a empresa pro-
motora da apresentação, a Au-
los, escolheu um programa do
tipo clássico. São quatro grandes
obras — a Abertura O Corsário,
de Berlioz, a primeira Sinfonia,
de Schumann, La Mer, de De-
bussy, e a segunda Suite Bac-
chus et Ariane, de Roussel —
que condizem com o gosto da
generalidade do público.
Sob a batuta do seu regen-
te titular, Jean Martinon, ba-
luarle da música moderna fran-
cesa evita espantar alguém que
se assuste com as "audácias" dos
contemporâneos e poderia per
der, conseqüentemente, a opor-
tunidade de ouvir uma bela or-
questra. Esta será ouvida na exe-
cução de obras-primas que, com
exceção da Suite de Roussel, são
bem conhecidas do grande pú-
blico.
Regentes
Villa-Lobos já regeu a
ORTF e há um disco da Quinta
Bachiana, para 8 violoncelos e
soprano solista — que é Vido-
ria, de Los Angeles —, executa-
do por membros do conjunto.
Mas são numerosas as celebri-
dades que empunharam a batu-
ta à frente da orquestra que nos
visita. Além de haver tido Char-
les Munch como presidente de
honra, a ORTF já foi regida por
Furtwaengler, Bruno Walter,
Monteux, Koussevitzky, Keil-
berth, Van Beinum, Cluytens,
Beecham, Schuricht e Ansermet.
A sede da orquestra é o
edifício da ORTF — Office de
Radiodifusion-Télevision Fran-
çaise — mas o conjunto viaja
muito, por toda a Europa e Es-,
tados Unidos, como também pe-
Io Oriente. São 107 músicos
permanentes, que assumem seus
postos mediante concurso. Mui-
tos dos maiores festivais euro-
peus têm contado com o con-
curso da orquestra. O nível hie-
rárquico a que atinge, pela-qua-
lidade sonora, perfeição técnica
e integridade das interpreta-
ções, a torna não só intérprete
por excelência da música mo-
derna, francesa e estrangeira,
que rompe as barreiras do con-
servadonsmo, mas verdadeira
embaixadora da música france-
sa. A Orchestre National já re-
cebeu 29 "Grands-Prix du Dis-
que".
Martinon
Entre os títulos do recente
titular da orquestra que ora
ouviremos, figura a medalha
Gustav Mahler, pelo mérito das
suas interpretações do genial
compositor austríaco. Nascido
em Lião, Jean Martinon foi dis-
cípulo, de composição, de Al-
bert Roussel e, de regência, de
Roger Desormière e Charles
Munch. Ao iniciar carreira de-
BERLIOZ
Estréia no Rio
a orquestra
nacional francesa
dicou-se também ao violino e à
composição, mas preferiu a re-
gência. Não obstante, obras re-
centes do compositor Martinon
foram executadas, como a quar-
ta Sinfonia, no 75.° aniversário
da Orquestra de Chicago, o con-
certo de violoncelo, dado por
Fournier, e o último quarteto
de cordas, cuja primeira audi-
ção coube ao Fine Arts Quartet,
de Nova York. Depois de vários
cargos europeus, Martinon
ocupou o de diretor-geral de
Musica de Düsseldorf, que já ha-
via sido ilustrado antes por
Schumann e Mendelssohn. É
ele o primeiro músico francês a
ocupar posto tão importante na
Alemanha. O repertório que
apresentará no Brasil vai solici-
tar ao máximo seus dons de re-
gente.
Berlioz
Vale a pena ouvir Berlioz
em uma interpretação autenti-
camente francesa. A Abertura
O Corsário diz bem do seu ex-
traordinário poder de orques-
tração, apto à pintura dos movi-
mentos e conflitos psicológicos.
A egolatria, o sentimento apai-
xonado de ser o centro do uni-
verso, a crítica mordaz que mo-
ve aos contemporâneos, o amor
não correspondido por uma
atriz, com quem, no entanto,
muito mais tarde, vem a casar-
se — e que depois abandona —,
a amplitude da cultura, que o
fazia dirigir-se a Shakespeare,
aos monumentos literários, em
busca do elemento gerador da
criação musical, definem esse ti-
po romântico de artista que foi
o maior compositor francês do
seu tempo. A música para Ber-
lioz é pintura dos sentimentos,
como prova o paralelo estabele-
cido nas Memórias, entre a mú-
sica e o amor:
"Qual das duas
potências
pode elevar o homem às mais
sublimes alturas, o amor ou a
música?... É um grande pro-
blema. Parece-me, contudo, que
se deveria dizer o seguinte: o
amor não pode dar-nos uma
idéia da música; a música, en-
tretanto, é capaz de nos repre-
sentar o amor... Por que sepa-
rá-las uma da outra? São as
duas asas da alma."
Impossível ultrapassar Ber
lioz em força evocadora de pai-
xões, da "música de programa".
E esse romântico da mais pura
água, tão descabeladamente ro-.
mântico que nos dá a imoressão
de um personagem de Hoffmann
ou de Poe, transplantado para
o solo francês, foi o campeão de
Beethoven, na França, onde im-
pôs a obra, e de cujo gênio de
certo modo se inspira. Foi tam-
bém um escritor de primeira
ordem, verdadeiro estilista,
transbordante de espirituosa
fantasia que, por exemplo, em
um dos seus livros — Les Soi-
rées de L'Orchestre —.mostra
de que maneira agradável e im-.
prevista os músicos podem em-
pregar o tempo, nos casos ba*-
tante freqüentes em que a com-
posição executada prima pela
falta de interesse:
"Há um livro
em todas as
estantes, ao lado do caderno de
música. De maneira que o mú-
sico, na aparência inteiramente
absorvido pela contemplação da
sua parte, ocupado a contar as
pausas, esperando o momento
da entrada, está quase sempre
preso por inteiro às cenas ma-
ROBERT SCHUMANN
ravilhosas de Balzac, aos encan-
tadores quadros de costumes de
Dickens e até ao estudo de qual-
quer ciência. Conheci um que,
durante as quinze primeiras re-
presentações de uma ópera cé-
lebre, leu, releu, meditou e com-
preendeu os três volumes de
Cosmos, de Humboldt; outro,
durante o longo sucesso de uma
obra tola, perfeitamente desço-
nhecida hoje, chegou a apren-
der o inglês; e ainda um tercei-
ro, dotaao de memória excep-
cional, narrou a seus vizinhos
mais de dez volumes de contos,
novelas, anedotas e facécias."
Esse último tipo — o narra-
dor de casos — era o mais re-
presentativo da orquestra, onde
as conversas em voz baixa os
risos e as exclamações abafadas
só cediam em face da execução
de uma obra de importância
verdadeira, alguma Sinfonia de
Mozart ou de Beethoven, uma
Abertura de Weber, ou um poe-
ma sinfônico... de Berlioz. São
precisamente as histórias nasci-
das da imaginarão escaldante do
músico, e por ele atribuídas aos
instrumentistas fatigados pelos
eternos acompanhamentos de
ópera, que comtituem Les Soi-
rées de L'Orchestre, onde há
alusões, também, a um outro
aspecto da figura de Berlioz —
o de crítico de música. Berlioz
declarou que a música represen-
tava para ele uma função natu-
ral. enquanto a crítica era um
trabalho forçado. Fazia crítica
porque a música, a sua grande
música, não Iht dava para viver.
Mas foi um mestre cintilante da
prosa francesa. Compositor dos
maiores do Romantismo, criou o
poema sinfônico e fez evoluir a
música de orquestra, abrindo o
caminho a Liszt e Richard
Strauss, a Saint-Saens e Paul Du-
kas.
Debussy
Com Debussy dá-se o adven-
to, no plano definitivo da cria-
ção, de uma tonalidade nova,
que ladeia a crise tonai centro-
européia. Expnme-se em língua
musical essencialmente france-
sa, o que teve as mais largas
conseqüências quanto ao desa-
brochamento das escolas nacio-
nais de .outros países, servindo
de impulsão a um Falia, Stra-
vinsky da primeira fase, Bartók
de determinado período — en-
quanto o teatro lírico de Debus-
sy repercute no Woneck de Al-
ban Berg — e por isso mesmo,
por ser medularmente francês,
se embebe do meio circulante.
Daí o trinômio — música, poe-
lia simbolista. pintura impres-
sionista — que constitui a ha-
bitual
-> exameaparelhagem, crítica para
da música de Debussy.
Será bem próprio de um im-
oressionismo ciítico superficial
qualificar sumariamente de im-'
oressionista a música de Debus-
sy. A grande música possui po-
feres nara penetrar bem abaixo
das anarências sensíveis e ir ao
coração dos fenômenos que se
proiõe a apreender. Teríamos
pssim uma enrtradição em ter-
mns se supuséssemos um grande
músico que Fe contentas"*» a"e-
nas com o reino das aparênci?s
e o feixe das mutáveis imnres-
soes que recolhe. O que é válido
pm pintura, quando um M^et
fixa o mesmo tema s^b as dife-
rentes luzes da senüênria ^o
transcurso das horas se torna
CLAUDE DEBUSSY
EURICO
NOGUEIRA
FRANÇA
inadequado em música, que visa
sempre ao essencial dos seres e
das coisas. O próprio Debussy
se insurgia contra a estética
pietórica impressionista: contra
aqueles pintores que, no dizer
de Rollo Myers (Debussy —
Great Lives), buscam to render
objects not as they seen, concen*
trating their efforts on captu»
ring merely those epherneral
aspects of nature which change
from hour to hour according to
the vagaries of light and atmos-
pheric conditions.." Música im-
presslonista! diz-se, entretanto,
e se repete, de todos os lados. O
rótulo vem aposto tão universal-
mente que não pode deixar de
conter, como dc fato acontece,
uma parte da verdade.
A obra orquestral mais impor-
tante de Debussy que se enqua-
dra na estética impressionista
são os Noturnos — Nuages, Fê-
tes, Sirenes, esta última parte
com o coro feminino que traduz
o misterioso cântico das sereias
— e cujo títUio, diz o mestre,
não se deve tomar no sentido ha-
bitual que assume em música, e
sim no de abranger "as várias
impressões e os especiais efeitos
de luz que a palavra implica".
Outra grande obra, porém, que
o mar inspira a esse ex-futuro
marinheirOj La Mer, que ama-
nhã ouviremos, como obra prin-
cipal do programa, nada tem
de impressionista, constituindo
um tríptico não menos pujante
do que aquele outro, mas de li-
nhas formais clássicas.
Albert Roussel
Debussy, segundo o desígnio
familiar deveria haver sido ofi-
ciai da Marinha — carreira que
Roussel começou a seguir, mas
logo abandonou, trocando-a pela
música. Na juventude foi atraí-
do pelo estilo impressionista de
Debussy e, discípulo de Vincent
dTndy. procurou conciliar o im-
pressionismo c as estruturas
clássicas.
É quase nosso contemporâ-
neo, porque morreu em 1937, e
sua suite n.° 2 de Bacehus et
Ariane, que ouviremos amanhã,
a extraiu do bailado, em dois
atos, que tem coreografia de Li-
far. Quando o ballet foi visto
pela primeira vez em Paris, des-
creveu-o Henri Prunières "como
uma das mais felizes e originais
produções da escola francesa, no
gênero, em muitos anos".
Roberto Schumam
É evidentemente ocioso falar
do gênio de Robert Schumann
a propósito da Primeira Sinfo-
nia, que consta do programa de
amanhã. Mas cabe sempre suge-
rir que o Schumann orquestral
é uma aplicação à música sinfô-
nica dos melhores atributos do
maravilhoso autor de peças
pia-
nísticas e de Lieder. Schumann
não inova a orquestra. Assim
mesmo, os quatro movimentos
da Primeira Sinfonia prendem e
encantam o ouvinte, em uma
obra cujo caráter geral se tra-
duz pelo apelido que foi lhe
aposto de Sinfonia da Prima-
vera.
ALBERT ÍOUSSÜ-
 DIRETOR ECONÔMICO
Ano II — Número 536
AGENDA
Poder do comércio
O hábil diplomata Paulo de Tarso Flexa
de Lima, em mesa-redonda com os redatores
do Diretor Econômico (ver páginas seis e
sete), destaca o fato de que o comércio ex-
terior é uma óbvia expressão de afirmação
nacional. "Na medida do nosso crescimento,
em que aumentamos a atividade internacio-
nal, vamos também ficando nação mais forte,
porque nação forte é aquela que comercia
muito". ¦
E nós temos um instrumento fundamen-
tal, que é o nosso poder de demanda interna.
O mercado de importação está crescendo a
uma taxa de 15 por cento ao ano. No ano
passado, as importações somaram 3 bilhões
e 750 milhões de dólares (CIF) e 3 bilhões
e 250 milhões de dólares (FOB), por força
do imperativo de importar ou deixar de crês-
cer. Por isso, Paulo de Tarso acha que che-
gou o momento de começar a utilizar esse
poder de demanda, que é "um poder poli-
tico que nós não podemos transferir".
Lembra o diplomata que os trading com-
pames do Japão surgiram exatamente como
um imperativo de utilização do poder de de-
manda japonês: "foi através de uma adequa-
da estrutura de comercialização que o Japão
consagrou, naquela época, o princípio que
hoje o Plano Nacional de Desenvolvimento
Brasileiro defende, ou seja, a aliança entre
Governo e empresa".
Agora, os Estados Unidos também toma-
ram consciência da utilização desse
demanda. No ano passado, o Presidentepoder de
Ni-
xon encomendou ao então assessor e hoje
Secretário de Comércio um estudo sobre o
assunto. Conclusão do trabalho: os norte-
americanos devem utilizar o seu poder de
demanda, através da criação de grandes com-
panhias de comercialização que possam me-
lhorar a sua posição negociadora.
Por tudo isto, Paulo de Tarso considera
que a trading company não é preponderan-
temente um instrumento de promoção de ex-
portaçoes, mas, sobretudo, "um instrumento
de utilização da capacidade de demanda para,
através dessa utilização, melhorar as condi-
ções. de comercialização".
Não é à toa que, no Japão, 81
cento
das importações são feitas através pordas tra-
ding companies, enquanto elas manipulam
69,3 por cento das exportações totais.
Gaúchos contra aumentos
POETO ALEGRE (Sucursal) - A Federação de Agricul-
tura do Rio Grande do Sul reclamou aos Ministérios da
Agricultura, Indústria e Comércio e Fazenda, contra os
aumentos nos preços.do sal e do frete marítimo. Disse
«no momento em
que o Governo se empenha no combate
à carestia. o produtor se depara--com aumentos contínuos
dos preços de bens necessários à sua atividade. Ha
assistimos ao aumento de 50 por cento no pouco
preço do sal,
que passou de 40 para 80 cruzeiros por tonelada na fonte.
Ao mesmo tempo, o frete marítimo era majórado em 25
por cento".
O PODER ECONÔMICO - Belo Horizonte (Sucursal) -
Varejistas de Minas denunciaram a criação de um no-
i vo poder econômico com a instalação, em Belo Horizonte,
de um empório de grandes proporções (área de mais de
20 mil metros quadrados), superando o processo de im-
plantação de supermercados. Segundo Nelson Lemos de
Carvalho, vice-presidente da União dos Varejistas, o no-
vo grupo pretende conquistar o mercado da capital,
com influência decisiva cm todas as categorias comer-
ciais, aumentando a competição e as dificuldades das
firmas estabelecidas.
LIVRO 3 — Belo Horizonte (Sucursal) — Em telegra-
ma ao ministro da Fazenda, o presidente da Federação
do Comércio, Antônio Martins de Araújo, solicita estu-
dos especial a fim de que as empresas comerciais sejam
dispensadas do uso do livro 3, instituído pelo Slnieí, para
controle da produção e do estoque de mercadories. Dis-
se ser preciso desafogar as empresas das chamadas obri-
gações tributárias acessórias, pois os gastos com o do-
cumentário fiscal atingem percentagens significativas.
PROSPECÇAO PESQUEIRA - Recife (Sucursal) - Nos
próximos 4 meses, será iniciada a fase de prospecção
dos recursos pesqueiros existentes ao longo do litoral do
Nordeste, que será executado no prazo de 18 meses. A
Sudene assinou convênio com a Universidade Federal do
Rio Grande do Norte para coleta de informações cstatis-
ticas sobre pesca marítimas no litoral daquele Estado,
parte do programa da autarquia. O documento prevê
execução de trabalhos durante todo o ano de 1972, po-
dendo, a critério das duas partes, ser prorrogado. O
levantamento será realizado pelo Instituto de Eiologia
Marinha, da Universidade.
AGLOMERADOS — Belo Horizonte (Sucursal) — Levan-
tamentos feitos por equipe da Escola Superior de Flores-
tas da Universidade Federal de Viçosa e técnicos da
Acaf mostram que já pode ser implantada indústria de
aglomerados na 2tona da Mata. O trabalho, realizado a
pedido da Minaspac, indústria madelreira que se insta-
Ia na região, indica que já existem cerca de 730 mil me-
tios cúbicos de eucalipto em área com raio de. no má-
xlmo, 150 quilômetros de Ubá. cidade onde será instala-
da a indústria.
EMPRÉSTIMOS — Brasília (Sucursal) — Teve prosse-
guimento, ontem, o VI Curso de Estudos Brasileiros da
UNB, com a conferência de José Botafogo Gonçalves,
chefe da Divisão de Política financeira do Itamaiati. sob
o tema "problemas financeiros internacionais". Descre-
veu o papel dos financiamentos externos no desenvolvi-
mento dos países atrasados.
EXPORTAÇÃO — Belo Horizonte (Sucursal) — A Em-
presa Mineira de Exportações (Emex) acertou a venda de
3.400 toneladas de algodão em pluma para o Japão. O
produto, do Norte e Nordeste do Estado, será entregue,
parceladamente, depois de reprensado pela filial de São
Paulo. Foi adquirido pela firma C. Itó. que vai pagar
2,5 milhões de dólares pela partida.
MENÇÃO- CONTADORES
Escolham esle mo i irei mineira ds SÜDEIIE pan seus Incentivos Flscair
£ bom diversificar — Cuidamos de Ioda a documentação
Chamem nosso correlor
NORTEMINAS- ASSESSORiA DE APLICAÇÃO DE INCENTIVOS FISCAIS LTDA.
5 Rv.RloBranco,1S6-Grupo1406-Tcls,222-0332e267-1Ò97
CORREIO DA MANHÃ
Container terá regulamentação
Quatro do solúvel
PERY COTTÁ
no mercado interno
Com a revelação esta semana da intenção da Dominium
de entrar no mercado interno de café, sobe a quatro o
número de empresas fabricantes ae solúvel que atuarão
na comercialização de café torrado e solubllizado no Pais.
As outras empresas são a Cacique, que já tem seu pro-
duto lançado em São Paulo com a marca Pele; a Dinamo,
que tem todo o seu esquema montado para também lan-
çar marca própria de café torrado e moldo, e a Realcaíé,
de Vitória, que em breve estará no mercado com duas
marcas — Co/uso, de qualidade considerada inferior, e
Cof-Caf, de nível superior.
DOMINIUM SANEADA
A Dominium, segunda maior produtora nacional de
café solúvel, parece, enfim, saneada dos graves problemas
que a envolveram há dois anos, com o pedido de uma
"concordata inviável", e faz planos para atuar com certa
agressividade nos mercados interno e externo.
A empresa, inclusive, aumentou sua capacidade indus-
trlal para essa nova investida. Segundo o relatório de sua
diretoria, divulgado esta semana, "durante os 40 meses do
regime especial de administração (intervenção judicial) a
que esteve submetida a sociedade, Inúmeros aperfelçoamen-
tos técnicos foram introduzidos no conjunto industrial".
Adianta o relatório que "novos equipamentos foram intro-
duzidos e instalados, resultando em maior produtividade
e aprimoramento do produto final", pois "tais Inversões
eram absolutamente imprescindíveis, a fim de colocar a
Indústria em condições tecnológicas competitivas".
— Visando, ainda, à ampliação das atividades indus-
trlals, no âmbito social, foi aumentado o patrimônio da
empresa com a construção de amplo armazém no recinto
fabril e, em Londrina — onde a sociedade mantém uma
filial — foi incorporado ao seu imobilizado, por compensa-
ção de créditos, outro armazém equipado com 10 máquinas
eletrônicas destinadas à padronização de café em
estando, pois, a empresa aparelhada para ingressar grão, no
mercado interno.
REATIVAÇÃO
Ressalta o documento, ainda, que "a reativação da ati-
vldade fabril e comercial da Dominium, em pouco mais
de dois anos de regime de intervenção, possibilitou a
latina regularização da vida. administrativa da empresa pau-
e o
equaclonamento dos problemas relacionados com o dimen-
sionamento do seu capital social".
Permitiu, igualmente, "o desfazimento das ruinosas in-
corporações do complexo industrial do Moinho Inglês e da
Companhia de Melhoramentos de Paranapltanga, a reall-
zação de expuros de contabilidade, revisão dos procedimen-
tos fiscais contra ela intentados em razão de sua inadim-
plência no pagamento ae tributos à União e ao Estado, bem
como a adoção de inúmeras outras providências de ordem
contábil, legal e administrativa, em busca do completo
saneamento da. sociedade".
Plataforma terá seus
recursos pesquisados
Com a presença dos Ministros Dias Leite, das Minas
e Energia, e Adalberto de Barros Nunes, da Marinha, foi
assinado, ontem, no gabinete do presidente da Pétrobrás,
que, um convênio entre essa empresa e quatro outras entida-
des técnicas nacionais, para a execução de um progra-
ma de reconhecimento oceanográíico global da margem
continental brasileira.
O trabalho, que deverá durar cerca de três anos, con-
tara com a colaboração de duas importantes instituições
de pesquisas sediadas nos Estados Unidos: a Woods Hole
Oceanographic Institution e o Lamont-Doherty Geologi-
cal Observatory.
DUAS FASES
O levantamento projetado levará em conta, sobretu-
do, os aspectos de geologia e geofísica marinha, desdo-
brando-se em duas fases distintas. A primeira, com ca-
ráter preliminar, terá por objetivo a compilação e a in-
tegração dos dados existentes. A segunda, de natureza
operacional, consistirá na realização de cruzeiros maríti-
mos, processamento e interpretação dos dados obtidos.
Foram as seguintes as entidades que assinaram com
a Pétrobrás o referido convênio: Departamento Nacional
da Produção Mineral, Cia. de Pesquisa de Recursos
MI-
merais. Diretoria de Hidrografia e Navegação, do Minis-
tério da Marinha, e Conselho Nacional de Pesquisas.
S. Paulo já diminuiu
número de falência*
SAO PAULO (Sucursal) — Dados obtidos em trabalho
realizado pelos técnicos da Secretaria de Economia
Planejamento indicam que em fevereiro de 1972 e Comercial com um volume de
o nú-
íalências- requeridas na capital, ultrapassou, em'
?í,eí«d?
1Z,8% as registradas no mês passado. Contudo as falên-
cias decretadas em todo o Estado acusaram um decrésci-
mo de 18,6%.
No mesmo período, foi de 34,4% a diminuição das
concordatas requeridas na capital, enquanto se verificou
um aumento de 44,4% no total de concordatas deferidas
em todo o Estado.
Em relação a igual período do ano anterior, dados
referentes a fevereiro de 72 mostram um aumento de
21,6% nas falências requeridas na capital, enquanto as
decretadas em todo o Estado acusaram expansão d°
3,6%.
Comparado a fevereiro de 1971, o aumento observa-
do no total das concordatas requeridas na capital e das
concordatas deferidas no Estado, em fevereiro deste ano
(118,2% e 105,3%, respectivamente), foi considerável-
mente maior.
TÍTULOS PROTESTADOS
Em fevereiro de 1972, foram protestados na capital
22.264 títulos, num valor total de Cr$ 32.183 mil, obser-
vando-se uma redução de 2,3% no que se refere à quan-
tidade e 9,3% no que diz respeito ao valor comparado
ao mês anterior.
Comparando-se dados de fevereiro/72 com os de
igual período de 1971, verifica-se um comportamento
negativo desses títulos, com um aumento de 17,4% no
total de títulos e de 31,4% n0 valor dos mesmos.
No total de títulos protestados, a proporção de du-
plicatas foi de 59,6% em fevereiro de 1971, caindo para
51,0% em fevereiro deste ano.
NOTAS PROMISSÓRIAS
A proporção de notas promissórias, cheques e letras
de câmbio protestados foi de 36,2%, 9,3% e 3,5%, res-
pectivamente.
Protestos contra pessoas jurídicas atingiram
Cr$ 19.179,00 mil (8.515 títulos no valor médio de ...
Cr$ 2.252,36). Desses protestos, couberam à indústria
45,7% do valor total, e ao comércio, ao setor de confec-
ções (indústria e comércio) e ao setor de serviços, 28,2%,
13,7% e 12,4%.
Os títulos de pessoas físicas e firmas individuais que
foram a protesto totalizaram Cr$ 13.004,00 em 13.739 ti-
tulos no valor médio de Cr$ 945,82.
Rio de Janeiro, domingo, 23 e 2." feira, 24 de abril de 1972
Um grupo de empresários bra-
sileiros está se organizando no sen-
Transporte Internacional por Con-
tainers. Para a realização desta con-
ram nem discutir, por exemplo, a
idéia de que as companhias impôs-
tido de fundar uma leasing compa- ferência. a Imco convocou reuniões sibilitadas de instalarem escritório»
ny que, no prazo máximo de dois preparatórias com organismos eco- em um pais pudessem atuar atra-
anos, já deverá contar com cento e nômicos e jurídicos internacionais vés de representação feita por uma
cinqüenta escritórios internacionais
especializados no transporte de car-
ligados ao transporte marítimo. Co-
mo resultado do trabalho desses or-
firma local.
Outro ponto em discussão é o
gas por meio de containers. servindo, ganismos, foi preparado um estudo,
desta forma, como suporte ao comer- conhecido por Projeto de Convenção prazo que o projeto da ONU esta-
cio exterior do Brasil.
belece para a permanência da car-
sobre Transporte Combinado de Mer- ga nos containers, sem que estes se-
Enquanto isso, autoridades go- cadorias, concebido sob a inspiração
vernamentais informam que a nova dos interesses europeus".
jam abertos. Para os técnicos da
legislação sobre o assunto — que de- ONU, o prazo máximo seria de 60
Foi, então, que, segundo os téc- dias, enquanto que os representan-
verá ser divulgada simultaneamen- nicos brasileiros, "para aprimorar tes brasileiros consideram mais po-
te com a das trading companies — esse projeto, cuja redação atual
deverá acabar com a cláusula que ameaça a política de proteção à Ma-
sitiva a operação conjugada com
armazéns alfandegados, com um pra-
proibe a companhias estrangeiras o rinha Mercante, além de permitir
transporte interno de cargas em con- zo de 120 dias antes da abertura
que o controle do transporte inter- dos containers..
tainersi a irão ser que tais cargas no de cargas envolvidas no tráfego
sejam destinadas à exportação. internacional passe para operadores DISCUSSÃO EM GENEBRA
PROTEÇÃO PREJUDICA estrangeiros, o Governo brasileiro O Projeto de Convenção sobre
Atualmente, todas as companhias conseguiu que se aprovassem reso- Transporte Combinado de Merca-
proprietárias de containers quo dorias — que terá, como conseqüên-
luções, no Comitê dos Transportes
atuam no Brasil são estrangeiras. Ao Marítimos da Unctad e no Ecosog. no cia, uma legislação internacional
utilizar-se daquele instrumento, o sentido de se estudarem as implica- sobre o empregado de containers —
exportador brasileiro opera em regi- ções econômicas da convenção para será discutido pela ONU em novem-
me de aluguel, pagando dois dóla- os países em desenvolvimento, antes bro próximo, em Genebra. Até lâ,
res e melo por dia por container uti- de qualquer decisão internacional os técnicos brasileiros, fortalecidos
lizado. Desta forma, o aparente pro- sobre a matéria. Esses estudos e a pelo apoio recebido durante
tecionismo governamental ao empre- união de todos os países subdesen- Unctad, esperam poder juntar argu-
sariado brasileiro, proibindo que mentos para a transformação do
companhias estrangeiras transpor-
volvidos poderão reorientar o proje-
atual projeto. Outro ponto favorá-
to, tirando-lhe as atuais cláusulas
tem. no mercado interno, cargas discriminatórias e abrindo o cami- vel, politicamente, deverá ser o fato
através de containers, acaba prejudi- nho para os novos transportadores de que o Brasil, até então, já con-
cando o exportador que, ao alugar, tara com uma legislação especiall-
de cargas marítimas".
por exemplo, um container numa ONU COM OS RICOS zada.
cidade de São Paulo para realizar Ao declarar que o projeto atual SEM BUROCEACIA
transporto de carga através do Por-
da ONU sobre utilização de con- Para o exportador brasileiro, a
to de Santos, é obrigado a levar o tainers "foi concedido sob inspira- nova legislação sobre containers de-
container vazio até o porto, pagan-
ção dos interesses europeus", os téc- verá abrir uma sírle de possibili-
do assim, inutilmente, pelo tempo nicos brasileiros levam em conta um
do aluguel. A queda da proibição dades, uma delas é a desburocratl-
vai permitir a realização de opera-
dos aspectos principais do projeto, zação do processo fiscal. Para ex-
segundo o qual uma companhia,
portar cargas através de containers,
ções combinadas de transporte, tor- para transportar cargas em contai- o empresário só precisa avisar, com
rrando mais barata e, assim, mais ners através do território de país
acesível ao exportador brasileiro o (antecedência, uma das delegacias
estrangeiro, é obrigada a, antes de da Receita Federal que, no dia e ho-
envio de cargas através de contai- realizar a operação, possuir um es-
ners. ra combinados, envia à fábrica um
critório especializado em funciona- fiscal o qual estará presente ao ato
GOVERNO ATENTO mento naquele mesmo país. Ora, de carregamento do produto. Depois
A preocupação do Governo bra- afirmam os técnicos brasileiros, a
de lacrado pelo fiscal, o container
sileiro com o emprego de containers instalação de agências só é possível só será aberto ao chegar ao porto de
não c, entretanto, uma novidade. A a grandes firmas multinacionais destinação, libertando, com isto, o
própria discussão, atualmente na com capital suficiente para realizar exportador de uma série de proces-
Unctad, foi provocada por uma su- tal despesa mesmo num país com o sos burocráticos alfandegários,
gestão brasileira, em meados do ano qual o seu comércio r.ãc seja muito Além disso, a par da nova le-
passado, Senão, vejamos a opinião intenso. Os subdesenvolvidos, que gislação, o Governo precisará rea-
dos técnicos governamentais em es- somente agora estão se preocupan-
tudo realizado em julho de 1971. Diz do com a utilização dos containers,
lizar investimentos no setor portuá-
rio, que está necessitando de novas
o trabalho (editado, mais tarde, pe- teriam de continuar a alugar o ma-
Ia publicação especializada em Co- terial das grandes firmas que, des-
instalações adequadas para o uso de
containers. Fontes empresariais in-
mércio Exterior, do Itamarati). que ta forma, continuariam com o mo- formam, inclusive, que esta seria
"a grande manobra Internacional, nopóllo do setor. uma das reivindicações básicas da
promovida pelos interesses dos ar- SEM NEGOCIAÇÕES trading companies japonesas para
madores europeus, envolve o trans-
porte por container. No ano passado,
Foi tão evidente a influência
dos Interesses das grandes compa-
instalarem seus entrepostos adua-
neiros junto do porto do Rio que,
o conselho Econômico e Social das nhias transportadoras na feitura do
Nações Unidas (Ecosog), incumbiu
a Imco da preparação de uma Con-
Projeto da ONU quç, informam
técnicos brasileiros, os representan-
ao contrário do de Santos (já me-
diocremente equipado) não oferece
boas condições para este tipo de
ferêrreia das Nações Unidas sobre o tes daquela organização não qulse- transporte de cargas.
GRUPO
ANDRADE
ARNAUD
E
GRUPO HALLES
comunicam que estão agora uni-
dos, visando a proporcionar ainda
melhores serviços aos seus clientes.
Da união resultará um Banco
depósitos de mais de Cr$ 500 mi-
lhões e mais de 100 agências dis-
tribuídas em todo o território na-
cionai, além de um Banco de In-
vestimentos com um volume de
captação acima deCr$ 800 milhões.
As demais empresas compo-
nentes do novo Sistema, ou seja,
Financeiras, Corretoras, Distribui-
doras, Turismo, Leasing, Cartão de
Crédito e Seguros, passarão tam-
bém a operar com objetivos mais
amplos, em consonância com o
Brasil de hoje.
)®( GRUPO ANDRADE ARNAUD
d GRUPO HALLES
 "Ajuda vinculada"
provoca mais inflação
COMENTÁRIO
Aonde vamos
JOÃO PINHEIRO NETO
0 livro de Kerstin e Hannes Alfven,
Aonde Vamos?, editado agora no Brasil pe-
Ia Nórdica, em excelente tradução direta do
sueco, pelo jornalista Jaime Bernardes da
Silva, merece ser lido e meditado por todos
os que se interessam por uma palavra lúcida
e objetiva acerca dos destinos do Homem.
Não interessa aos ilustres autores, ele Prê-
mio Nobel de Fisica e ela, sua mulher, pro-
fessora de Sociologia em Estocolmo e na Ca-
lifórnia, a visão medíocre dos acontecimerir
tos, com as pressões ideológicas a forçarem
nos homens a hostilidade cretina e sem sen-
tido. A crítica que fazem dos políticos e de
sua incapacidade de melhor gerenciar os des-
tinos da humanidade é de grande alcance e
merece ser ponderada devidamente.
Poder e políticos
"A nossa afirmação
quase truísta, no ca-
pítulo anterior, de que os graves desajustes
mundiais são conseqüências da falha organi-
zação internacional, faz convergir imediata-
mente a luz dos projetores para aqueles que
concentram em si as grandes responsabili-
dades, isto é, os politicos e, principalmen-
te, os políticos que detêm em suas mãos,
mais ou menos competentes, os fios tantas
vezes emendados e já tão gastos da política
mundial. Eles compõem um bando de muitas
matizes. Há os revolucionários barbudos
empurrados e sustentados por movimentos
populares que eles mesmos criaram, há os
generais de muitos galões dourados que to-
maram o poder através de golpes militares,
há os camponeses intelectualizados que orga-
nizaram vitoriosos levantamentos nos cam-
pos e, por último — mas não menos impor-
tantes —. os gangsters partidários, membros
de uma maquinaria política que com certeza
a souberam usar para alcançar o poder. Uns
são radicais, outros reacionários, alguns pa-
ternalistas, outros brutais, poucos são jovens
e, na maioria, velhos. Entretanto, por defini-
ção, todos são parecidos em dois aspectos:
primeiro, estiveram em condições de tomar
o poder; segundo, estão em condições de man-
tê-lo.
Talvez se possa acrescentar uma tercei-
ra qualidade comum: a maioria receia per-
der o poder e a sua principal preocupação
é conservá-lo o mais tempo possível, o que
explica em parte por que o mundo é co-
mo é."
A futurologia
"O
problema de analisar cientificamen-
te o que poderá ser previsto só nos últimos
tempos tem sido encarado a sério. Com fre-
qüência demasiada fazem-se previsões se-
gundo a perspectiva de que as mesmas for-
ças, as mesmas tendências, que atuam pre-
sentemente, continuarão agindo por toda a
eternidade. A futurologia encontra-se ainda
num estágio de adivinhações e de discussões
gerais sobre metodologia. No entanto, em
nossa análise das posições do Homem na dé-
cada de 70, teremos de incluir forçosamente
uma tentativa de avaliação das probabilidades
futuras, isso muito simplesmente porque a
maneira de agir do Homem, hoje, é sempre,
em grande parte, determinada por aquilo que
ele espera do amanhã."
Vida e cosmos
As origens da vida, os problemas cósmi-
cos, sabedoria e ignorância, o destino final
da Humanidade, a inadequação dos sistemas
políticos e muitos outros temas são aborda-
dos nesse pequeno grande livro, de apenas
pouco mais de 100 páginas. Aonde Vamos?
Eis a pergunta.
Controle financeiro
Já que o assunto do comentário foi li-
vro, aqui vai mais uma recomendação: Con-
troladoria Financeira das Empresas — Uma
Abordagem Prática, de autoria do Professor
Nguyen H. Tung. O livro é fruto da experi-
ência que o Professor Tung adquiriu no Bra-
sil durante os últimos 15 anos, trabalhando
em áreas financeiras de várias empresas, co-
mo Listas Telefônicas Brasileiras S.A., Du
Pont do Brasil S.A. Indústrias Químicas,
RCA Eletrônicas etc. Também lecionou na
Escola de Sociologia e Política de São Paulo,
na Escola de Administração de Empresas da
Fundação Getúlio Vargas.
Trata-se de trabalho prático destinado
não-somente à preparação dos estudantes de
Administração de Empresas, Ciências Eco-
nômicas e Ciências Contábeis, como também
às empresas que queiram aplicar método de
controle financeiro integral, visando maior
rentabilidade.
Exterior.
Uruguai tem dívida
de ÜS$ 690 milhões
A dívida externa do Uruguai.— 690 milhões de dó-
lares — foi revelada oficialmente, através da interpela-
ção ao ministro da Economia e Finanças, Francisco For-
teza, pelo Deputado Guillermo Garcia Costa.
A sessão na Câmara teve de ser suspensa por falta
de quorum, mas soube-se que 270 milhões de dólares
devem ser pagos este ano. O ministro afirmou que "há
perspectivas de conseguir refinanciamento; tudo é quês-
tão de fazê-lo bem e com honra".
CAUSAS
Garcia Costa fez um extenso discurso sobre a situa-
ção econômica do Uruguai, afirmando que a dívida ex-
terna "afoga o país" e dificulta os planos de desenvolvi-
mento. O sacrifício nacional nos últimos anos "foi uma
mentira; estamos muito pior que antes; é uma pesada
carga que fica sobre gerações futuras" e que se arrasta
há pelo menos vinte anos.
"A situação é conseqüência
de dois tipos de causas:
externas, das quais não nos cabem responsabilidades, co-
mo são o deterioramento dos termos de intercâmbio, a for-
mação de blocos econômicos em torno das grandes potên-
cias, dos quais a América Latina, ficou excluída, © o crês-
cimento do desenvolvimento técnico e científico, do qual
também vamos ficando à margem."
"E as internas, das
quais, sim, nos cabem responsa-
bllidade, como são o paralisação do pais pelo estancamen-
to da tecnologia e falta de capacidade para utilizar nossos
recursos, a má distribuição da mão-de-Qbra e a escassez
de empregos", afirmou Garcia Costa.
PARALELO
Acrescentou que a política econômica do governo é
semelhante à que o ministro argentino de Finanças, Rie-
ger Vasena, quis implantar em seu país e que "terminou
no Cordobazo".
"Com o
pretexto de chega: à estabilização, ocorre a
intervenção abrupta do Poder Executivo para tentar ob-
jetlvos econômicos. Voltou sua luta contra a inflação, mas
não criou elementos econômicos que possibilitariam cor-
rigir os fatores que produziram a inflação."
Pretendeu-se congelar as causas da deterioração e da
inflação, mas como estas não podem ser suprimidas por
decreto, o câncer que carcomia o país continuou crescen-
do até trazer-nos a situação atual.
O ex-presidente Jorge Pacheco Areco congelou em
1968 os preços e os salários, para conter a inflação que
em 1967 havia batido todos os recordes: 136,5 por cento
de aumento no custo de vida. A Inflação em 1972, segundo
os índices governamentais, teve no primeiro trimestre um
aumento de 18,69 por cento. A reação dos assalariados
foi através de greves, quando se uniram à Convenção
Nacional de Trabalhadores (CNT), controlada pelos co-
munistas.
ACORDO COM O MCE
Uruguai e o Mercado Comum Europeu (MCE), ini-
ciam, nesta segunda-feira, negociações sobre c primeiro
acordo comercial entre ambas as partes, nas mesmas ba-
ses do que foi assinado entre europeus e argentinos.
O Uruguai deverá conseguir um convênio trienal so-
bre a exporatção de carne- No tocante à Argentina, o
acordo — o primeiro feito entre o MCE e um país la-
tino-americano — baseou-se na carne congelada, principal
artigo de exportação dos argentinos para a Comunidade
Européia.
Embora não tenha modificado a tarifa alfandegária
de 20 por cento que se aplica ao produto, o MCE con-
cordou suspender uma parte das sobretaxas variáveis.
Em conseqüência, a Argentina, que exportava anualmen-
te 22 mil toneladas métricas de carne, pôde aumentar
suas exportações para 30 mil toneladas. O MCE projeta
oferecer uma concessão idêntica ao Uruguai. A lã uru-
guaia está isenta de direitos aduaneiros e os demais pro-
dutos de exportação não desempenharão papel importante
nas negociações.
O Brasil também manteve conversações comerciais
preliminares com o MCE em dezembro e janeiro. Espe-
ra-se para breve a realização de negociações definitivas.
(Montevidéu, Bruxelas, UPI).
MCE começa a limitar .3
margens de flutuação
Os países-membros do Mercado Comum Europeu
(MCE) vão começar a estreitar as margens de flutuação
de suas moedas dentro do limite de 2,25 por cento, numa
primeira tentativa de união monetária, adiada há quare
um ano pela crise monetária internacional.
A partir de segunda-feira, as cotações das moedas do
MCE (e mais tarde as dos paises candidatos ao ingresso
— Inglaterra, Dinamarca. Noruega e Irlanda) deverão va-
riar no limite de 2,22, e não no de 4,5 por cento autoriza-
dos pelo realinhamento monetário internacional, dezem-
bro último.
CONSEQÜÊNCIAS
A primeira redução das margens de flutuação do MCE
toi programada para 15 de junho, mas teve de ser adiada
porque no mês de maio decidiu-se permitir que o marco
alemão e o florim holandês continuassem flutuando.
Nos últimos dois dias, os bancos centrais dos países-
membros da Comunidade anunciaram as novas bases de
flutuação. Segundo fontes em Bruxelas, foi apenas um
problema de comunicação que impediu que a libra es-
terlina tomasse parte no novo sistema.
A introdução das margens de 2.25 por cento não afe-
tara os mercados de câmbio internacionais no início, des-
de que todas as moedas da Comunidade comecem agor_a
dentro deste limite.
A partir de segunda-feira, se uma moeda chegar ao
seu máximo permitido, o Banco Central desse país deve-
rá vender sua moeda e comprar outra que esteja em seu
nível mínimo. Se a situação continua, o banco permanece
comprando sua moeda e vendendo a outra. Não há limites
para a compra. Mas o fato de o país devedor, cuja moeda
está no limite mínimo, dever reorganizar-se no prazo de
um mês. impede que surja indefinidamente a situação de
débito. (Bruxelas — Reuters.)
Produção mundial de
trigo será recorde
A produção mundial de trigo alcançará provavelmwi»
te a cifra recorde de 318 milhões ài toneladas, na tem-
porada 1971/72. segundo uma analiso trimestral do Con-
selho Internacional do Trigo, publicada em Londres. A
colheita ultrapassará, assim, em 10 milhões de toneladas
as estimativas anteriores, e terá um crescimento de 10.7
por cento em relação à temporada 1970'71.
O Conselho salientou que para 1972/73 espera-se
uma colheita mundial inferior à atual temporada. Quanto
aos preços, o terceiro trimestre da temporada atual (ja-
neiro/março de 1972) caracterizou-se por uma estabili-
dade continua dos preços para exportação (FOB), com
uma leve tendência à consolidação a partir de março
DEMANDA AUMENTARA
Essas condições estáveis devem-se, essencialmente, à
redução das exportações dos Estado;, Unidos, em conse-
qüência da greve dos operários portuários.
O Conselho considera que o volume dos intercâmbios
comerciais no mundo durante a atual temporada será de
50 milhões de toneladas (contra uma primeira estimativa
de 49 milhões de toneladas), ou seja. uma diminuição de
3.7 milhões de toneladas em relação à última temporada.
SANTIAGO (De Newton Carlos) — O exa-
me de situações Injustas e a denúncia de
fatos trágicos, envolvendo as relações entre
nações ricas e pobres, continuam sendo o as-
pecto mais positivo das Conferências das Na-
ções Unidas sobre Comércio e Desenvolvi-
mento (Unctad). "De cada dólar que aplica
em ajuda multllateral a França recebe seis
de volta, por meio de vinculações a com-
pras no mercado francês e contratos com
firmas francesas", revela o ex-ministro do
Exterior do Chile,.Gabriel Valdez, hoje di-
retor latino-americano do Programa das Na-
ções Unidas para o Desenvolvimento. Os Es-
tados Unidos reembolsam 80 centavos, mas
tem o privilégio de guardar em seus ban-
cos. cem o rendimento contínuo de Juros,
todo o dinheiro destinado a esse programa.
A "ajuda vinculada" lnflaciona os custos
de obras numa média de 30 por cento, nos
países subdesenvolvidos receptores. O presi-
dente da Comunidade Européia. Slcco Mans-
holt, condenou ao plenário a carga de dl-
vidas imposta aos pobres, já totalizando 60
bilhões de dólares, e advertiu contra os "ris-
cos explosivos" do alargamento crescente
do abismo entre subdesenvolvidos e desen-
volvidos. Sem problemas políticos sérios e
principalmente sem guerras, a Europa su-
gere aberturas e amplia a área de conces-
soes paternalistas. A França, por exemplo,
aceita, independente da atitude de outros
paises industrializados, assinar qualquer
acordo de garantia de preços mínimos para
produtos primários. Citou o cacau, estanho.
chá e cobre.
Mas seria uma solução? Os paises ex-
portadores de petróleo mostram que o me-
lhor caminho é a uniSo em termos de sln-
dicatos de países proletários. Hoje os po-
derosos consórcios petrolíferos, que faziam
e refaziam governos, não têm outro recur-
so senão negociar com a Organização dos
Países Exportadores de Petróleo (OPEP),
que impõe preços e a cada ano aumenta
de bilhões de dólares a receita de seus mem-
bros. Os produtores de café examinam a cria-
ção de engrenagem igual. Ê possível que
as circunstâncias de mercado mundial di-
ficultem esse gênero de luta em relação a
muitos produtos primários. Isto não exclui,
no entanto, o fato de que ele é o único efe-
tivo.
CONCESSÕES
O Japão anunciou que proporá aos pai-
ses subdesenvolvidos a abolição da "ajuda
vinculada", num prazo que poderia esgotar-
se em 1974 ou 75. Garantiu ainda que agirá
unilateralmente. caso os demais discordem.
Os Estados Unidos, de seu lado .intervém
na III Unctad com posições duras. Nao «-
zeram até agora qualquer concessão, man-
tendo um comportamento conseqüente com
o discurso de John Irwin. subsecretário de
Estado. O delegado norte-americano dei-
xou claro que o Congresso de seu país não
aprovará, pelo menos por enquanto, qual-
quer medida de liberalização do comércio,
negando-se a atender sugestões de "prefe-
rências tarifárias" para os subdesenvolvi-
dos já aprovadas em reuniões anteriores.
O significativo é que Irwin não hesitou
em justificar os atos unilaterais em política
comercial e monetária* a sobretaxa de 10
por cento e a flutuação do dólar, mostran-
do um quadro negro da economia dos Esta-
dos Unidos em 1971; cinco milhões de desem-
pregados (seis por cento da força de traba-
lho), inflação crescente e déficit no balanço
de pagamentos. "A situação econômica do
país tornava-se crítica", acentuou Irwin, re-
velando que a Unctad conseguia afinal
constranger mesmo os mais poderosos. Uns
fazem promessas, outros simplesmente se
justificam.
REALIDADE E OUTRA
E outro dado positivo. Mas a realidade
é que há muito pouco a contabilizar nesse
Mena quer novo tipo de financiamento
O economista mexicano Antônio Ortlz
Mena, presidente do Banco Interamericano
de Desenvolvimento (BID), reclamou "gran-
de audácia e capacidade de inovação" na
utilização de financiamento Internacional
para o desenvolvimento dos países atrasados.
Em uma Intervenção na tribuna da III
Conferência da ONU sobre Comércio e De-
senvolvimento (Unctad), o alto funcionário
internacional propôs uma revisão das fun-
ções tradicionais dos organismos multilate-
rais de financiamento, para adequá-las às
novas necessidades dos p3íses em desenvol-
vimento e em particular da América Latina,
no que concerne ao BID.
Disse Ortlz Mena que esse novo papel
dos organismos internacionais de crédito po-
200 milhas: Equador critica violação
O Equador criticou severamente os
Estados Unidos, acusando-o de haver vio-
lado claras normas de Direito Intcrnacio-
nal, referente às atividades de pesqueiros
norte-americanos dentro do limite das 200
milhas de mar territorial, reivindicado por
este pais.
O delegado equatoriano Francisco Ro-
sales afirmou em plenário, na III Unctad,
que o Congresso dos Estados Unidos apro-'
vou recentemente medidas coercitivas con-
tra o Equador, baseando-se, ao que parece,
na defesa dos interesses privados sobre a
amizade de um país.
DIREITO SOBERANO
— Não é admissível — observou Ro-
sales Ramos — que empresas armadoras
dos países desenvolvidos adotem unilateral-
mente medidas que atingem seriamente os
países em desenvolvimento, estabelecendo
fretes injustificavelmente altos e discrimi-
natórios.
Disse que o governo do Equador con-
tinuará exercendo "com indeclinável fir-
rneza seu direito soberano sobre os recur-
sos do mar adjacente, porque eles repre-
sentam parte importante do futuro de seu
povo e, em conseqüência, uma das possi-
bilidades certas para que suas esperanças
de hoje sejam amanhã realizadas.
ALEMANHA DIMINUI VINCULAÇAO
A Alemanha Ocidental diminuiu nos
últimos seis anos as vinculações aos cré-
terreno. O Presidente Salvador Allende, do
Chile, pediu no discurso Inaugural, a cria-
ção de um "fundo de desenvolvimento hu-
mano homogêneo". Seriam transferidos pa-
ra ele partes dos 220 bilhões de dólares em
armamentos. O Vaticano, México e Romênia
fizeram propostas idênticas. A aceleração
ou desaceleração da corrida armamentista é
decidida, no entanto, muito longe daqui.
De nada adiantarão as propostas desde que
Estados Unidos e União Soviética não con-
cordem em limitar suas armas estratégicas
ou senão são ratificados os acordos da Ale-
manha Ocidental com poloneses e soviéticos,
para que se realize com perspectiva de êxito
a Conferência Européia de Segurança Colt-
tlva. As questões de comércio serão examl-
nadas concretamente em novas negociações
no GATT, Acordo de Tarifas, previsto para
1973. As monetárias no Fundo Monetário
Internacional, as das 200 milhas na Confe-
rência Internacional do Mar e as de Po-
luição na Conferência sobre Meio Ambiente,
agora em julho, em Estocolmo. Ê teto que
dá força, de empuxe. entre os subdesenvolvi-
dos. á"idéia de institucionalização da Unctad.
capaz de transformá-la numa agência com
"concretos
poderes de decisão. No momento
é apenas fonte de sugestões.
Muitos começam a perceber, ao mesmo
tempo, que o "comerclallsmo", ou uma visão
de desenvolvimento através do comércio,
tem armadilhas perigosas. Mostrou-o o dis-
curso do ministro da Indústria e Comércio
da Nova Zelândia. Favorecida pelas vendas
ao exterior, a Nova Zelândia alcançou uma
das rendas per capita mais altas do mundo.
Em 1971 o pais sofreu, abruptamente, uma
baixa recorde, só comparada a de 1925, em
seu comércio exterior. De quinto do mundo,
em renda per capita, pulou para 14. Nos úl-
timos quatro anos foi de 16 por cento a
deterioração das vendas da Nova Zelândia,
que enfrenta grave crise por motivos fora
de seu controle.
Num estudo intitulado "A Falácia do
Comerclallsmo", distribuído aqui, diz o co-
nhecido economista: "Os Estados Unidos,
potência mundial, Incrementaram suas im-
portações totais mundiais em cerca de 120
por cento, entre 1968 e 1970. Mas as impor-
tações saídas da América Latina aumenta-
ram, no mesmo período, de apenas 21 por
cento. Todo o incremento notável das im-
portações norte-americanas tem e tiveram
origem no mundo desenvolvido e não nas
economias periféricas e subdesenvolvidas."
O objetivo é mostrar que só as economias
fortes têm condições de capitalizar a força
das exportações. O estudo procura conter a
tendência de colocar o comércio à frente da
Industrialização. Como exemplo significativo
é citado o Canadá, que se desenvolveu para
poder aumentar suas exportações em 480 por
cento nas duas últimas décadas.
O QUADRO
A Conferência se esparrama, depois dos
golpes Iniciais, e entra na fase de negocia-
ções difíceis, secretas e nebulosas. O inte-
resse jornalístico possivelmente só se reanl-
mará no rush final, daqui a duas semanas.
Por enquanto, ficam as marcas de relações
injustas.
O mundo subdesenvolvido participa de
42 por cento do transporte marítimo mun-
dial e tem uma frota de 16 milhões de tone-
ladas, para um total de 218 milhões. Sua
participação no comércio mundial baixou de
24,4 por cento para 20,4 por cento, entre 1955
e 1970. Os preços de suas matérias-primas
caem ou flutuam. Uma libra de cacau custa-
va 32 centavos de dólar em 1968. Hoje custa
30 centavos.
deria contribuir para resolver o problema
que apresentam as grandes empresas inter-
nacionais, as quais criam "uma situação
que, nos anos que vivemos, às vezes torna
Impossível compatibilizar a presença da em-
presa Internacional com os princípios de
soberania econômica que sustentam muitos
países em desenvolvimento".
O economista mexicano, que centralizou
sua exposição nos problemas latlno-ameri-
canos ao referir-se aos grandes temas da
III Unctad relacionados ao comércio e ao
financiamento exterior, allrmou que a de-
terioraçfio comercial
"grave": entre 1950 da América Latina é
e 1970, a participação
da região no comércio Internacional baixou
de 11 para 5,2 por cento. (Santiajo, AFP).
ditos concedidos aos paises subdesenvolvi-
dos. O governo alemão defendeu, na III
Unctad, a concessão de créditos sem impo-
sições de qualquer espécie sobre a sua uti-
lização por parte dos países em desen-
volvimento.
Em 1966, exigia-se que 35 por cento
dos auxílios ao desenvolvimento em capi-
tal fossem gastos na Alemanha Ocidental.
Essa porcentagem baixou para 25 por cen-
to em 1971. Por outro lado, os Estados
Unidos e o Canadá, por exemplo, concede-
ram em 1968 quase exclusivamente crédi-
tos cem por cento vinculados.
Muitos países que concedem créditos
de desenvolvimento insistem na vincula-
ção por causa dos problemas de seus ba-
lanços de pagamentos. Pretendem com-
pensar o item negativo representado pelo
crédito por um item positivo nas expor-
tações.
As opiniões sobre o problema nos
ses industrializados divergem. O gover pai-
da França opina que uma revogação rá-
pida e geral da vinculação não seria aplau-
dida pela opinião francesa. A França não
é o único país que defende esta tese.
Até 1970 não houve quase iniciativas
no sentido de uma redução, a nível inter-
nacional, das vinculações. Em setembro de
1970, os 15 países mais industrializados do
Ocidente (inclusive Japão) declararam-se
dispostos a revogar as vinculações dos seus
créditos bilaterais de desenvolvimento
(Santiago, Reuters).
França diz;
sim no
plebiscito
Aproximadamente trinta
milhões de eleitores france-
ses (53 por cento são mu-
lheres) decidem, hoje, (do-
mingo) se aprovam ou não
i ampliação do Mercado Có-
mum Europeu (MCE) de;seis
membros atuais (Alemanha
Ocidental, França, Itália,
Bélgica, Luxemburgo e Ho-
'anda)
para dez membros.
Inglaterra, Irlanda, Dlna-
marca e Noguega são os qua-
tros novos membros.
As últimas pesquisas da
opinião pública prevêm a vi-
•ória do governo Pompldou
io plebiscito nacional, mas
radicaram que o elevado In-
jlce de abstenções poderia
tirar o brilho da vitória go-
ornamental. Inclusive os di-
cigentes do Partido Comunis-
ta da oposição admitiram
que o presidente Pompldou
ganhará a consulta convo-
cada para obter a ratificação
do povo francês a amplia
.ção do MCE.
Segundo as pesquisas, 72
por cento das pessoas que
comparecerão às urnas vota-
rão "sim" e 28 por cento, in-
tegrado principalmente por
eleitores comunistas, votarão
"não". (Paris, UPI e AFP)
Preços
aumentam
nos EUA
O Produto Nacional Bruto
(PNB) dos Estados Unidos
registrou um aumento quase
recorde de 30 bilhões e 300
milhões de dólares no pri-
meiro trimestre deste ano, o
que, projetado para 12 me
ses, faria o PNB norte-ame-
ricano atingir um trilhão e
103 milhões de dólares no
fim de 1972.
No entanto, cerca da me-
tade do aumento reflete
simplesmente a alta dos pre-
ços. O Índice de preços do
primeiro trimestre subiu ao
ritmo de 6,2 por cento ao
tno, quase o quádruplo dos
1,7 por cento registrados no
último trimestre do ano pas
sado.
INFLAÇÃO
O secretário do Comércio.
Peter Peterson, declarou que
i inflação continua desafia
ando o governo, mas acres
tentou que as últimas medi-
das tomadas pelas autorida>
des farão os preços cair
"Em uma reunião realizada
recentemente, cinco econo
mistas famosos apoiaram o
otimismo do governo ao de
clarar que o índice de infla
ção deste ano ficara entre
3,4 e 4,1 por cento.
O professor Paul Samuel-
son, Prêmio Nobel de Econo-
mia, declarou que o PNB de-
verá atingir um.trilhão e 148
bilhões de dólares no fim do
ano. O professor Arthur
Okun, ex-assessor da Casa
Branca, acha que não passa-
rá de um trilhão e 100 mi-
lhões de dólares.
Um estudo publicado pelo
Chase Manhattan Bank aflr-
ma que a economia norte-
americana se encaminha pa-
ra um período de cresci-
mento rápido, mas adverte
ao mesmo tempo que o indl-
ce de desemprego continua-
sendo multo alto.
O estudo afirma que, se
for mantida a tendência
atual, a economia norte-
americana crescerá entre
cinco e 65 por cento este
ano, o que poderia diminuir
o desemprego e dar ao go-
verno mais recursos para
combater a inflação. Um
aumento de seis por cento
seria o maior desde 1966.
Em Baltlmore, a justiça
deu ganho de causa ao go-
verno em um processo, para
impedir que uma das maio-
res redes de supermercados
do país desse um aumento
de entre 15 e 22 por cento
aos funcionários de seu se-
tor de carnes. O objetivo era
Impedir que o produto con-
tlnuasse aumentando.
O líder sindical George
Meany, falando na Comissão
Mista de Economia do Con-
gresso, defendeu a adoção de
impostos sobre os excessos
de lucros e afirmou que as
próprias estatísticas do go-
v»rno mostram que os traba-
lhadores são discriminados
no controle de salários e
preços.
As grandes empresas co-
meçaram a revelar seus ba-
lanços do primeiro trimestre
do ano. O lucro da General
Telephone aumentou 13 por
cento, para 63 milhões e 100
mil dólares, e o da Dow
Chemical subiu 23 por cen-
to, para 41 milhões de dóla-
res.
Já a Reynolds Metals fe-
chou o trimestre com um
prejuízo de três milhões e
900 mil dólares — o terceiro
trimestre consecutivo de pre-
Juízo — e a Lockheed Air-
craft teve um lucro de três
milhões e 400 mil dólares, 24
por cento menor do que no
trimestre anterior. 'Nova
York, UPI.) .
DIRETOR ECONÔMICO
 EMPRESA DE NAVEGAÇÃO ALIANÇA S.A.
CGC. 33055732
RELATÓRIO DA DIRETORIA
Senhores Acionistas:
TONS II — EXPANSÃO DA FROTA PRÓPRIA
Cumprindo disposições legais e estatutárias, vimos apre-
sentar-lhes o Relatório da Diretoria sobre os principais fatos
ocorridos, e em especial, o Balanço e a demonstração da
conta "Lucros e Perdas", acompanhados dos pareceres do
7HME0O EMIBE. NORTHBOUND SOUTHBOUND total • ^*^fi** tS?ív
us$ Neste ano de 1971 foram incorporados à nossa frota ci
navios "Flamengo", "Botafogo" c "Maringá", elevando-se
cm mais 36.000 tdw a força de transporte da Empresa. É
mana' Nas n.m na Dl «ua nano.
Conselho Fiscal e dos Auditores Independentes, tudo refe-' evidente que essa expansão implica simultaneamente no
rente ao exercício social encerrado em 31 de dezembro KiMII.hu .MJU UJ5 - . tl.Ut -. 4JM' inMl acréscimo do ativo imobilizado e num conseqüente endivida-
de 1971. ,. MiiiM• um r ; '&> 'f-m gjg 1«Ü. ».w mento programado.
' aun i 'j.s:>
«nau. ** Jl.ji» «4» . ca • 5>A», .- M.m
I — ANALISE DO RESULTADO: _*£>»-«• «'.7» 'ttu» ¦ uxi iw.m ana i m.c<> III — COMUNICAÇÕES E INFORMAÇÕES
- - li»-» !••"• Vj»»/«*•'#••• «írt* *•*•• •••Vt
M>M> 47.» JJS itm STrfl*
' um uuo No tocante dos meios de comunicação, a Empresa iniciou
PRASn. EUROPA is*» . WA) riau vuu WJaf.
EXPORTAÇW KIPCRHÇW GLOBAL medidas no sentido de encurtar o tempo, seja através da
uniformização dos relatos de seus agentes, seja através de
49w
CR*, tii-
< Ihõtil I íhcu .
'jMMUshU '
* • '- ,4P - MJ W , meios mais eficazes como o pleiteamento de um canal
•KECEIJA 5E fRETES IS.iir.lllO,00 lSO.V7'l00,00 iui.ll.» }Mt - JU I ... J.7J) exclusivo de telex para a Europa. Para melhor tratamento
J235.99I JJÍO.O» - - m interno das informações, iniciamos o processamento ele-
-. vís?k m unokçxo tl.UO- 14A0 UUtlf. 14.40 \m.osi l ti.to itíiM"^. '•*" ".V° :jl UM
-,—I— 1— - - • '•»> irônico de dados na área contábil, contratando os serviços
KSlllTAVO tino '
tiiiaiui. 14B J3 -
4.111 S,I0. st.sis t!,t0 i 4t.i4i da Consultoria de Processamentos de Dados.
j ÍÍ,5J AHGEMTINA EUROPA u*li .ta . VMi m - j* J5.si
ttS?.MH.VmzCUÇl>£s\ t.4S6 5,7» 7.7?7 5.71 r n.tV- 5,7t
¦ IV — DEMONSTRAÇÃO DAS CONTAS DO INEXIGÍVEL
wsuiT.Ljn.ovcmroiM (ossi fg.g«1 30.774 t0,4t :i S0.711 I 13,01 '-
URUGUAI EUROPA 125 .W* - - - MU
Chamamos a atenção dos Senhores Acionistas para a
demonstração das contas do inexigível, onde verificamos que
NAVIOS PRÓPRIOS o capital social foi aumentado durante o exercício em
Ao analisarmos a demonstração do resultado, verificamos VENEZUELA EUROPA - - - «1 . «7
Ü^| CrS 22.500 milhões provenientes Cr$ 10.000 milhões da
que a uma receita bruta operacional de Cr$ 235.998 milhões, correção monetária do Ativo Imobilizado e Cr$ 12.500 mi-
corresponde uma despesa operacional de Cr$ 193.052 mi- ¦.-., ' O.m lhões de lucros não distribuídos. Cabe à Assembléia decidir
lnoes e um resultado bruto de Cr$ 42.946 milhões. Ou seja, BRASIL. ARGENTINA irfl» - WS4 TJ HJ» P"l NAVIOS AFRETADOS sobre a destinação de Cr$ 33.895.817,87, e propomos desde
as despesas operacionais representam 81,80% da receita e
b margem bruta é de 18,20%. As despesas administrativas e já, face ao resultado alcançado, a distribuição de dividendos
'
BRASIL . USA - . -. !».«} - . • t|M M.4.U à razão de 15% "Pro Rata Temporis". Outrossim, sugerimos
oe depreciações, representam 5,18% da receita e o resultado
liquido operacional é de 13,02%.
¦ I .. I
que toda margem restante se adicione ao capital social de
24 forma a cada vez mais se fortalecer o empreendimento.
ARGENTINA USA .- - *>> -' -• «O
Quanto à sua origem, ou seja, exportação e importação, — CONCLUSÃO
verificamos a seguinte relação: na exportação as despesas 2X
operacionais representam 94,90% da receita, e na importação '
• - 4X V^ AÍKETADOS
74,40%. Respectivamente, a margem bruta é de 5,10% e ARGENTINA' VENEZUELA A» - Não poderíamos, ao final deste sucinto relatório, deixar
25,60%. Como há uma incidência de 5,18% de despesas ia'. .A- de exaltar nossa confiança no futuro da Marinha Mercante
administrativas e depreciações, o resultado líquido opera- Brasileira, habilmente conduzida por um governo nà con-
'
cional é de (0,08%) na exportação e 20,42% na importação. , NORTHBOUNO "~ SOUTHBOUNO mTll quista de posição consentãnea com os direitos da bandeira
•._.*_. Jl*.~'mm* U-UVAÍ lS'(Mrp«l'tc SRTfiig '\"tíàmm iiancucõ
tilU UIH It-r—•—1 de um país que se desenvolve. Se nosso esforço foi uma
Conclui-se daí, que a exportação cobre apenas as despesas, TOTAL TONS 71
-1WA »•«
provindo o lucro operacional líquido, das importações.
UM°> 135.57» 1|0*» aj#< 515^7» parcela de tudo que vem sendo feito para atingirmos a maio-
10 / vs§ ridade da navegação brasileira, seus méritos empalidecem
A Empresa considera que a concessão da linha de Longo aruu iiíj« r>.-/riw II.C0OCO3I ante o brilho da iniciativa do Ministro Mário Andreazza
Curso que lhe foi atribuída pelo Governo Brasileiro repre- à frente do Ministério dos Transportes de manter firme,
senta uma razão de ser da sua existência, e exige um esforço Por outro lado, o crescimento de nossa frota própria, invariável e agressiva a Política Nacional de Longo Curso.
continuado da Diretoria e de seus auxiliares para perfeito
cumprimento das expectativas do desenvolvimento da Mari- graças à incorporação continuada dos navios que havíamos ROBERTO MOREIRA PENNA
nha Mercante Nacional, deixadas a nosso encargo. Por isso, encomendado e que vêm substituindo os navios afretados ^0^ PRôprtios Diretor Comercial
compete-nos, com prazer, elucidar aos srs. acionistas a anteriormente exigidos nos tráfegos sob nosso encargo,
sição ocupada pela Empresa de Navegação Aliança no trans-po- CARLOS GUILHERME EDUARDO FISCHER
permitiu que a Empresa auferisse maiores resultados com 04 p-^- Diretor Presidente
porte de carga geral, carga a granel ou carga frigorificada
em todos os tráfegos em que se subdividem as linhas sob os navios que lhe pertencem e. de bandeira brasileira, que ". JJ 71
nossa responsabilidade. ARTHUR RAMOS DE FIGUEREDO
os atingidos com os afretados. Diretor Técnico
8-1.
BALANÇO GERAL DE 31 DE DEZEMBRO DE 1971
ATIVO
IMOBILIZADO PASSIVO
Imobillzações Técnicas:
Material Flutuante INEXIGÍVEL
Imóveis 249. 147.145,89
InstalaçSes 1 10G. 993,70 Capitai Social 50.000.000,00
Móveis e Utensílios 36.572,55
Ferramentas e Acessórios . 548.059,03 Reservas:
Veículos 112.074.5S
Máquinas 92.665,28 Reserva Legal 3.402.218,40
Aeronaves 113.853,62 Reserva P/aumento Cap. Lei 4.357 477.398,85
Navios em Construção 290.807,96 Lucros em Suspenso 33.895.817,87 37.775.435,12
Nova Sede em Construção 891.844,77
Centro Telefônico PABX .. 611.809,97
Correção Monetária 43.425,93 Provisões:
103.915,02 277.099.163,28
Imobillzações Acessórias: Fundo Ind. Trabalhista 781,31
Reílorestamento Lei 5.106/06 Fundo de Renovação ... 2.557,15
229.062,60 Fundo de Provisão 1.512,90
Imobillzações Financeiras Fundo de Depreciação . 7.447.859,00 7.452.710,36
Invest. de Recursos Tfib. Sudene ...
Invest. de Recursos Trib. Embratur 500.207,00
Cert. Compra de Ações DI. 157 4.604,00 A.F.n.M.M.
Ações e Participações 14.719,00
Investimentos Compulsórios 2.500,00 Aplicado Amortiz. Frota 12.552.551,31
'. 1.163,08 523.193,08 277.851.423,96 A Aplicar 1.213.540,85 13.766.092.18 108.994.237,64
DISPONÍVEL
Caixa ....
Banco ... 4.612,44 EXIGIVEL
LTN 3.773.256,21
5.994,50 3.783.863,15 Curto Prazo:
REALIZÁVEL ¦
Curto Prazo: Bancos c/Empréstimo Gar. .. 587.219,09
Agentes Obrigações Sociais 344.904,62
.668.647,32 Obrigações Tributárias 59.379,68
Fretes a Receber .760.970,23
A.F.R.M.M. a Receber AFRMM a Recolher .672.127,12
350.322,50 Credores por AFRMM 156.798,81
Débitos de Armadores 167.586,84
Agenoiamentos e Aíretamentos Agentes em c/c 528.733,37
91.903,63 Agentes c/Prev. de Custeio ... .397.555,72
Devedores Diversos .980.326,43
Almoxarifado Bônus a Pagar .730.036,23
381.149,57 Fornecedores .375.207,63
Investimentos Financeiros .340.733,59
Fundos em Trânsito Fundos em Trânsito 78.906,1!)
.686.250,23 Consignações Autorizadas 25.199,57
Adiantamentos Internos 202.930,82 48.630.821,16 Remunerações 270.31G.8G
Longo Prazo: Sunamam Financ. Navios 150.593.14
Contas Correntes Sunamam Juros Financiamento 278.592.34 25.655.570,37
1.774.518.49
Devedores Diversos 2.531.415,45
Investimentos Financeiros 9.100.000,00
Dep. P/Invest. c/Rec. Tributária Longo Prazo:
363.214,00
Titulos Patrimoniais e Outros ... 4.736,00
Depósitos Vinculados 101.651,45 C/Correntes 1.592.618,33
Bco. do Brasil — c/AFRMM 1.213.540,85 15.089.076,24 63.719.897,40 Sunamam Financ. Navios 15 anos 219.244.924,64
Sunamam Juros Financiamento ... 85.361.699,07 306.199.242,04 331.854.812,41
Pendentes:
Despesas Diferidas:
Seguros 1.908.392,41
Pendentes:
Despesas Nav. Ex. Futuros ... 283.361,30
Sunamam Jrs. Financ. 15 anos 90.G40.291.41 Fretes Pendentes 261.452,08
Custeios em Trânsito 557.073,09 Receita Exercidos Futuros , 229.893,77
Contas a Regularizar 30.727,22
Avaria Grossa — Amaralina 2.379.689,56 2.871.035,41
Avaria Grossa — Amaralina .. 4.945.055,52 98 3"4.900 95
„
COMPENSAÇÃO COMPENSAÇÃO
Nayios em Construção Contratadas 210.149.800,00 Contratos de Navios em Construção 2)6.149.800,00
Outras Compensações ativas 2.307.217,59 218.517.017.59 Outras Compensações — Passivas 2.367.217,50 218.517.017,59
TOTAL GERAL 662.237.103,05 TOTAL GERAL 662.237.103,03

Rio de Janeiro, 31 de dezembro de 1971

CARLOS GUILHERME EDUARDO FISCHER ROBERTO MOREIRA PENNA ARTUR RAMOS DE FIGUEIREDO PAULO PINTO
Diretor Presidente Diretor Comercial Diretor Técnico Toe. Contab. — CRC-GB — 27.021
CPF. 003094787 CPF. 004149057 CPF. 012586647 CPF. 068651357
DEMONSTRATIVO DA CONTA "LUCROS E PERDAS" EM 31 DE DEZEMBRO DE 1971
DÉBITO CREDITO "
DESPESAS DA NAVEGAÇÃO — EXPORTAÇÃO RECEITA DE FRETES — EXPORTAÇÃO
Navios Próprios 35.474.382.05 Navios Próprios 41.208.186,57
Navios Afretados 45.705.592,39 81.239.974.44 Navios Afretados 44.413.053,21 85.621.239,78
DESPESAS DA NAVEGAÇÃO - IMPORTAÇÃO RECEITA DE FRETES - IMPORTAÇÃO
Navios Próprios 54.525.108.34
Navios Afretados 57.287.10711 1U.812.215,43 193.052 189 89
Jj.i.uo^.ioa.oj NavJos Próprios
Navios 73.592.586,22
Afretados 71.784.309,56 150.370.955.78 235.998.195,51
DESPESAS ADMINISTRATIVAS 11286 19800
DEPRECIAÇÕES .... ,. 94141858 OUTRAS RENDAS
LUCRO DO EXERCÍCIO: Receitas Financeiras '. 3.878.955,58
Fundo.de Reserva Legal 1,740.531,84 Recuperações 193.975,13
A Disposição da Assembléia 33.070.105,15 34.810.635,99 Resultado de Venda do Ativo 19.317,19 4.092.247,90
TOTAL GERAL 240.090.443,46 TOTAL GERAL 240.090.443,49

Rio de Janeiro, 31 de dezembro de 1971

CARLOS GUILHERME EDUARDO FISCHER ROBERTO MOREIRA PENNA ARTUR RAMOS DE FIGUEIREDO PAULO PINTO
Diretor Presidente Diretor Comercial Diretor Técnico Tec. Contab. — CRC-GB — 27.021
CPF. 003094787 CPF. 004149057 CPF. 012586647 CPF. 068651357
DEMONSTRATIVO DAS CONTAS DO INEXIGÍVEL
»—, _^ _J /

RESERVAS PROVISÕES E FUNDOS AFRMM

Capital Social ___^
(Ações Ord. nomtna- TOTAIS
tivas) Legal Correção Monetária Saldo à Disp. FIT ' Renovação Previsão Aplicada A Aplicar
do Ativo Assembléia

Saldos em 31-12-1970 27.500.000,00 1.061.686,56 —,— '16.213.212,72 781,31 2.557,15 1.512,90 4.541.502,98 1.216.587,30 51.137.840,98
Correção Monetária do Ativo Imobilizado 10.477.398,85 10.477.39885
(31/03/71)
Dividendos (2.887.500,00) (2.887.500,00)
(AGO de 30/04/71)
Aumento de Capital (AGE 10/11/71)
c/Correção Monetária 10.000.000.00 (10.OOO.000.00)
c/Lucros cm Suspenso 12.500.000,00 (12.500.000,00) —'_
AFRMM:
Ingressos 15.588.858.87 15.588.858,87
Amortização 8.011.048.33 (8.011.048,33)
Juros Financi. e Comissões (7.580.857,05) (7.580.857'o5)
Lucro Liqüido do Exercido 34.810.636,99 34.810 63699
Reserva Legal 1.740.531,84 (1.740.531.84) ' _J_

Saldo em 31/12/71 50.COO.0CO.00 3.402.218,40

477.398.85 33.895.817,87 781.31 2.557,15 1.512,90 12.552.551,31 1.213.540,85 101.546.378,64
Rio
de Janeiro, 31 de dezembro de 1971 '
CARLOS GUILHERME EDUARDO FISCHER ROBERTO MOREIRA PENNA ARTUR RAMOS DE FIGUEIREDO PAULO PINTO
Diretor Presidente Diretor Comercial Diretor Técnico Tec. Contab. — CRC-GB — 27.021
CPF. 003094787 CPF. 004149057 CPF. 012580647 CPF. 068651357
PARECER DO CONSELHO FISCAL
Os abaixo assinados, membros do Conselho Fiscal da Empresa de Navegação Aliança S/A, tendo examinado o Balanço Geral, a conta de Lucros e Perdas, livros e documentos da Contabilidade referentes ao ano de 1971, acharam os mesmos em perfeita ordem
pelo que recomendam a sua aprovação pela Assembléia Geral. '
Rio de Janeiro — GB, 29 de março de 1972. — Dr. Ney Caldas Brandão — CPF. 0428C5027; José Brant Ribeiro — CPF. 025800047: João Alberto Dutra Leite Barbosa — CPF. 004317967.
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES
Aos Diretores da dos livros e documentos de contabilidade, bem como a aplicação de com fidedignidade a situação patrimonial da empresa em 31 de de- Maurício da Costa — Diretor
EMPRESA DE NAVEGAÇÃO ALIANÇA S.A. outros procedimentos técnicos que julgamos necessários segundo as zembro de 1971 e 03 resultados operacionais do exercício, de con- Contador CRC-GB 17.556 Auditor Independente PF 22
Examinamos o Balanço Geral da Empresa de Navegação Aliança circunstâncias. formidade com os princípios contábeis geralmente aceitos. CPF 0264.262.556
S.A., de 31 de dezembro de 1971, e a correspondente Demonstração Ressalvados os critérios adotados no tratamento a que se refere Rio de Janeiro, 17 de abril de 1972 Otto Fuchshubcr — Diretor
da Conta de Lucros e Perdas. Efetuamos nosso exame consoante o AFRMM e despesas financeiras liquidadas com seus recursos, somos AUDICONT — Auditoria e Contabilidade Ltda.— Contador CRC-GB 20.36B Auditor Independente PF 21
padrões reconhecidos de Auditoria, o que inclui revisões parciais de parecer que as referidas Demonstrações Financeiras demonstram CRC-GB 490 — Auditor Independente PJ 5 CPF 0236.504.97

DIRETOR ECONÔMICO
 aB1aafa>**

fETO ICM: Fazenda de SP é COLUNA T

Plástico competitivo
ROMUÁLDO DE BARROS
A indústria da construção civil sofrerá
grande impacto com a entrada no mercado
de grupos poderosos, interessados em avan-
çar os campos de aplicação de seus produtos,
à base de plástico.
Um dos projetos mais audaciosos prevê
a. pré-fabricação de unidades para as resi-
dências — quartos e salas — de tal modo
que
poderão ser arranjados a gosto do proprie-
tário. Teríamos assim, dentro de uma habi-
tação com as paredes externas construídas
de acordo com o convencional, dependências
à base do novo material: concreto agregado
com poliestireno exrjandido.
Sua grande vantagem, com relação a
custo, é explicada por técnicos:
"Levando-se
em conta o seu excelente
isolamento térmico, estes elementos de con-
creto leve permitem a redução da espessura
a somente 25 por cento das paredes de alve-
naria comum, quando usados na vedação de
estruturas. A redução de espessura aliada ao
menor peso de concreto leve. que no caso é
de 0.6 kg/dm3 em relação a 1,4 kg/dm.3 na
alvenaria, representa uma redução de peso
de 1.000 toneladas para cada 1.000 m2 de
alvenaria aplicada. Naturalmente, isto signi-
fica uma sensível economia nas estruturas de
sustentação, além de um maior aproveitamen-
to em menor área útil."
Já no fim do ano passado, o gerente de
marketing de uma grande empresa
— Soli
Benrubi, da Braspla, aquela do rodapé eletri-
ficado — indicava o caminho:
"O emprego
do plástico na construção
civil vem sendo feito com sucesso em vários
países da Europa. No Brasil, esse campo é
muito bom. Tem futuro garantido e é com-
pletamente inexplorado. A construção civil
que entreva no nosso faturamento na porcen-
tagem de 20 por cento — 60
por cento para
. a indústria automobilística e 20 por cento
para a de embalagens — passou a represen-
tar 40 por cento das nossas atividades."
Do telhado ao piso, o plástico acentuará
sua presença e fará valer sua capacidade
competitiva, na medida em que aumenta o
volume de negócios do setor habitacional.
O mesmo pode-se dizer do Plano Nacio-
nal de Saneamento, beneficiado, inclusive,
com financiamentos internacionais.
o
• COMERCIALIZAÇÃO DE IMÓVEIS NO BRASIL
Conforme dados fornecidos pelo Cadastro Geral de Con-
tribuintes do Ministério da Fazenda, e interpretados pelo
Instituto de Desenvolvimento do Estado da Guanabara,
relativos a 1969, é o seguinte o numero e localização de
firmas de construção civil, incorporação e comercialização
de imóveis no Brasil:
Região
Firmas Porcentagem
Norte 149 1.0
Acre
por sistemática atual
SÃO PAULO (Sucursal) — Ao analisar a
de
redução nas aluais alíquotas do Imposto sobre proposta
Circulação
de Mercadorias (ICM), aprovada na III Conferência Na-
cional das Classes Produtoras (Conclap). o Secretário
Carlos Antônio Rocha, da Fazenda, disse ontem que "o
problema não deve e não pode ser discutido como uma
eventual disputa entre Estados igualmente interessados
em elevar os seus níveis de receita".
"A
questão não pode ser encarada isoladamente, mas
em função do próprio desenvolvimento nacional,
pois qual
quer alteração no ICM ao invés de afetar somente os Es-
tados produtores ou apenas os consumidores, terá reflexos
sobre todo o País", acrescentou o titular da Fazenda pau-
lista.
Para o Sr. Carlos Antônio Rocca, a proposta de re-
dução parte do preísuposto de que os Estados "consu-
midores" foram prejudicados com a implantação do ICM.
em substituição ao antigo IVC (Imposto sobre Vendas e
Consignações). Embora não tenha sido apresentada uma
demonstração estatística desse resultado, os defensores da
medida baseiam-se no fato de que. sendo o ICM aplica-
cio sobre o valor adicionado — e não sobre o preço total
da mercadoria — o Estado "consumidor" arrecadará so-
mente o tributo relativo ao valor acrescido em seu terri-
tório. Assim, aos Estados importadores de manufatura-
dos. só restaria a agregação de valores nas operações de
comércio e distribuição.
O secretário da Fazenda observa que, conquanto não
sejam plenamente identificados os Estados "consumido-
res" e os "produtores", é indispensável verificar se esse
efeito pode ser observado a partir dos de receita arreca-
dada. Para ele, uma forma de verificar o argumento é
fazer uma análise da participação de cada Estado na rc-
ceita estadual do País. comparando-se os resultado^ na
vigência do antigo IVC e do atual ICM.
"Tudo indica
que a comparação é relevante, pois, se-
gundo a argumentação citada, a sistemática do IVC não
prejudicaria os Estados chamados "consumidores", obser-
vaçáo aliás utilizada pelos, críticos do ICM" — salienta
o Sr. Antônio Carlos Rocca.
GANHADORES E PERDEDORES
Os dados já publicados pela Secretaria da Fazenda
paulista, abrangendo o periodo 1960/1970 — de 60 a 66
somente IVC, cie 67 a 70, referentes ao ICM — revelam
que a participação de vários dos Estados chamados "pro-
dutores" caiu, enquanto outres classificados como "consu-
midores", ganharam posição relativa. Esses resultados
sistem, mesmo eliminando-se os comportamentos diferen- per-
ciados do produto real e dos preços de cada um dos Es-
tados.
Segundo o Sr. Carlos Antônio Rocca, os elementos
assim representados rejeitam a existência e distorções
beneficiem os "produtores" em detrimento dos "consumi- que
dores", pois, no grupo dos Estados ganhadores se encon-
tram muitos dos classificados como "consumidores", en-
quanto entre os perdedores se colocam Estados que pode-
riam ser chamados de "produtores".
Trata-se — explica c secretário — de uma questão
que deve ser encarada do ponto de vista da distribuição
nacional das receitas tributárias e dos recursos para in-
vestimento. Isso porque existe de fato uma certa distri-
buição dos recursos de origem tributária, caracterizada
pelas receitas arrecadadas pelos municípios, Estados e
União e pelas transferências de cada um desses níveis de
governo para outros.
Além disso, existe uma distribuição de atribuições de
investimento e de serviços públicos que envolve respon-
sabilidades distintas para vários Estados, vários municí-
pios e a própria União. Essas duas distribuições, de cer-
to modo, estão associadas. Assim, nos Estados com maior
nível de desenvolvimento relativo — onde as receitas são
mais elevadas — observa-se uma grande responsabilida-
de dos poderes executivos quanto aos serviços e investi-
mentos neles realizados. Por outro lado, nas regiões de
menor desenvolvimento, a maior responsabilidade dos in-
vestimentas cabe ao Governo federal, direta ou indireta-
mente. Nesse contexto, a colocação entre Estados consu-
midores c produtores, de modo isolado, perde bastante do
seu significado, inclusive porque fica claro que só podem
existir "consumidores", isto é, regiões que consomem mais
Conquista de mercados
.do que produzem, na medida em que existam transferèn-
cias para financiar esses deficits comerciais permanentes
AS ALTERNATIVAS
Salienta o Secretário Carlos Antônio Rocca que, as-
sim, qualquer medida como a proposta no III Conclap —
que tem como objetivo único reduzir as receitas próprias
dos Estados mais desenvolvidos — deve ser acompanhada
por outras que alterem a atual distribuição de responsa-
bilidades. Ele dá um exemplo no próprio Estado de São
Paulo, onde uma redução na receita proveniente do ICM
representará também uma redução aguda nos investimen-
tos públicos, comprometendo, por via de conseqüência,
até as taxas nacionais de crescimento. O titular da Fa-
zenda acrescenta:
"Isto eqüivale a dizer
que, reduzindo-se as, receitas
dos Estados de maior desenvolvimento, só restam duas
alternativas: 1) permitir reduções na taxa de crescimento
de Estados como São Paulo, fazendo com que de imedia-
to se reduza a taxa nacional de desenvolvimento e, num
momento seguinte, se reduzam as transferências que fi-
nanciam o desenvolvimento de outras regiões; 2) ampliar
a participação da União nos investimentos públicos reali-
zados nas áreas mais desenvolvidas em detrimento da
participação do Governo federal nos investimentos em
outras regiões."
A EMPRESA PRIVADA
Com relação às empresas privadas, o Sr. Antônio
Rocca lembra que a eliminação do ICM nas operações
entre estados mostra algumas peculiaridades dignas de
nota, sendo a mais óbvia a que diz respeito à alteração
do poder de competição das indústrias localizadas nas
regiões denominadas "consumidoras'). Diz o secretário:
"É fácil ver
que com a isenção do ICM nas opera-
ções interestaduais, os produtos exportados de estados
mais desenvolvidos terão maior poder de competição jun-
to aos que procederem dos de menor desenvolvimento,
dificultando ainda mais o programa de redução de dis-
paridades regionais. Isso deriva do fato de que a com-
pra de produtos originários de estados exportadores, é
uma solução mais econômica para o comércio atacadis-
ta e varejista dessas regiões, uma vez que implica a ne-
cessidade de menor volume de capital de giro "
OBJETIVOS NACIONAIS
Na> opinião do Secretário da Fazenaa. a diminuição
das disparidades regionais e a manutenção de elevadas
taxas de crescimento para todo o País são -I ambos —
objetivos nacionais absolutamente definidos e indlspensá-
veis, como o próprio Governo Federal já declarou nu-
merosas vezes, não deixando a menor dúvida.
"Nessa
questão do ICM, portanto, não se trata de
atingir qualquer estado em prejuízo de outro. Todo o
esforço tem de ser desenvolvido no sentido de compa-
tibilizar aqueles dois objetivos. Temos a convicção acres-
centou — de que as atuais diretrizes do Governo Fe-
deral, em especial naqueles programas voltados
para
o desenvolvimento de regiões menos desenvolvidas cons-
tituem uma resposta válida e exeqüível, é claro, entre-
tanto, que a busca de novas formas de obter, simulta-
neamente, a redução das disparidades e elevadas taxas
de crescimento para a economia nacionai deve consti-
tuir preocupação permanente de todos". .
"O
que não é aceitável é a proposição de medidas
que não atendem a um objetivo ao mesmo tempo em
que prejudicam o outro como é o caso "presente", con-
cluiu o secretário Carlos Antônio Rocca.
GANHARAM PERDERAM
Pernambuco Amazonas
Alagoas Pará
S. Catarina Maranhão
Sergipe Ri0 G, d0 NorU
Seai'?_ Espirito Santo
Paraíba Rio de Janeir0
Minas Gerais . Bahia
Guanabara rí0 g, d0 Sul
P.ar.ana, São P;>.ulo
Mato Grosso
No quadro verifica-se que tanto no grupo de ganha-
dores como no grupo de perdedores são encontrados
es-
tados de todas as regiões do Pais, de todos os níveis de
desenvolvimento econômico e de todas as
ções relativas a suas balanças comerciais.
pressuposi-
O presidente da Varlg, Erik de Carvalho, ao ana-
Usar a conjuntura atual com duas empresas de avia-
ção designadas para operar nas linhas aéreas inter-
nacionais: — a Cruzeiro do Sul, em linhas regionais
para o Prata (Montevidéu e Buenos Aires), Bolívia,
Guianas Inglesa e Francesa e, da sua empresa, com
tráfego de raiz no Prata e Chile, ramifleando-se para
os Estados Unidos, México, Japão, Europa e África,
operando uma rede internacional cuja extensão de
linhas a situa em 13.° lugar no mundo —, informou
que, as nossas participações percentuais nos merca-
dos explorados são as seguintes:
Mercado Participação brasileira
EUA 55 por cento
Europa 38 por cento
África do Sul 56 por cento
Prata 57 por cento
Observação: Ainda não dispomos de elementos de
análise comparativa para o Japão.
Na conquista de mercados, a Varig divide p, sua
atuação em três áreas de características distintas:
mercado interceptlvo, mercado criativo e mercado
atrativo, que, por sua vez, assim se desdobram:
Mercado interceptivo — Diplomacias, Comuni-
dades, Industriais, Comerciais, Educacionais, Gover-
namentais, Agremiações Esportivas, Profissionais, Re-
ligiosas, interline e Agências de Viagens.
Mercado criativo — Convenções Médicas, Con-
gressos em Geral, Feiras Industriais, Seminários, Câ-
maras de Comércio, Eventos Esportivos, Rotary/Lions,
Eventos Religiosos. Exposições Educacionais, Con-
venções Artísticas e de Cinema.
Mercado atrativo — Folhetos são impressos para
vendas de "Inclusive Tours" e também para divul-
gação do Brasil. Em média, as programações são esta-
belecidas com um ano de antecedência.
Missões Comerciais através de formação de grupos
de interesse comum, como por exemplo de exporta-
dores; Viagens Educacionais, de Grupos Profissionais
e de Grupos Religiosos; Seminários de Agentes de
Viagens e "Interline".
Erik de Carvalho esclarece também que, esse
esforço de penetração nos mercados é complemen-
tado pelas seguintes atividades no exterior:
Seminários — A Varlg realiza seminários no ex-
terior promovendo o nosso País. Inicialmente, eram
ilustrados com filmes, há um ano substituídos por
um audiovisual altamente didático, preparado espe-
cialmente para promover maiores debates durante
as conferências.
Exposições e Feiras — Em 1971, a Varig parti-
clpou de 103, destacando-se as de Frankfurt, Lelpzlg, •
Milão, Brno, Budapest, Lisboa, Poznam, Marsellle e
Colônia. •
Impressos — Atualmente são selecionados os
eventos da mais ampla projeção Internacional e que
encontram maior receptividade nos vários seguimen-
tos dos mercados. No último ano, a Varig abandonou
os temas tradicionais (carnaval, índios, feras etc,),
apresentando ilustrações de Brasília, Transamazônl-
ca e outras Imagens do Brasil de hoje.
E.rporíaçüo-I;nporíaç(io — No ano passado, com
o objetivo de promover programas de incremento do
"export-import" foi firmado acordo
com a firma CDA
Consultoria de Desenvolvimento,e Administração
que, na ocasião, era presidida
pelo atual presiden-
te da Embratur, Paulo Protásio.
Expansão cultural — Neste campo, a Varig de-
senvolve atividade através do Professor José Ricardo,
lente da língua portuguesa em diversas universida-
des norte-americanas. No momento, a empresa vem
estimulando a formação de convênios inteniniversi-
tários; propiciando intercâmbios epístolares entre
membros de grupos afins; dando divulgações a co-
municações científicas e monografias humanístlcas do
Brasil.
Para o Sr. Erik de Carvalho, o Brasil tem ele-

Nova ferrovia põe Paraná

Amapá 2 mentos que interessam a estudiosos do exterior nos
Amazonas 42 0.3 seguintes assuntos:
Para 102 0.7 Português, História do Brasil (arquivos e mu-
Rondôni» seus), Literatura Brasileira, Medicina Tropical, Geo-
Roraima 3
Nordeste grafia-Econômica do Brasil, Literatura Comparada
1.631 10,6 História Econômica do Brasil, Paisagismo, Lingüís-
Ceará 207 1.4

no caminho da redenção
tica Portuguesa, Filosofia Portuguesa, Dlalectologla,
Maranhão 77 0.5 Administração Pública Brasileira, Direito Comparado,
Piauí 35 0.2
Alagoas Previdência Social, Flto-Farmacologla, Jornalismo
65 0.4 temaclonal, Sociologia Étnica, Recursos Naturais Jn-
Paraiba 146 0.9 Re-
Pernambuco forma Agrária, Economia Política Desenvolvimento-
490 32 Apontada como o mais a Cambará, c que' tomou a dutor) e o Porto de Pa- ta, Mineralogia, Geologia, Antropologia, '
Rio Grande do Norte 75 0,5 importante eixo ferroviário to importante de apoio à po- FIto-Pato-
denominação de Ferrovia ranaguá (centro exporta- lítica federal de tornar mais ogia Tropical, Estudos de Solos, Meteorologia,
Bahia 461 3.0 na interligação do Norte e do Café. dor). Eco-
Sergipe 75 agressiva a exportação nn- logla, Dietétlca, Arquitetura e Urbanismo
0,5 do Sul do Paraná ao porto Foi, porém, em 1928, que Com ôs estudos de viabi- cional, especialmente de ce-
Sudeste 10.738 70.1 de Paranaguá, a estrada de funcionários ingleses con-
Minas Gerais lidade econômica concluí- reais, o reinicio das obras
1.082 7.1 ferro Central do Paraná seguiram implantar a pri- dos, surgiu então a comple- BRASIL- cações mostrando o desen-
Espirito Santo 199 1.3 da sua complementação,
(elo de ligação Apucara- meira ligação ferroviária — xa questão da cobertura fi- embora previsto para agos- ARGENTINA volvimento da indústria
Guanabara 2.947 19,2 ma-Ponta Grossa) já está turística e as imagens do
Rio de Janeiro 821 Cambará — Apucarana — nanceira para efetivação da to de 1971, só ocorreu em
5,4 sendo considerada a Tran- c em 1934, foi construído obra, agravada, com a 'Jifí- Ainda este ano deverá Brasil de hoje.
São Paulo 5.689 37.1 março passado.
Sul samazônica do Paraná ou a o ramal Pirapó-Ponta cil e restritiva situação do crescer muito o intercâm- PORTUGAL
2.468 lli 2 Suez do Paraná: a partir VANTAGENS bio turístico entre o Brasil
Paraná 6.4 Grossa. Em 1946, o Gover- Tesouro paranaense — fa- Em entrevista concedida
975
do próximo ano ela se tor- no Federal encampou a Es- tos esses que acabaram por A implantação da estra- e a Argentina. Quando da
Santa Catarina 382 2.5 da proporcionará as seguin- ao jornal Plubituris, o dire-
Rio Grande do Sul 1.111 nará a principal opção pa- trada de Ferro São Paulo- anontar como necessária e visita do Presidente Lanus- tor-geral de Turismo de
7.3 ra solucionar o congestio- tes vantagens: se ao Brasil, o Secretário
Centro—Oeste 333 2,1 Paraná, autorizando a sua indispensável a obtenção 1) redução da ligação Portugal, Álvaro Roquete,
Distrito Federal 142 0.0 namento ria Rodovia do extensão de Apucarana a de empréstimo no exterior. de Turismo da Argentina, iníormou que no período
entre Apucarana—Ouri-
Goiás 0.8 Café e baratear o custo das Maringá a Cianorte, e de A Assembléia Legislativa Abelardo Mário de Cam- entre 1964 e 1971, as entra-
128
mercadorias e produtos nhos—Paranaguá de 916
Mato Grosso 0.4 Cruzeiro D'Oeste até Guaí- do Paraná, através da Lei km para 583 km (quase a pos, que fazia parte da co- das de estrangeiros tiveram
destinados ao consumo in- ra. n.o 5.768, de 10 de maio distância entre Rio e São mitiva, disse esperar que um aumento da ordem de
terno e principalmente à Em 1948, sob condições de 1968, autorizou o Poder Paulo) e de Apucarana a os milhares de argentinos 21 por cento. Um dos índi-
Total Geral 15.319 100.0
exportação. lecnicas similares à T.P.S., Executivo a tomar finan- Ponta Grossa, de 633 km que todos os anos visitam ces mais significativos é o
Com percurso atual de ciamento externo, mas o o Brasil e voltam felizes e
foi iniciada a construção para 330 km (aproximada- que se refere aos pernoites
624 quilômleros, a ferro- da Estrada de Ferro Cen- governo estadual teve, que mente Rio a Juiz de Fora). contentes, sejam imitados registrados na hotelaria
via, após a conclusão de- enfrentar novo problema: pelos turistas brasileiros cujo aumento médio anual
trai do Paraná, o que pos- 2) Transporte da mesma
• RENDA GERADA PELA CONSTRUÇÃO CIVIL íinitiva das suas obras, te- sibilitou redução de 30 pa- para obter financiamento tonelagem de riquezas em que não devem se limitar no decênio 1960-70. foi de
rá apenas S30 quilômetros externo, seria necessário metade dos veículos utili- a conhecer Buenos Aires e
ra 14 horas no tempo de autorização especial do Go-" 13 por cento, passando de
Segundo dados obtidos nas Contas Nacionais — Fun- ligando Apucarana-Ponta percurso de trens de pas- zados atualmente. Bariloche, mas também 1.246 mil para 4.312 mil.
dação Getúlio Vargas, e interpretados pelo. Instituto de Grossa, o que permitirá sageiros entre aquelas cida- verno federal. Após vários 3) Redução em cerca de desde La Quiaca até à An-
entendimentos entre as au- Calcula-se que, em 1971,
Desenvolvimento de Estado da Guanabara, é a seguinte a substancial aumento de des. Em 1968, ficou assen- 50 por cento do número de tártida. Agora, estamos sen- os números foram elevados
renda interna gerada pela indústria da coastrucão civil no rentabilidade. tada para o mês de novem- toridades estaduais e fede- locomotivas. do informados da intenção
Brasil, de 1947 a 1968. Segundo técnicos especia- rais, encontraram a fórmu- para 4.700 mil pernoites.
bro a sua conclusão defini- 4) Redução à metade das dos argentinos de implan- Para satisfazer à procura
lizados, caso a nova ferro- Ia: o Paraná teria o aval
tiva — o que, infelizmente, necessário para construir a despesas do conservação. tar um grande complexo crescente, a capacidade ho-
via entrasse hoje cm fun- não se concretizou — mas 5) Redução à 20 por cen- turístico em Iguaçu, onde, teleira metropolitana au-
cionamento, uma saca de ferrovia com recursos ex- na verdade, já levam a me-
Anos Participação como o objetivo era entre- ternos (e do próprio Minis- to das despesas de circula- mentou de 56.096 camas-
percentual café ou de cereais teria o gar ao tráfego a ferrovia, ção. lhor sobre os brasileiros.
tério dos Transportes), mas em 1962, para cerca de 74
transporte barateado em foram iniciados novos estu- 6) Elevação da economia COTAL mil em 1971. o que corres-
CrS 0,30 em relação ao se obrigaria a transferir anual à ordem de CrS 7
dos para determinação de todo o seu acervo depois Sob a presidência de Jo- ponde a uma progressão de
Itenda interna No Produto Na renda total preço cobrado cm rodovia, parâmetros, recursos e tem- da mesma construída, para
milhões. sé Rogélio Árias, de 7 14 por cento. Sobre a en-
no percurso do Norte do po para a sua conclusão, a 12
da construção Intimo Bruto da indústria a Rede Ferroviária Federal TÉCNICA de maio próximo, estará se trada de divisas com o tu-
Estado ao porto de Para- A sua via permanente e realizando no Panamá, o
Civil naguá, além de possibilitar
VIABILIDADE S.A. — que, posterior e rismo podemos informar
Visando a evitar novas gradativãmente, ressarciria única será constituída de XV Congresso da Confede- que. em 1960, se limitavam
(CrS milhõtsi | economia acentuada de
paralisações das obras — o Estado. trilhos de aço tipo TR — ração dos Agentes de Via- a 678 bilhões de escudos,
tempo na entrega do pro- 37 de 12m, aplicados cm elevando-sc em 1970. a .
i duto. que se repetiram algumas IMPORTÂNCIA gens cia Amérida Latina
vezes — foi contratado uni Dada a importância da placas de apoio fixadas so- (Cotai). São Paulo, que 6.368 bilhões.
47 2.7 1.6 9.5 HISTÓRIA ' estudo de viabilidade eco- ferrovia e a necessidade bre dormentes de madeira promoverá em novembro GRÃ-BRETANHA
48 2.5 1.7 T.l nômica à firma SPI — absoluta de entregá-la ao de lei em bitola de lm, des- próximo, o I Congresso A Enüdade Britânica do
4P 3.3 1.4 7.3 A estrada de ferro Cen- cansando sobre lastro de Extraordinário da Cotai, le-
trai do Paraná tem a sua Serviços de Planejamento, tráfego no menor tempo Turismo informa que, a
50 3.6 1.3 6,6 com a finalidade de provar, possivcl, além da obtenção pedra britada numerada, vara uma delegação de 9 Grã-Bretanha recebeu mais
51 4.3 1.4 7.4 I origem histórica no Decro- de forma incontestável, se de recursos externos e in: tipo misto. Na sua cons- membros presidida de 1.700.000 turistas proce-
to Imperial n.° 4.851, de trução serão consumidos pelo
52 5.3 1.3 6.6 seria válida ou não a cons- ternos, íoi assinado um diretor do Departamento de dentes dos Estados Unidos
53 H.2 1,3 fi,fi 22 de dezembro de 1871, trução da ferrovia. A em- 380 mil metros cúbicos de Turismo, José Maria Men-
I que. em atendimento ao re- convênio (23 de julho de em 1971. Este número re-
54 7.1 1.2 5.7 presa contratada levou cm 1971), determinando a sua pedra britada, 450 mil dor- des Pereira, que estará re- presentou aproximadamen-
55 9.1 1.2 5.fi querimento assinado pelo consideração vários fatores mentes — equivalente a
Barão de Mauá, Antônio implantação até dezembro presentando oficialmente o te um quarto de todo o
56 12.5 1.3 0,0 — entre os quais, destaca- de 1973 — paralelamente uma viga de madeira de Governador Laudo Natel. tráfego turístico daquele
57 15.4 1,3 6 2 Rebouças, Capitão Palmas, damente, as transformações 900 mil metros de compri- Além de um grupo de rit-
Thomaz Cochcrane e ou- seria também implantada a ano. Os ganhos provenien-
•=>8 19.8 1.4 6.6 econômicas ocorridas no rede de telecomunicações mento —, 16,5 mil tonela- mistas e sambistas da Es-
51 29.2 1,5 7.2 tros. autorizava a explora- das de trilhos e 4,5 mil to- tes de turismo de proce-
Paraná — chegando à con- — foi liberado uni crédito cola de Samba Manguei- dência americana totaliza-
60 32.9 1.2 ",8 ção e estudos para a im- dusão, após inúmeras pes- no montante de CrS 360 neladas de accessórios ine- ra, o Brasil será promovi-
61 51.0 1.3 fi.l plantação de uma ferrovia tálicos para fixação de tri- ram cerca de 170 milhões
quisas, que a ferrovia não milhões. do em um stand do IBC. de libras, incluirrdo-se os
62 74.3 1.1 5 4 ligando Curitiba a Miran- só era viável como indis- lhos, cujo mestrado mo-itc-
Apesar das autoridades que estava montado em pagamentos feitos a empre-
63 141.6 1.2 5 3 da, no Mato Grosso. No en- pcnsável. Mas que deveria considerarem a Central do do sobre dormentes equiva-
64 263.6 1.1 5.4 tanto, somente em 1923 foi No<-a York. mas que iá ss sas britânicas de transpor-
ser dotada de uma via di- Paraná uma obra funda- leria a uma escada gigan- encontra "na capital pana-
65 340.5 0.9 4.6 iniciada, vealmente, a cons- reta de Apucarana a Pon- mental ao desenvolvimen- te de 330 mil metros de -jl- te. O turismo foi mais uma
66 492.0 09 4.2 trução da ferrovia — a cs- tura. menha. Aqui. também te vez o setor isolado respon-
ta Grossa, um verdadeiro to do Estado (representará, remos projeção de um áu-
«7 721.fi 1.0 4.7 trada de ferro Noroeste do traço de união entre o Nor- sável pela maior entrada
68 1133.2 1.1 5.2 talvez a sua redenção eco- diovisual, serão distribuí- de dólares americanos na
Paraná, üçando Ourinhos te do Paraná (centro pro- nômica definitiva) e pon- CARLOS FELIPE dos folhetos e outras publi- Grã-Bretanha.

DIRETOR ECONÔMICO
 BANCOS A valorização profissional do bancário, através
ííí;;ís;;^ v, ¦.-,..-.................... „......,„

de cursos que propiciem acessos na carreira, mi- informe Especial

Omissão do protesto nistrados.no grau intermediário mas em nível téc-
nico, constitui um dos principais objetivos da As-
INTERINO sociação dos Bancos do Estado da Guanabara, se-
gundo opinião de seu presidente, Nelson Parente
Decisão adotada pela Corregedoria de , IJIIH.II IMW«^WW"MMMM"C'~
• Ribeiro, em mesa-redonda com redatores do D ire- jj
Justiça do Estado da Guanabara proibindo o
, fornecimento de relações de títulos protes- tor Econômico. Nelson Parente Ribeiro, Rui do Amaral, Célio
tados, mesmo sob a forma de certidão, está Teodoro Assunção e Manuel Teixeira revelaram
preocupando seriamente os banqueiros cario- Durante os debates, nos quais atuaram, ainda, ser um dos objetivos básicos da Associação dos
cas que, daqui para a frente, só se sentirão Manuel Teixeira Bueno, do Banco Nacional do Nor- Bancos da GB formar técnicos de nível médio em
seguros ao negociar com um restrito número serviços bancários, que constituirão nova categoria
de pessoas e entidades de extrema idoneidade te, e Célio Teodoro Assunção, do Banco Mineiro,
respectivamente diretor-financeiro e diretor-secre- profissional
e que possam oferecer garantias avultadas.
tário da Associação, Rui do Amaral, secretário
O mesmo problema ocorreu há dois anos,
em São Paulo, quando uma interpretação er- -íxecutivo do órgáo, frisou
que o preparo do pes-
ronea de provimento da Corregedoria Geral soai bancário na GB tem integral apoio do em-
da Justiça local levou os tabeliães de protes-
tos a suspender a entrega de certidões. Na- presariado dessa área do mercado financeiro, que
quela ocasião, entretanto, entendimentos en- gasta grandes somas no aprimoramento funcionai
tre os órgãos representativos dos bancos pau-
listas e o Corregedor resultaram num esclare-
e técnico de seus colaboradores. Bancos
cimento público entendendo como necessária
a publicação dos protestos para que as ativi-
dades de crédito pudessem desenvolver-se sa-
tisfatoriamente.
Entendem os banqueiros que o crédito,
para ser eficiente, depende de um adequado
sistema de informações e o interesse da eco-
nomia exige que o crédito se distribua ampla-
mente atingindo todas as faixas de pessoas,
mesmo de pequenas posses, mas desde que
Novos serviços exigem técnicos
se façam merecedoras do crédito, podendo Inicialmente, Nelson
comprovar que sempre observaram com pon- "a Associação dos Bancos Parente Ribeiro disse que
do Estado da Guanabara
lação de servçcs públicos, A Associação de Bancos condição para ser admitido num banco era, até bem
não pedia, desta forma, ficar a margem desse pro- pouco tempo, possuir conhecimentos ao nível de se-
tem como um dos propósitos básicos a formação pro- cesso de evolução a que a Instituição bancária chegou.
tualidade os seus compromissos. Contudo, o fisslonal do bancário. E esta tem sido a principal gundo ano glnasial. O que mais se exigia, na ocasião,
Daí a grandiosidade do papel que desempenha, den- seria, talvez, diploma de datilografia. Hoje, as exl-
desconhecimento das impontualidades, que o tarefa durante o período de nossa administração à tro daqueles objetivos que justificaram a sua criação
frente da Associação dos Bancos. Desenvolvemos um gências são bem mais apuradas. Já são empregados
movimento de títulos protestados oferece, tor- currículo que procura renovar-se, não só no tocante
c justificam sua existência." métodos científicos para selecionar pessoal — meto-
na impossível essa prova, chegando a ameaçar à reformulação das matérias, como também sentindo dos de psicologia industrial e métodos de técnicas
Manuel Teixeira — "A Associação náo tem fns administrativas avançadas. Mas, como não há esco-
o sistema de crédito. a necessidade de ampliar o número de cursos, modi- lucrativos e vive da contribuição tios associados e das Ias especificamente para bancos, a associação está,
ficando-os, alterando-os ou suprlmindo-os. Assim, cotia vez mais. procurando sanar essa deficiência com
existem cursos que, no inicio das atividades da Asso- pequenas taxas que cobra pela realização dos cursos,
Acham, também, que a omissão na di- pagos peles brincos que enviam seus funcionários, o nosso sistema educacional. Já estamos preparando
ciação, eram imprescindíveis e importantes, iiirs hoje técnicos de nivel médio, mas o curso colegial é caro,
vulgação dos protestos coloca os responsáveis Esta atitude é n meu ver. o inic o do que chamamos
perderam a atualidade. Outros foram criados e estão de invés lmento a longo prazo, par.i o qual já vinham, Por i-so. estamos proporcionando aos funcionários
por títulos protestados sob permanente amea- em pleno funcionamento, dirigidos por professores ca- atuais elos bancos, com apoio de todo o empresariado
pazes, de nível universitário, alguns da PUC, da Fun- os bancos, há muito tempo, se preparando. Há cu:\sos
ça de extorsão, pois, não havendo registro de dos quais participam funcionários de todos os ban;os. financeiro da Guanabara, meios adequados de aper-
daçâo Getúlio Vargas e outras instituições de renome, feiçoamento profissional."
o que eleva o conteúdo deles, impedindo que Isto possibilita maior entrelaçamento de relações en-
protestos em qualquer publicação, a não ser tre funcionários dos mais variados estabelecimentos,
calam na rotina e que não se perca o espirito de pes- Célio Teodoro Assunção — "Quando, hoje, o Go-
nos cartórios em que se processaram, todos com reflexos favoráveis no desenvolvimento das atri-
qulsa, ufn dos fundamentos de sua característica. Es- verno cobra a eficácia do sistema, ele desconhece, e
os que tiverem acesso aos arquivos do cartó- tamos igualmente ampliando nossas instalações. Já buições dos bancos, das quais o bancário passa a nós não apregoamos, que estamos trabalhando nisso há
temos sede própria, inteiramente paga, pois vimos ve- participar, motivado pela possibilidade de atualização algum tempo, com apoio de toda a rede bancária ca-
rio poderão tornar-se agentes de extorsão até riflcando, gradativamente, contínua pressão dos es- de conhecimentos que a Associação, através de seus rioca. E é preciso frisar que existem bancos que gas-
o prazo de prescrição, pois estes elementos te- tabeleclmentos bancários que, atentando para a im- cursos, assegura". taram verdadeiras fortunas na associação, procuran-
riam o poder de destruir os sinais de protesto. portânda do empreendimento, dele desejam servlr-se, do aperfeiçoar o seu pessoal."
para modernizar e renovar a sistemática de seus Curso colegial
êerviços." Nelson Parente — "Será importante mencionar
CRÉDITO Sr. Hdtor SchiKer, para "No nr.o os tícoi cie 'iacursos que realizamos na associação, pa-
passaío, lançamos a idéia de um cu-.-ío
. quem a tradição do Estado , Ilui do Amara: — "£ preciso enfatizar, neste mo- colegial, idéia já unsnimeme t? aprovada pelo con- ra ma id s'ntétlca do nosso trabalho e do nosso
As estatísticas do Ban- como centro financeiro po- mento, uma circunstância muito especial. A Associa- .selho Federal de Educação. Trata se de curso de ni- objotivo: caixa, recepcionista, análise de balanços,
co Central contrariam fron- de projetar-se ainda mais ção, ao se propor a valorizar o homem pelo apertei- contabilidade bancária, relações públicas e humanas,
talmente as afirmações de internacionalmente com o vel médio, contendo todas as matérias do currícuio
çoamento do sistema bancário, assumiu atitude pio- normal, acrescida de amplos conhecimentos sobre (.'ciência bancária, gerência financeira, gerência de
que estaria ocorrendo uma projeto do Rio-dólar, que neira no próprio campo educacional. Se observarmos pessoal, cadastro, redação técnica bancária, inglês pa-
escassez de crédito nas a atual tendência da política governamental no qus tr.ercado financeiro. Então, o aluno, ao terminar o
aguarda oportunidade de curso, além de já dispor do segundo ciclo, adquire o ra o comércio internacional, mercado de capitais. O
grandes praças brasEeiras, concretizar-se. Fora da ad- diz respeito à educação, sentimos perfeitamente o curso de mercado de capitais foi programado no ano
corno decorrência das me- caráter profissionalizante que a caracteriza. Hoje, não de técnico de nivel médio cm instituições financeiras.
ministração, outro entusias- Nossa idéia inspirou-se na decisão do governo de passado em virtude da expansão dessa atividade, pela
didas adotadas pelo Gover- ta do Rio-dólar é o ex-Mi- há mais condições de se fazer alguém estudar pelo qual o bancos, naturalmente, começam a se Interessar.
no no sentido de reduzir simples prazer espiritual da cultura. Ao contrário, a dar incremento à criação de cursos polivalentcs.
nistro Roberto Campos que Agora, depende dos colégios aceitarem em seus curri- Além disso, temos processamentos de dados, contablll-
a taxa de inflação. Na ver- acha que se o Rio-dólar ti- cultura tem que ser objetiva, dar àquele que dela se dade técnica gerencial, administração técnica, promo-
dade o volume de emprés- beneficia Instrumentos para se desenvolver social e culos esse curso colegial, pois nós, da Associação, nos
vesse sido criado, o Brasil ção de novos clientes, auditoria e administração ban-
timos concedidos pela rede nada teria perdido com a profissionalmente. A Associação entendeu, em face dis- propomos a dar a base técnica bancária. Mas o aluno caria, arrecadação de tributos e do PIS e secretários
so; ser Indispensável obter técnicos de nível médio. terá que fazer, no colégio para o qual irá, o curso co-
bancária paulista manteve- crise da moeda norte-ame- legal normal. Fizemos, nesse sentido, no ano passa- para bancos com curso colegial. Agora, estamos in-,
se, durante todo o primei- ricana no- ano passado. Pe- Como no Brasil ainda não havia legislação educado- gressando na manipulação do marketinp.
ro trimestre do ano em tor- nal adequada, partiu para uma iniciativa pioneira, ou do, convênio com o Colégio Brasileiro de Almeida,
lo contrário, passaria de to- seja, constituir o seu centro de treinamento para for- que já testou os resultados da inovação.
no de sete bilhões de cru- mador de empréstimos a Ilui do Amaral — Quanto aos cursos de mercado de capiatis, pro-
zeiros. No final de março mar profissionais de administração bancária, em to- curamos uma pessoa qualificada para a sua coorde-
depositário de recursos ex- dos os escalões — desde o Iniciante de carreira até os
deste ano, segundo os regis- temos, absorvendo tccnolo- nação o. felizmente, encontramos o Dr. Ari Cordel-
executivos de cúpula. Os cursos, inicialmente, desti- Noósa filosofia se prende ao conceito de que não ro Filho, que coordenou os cinco primeiros. Deixou
tros do Banco Central, os gia financeira c atrativos é possível existir exército constituído apenas de gene-
empréstimos totalizavam navam-se aos funcionários que entravam para os de coordenar o curso seguinte, por ter sido nomeado
para a localização, no Bra- bancos inteiramente despreparados." rais e soldadas. E preciso que entre o cume e a base gerente de mercado de capitais do Banco Central."
7.230 milhões de cruzei- 811, de empresas multinacio- existam vários escalões hierárquicos para atuar na ad-
ros, contra 4.823 milhões, nais empenhadas na expor- ministração de uma empresa em vários setores. O
no mesmo período do ano Corrida contra o tempo Célio Teodoro Assunção — "Outra coisa impor-
tação. Acredita, também, nosso curso colegial bancário, cujo nome é exatamen- tante é frisar que na época em que começamos o
passado. Mesmo deduzin- que a criação de um ban- "Fizemos cerca de 25 cursos te técnico em serviços bancários de nível médio, tem curso de mercado de capitais, fomos solicitados por
do-se a taxa de inflação co multinacional com par- diversos de capaci- como fim proporcionar a alguém 'possibilidade de
observada no período, ob- lação, incluindo todos os escalões da hierarquia ad- corretores, distribuidores; quando a associação ins-
ticipação brasileira não ir?- exercer, desde logo, uma profissão, dando-lhe conse- talou o curso de gerência contábil, fomos procurados
tém-se um acréscimo real valida a instituição de um rainistrativa bancária. Ocorre, no entanto, que nossa qüentemente acesso a cargos de alto relevo na admi-
significativo. administração bancária, por força do próprio desen- nistração superior dos bancos sem retirar-lhe a pos- pela Souza Cruia, que desejava também treinar seu
centro financeiro interna- pessoal. Como a associação não quer ter o privilégio
Na praça do Rio, o fenô- cional no Rio de Janeiro, o volvimento nacional, em aceleração crescente, exigs sibil Idade normal de ingresso na Universidade. desse trabalho, abrimos as portas da entidade, den-
meno é idêntico. Em mar- apreciável corrida contra o tempo, no sentido de ajus-
que facilitaria o ingresso de tro das nossas possibilidades."
ço de 1971, os empréstimos poupanças internas, força- tar nosso pessoal às transformações que se verificam, Os sistema bancário tem hoje, no Brasil, forte
concedidos pelos bancos ca- constantemente, nos critérios que orientam a política interesse na formação de especialistas. A alta tecno-
ria a importação de tecno-
logla usada em todo o complexo financeiro Justifica Nelson Parente — "No ano passado devem ter
riocas totalizavam 2.907,1 logia de alto nível e ense- econômico-financeira do governo. Não tivemos outra
milhões de cruzeiros. Já no que a associação reivindique junto ao Conselho Fe- passado pela associação cerca de 1.300 bancários. Vá-
jaria maiores oportunidades alternativa senão a de procurar corresponder a essa rios funcionários do Banco do Brasil fizeram nossos
final de março deste ano, pressa extraordinária que tem o Brasil de crescer. deral de Educação a criação de um curso de nivel
aos barcos privados. superior para formar especialistas destinados ao ma- cursos, muitos pagando do seu próprio bolso. Já fo-
atingiam a cifra de 4.122,8 i Essa evolução se processa, igualmente, com visível mos convocados para fazer um curso especializado
milhões de cruzeiros, evo- nejo do mercado financeiro.
projeção, no meio bancário, já bastante atingido pela para a Caixa Econômica Federal, o que dá idéia bas-
luindo ainda mais nos pri- • AS FUSÕES automação. Ei.n face disso, procurou a Associação tante considerável da amplitude de nossas realiza-
Nelson Parente Ribeiro — "A criação de um cur-
meiros dias de abril e che- aparelhar-se, para se colocar à altura desses níveis fo de alto nivel para formação de administradores ções "
gando a 4.185,2 milhões de Dentro de alguns anos, o de modernização alcançados pela administração ban- de instituiçõas financeiras é objeto de nossas preo-
cruzeiros no dia 4. presidente de um desses caria brasileira, pois o banco deixou de ser aquele cnpações há dois anos. Pensamos que virá com o Nelson Parente — "Complementando esse raclo-
Os volumes de emprésti- grandes conglomerados fi- estabelecimento tradicional de concessão de crédito a tempo, à medida que formos crescendo e possamos cimo c mencionando alguns resultados, temos a sa-
mo nas diversas praças nanceiros que agora estão médio e longo prazos, para converter-se cm centro na • nos preparar para isso. Tenho a impressão de que o tisfação de constatar que vários alunos são hoje pro-
vêm evoluindo segundo um se formando poderá ser um cional de gravitação financeira. Hoje, o cliente não fcí.sores do Centro de Treinamento Bancário. Aque-
ritmo regular. No Rio, por jovem humilde e desconhe- passo que demos no ano passado para a criação do
mais procura o banco apenas para propor ou reali- curso colegial bancário veio consolidar esse espirito les que hoje fazem os cursos da Associação, não se
exemplo, a piimelro de fe- cido dentre os muitos zar negócios — serve-se do banco para pagar impôs- de conferir especialidade técnica à carreira bancária." preocupam apenas cm preparar-se. mas também cm
que
vereiro, chegava-se à cifra hoje estão cursando uma tos, para pagar serviços, para obter informações, para ensinar no próximo curso."
dos 3.923,9 milhões de cru- faculdade. Esta observação uma série de conveniências que põe o estabelecimento Rui do Amaral — "Há alguns anos, não tinha-
zeiros.vUma semana depois é do presidente da Adecif, bancário em nível acentuado de organismo de pres- I Rui tio Amaral — "A Associação não dá diplo-
mos nada no campo da administração bancária. A ma a todos que freqüentam o curso. Há alunos que
evoluia-se para 4.066,6 mi- ao analisar, de um
ponto são desligados dos cursos, a pedido nosso, feito ao
lhões de cruzeiros. No dia de vista humano, o futuro
16 de fevereiro, totalizava- das fusões. A gestão de banco de onde procede. Isto ocorre quando se ver!-
se 4.097,8 milhões. Daí até uma organização deste vul- fica. não só que a assiduidade deles às aulas está
dia 21 de março ocorre- to vai exigir urna formação sendo precária, como quando se identifica que o ni-
ram pequenas oscilações, vel de aproveitamento demonstrado não está corres-
técnica excepciorral c, as-
atingindo-;? o nível mini- sim. os postos de execução
mo.de 3.989.8 milhões, pa-
União Corretores de Seguros S.A. DIRETORIA pondendo aos nessos objetivos."
deixarão de ser hereditá- PAULO ROCHA LEITÃO DA CUNHA
ra então retornar-se à ten- rios, salvo em casos espe- AVENIDA ALMIRANTE BARROSO, 22 - 8* Andar
DÂRIODAbDARIO
Monografias
lência anterior, passando- TELEFONES, 2-42-8013 - 2-42-0193 - 2-42-7436
ciais. O grande mérito da RIO "No final do curso, distribuímos
se ao nível de 4.122,8 ml- DE JANEIRO HARIO.PEDERNEIRAS DE FARIA
atual geração de banquei- questionário ao
lhões de cruzeiros a 28 de ros, segundo José Luiz," se- aluno, pedindo opinião critica do que foi ensinado e
março. Em São Paulo, em- rá permitir que isto acon- »«• .= '> .
do que ele aproveitou. Além disso, exigimos uma mo-
bora ocorressem oscilações teça.
mais bruscas, o comporta- nografla relacionada com assuntos e matérias trata-
mento foi semelhante. DR das durante o curso, na qual ele faz abordagem do
a 29 de fevereiro, os cm-
préstimos evoluíram de ...
6.937,3 milhões de cruzei-
ros para 7.051,5 milhões.
• CONVÊNIO

O Banco de Desenvolvi-
mento do Estado de São
RARA QUEM NAO BRINCA DE tema de sua preferência e emite opiniões a respeito
do que ele achou do curso ou do que. segundo sua
ótica, deva-se acrescentar. Com Isso, temos um acer-

CABRA-CEGAC0M
vo de informações enorme, que vale uma fortuna in-
Após uma rápida retração Paulo c a companhia de Sem pesquisa o empresário não vai adiante.
nas duas primeiras sema- Pesquisas e Recursos Mi- calculável e que se encontra à disposição, para con-
nas de marco, chegou-se a nerais firmaram convênio Fica tateando no escuro. Podemos aclarar o sulta. de quem desejar."
7.124 milhões no dia 21. caminho. Pesquisa de Dados 6 nossa

SUA EMPRESA.
para estruturação de um especialização. Nelson Parente — "Não podíamos pensar em atua-
A 28 atingia-re a cifra de programa de assistência fi-
7.230,3 milhões, passando- nanccira à pesquisa mine- Dispomos de um acervo gigantesco,cobrindo lizar conhecimentos da sistemática da administração
se a 4 de abril para 7.270,4 ral em São Paulo. Através os últimos 10 anos da economia brasileira. bancária, ie também não aperfeiçoáfsemos as técni-
milhões de cruzeiros. No do acordo, as empresas de Arquivos efichários constantemente atualizados cas didáticas de transmissão dos conhecimentos. Dai,
dia 11, segundo os registros mineração poderão obter com pesquisas de campo. E codificados
do Banco Central, os em- o fato de darmos particular relevância ao processo de
finan-ciamentos não apenas cm computador. São 900 indicadores comunicação audiovisual. Para i.sso. contamos com
préstimos atingiam o ní- para prospecção, mas tam- consolidados, com 1.700.000 registros.
vel de 7.267,3 milhões de .bém para associação com Fazemos Levantamentos Setoriais e equipamentos dos mais modernos. Ainda temos algo
cruzeiros. outras empresas ou pes- a caminhar, mas já dispomos de sistemas de retro-pro-
Acompanhamento Setorial Sistemático. E
soas, de modo a obter maio- também pesquisas de mercado ou jetores, slides, quadros de demonstração, enfim, uma
RIO-DÓLAR res ganhos de escala. O motivacionais (psico-sociais). série de modalidades para tornar a aula bastante motl-
programa dará prioridade a Pesquisa é fator de produção e fonte de lucros. vada c participante. Há alunos que trazem larga exi>e-
A idéia do Rio-dólar, projetos sobre amianto, —
embora possa não comover carvão mineral, chumbo, / / ^V —^"-\~~i Converse conosco. riência profissional. De sorte que o diálogo e a troca de
as autoridades federais, cobre, cromo, enxofre, es-

indioe
opiniões fazem parte, com destaque, de nassos meto-
continua empolgando os tanho, fluorita, molibldê- BANCO dos didáticos. Alguns vêm dos Estados. No curso de
círculos bancários cariocas nio, argila, diamante, pra- marktinff, por exemplo, temos candidatos do Amazo-
que ainda se mantêm em ta, níquel, ouro aluvlonar, DE DADOS
expectativa quanto ao as- fosfato, apatita, sal-gema, RIO: Rua Barão de Lucena,44~Bofnfoi;o. nas c do Pará. Agora, acabamos de receber do pre-
sunto e contam com o titânio, tungstênio, vaná- . Tols.:226-2381-266-1794-266-Ò64fl. sidente do Banco da Amazônia pedido de inscrição
apoio de várias autorida- S.\0 PAUtO:Rua24daMaIo,188
dio, zinco, alumínio, cau- Io. sobreloja, 130-Tel.: 37-2869. para seu assessor principal aqui no Rio de Janeiro.
tíes estaduais. Uma delas é Hf!ASÍUA:LU]K',sa!.i57. O mesmo aconteceu com o London Bank, que já so-
o Secretário de Finanças. lim. nióbio e potássio. RECIfE}RU4doFffndpe/442/Boaviíta.T«L:21-349-(. licitou vaga para elementos de seus quadros."

DIRETOR ECONÔMICO

Informe Especial
DIEETQR ECONÔMICO
Comércio Exterior
Trading vai utilizar nosso poder de demanda
Gostaria de fazer uma pequena introdução indi-
cando o sentido do trabalho comercial do Itamaratl
e registrar - talvez vocês já tenham plena cons-
ciência — que o Ministério das Relações Exteriores
sempre esteve presente nos esforços governamentais
pela abertura de novos mercados para os produtos
brasileiros e na preservação e implantação de condi-
ções favoráveis ã comercialização de prcdutos tracli-
cionais,
A diplomacia brasileira tem desempenhado um
papel pioneiro nesta área, sobretudo na parte de de-
lesa peimancnte dos produtos exportáveis, quando 'as
condições do comércio internacional passaram a in- ,
fluir de maneira importante nas possibilidades de
crescimento dos paises menos desenvolvidos. Estas '
atividades são tradicionais, incorporadas ao acervo de
serviços que o Itamarati presta ao Brasil, mas, com
a diversificação da economia brasileira, com nova
feição que vai adquirindo o setor externo brasileiro,
nós estamos procurando também nos aperfeiçoar,
ampliando nossas atividades e sofisticando o tipo de
serviço na medida desta sofisticação e diversificação
dos Interesses brasileiros.
Acrescente-se que a complexidade dos problemas
do comércio exterior de um país que se desenvolve
gera solicitações cada vez mais complexas, cada vez
mais intrineadas para as quais o serviço diplomático
brasileiro está se aparelhando. Acabamos de realizar
com grande sucesso um curso de reciclagem para clie ¦
fes dos setores de promoção comercial no qual tive-
mos a honra do cemparecimento de vários ministros
de Estado e várias autoridades ligadas a problemas
setoriais da economia brasileira, na primeira parte;
na segunda, de caráter mais teórico, tivemos aulas
dadas por especialistas do Centro de Comércio Inter-
nacional, (Gatt-Unctadi sobre aspectos de comercia-
lização, aspectos de informação comercial e método-
logia de pesquisas de mercados, e uma série de as-
pectos teóricos.
No momento em que o grande objetivo nacional
consiste em lançar as bases econômicas para o crês-
cimento auto-sustentado, em que o país se projeta in-
ternacionalmente, sobretudo por essas realizações no
u setor externo, a instrução do Ministro Mário Gibson
é de dar a máxima contribuição, concentrar o má-
ximo de esforços, para contribuirmos ao esforço do
desenvolvimento brasileiro, realizando o que o Mi-
nistro Gibson chamou de diplomacia da plenitude
brasileira.
Para isso, a área natural de atuação do Itama-
ratl está em apoiar e complementai-, no exterior, os
esforços de entidades públicas e empresas privad.s
para expandir e diversificar as exportações brasllel-
ras. Isto implica o desempenho de muitas atividades
que, por um lado, se não são mais complexas do que
aquelas tradicionalmente atribuídas ao serviço diplo-
mático, por outro, apresentam características e pe-
culiarldades de execução muito próprias. Por isso.
nós estamos há um ano empenhados em implantar e
institucionalizar uma sistemática completamente nova
em matéria de apoio ao empresário brasileiro cujas
necessidades são crescentemente complexas.
Nossa adequação nesse trabalho nos parece per-
feita, na medida etn que o comércio é uma óbvia ex-
pressão de afirmação nacional. Na medida do nosso
crescimento, em que aumentamos a nossa atividade
internacional, vamos também ficando nação mais for-
te, porque nação forte é aquela que comercia muito.
Temos algumas diretrizes de atuação derivadas do
Plano Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
implantado pelo Ministro Reis Velloso. A primeira de-
Ias é o acompanhamento do comportamento da empre-
sa multinacional, que, como as empresas nacionais,
também se empenha no esforço das exportações bra-
sileiras graças às medidas adotadas internamente.
Outra diretriz é acempanhar e procurar superar as
eventuais distorções e deformações de concorrência
geradas por medidas de política comercial Interna,
medida de adeção de quotas, medidas regulamentarei
que restrinjam o acesso do produto brasileiro, etc
Tudo isto, dentro de uma orientação primordial de
estreito entrosamento com as entidades públicas e
privadas brasileiras, especialmente o Banco do Brasil.
Cacex, Ministério da Fazenda. Ministério da Indústria
c do Comércio e Ministério do Planejamento.
Naturalmente, a ação do Itamarati não se exer-
cita na operação comercial direta. Nossa ação é su-
pletiva e de apoio ao empresário brasileiro
cura no exterior as nossas repartições. Não que pro-
deixa de
ser. entretanto, uma ação essencial, dada às comple-
xldades da política comercial além da manipulação
cada vez mais crescente, por parte dos governos, dos
instrumentos de política comercial. Em termos de
prioridade, naturalmente, esta é atribuída pelos nos-
sos serviços às empresas nacionais, basicamente
àque-
Ias de médio e pequeno portes, que não têm condições.
por si mesmas, de contar com um serviço de informa-
ções, um serviço de apoio no exterior, tal como nós
podemos propiciar a eles. Não quer dizer que as em-
presas estrangeiras sejam exciuidas; ao contrário, te-
mos a orientação de buscar, para essas empresas es-
tabelecida no Brasil, oportunidades de comércio
para
que elas possam demonstrar seu compromisso e sua '
firme determinação de contribuir para o esforço de '
exportação do governo.
Em termos de produtos, nossa prioridade, como
não podia deixar de ser. é para exportação de ma- I
nufaturados, semi-manufaturados c produtos agríco- i
Ias não tradicionais. E por razões inclusive que vo- '
cês. melhor do que eu, conhecem, a maioria dos pro- i
dutos tradicionais já tem seus canais de comerciali- '
zação estabelecidos e não requer qualquer esforço
adicional de nossa parte no sentido de colaborar.
Quanto a mercados, nossa concentração de es-
forços se dirige para os países desenvolvidos. Estamos
agora numa busca e numa variação das oportunida-
des que possam ser criadas pelo sistema geral de pie-
feréncia que venha a ser instituído em certos paises
desenvolvidos, sobretudo por parte da Comunidade
Econômica Européia. Isto não exclue, naturalmente,
a ênfase de nossa atuação em áreas menos desen-
volvidas, especialmente na América Latina, no con-
texto de aproximação política que o Brasil vem em-
preendendo com esses países. Para essa aproximação,
o comércio é o substrato essencial. Também reco-
mendamos aos nossos postos a ousca de oportuni-
dades no comércio com outros paises em desenvol-
vimento dentro das recomendações e das' negociações
realizadas no seio do GATT entro os paises em de-
Para que as exportações possam crescer a um
ritmo satisfatório o Brasil precisa utilizar melhor
seu poder de demanda. Um país importa três
bilhões e 250 milhões de dólares queFOB (dados de
1971) tem argumentos suficientemente poderosos
para ampliar a venda de seus produtos no exterior.
Esta opinião foi defendida pelo secietário-geral
adjunto para Promoção Comercial do Itamarati,
Ministro Paulo de Tarso Flexa de Lima, em mesa-
redonda com os redatores do Diretor Econômico.
Segundo ele, as trading companies que serão cria-
das brevemente poderão utilizar adequadamente
este poder de demanda que na realidade "é um
poder político intransferível". Ao resumir ** dire-
trizes do setor de Promoção Comercial, o Ministro
Paulo de Tarso Flexa de Lima disse .que o Itama-
rati vem dando atenção esnecial às emore^as^e
médio e pequeno portes, tendo como meta prioritá-
ria a exportação de manufaturados, semi-manufa-
furados e produtos agrícolas não-tradicinnais. Dis-
se ainda que o governo não faz restrições ao co-
mércio com a China;
KV........ ,,;:¦:mx^0tx":^^
, /.' . v: :¦ X, ,:, /" ."'/-'
senvolvlmento; dvemos explorar não só as oportuni-
dades puramente tarifárias como obter acordos co-
merciais e identificar oportunidades específicas que
possam surgir nesta área.
O próprio Ministro Mário Gibson, nos deu uma
definição muito clara a este respeito, quando disse
que nos cabia identificar entre esses paises em de-
senvolvlmento coincidências e posições, e tomar a Ini-
ciativa de contatos. E é neste quadro que se Insere
o esforço brasileiro de busca de mercados, por exem-
pio, em países com os quais não temos tradição de
intercâmbio, tais como Iraque, Argélia, os países da
África Ocidental e outros países africanos.
No plano bilateral, a orientação de nossos postos
é. sempre que possível, levar em conta a situação da
balança comercial e utilizar os eventuais superavits
contra o Brasil como um argumento para incrementar
as suas compras no Brasil. Do ponto-de-vista ope-
rativo. nosso trabalho repousa essencialmente na
prestação de informação comercial, no assessorameuto
e na formulação de operações. Estamos dando grande
ênfase na parte de informação comercial, o que os
americanos chamam de comercial inteligence.
Realmente, esse é o ponto prioritário de nosso
programa e acreditamos que, no quadro das medidas
administrativas que estamos adotando possamos, a
curto prazo, chegar a um grau de qualidade bastante
satisfatório na prestação deste serviço. Isto não ex-
clue, naturalmente, a atuação na área das promoções
diretas, Neste sentido, nos cabe a responsabilidade de
organizar o programa de feiras e exposições do Bra-
sil no exterior cuja sistemática reformulamos com-
pletamente e que este ano comportará cerca de
37 realizações no exterior, computadas participações
em exposições, feiras e promoções especificas em cen-
tros comerciais que o Brasil já tem em algumas cl-
dades do mundo.
Finalmente, no caso dos produtos manufatura-
do3, temos procurado insistir muito com nosso
soai no sentido de que divulgue, entre o meio pes- em-
presarial nos países onde estão acreditados, as opor-
tunidades oferecidas pelos mecanismos brasileiros de
financiamento de exportações, não só através da
Cacex, como também através da rede de agências do
Banco do Brasil. Funcionamos em entrosamento mui-
to íntimo com a Cacex nesta área e sempre
se
detectam oportunidades nós transmitimos a elesquee te-
mos tidos um resultado extremamente alentador nes-
te campo, a ponto de nós estarmos agora procurando
fazer um tipo de trabalho mais casuístico, procurando
descer ao nível da identificação de projetos para os
quais nós pudéssemos formular ofertas concretas.
Esta a introdução que eu gostaria de fazer, ex-
plicando a vocês o sentido do nosso trabalho e as
diretrizes que o orientam-
Como utilizar o poder de demanda
DE — Qual o principal aspecto & ae atacar
melhorar as condições de comercialização externa para
e se a uma firma brasileira.
que instrumentos seriam adequados para atingir este
objetivo?
Ministro Paulo de Tarso — Há o aspecto estru-
tural das condições de comercialização externa, ou
seja, barreiras que se antepõem em cada
ao aces-
so dos produtos dos países desenvolvidos.paísA matéria
que vem sendo objeto de negociações multilaterais no
quadro das Nações Unidas, sobretudo na Unctad
Nós não podemos ficar a espera de que as ne-
gociações abram para nós estes mercados que que-
remos atingir de modo que temos de considerar um
aspecto instrumental, impondo-se portanto melhorar-
mos a sistemática de comercialização externa brasi-
leira .para consolidar a posição e os ganhos obtidos
na área de exportação nos últimos quatro anos
Ai eu pediria licença ao Ministro Delfim Neto
para citar uma frase por ele proferida no Curso de
Treinamento de Chefes dos Setores de Promoção Co-
j merclal do Itamaraty. Respondendo a uma pergunta
sobre como o Brasil via a melhora das condições
competitivas nos Estados Unidos, em virtude da des-
valorização do dólar, êle disse: mesmo que o Bra-
sil apanhe, o importante é bater mais. A conse-
qüência disto portanto é fortalecer o setor de comer-
cializaçâo externa e para isto nós temos um instru-
mento fundamental que é o nosso poder de deman-
da interna. Nós temos um mercado de importação
que está crescendo a uma taxa de 15 por cento ao
ano. Nós tivemos uma importação no ano passado
de 3 bilhões e 750 milhões de dólares CIF e 3 bilhões
e 250 milhões de dólares FOB. E é uma importação
que nós temos de manter pelo imperativo de impor-
tar ou deixar de crescer, de modo que há este as-
pecto que eu gostaria de ressaltar, ou seja, nós te-
mos que começar a utilizar o nosso poder de deman-
k4 ' m
W^mêmm^mmãm Íéíéé
:-::í'/>K-iv;:í:-;:V:V:í:;'í::;;::¥í::iv:;:':iiVíi:í:ví:í¥iííy:í; 1W/ÍÍ:*>ix !;¦:.
Para o Ministro Paulo de Tarso
é essencial que as trading companies
se associem a bancos comerciais
e empresas de navegação. Por r,utro
lodo a classe empresarial deve se
preocupar com a formação da
mão-de-obra especializada em
comércio.
Para o Ministro Paulo de Tarso
o Diretor Econômico é hoje
'órgão
de consulta indispensável
;.:; a todos que militam em
atividades ligadas à economia
^^Sfr «^-«r^
___jKS brasileira".
da. Hoje esta muito em moda falar em
modelo
pones, na experiência japonesa, e neste sentido Ja- eu
gostaria de registrar aqui que as trading companies
japonesas surgiram exatamente como um imperativo
de utilização do poder de demanda
rente de matérias-primas, carente dejaponês, país ca-
alimentos. Fo)
através de uma adequada estrutura de comercializa-
çao, em que se consagrou naquela época o princípio
que hoje o Plano Nacional de Desenvolvimento Eco-
nômico e Social defende, ou seja aliança entre
vemo e empresa, que surgiram essas go-
grandes compa-
nhias de comercialização.
E ai é importante — e eu acho que o Sr. Eduar-
^o de Carvalho mencionou na entrevista
conce-
deu ao Biretor-Econômlco - o aspecto de que centraliza-
o oaSeelsão no Brasil. Este poder de demanda é
. po-
um poder político e é um poder político
que nós não
podemos transferir. Um aspecto essencial, que eu
gos-
tarla/que ficasse registrado: o setor de comercializa-
externa
çao se reveste de características tão estra-
tegicas como o setor bancário ou o setor de eletri-
cidade ou o setor siderúrgico. Quer dizer: é um setor
realmente de importância estratégica
para o Brasil.
Os antecedentes históricos japoneses, embora
as con-
diçoes de meio e as tradições culturais do Japão te-
nham sido diferentes do Brasil - mas a railonallia,
o fundamento da adoção desta via de comercializa-
ção externa é válida para nós.
"Trading"
brasileira, modelo original
Por outro lado, no comércio internacional de hoje
em que surgem a cada momento medidas restritivas
nós temos que nos aparelhar para disputarmos' com
vigor essas oportunidades comerciais.
Eu gosto multo de relatar uma história: uma flr-
ma industrial muito poderosa, 100% nacional,
ticipou recentemente de uma concorrência públicapar-fi-
nanciada pelo Banco Mundial para fornecimento de
determinado material. A firma, naturalmente, cemo
ia participar da concorrência procurou se informar
das condições em que os países e os- produtos dos
siveis concorrentes chegariam ao mercado pos-
que ela
pretendia disputar. Verificou as tabelas de frete, etc,
íez o seu preço e apresentou a proposta. Duas horas
antes do fechamento da concorrência, a Conferência
de Fretes que ligava este Pais a um dos países for-
necedores comunicou que o frete tinha sido redu-
zldo à metade à pedido de uma companhia de na-
vegação. Uma hora depois, uma outra companhia
muito pode-osa apresentou a, sua proposta, e, coln-
cidência ou não, era uma companhia associada à
companhia de navegação, de modo que t, proposta
brasileira íol desqualificada por este tipo de mano-
bra que dentro da ética comercial, presidida pelo lu-
cro, Infelizmente a gente tenha que aceitar embora
sofra por hão ter sido possível que a vitória coubes-
Essa consciência da necessidade da utilização do
poder de demanda está se disseminando. Os próprios
americanos quando o Presidente Nixon adotou aque-
Ias medidas, no verão do ano passado, impondo a
sobretaxa e estabelecendo controles salariais ( de
preços, mandou fazer uma avaliação dos problemas
comerciais porque passavam os Estados Unidos, e en-
comendou a um assessor que fizesse um estudo. Este
assessor, que é o Sr. Peter Peterson, recomendou exa-
temente que os americanos utilizassem o seu poder
de demanda através da criação de grandes compa-
nhias de comercialização que pudessem melhorar a
sua posição negociadora. O Sr. Peterson hoje é se-
cretário de Comércio, de maneira que ele vai tentar
implantar esta fórmula, conquanto, não seja talvez
tão fácil, porque pela tradição do direito anglo-sa-
xão, muito mais consuetudinário do que criativo, tal-
vez seja mais difícil implantar um sistema novo do
que para um país como o nosso de tradição latina,
de grande fertilidade em matéria de produção legis-
lativa. O Reino Unido, por exemplo, manteve os seus
vínculos com suas antigas colônias africanas através
de companhias de comercialização, por exemplo, a
United Afrlcan Company. A França também íez a
mesma coisa com companhias poderosas que prati-
camente, dominam o comércio cem os países da África
francofônica. De modo que, sente-se por toda parte
uma preocupação de valorizar legitimamente o poder
de demanda que cada país tem.
Acho que, já que o debate se dirige no sentido
das companhias de comercialização, talvez fosse im-
portante registrar com o corolário, dessa minha obser-
vação o fato de que a trading company não é prepon-
derantemente um instrumento de promoção de expor-j
tações, mas é, sobretudo, um instrumento de utiliza-
ção de capacidade de demanda para através dessa
utilização melhorar as condições de comercialização.
Nenhcm exemplo melhor do que o exemplo Japonês
que está citado aliás em um artigo do Flávio Pinhei-
ro, do Diretor Econômica, que as exportações totais
do Japão através de trading company representam
69,3% do comércio total do Japão, enquanto as
importações totais, através das mesmas companhias,
chegam a 81% do comércio japonês. Isto é 67,5%
do comércio exterior japonês e controlado pelas tra-
ding companies.
Seria redundante insistir aqui nas características
ias trading companies, que foram multo bem abor-
dadas neste artigo, mas apenas gostaria de dar um
dado para reforçar a minha tese de que a trading
company é um instrumento de utilização do poder
de demanda interno. 81,9% das importações feitas
pelas dez maiores companhias de comercialização são
de matérias-primas e prcdutos alimentícios, ou seja,
produtos de consumo essencial dos quais o Japão nâo
pode absolutamente prescindir e que dão poder de
negociação ao pais.
Gostaria apenas de ressaltar o aspecto de inte-
gração das operações numa trading company. O baixo
custo de serviço torna atrativo o uso de uma com-
panhia de comercialização porque o pequeno e mé-
dio industrial ao fazer os cálculos de custo de co-
ínercialízação externa verificará que é mais compen-
sador efetuá-lo através de uma companhia especia-
lizada do que fazê-lo por si próprio com um custo
lixo muito Grande.
Outro ponto que eu acho peculiar na economia
Japonesa é a integração governo-empresa, que fun-
dona no Jupão muito bem e uma característica mui-
to interessante, Gostaria de ressaltar também é que
as trading têm, todas elas, pouco capital e um alto
coeficiente de endividamento. A. fontes de re-
cursos são o Eximbank japonês, o Banco Mundial, o
Banco de Desenvolvimento Asiático que, vamos dizer,
ê o BID da Ásia, além dos bancos coligados a essas
companhias que permitem a elas o acesso a um cré-
dito muito grande. E conquanto elas operem, as ve-
zes, em determinados produtos com margens de risco
creditício grande, pelo volume das transações essa
margem de risco fica diminuída e aumenta o crédito
liquido do conjunto das operações porque um mau
devedor em um pequeno produto pode ter este pre-
Juizo diluído através de um grande volume de ope-
rações.
Um outro ponto curioso e que vale a pena regis-
trár também é a baixa margem de lucro das compa-
nhias de comercialização e o grande volume e o
der negociador decorrente disto. Uma companhia,
por exemplo, como a Mitsubishi tem um lucro, dedu-
zldo o imposto de renda, de 0,2% do seu volume de
operações, e as 10 maiores trading companies japo-
nesas têm um lucro, depois de deduzidos os Impostos,
que vai de 0,3% até 0,1%. De modo que são taxas
para o empresário brasileiro, que está acostumado
a operar com margens de lucros muito maiores, quase
que sem atrativos, embora, como as operações seto-
riais são remuneradas especificamente, as trading são
rentáveis. O lucro por ação varia de 10 a 12% dentro
desta percentagem mínima de lucro sobre o valor
das operações referidas,
No caso do Brasil, eu já aludi que nossa cria...
vldade nos dá talvez base para pensar- que possamos
ser otimistas em relação ao surgimento de formas
poderosas de comercialização. Uma lição que devemos
reter dos japoneses é a de que essas companhias sur-
giram porque os empresários japoneses se miraram
no exemplo da China dos mandarins e viram, logo
depois que o Comodoro Perry esteve lá, que eles esta-
vam íicando sem condições para estabelecer os seus
próprios termos de Intercâmbio com o exterior, o
que reforça a minha observação a respeito do caráter
estratégico no setor de comercialização externa. A
meu ver, e eu concordo Inteiramente com o que disse
o Sr. Eduardo Carvalho, há necessidade estreita de
intima vlnculação com o sistema bancário sem o
que
essas companhias não poderiam prosperar. Há neces-
fidade de uma compreensão por parte dos setores
consumidores de matérias-primas e equipamentos no
Brasil, no sentido de que procurem fazer operações
através de companhias de comércio exterior
isto fortaleceria a posição destas companhias porquee, em
última análise,criarla condições para que esses
pró-
prlos empresários se utilizassem dos serviços delas
para promover seus produtos no exterior.
O Sr. Eduardo Carvalho foi multo feliz
disse que o verbo comprar é conjugado na vozquando
pas-
siva no Brasil, e Impõe-se portanto Inverter a con-
jugação do verbo, ou seja passarmos a uma ação
mais direta.
Finalmente, em matéria de uma composição ideal
de uma companhia de comciciaitóaçâo na modesta
opinião de um diplomata que teve ocasião de obser-
var outras operaçõe» semelhantes, essa vlnculação
com o sistema bancário é essencial, e t necessário
um bom apoio de uma empresa de consultoria e en-
genharia para poder desenvolver propostas relaclo-
nadas com grandes projetos. Ê essencial d.pois da
experiência que relatei, uma vlnculação estreita com
empresas de navegação. E importante uma vincula-
cao com o sistema de seguros e, um ponto essencial
que a meu ver ainda não pode ter um tratamento
adequado, e formação de mão-de-obra especializada
de operadores de comércio exterior. Acho
que isto é
uma tarefa que compete ã classe empresarial brasi-
leira que dispõe para isso de um Instrumento
roso que é o Senac. O Senac poderia começar apode- for-
mar mão-de-obra especializada para colaborar nesta
tarefa.
Quanto ao requisito essencial das trading com-
pames (ter uma base externa), a observação que teria
a fazer é de que esta base externa deveria ser tanto
quanto possível flexível, sem um modelo pré-estabe-
lecido de abrir escritórios, por exemplo,
custo que envolveria uma operação deste *ipo. pelo alto
Agora
por exemplo, a nova política de café, que em tão boa
hora o Ministro Marcus Vinícius teve a inspiração
de lançar, prlvatlzou a comercialização do
Caminhamos para uma nova sistemática naproduto. comerl
cializaçâo de açúcar. Acredito que isto vai dar base
e volume para o surgimento de companhias de
de porte. Imaginação nós temos, prova melhor gran- está
aí o mercado de capitais, o Sistema Nacional de Ha-
bitacão, a Loteria Esportiva, os consórcios
venda de automóveis. Saberemos encontrar uma para a
for-
ma satisfatória para enfrentar este grande desafio
do comércio Internacional.
DIRETOR ECONôivIICO
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SííSSÍíííSí;
O Ministro Paulj de Tarso disse
que o setor de
Promoção Comercial dá
grande importância
a participação do Brasil em feiras e exposições.
Este ano participaremos de 37 feiras, sendo
três delas — no Paraguai, Equador e Venezuela que—
serão individuais. 0 Governo
um centro comercial
planeja criar ainda
permanente na Alemanha.
Brasil busca na África um novo mercado
DL — O senhor falou «uma centralização das
decisões. Por que então não se concretiza uma idéia,
que surgiu no próprio Itamarati há alguns anos atrás,
a. respeito da comissão central de compras do governo?
Náo seria também a hora de criarmos um Banco de
Comércio Exterior ou os mecanismos já existentes
utilizados pela Cacex têm sido satisfatórios?
Ministro Paulo de Tarso — Já existe uma comls-
são ds coordenação de compras governamentais no
exterior, que funciona no Ministério da Fazenda.
Algumas companhias estatais já estão procurando
colocar à disposição do esforço de expansão comer-
ciai cio Brasil, uma parcela de sua capacidade de
compra, e cito o caso da Petrobrás que, por orienta-
ção expressa do General Ernesto Geisel, tem feito
algumas aquisições no sentido de colaborar com este
esforço de expansão comercial do Brasil. Cast. mais
tipico é o do Iraque, pais com o qual nós temas um
acordo de compra de óleo e que em contrapartida se
compromete a adquirir produtos manufaturados bra-
sileiros.
A comissão de compras tem uma estrutura multo
flexível e decorre mesmo da própria estrutura da
economia brasileira. Sendo uma economia de mer-
cado, a comissão procura coordenar esses diversos
pólos de poder de demanda e colocá-los a serviço da
expansão comercial brasileira. O que é necessário,
sobretudo se se tem em conta que numa negociação
por exemplo com um pais de.economia centralmente
planificada, um pais de economia de mercado fica
em posição pouco favorável.
Quanto á criação de um Banco de Comércio Ex-
terior, acredito que a Cacex, que tem prestado os mais
relevantes serviços à expansão comércio exterior bra-
sileiro, tem atendido satisfatoriamente a essa incum-
bência. Cabo à Cacex, dirigida aliás por um antigo
funcionário do Itamarati, Dr. Benedito Moreira, ad-
ministrar o Finex. A Cacex tem revelado uma grande
sensibilidade para as condições de concorrência no
mercado internacional e uma grande flexibilidade de
operações. Tem sido capaz de responder a situações
de competição às vezes difíceis com uma- resposta
adequada.
DE — Esta comissão do Ministério da Fazenda
funciona com o Coleste?
Ministro Paulo de Tarso — Funciona com o Co-
leste e com outros países. Basicamente a centraliza-
ção de compras é para facilitar a negociação com os
paises do Leste.
As "trading" e o mercado interno
DE'— Para que as trading companies pudessem
aproveitar o potencial de demanda do Br.isil, cias
teriam, obviamente, que ter uma atuação quase que
agressiva no mercado interno. Como isto pode ser
feito num pais como o Brasil, isto é, que tipo de
atuação as trading companies podem ter no mercado
interno brasileiro?
Ministro Paulo de Tarso — A sua pergunta é
uma pergunta delicada porque as grandes firmas ata-
cadistas naturalmente acham que o surgimento de
uma estrutura de comercialização poderosa desiqui-
libraria as condições de concorrência existentes no
Brasil. Lembro que no caso japonês as condições só-
clo-econômicas e históricas são completamente dlfe-
rentes das nossas, com exceção da formulação inicial.
As trading companies tém uma participação deci-
siva no mercado interno Japonês, sendo que 57% de
suas operações são feitas no mercado interno. Mas
eu responderia à pergunta dizendo que para isso será
necessário, primeiro, compreensão dos empresários
brasileiros de que centralizando suas compras de ma-
térias-primas e de equipamentos através dessas com-
panhias, eles estarão criando condições para que essas
'^ próprias companhias possam ter poder negociador
para vender os seus produtos. Eu preferiria elidir, a
questão da açáo direta na comercialização interna
porque envolve inclusive aspectos fiscais muito com-
plexos sobre os quais náo me compete opinar porque
é matéria do Ministério da Fazenda. Mas eu acho
que uma boa estrutura de organização poderia per-
leitamente persuadir e arregimentar os importadores
brasileiros no sentido de procurarem centralizar as
suas compras de matérias-primas e de equipamentos
através des;as companhias, sobretudo numa econo-
mia que está sob o dilema de importar ou parar de
crescer.
China: comércio sem restrições
DE — No caso de exportações para a China Con-
tlnental, o Ministério das Relações Exteriores vem
dando alguma orientação aos empresários brasileiros?
Qual a posição do Itamaraty cm relação ao comércio
com a China?
Ministro Paulo de Tarso — Em primeiro lugar,
nós temos relações diplomáticas com Formosa. Não
temos relações diplomáticas com a China Contlnen-
tal e até o momento não surgiu nenhum fato novo
que justificasse o rompimento de nossas relações com
Formosa. As Informações disponíveis sobre a China
Continental são muitos escassas. É um pais muito
fechado, que tem um produto nacional bruto entre
80 e 90 bilhões de dólares, e que tem um comércio
com o Japão da ordem de 900 milhões de dólares,
nos dois sentidos. A China exporta 322 milhões de
dólares por ano para o Japão e importa 577 milhões
de dólares.
A posição do Itamaraty é de que não há impedi-
mento para que empresários brasileiros busquem opor-
tunidades comerciais na China. É um problema que
compete a eles. Naturalmente, pela circunstância de
não termos relações diplomáticas com aquele país, a
assistência que nós podemos dar ao empresário brasi-
lelro que vai à China não é a mesma que poderíamos
com o qual mantivéssemos relações di-
' dar num paísSabemos
plomátlcas. que uma parte das nossas ex-
portações para Hong Kong é exportada para a China
Continental. O problema, é fundamentalmente um de-
safio para os empresários brasileiros cujo exemplo
inclusive já foi dado pelo Dr. Horacio Coimbra que
esteve na Feira de Cantão, no ano passado.
DE — Segundo dados disponíveis a China importa
pouco, apesar do tamanho de seu mercado. Por ou-
tro lado o interesse do Brasil seria exportar manufa-
turados e neste caso o empresário brasileiro enfrenta-
DIRETOR ECONÔMICO
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lillllllllii
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As empresas multinacionais —
ria. além da limitação da procura, a concorrência com
países que produzem manufaturados mais sofistica-
dos. O mercado chinês não seria um mito?
Ministro Paulo de Tarso — Eu não diria um mi-
to. Não seria honesto. Intelectualmente falando, se
chamar de mito porque os dados que nós dispomos
sobre a economia da China são multo escassos. O go-
verno chinês diz que o país está crescendo cerca da
10 por cento ao ano. e diz que sua produção de aço
atingiu a 21 milhões de toneladas em 1971. Eles for-
neoem apenas dados percentuais sobre o ano ante-
rior, como não se tem o dado físico sobre o ano anterior
somos obrigados a acreditar. Por exemplo, eles dizem
que a produção de gusa cresceu 23 por cento e a de
petróleo 27 por cento. O PNB da China chega a de
85. 90 bilhões de dólares. Isto dividido por 700 ml-
lhões de habitantes dá uma renda per capita muito
pequena.
A China exportou 1 bilhão 259 milhões de dó-
lares em 71 e importou 1 bilhão e 148 milhões de dó-
lares. Ou seja, um comércio exterior de 2 bilhões e
400 milhões de dólares, o que não deixa de ser uma
cifva bastante pequena e que indica o caráter autár-
quico da economia chinesa. É muito difícil, portan-
to. fazer um prognóstico ou qualificar, de mito o
mercado chinês. Eu acho que as informações dispo-
níveis não permitem ainda chegar a uma conclusão
muito clara a respeito. De qualquer íorma, nós te-
mos um comércio muito ativo com Formosa c. in-
clusive. que supera em multo nosso comércio com Hong
Kong.
Acordo com MCE sairá logo
DE — Quais as perspectivas de comércio com o
Mercado Comum Europeu? A ampliação da comuni-
dade poderia prejudicar as exportações brasileiras?
Ministro Paulo de Tarso — Tem os dois aspectos
a considerar. Primeiro é que o Mercado Comum Eu^
ropeu já colocou em vigor o sistema geral de pre-
ferências. que nós estamos aproveitando. Assim o sis-
tema está em seu primeiro ano de seu funcionamento
c estamos procurando avaliar o real benefício que isso
poderá trazer aos exportadores brasileiros. Estamos
inclusive examinando casuisticamente ¦ situações pa-
ra ver até que ponto essas exportações estão sendo
beneficiadas. Em segundo lugar, o Brasil está em ne-
gociações com a Comunidade Econômica Européia
com vistas a celebração de um acordo comercial. Eu
não poderia adiantar maiores detalhes, justamente
porque a fase deste tipo de trabalho ainda é consl-
derada sigilosa. Mas. só poderia dizer que nós esta-
mos alerta e que este acordo se torna ainda mala lm-
portante com a Inclusão da Inglaterra no MCE por-
que não só no caso da carne, que nós também ex
portamos multo para a Inglaterra, mas também ca-
fé, o açúcar e .outros produtos que se veriam afeta i
dos com a entrada do país na comunidade. Eu só :
poderia dizer isto porque o assunto já vem sendo
considerado há mais de um ano, mas o processo de-
cisório da comunidade, como é um consenso de vá-!
rios paises. é mais complexo do que o processo de- I
cisório de um individual. Mas. este aspecto de ]
• nossas relações paísestá sendo cuidado.
já
Comércio: a atuação do governo
DE — Onde se buscaria, na História, um exem-
pio em que o governo estimula o empresário a mo- j
dificar o seu comportamento, no que diz respeito a
comercialização externa como no caso das trading I
campanies? No Japão houve um interesse reciproco do
governo e das empresas. | rão originar-se da viagem ao continente africano do
Ministro Paulo de Tarso — Temos exemplos, no •.
próprio caso japonês. As trading companies surgi- |
ram para evitar problemas que já existiam na China.j
Nesta época, todo o comércio chinês era conduzido por!
algumas companhias estrangeiras e cs vendedores e
compradores chineses não estavam numa • boa posi- j
ção para estabelecer os termos nos quais seu comer- i
cio deveria ser conduzido, mesmo dentro de sua pró- j
pria casa. Uma situação similar ocorreu no Japão,
nes anos de 1870 e as companhias estrangeiras che-
garam a operar 95 por cento das importações e ex-
portações japonesas por um período de vários anos.
Isso aconteceu porque as firmas japonesas da
época eram incapazes de levar avante transações sem
a assistência de uma firma que pudesse negociar com
0 Itamarati, segundo o
Ministro Paulo de Tarso, está
atento à abertura de novos
mercados. Neste sentido c
viagem do Ministro Gibson
Barboza à África assume
grande importância. Um
acordo preferencial com o
MCE está sendo negociado.
segundo o Ministro Paulo
UP ¦'
¦''¦XiS
7771
ApAs
de Tarso — têm contribuído o aumento da
para
exportação
corcoradores e vendedores de mercados estrangeiros,
manipular a documentação em línguas estrangeiras e
• compreender as sutilezas das transações de câmbio.
Entáo — diz um documento do governo japonês
— para impedir o domínio total do comércio japo-
nês por firmas estrangeiras, o governo convocou vá-
rios grupos industriais que depois se transformaram
nos Zaibatsu para se eleger companhias de comercia-
hzação .para exercer essas funções até então exercidas
por companhias estrangeiras. Várias das firmas es-
tabeiecidas nesta época, ou seja, antes de 1880 são
hoje as maiores companhias de comercialização ja-
penesas. O próprio governo japonês foi quem tomou
esta iniciativa. No caso do Brasil, no esforço de ex-
portação — eu também concordo — o governo está
muito mais adiante que a classe empresarial e atra-
vés de um inteligente sistema de incentivos fiscais
no setor de produção ele conseguiu motivar os indus-
trais brasileiros a buscarem mercados externos pelas
vantagens fisrais e crediticlas Que isto propicia. Eu
acrcdto que a classe empresarial também compreen-
dera a necessidade de se arregimentar e fortalecer
a nossa posição negociadora através da criação da
figura do grande comerciante internacional.
O papei das empresas multinacionais
DE — No começo de sua exposição o Sr. disse que
o governo estaria motivando as empresas multina-
cionais a aumentarem as suas exportações. As empre-
tas multinacionais, que têm um porte e um poder de
barganha muito maiores do que as empresas nacionais
não poderiam ter tim certo comando sobre a política
de exportação de manufaturados?
Ministro Paulo de Tarso — Esta é uma pergunta
extremamente delicada. Em primeiro lugar esta ob-
servação é pertinente. Não estou aqui fazendo nenhum
juízo quanto ao comportamento das empresas multi-
nacionais. Ao contrário, eu acho que elas tem presta-
Co um enorme serviço ao desenvolvimento brasileiro
c a elas devemos uma grande parte do progresso ve-
rificado no Brasil. Agora a observação é verdadeira.
Na medida em que a estratégia dessas empresas
coincida com a estratégia de um determinado país,
elas estarão colaborando no esforço desse país. Agora,
poderá haver um momento em que as duas estraté-
gias não coincidam.
No caso do Brasil as empresas multinacionais
aqui estabelecidas têm revelado uma grande sensl-
bil'dadc para o programa de desenvolvimento tra-
çado. Hoje temos empresas multinacionais aqui es-
tabeiecidas grandes exportadoras de produtos ma-
nufaturados. Inclusive existem exemplos de empre-
sas multinacionais que estão se estabelecendo no
Brasil com o fim específico do exportar para outros
mercados. Não há razão para se temer que essas
empresas possam se distanciar dos objetivos brasilei-
ros, na medida em que a política econômica do go-
verno inspira, não só confiança, como respeito, em
todos os paises do mundo sobretudo naqueles países I
exportadores de capital onde a nossa credibilidade t
atingiu a níveis nté então jamais sonhado»
África, um mercado promissor
DE — Ciostariamos que o Sr. nos falasse sobre
novos produtos que estão sendo exportados e sobre
as perspectivas de novos mercados. A África se apre-
scnla como bom mercado para absorção de produtos
manufaturados? Quais são as perspectivas que pode-
Ministro Gibson Barboza?
Ministro Paulo de Tarso — Inicialmente, gostaria
de falar a respeito da exportação brasileira de cal-
çados. Devo declarar tratar-se de assunto ao qual
dou tratamento bastante carinhoso. Antes de assumir
a função na qual me encontro, fui chefe de promoção
comercial de nosso Escritório Comercial em Nova
York. Em 1968. nós exportamos para os Estados Uni-
des 360 mil dólares de calçados. Mas descobrimos
que havia um potencial ilimitado. Chegamos a mon-
tar no escritório uma pequena dependência, na qual
só tratávamos, especificamente, do problema dos cal-
çados. Nós então dispúnhamos lá de pessoal especia-
lizado, cm condições de mostrar aos interessados como
deviam efetuar a colagem, determinar a forma, fixar
Informe Especial
DIEETOR ECONÔMICO
^W.AAA
a/P %ÊÈÈÈÉÈ
Comércio Exterior
um estilo de modo a encaixar o nosso produto, da
melhor maneira possível, no gosto e exigências do
mercado comprador. O papel desse setor no Escrito-
rio Comercial de Nova York foi muito importante,
porque prestava constante assessoramento a pequenas
unidades industriais brasileiras, sem meios de compor
um razoável esquema de comercialização.
Hoje, naturalmente, já aprendemos a lição. O
Brasil é o 4.° exportador de calçados para os Estados
Unidos, v:ndo logo depois da Itália, Alemanha e Japão.
Talvez seja esse o primeiro exemplo de uma ar-
regimentação de exportadores com o objetivo de de-
fender a cotação do seu produto. Foi necessária a
criação de alguns consórcios no Rio Grande do Sul,
seguindo maus ou menos o modelo espanhol em que
era mantida uma relativa autonomia na parte de
produção, mas a comercialização era centralizada.
Isso melhorou multo as condições de comercialização
para o produto. As oscilações e discrepáncias que, por-
ventura, possam ter ocorrido, teriam sido decorrentes
da nossa pouca experiência e das dificuldades de
transportes. Nesse último caso, multo devemos à Varig
que, através de vôos especiais e outros meios que fa-
voreclam o acesso do exportador brasileiro ao mer-
cado dos Estados Unidos, deu notável contribuição à
regularidade do sistema de comercialização implan-
tado.
Quanto aos novos mercados, o Ministro Gibson
Barboza já se referiu ao assunto recentemente, si-
tuando a América Central como sendo uma das via-
gens detectadas pela expansão do comércio exterior
brasileiro, onde existe um mercado capaz de consumir
produtos no valor de 1,5 bilhão de dólares. No to-
cante ao Oriente Médio, estivemos recentemente na
Argélia onde a Petrobrás compra algum petróleo. Ali,
conseguimos identificar oportunidades muito impor-
tantes para intercâmbio entre os dois países. Surge
o problema do sistema de comercialização. Se nós
pudéssemos contar com um sistema adequado, faci-
litaria muito o trabalho do Governo, porque poderia-
mos contar com um empresário ao lado, cuja parti-
cipaçáo muito contribuiria para as tarefas que se
sucedem à montagem de uma operação comercial.
O Iraque também surge com perspectivas favo-
ráveis nos caminhos por onde avançam o comércio
exterior brasileiro. Lá estivemos em missão do Go-
verno e encontramos excelentes oportunidades. Uma
delas, por exemplo, refere-se à sondagem sobre aa
possibilidades que tem o Brasil de montar naquele
país um projeto de uma pequena laminação. Além
disso, estão os iraqueanos multo interessados em com-
prar de nós equipamentos de terraplenagem, ônibus
e caminhões.
Quanto a viagem do ministro à África, nós acha-
mos que temos possibilidades. Nosso objetivo consiste
em levantar as possibilidades das áreas investigadas,
e que sáo muito grandes, procurando localizar pro-
jetos que o Brasil tem perfeitas condições de oferecer.
O Brasil tem sido participante assíduo de feiras
internacionais. Esse ano, participaremos de feiras em
Tóquio, Osaka, Palermo, na Itália, em Bogotá, Ca-
nada, na Argélia, para cujo êxito muito tem concor-
rido a ajuda da Cacex. Estamos trabalhando no sen-
tido de realização de feiras individuais no Equador,
no Paraguai e na Venezuela, com os quais temos
relações comerciais muito incipientes, mas onde as
possibilidades são realmente muito promissoras. O
Brasil tem pavilhões permanentes de exposição de
produtos nacionais em Nova York, Londres e Buenos
Aires. No momento, estamos fazendo uma avaliação
sobre a conveniência ou não de conservação desses
pavilhões, porque os custos são muito elevados. Es-
tamos, por outro lado, procurando provar as neces-
sidades de criação de um centro comercial na Ale-
manha, pais com o qual nossas relações de comércio
são muito intensas, mas para onde a exportação de
nossos manufaturados não corresponde à impor-
tância desse comércio. A Alemanha é um país muito
descentralizado, onde os grandes centros de atração
para o comércio mundial são múltiplos e variados.
Com referência ao Centro Comercial, por exemplo,
há razões para que ele .seja montado em Hamburgo,
para onde temos uma grande corrente de exportação
de café e a ajuda substancial de uma agência do
Banco do Brasil. Mas já há outras correntes que
acham que o Centro deve ser instalado em Dussel-
dorff, e outras ainda pronunciam-fe pela viabilidade
do Frankfourt.
DE — Não haveria desvantagem para o Brasil,
se o setor cafeeiro liderasse as trading companies?
O setor é essencialmente exportador e nosso potencial
de demanda não seria utilizado.
Ministro Paulo de Tarso — Eu não diria des-
vantagem, mas eu acho que a incorporação no siste-
ma trading companies, que é um sistema integrado,
dependeria de muitos fatores. Essas companhias dis-
põem de técnicas especiais, apoiam-se em esquemas
muito onerosos, pagam salários muito altos para seus
técnicos. Só haveria vantagem, se elas pudessem agru-
par uma série de operações, sob a égide de uma com-
panhia financiadora.
DE — O Sr. sempre enfatizou a necessidade de
vendermos serviços de consultoria para o exterior.
Neste campo tem sido obtidos progressos?
Ministro Paulo de Tarso — Acabamos de receber
da Finep um cadastro das empresas de consultoria
brasileira. No campo da engenharia, tivemos igual-
mente progressos apreciáveis. Já temos uma empresa
brasileira de serviços cie engenharia construindo uma
hidrelétrica na cidade boliviana de Cochabamba. A
Rabelo está construindo a Universidade de Constan-
tine, na Argélia, para onde tem ievado a boa qua-
lidade de várias produtas brasileiros, notadamente no
campo da construção civil, hoje bastante aceitos pe-
los argelinas que, pelo que pude observar, consideram
altamente a tecnologia brasileira.
A importância das feiras
Ao terminar, quero mencionar um aspecto lm-
portante do comércio exterior brasileiro, que é a par-
ticipação do Brasil cm feiras que promove no exte-
rior. O Itamaraty custeia a construção do pavilhão,
a montagem dos stands, cabendo ao empresário ape-
nas assegurar sua presença física no local, para cui-
dar das operações comerciais e custear o transporte
das mercadorias. Nesta oportunidade, peço a atenção
das empresários que querem exportar, para esse ca-
nal extraordinário de comercialização direta que são
as feiras. Os interessados devem dirigir-se à Cacex
que está plenamente informada a respeito de deta-
lhes relativos á participação de empresários brasi-
loiras cm feiras internacionais.
 Fundos apresentam FUNDOS DE INVESTIMENTO - EVOLUÇÃO
melhores resultados COTAS DIVULGADAS EM Última VALOR DO FUNDO MA»
OU
Muito atuantes no mercado secundário, os fun- Fundo distribuição Cr$ milhões MENOS?
dos mútuos de investimentos apresentaram
tendên- 7 de abril I
cias mais otimistas. O
quadro geral de evolução
14 de abril 1 20 de abril
registrou 29 avanços contra 92 recuos; INICIO DB INICIO DE V
12 permane- JANEIRO ABRIL i' i
ceram inalterados. Não foi analisado o Fundo
cantil por atraso na divulgação de seus dados.
Mer- Mútu o VALOR VALOR
COTA COTA
DATADO
CALCULO |
| VALOR DAI DATADO (VALOR DAI DATADO
COTA I CALCULO I COTA
VALOR
I VALOR DA| DATA DA
I
7 DE 14 DE 20 DE 20/4
| CALCULO DA COTA I DISTRI- I DISTRI- I ABRIL ABRIL ABRIL 14/4
Cr$ cr$ DA COTA | CR$ I DA COTA 1 CR$ I DA COTA Crt II
. C°m.a recente aprovação do Conselho Mone- I I BUIÇAO
tario Nacional, para o ingresso da Caixa I BUIÇAO I
Econômi- Aymoré
ca Federal no mercado de capitais, através 16,66 13,10 7/4 12,35 14/4 11,64 20/4 11,72
da com- 0,17 12/71 32,80 30,66 30,71 0,1
pra de quotas dos fundos de investimentos, Alterosa 1,51 4/4 1,33 10/4 1,28 18/4
poderá 1,26 0,10 7/71 1,48 1,42 1,39 — 2,1
concorrer para o equilíbrio do sistema, América do Sul 2,66 2,09 5/4 2,06 12/4
sobretudo 1,97 18/4 1,96 0,22 12/71 17,74 17,03 16,87 — 0,9
o de elevar o nível da- '"-tações. Áurea 1.14 1,01 5/4 0.98 12/4 0.93 18/4 0,92 1,67 8/71 3,39 3,19
Antunes Maciel 3,19
O PIS 1.67 1.45 7/4 1.39 14/4 1,32 20/4 1,29 0,16 12/71 1,59 —
Aplik 1,53 1,50 2,0
_ Apesar da operação ser elaborada com a inje- 1.38 5/4 1.17 12/4 1.16 18/4 1,17 i 0,07 3/72 3,48 3,64 3,86 6,0
çao no mercado dos recursos do Programa de In- Aplitec 2,00 1.68 5/4 1.66 12/4 1.62 18/4 1.59
egraçao Social - PIS - as bases fixadas ~Ò.99_ 0,10 12/71 18,16 17,64 17,41 1,3
Apoio I 1.13 0,99
cperaçao e venda de quotas, serão discutidas para a
5/4 12/4 0.94 18/4 0,90 0,715 5,71 4,63 4,50 4,39 2,4
"lia entre os representantes ama- Apoio II 7,74 1,65 5/4 1,05 12/4 1,50 18/4 1,48 1,032 5/71 17,94 17,60 17,43 — 1,0
de fundos de investi- Apoio IH, IV, V, VI 7,74 1,65 5/4 1,05 12/4 1,50 18/4
! mentos e a Caixa Econômica Federal. 1,48 1,032 5A1 155,99 161,56 161,56
Andrade Arnaud 0,98 0,82 7/4 0.80 14/4 0.76 20/4
; Outra deliberação do Conselho Monetário Na- 0,76 0,03 12/71 1,52 1,45 1,45
cional, foi a redução de 40 Baluarte 1,45 1,20 5/4 1.17 12/4 1,10 18/4 1,09
para 20 por cento o li- 1,00 7/71 2,36 2,22 2-20 — 0,9
I| ü-í-e de aplicações para a aquisição de títulos Bamerindus 5,57 4,64 6/4 4,39 14/4 4,21 20/4 4,08 0,05
enda fixa pelos Fundos Mútuos de Investimentos. de 3/72 73,60 69,77 67,58 3,1
Bancial (**) 7/4 1,44 14/4 1,37 18/4 1,35 0.02 6/71 7,75 7,38 7,27 — 1,5
OS RESULTADOS Bandeirantes 0.96 0.80 5/4 0.78 12/4 0.75 18/4 0.74 0,93 0,80 0,88 — 2,2
GRANDES — Nos chamados grandes, apenas Bandeirantes-BBC 0.83 0,75 7/4 0.73 14/4 0,70 18/4 0,70 28,47 27,11 26,96 — 0,5
um fundo evoluiu, o BIG-Univest Banmércio 1,82 7/4 1,46 14/4 1,41 20/4 1,35 0.13
(0,8 cento), 12/71
.Apoio de III/VI permaneceu inalterado por
11,95 11,42 10,92 — 4,4
Banorte 0,97 0.83 7/4 O.CO 14/4 0.74 20/4
•estantes e os treze ~2,67~ 0,75 0.45 6/71 31,16 30,19 30,43 0,7
o peso das baixas. O recuo mais signifi- Bansulvest 3,58~~ 2,61 14/4 2,53 20/4 2,42
_7/4_ 0.09 12/71 61,08 58,94 56,29 — 4,5
ativo coube ao Investbanco Barros JordJo
(25,8 por cento) se- 2,18 2,01 5/4 1,96 12/4 1.84 18/4 1,81 0.23 9/71 15,18 —
gu«.0 de City Bank (5,2 por cento), Bansulvest 14,13 13,81 2,3
BBI Bradesco 2.40 •2.00 7/4 1.95 14/4 20/4 1,90 0,03
.4,5 por cento), Dinamiza (4,2 por cento), Bame "~-795~ _3,84~ 12/71 137,62 132,07 131,73 - 0,2
ncN Finacional 4,84 7/4 14/4 3,65
nndus (3,1 por cento), Bozano Simonsen 20/4 3,51 0,10 4/72 34,36 32,58 30,67 — 5,9
e Real BMG 2,24 1,75 7/4 1,69 13/4 1,58
(-77 por cento), Minas Investimento 20/4 1,57 0.10 1/72 43,32 40,49 — 0,7
to), Condomínio Crescinco (2,2 por cen- Boston 1,54 1.23 1,19 1,11
40,22
7/4 12/4 18/4 1,08 0.03
(2,2 por cento), Halles 3/71 29,18 27,15 26,04 — 4,1
(1'5„P°r cent°>> Crescinco (1,4 por cento), Bozano Simonsen 5,37 4,28 7/4 4,09 14/4 3,87 20/4 3,74
l«ÍÍ?U 0.25 12/71 94,32 89,34 86,93 — 2,7
Bradesco (0,2 por cento). Bracinvest 2,26 1,85 6/4 1,79 13/4 1.70 18/4 1,69 0.10 12/71 5.38 1,1
MÉDIOS — Nos médios assim caracterizados, Brant Ribeiro 7/4 1,47 14/4 1,41 18/4 1,35 0.08 12/71 4,47
_5,32
—
a reaçao positiva foi bem maior 4,25 4,Õ5~ 4,7
Brasil 1,36 1,13 7/4 1,12 13/4 1,06
ae il, registraram oito avanços contra que em número 20/4 1,06 0,01 3/72 22,53 21,57 21,75 0,8
treze recuos. Cabral de Menezes 1,10 1,03 5/4 1,00 12/4 0,97 18/4 0,97
Nos avanços figuram Provinvest 2,18 2,11 2,12 0,4
por cento), Caravello
ICI-Valorização (9,5 por cento), (40,1 Finasa
3,26 7/4 2,62 11/4 2,48 20/4 2,37 0.36 10/71 47,00 44,28 42.39~ — 4,3
cento). Brasil e Lew (qp nn,. ,.--'-. n,(1.6 por
»",..„ e
Cepelajo 1,91 1,59 7/4 1.54 14/4
_i,5L 20/4 1,45 0.4081 4/71 9,91 9,68 9,29 — 4,0
City Bank; 2,04 7/4 1,52 14/4 1,45"" 20/4 1,38
Fiducial (0,7 por cento), Aymoré cento),
0.23 12/71 168,59 159,92 151,53 — 5,2
e nos declínios BCN-Financ.al (..9 (0,1 por Cond. Crescinco 2,38 1,99 7/4 1,93 12/4 20/4 1,83 0.24 12/71 319.77 307,85 301,05 2,2
»ey (4,7 por cento), MM por __nto) Fi- Continental
(4,4 por cento), Caravello 0,89 5/4 0,87 10/4 0.83 18/4 0,79 0.06 12/71 3,04 2,93 2,78 5,1
(4,á por cento), Boston (4,1 por cento), Fundoeste Corbiniano 2.73 1,99 5/4 1,95 12/4 1,86 18/4 0,19 3/72 4,05 3,87 3,87
(3,3 por cento), Crefisul Ct.» Capital e Safra Correta 0,99 0,90 5/4 0,89 12/4 0,86 18/4
(2.8 1,17 1,10 1,10
por cento), São Paulo-Minas e Vera Cruz Cotibra 2,77 1,87 7/4 1,76 14/4
cento), Emissor (1,1 por cento), BMG (2,6 por 20/4 1,58 0,44 01/72 3,22 3,12 3,00 — 3,8
(0,7 por cen- Credlcon 1,66 1,49 3/4 1,49 12/4 1,44 18/4 1,41 0.10
to), Bandeirantes-BBC 8/71 3,09 2,94 — 2,0
(0.5 por cento). Creditum 3.21 2,84 5/4 12/4 2,64 18/4 2,62
PEQUENOS — Em numero de 97, os fundos 12,01 11,38 11,36 — 0,2
Crefinan 24,63 21,55 5/4 21,09 14/4 20,30 20/4 10,91 6.70
pequenos, intensificaram seus movimentos, assina- 12/71 5,14 4,93 4,83 — 2,0
lando comportamento bem melhor ao Crefisul (cont. Cap) 77.07 63,37 7/4 10,83 14/4 57,59 20/4 55,41 13.91 12/70 38,08 36,09 35,06 — 2,8
da semana Crefisul (Cont Gar.)
anterior --.«i-trando viit- ava—ns, fifi 47,19 47,26 5/4 47,28 12/4 47,43 20/4 47,64 5.25 ) 12/70 14,11 14,42 15,35 6,4
r»»»--- e Crescinco
onze estabilizando-se em termos de evolução 3,25 7/4 2,62 12/4 2,52 20/4 2,49 0,04 3/72 562,22 —
pa- 539,68 531,85 1,4
aimoniai. Nos ava..ços os dois mais s-gn__.eal.Vos Das NacSes 2,11 1,69 5/4 1,62 12/4 1,55 18/4 1,57 0.10 01/72 6,46 6,22 6,25 0,4
induscred (32,4 por cento) e Merkinvest Delapieve 3,04 2,37 7/4 2,28 14/4 2,17 20/4 2,15 0,08
(15,0 por 1/72 9,98 9,35 9,20 — 1,6
cento) a seguir Crefisul Ct.a Garantia Delfim Araúlo 2,39 1,99 7/4 1,96 14/4 1,91
•-O), AoMk (6,0 por centnV Samnvnl (5.6(6,4 por cen- 20/4 1,75 0.22 12/71 5,38 5,20 4,83 — 7,1
nor m-i,i Denasa 1,91 1,61 7/4 1,55 14/4 1,45 20/4 1,39 0,05 11/71 18,72 17,54 — 3,9
Fipig (3,0 por cento), Uriistar 16,86
(1,6 cento), Lar Dinamiza
Brasileiro e Pecúnia (1,5 por cento),porWa.pires
1,49 1,23 7/4 1,21 14/4 1,17 18/4 1,12 0.05 12/71 63,17 —
60,92 58,33 4,2
(14 Emissor 2,50 1,95 5/4 1,92 12/4 1.82 18/4 1,81 0,01
por cento). Lerosa (1,0 por cento), SR-Sodeni e 3/72 22,99 21,74 21,49 1,1
Vicente Matheus (0,9 por cento), Provai Econômico de Invest. 1,64 1,44 5/4 1,43 12/4 1,37 18/4 1,37 0.57 12/71 4,87 4,66
cento), Packinvest e Sofisa (0 7 por Faigon 0,99 0,85 5/4 0,84 12/4 0,82 18/4
(0,6 por cento), Das 0,82 0.5654 6/71 12,06 11,77 11,81 0,3
Nações (0,4 por cento), Cabral de Menezes Fidelidade 2,11 1,67 5/4 1,61 12/4 1,51 18/4 1,51 0.11 12/71
(0,4 por 7,19 6,73 6,68 — 0.7
cento), Faigom e Nac. Ações — FNA Fiducial 4,11 3,22 7/4 3,15 14/4 3,01 20/4 3,03
(0,3 cen- 0,05 3/72
to). Os recuos chegaram até a casa dos por
42,05 40,33 40,64 0,7
sete por Fiman 1,68 1,40 7/4 1,34 14/4 1,29 20/4 1,25 0,19 6/71
cento, sendo que a maior parte situou-se na faixa 1,77' 1,63 3,0
Finasa 2,62 2,11 5/4 2,07 12/4 0,98 18/4 1,99 0.18
de cinco por cento. Foram os seguintes em 6/71 45,11 43,27 43,97 1,6
ordem Finey 2,78 2,30 7/4 2,20 14/4 2,13 20/4 2,03 0.78
decrescente: Progresso do Brasil 10/71 31.82 30.66 29,23 — 4,7
(7,8 por cento) ripig 2,70 5/4 2,29 12/4 2,22 2,29 0.06 6/71
Delfim Arrúio (7.1 por cento), HS-Sabbá 16 8 por _18/4_ 1.03 0,98 1,01 3,0
Fundoertt 1,75 1,30 7/4 1,28 14/4 1,22 20/4 1,19
cento), Gefisa (6,4 por cento), Invesbolsa 0.05 12/71 26,06 24,91 24,08 — 3,3
(5,5
ento), Regente (5,4 por cento), Continental. (.-,,.por- Gefisa .... 1.03 7/4 0,95 14/4 0,90 20/4 0,84 0.34 6/71 1,81 6,4
Giangrande 2,11 1.54 5/4 1,51 _1.72 ~
4a e Umuarama (5,1 por cento), Brant-Ribeiro 12/4 1,45 10/4 1,44 0.16 12/71 1,41 1,35 Ü5
(4.7 Godoy ~0.22~
por cento, PEBB (4,6 por cento), Nacional (4.5 por .7 1,60 5/4 1,64 12/4 1,61 18/4 1,60 12/71 8,75 8,57 8,56 — 0,1
cento), Banmércio (4,4 por cento), Paulo Willem- Halles 1,84 5/4 1,44 12/4 1,37 20/4 1.35 0.03 3/72 201,82 193,31 190,31 — 1,5
sens (4,2 por cento), Cepelajo (4,0 Halles emiss. novas
por cento), De- 2,09 1,57 7/4 2,42 12/4 1,48 18/4 1,48 0,92 06/71 0,83 0,83 0,83
nasa (3,9 por cento), Cotibra (3,8
por cento, Letra Haspa 0,81 0,70 5/4 0,68 12/4 0,65 18/4 0,64 0,95 0,91 —
(3,6 por cento), Souza Barros (3,3 por cento) 0,90 1,1
Hemisul 1,22 7/4 1,20 14/4 1,13 20/4 1,12
Krescente, SPM-Isolados e Santa Catarina 0,96 0,92 0,91 1,1
cento), Fiman e OGC (3,0 por cento), Império, (3,2 por ICI Valorização 11,67 9,86 5/4 9,49 12/4 9,01 18/4 8,93
Ma- 38,40 36,03 39,48 9,5
nc. C. de Invest. 4/4 7,41 4/4 7,41 14/4 7,41
gliano e Suplicy (2,7 por cento), Montepio (2,5 1,89 1,89
por cento), Apoio I e Master (2,4 por cento), Bar- HS Sabbá 1,41 7/4 1,38 7/4 1,38 20/4 1,29 0.61 12/71 11,91 11,91 11,10 6,8
ros Jordão (2,3 por cento), Bandeirantes Império 3,18 0,94 5/4 0,93 12/4 0,87 18/4 2,09 12/71 5,55
(2,2 por 5,96 5,40 — 2,7
cento),-Alterosa (2,1 por cento), Antunes Maciel, Induscred 1,86 1.24 5/4 1,29 12/4 1,18 18/4 1,17 0,33 01/72 0,85 0,77 1,02 32,4
Credicon e Crefinan (2,0 por cento), Mantiqueira Investbanco 4,06 2,95 4/4 2,99 12/4 2,78 18/4 2,76 0,03 3/72 150,81 193,27 143,38 — 25,8
(1.9 por cento), Libra e Porto Aranha (1.8 Invesbolsa 2,78 2,20 14/4
cento), Multiplic, Novo Mundo, Paulista, Socopapor«
7/4 2,04 1,91 20/4 1,81 4.07 6/71 1,13 1,08 1,02 — 5,5
lochpe 0,81 0.67 5/4 0,66 12/4 0,63 18/4 '0,62
Tamoyo (1,7 por cento), Delapieve e Vila Rica 0,05 12/71 1.87 1,78 1,77 — 0,6
(1 6 Ipiranga Valoriz. 1,26 0,97. 0,93 14/4 0.90 20/4
nor cento), Bancial, Ipiranga Valorização e SPI 0,02 12/71 20,59 19,90 19,59 1.5
(1,5 por cento), Aplitec (1,3 por cento), Bracinvest Itaú (*) 1,51 1.22 6/4 1,19 14/4 1,16 20/4 1,15 0,02 3/72 403,55 397.12 391,10 — 1,5
Haspa e Hemisul (1,1 por cento), Apoio II, Maison- Krescente 4/4 1,14 4/4 1.14 17/4 1.38 2,83 6/71 8,72 8,72 8,44 — 3,2
nave e Mesquita (1,0 por cento), América do Sul. Lar Brasileiro 1,02 0.88 5/4 0,86 12/4 0,82 20/4 0,82 9,51 9,09 9,23 1.5
Baluarte e Rique (0,9 por cento), Fidelidade Lerosa 1,43 1,19 5/4 1,18 12/4 1.14 18/4 1,16 0,08 12/71
(0,7 1,00 0,98 0,99 1,0
por cento), lochpe (0,6 por cento), Nac. Obriga- Letra 0,93 7/9 0,89 14/4 0,85 20/4 0,82 0,03 3/72
çoes-FNO e Reaval (0,4 por cento), Sovai (0,3 por 0,82 0,79 — 3,6
Levy 1,10 0,90 5/4 0,89 12/4 0,86 20/4 0,87
cento), Creditum e União (0,2 por cento), Godoy 0,10 12/71 21,61 21,10 2127 0,8
Libra 1,07 7/4 0,81 14/4 0,80 20/4 0,78 0,03
(0,1 por cento). Não tiveram seus patrimônios ai- 3/72 2,29 2,26 2,22 — 1.8
Magliano 1,04 0,84 5/4 0,84 12/4 0,81 18/4 0,79
terados, os seguintes fundos: Áurea, Andrade Ar- 3,10 2,99 2,91 2,7
naud, Corbiniano, Correta, Econômico de Investi- Master . 7/4 0,99 14/4 0,94 18/4 0,92 0,02 3/72 2,23 2,10 2,05 ¦•2,4
mento, Giangrande, Halles emissões novas, IIC- Maisonnave 1,54 7/4 1,54 14/4 1,45 20/4 1,44 0,02 3/72 18,23 17,11 16,94 — 1,0
Central de Investimento, Metropolitano, Spinelli _> Mlnas Invest. 3,53 2,83 7/4 2,77 14/4 2,65 20/4 2,60 0,22 8/71 59,99 56,51 55,20 — 2.3
Título. MM 2.43 2,17 7/4 2,09 14/4 2,00 20/4 1,92 0,17 10/71 28,51 27,26 26,06 — 4,4
Montepio 1,39 7/4 1,34 14/4 1,30 20/4 1,27 0,02 12/71 7,92 7,47 7,28 — 2,5
Fundos Fiscais Multiplic
Metropolitano
2,87
0,82
7/4
7/4
2,11
0,79
14/4
12/4
2,06
0,76
20/4 2,04 4,28 4,21 4,14 - 1,7
20/4 0,72 0,04 02/72 1,26 1,21 1,21
(Dec.-Lei 157)
Mantiqueira 0,82 7/4 0,78 12/4 0,76 18/4 0,74 1,06 1.03 1,01 — 1,9
Merkinvest 1,13 7/4 1,00 12/4 1,00 18/4 1,00 1,53 1,59 1,83 15,0
Mesquita 2,01 7/4 1,52 12/4 1,54 18/4 1,52 0,23 12/71 0,99 1,00 0,99 1,00
Os Fundos Fiscais de Investimentos, no perio- Mercantil 10/4 0,66
do de 29 de març0 a 20 de abril, registraram mo- 18,81
Nac. Ações (FNA). 0,79 0,65 7/4 0,63 14/4 0,60 20/4 0,60 0,01 3/72
vimento inferior à posições anteriores, a- inalando 5,50 5,20 5,22 0,3
Nacional de Invest. 1,51 1,32 7/4 1,28 14/4 1,25 20/4 1,22
apenas seis avanços. 57 recuo- e fre"_ - labiliza- 0,04 12/71 7,11 6,89 6,58 — 4,5
Nac. úbrig. (FNO) 0,21 0,16 7/4 0,16 14/4 0,15 20/4 0,15 0,002
ções, totalizando, assim, em número de 76. 3/72 2,91 2,75 2,74 0,4
Novo Mundo 0.99 0,79 7/4 0,78 14/4 0,75 20/4 0,72 4,27 4,14 4,07 - 1.7
Orr.ega 1,01 0,79 14/4
GRANDES — Nos chamados fundos grandes, 7/4 0,77 0,73 20/4 0,70 1,58 1,50 5,1
:ião houve sequer uma alta, e os recuos ficaram as- OGC (ex-CGC) 2,21 1,78 7/4 1,74 14/4 1,64 20/4 1,59 0,36 12/71 6,05 5,62 5,45 3,0
•-im distribuídos: Investbanco Packinvest 1,80 1.51 5/4 1,48 12/4 1.38
(9,9 por cento). BIB- 18/4 1,39 0,19 3/72 1,75 1,64
'.rescinco C5.7 1,65 0,6
'Iradesco por cento), Itaú (4,6 por cento) e Paulista (Socopa) 1,03 0,91 5/4 12/4 0,84 18/4 0.83 10/71 2,45 2,28 2,24 —
Í2,0 por cento). Pecunia _0,08 1,7
1.40 5/4 1.38 12/4 1,30 18/4 1,32 0.23~ 1/72
~"Õ,18~ 1,34 1,27 1,29 1,5
PEBB 1,96 .1,68 31/3 1,66 12/4 1,33 20/4 1,28
MÉDIOS — Nos médios assim caracterizados, ~Õ',23~ 3/72 3,55 3,22 3,07 — 4,6
Paulo Willemsens 1,84 2,00 7/4 1.91 14/4 1,85 20/4 1,77 1/72
houve apenas dois recuos na ordem de 11,83 11,45 10,97 - 4,2
(8,4 por Porto Aranha 2,47 5/4 2,32 12/4 2,15 18/4 2,13
r-ento) e (4,4 por cento), sendo o 0,59 12/71 4,37 4,29 —
primeiro para o Progresso do BrasU 1,48 1,15 5/4 1,14 12/4 1,11
1,1
Finasa e o segundo para o Real. 19/4 1,02 0,74 7/71 4,32 4,22 — 7,8
Provai 1,21 12/4 0,90 18/4 0,90 0,01 3/72 1,35 1,36 0,7
m PEQUENOS — Os fundos peauenos em nume- Provinvest 3,04 2,50 5/4 2,47 12/4 2,36 18/4 2,31 0,04 11/71 17,11 16,18 22,67 40,1
ro de setenta, representaram as únicas seis altas Real 4,37 3,27 0/4 3,20 14/4 3,12 20/4 3,05 0,05 9/71 186,521 173,99 109,31 - 2,7
no período contra 51 recuos e treze estabilizações. Reaval 3,84 3,25 5/4 3,17 12/4 3,01 18/4 2,98 0,02 11/71 11,63 11,08 11,04
Nos avanços, o de maior expressão foi Walpires Regente 1,34 7/4 1,34 14/4 1,25 19/4
0,4
1,20 0,10 12/71 6,43 6,13
(28,5 por cento), a seguir, Das Nações (19,0 Kique 1,77
5,4
por 1,44 7/4 1.39 13/4 1,29 19/4 129 0,16 12/71 20,00
cento), Econômico de Investimentos (11,1 18,44 1827 0,9
<0). Novo Mundo (6 8 por cento). Francred por cen- SPM — Isolados 5/4 0.74 12/4 18/4 0,68
_0,70 9,24 8,69 8,41 — 3,2
(5.6 Safra 2,32 1.89 5/4 12/4_ 1,76 18/4
I.or centoi, Anlitec (1.3 oor cento). Nos recuos os "l2/4 1,75 0,15 12/71 45,62 43,33 42,13 — 2,8
mais significativos, Tífu'o (25.3 nor cento) e SBS Sta. Catarina 1,06 0,92 5/4 0,91 18/4 0,84 0,123 3/71
J).85~ 7,16 0,75 — 3,2
(20,4 por cento), seauidos de Fibenco (14.6 nor Samoval 1.61 1.29 5/4 1,27 12/4 JS.53
18/4 1.21 0,109 9/71 1,32 1,23 lio" 5,6
cento), Caravello (14.1 por cento), Crefisul (13.1 SHo Paulo - Minas 3,80 5/4 3,09 12/4 2,96 18/4 2,90 0,29 01/72 26,46 25,25 24,58 — 2,6
por cento), Mocasa (11,6 por cento). BCN-Finacio- Sofiaa 2.10 12/4 1,42 18/4 1,43 0,08 3/72
nal (10,9 por cento), Áurea (9,4 por cento), Sofisa Souza Barros 2,15 1.69 5/4 1,65
4,30 4,33 o7é~
12/4 1,58 18/4 1,56 1,57 1,49
(9,3 por cento). Letra (8,3 por cento), Finasul (8.0 1,44 — 3,3
Sovai 1,19 1,01 5/4 1,00 12/4 0,96 18/4 0,96 0,03 12/71
por cento), SPI (7.2 por cento), Banorte (6,9 por 3,11 2,93 2,92 0,3
SPI 1,99 1,57 7/4 1.51 14/4 1,48 20/4 1,44 0,03 09/71 17,69
cento), Halles (6,8 por cento), Brafisa (6,4 por 17,49 17,22 1,5
Spinelli 1,46 1,14 5/4 1,13 12/4 1,08 18/4 1,08 0,12 01/72
cento), Safra (6,3 por cento. Fiducial e Sodeni (6,2 1,94 1,86 1,86
SR (Sodeni) 2,08 1,66 5/4 1,65 12/4 1,61 18/4 1,63
por cento, Bamerindus e Boston (6,1 por cento), 0,10 3/72. 1,08 1,05 1,06 0,9
BIG-Univest (6.0 por cento), Bozano Simonsen (5.9 Suphcy 4.29 3,58 7/4 3,43 12/4 3,27 18/4 3,25 13,98 13,26 12,90 — 2,7
r.nr cent"^ Gndov (5 6 nor cento). RoV,;. Ralii.-te ramoyo !,00 1,62 7/4 1,53 14/4 1,51 20/4 1,49 0,10 1/72 15,79 15,01 14,76 - 1,7
e Paulo Willemsens (5.5 por cento), Decred e ICI- Titulo 2.14 1.34 5/4 1.53 12/4 1,44 18/4 1,45 0,22 12/71 1,43 1.33 1,33
Valorização (5.4 por feito). Reaval (il nor rr—'n\. UNI (Univest) 2.62 7/4 2.58 14/4 2,42 20/4 2,41 0,17 12/71
"MG _ 326,59 306,38 309,02 0,8
e Crefinan (5.2 por cento), Creasul e Cre- União de Invest 1,51 14/4 1,34 20/4 1,33
_5/4_ 4,60 6/71 3,92 8,14 8,12
dilum (5.1 por cento). Vila Rica (4.8 por cento), Unistar •i3.!;6 35.51 7/4 34,73 14/4- 32,72
0,2
~(ÜÍ8~ 20/4 33.21 3,889 6/71 6,49 6,09
Águia (4,5 por cento). Aymoré (4.1 oor cento). Ca- 6,19 1,6
Umuarama 7/4 0,69 14/4 0.65 20/4 0,62
tarinense (3.7 por cento). Ipiranga Valorização (3,6 2,63 2,53 2,40 — 5,1
Ven Cruz 14,89 10,92 7/4 10,54 14/4 10,23 20/4 9,99 2,89
por cento), Vistacred (3.5 por cento), Souza Bar- 12/71 21,95 21,27 20,71 - 2,«
Vicente Matheus 2,07 5/4 1,26 12/4 1,16 18/4 1,17
ros (3,4 por cento), Copeg (3,3 por cento), Corbi- 0,53 12/71 2,20 2,03 2,05 0,9
mano e Rique (3,1 por cento), Império e Produtora Vila-RIca 13/4 1,03 19/4 1,01 6,20 6.10 — 1,6
(2,9 por tento), Provai (2,3 por cento), Suplicv Walpires 1,55 12/4 1,21 18/4 1,23 0,06 3/72 2,75 2,79 1,4
(2,1 por cento), Denasa (2,0 por cento), Nacional
(1,9 por cento), Maisonnave e Tamoyo (1,2 por
cento). Não alteraram seus patrimônios em ter-
mos de valor de carteira, os seguintes fundos:
Aplik. Bandeirantes-BBC, Cepelajo, Codepar, Emis- DEPARTAMENTO DE CIRCULAÇÃO
por, Fidelidade. Fivap, Hemisul, Induscred, Levy,
MD, Merkinvest e Spinelli. O Fundo Mercantil não
'oi analisado por atraso na divulgação de seus Telefones 252-2020 - 25 2-3245 (Direto) e 252-6156
'iados.

8 DIRETOR ECONÔMICO
 Governo estimula, mas pessimismo perdura
Vendas da Silber
dobraram em 1971
ÍPORTO ALEGRE (Sucursal) — Superando todas
as projeções para 1971, a Metalúrgica SUber revelou,
;que,suas vendas totalizaram Cr$ 14,1 milhões. A
:Prevl«ão era de Cr$ 11,9 milhões para todo o exerci-
«Io.. No primeiro trimestre as vendas íoram de
,Cr$ 701 mil, Cr$ 705 mil e Cr$ 923 mil, respectiva-
mente em janeiro, fevereiro e março. A partir de
março íoi rompida a barreira de Cr$ 1,0 milhão. No
exercício anterior as vendas alcançaram Cr$ 5,3 mi-
lhões, pouco menos do Sobro do valor atingido em
¦1.9© — Cr$ 2,8 milhões.
Á locação de Cr$ 0,10. No último exeroicio, encerrado em
! EVOLUÇÃO
"O
quadro de evolução anual das vendas da Me-
talúrgica Silber é o seguinte:
Ano
(Cr$ Milhões)
1964 58.360,00
1965 ,.... 105.715,00
1966 197.965,00
...Í967 444.200,00
1968 999.891,00
.1969 2.876.924^00
1970 5.395.60100
1971 14.104.141,00
; A empresa detém 40 por cento do mercado na
linha em que trabalha — porcas — e é o maior fa-
bricante da América do Sul. Executou durante todo
o ano passado uma política de expansão, cujo obje-
tivo fundamental é diversificar os mercados que
atende. Ao mercado automobilístico, para
quem en-
tregou 66,5 por cento em 1970, pretende dedicar
apenas 30 por cento do total da sua produção. Quer
chegar a uma meta que dê ao mercado de reposi-
ção e indústrias diversas (Petroquímica, comunica-
Ções e eletrificação), 40 por cento da produção. Ao
mercado externo seriam enviados os 30 por cento
restantes. Para o trlénio que se encerra em 1973, a
Silber planeja fabricar um bilhão de porcas.
k No ano passado a empresa juntou aos seus equl-
pimentos, máquina de alta produtividade, com ca-
pacidade para a fabricação de até 180 peças por ml-
nufo; A preocupação de ampliar e consolidar a po-
6lção obtida no mercado de reposição, fez com que
à Silber, no ano passado, integrasse ao seu complexo
Industrial a Metalúrgica Sllber-Centro, já funcio-
nando em Montes Claros, Minas Gerais, junto as
fontes supridoras de matéria-prima. Essa politica
havia dado origem, anteriormente, à Silber Nordeste,
produzindo desde 1970 em regime de 24 horas diárias.
¦
,. RESULTADOS
O início dos planos de expansão da Metalúrgica
Silber teve lugar em 1970. Em 1971 os investimentos
chegaram ao s«u maior nível, mas segundo a em-
presa eles atingem seu ponto de maturidade este
ano, quando a lucratividade acelerará uma curva de
crescimento que nos últimos exercícios tem sido ape-
nas razoável.
Wollens colocará
ações em S. Paulo
PORTO ALEGRE (Sucursal) — Através de underwrit-
mg firme liderado pelo Banco Crefisul de Investimento,
já estão sendo colocadas no mercado gaúcho e, em bre-
ve, no mercado paulista, ações da Wollens, especializada
em confecções. A empresa elevou recentemente seu
ca-
pitai de Cr$ 7 milhões para Cr$ 10 milhões, objeti-
vando a captação de recursos no mercado acionário
para
ampliação de seu parque fabril, e conclusão
do prédio
da nova matriz, no Centro Comercial de Porto Alegre.
O preço de venda é de Cr$ 1,60 por ação; valor
nominal de Cr$ 1,00, ágio de Cr$ 0,50 e margem
de co-
junho do ano passado, a empresa demonstrou um lucro
liquido de Cr$ 2.877 mil. sobre um capital de Cr?
6 ml-
lhoes. O lucro por ação íoi de Cr$ 0,47. Ao
do
atual lançamento, o resultado apresenta uma preço
preço/lucro de Cr$ 3,40.
relação
A PREVISÃO DE VENDAS
A previsão de vendas dos artigos da empresa no
corrente ano é de CrJ 40 milhões. Através de uma rede
de seis lojas, a empresa coloca 70 por cento da
produ-
ção de uma de suas unidades fabris, especializada em
vestuário diversificado masculino, fenimino e infantil,
numa integração vertical que aumenta a lucratividade
do empreendimento. A segunda fábrica, atuando espe-
cificamente na confecção de camisas, tem 20
por cento
da produção total comercializada através da
própria rede
Wollens, e o restante é distribuído em todo o território
nacional como artigo de elevada aceitação.
Com a Inauguração do novo prédio da matriz, está
previsto um acentuado incremento na colocação dos artl-
gos produzidos pela própria empresa. O prédio, com
nove andares, ocupa uma área de aproximadamente
quatro mil metros quadrados, e as novas Instalações per-
mitirão uma diversificação dos artigos comercializados,
com a inclusão de dez novos setores. Com referência
à sentavam baixa liquidez.
colocação dos artigos que produz, a Wollens tem apre-
sentado um crescimento normal dentro do índice seto-
rial, ao redor de 10 por cento.
A EXPORTAÇÃO
Recentemente, a Wollens firmou seu primeiro con-
trato de exportação com os Estados Unidos, objetivando
a colocação de artigos de couro, principalmente casacos e
blusões. Apesar da sobretaxa de 10 por cento imposto
pelo governo americano às exportações, os produtos Wol-
lens, ao que informam os dirigentes da empresa,
podem
ser colocados naquele mercado por
rlor ao dos demais concorrentes.
preço bastante infe-
Conforme análise efetuada sobre as
perspectivas da
empresa, o atual lançamento deverá apresentar ao invés-
tidor um lucro por ação superior a Cr$ 0,40, tendo em
vista que a rentabilidade média da Wollens nos últimos
três anos foi de 44,2 por cento.
FUNDOS FISCAIS (157) - EVOLUÇÃO
COTAS DIVULGADAS EM
FUNDO
Embora ainda prevaleça uma considera-
vel dose de ceticismo, o mercado abrirá esta
semana com melhores perspectivas. A entra-
da de recursos do PIS e a redução de 40 para
20 por cento na participação dos papéis de
renda fixa na carteira dos fundos de investi-
mentos poderão dar novo alento às cotações
a curto prazo.
Essas medidas por si só não conseguirão,
contudo, reverter a tendência de baixa que
predomina desde o recorde do IBV, dia 14 de
junho de 71. As autoridades monetárias pa-
recém estar conscientes disso e já preparam
uma série de atos capazes de mudar a estru-
tura das Bolsas.
Os recursos do PIS
Para o atual exercido, que termina em
junho deste ano, o PIS destinou Cr§ 179 mi-
lhões para aplicação em papéis no mercado
de capitais. Essa verba já está praticamente
comprometida, mas a Caixa Econômica tem
meios de injetar outros recursos que serão
repostos com a arrecadação do Programa, es-
timada em Cr$.1.200 milhões para o exerci-
cio 72/73.
Embora ainda não se saiba qual o volu-
me de dinheiro a ser injetado nas Bolsas nos
próximos dias, nem a forma como operação
os fundos de investimentos — que será deba-
tida^ amanhã — espera-se que ele seja consi-
derável ao ponto de dar liquidez aos papéis
negociados. No último pregão da Bolsa do
Rio, quinta-feira, mais de 60 por cento dos
títulos, entre eles algumas blue-ships, apre-
Essa constatação dá a medida do está-
gio atual do mercado, talvez um dos mais cri-
ticos de sua curta história. Se as autoridades
monetárias não mobilizarem esses novos ins-
trumentos com a habilidade necessária, eles
poderão funcionar apenas como meio para
a saída dos poucos investidores que mantém
posição em algumas ações à espera de melho-
res dias, a fim de realizarem em condições
menos desfavoráveis os seus prejuízos.
O caminho da recuperação
Para que isto não aconteça, as autorida-
des monetárias devem ter na memória as
Última
distribuição
suas atitudes passadas. Os estímulos psico-
lógicos já não são válidos hoje. Os problemas
do mercado são os acumulados, no mínimo,
em dois anos. Apelar novamente para a ir-
racionalidade do investidor seria repetir os
erros do passado.
Caberia, no momento atual, chamar o in-
vestidor à razão e enquadrar as empresas
numa nova realidade, mudando a Lei das So-
ciedades Anônimas e obrigando-as a adotar o
full-disclosure. Não se admite hoje que os
balanços, anuais ou semestrais, sejam divul-
gados com três meses de atraso e eivados de
distorções. Esse é um aspecto fundamental
do problema que até agora parece ter sido es-
quecido.
A permanência do gap entre os "por
dentro" e os investidores comuns zó poderá
ampliar ainda mais as distorções do mercado,
afastando dele os que ainda não perderam
totalmente as esperanças. Na impossibilida-
de de eliminar a vala, pelos menos se deveria
tentar diminuí-la, neutralizando a ação dos
privilegiados.
*
E isso só é possível através de medidas
estruturais. Ninguém desconhece que o mer-
cado está carente de investidores e de espe-
culadores-técnicos. Nesse ponto se conceíi-
tram os principais componentes da crise
atual. A reconquista dos antigos e a atração
dos novos é um trabalho que depende de me-
didas de envergadura e não de estímulos psi-
cológicos. Os elementos básicos para isso es-
tão a alcance, das autoridades monetárias e
os resultados das empresas ensejam boas
perspectivas de rentabilidade para as ações,
bem acima dos demais papéis do sistema.
Se as pré-condições existem, agora só fal-
tam atitudes de apelo à razão do investidor.
De nada adiantará vender o boom de 71. O
que se deve vender é o futuro, sem se esque-
cer dos erros do passado.
PAULO REHDER
VALOR DO FUNDO
MAIS OU
Cr? milhões MENOS

Em 1971 a Metalúrgica SUber aumentou seu ca- INICIO DE INICIO DE 17 de março | 29 de março 20 de abril
pitai de Cr$- 3,5 para Cr$ 9,5 milhões. Parte dele foi 157 JANEI-
RO
ABRIL
VALOR
I
I DATA DO VALOB DATA DO
| VALOR DATA 17 29 20 20/01
objeto de underwriting. As ações da empresa estão VALOR DA COTA 1 CALCULO
VALOR I DATA DO VALOR DA DA DE DE DE
DA CALCULO DA CALCULO! DA DISTRI-
inscritas no mercado nacional da Bolsa Gaúcha, DA COTA CR| DA COTA
DI8TRI- MARÇO MARÇO ABRIL
DA COTA DA COTA BUIÇAP I BUIÇAO I 29/01
onde as pn e pp estão cotadas em torno de Cr$ 1,20 CRS COTA CRS COTA CR| I COTA CR| I
e as on e op em Cr$ 1,05 (20/4/72). Existem estudos
no sentido de levá-las também ao pregão da bolsa Águia 1,28 1,09 14/03 27/03 18/01
paulista. • Aplik 1,88
0,99 0,22 0,22 0Í1 - 4,5
15/03 1,38 27/03 18/M
Analisado com base no capital médio do período, Aplitec Ml 1,33 0,05 03/72 0,15 0,15 0,15
\ 23,70 20,97 15/03 213 27/03 20,99 18/01 21,04 1,00 2/68 1,52
0 quadro principal de "resultados da Silber, em 1970 Áurea 3.82 3,07 15/03 3,07
1,51 1,53 1,3
e 1971 é o seguinte: 27/03 3,07 18/04 2,83 0,08 12/70 2,03 —
Aymoré 2,02 1,83 9,4
2,25 15/03 1,76 27/03 1,67 18/04 1,57 0.65 12/71 4,72
BCN 4,43 1,25 — 4,1
5,11 3,97 17/03
Ano V. vendas L. LIq. L. p/Açío Capital 1,13 27/03 3,92 18/04 3,48 14,34 13,52 12,04
BIB-Crescinco 4,13 3,21 17/03
10,9
(milhão Cr|) (MllhSo CrS) (CrS) (Milhão CrJ) 3,22 29/03 3,25 20/04 3,04 0,448
BIG-Unlvest 12/70 100,14 101,36 95,60 — 5,7
17/03 1,01 28/03 1,06 18/04 1,00 0,15 12/71 4,81 5,03 4,73 — 6,0
BMG 4,74 17/03
1970 6.3 0,345 0,23 1,4 4,10 27/03 3,78_ 20/04 3,68 0,08 08/70 14,31 —
Bahia "4,36 13,26 12.57 6,2
1971 14,1 1,2 + 0,20 6,0 17/03 4,53 29/03 14/04 4,10 0,108 09/70 11,43 11,11 10,50 —
Baluarte 1,39 1,24 15/03 1,22
5,5
27/03 1,26 18/04 1,20
Bamerlndu* 0,17 0,18 0,17 — 5,5
• O lucro liquido apurado em 1971 inclui a pro- 4,34 3,58 17/03 3,55 29/03 3,58 20/04 3,30 0,006 03/70 10,44 10,53 — 6,1
visão para imposto de renda, no valor de 450 mil Bandelran. BBC 1,66 1,36 15/03 M7 27/03 1,33 20/04 1,30 0,05 12/71 2.05 2,01 2,01
cruzeiros. Banorte 1.16 0,90 17/03 0,90 29/03 0,91 10/04 0,83 0,24 12/7 3.27 —
Boston 3,45 3,21 6,9
Bozano Slmonsen
J,55~ 1,35 15/03 1,39 27/03 1,36 18/04 1.25 1,06 12/71 2,83 2,78 2,61 — 6,1
2,26 1,23
Ràdemaker ORTN deve Bradesco
Braíisa
3,91
5,90
3,29
4,64
15/03
17/03
15/03
1,27
3,37
4,88
29/03
29/03
1,23
3,29
20/04
20/04
1,14
3,17
0,14 12/70 14,22
103,61
13.02
102,30
13,00
100,25
— 5,9
2,0
27/03 4,70 20/04
inaugura ter prazo Caravello
Catarinense
2,40
3,75
1,78
2,78
17/03
15/03
1,87
2,87
29/03
24/03
1,82
2,70
20/04
18/04
4,41
1,52
2,65
0,139
0,139
0,60
03/71

02/72
4,85
1,74
4,66
1,70
4,36
1,46
—
— 14,1
6.4

2,51 2,44 2,35 — 3,7

indústria ampliado Cepelajo
Codepar
1,13 0,73 17/03
15/03
0,74
1,15
29/03
28/03
0,73
1,13
20/01
18/01
0,73
1,07
0,123 0,22
0,40
0,22
0,40
0,22
0,40
O Vice-Presldente Augusto Copeg 2,33 1,85 15/03 1,83
A criação de um merca- 29/03 1,85 20/01 1,76 1,79 1,78 —
Corbiniano 3,3
Ràdemaker presidirá dia 28. do especial para as empre- 2,18 15/03 2,24 27/03 2,21 18/04 2,10 0,33 0.32 0.31 — 3,1
em Aratu; a inauguração de sas que manipulam fundos Creasul 4,24 3,46 15/03 3,59 27/03 3,57 18/04 3,34 3,03 2,08 2.83 - 5,0
Safron-Teijin S/A — indús- a curto prazo, foi sugerida Creditum 4,64 3,71 15/03 3,90 27/03 3,74 18/04 3,50 1,47 1.41 1,34 —
trias Brasileiras de Fibras —, Creílnan 5,0
quinta-feira, pelo vice-pre- 37,84 30,47 17/03 30,37 29/03 31,25 20/04 29,44 1,20 02/71
implantada com o apoio da sidente do Federal Reserve Crefisul 2,98 _7,41_ 7,66 7,26 5,2
2,32 15/03 2,37 27/03 2,32 18/04 2,00
Suderie e a colaboração do 0,82 12/71 15,01 14.68 12.75 — 13,1
¦". Eank. de Nova York. Spen- Das Nações 1,53 1,39 15/03 27/03 1,20
BNDE. 18/04 1,31 19,0
cer March. Decred 2,29 2,20 15/03 2,30 29/03 2,20 18/04 2,08
_0,24 _0,21 J3S_
Durante a conferência 0,08 05/70 7.15"
~3.05
67sF 6.51 — 5,4
Denasa 2,37 1,95 17/03 1,97 29/03 1,96 20/04 1,91
Embora a inauguração oil- para os técnicos da Comis- Emissor 1,40 _3.06 2.99 2,0
1,16 15/03 1,24 27/03 1,18 18/04
dal esteja marcada para são dfl Implementação de 1,13 0,6337 12/70 2.77
Econômico de Inv. 1,00 0,83 15/03 0,91 27/03
aquele dia, a nova indústria Técnicas Financeiras, Spen- 0,90 18/04 0,83 0,86 0,34~ 0.36 0,40 11,1
— que terá, inicialmente, ca- Fibenco 1,83 1,54 15/03 134 27/03 1,56
cer March sugeriu a am- 18/04 1,13 0,54 12/70 0.48 0.48 0.41 14,6
Fidelidade 2,61 1,87 15/03
pacidade instalada de 5.500 pllação dos prazos para as 1,92 27/03 1,82 18/04 1,77
~2,Ò6
0,54 12/70 2,73 2,65 2.65
toneladas/ano de poliéster - Fiducial 3,15 2,17 17/03 2,19 27/03
Obrigações Reajustávels do 2,23 20/04
-2,29~
0,31 12/70 18.74 19.03 17,84 — 6,2
já começou a produzir. Na Tesouro Nacional, que, des- Finasa 3,42 2,51 15/03 2,54 27/03 2,52 18/04 0,75 06/71 36,00 35.94 32,93 — 8,4
sua Instalação foram invés.- ta maneira, adquiririam Flnasul 6,03 4,14 17/03 4,38 27/03 4,19 20/04 3.84 0.24 06/68 22,05 21,22 19,52 — 8,0
tido» Cr$ 195 milhões. maior estabilidade. Fivap 1,43 13/03 1,52 27/03 1,37 18/04 1,35 0,15 0,14 0,14
Francred 3,97 15/03 4,02 27/03 4,05 18/04 3,83 0,08 12/71 1,18 1.24 1,31 5,6
Godoy 4,47 3,36 15/03 3,44 27/03 3,42 18/04 3,23 0,45 12/71 0.90 0.89 0,B4 — 5.6
! COMPANHIA FERRO BRASILEIRO Halles
Hemisul
3,08 2,49

_0,88_
15/03
17/03
2,52
0,86
27/03
24/03
2,51
0,88
20/04
20/04
2,33 0,93 06/71 14.12 14.03 13,07 — 6,8
_0.BI 0.18 0,19 Õ7l9~
C.G.C.-M.F. 18.977.124/001 ICI 5.48 4,75 15/03 4,71 29/03 4,73 18/04 4,43 4,01 11.17 — 5.4
Império 2,44 1,58 15/03 _n.o5_
1.58
ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA Induscred 4,52 3,49 15/03
27/03 1,60 18/04 1,53 0.30 12/71 0,34 0.34 0,33 — 2.9
3,58 27/03 3.52 18/04 0.27 0.27 0.27
(Convocação) Investbanco 2,97 1,38 15/03 1,46 27/03 1,40 18/04 1.28 1,28 12/71 0.1.62 61.64 55.52 — 9.9
Ipiranga 5,42 4,19 17/03 ~Í2jif
Ficam convidados os srs. Acionistas para a 4,29 29/03 4,17 20/04 3,96 13.00 12.30 — 3,{
A.G.O. a realizar-se no dia 27 (vinte e sete) do cor- Itaú 4,44 16/03 4,46 29/03 4.53 20/04 4,28 0.40 12/70 109.10 lli 47 — 4,6
rente mês de abril, às 15 horas, na Sede Social, em Letra MO 17/03 1,19 29/03 1,22 20/04 1,12 0,07 12/71 0,34 0,36 0.33 8,3
José Brandão, Caeté, Estado de Minas Gerais, para Levy 2,86 2,49 15/03 2,53 27/03 2,52 20/04
_2,43 1109 1,09
o fim de: MD 1,10 15/03 0,92 27/03 0,91 18/04
_0.89_ 0.04 0,04 0,04
a) Deliberar sobre o Relatório da Diretoria, Ba- Maisonnave 17/03 3.80 29/03 3,63 20/04 8742 1,18 05/68 9,88 9,40 9.29 — 1.2
lanço, Contas de Lucros e Perdas e Parecer Merklnvest 1,13 1,07 15/03 1.08
~b744~
27/03 1.08 18/04 1.02 0.47 0.47
.' . do Conselho Fiscal relativos ao exercício de Mercantil 16/03 1,52 10/04 1,51 1.76 1.72
' 1971; Mocaia ~8.08~
15/03 3.90 23/03 3.90 18/04 3,50 -
b) Eleger os Membros do Conselho Fiscal para 8.ra_
7.14 11.6
Naclona] 6,64 5,65 17/03 5.63 29/03 5.66
o presente exercício; 20/04 5,48 2.57 12/71
JI8.73~
10792 18.55 1,9
' Novo Mundo 1,00 0.94 15/03 0,95 29/03
c) Tratar de assuntos gerais. 0,94 20/04 0,93 0.(2~ 0,44 0.47 6.8
De acordo com o art. 23 do Estatuto, só poderão Paulo Wlllemseni 2,93 2.32 17/03 2,26 29/03 2.28 20/04 2,09 0.73 0,69 — 5.5
tomar parte na Assembléia os Acionistas cujas ações Produtora 3,80 2,96 15/03 3.23 27/03 2,98 18/04 2,87 0.37 0,34 0.33 — 2,9
estejam inscritas em seu nome no livro competente Provai 2.33 2,11 15/03 2,07 27/03 2,12 18/04 2,10 0,42 0,44 0,43 — 2.3
até três dias antes daquela data, ou cujas ações ao 'Rial 4,43 2,34 16/03 2,45 28/03 20/04 2,34 20.56 27.12 25.92 — 4,4
portador tenham sido depositadas até três dias antes Reaval 3,19 2,66 15/03 2,75 27/03 2.75 18/04 2,45 0.37 —
0.38 0.36 5,3
em um dos seguintes locais: Rique 3,20 2,42 17/03 27/03 2,39 18/04 2,30 5,76 5,53 —
Sede da Companhia, em José Brandão, Caeté SBS
5.36 3,1
0,58 17/03 0,58 29/03 6,58 20/04 0.47 0,10 — 20.4
— Minas Gerais; 06/69
_4.40_ _4.42__
3.52
SPI
i — Escritório do Rio de Janeiro, à Avenida Nilo
Safra
7,44 7,22 17/03 Jêi. 29/03 7.45 20/04 6.90
~2.27_
0,08 04/68 2788_
"8.71
27Õ1 2,70 — 7.2
4,46 2,35 15/03 2745 27/03
;.' Peçanha, 26 — 6? andar — GB; 2,43 18/04 1,47 12/71 1.C8 8.13 — 6.3
Sucursal de São Paulo, à Rua Libero Badaró, Sodeni 2,07 1,56 15/03 1,54 27/03 1.58 18/04 1,49 0,47 0,48 0.45 — 6.2
293 — 15? andar — São Paulo — SP; Sofisa 4.99 1.30 15/03 1,40 27/03 1.33 18/04
... 1.19 0.10 07/70 2.10 1.84 — 9.3
,j— Agência de Belo Horizonte, à Rua Goitacazes, Souza Barros 6.11 4.38 15/03 4,51 27/03 4.47 18/04 4.31 0,064 12/70 1.45 1.45 1.40 — 3.4
15 — 5? andar — MG, desde que o depósito Splnelll 1.85 1,45 15/03 1,49 27/03 1,48 18/04 0,07 0.17 0.07
i seja comprovado por documento hábil. Suplicy 1,64 15/03 1,72 '
27/03 1,68 18/04 1,60 0.47 0,47 0.46 — 2,1
Tamoyo 1,92 1,98 17/03
, José Brandão, 14 de abril de 1972 1,87 29/03 1.89 20/04 1,86 3.99 4,04 3.99 — 1,2
Titulo 1.76 1,33 15/03 1,42 27/03
aa) Luiz Adelmo Lodi 1,38 18/04 1.27 0.56 0,67 0.50 — 25,3
Vila Rica
Joseph Hcln
16/03 2,93 28/03 3,03 18/04 2,83 — 4.8
0.40 0.42 0.40
Carlos Charnaux Vistacred 1,23 1,07 17/03 1,05 29/03 1,09 20/04 2.67 2,83 — 3,3
Mareei Jean Joseph Uhry Walptrei 1,56 1,30 14/03 1,31
~07Í7_
27/03 1,34 18/04 1,30 0,14 0,18 28,5

DIRETOR ECONÔMICO
9
 Ano II —¦ Número 536
MARKETING
Consumidor x Superman
Depois de solucionar um
crime dos mais sérios, Bat-
man olha para seu fiel com-
panheiro Robin e se despe-
de, pois tem encontro com
uma mulher. Robin, por sua
vez, tira o disfarce, passa
passa um pente no cabelo e
vai para a farra.
A partir de março de 1971,
Superman perde — tempo-
rariamente — 50 por cento
dos poderes que o tornaram
famoso. Ele hoje tem dores
de cabeça e não pode ver
um par de pernas femini-
nas, que se ouriça todo.
E o nosso Capitão Améri-
ca? Bem, esse agora está
preocupado com a Integração
racial e os problemas do
gueto. Tanto que convocou
do Harlem um auxiliar ne-
gro: o Falcão.
Enquanto isso. o Homem-
Aranha cada vez mais se as-
semelha ao homem comum
norte-americano. Na intimi-
dade, de paletó e gravata,
ele se enfurece ao receber a
notificação do Imposto de
Rende e periodicamente tem
erupções por todo o corpo.
Seu rosto, agora, tem espi-
nhas.
Mas se o assunto é mar-
keting, porque falar nos su-
per-heróis?
Porque a mudança radical
em seu comportamento foi
determinada a partir de uma
pesquisa mandada fazer pe-
Ios empresários da National
Features. O conportamento
do consumidor de revistas
em quadrinhos modlficou-se
tanto que a reputação dos
super-heróls chegou a ficar
seriamente comprometida. O
povo norte-americano quer
consumir temas humanos
(vide Love Story) e já não
suporta heróis insensíveis,
pragmáticos e assexuados.
Por isso, foram convocados
os psicólogos de massa, para
estabelecer as determinantes
das modificações "estrutu-
rais" porque passariam Su-
pennan & Cia.
É sabido que os super-he-
róis foram responsáveis por
verdadeiras f o r t unas nos
EUA. Milhões e milhões de
dólares brotaram do seio da
massa consumidora em fa-
vor das editoras. Mas, subi-
to, as vendas começaram a
baixar. Paralelamente, a
venda de revistas em quadri-
nhos com temas mais pican-
tes sob o aspecto da política
interna e externa dos EUA,
assim como o prato-quente
do erotismo tomaram as me-
lhores colocações nas bancas
do jornais.
Era preciso mudar. Come-
çaram pelo Super-homem que
hoje está mais humanizado,
mais terra-a-terra. Só não
fala em Vietnã, mas aí seria
demais para um kryptonia-
no. Clark Kent teve proble-
mas, pois o "Planeta Diário"
seu ganha-pão, foi vendido à
forte cadeia GBS — Gala-
xie Broadcastlng Systems e
agora êle é obrigado a fazer
PROJET
A CTC — CIA. TÊXTIL DE CASTANHAL, pro jeto de fiação e tecelagem de juta na área da
SUDAM, localizada no Município de Castanhal (estrada Belém—Brasília), Estado do Pará, in*
forma a seus acionistas que estará distribuindo dividendos relativos ao Exercício de 1971, a
partir de maio p.f.
Aproveita para informar que face à maior safra agrícola brasileira (72/73) e novos mercados
estrangeiros conquistados, permitem-nos prever este ano ainda melhores resultados,
Assim sendo, convida os atuais acionistas e de mais interessados a subscreverem novas quotas
a fim de completar este ano o capital social, depositando seus incentivos fiscais das pessoas
jurídicas à ordem da SUDAM.
Com o apoio da SUDAM
S. PAULO-SP: Rua Barão de Itapetininga, 207
Av. Carioca, 246 — Tels. 63-5567
RIO DE JANEIRO: R. Almirante Mariath, 340 —
c
BELÉM-PARÁ: R. XV de Novembro, 226 — conj. 1411 — Fone: 2096 e 1802
—i ' '
jmmr txsat m? AVXfWWS
vamwmmtoy MBrttí-.A nWfW
liava*... rWTTCX
AJVPPTMVH ffy
FEATUra
ArTIAICNtJrH-
MKiaur, . tOf$LA/tt!'
um programa telejornalisti-
co.
O Capitão América, que na
II Grande Guerra foi suces-
so de vendas, por sua luta
contra os agentes da Gesta-
po, não entra mais nessa.
£cu caso, agora, ê defender
o direito das populações ne-
gras, segregadas pelo sepa-
rativismo. Seu auxiliar —
Palcon — está em todas,
dando informações e consti-
tuindo-se num amigo per-
feito.
No Brasil, o problema não
chegou a ter grandes reper-
cussões, porque consumia-
mos heróis importados. Apro-
veitamos os feriados para ou-
vir os homens da Editora
Brasil-América Ltda. prati-
ca mente a pioneira no lan-
rcmento dos super-heróis en-
tre nós.
Olhos miúdos, por trás de
grossas lentes, Otacílio Bar-
ros, secretário de redação da
EBAL e responsável pela vi-
da de Super-homem e sua
turma no Brasil, acha que
r. mudança de personalida-
de — e até mesmo biológi-
ca — dos personagens, po-
dera ser bem aceita pelo pú-
blico.
_ Tudo isso Já foi ana-
lisado sob o aspecto ético,
político e social. Tem até
herói que fraquejou "pico".e foi
surpreendido no
Sob o aspecto comercial,
realmente loi uma grande
jogada de marketing. O única editora do
"chiou":
povo americano
qual é a do Bàtman e do
Robin? Realmente dava pa-
ra desconfiar...
Para Paulo Adolfo Aizen,
gerente comercial da em-
presa, o mercado das revis-
tas em quadrinhos ainda e
rentável. Conquanto não
seja a parte forte da EBAL,
que há muito tempo desço-
briu o campo das histórias
Infantis de conteúdo ético,
cívico e didático — passan-
do a dedicar maior esforço
para essa produção.
— Sobretudo, para ven-
der bem e certo, é preciso
imaginação.
Por exemplo: a EBAL
lançou tempos atrás, um
álbum de figurinhas colori-
Gas sobre a Disneylândla.
Houve alguma receptivida-
de. Mas para quem faz re-
vistas, a batalha é travada
na banca de jornais. São
Danças pequenas as nossas.
Ü numero de publicações
é imenso. Você lança uma
oompflnHifloiLDeamnHflL
EDMUNDO FONSECA
I Brasil.
—.,«.
Sl/TX&Ttt.-. SiVtXMAN TBW.4
A KHCXE KEW UF MTH TMffMVt.»
LOUCFCTTHE
¦MA» OfMHNT
AVtmr.„ax£f#.
tAMTtKH..,K»7
ctkew w notar ír
,
C9M*Ct!
revista hole e pode ter uma
surpresa amanhã — desa-
' lógico.
gradàvel,
Ganha quem tem mais
miolo (cite-se os posíers de
apoio colados nas bancas),
para o relançamento de
Disneylândla, Aizen e sua
equipe bolaram uma sacola
plástica e oferecem uma te-
soura plástica para recortar
as figurinhas (grande jo-
gada, pois a tesoura plásti-
ca não oferece perigo e po-
de ser apresentada em vá-
rias cores). A sacola ó
transparente e o consumi-
dor (no caso a criança) vfl
a tesourinha. Há também
a facilidade do conjunto ser
pendurado na banca, glran-
do ao sabor do vento — um
7rtóbt!e auto-vendável.
Sobre o problema das
vencias em auto-servlços,
Aizen acha muito lnteres-
sante a nova modalidade.
Mas o problema é de que ai-
guns supermercados vira-
ram lojas de aluguel. Co-
bram mensalidades enor-
mes para V. colocar um
iisplay ou um stand de
vendas. Não adianta ofere-
:er bonificações especiais.
O seu áisplay só entra no
áuto-servlço, se V. pagar.
Como apoio de marke-
ting a EBAL, graças a seu
fundador Adolfo Aizen, inl-
ciou há tempos um traba-
lho de relações públicas dos
mais eficientes. Por ser a
mundo,
especializada unicamente em
histórias Infantis, recebe
diariamente a visita de mi-
lhares de alunos de quase
todas as escolas da Guana-
bara. As professoras ana-
lisam o trabalho e acabam
recomendando e adotando
os livros e publicações dl-
dáticas da EBAL.
Foi criado um minimer-
cado para. crianças, uma
lanchonete cheia de guio-
selmas, ao lado de um jar-
dlm zoológico em mlnlatu-
ra, onde. vivem pássaros de
nossa fauna. Como plane-
jamento de marketing, foi
sensacional.
E os super-heróls, como
ficam nisso tudo?
— Bem, eles fazem par-
te da família — responde
Paulo Aizen — só que se
destinam a um mercado tra-
dlcional. Alguns deles es-
tão realmente multo numa-
nos e dão exemplos. Esses
particularmente merecem
mais atenção.
DA cnnAM
10.° andar — cj. 2 — Tel.: 35-5384
63-4792
São Cristóvão — Fone: 264-6562
ETONOMICO
CORREIO DA MANHÃ Rio de Janeiro, domingo, 23 e 2.a feira, 24 de abril de 1972
Pesquisa vai modificai*
AUTOMÓVEIS
o cardápio nas escolas
SAO PAULO (Sucursal) — Qual ê o segredo
que torna um café mais saboroso do que
outro? A que se deve atribuir o sucesso ime-
diato de um novo suco de laranja que acaba
nas, os projetos sobre a tecnologia de ali-
mentos são os mais variados, e não se 11-
mitam ao problema da merenda escolar, Os bodes são outros
cujos estudos foram desenvolvidos pela Se-
de ser lançado no mercado? Essas e outras ção de Bioquímica-
perguntas estão sendo respondidas pelo Ins- MAURO RIBEIRO
tltuto de Tecnologia de Alimentos, em Cam- Há, por exemplo, entre outros, o Labo-
pinas, que concluiu também pesquisas para ratório de Análise Sensorial. onde se pode
reformulação de todo o cardápio escolar no observar o trabalho dos provadores de café SAO PAULO (Sucursal) — Retiro do um jornal
ou de qualquer outro produto, seja um no- carioca declarações de autoridades de órgãos liga-
vo suco de laranja ou mesmo um concen- dos ao trânsito, que só confirmam a judicloslda-
A tarefa do ITAL, conforme definiu o trado de abacaxi. É dirigido pela engenhei- de dos comentários publicados nesta coluna a res-
Governador Laudo Natel, é antecipar-se às ra-agrônoma Ruth Santos Garruti-
indústrias e, através de uma linha de pes- peito da comissão especial sobre segurança dos vel-
A tarefa não é simples e desenvolve-se culos automotores, criada na Câmara dos Depu-
quisas prioritárias, responder a todas as in- tados. É fácil extrair de tais declarações a conçlu-
dagações que permitam uma Integração cor- como se fosse um ritual dentro das 12 ca-
reta entre o que se produz e a industrial!- binas individuais. A minúscula janela se são de que antes dé procurar transferir ás fábricas
zação. Em suma: o fortalecimento da Agrl- abre dentro do laboratório, mas o provador produtoras a maior parcela de culpa pelos alar-
cultura para que novas Indústrias possam nada pode saber do que se passa lá dentro. mantes índices dé acidentes, a referida comissão
ser implantadas. Tem que se limitar a degustar o café e, pre- deveria se concentrar rium levantamento acurado
encher as fichas. Nada mais lhe é exigido, dos problemas infra-éstruturais ligados à questão,
AINDA Ê SEGREDO a não ser uma acurada atenção. estes sim responsáveis pelo triste mérito de o Bra-
"Na verdade — diz a técnica Garruti sil superar os Estados Unidos em número de de-
Um relatório de quase 300 páginas está sastres automobilísticos.
— os cinco sentidos precisam estar atentos
sobre a mesa do Engenheiro Agrônomo
Aglde Gorgattl Netto, diretor-geral do ITAL, porque um provador pode até deixar se im- Vejamos algumas opiniões: diz o diretor do
pressionar por quem serve o café. A avalia- Instituto de Pesquisas Rodoviárias, Sr. Homero
e dá conta de todo o esforço do Governo
de São Paulo no sentido de ajudar as auto- ção do sabor, aroma e a textura do café re- Henrique Rosa Rangel, que "à falta de entrosa-
ridades federais a resolverem um grande presenta uma verdadeira arte e uma busca mento e às falhas de funcionamento dos órgãos en-
exaustiva." carregados de transporte e trânsito, cabe a culpa de
problema.
tudo", referindo-se aos acidentes registrados no Rio,
O dossiê — ainda sob absoluto sigilo — AINDA OS PROVADORES em 1971. Sobre tal feita de entrosamento, o dire-
é fruto da pesquisa de 230 pessoas, entre tor do IPR, que é órgão da Presidência da Repú-
•técnicos e especialistas, e nada será divul- Para se conhecer um bom provador blica, assinala: "isso é Inadmissível porque sem iri-
gado sem a anuência do governo da União, usam-se técnicas e métodos estatístico-sen- tegração nada resolve, nem mesmo a educação, que
sorials. "A análise de um alimento não sur- é fator realmente básico" (o grifo é nosso).
O relatório, segundo o convênio firmado ge no escuro e há fichas especialmente es-
pelo Governo do Estado com a Cobal, não
tu dadas para que se possa aferir e obter a O Sr. Rosa Rangel disse ainda que "carteira
se limita ao estudo da alimentação escolar opinião do provador" — acrescenta D. Ruth, de motorista deveria ser fornecida depois de um
em São Paulo. Vai mais longe, ao procurar
frisando existir equipes selecionadas para vá- curso de especilização", e criticou os sistemas e mé-
definir o que deva ser a merenda de um
rios produtos como café, vinho, licores, pro- todos de trânsito, que "são obsoletos, estão aquém
estudante em todo o País, "proporcionando dutos de leite, grãos e enlatados em geral.
às crianças de 7 a 12 anos uma refeição do que poderia ser feito em todos os sentidos".
Alguns são especialistas em sucos de frutas
diária que venha atender às exigências nu- ou farinhas, enquanto outros estão aptos a Já o Brigadeiro Hermes Gama de Almeida, di-
trientes". O trabalho Implica numa refor-
dizer como será a aceitação por parte do retor do Deprtamento de Trânsito do Rio, afirma
mulação ampla e total do programa de ali-
mentação escolar e levou meses para ser
público de uma nova geléia ou sofisticada que "a irresponsabilidade de motoristas e a mi
compota "que pretende entrar na praça e educação de pedestres, causas principais do aumen-
concluído. arrasar com seus concorrentes". to do número de acidentes, só se corrigem com tem-
O Governo considera da maior importân- No Laboratório de Análise de Alimentos po". Comentando algumas providências adotadas
cia essa reformulação, a fim de que o estur não se fuma, como. em quase todas as de- pelo Detran — pintura de faixas, instalação de no-
dante tenha melhores condições de apro- pendências do Ital. Motivo: o cigarro es- vos sinais luminosos, sinalização etc. — o Briga-
veitamento nas escolas. Esclarece o Gover- traga o sabor de um alimento, podendo dei- deiro Hermes Gama disse que elas "respondem
nador Laudo Natel, xar também um provador em dúvida quanto pela diminuição do número de acidentes em 1971,
"Levantamentos realizados pelas Secre- ao perfume que se exala de uma xícara de que foi menor 30% em relação a 1970".
café. Um dia difícil no laboratório é a se-
tarias da Educação e da Saúde revelam que Passando para São Paulo, onde as autoridades
gunda-felra, quando se redobra a atenção do governo estadual se mostram igualmente alar-
grande parte do esforço educacional é pre- para o resultado dos testes. Pode acontecer
judicado substancialmente pelas más con- que um provador tenha esquecido a discl- madas, temos á repetição do enfoque dado ao pro-
blema por aquelas personalidades. O Secretário
dições de saúde do aluno. Um índice ele- alimentar por causa do fim de sema-
vado de crianças sofre limitações que inter- plina na, quando sempre se comete algum ex- Paulo Sallm Maluf, dos Transportes, mandou iri-
ferem na aprendizagem. São deficiências tensificar a fiscalização nas estradas e elevar o
cesso à mesa.
causadas, em grande parte, pela desnutri- valor das multas aos usuários que infrlnjam as
ção que produs a fadiga, reduz a capacida- MASCARANDO OS ALIMENTOS normas de trânsito, como forma de reduzir ò* ín-
de mental e chega a comprometer, em inú- dice de acidentes. Segundo ele, os acidentes ocor-»
meros casos constatados, atê a visão. Dai a rem sobretudo por culpa dos motoristas,
Os quatro gostos básicos principais são principal-
importância qué'répresent*f para a socleda- inconfundíveis para um bom provador, mas mente de caminhões, que não respeitam suas íal-
o
de, o programa que ^stado e a União pre- há mudanças entre doce, salgado, ácido e xas próprias de tráfego nas rodovias paulistas.
tendem desenvolver para reforçar e apertei- amargo. E por tudo isso, o café está entre
coar a alimentação escolar, base da boa as alimentos que mais exigem acuidade por Saindo da área oficial e penetrando no mundo
saúde". parte de um provador. Além do mais, re- particular do cidadão comum: "Todo mundo è" re-
quer uma técnica especial de preparo da lapso" — disse um motorista de táxi, no Rio, í
EM NÍVEL NACIONAL amostra e uma análise considerável dos propósito da elevação de acidentes.
resultados obtidos.
As pesquisas que se desenvolveram no Como podem ver, o problema é mais complexo
Ital, avultam de importância porque "os A fim de que um provador não se deixe
— seja pelo que for —, as xí-
do que supõem o? integrantes da comissão, ao ten-
EUA vão deixar de fornecer alimentos para impressionar tarem parücularizar causas e causadores do crês-
a merenda das escolas brasileiras, a fim de caras vão para as cabinas de tal forma que cente número de vidas perdidas ou inutilizadas em
enviá-los a outros povos menos desenvol- seja até mesmo impossivel dizer quem pre- acidentes automobilísticos. Se há real intenção de
vidos", conforme disse recentemente o Ge- parou o café. "para E as xícaras têm sempre o atenuar o horror dos quadros estatísticos, conside-
neral José Pinto Sombra, Superintendente da fundo preto, mascarar o alimento", ro que os nobres deputados deviam procurar ou-
Campanha Nacional de Alimentação Esco- enquanto os copos de suco são uniforme-
mente coloridos. A cor de um café ou aquilo
tros caminhos, verdadeiros caminhos por onde che-
lar. gariam a um diagnóstico e a um conjunto de re-
que restou no fundo da xícara podem in- médios de maior eficácia.
Coube ao Secretário Rubens Araújo Dias, fluir de forma decisiva no Julgamento de
autorizado pelo Governador Laudo Natel, as- um provador. Não se tem como negar que o aperfeiçoamento
sinar o convênio para pesquisar e fornecer Outra coisa: a aplicação de alguns in- de dispositivos de segurança dos veículos nacionais
representará uma apreciável colaboração no esfor-
aos estudantes uma única refeição diária. seticldas, conforme ficou demonstrado, mo-
difica a qualidade do café. E o caso do BHC ço, que deve ser comum e geral, pela modificação
Pelo convênio, no valor Cr$ 72 mil, en- do estado de caos de nossas ruas e estradas. Mas
"mofo" característico de de-
tre a Cobal (Companhia Brasileira de Ali- que dá o sabor tal elevação, em si só, constitui pouco ou
mentos) e o Ital, êste órgão da Secreta- terminadas bebidas. E um bom provador quase
nada, em confronto com providências infra-estru-
ria da Agricultura acompanhará por três pode até dizer se o gosto de um café foi turais reclamadas pelo trânsito.
meses as experiências para implantação das alterado com a aplicação de hexacloreto de
Por fim, é bom não esquecer que as
refeições escolares e apresentará suas con- benzeno no cafeeiro. Quem examinar uma fábricas são as maiores interessadas em próprias
aprimo-
rar a qualidade e segurança dos veículos que
clusões sôbie a viabilidade do programa em ficha preenchida por qualquer provador do pro-
nível nacional. duzem. O esquecimento disso representaria perda
Ital verá a que requinte desce sua capacl- certa de prestígio junto ao público, com conse-
dade para dizer se um novo café vale ou nfio
OUTRAS PREOCUPAÇÕES qüências óbvias sobre sua vida econômico-finan-
ser lançado no mercado e, até mesmo, se ceira. Num mercado que se torna cada vez mais
competitivo, diria mesmo altamente competitivo,
Na Fazenda Santa Elisa, localizada a já não existe um outro produto na praça
brincar com a vida do consumidor significaria o
menos de dez minutos do centro de Campl- com o mesmo aroma e sabor. caminho mais curto e imediato para o insucesso.
Colabore com a CTB para
resolver o problema
dos
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 l****,i***,^',^»,^*'"*»^^^>,^P^P^P,^P,*^^P"^P^"ÍPi^^P*^«*PVi'''^W^^^v.y^w-^S^B^W

i Dois temas de Bonnard áffllsr8, ¦ ¦ •¦'••¦

*
0 homem do Bela
No passo do "Tango*y>

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* Malha e cinto: lançamento

Suplemento Dominical do CORREIO DA MANHA 23 e 24 de abril de 1972

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SiilB
quem manda é o angorá, o couro e o caxemira

fsso é uma
novo maneira
divertida de
pintar suas unhas.

>-:-:^-:v:-:-^':'>>:-..:.:->:'>/.:.:.:-:./.-.:.:.:....-....

Vale tudo.
Desde o coração
passando pela
flor e joaninha
até chegar aos
motivos geométricos.

Na inauguração do Salão do "Prêt-à-Porter"

esta semana em Paris, três nomes
importantes da alta costura apresentaram
suas coleções: Cardin, Nina Ricci e
Saint-Laurent Definindo uma vez por todas
o estilo da mulher. Ombros largos e cabeça
"chignon" na
pequena - cabelos presos em Salve São Jorge.
altura da linha do pescoço. Continua a 0 Ogum idos
brasileiros e ^
influência asiática, lançada no ano passado protetor dos ingleses, f

por Kenzo, principalmente na bijuteria.

Em caxemira, "mohair" e angorá. Tudo
tricotado. Desde as luvas, que retornam,
até as boinas e chalés. O couro, nas
jaquetas, saias, pantalonas e casacos, firma
a sua posição definitiva no 0 símbolo da
mmmm^BSmY •%&&m\
liberdade que
^W guarda-roupa unissex atual. Tiradentes
descobriu em 7792
Edith Carneiro, Editora
 BALAIO Germana
de Lamare
Frase de uma dondoca bem nascida:

Educação é uma coisa muito difícil

de se adquirir, e muito difícil de

se perder. Graças a Deus!

Quem usa os olhos SISUDASISUDASISUDASISUDASISUDASISUD

Há quem pense que
em geral não vê alucinação o ex-Governador Abreu
Sodré tenha ido a Bra-
sília somente para assis-
, OMO circulo com moderação, praleão este tipo de confirmação de tir a uma homenagem
não é o mçu forte viver pendu- noticia, que os diretores de ao Senador. Milton Cam-
! rada em lustres, há quem ache em geral, exigem dos colunistas.jornal,
Mas pos, mas não será sur-
que eu nem sempre sou teste- não era isso eu queria falar. E, presa a meu sábio bisa-
munha das coisas que digo,'e os po- sim, da pressaque algumas pessoas vô se ele voltar outra
bres de meus informantes vão levan- têm de desmentirque notícias vez com força ao pano-
do a culpa. Eles às vezes falham, é lhes são agradáveis, sem sequer que não rama nacional • Se no
verdade, vinte quatro horas são uma rem a humildade de saberem se te- Rio o governador da
eternidade para as pessoas manterem verdade. Outros desmentem com era
in- Geórgia, Jimmy Carter,
as mesmas opiniões e vontades. Mu- crível cara de interesse. teve homenagem dos
pau per puro
dam e esquecem de ielefonar avisan- Ecco! Vá lá! Esta somana mesmo re- Rountree, na embaixada
do. dizem que vão viajar e o passa- da São Clemente, em
cebia um telefonema de alguém que
porte não fica pronto, etc. Também São Paulo, foi Abelardo
nem sempre é fácil para um colunista pretendia chupar o cérebro do meu Figueredo quem lhe ofe-
checar uma informação: "Como é informante, que por vil caráter tinha receu um drinque, pa-
foi, minha senhora, é verdade que que
seu inventado uma barbaridade aí. Acon- ra comemorar um con-
marido apanhou feito louco ontem da tece que por vite para abrir um res-
senhora na porta do Bateau? Ou en- formante pura coincidência a in-
era eu mesma, que sem in- laurante brasileiro no
tão: "Ah! Palácio de Convenções
quer dizer então que seu ma- tenção maléfica alguma estava dis-
rido lhe plantou aí e fugiu com a se- traidamente i» Atlanta... • No
plantada no local quan-
cretária? E o que tem a senhora a di- do o fato ocorreu. nesmo dia em que cor-
Sorry, mas, desta ria a notícia que Paulo
zer a respeito?" Há de convir que é vez, não dá Bornhausen havia sido
pé...
r<?el<>ito para a diretoria
do Banco do Brasil, pou-
1p certíssima, aliás, cá
chegavam dois belíssi-
mos convites de muito
bom posto para a inau-
guração das agências do
Banco do Brasil em Pa-
ris, no próximo dia 18,
e para a inauguração
blemas... • Vai desa-
parecer a loja de carros
estrangeiros mais famo-
'¦ÍÉÍh HÜPÜ
em Lisboa, no próximo sa da Rua Augusta. Seu
dia 22, ambos com um dono já botou no bolso
simpático cartão do mo- 12 milhões de cruzei-
ço. O detalhe é que em- ros... • Raul Giydicel-
bora em cidades e dias li morrerá com esta no-
diferentes as duas re- ta: será realizado pela
cepções são no Hotel
primeira vez no Rio, de f^^^^^^mm Mm
Ritz... • Ex-constru- 10 a 14 de julho, o I En-
tor Cordeiro Guerra contro Nacional de En- WÊÊÊÈ
saiu esta semana, pela genheiras e arquitetas,
última vez, de sua fir- no Clube de Engenharia,
ma, a qual passou adjan- Serão as mulheres ago-
te, com os olhos enchar- ra que irão discutir con-
cados de lágrimas e 32 cretamente os proble-
milhões no bolso, os mas de base. Desculpe,
qua's pretende curtir Raul, juro que foi sem
na Europa, em maio... querer... • Governa-
• Paulo Manoel Protá- dor José Fragelli resol-
sío, presidente da Em- veu convidar o Ministro
bratur, vai reunir em Cirne Lima, da Agri-
cultura, para ver de bem
Brasília durante quatro
perto o Estado de Mato
dias, em junho próximo, Grosso, seu desenvolvi-
os secretários de Turis- mento e seus problemas
mo do Brasil inteiro pa- e ele corajosamente
ra discutir com eles os aceitou... • E tudo in-
dica que o Vietnã do
trágicos problemas de
Norte continua muito
cada um... E quanto zangado porque o Pre-
mais se sobe no mapa sidente Nixon foi à
mais trágicos são os pro- China...
PfPfH

Os ossos As memórias "", ¦», '-;, ^^' " '*'' ^SiSS^'!

Maria do Rosário Clark achou mais simpático ter uma filha
porque assim o modelo fica perfeito. Já para V/alter Clark
o primogênito fica para a próxima vez...
SONORASONORASON ORASONORASONORAS
Para Silvia Amélia Chagas che-
gar confortavelmente transportada à
casa de Beki Klabin, no jantar em
homenagem a Ediala Sto. Domingo,
Pedro Valente comprou uma Mercê-
des prateada tinindo de nova... 0
Zoé Chagas Freitas no atelier de
Guilherme Guimarães provando vá-
rios vestidos, com os quais preten-
de homenagear o Presidente Amé-
rico Tomás em s u a passagem
pelo
Rio... # Ana Letícia e Walmir
Ayalla arrumaram as malas para o
Sul com única intenção de selecio-
nar os trabalhos dos gaúchos para a
exposição das Olimpíadas do Exerci-
to... # Por causa de uma febre sem
razão aparente foi que Bráulio Pe-
droso voltou à casa de Saúde São
Marcelo... ft Uma Marinha de An-
tonio Gomide e as Ilusões Perdidas
de Eliseu Visconti serão os pontos
altos do leilão da Collectio que co-
meça amanhã no Copacabana... 0
Duda Cavalcanti e Fernando Sabino
foram ontem os padrinhos de casa-
mento de Ana Maria Abreu e Narceu
de Almeida realizado na Praia Rasa,
em Búzios. Ambos abandonaram o
trabalho jornalístico de uma vez por
todas, mas ao que parece não abri-
ram mão da instituição do matrimô-
nio. Estão morando na Praia Rasa há
vários meses e pouco vêm aqui. É
isso que os padrinhos foram até
por
lá... 0 Rubem Braga em verdadei-
ro estado de paixão por Maria Alcin-
da, do Number One. Diz ele: "Vocês
não notaram, mas é uma estrela que
nasce..." Por sinal Mimi Ouro Pre-
to foi jantar com Rubem esta sema-
na, num ligeiro intervalo dos biarritz,
para curtir uma velha amizade...
Embaixador Lolô Bernardes fez
anos sexta-feira e os amigos fizeram
vaquinha e lhe compraram um qua-
dro de presente. O local da dádiva:
anteontem na casa de Vivi Nabuco
Está aberta a briga entre Ferrei-
ra Neto e Denner na TV de São Pau-
Io por causa de uma campanha que
o primeiro anda liderando contra o
segundo e seus amigos. Dizia Denner
parecida com ela,
estai semana: "Ferreira Neto é um
gordo, uma melancia!!! Meninão
to dele é magérrimo. Um luxo!!!" per-%
Por ter, aliás, sido embargado por um
juiz o seu programa, na televisão de
Belo Horizonte, Odette Matarazzo
que ia apresentá-lo toda semana per-
deu um cachê de quatro mil men-
sais... 9 Iracema Azevedo partin-
do para a Escandinávia com um gru-
de turistas em junho. Para sa-
po
ber direitinho o caminho convidou
Nestor Moura Brasil para lhe mos-
trar slides em sua casa... # An-
gela Brandt Ribeiro e Sérgio Barba-
rá convidaram Leda e João Pinheiro
Neto para seus padrinhos de casa-
mento no próximo dia 18 na São
Francisco de Paula... 9 Ficou pro-
vado que Sérgio Alberto Monteiro de
Carvalho não joga somente pólo nas
horas livres: Cláudia, sua mulher,
anunciando outra vez a visita da ce-
gonha... % Sandra Azambuja acha
o Zito Rodrigues tão bacana, que tem
saído com ele toda noite... Q Kiko
Ribeiro Pinto foi convidado para fa-
zer o papel de um ministro portu-
guês no filme Independência ou Mor-
te. A turma achou que ele tem
physique de role. E ele está quase
concordando... O Outro Barbará
que comemora: Jean com um coque-
tel monstro em casa, o fato de ficar
um ano mais velho na sexta-feira
passada... mas nem todos na famí-
lia andam tão comemorativos assim:
na área dos Hime as ações andam
em baixa... 0 Quem mais gostou
de assistir à briga de Ricardinho
Amaral com um dos donos do Pujol
foi Nelsinho Batista. Depois
que to-
do mundo foi embora ele,
que não
tinha reservado lugar porque
preten-
dia embarcar para os EUA aquela
noite, acabou ficando com a mesa da
briga f» llka Soares, que poderá se
tornar Cerqueira Lima até o fim do
ano, no exato momento, tornou-se ai-
go mais importante: Viscondessa do
Rio Seco também numa ponta da In-
dependência...%
viajaram bem? um tanto fracas... Pia Nascimento posou para o L'Expresso nos mesmos
Uma das muitas filhas termos com que aqui filmou Rolsta Russa: afcso/ufamenfe
de D. Pedro de Orleans despida. Ibrahim Sued, aliás pretende aparecer
Não foi normal o que a reportagem da Veja no traiiler do filme, apresentando a Roleta e mus
e Bragança, eu confun- (Os Grãfinos) esquentou o meio ambiente social.
do sempre o nume- Mas, embora escrita num estilo vivo ela fez uma afores, afirmando com muita convicção
ro de nomes e de filhos injustiça com três casais, os únicos que tiveram a que o filme tem mensagem. De leve...
da família, entrou numa coragem de recusar o convite dos Patihos por já
loja em Petrópolis com
o namorado e ouviu do
terem se comprometido anteriormente com um ou-
tro jantar: Carmen e Tony Mayrink Veiga, Beatri-
SEDOSASEDOSASEDOSASEDOS
vendedor a seguinte fra- zinha e Bayard Lucas de Lima e Fernanda e Zezito
se: "Seu tetravô está fa- Colagrossi. Um comportamento1 impecável em ter- Foi impecável o desfile já anda falando pelos
zendo boa viagem?" Ele de Pierre Balmain no Rio. cotovelos sentado na ca*
mos protocolares. Por sinal, contam as amigas, quí Depois que ele estipulou
teve de raciocinar um Fernanda, com aquele sorrisso nem sempre simpá- ma, Lúcio de Lamare...
minuto para se lembrar tico a todo mundo, comentou ao ouvir que não cons- que a elegância perfeita • Para inaugurar a pisei-
de Dom Pedro, que, na- está nas medidas idênti- na de Ruth Fracalanza, na
tava sequer do catálogo telefônico há anos, no Rio: cas dos quadris e do bus-
quele momento da per- "Evidentemente Barra da Tijuca, Zuzu
que não. Eu morava em São Pau- to: 80-80, a fome genera- Angel fez uma retrospec*
gunta, ainda estava em Io na casa dos Almeidas Nobre e Ribeiro da Luz. lizòu-se nesta cidade... ®
alto mar, viajando para Não me lembro entretanto, onde morava a fa- tíva de seus modelos em
o Brasil. mília Civita..." Nelly e Jorge Veiga vão tecido brasileiro e renda»
dar um jantar de sessen- do norte, rendas que, por
ta talheres em casa no sinal, Valentino
já está
Não : Falha a próximo 26. # Noelza
Guimarães continua fir-
copiando tranqüilamente
em seus modelos... #
me com Márcio Braga...
sufoquem memória, O Evelyn Hadjy Tho-
Afif Fiani, ex-namorado
de Mareia de Windsor,
os quadros não falha mas, filha do embaixador
do Líbano, passou preci-
entusiasta morador de
Petrópolis, resolveu ago-
ra ser editor... # Foi com
Não só Bonnard está o direito! samente 24 horas em São
toalhas azul-marinho e
Paulo e voltou para o Rio,
exibindo as suas cores louça branca, pudim de
no MAM. mas também Renata Crespl da Silva apesar de todas as home- fruta de conde de sobre*
Prado e a Companhia Imo-
cem peças do acervo do nagens que lá eram ofe- messa e, passistas e mu*
biliárla Morumbi se acham
Museu, que foram tira- unbas donas do arlstocráti- recidas a seu pai. Achou latas como foque exótico
das do depósito depois co jardim com o nome da a cidade chatíssima... 0 que Rossie e Chico Catão
companhia. O jardim com
que se conseguiu, não seu' milhão e meio de me- Outra dondoca pretenden- homenagearam o sóeio
sem alguma relutância, tros quadrados foi compra- do estrear na televisão: Victório de Nora... #
que as chaves da porta do, em 46, por um grupo li- Adelita Scarpa Street... Paulinho Mendes Campos
fossem recolhidas de derado por Fábio da Silva
Prado. Agora Renata, atra- Clodovil achou a bar- e Antônio Houaiss pro*
entre os seios da guar-
diã Isaura. Que de tama-
vés do espólio do marido,
entrou cora uma ação rei-
ra muito quente e pediu gramando juntos uma via*
nho amor às obras, as vlndicatorla na justiça exi- demissão de seu progra- gem a Martinica... • Pa-
ma de rádio onde dava ra homenagear as cole.
mantém trancadíssimas gindo da companhia 200 mil
metros do terreno. Como a
conselhos de moda... % ções, a Via Borgognona,
em salas invisíveis. Os senhora é reserva nacional
da cidade, doou a sede da Eliis Regina chegou no onde estão as maiores
entendidos, entretanto, XV Educativa, na quantia de Number One, quarta à boutiques de Roma, colo*
ao baterem os olhos ne- Chegou a vez de Jô oito milhões de cruzeiros, a noite, e sem ninguém pe- cou oito enormes vasos
Ias se assustaram. "Sim, Soares ser escritor. Mas São Paulo, já viram que a
dir cantou mais de uma
companhia já correu para de flores em suas estrei-
as peças estão guarda- não vamos falar em crô- contratar brilhante advoga-
hora. Mauro Furtado pen- tas calçadas. Já viram
das com carinho, não nicas porque Jô, a partir do Pontes de Miranda para
sou até que era aniversá-
resta dúvida, mas sem a do tamanho, é sempre di- defendê-la. Para complicar que a moda não ó só aqui.
ferente. O livro que ele as coisas o presidente rio dele e tinha esqueci-
da • Regina Lúcia Viei-
técnica precisa, algu- acaba de oferecer à Edi- companhia é João Gonçal-
do... % Enquanto primi- ra de Meio e Tony Mou-
mas já demonstram li- tora Sabiá é a própria ves, um dos que compraram
parte da área, em 46, com nho Nando só corta cabe- ra transferiram para o
geiros estragos e defei- História da Moeda. Uma o grupo. Com a confusão Io com Renault, Caramu- dia 8 a visita ao padre e
tos." Esta não é a pri- narrativa que mistura in- cada vez mais feia tudo
ru, que não é índio, mas
aconteceu porque, quando a Capela Santa Inês na
meira vez que uma mãe formação e humor. Para perdeu o marido, D. Renata Pessoa de Queiroz, entre- Gávea...
tal obra de arte 9 Finalmente
extremosa sufoca seu prefaciar não declarou entre os soas
Jô não pensou em outra bens as terras de Morumbi. gou as suas negritude» escolhido o nome do livro
filho na ânsia de ama- pessoa: Ministro Delfim Tinha, simplesmente, esque- aos cuidados de Jamie... de Chieo Anísio: O bati-
mentá-lo Neto. ei do. Agora, se lembrou... Por falar na família, zado da vaca.
Para saborear um saumon
de 1'Adour e um /o/s de
Canard Fraís, trazido
praticamente pelas mãos
de um mordomo de
Paris, reuniram-se em volta
de uma mesa no Open, a
convite Josejph Halfin, da
Air France, e Cario
Gherardi, da Hotur,
Embaixador Paul
Fouchet, Denis Dejean,
Paulo Manoel Protásio,
Senador Guy Petit e o
Conde D'Arcangues, que
veio ao Rio especialmente
dizer que Biarritz agora
é quentíssimo. Se é eu
ainda não sei, mas o
jantar foi um dos mais
bem servidos da
temporada...

CORREIO DA MANHA — Rio de Janeiro, domingo, 23 e 2a feira, 24/4/1972

Bela
 DO COURO
E DA CAMURÇA
USE E
<l
¦

• Colete azul. Todo

§n pele de carneiro
§m mangas couro, antílo-
.»? comprimento até lope, carneiro, coelh.. Tu-
do isso reunido dá rou-
§ cintura. Saia bem
Bo em CAMURÇA, pas sensacionais. Práti-
mtíhpe marinho cas, funcionais e total-
mente. adaptáveis ao nosso inver-
no, as roupas de couro são funda-
mentais num guarda-roupa.
.; #«* Quem tem uma nesse gênero,
sabe que dura, e está sempre ba-
cana, sem perder a linha nem se
' ;&^£^;.
deformar. Tanto é que os grandes
costureiros .sempre què apresen-
tam suas coleções, lançam novas
criações em couro, camurça, anti-
lope ou carneiro.
ARUSE
Até algum tempo atrás, aqui
no Rio, existiam pouquíssimas lo-
ias ou butiques com esse tipo de
roupa e sempre com modelos mui-
to formais, sem nenhuma bossa.
Agora, a Patchwork inova comple-
tamente esse gênero com modelos
para todas as horas, do ultra-espor-
tivo até o mais sofisticado.
Helena Bôscoli, com ar de
princesse vietnamita, enfeita a pá-
gina de hoje para mostrar e com-
provar que mulher tem que ser
dosada. Tem que ser inteligente,
bonita e elegante.

9} Casaco de camurça
amarelo-ouro, todo
pespontado e com
cinto mole no
comprimento 3/4. O
detalhe está no
trançado das mangas
'
compridas, que são
ajustáveis

Ãmmmm,,
WÊÊÊêi
Wêêêê^w
JJH SI» ||h bb.
Wk
¦• ImmmWm^
WiSÊWF m iPwi l&yymr
WÊÊmà m3L O Conjunto de • Saia em camurça
antílope marrom. Saia bege com detalhes em
eyasê um pouco napa marrom nos
acima do joelho e bolsos, cintura e
colete sem mangas abotoamento. Blusa
com babado, no estilo y-;::;,y:y-y.<<<-:-y.-. branca, com manga
<.:.:.;.;..::.v.->>^'^:::-: :¦:;¦¦:;:;.¦;:¦:¦::.¦: yyy.y
fru-iru, em bufante, bordada
toda a sua volta de branco.

'¦''¦'M''yi^^yyy- ¦ -i.,—. ..., . ¦ ni-n^^^i

í" Q^ • ¦ mum

i
1
DE PONTO EM PONTO
m
A MODA NO PONTO
ponto em ponto. Seja azul, amarelo e lilás fazem da bre outra blusa, tem as man-
meia, tricô, trança ou mulher uma eterna menina, à gas dançantes, quase godês.
de arroz você faz a procura de seu caminho. Em angorá, o gilet tem decote
DE sua moda. Tecendo
casacos, meias, blusas ou cole- redondo baixo e mangas à Ia
O casaco 3/4 em mohair é
tes a roupa é exclusiva, mar- todo reto com gola alta e man- corolle. Sem mangas e com
¦¦¦¦¦ cando a sua personalidade. gas curtas, reversíveis, no es- listras de larguras diferentes,
As cores suaves, que lem- tilo Kenzo. Esse colete fica o colete bem justo no corpo e
bram bebês, como rosa, malva, aquela graça se for usado so- que vai até a cintura.

Bela CORREIO DA MANHÃ — Rio de Janeiro, domingo, 23 e 2a feira, 24/4/1972

i
 Tiradentes - sonho feito realidade
Há dois séculos passados,
um homem sonhava com um
Brasil independente, antevendo
a transformação da colônia por-
tuguèsa em potência respeitada
pelo mundo inteiro, ao desejar,
também, a emancipação total
do país, inspirado não apenas
nas idéias dos filósofos enclope-
distas, mas, na independência
dos Estados Unidos — primeira
nação do novo mundo a se tor-
nar livre.
Joaquim José da Silva Xa-
vier — o Alferes do Vice-Reina-
do, boticário de ideais políticos,
dono de uma personalidade
apaixonada e ardorosa —, foi
uma espécie de El Cid, ou Sir
Galahad, na história brasileira,
um trovador e herói medieval
num país que não conheceu, co-
mo terra civilizada, a idade mé-
dia.
Todo o movimento da In-
confidencia, que Vicente Tapa-
sua "História do
jós qualifica na "mais
Brasil" como um movi-
mento nacionalista" não poderia
ter outra saída senão o malogro.
Foi marcada pelo idealismo de
Cláudio Manoel da Costa, de Al-
varenga Peixoto, pelo drama de
consciência e pela paixão de To-
más A. Gonzaga e pela tragédia
de Tiradentes. Mas, porque está
sido eivado das novas concep-
ções políticas dos enciclopedis-
tas, e influída pela independên-
cia norte-americana, cresceu de
importância e de dimensão sob
o ponto de vista histórico.
Os sentimentos nacionalis-
tas tiveram início com as inva-
soes holandesas, quando os na-
tivos expulsaram os flamengos
em pleno,século XVII. Ao tem-
po, Portugal tinha sido anexado
à Espanha, que se movia em
guerra contra a Holanda, e pou-
co podia dispender em forças
no Brasil. Terminada a junção
das duas coroas, Portugal, em-
penhado em guerrear os espa-
nhóis, não podia manter contin-
gente de peso na colônia. A
guerra no Brasil tinha de ser le-
vada a efeito pelos próprios bra-
sileiros. E foi o que sucedeu,
gerando, assim, os primeiros ai-
bôres de nativismo.
No Sul, os primeiros fluxos
nacionalistas ocorrem nas zonas
de mineração — Minas e São
Paulo —, e originam-se nos cho-
quês entre moradores da região,
verdadeiros descobridores das
minas de ouro — e os forastei-
ros do reino, os emboabas. Já
se.notava a urbanização da vida
colonial, com uma elite intelec-
tual que surgia e se manifesta-
va sob ideologias modernas da
época, influenciando a burgue-
sia. Esta enviava para a Europa
os seus filhos, que regressavam
com novos ideais e ansiosos por
outras estruturas políticas na
colônia.
Após a expulsão dos holan-
deses, os pernambucanos, de
acordo com Capistrano de
Abreu, se haviam tornado "os
vencedores dos flamengos" e
sentiam-se "um só povo e um
povo de heróis". Começam a
proliferar os movimentos em
favor da libertação do Brasil.
É Beckman, no Maranhão, é a
Conjuração Baiana, é a Guerra
dos Mascates, em Pernambuco,
e a dos Emboabas, em São Pau-
lo. É o episódio de Amador
Bueno, também em São Paulo, a
quem o povo chega a aclamar
soberano do Brasil. E, sobretu-
do, é a Inconfidência Mineira,
um drama de ideais e de traição.
Rocha Pombo qualifica a
Inconfidência como "o sintoma
seguramente mais definido e
acentuado, acusador de que só
a força conseguiria, de fins do
século XVII em diante, manter,
no Brasil, o domínio de Lisboa.
^ A causa imediata da Incon-
fidência foi a maneira como a
Metrópole cobrava o imposto so-
bre o ouro. Mas a causa intrínse-
ca de todo o episódio reside no
sonho de se transformar o Vice-
WP Reinado numa República, tal co-
mo ocorrera, em 1776, nos Esta-
dos Unidos. Alguns historiado-
res duvidam da participação ati-
va de Tiradentes no drama do
qual foi o principal protagonis-
ta. Mas Inácio dos Santos recha-
'. \ ça veementemente, afirmando
que o verdadeiro chefe de uma
tentativa como a Inconfidência
_____£ »<y\ __ não é quem teve a idéia, mas
quem a encarna com maior in-
tensidade.
No seu interrogatório, o
próprio Tiradentes revela que
'^ éÊ^* nos contatos que fez em 1788,
i^M _S!m*»I em benefício da implantação da
República na colônia, falou a
Joaquim Álvares Maciel e ao Pa-
dre Carlos de Toledo sobre os
projetos futuros. E Álvares Ma-
ciei, depondo no processo, afir-
mou que Joaquim José da Silva
Xavier lhe fez, no Rio de Janei-
ro, "a má proposição de se liber-
tar a Capitania de Minas Gerais".
O Cônego Luís Vieira disse, no
interrogatório a que foi subme-
tido, que Tiradentes, "no Rio
andava convocando gente para
um levante".
O movimento íortraído. Joa-
quim Silvério dos Reis, Malhei-
ro do Lago e Inácio Correio de
Pamplona inteiraram o Viscon-
de de Barbacena sobre o que
ocorria, sobre os planos e sonhos
sÉ__ H_a_ii___ ___IÉ_i k&» dos intelectuais mineiros, subli-
¦ t$$$m>?
nhando a figura de Tiradentes,
_i BÜI
___Çjx*yKS :-Xv:__V:-'-__B
Rkííísíííí
____L¦¦<¦:-¦¦'•:¦:•:•::¦::¦¦ que, ao que tudo indica, não se-
B__to^_»—I BW(_I _L—... ria propriamente um intelectual.
'¦' '< Barbacena ordenou a prisão de
WjBsm _fi_i BliíIs*» todos os implicados no movimen-
to rebelde, dando início, em
1790, a uma devassa que durou
dois anos.
A princípio, todos deveriam
ser condenados à morte, mas a
Carta Regia de D. Maria I, Rai-
nha de Portugal e mãe de'Dom
João VI, que viria a morrer no
^•li____í m nando soberano um país gigan-
Brasil, em 1816, ordenava que
somente Joaquim José da Silva
Xavier fosse supliciado com o
enforcamento.
UM DIA DE ENLOUQUECER
Dia 21 de abril de 1792. Era
um sábado. A semana havia sido
agitada, numa cidade que come-
cava a tomar ares de metrópole
e que seria o palco de grandes
acontecimentos políticos da His-
tória do Brasil, a partir da che-
gada da Família Imperiai, em
1808. Cedo, naquele sábado, os
olhares e os temores se cruza-
vam pela cidade. À tarde seria
executado o cheíe da rebelião,
o homem que tentava mudar a
ordem das coisas, o sonhador
que, sem armai, sem homens,
sem nada, esperava, com o gru-
po -de poetas românticos de Vila
Rica, transformar um vice-reina-
, do português numa segunda re-
pública, seguindo o exemplo de
George Washington.
Talvez, para Tiradentes, o
exemplo de George Washington
não tenha sido subir no cadafal-
so e dar o pescoço à forca. Os
momentos de espera, a agonia
de um corpo ainda são e de um
espírito que a prisão não conse-
guiu quebrantar devem ter sido
o cálice de fel ingerido aos pou-
cos por aquele homem que en-
contrava a morte aos 44 anos.
Seu crime: querer um país livre,
prever o Brasil de hoje.
A morte de Joaquim José
da Silva Xavier não apagou, po-
rém, a chama do nacionalismo.
Esta avivou-se. A estrela não dei-
xava de brilhar, porque, 30 anos
depois, começa a brilhar "o sol
da liberdade em raios fúlgidos".
num grito de desabafo de Pedro."
o regente, que se tornaria o pri-
meiro imperador do Brasil, numa
tarde1 quente e ensolarada, tor-
tesco.

Sarava ugum, sarava wmmmmmmmwwtmM

sua falange pode rondar

Quem está de ronda é São Jorge
São Jorge é que vem rondar
Abre a porta, oh minha gente
Deixe a falange de São Jorge entrar.
Sarava, meu pai, sarava. Sarava Ogum. Hoje
é dia de São Jorge. Os terreiros estão em festa,
com batuque, marafa, com os guias repletos de
preces a Ogum, o guerreiro valente que extirpou
o inimigo, o espírito do mal. Hoje é 23 de abril,
uma das datas máximas da Umbanda, cujas nações
se engalanam para homenagear o grande espírito.
São Jorge, na realidade, é o padroeiro do Im-
pério Britânico. Era um soldado romano que luta-
ra na Capadócia, tornado Cristão, foi converter os
anglos das selvas nevoentas das ilhas além da Gá-
lia, passando por mil perigos, mas vencendo-os to-
dos por ser dono de uma fé inquebrável.
No Brasil com a vinda dos negros da África
e seus culto repletos de magia, a figura de São
Jorge mesclou-se com a de Ogum, o guerrilheiro
das florestas que vencia a todos os inimigos. Co-
mo os senhores das fazendas não deixavam os es-
cravos baterem os seus gongares e tambores nos
terreiros, evocando a África distante onde tinham
sido caçados, estes uniram as figuras da regilião
católica, à qual eram obrigados a pertencer, às en-
tidades espíritas que traziam de suas aldeias. Foi
assim que se deu o sincretismo que hoje presen- i
ciamos. Í 1

Há dez anos passados, a Santa Sé suspendeu

o culto a São Jorge, Santa Bárbara e Santa Filo-
mena. Os dois primeiros as entidades máximas
dentro da Umbanda, ao passo que a última havia
se tornado alvo das superstições na Itália, princi-
Bonnard corre o mundo Á *

palmente no sul, em Nápoles. Segundo o Vatica-

no, não se tem provas concretas da existência de
tais santos. Os napolitanos e os brasileiros conü-
nuaram a cultuá-los. As razões alegadas para a não
veneração'de São Jorge e Santa Bárbara — Ogum
e Iansã — era a de que eles também não teriam
existido e além disso se havia desvirtuado, no es-
piritismo, as suas figuras.
Por muitos anos, o Vaticano olhou com pessi-
mismo e reprovação a atitude espiritualista, prin-
cipalmente na Umbanda, onde existe, segundo a
opinião de vários estudiosos, mais superstição do
que realidade propriamente dita. Hoje em dia, o
espiritualismo, em todas as suas maneiras, vem sen-
do alvo de objeto de estudos aprofundados da Igre-
ja Católica, dentro do plano da parapsicologia, uma
realidade que ninguém mais pode ignorar. A ati-
tude para com o espiritismo modificou-se desta
forma.
O certo, porém, é que o homem não pode vi-
ver longe da religião e da fé, ele precisa de Deus,
de devoções e de venerações. Haja vistas as fes-
tas como a de hoje na Umbanda ou os grandes
acontecimentos católicos, como o Dia de São Ju-
das Tadeu, o Dia da Imaculada Conceição ou o 13
de Maio, em que se comemora a aparição de Nos-
sa Senhora a três pastorinhos em Fátima. E a re-
ligião, em si, é um freio não somente aos instintos
animalescos que todo ser humano possui. Ela pro-
cura aprimorar as qualidades morais do indivíduo
e leva-o a ideais e pensamentos maiores, à procura
de Deus, para torná-lo melhor e de coração mais
suave, com muito amor pelos seus semelhantes,
não importando qual o caminho que ele siga — ca-
tólico, protestante ou espiritualista. Sarava.
e agora chegou ao Rio
Foi inaugurada na última quarta-feira no Mu-
seu de Arte Moderna uma exposição internacional
de grande importância. Trinta e nove quadros do
pintor-humorista e fantasista Pierre Bonnard que
fazem parte de uma exposição itinerante patroci-
nada pela Fundação Wilbenstein. A obra de Bon-
nard, que já esteve na Austrália, África do Sul e
atualmente está vindo de São Paulo. Estas pintu-
ras, que pertenceram ao artista até a sua morte,
foram cedidas por colecionadores particulares da
Europa e América para a Fundação. Aqui no Bra-
sil ela também tem o patrocínio da Embaixada da
França.
Dois temas principais dominaram a sua obra:
as paisagens (em que alia recordações impressio-
nistas às audácias cromáticas inspiradas no Fau-
vismo) e a intimidade da mulher, o que soube ex-
pnmir como um Degas o teria feito, caso este se
estivesse deixado dominar pela alegria de viver e
pelo sentido de deslumbrante luminosidade.
Bonnard buscava tirar o maior efeito
da tonalidade de superfícies planas. Nãopossível
cupado com contrastes fáceis de cores comple- preo-
mentares, adotava no entanto as combinações mais
arrojadas (rosa e laranja, azul e verde)
co-
mumear o efeito luminoso que um brilhoparamuito
intenso pode produzir. Sempre revelou esta
pre-
ferência por discórdias calculadas e infinitamen-
te sutis de tons estreitamente relacionados entre
si. Na sua obra nunca se encontra uma cor sem
vida uma textura neutra ou uma superfície iner-
te. A importância que ele dá a cada objeto faz
com que o quadro dependa da harmonia íntima
existente entre todos os elementos
que o com-
põem. Além disso, muitas vezes os limites entre
as formas e objetos não se acham claramente de-
fimdos; a unidade da tela é o que domina.
Nos seus quadros há sempre uma relação com
vida da família como, por exemplo, o nu femini-
no fazendo a toaleté ou alguma tarefa doméstica.
A natureza morta é sempre um componente des-;
te mundo privado e a paisagem muitas vezes tam-
bém é vista através de uma janela aberta. Mas na
realidade esses temas eram apenas um pretexto'
para a sua pintura, para o seu compromisso corá
a arte.
Pierre Bonnard nasceu em Fontenay-aux-Ro*í
ses em 1877 e morreu no início de 1947 em Can*
net. Começou a estudar Direito para satisfazer-
a família, mas não hesitou em sacrificar sua inde-"
pendência material para seguir sua vocação de
pintor. Os primeiros passos de sua carreira artís-
tica foram difíceis e só conseguiu se manter com
o lucro da venda dos seus cartazes e litografias.
Em 1889 a exposição de Gaügin no Café Vol-
pini é o fator decisivo de sua evolução. A partir
daí participa intensamente do movimento artísti-
co francês. Sua primeira exposição individual foi
em 1896 em Paris com 49 quadros, alguns carta-,
/es e litografias e em 1922 é representado na Bie»
nal de Veneza. No ano de sua morte, nos meses"
de outubro-dezembro, há uma grande exposição)
retrospectiva na Orangerie de Paris com cerca dé
100 quatros, 27 desenhos, aquarelas, guaches, 33
estampas e 17 livros ilustrados.
Alfred Jarry, autor de Ubu Roi tinha Bon-
nard em grande consideração tendo sido ele in-
clusive quem ilustrou O Grande Almanaque do Pai
Ubu publicado em 1901. Pierre Bonnard viveu du-
rante trinta anos com Maria Boursin que usava o
nome de Marthe de Moligny, tendo apenas se ca-
sado com ela em 1925.

CORREIO DA MANHÃ — Rio de Janeiro, domingo, 23 e 2a feira, 24/4/1972

Bela
 tragens, os preços são a par-
tir de Çr$ lü,00. Um bom .pre- râmica marrom com flores co- sas Saint Clair. São em malha estão na onda, e quanto mais
sente para criança, é o álbum loridas por Cr? 40,00. E, o francesa os detalhes ficam por antigos, mais bonitos. A Anti-

bela
importado, que dá para colo- que quase não se vê, prato pa- conta das listras em várias guidades Barlholomeu está com
car até 48 fotografias, por .. ra alcachofra, em cerâmica vi- larguras e "pois". Custa um estoque bem variado de
Ouvidor, 149. trificada verde com desenhos Cr? 265,00. A Importadora fi- broches de prata com marcas-
Jaqueta, jaquetão. Muito em alto-relevo a Cr? 30,00. ca na Rua Santa Clara, 33 — sita, em forma de tartaruga, de
atual a jaqueta longa, até os Muito acessível o conjunto pa- loja C. 20,00. Para quem gosta de co-
quadris, de brim com borda- ra saladeira, em três tamanhos, lecionai- objetos antigos, pitei-
dos em linha colorida nos ta- de cristal branco, a partir de ra para charuto, em âmbar,

shop
Cortes de veludo, lã e ca-
murça — Lindos os veludos
estampados marrom e mostar-
da para calças unissex de in-
yerno com 90 centímetros de
largura
a Cr? 86,00. A camur-
ça de algodão em pied-de-pou-
le em branco e preto, carame-
Io e preto, amarelo e branco e
verde e preto, também com
90 centímetros de largura a
Cr? 40,70. Na Casa Pêceao!
Ruas Buenos Aires, 75.
Peças de Borsato. Do es-
cultor italiano Antônio Borsa-
to em porcelana e grès d'arte,
originais e assinadas, são as
peças .de decoração para sala
no estüo rococó, a partir de
Cr? 600,00. Cinzeiros italia-
nos, autênticos. Murano, nas
mais variadas tonalidades, óti-
mos para quem fuma muito, na
base de Cr$ 200,00. Tudo isso
na Fracalania, Rua Miguel
Couto, 44.
Olhos mais descansados.
Você consegue com a más-
cara de seda preta coloca-
da toda noite, na hora de dor-
mir, sai por Cr$ 10,00. A Alfa
já lançou a imitação daquelas
escovas francesas que cabem
dentro da bolsa. A diferença
está nos pelos, que são de ara-
me. São muito boas também
para perucas, a Cr$ 12,50. O
rolo — Testex — antkugas
e que espalha creme, pelo ros-
to e, se quiser, nas pernas,
por apenas CrS 6,75. Uma ex-
celente idéia para quem tem
o hábito de secar roupinhas
manhos 40 a 44, sai por ....
Cr$ 220,00. Uma graça mes-
mo é o colete de veludo, de
seda, branco* com sutache
azul-marinho, no decote. Man-
gas curtas. Custa Cr? 120,00.
Camisas estampadas, com três
motivos diferentes, no corpo,
gola e punho por Cr$ 220,00.
Na Frágil, Rua Farme de
Amoedo, 76.
Pelerine é a bossa. Con-
iunto bacana é o de malha de
lã café com pantalona e blu-
sa de gola role, mangas com-
pridas e pelerine em volta do
pescoço, na base de
Cr? 278,00. Lindas as calças
de veludo espelhado liso ou lis-
trado, em diversos tamanhos
por CrS 129,00. Na D'Eme
Modas, Rua Visconde de Pira-
já, 192.
Decoração — Para quem
quer mudar um pouco o am-
biente, o mais prático são os
objetos de cobre. Na Casa dos
Cobres objetos decorativos
bem modernos e sofisticados
como bule turco, muito boni-
to para colocar em cima da
arca, na estante ou mesmo
nas mesas de centro por ...
CrS 95,00. Também em cobre,
porta-revistas, em todos os ta-
manhos por Cr? 85,00. Rãs
eróticas, muito engraçadas,
por 50 cruzeiros o par (cada
uma representando um sexo)
Tocheiros imensos, a cúpula
é de estilo colonial, por
Cr§ 30,00. A Casa do Cobre
fica na Rua Figueiredo de Ma-
galhães, 286 — loja 507.
/ ro, 406.
? Cr? 5,00. A loja fica na Vis-
dá e as tampas, no estilo cam-
pânula, em metal dourado e>
com respiradores é ótimo pa-
ra a ocasião. Na Casa e Jar-
dim, sai por Cr$ 150,00.
Muito bonita também é a
panela de feijoada em cerâmi-
ca vitrificada vermelha por
Cr? 135,00. A loja fica na Rua
Buenos Aires, 79.
Cama e mesa — A Casa
Betita está com excelentes
ofertas até o dia 15 do próxi-
mo mês. Roupas de cama e
mesa, colcha de chenile, várias
cores, por Cr? 26,50 de casal,
e Cr? 22,50 para cama de sol-
teiro. Muito bonitas as toa-
lhas de banho, listradas por
Cr? 7,50 cada e de rosto, na
mesma padronagem das de ba-
nho por CrS 3,00 cada. As toa-
lhas de mesa, retangulares,
custam CrS 9,50, cada. É em
tecido xadrez e em diversas
cores. Lençóis de cretone, es-
tamparia em padrões de rosa,
azul-bebê ou cores lisas, de
Cr? 11,30 e 16,70 para solteiro
e casal, respectivamente. A
casa fica na Rua Barata Ribei-
Presentes — Para quem
está pensando em presentear
as amigas noivas de maio, com
muita bossa, as garrafas italia-
nas em couro, nas cores tur-
conde de Pirajá, 169.
Guerlain importado —
Na Perfumaria Gabriela, você
encontra os produtos Guerlain,
como o "Magistral" que é um
creme completo porque nutre,
hidrata e combate as rugas,
Cr? 65,00, o pote. Também o
batom umectante de Guerlain,
que evita o ressecamento dos
lábios, a Cr? 32,00. E o novo
lançamento da linha Belmont
com a base perolada, para noi-
te, que dá luminosidade à pele,
nos mais variados tons, por
Cr$ 23,40, o vidro. A loja fica
na Rua Visconde de Pirajá,
188-C.
Disso, criança gosta —
Um brinquedo
"Estação lunar",espetacular é a
movido a ça, nas cores castanho, verme-
pi-
lha. O "veículo lunar" anda
automaticamente, segue a di-
reção desejada, para a direita
ou esquerda e ainda volta ao
mesmo lugar. Ideal para crian-
ças acima de 4 anos. Por ape-
nas, Cr? 107,00. "Lá vem La-
lá e Lulu" é um brinquedo
para meninas, que funciona
com sistema de ar sobre pres-
são. Lalá, a boneca, anda so-
zinha ou com o cachorrinho.
Lulú, e, assim, distrai a meni-
ninha que precisa brincar, Cr?
126,00. Já o "Palhacinho Pe-
ralta" é pedagógico e faz
o bebê, a partir de 8 meses,
descobrir os sons e os movi-
mentos, custa Cr? 34,00. Na
Rozenlfindla, Rua Visconde de
Pirajá, 220-A.
Colar de Pierre Cardin.
Muito bacana, o colar esmalta-
do, em vinho e turquesa, com
desenho bem moderno de Pier-
re Cardin, a partir de
Cr? 150,00. Genial mesmo, é
o broche, estilo camafeu com
um beija-flor embalsamado
que custa Cr$ 30,00. Os brin-
cos saem por Cr $15,00. Tam-
bém, muito original é o colar
com besourinhos incrustados
e corrente de prata, que faz
conjunto com o anel. Podem
ser vendidos separadamente
por Cr$ 45,00 e Cr$ 15.00, res-
pectivamente. A Zitrin, ago-
ra passou a lançar a linha dos
relógios Technos, de todos os
tipos com facilidade de paga-
mento. Os preços vão desde
Cr$ 98,00. A Zitrin fica na
Rua Buenos Aires, 110 e na
Av. Atlântica, 1.536.
Blazers — Modelo de Ney
Barrocas, em lã, abotoado na
frente por quatro botões de
metal dourado, dois bolsos
grandes. Nas cores verme-
lho e branco, por 385,00 e
405,00. Calça de tweed em di-
uma graça, a 25,00. Para colo-
car em cima da mesa, cachor-
rinhos de metal, de 40,00. Cai-
xinha de püulas, rape e mil ou-
trás utilidades, de 30,00 a ..
200,00. Do Século XVII, espo-
ras de prata, muito bonitas co-
mo enfeite, por 60,00. Balan-
gandãs da Bahia, em prata,
por 100,00 o jogo. A casa fica
na Rua Siqueira Campos, 91-A.
Tecidos — Muito moder-
no e que vai pegar no inverno
é o novo veludo pele-de-foca.
Em todas as cores, porém as
mais bonitas são as de tonali-
dades marrom, branco e bege.
Tem 90 cm de largura e custa
58,00. Vale a pena, também, dar
uma espiada no jersey de lã sui-
lho e cinza por 84,00 o metro,
com 1,60 m de largura, na Ca-
sa Assuf, Av. Copacabana, 685.
Utilidades — As Lojas
Americanas estão com um mon-
te de coisas interessantíssimas
e muito práticas, como os po-
tes de vidro, de todos os tama-
nhos, para alimentos. São mui-
to práticos e mais fáceis de
limpar. Custam de 4,80 a 11,00
cada. Pote para mel, e que ser-
ve como açucareiro, Custa ...
7,40. Em louça com muitas fio-
res, jogo para café e chá, por
9,50 e 13,50, respectivamente.
Bandeja inoxidável, de 9,50 a
32,00, de acordo com os tama-
nhos. Cinzeirinhos de poltrona,
por 8,00. Faca para cortar ba-
tatas, em palha, 5,00. Na mes-
ma loja, sapateira de plástico,
para pendurar no armário. Tem
várias divisões e é fechada por
eclair. Custa 30,00. O endereço
é: Avenida Copacabana, esqui-
na com a Rua Figueiredo Ma-
galhães.
iíígííWÍSíWJJxjíjí

no banheiro é o cabide forra-
do de plástico estampado com
5 pregadores a Cr$ 6,50. E o
último lançamento de Helena
Rubinstein que é o brilho úmi-
do para os lábios o Minute
Llpshine, gelatinoso e em di-
versos tons, desde o incolor
até a cor de ameixa a Cr? 8,80
o pote. Perfumaria Neiva, Rua
Gonçalves Dias, 62.
; Com bichinhos na lapela.
Umas graças os broches de
plástico com motivos de bichos
coloridos, gato, cachorro, pei- Pintar o sete. Telas de
xe, coruja — em diversos ta- todos os tamahos, tanto para
manhos por apenas Cr$ 13,50. principiantes como profissio-,
Alinhados também, os chavei- nais desde Cr$ 6,00. Tintas
.ros de louça com motivos de importadas Le france bour-
cachorros e cavalos, pintados geois com tubos de todas as
à mão, custam Cr? 19,10. E cores, o preço varia conforme
para quem gosta de fazer ta- a cor. Guache, Winsor e New-
pecaria, as telas já desenha- ton a Cr? 5,50 o pote. Pincéis
das e coloridas, só faltando co- nacionais da série 165, nume-
brir com a lã. Em diversas me- ro 0 até 30 desde Cr§ 1,25 e
os# estrangeiros da marca
Winsor e Newton a partir de
CrS 23,00. A famosa mesa Ar-
quimedes muito utilizada pelos
desenhistas, engenheiros e ar-
quitetos com contra-pedal e
que cabe num espaço de 70
centímetros na base de
Cr$ 1.135,00. O quebra-luz
fica por Cr$ 236,00. E mate-
rial, como lapiseira Bentel-Pel
com dispositivo automático pa-
ra grafifa, por Cr? 14,00, e em
promoção o estojo completo
com borracha, canetas, grafi-
tas e mata-gato por CrS 95,20.
Na Casa Matos, Rua Visconde
de Pirajá, 134.
Porta-queijos em dupli-
cata. Já que o inverno está
próximo e uma reunião na ba-
se de queijos e vinhos é uma
boa pedida, o porta-queijos
duplo com a base de iacaran-
quesa, marrom e preto, todas
trabalhadas com material dou-
rado, de Cr? 270,00 a Cr? ..
330,00. Outra garrafa muito
bonita é a para vinho. O inte-
ressante é a reentrância que
ela tem, que serve de porta-
gelo e conserva o líquido bem
geladinho sem o perigo de es-
tragar o paladar. Para quem
gosta de bijuterias de prata,
pulseira bem larga, com in-
crustações de esmeralda bru-
ta, custa Cr? 330,00. Gargan-
tilha de prata, de seis fios tra-
balhados, custa Cr? 300,00.
Pulseira, no mesmo feitio, de
Cr? 180,00 a Cr? 250,00. Em
cerâmica inglesa, aparelho de
chá, em tom de verde-cana.
São 9 peças: 1/2 dúzia de xí-
caras, 1 bule, um açucareiro e
uma leiteira e custa CrS ...
530,00, na Isabelli, Rua Figuei-
redo de Magalhães, 286, loja E.
Calças — A Fumaça está
com um estoque variado de
calças compridas nos mais mo-
demos tecidos. As mais boni-
tas são as de veludo glacê em
todos os tons de bege ao mar-
rom, marinho, preto e o bor-
dô. Nos tamanhos 40 a 46,
por Cr$ 115,00. As de gabar-
dina acetinado, nos mesmos
manequins, por Cr$ 52,00." Na
mesma loja, calças em veludo
rato nas cores roxo, café, fu-
mo e marinho, custa Cr$ ...
110,00. A loja fica na Aveni-
da Copacabana, 613.
É bom dar presente — Na
nova loja da Mariazinha Pre-
sentes tem coisas lindas. Im-
portados os cinzeiros, cigar-
reiras e caixas de jade desde
Cr? 15,00. De muito bom gos-
to o pote para guardar geléia,
com pratinho e colher em ce-
Injeção de temperos —
Sensacional e prático o injetor
de temperos para carnes, aves
e peixes, que funcione como
seringa e tem agulha grossa,
a Cr? 9,50. Muito bom para
acampamento é o estojo com
talheres desmontáveis — gar-
fo, faca e colher — por Cr?
9,20. E para a criançada que
gosta de pipoca, a panela pi-
polico que faz tudo em cinco
minutos, custa Cr? 32,00.
Está em promoção, o aspira-
dor para carro que é japonês,
portátil e elétrico, por Cr$ ..
149,00. Tudo isso na Importa-
dora Guanabara, Rua do Ou-
vidor, 144.
Bossas — A Importadora
Bee está com uma enorme
quantidade de objetos para pre-
sentes. Jogo de calcinha e sou-
tien, americano, daqueles que
amassam o busto, bem moder-
nos, por CrS 32,00. Para re-
cém-nascido, chupetas ameri-
canas com a argola bem gran-
de, que evita engasgos a
Cr$ 12,00. Escova de cabelo
para o bebê, em plástico japo-
nês. O pelo é bem macio e a
forma de bichinhos trabalha-
dos em alto-relevo. Todas as
cores, por CrS 26,00 cada. Lin-
das e ultramodernas, as cami-
versas cores, combinando com
os blazers, nos tamanhos 40,
42 e 44, custam CrS 205,00.
Bem modernas, em veludo sin-
tético, nos mesmos manequins
acima, por Ci? 130,00. As mais
bonitas são as de cor vinho,
preto, café e marrom, na
Boutique Parraiá. A boutique
fica na Rua Figueiredo Maga-
lhães, 286, loja 505.
Roupa sob medida — Pa-
ra quem gosta de muitos deta-
lhes na roupa, o melhor é man-
dar fazer. O Alberto Alfaiate
está aceitando encomendas de
calças masculinas ou femini-
nas, por 30,00 o feitio. Jaque-
tas, em qualquer tecido ou mo-
delo, por 60.00. O terno com-
pleto fica por 200,00. O atelier
fica na Rua Santa Clara, 33 —
loja 514.
Minigente — É tão difícil
encontrar roupinhas para cri-
Badulaques — Importantes
ancas na faixa dos 4 aos 10 anos no armário de toda mulher.
de idade, sem falar das com-
São os melhores detalhes em
plicações.na hora de arranjar matéria de complementos de
costureira. A N. S. Pena Con- moda. Colares de fios de linha
fecções, que faz por atacado,
de seda trançado. Nas pontas
tem um pequeno varejo, e es- mil berloques como figuinhas,
tá com vestidinhos findos e
com preços bem mais em con- pedras semipreciosas, cachim-
binhos, bolas. Uma graça.
ta do que os das lojas comuns. Custa 20,00. Para quem já tem
Vestidinho em lonita xadrez,
colar, berloques bem pequeni-
de mangas compridas, nas co- ninhos em todas as formas e
res preto e branco, marinho e
feitios por 4,00 cada. exclusi-
branco e verde e branco. A saia vos da De Ia Moglie. Na mes-
é franzida, manguinhas curtas,
ma loja, blusa, em malha es-
com detalhes em tecido de lã tampada, modelo Cacharei, de
lisa, por 59,00. Bem baratinhos
mangas compridas de 75,00.
também os vestidos no mesmo Vestidinhos de flanela que in-
tecido, bege, com detalhes na
clusive pode ser usado pelas
gola e aplicações na pala, tam- gestantes até 5 meses. Em
bém em lonita estampada. amarelo com estampadinhos
Custa 45,00. A boutique fica na de bichinhos brancos por ...
Rua Santa Clara, 33, 6.°.
80,00. A butique fica na Rua
Antigüidades — Os bro- Figueiredo de Magalhães, 286,
ches com motivos de bichinhos loja '501.

O homem do Bela
caminhos que levaram
Gustavo Waehneldt à pu-
blicidade foram mais ou
OS menos desconexos. Ele
admite que "uma certa ânsia de
impingir c que eu penso às outras
pessoas foi em parte responsável
pela minha escolha. E basicamen-
íe uma enorme necessidade de
sair de mim mesmo e (deseul-
pe a palavra) de comunicar."
Antes de ser um dos três re-
datores da McCann-Erickson, no
Rio, Gustavo foi jornalista e tra-
balhou na Consultoria de Relações-
Públicas do Grupo Listas Telefô-
nicas Brasileiras. Para Gustavo,
"ser
publicitário é trabalhar em
*" *! •*"" *.'¦*"" I uma profissão sem regras nem ter-
^m\ ¦l^^!9<
mos de comparação. No momento
mesmo em que se cria, a criação
já está ultrapassada. Pelo sim-
pies fato de existir ela não pode
servir como ponto de partida pa-
ra outro trabalho. Por isso o ser
publicitário sofre de insegurança
crônica. Todos nós, nessa profissão,
precisamos de que os outros nos
5«BW| . massageiem o ego, nos dêem uma
segurança que nos falta. Os ami-
gos acabam se constituindo em um
universo consumidor em miniatu-
ra e são usados para testarmos
com eles a eficiência de nossa cria-
ção", diz Gustavo.
— Fundamentalmente para
mim — responde o publicitário —
é o fato de que, ao contrário do
que a maioria das pessoas pensam,
a propaganda não vende produtos
nem serviços. Vende idéias e con-
ceitos. Nao leva ninguém a adqui-
rir coisa nenhuma. O que o con-
sumidor compra é a idéia de me-
lhor, de útil, durável, mais sabo-
roso, mais seguro, etc. Isso expli-
ca porque palavras como grátii,
novo, aproveite a oportunidade
continuam eficazes, embora ve-
nham sendo usadas desde que a
propaganda existe.
Casado com uma inglesa que
emigrou para o Brasil depois de as-
sistir Orfeu Negro, Gustavo não
é nem física nem mentalmente o
que uma inglesa romântica como
Rita poderia considerar "um bra-
sileiro típico". E ele explica que
"fui mais ligeiro
que os crioulos.
Asarrei a inglesa assim que ela
desembarcou no Galeão. E de lá
pra cá a famüia aumentou muito.
Somos quatro: ela, eu, Boris e
Pucci. Boris é um gato com cara
de Boris mesmo. E Pucci, apesar
de gato, é fresco como o nome in-
dica."
O traço característico da per-
sonalidade de Gustavo é uma pe-
tulância mal disfarçada que, se já
lhe criou alguns problemas, tam-
bém já conquistou para ele a sim-
patia de um bom número de pes-
soas dentro e fora da sua profissão,
que respeitam seu trabalho e se
tornaram amigos desse rapaz irre-
verente e descontraído.
Meus amigos não esperam que
eu faça concessões. São capazes
de me aceitar sem muitas explica-
ções nem salamaleques.
Vestido pela 5.* Avenina pa-
ra esta reportagem, Gustavo
Waehneldt representa aqui o time
dos publicitários, a que ele se re-
fere como homens "sujeitos diária-
mente ao perigo da megalomania,
eles sentem que o público é sensí-
vel ao que eles pensam e dizem.
Uma classe diante do dilema de,
não tendo técnicas nem certezas,
ser induzida nas verdades que ela
própria cria." ^*te .... . ¦

Bel? CORREIO DA MANHA — Rio de Janeiro, domingo, 23 e. 2a feira, 24/4/1972

 BERLOQUES
Um santuário selvagem
A história começa numa noite de bebedei-
ra onde quatro jovens universitários fazem um
pacto de suicídio. A ordem das mortes foi obe-
decida por um sorteio em que nenhum conhece
o número dos outros. Assim, o primeiro morre
misteriosamente na porta de um edifício; o se-
gundo, afogado. O pai do primeiro suicida des-
confia da trama e vai investigá-la. Dramatizando
os conflitos entre os jovens, envolvidos numa
série de problemas atuais na geração de hoje,
Wiliiam Harrison, escritor americano e profes-
sor de redação criativa e literatura na Universi-
dade^ de Arkansas, trama verdadeiro artesanato
literário, onde o suspensa é bem sucedido, na
medida em que cria a caracterização dos perso-
nagens. Lançado recentemente pela Editora Ex-
pressão e Cultura.
Estácio de Sá e a renovação no Direito
Antecipando-se às mudanças curriculares
anunciadas pelo Ministério da Educação, a Fa-
culdade de Direito Estácio de Sá já começou a
reestruturação do ensino do Direito, a fim de
torná-lo menos teórico e mais profissionalizante.
Logo no primeiro ano, o aluno já entra em con-
Tango, a farsa em família
Raquel — uma
das grandes atrizes do
nosso teatro, que já vi-
TERESA veu grandes momentos
de grandes autores e, recente-
mente recebeu o Moliére de me-
lhor atriz por sua interpretação
em A Mãe, de Witikiewcz —
motivada pelo teatro em si, pe-
Ia sua importância e conteúdo,
já há algum tempo "minha
aderiu ao
empresariado maior
preocupação no momento".
Com a coragem suficiente
de trazer para o público um
grande espetáculo como Tango,
de Slawomir Mrozek, autor po-
lonês exilado em Paris, desde a
invasão soviética à Tchecos-
lováquia, Teresa sabe que co-
mo empresária pode a qualquer
momento se oferecer um gran-
de papel, mas não é isso que
a interessa. "Não estou nisso
para consultar meu nome como
atriz e sim para produzir gran-
des peças".
Tango ¦
Na opinião de Teresa, que
"se apaixona
pelas peças e se
considera a empresaria menos
estrela que existe" — Tango é
uma peça irônica e ambígua. É-
uma peça de teses. Cada um
colherá a sua.
"Uns acharão
o autor um
intelectual de esquerda, outros
um anarquista de direita. So-
mente existe inquietação e de-
sespero. É um Ionesco anti-rea-
cionário".
— Artur tem 25 anos. Ele
pertence à raça dos "enfants
terribles". Sua busca de uma
moral conveniente o leva a vas-
culhar a ordem vigente, mesmo
se esta ordem é liberal, liber-
tária. Ele é irmão de Victor de
Vitrac, de Jacques de Ionesco
e de Calígula de Camus. Ele diz
"se tudo
que é permitido", na-
da é impossível.
A família de Artur vive
numa baderna boêmia. Ela per-
tence a geração que fez a revo-
lução, aboliu os antigos valo-
res, preconceitos.
É um vaudeville em forma
de fábula, um tanto simbólico,
é uma comédia desencantada,
um pouco amarga com muita
lucidez, humor cruel e gênero-
so cheio de violência seca. Teresa Raquel numa cena de "Tango"

O teatro infantil de
H l^^:Í':Íi_l
tato com os setores ligados aos problemas ju- ^ttftW* A ^_MW^mW^Êmmm\
rídicos, como a Secretaria de1 Segurança, de
Justiça, Fórum, Distritos, facilitando suas futu-
ras experiências como profissional.

IV Festival de Cinema
Depois de cumprir a sua finalidade — união
entre artistas de rádio, cinema, TV e teatro —
termina hoje o IV Festival de Cinema de Tere-
sópolis. O Serviço de Cinema Educativo e Cultu-
ral promove uma sessão cinematográfica com a
presença de todos os artistas.
Nova empresa
Equipada com o que existe de mais moder-
no em processamento de dados, o grupo empre-
sarial Alexandre Pinaud está anunciando sua
nova subsidiária, a Companhia Brasileira de Pro-
cessamento de Dados, que já iniciou entendimen-
tos — através do Inam, Instituto Nacional de
Assessoria aos Municqpios — com diversos pre-
feitos do Estado do Rio, São Paulo e Minas Ge-
rais, interessados na racionalização dos serviços
de seu municípios.
Gerard Economos
. A partir do dia 25, na Galeria Montmartre,
o pintor francês Gerard Economos apresentará
suas obras, sob o patrocínio da Air France. An-
teriormente, Economos já expôs no Lowe Arte
Museum de Miami, no Fundo Monetário Interna-
cional em Washington e na Galeria Air France na
5a Avenida, em Nova York.
Os filhos do divórcio
Quase sempre são os filhos os sacrificados
pelo divórcio. Em seu livro, Jeanne Dellais apre-
senta breves confissões, onde cada uma delas
carrega mais dor e angústia. Um por um, todos
os aspectos do problema vão se revelando. De
maneira nem sempre consciente, a criança des-
creve os episódios da degradação do lar, o hor-
ror das uniões sem carinho, a baixeza e a vulga-
ridade de certos sentimentos e a força de certos
ódios conjugais. A criança não pode deixar de
observar, traumatizada, os que se destróem e
destróem os outros porque amam mal ou por-
que são mal amados. Com prefácio de Maria
Junqueira Schmidt, este livro foi lançado pela
Livraria Agir Editora.
70 anos de ensino técnico
Comemorando os 70 anos da implantação
do ensino técnico e comercial, a Academia de
Comércio do Rio de Janeiro — que tem até hoje
o registro número um do MEC —, a partir de
junho, iniciará as homenagens ao Conde Cán-
dido Mendes, pioneiro do ensino comercial no
País e na América Latina.
Pernambuco de Oliveira
de Oliveira
acaba de ser considerado
pelo Serviço Nacional de
PERNAMBUCO
Teatro o melhor autor de
ÉÉÊÊÊÊ/ÊMÊÊÊÊÊÉ? teatro infantil de 71 com a sua
"Amanhã Eu
peça inédita Vou", a
ser editada brevemente por aque-
le órgão do Ministério da Educa-
ção e Cultura e que deverá ser
montada ainda esse ano, prova-
velmente com a direção do pró-
prio autor.
Com centena; de trabalhos
como cenógrafo em teatro e ou-
tra peça premiada — "A Revolta
dos Brinquedos," encenada inú-
meras vezes — Pernambuco ago-
ra adquire uma nova experiência
na sua vida de homem de teatro
ao assumir, desde o princípio do
ano, a cadeira de iluminação nos
cursos de Cenografia e de Dire-
ção do Conservatório Nacional de
Teatro.
Algo novo
— A experiência é formidá-
_bb_£_1__u_í ¦_& ?i vel — explica Pernambuco de Oli-
veira — porque pela primeira
vez tenho a oportunidade de
estar em contato direto com os
jovens, com os diretores e cenó-
grafos de amanhã. Vale a pena
ver o seu idealismo no trabalho
que desenvolvem, no estudo e nas
I.ÉF' AV ^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^_^Km^R, í \Ê pesquisas. Vale a pena, também,
participar de seus ideais, de seus
planos e ver como conseguem
descobrir as soluções para os pro-
mmmm&WíS&BanmmmW ' EB blemas artísticos que lhes são
-EotoIÍÍhH _»** > Bi apresentados.
Pernambuco explica que o
Conservatório, sob a direção de
B. de Paiva, passou por uma com-
'V^^vjlll^jiM^^iipjj^^^^
'•^m^^Át^kmmmWmW^B^^mm\wWr\
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9É.K S^íi>il.3^&;.í^v^^^ffll^S_
m^WÊÊ^ÊLnWmmk in1 li I >ájlP^i ikml imivÊ
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mmtmaSmmamm BPJj^^v^wi-Yíí^^'^^g'^M^ÍSií5ji_^^!wí
Wm. mwMÊlmm _K_™ WÊmmmWÈÊÊÊÈmmWá
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in*__K«^5^Sí^^^^_l
-W-.W.V.V. ¦••¦¦¦••.•.¦¦*tWúmimmm^mmmm^gmmm^^^y^mmi
pleta remodelação dentro das no-
vas diretrizes de ensino adotadas
no Brasil, visando a aprimorar
mais o elemento humano e melho-
rar o ensino cultural do povo. A
direção do curso de Cenografia
está entregue a Anísio Medeiros
— nome que dispensa comenta-
rios — e as formas de ensino são
diretas, com prática e pesquisa,
sem aquele sistema antiquado das
escolas de teatro, que, na realida-
de desanimavam o aluno.
O cenógrafo, figurinista, au-
tor e diretor está bastante anima-
do. Em seu apartamento de co-
bertura, na esquina da Avenida
Atlântica com a Rua Paula Frei-
tas, espalham-se, na sala de estar,
maquetas de cenários, papéis com
planos de aulas ao mesmo tempo
em que, na vitrola, roda o disco
da peça musicada "Man of La
s^k^í&^s-síí&s
_H_RÍIs:pll MmÈí
I
-il __
-
1^^^^^^^^^^^
1
$$|>«5^&
Mancha". E isso dá a oportunida-
de de Pernambuco relembrar a
viagem de mais de seis meses fei-
ta a Europa, principalmente à
Alemanha.
— O que vi lá e na Inglaterra
em matéria de teatro e cenogarfia
foi maravilhoso. Nas escolas de
arte dramática o aluno vive em
regime de tempo integral. O.estu-
dante de teatro está obrigado à
aulas de canto, dança, esgrima è
tem de conhecer profundamente
a história do Teatro e da Arte.
No que se refere à cenogra-
fia, Pernambuco de Oliveira
afirma que a Alemanha está real-
mente bastante avançada e talvez
seja o País do mundo onde a sua
especialidade se encontre mais
adiantada. Quanto à iluminação,
eles já usam até os raios laser,
obtendo efeitos extraordinários.

Cofrelar e BNH
Cinto, complemento Malha em
A Cofrelar — Associação de Poupança e
Empréstimo da Guanabara acaba de adquirir as
cédulas hipotecárias representativas dos crédi-
indispensável ritmo de verão 73
tos do BNH, que se encontravam sob a sua
tão, tornando-se, assim, o primeiro agente ges-
do
sistema financeiro habitacional no Brasil.
^¦^H^^Mnpwp^n»
'; "Víá •">,
Wf*t.fê */,*% £ Í
Academia Hermógenes de loga As novidades apresen-
tadas na coleção Sudam-
A Academia Hermógenes comunica a mu- tex para o verão 72/73
dança de horário às quartas-feiras. O feminino são: o poliester com fi-
passou para segunda-feira às 14 horas e o mas- bra de algodão — malha
cuhno as quartas, às 14 horas. A academia fica
na Rua Uruguaiana, 118/12.°. igual ao brim; a interlo-
que estampada ou jérsei;
O Disco -— o assunto é livre a juillard como cotelê
vertical e o poliester com
No próximo dia 27, às 18 horas, Maurício fibra acrílica, que faz
Quadros fará uma palestra sobre "O Disco — roupas "double-face".
O assunto é livre", na Discoteca Pública na Av
Almirante Barroso, 81 — sala 724. Com toda a sua produ-
ção colocada no merca-
Previdência Social do, em casas como Khalil
M. Gebara, Barbosa Frei-
, Amanhã, à partir das 19 horas, no auditó- tas, Parque dos Tecidos,
no da Ceforp, na Rua Frederico Silva, 86, Tecelagem Moderna e
pales-
tra com debates sobre o plano de benefícios
Previdência Social.
da O lançamento da cole- Casa Assuf, a moda Su-
ção Donna Di Domani damtex traz muito mari-
Carlos Marins expõe apresenta uma linha ul- nheiro, jardineira, fren-
tra-sofisticada e exclusiva
te-única, pantalonas com
O pintor Carlos Marins está com suas ma- de cintos. Nas fivelas pre-
bocas mais estreitas e mi
nnhas expostas na Bolsa de Quadros, na Praça niblusas.
General Osório. Ao mesmo dominam as caras de ani-
tempo em que pre- As cores são variáveis.
para novos trabalhos para uma mostra, ainda mais, símbolos astrológi-
este ano. Desde o tradicional bleu,
cos e mitológicos, pedras
blanc, rouge até os tons
brutas, taxas e ferragens, suaves de rosa, amarelo
Exposição em couro marchetado. e azul-bebê. As estampa-
Os alunos da Associação Brasileira de Be- No estilo, eles são re- rias, algumas mais in-
Jss-Artes estão expondo, na sede da associação, tos ou em curvas subli- gênuas como as pasti-
na Rua do Lavradio, 84, obras de sua autoria nhando a linha da mu- tilhas, outras, sofistica-
como: entalhamento de madeira, escultura em das e exuberantes. Com
madeira, pinturas, artesanato em couro, peças lher. O fundamental é
de gêsso, amuletos africanos, etc. A mostra é excelente caimento, a ma-
que eles têm regulagem lha não forma rugas nem
grátis e vai até dia 24, de segunda à sábado, das flexível, permitindo o
15 às 23 horas, mas os trabalhos expostos, para se deforma, dando bas-
ajuste em qualquer cin- tante mobilidade a quem
quem quiser levar para casa, são pagos e os alu-
nos garantem que são "baratinhos". tura. a veste.