Dossiê Tombamento Res. R. Viera Pinto Nº 38-44, Lima Duarte

ANO 2016
Dossiê de tombamento da Edificação

Rua Vieira Pinto nº 38/44
Nº 01/2014
SUMARIO
1. PARTE TÉCNICA DO PROCESSO DE TOMBAMENTO – DOSSIÊ DE TOMBAMENTO DE EDIFICAÇÃO RUA

VIEIRA PINTO Nº 38/44 ............................................................................................................................... 3
1.1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 4

1.2. HISTÓRICO DO BEM CULTURAL ...................................................................................................... 5
1.3. DESCRIÇÃO DETALHADA DO BEM CULTURAL ............................................................................... 18
1.4. JUSTIFICATIVA PARA O TOMBAMENTO ........................................................................................ 63
1.5. PERÍMETRO DE TOMBAMENTO .................................................................................................... 66
1.5.1. JUSTIFICATIVA .............................................................................................................................. 66
1.5.2. DELIMITAÇÃO E DESCRIÇÃO ........................................................................................................ 66
1.5.3. DESENHO TÉCNICO DA DELIMITAÇÃO DO PERÍMETRO DE TOMBAMENTO ................................ 68
1.6. PERÍMETRO DE ENTORNO DE TOMBAMENTO .............................................................................. 69
1.6.1. JUSTIFICATIVA .............................................................................................................................. 69
1.6.2. DELIMITAÇÃO E DESCRIÇÃO ........................................................................................................ 69
1.6.3. DESENHO TÉCNICO DA DELIMITAÇÃO DO PERÍMETRO DE ENTORNO ........................................ 71
1.7. DOCUMENTAÇÃO CARTOGRÁFICA ............................................................................................... 72
1.7.1. MAPA IDENTIFICANDO A LOCALIZAÇÃO DO BEM EM RELAÇÃO ÀS ÁREAS DEFINIDAS NO PLANO
DE INVENTÁRIO. ..................................................................................................................................... 72
1.7.2. LEVANTAMENTO CADASTRAL ...................................................................................................... 74
1.8. DIRETRIZES DE PROTEÇÃO ESPECÍFICAS ....................................................................................... 79
1.8.1. DIRETRIZES DE PROTEÇÃO PARA O PERÍMETRO DE TOMBAMENTO ........................................... 79
1.8.2. DIRETRIZES DE PROTEÇÃO PARA O PERÍMETRO DO ENTORNO DE TOMBAMENTO ................... 81
1.1. FICHA TÉCNICA ............................................................................................................................. 82
1.2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E DOCUMENTAIS......................................................................... 83
Dossiê de Tombamento 2/
Edificação Rua Viera Pinto nº 38/44 – Lima Duarte/MG 84
1. PARTE TÉCNICA DO PROCESSO DE TOMBAMENTO –
DOSSIÊ DE TOMBAMENTO DE EDIFICAÇÃO RUA VIEIRA
PINTO Nº 38/44
1.1. INTRODUÇÃO
O dossiê de tombamento é um documento que contém um conjunto de informações

sobre o bem histórico a ser tombado e seu contexto no município. Com o propósito de
resgatar e reunir informações sobre o bem histórico, dar subsídios e documentar o
processo de tombamento. O documento reuni as informações sobre o bem, sua história e
demais informações relevantes, que será a base para tomada de decisão do Conselho
Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural sobre o tombamento do bem em questão.
O presente Dossiê tratará de uma edificação, localizado na Rua Vieira Pinto, nº 38/44,
Centro, Município de Lima Duarte, Minas Gerais.
O trabalho realizado foi baseado em bibliografia já existente, pesquisa de campo,
levantamento “in loco”, conversas informais, bem como através de consulta aos órgãos
municipais e Cartórios de imóveis e de registro de notas e oficio.
1.2. HISTÓRICO DO BEM CULTURAL
“O povoamento de Lima Duarte é um dos mais antigos de Minas Gerais. [...] A

mais velha referência a respeito tem a data de 1692 e ocupava-se da ‘bandeira’ que
tinha como capelão o Padre João de Faria Fialho,” (DELGADO, 2009, p. 13). O Povoado de
Dores do Rio do Peixe (assim era a denominação original de Lima Duarte), como nas
muitas cidades de Minas se originou com a extração do ouro.
O Povoado do Rio do Peixe tinha uma localização estratégica para o escoamento
ilegal do ouro, pois ficava a margens da Estrada Real, tanto do Caminho Velho como do
Caminho Novo, ficando entre eles. O contrabando era feito por trilhas na mata, que
poucos conheciam, quando o governo tomou conhecimento deste fato, em 1755 mandou
interditar a área ao povoamento e a mineração. A situação manteve-se assim até 1780
quando tomou posse do governo de Minas Gerais, Dom Rodrigo José de Menezes que
com sua vinda ao povoado concedeu a posse de terra para os posseiros, regularizando e
fiscalizando a região. (DELGADO, 2009, p.15)
A construção da capela dedicada a Nossa Senhora das Dores, no alto onde se
ergue hoje a matriz data do inicio do século XIX. Já estava definida a vida social e
econômica do povoado, suas principais famílias e atividades econômicas. (DELGADO,
2009, p.18)
Assim a cidade passou a se desenvolver em volta da capela dedicada a
Nossa Senhora das Dores. O antigo caminho que passava ao lado do moro onde se
encontrava a capela passou a ser uma rua. Esta via se tornou um lugar atrativo e
começou a aglomerar casas surgindo o povoado.
Este é o início da história da edificação que se localiza neste antigo caminho que
se tornou uma rua. No início dos anos de 1900 a rua em frente ao imóvel era chamada
Barão de Cotegipe, e por volta dos anos de 1920 a referida rua passou a ser denominada
Rua Vieira Pinto, em homenagem a Dr. Manoel de Brito Viera Pinto considerado o
primeiro medico da cidade, mantendo este nome até hoje.
Ao fundo da edificação temos uma via que foi originaria da desativação da linha
férrea que ocorreu em 1972, sendo seus trilhos retirados em 1979, atualmente esta via
possui o nome de Rua 30 de Outubro. Na lateral direita da edificação há uma travessa que
foi aberta utilizando parte do terreno pertencente a edificação e que atualmente tem o
nome de Travessa Leonides Moreira Campos (que foi proprietária do imóvel).
Esta travessa originalmente dava acesso ao terreno ao fundo da edificação, onde
era o estabulo dos animais de quem utilizava a edificação, pois no móvel funcionou
um hotel. Esta passagem também dava acesso a Igreja de São Francisco de Assim
construída no alto de um morro atrás do terreno da edificação.
Portanto a edificação encontra-se entre duas vias de valor histórico para a
cidade, sendo a Rua Vieira Pinto, parte do antigo caminho que deu origem a cidade e a
Rua 30 de Outubro que era o leito da linha férrea, além da própria Travessa Leonides
Moreira Campos, que remete diretamente a história da edificação e da cidade.
A edificação de estilo eclético, com fundação em pedra argamassa, alvenaria de
tijolo autoportante e cobertura de telhas cerâmicas do tipo francesa, com platibanda na
fachada principal, provavelmente foi construída entre as duas primeiras décadas de 1900,
pois os registros encontrados indicam que a edificação já existia no ano de 1919.
O registro mais antigo até o momento encontrado indica como proprietário do
imóvel Francellino Delgado Motta e sua esposa Anna Carolina da Silva, que em
data anterior a 21/05/1919, deixaram de herança para seus filhos a edificação. Pela
data e estilo arquitetônico, possivelmente a edificação tenha sido construída por
Francellino Delgado Motta, tendo em vista também que os terrenos em volta da
capela de Nossa Senhora das Dores pertenciam os descendestes de José Delgado
Motta e sua esposa Inácia Maria d’Assunção, havendo o terreno da capela Nossa
Senhora das Dores (atual Matriz) inclusive sendo doado pela Inácia Maria d’Assunção.
Francellino Delgado Motta era neto de Joaquim Delgado Motta, que “foi uma das
primeiras autoridades municipais, juiz de Paz em 1881, vereador em 1892 e veterano
da revolução de 1842” (DELGADO, 2009, p. 146) e bisneto de José Delgado Motta e
Inácia Maria d’Assunção. Francellino Delgado Motta foi alferes da 17º Batalhão de
infantaria da Comarca de Lima Duarte em 1983.
Após o falecimento de Francellino Delgado Motta e sua esposa Anna Carolina da
Silva, a edificação foi herdada pelos seus filhos. Entre os quais estava Manoel Delgado da
Silva (Neca-França), um cidadão ilustre e pioneiro em várias áreas. Em 1903, fundou a
segunda fábrica de manteiga do município, em 1910 instalou um gerador elétrico a vapor
em sua fazenda e construiu a primeira rede de eletricidade de Lima Duarte, em 1914
construiu a primeira usina hidroelétrica na cidade, foi um dos fundadores da Companhia
Regional de Luz e Força, ainda em 1914 levou o primeiro automóvel para Lima Duarte, a
primeira máquina a vapor, o primeiro aparelho cinematográfico, em 1915 colocou uma
barca movida a gasolina no Rio do Peixe, para transporte, porém pela condições de
navegação do rio o empreendimento não foi adiante, em 1916 trouxe a primeira máquina
de beneficiar arroz, em 1917 o primeiro aparelho telefônico, em 1928 a primeira
motocicleta e em 1932 a primeira bicicleta. (DELGADO, 2009, p.193 a 196)
Apesar de Manoel Delgado da Silva (Neca-França) ter herdado o imóvel, não foi
possível precisar a sua relação mais direta com a edificação, sendo que em 21/05/1919,
ele e sua esposa Rita Sebastiana de Jesus, juntamente com os outros herdeiros a saber:
Theodulo Evencio de Almeida e sua esposa Maria Carolina de Jesus; Joaquim Delgado da
Silva e sua esposa Constança Maria de Jesus; Aureliano Gonçalves Pereira e sua esposa
Ignacia Felizarda Gonçalves, vendem 4 partes na edificação para Dr. João Franca
de Carvalho, médico, e sua esposa Rochelany Guimarães da Franca, pelo valor total
de quatro contos de réis (4:000$000). Permanecendo uma parte da edificação com
Anastásio Faustino Braz de Araújo e sua esposa Victoria Maria dos Prazeres, parte está
que também foi recebida de herança de Francellino Delgado Motta e sua esposa
Anna Carolina da Silva.
Dr. João Franca de Carvalho era médico, nasceu em 10 de dezembro de 1881 em
Simão Dias no estado de Sergipe, filho de João Baptista de Carvalho e Leonor Franca de
Carvalho. Formou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 18 de dezembro
de 1915, defendendo a tese “Da nefrolitíase e seu tratamento cirúrgico, pela piclotomia”
(GUARANÁ, p. 260). Sua esposa Rochelany Guimarães da Franca faleceu no Rio de Janeiro
em 02/11/1923. Na nota de agradecimento pelo acompanhamento do enterro lançada no
periódico “A Noite” na cidade do Rio de Janeiro é citada como mãe de Rochelany
Guimarães da Franca, Maria da Conceição Duque. Não foi possível confirmar, mas é
possível que esta Maria da Conceição Duque, seja a irmã de Nominato de Paiva Duque,
que foi casada com Honório Evangelista de Almeida Guimarães, filho do Barão de Santa
Bárbara. Encontra-se registro do Dr. João Franca de Carvalho atuando em Juiz de Fora nos
anos de 1931 e 1935.
Em 27/06/1919, Dr. João Franca de Carvalho e sua esposa Rochelany Guimarães
da Franca a época moradores de Lima Duarte, segundo o documento de escritura do
cartório de oficio, vendem as 4 partes da edificação adquiridas em 21/05/1919 para
Anastásio Faustino Braz de Araújo, negociante volante, e sua esposa Victoria Maria dos
Prazeres a época moradores de Juiz de Fora, que já possuíam uma parte na edificação,
pelo valor de dois contos e quinhentos mil réis (2:500$000), ficando assim os únicos
proprietários do bem. Nesta época a Rua da frente do imóvel ainda se chamada Rua
Barão de Cotegipe. João Franca de Carvalho adquirir 4 partes do imóvel por quatro contos
de réis (4:000$000) e no mesmo ano vendeu estas partes por dois contos e quinhentos
mil réis (2:500$000), valor bem abaixo do que por ele havia sido adquirido. Não foi
possível identificar o que poderia ter ocorrido para esta diferença em um espaço de
tempo pequeno.
Em 04/07/1926, Anastásio Faustino Braz de Araújo e sua esposa Victoria Maria dos
Prazeres, nesta época fazendeiros e moradores de Juiz de Fora vendem a casa para José
Pereira da Silva, a época morador de Lima Duarte, pelo valor de quatro contos de réis
(4:000$000). Nesta data a rua em frente ao imóvel já se chamava Rua Vieira Pinto. Nesta
época estava sendo construída o Ramal Ferroviário de Lima Duarte, a Estação
Deocleciano Vasconcellos a época denominada Parada de Lima Duarte, já havia sido
inaugurada em 19/05/1926 e logo em 1930 seria inaugurada a Estação de Lima Duarte,
assim a estrada de ferro já estava passando pelos fundos da edificação. É possível que foi
neste contexto que a edificação passou a abrigar a função de hotel, pois em 19/12/1927,
um ano e sete meses depois de adquirir o imóvel, José Pereira da Silva e sua esposa
Isaura de Paiva e Silva, transferem o imóvel por permuta para Joaquim Delgado Motta
Primo, fazendeiro, desquitado, a época morador do distrito de São Francisco em Juiz de
Fora, com os moveis, utensílios e instalações para hotel, com o valor de permuta de oito
contos de réis (8:000$000), valor este que é o dobro do que por eles foram pago, um ano
e sete meses antes, pelo imóvel. Portanto é possível que José Pereira da Silva e sua
esposa Isaura de Paiva e Silva tenham adquirido o imóvel vazio, feito melhorias, colocado
instalações para o hotel e mobiliado o imóvel, que depois foi transferido por este valor
em dobro, acrescendo o valor de investimento para melhorias na edificação.
Em 18/10/1938, Joaquim Delgado Motta Primo, que nesta época morava em Lima
Duarte, vende o imóvel ainda com destinação de hotel, mas agora também com o
uso compartilhado com moradia, para Francisco de Assis Pereira e sua esposa
Salvina Campos Pereira, comerciantes e moradores de Lima Duarte, neste tempo, pelo
preço de oito contos de réis (8:000$000). É possível que foi no período que a edificação
recebeu os dois números no endereço como está hoje, nº 38 e 44.
Em 06/08/1946, Francisco de Assis Pereira e sua esposa Salvina Campos
Pereira, vendem a edificação ainda com destinação de hotel e moradia, para Carlos
Moreira Delgado e sua esposa Leonides Moreira Campos (conhecida como Dona
Mocinha), que coloca o imóvel nos nomes dos filhos ainda menores de idade,
sendo eles: Mirene Campos Moreira, Maria Campos Moreira, Inácia Moreira Campos e
Carlos Moreira Filho, todos moradores de Lima Duarte a época. O valor pago pelo imóvel
foi de vinte e seis mil e oitocentos cruzeiros (Cr$ 26.800,00).
Em 12/10/1978, Inácia Moreira Campos, doa a sua parte no imóvel para
seus irmãos, que estão com a propriedade do imóvel até os dias atuais.
A edificação já abrigou várias funções, residência, comércios variados,
restaurante, hotel entre outros. Além da função de hotel, outro estabelecimento que
funcionou no local e merece destaque, foi o guichê de pagamento da
Companhia Regional de Eletricidade de Lima Duarte, que fornecia energia elétrica
para a cidade, empresa está que foi comprada por Carlos Moreira Delgado, ficando
depois de seu falecimento para sua esposa. Depois a empresa foi repassada para
Paulo dos Reis Modesto, deixando de funcionar no local o guichê. Neste período em
que o guichê de pagamento funcionou no local a edificação era muito frequentada. E
possivelmente era uma referência na cidade. Deste 2013 o imóvel se encontra sem
utilização.
A edificação faz parte de um conjunto de edificações históricas que já foram
inventariadas, criando uma ambiência ainda muito relevante apenas de algumas
edificações já terem sido substituídas.
Foto: Acervo de Elva Pepino, provável data da foto década de 1930.
Vista da Rua Viera Pinto. A Edificação tombada é a 5º da imagem.
Dossiê de Tombamento 10 /
Foto: Acervo de Afrânio de Paula, provável data da foto por volta da década de 1940.
Vista da Rua Viera Pinto. A Edificação em processo de tombamento é a 6º da imagem.
Foto: Ademir Nogueira de Ávila. Data 07/09/2016.

Foto: Acervo Afrânio de Paula. Data da Foto década de 1970.

Foto: Acervo de Elva Pepino, provável data da foto década de 1930.
Ampliada da foto mostrando a edificação

Ampliada da foto mostrando a edificação no ângulo semelhante a foto anterior.
Podemos perceber por estas fotos ampliadas as mudanças ocorridas na fachada e
como a escala cromática da fachada original seguia o modelo das edificações daquele
período, com os detalhes mais claros que a parede e as esquadrias e gradil em tom mais
escuro que a parede. Veja abaixo os desenhos da fachada demostrando as mudanças, nos
vãos da edificação.
Reconstituição da Fachada original
Fachada Atual
Croquis Planta Baixa pavimento térreo, com algumas observações constatadas no
levantamento
Croquis Planta Baixa subsolo, com algumas observações constatadas no levantamento
Algumas portas internas ainda possuem as numerações dos quartos quando o
imóvel tinha a função de hotel.
Foto: Ademir Nogueira de Ávila. Data: 13/07/2016. Foto: Ademir Nogueira de Ávila. Data: 13/07/2016.
Detalhe da numeração do quarto do antigo hotel Detalhe da numeração do quarto do antigo hotel
ainda existente na porta da Sala da Residência ainda existente na porta do quarto 1 da Residência
térreo 2 térreo 2
1.3. DESCRIÇÃO DETALHADA DO BEM CULTURAL
LOCALIZAÇÃO E ENTORNO
A edificação em processo de tombamento encontra-se localizada a Rua Vieira Pinto nº
38 e 44 no centro, tendo em sua lateral direita a Travessa Leonides Moreira Campos,
travessa, que foi aberta dentro do terreno pertencente a edificação. O entorno possui
várias edificações de valor histórico, já inventariadas, constituído uma ambiência
harmônica com o bem tombado, devendo ser preservada. O imóvel pode ser visto do
início da Praça Nominato de Paiva Duque, de onde se vê todo o conjunto de edificações
históricas. Também é vista pela Rua Vieira Pinto, com uma vista superior pela Praça
Vigário Maia, o fundo visto pela Rua 30 de Outubro e a lateral direita pela Travessa
Leonides Moreira Campos.
Foto: Ademir Nogueira de Ávila. Data: 07/09/2016.

Visada do imóvel a partir da Praça Nominato de Paiva Duque, podemos ver o conjunto de
edificações histórias inventariadas, que fazem a ambiência do imóvel.
Visada do imóvel a partir da Rua Vieira Pinto, podemos ver por outro ângulo o conjunto de
edificações histórias inventariadas, que fazem a ambiência do imóvel.

Visada do imóvel a partir da Praça Vigário.
As construções históricas no entorno do imóvel, são em maioria de um pavimento
com porão habitável, possuindo uma delas dois pavimentos sem porão. Existem no
entorno edificações recentes, possuindo de 2 até 4 pavimentos. São implantados sem
afastamento frontal, no nível da via. A região é bem iluminada, possui abastecimento de
agua potável e rede de esgoto, a Rua Vieira Pinto em frente ao imóvel e calçada com
blocos sextavados, assim como a Rua 30 de Outubro na parte dos fundos do terreno da
edificação, já a Travessa Leonides Moreira Campos e calçada com asfalto. O passeio na
frente do imóvel possui calçamento em cimento e parte ainda remanescentes do piso de
ladrilho hidráulico. Na via lateral o passeio é inexistente.
Vista do entorno da Edificação em processo de Vista do entorno da Edificação em processo de
tombamento. Rua Vieira Pinto. tombamento. Rua Vieira Pinto.
tombamento. Travessa Leonides Moreira Campos. tombamento. Travessa Leonides Moreira Campos.
tombamento. Rua 30 de Outubro. tombamento. Rua 30 de Outubro.
tombamento. Praça Vigário Maia e Rua Vieira tombamento. Praça Vigário Maia e Praça
Pinto. Nominato de Paiva Duque.
tombamento. Edificações históricas inventariadas tombamento. Edificações históricas inventariadas
no entorno da edificação. no entorno da edificação.
TIPOLOGIA ARQUITETÔNICA
Construída em estilo eclético, por volta das primeiras décadas de 1900. Sua fachada
frontal foi construída com simetria e ritmos nas aberturas, porém com as
intervenções está simetria não existe mais. A fachada é dividida em três parte na vertical.
A primeira parte é a base que não possui elementos arquitetônicos sendo apenas um
ressalto na alvenaria que está pintado de vermelho ocre.
A segunda parte é o corpo central da edificação, que possui nas laterais uma
marcação em massa semelhante a uma pilastra com base trabalhada com frisos e um
pouco acima da base da edificação, que está pintado de vermelho ocre. Este corpo
central é finalizado por uma cornija que passa pelos ressaltos das massas laterais,
assemelhando-se a um capitel e com telhas colocadas acima da cornija, sendo pintado de
cor areia. O corpo e pintado até meia altura de cor vermelho ocre e a parte restante de
cor areia. Este corpo central possui uma porta no eixo central, com duas folhas de abrir e
com bandeira em forma de arco pleno, pintados de vermelho ocre e com enquadramento
em massa pintado de vermelho ocre, assim como a esquadria. A porta central é ladeado a
direita por duas janelas com caixilho de vidro com abertura em guilhotina e duas folhas
de madeira de abrir internas e com bandeira em forma de arco pleno, pintados de
vermelho ocre e com enquadramento em massa pintado de vermelho ocre, assim como
as esquadrias. Do outro lado da porta central na esquerda está uma porta de madeira
com duas folhas de abrir, com bandeira em forma de arco pleno, pintados de vermelho
ocre e com enquadramento em massa pintado de vermelho ocre, assim como a
esquadria. Está porta anteriormente era uma janela semelhante as outras, onde seu
peitoril foi retirado para ser transformado na porta hoje existente. Na lateral esquerda a
esta porta existe uma porta metálica de enrolar, que foi colocado onde antes havia outra
janela semelhante as já citadas, que foi totalmente descaracterizada para a abertura
desta porta, tendo sua bandeira fechada e as laterais alargadas, a porta metálica esta
pintada em vermelho ocre.
A terceira parte que é superior é formado pela platibanda que ainda mantém a sua
simetria original. Seu formato e retangular com um arco na parte superior no centro da
platibanda, possuindo neste arco um desenho em massa na parte central em forma de
meio arco seguindo a curvatura do final da platibanda, este desenho parece ser uma
concha estilizada, tendo um retângulo em sua base e pintura de vermelho ocre. A
platibanda, também possui em suas laterais duas marcações em massa semelhantes a
pilastras que terminam em uma cornija que passa pelos ressaltos das massas laterais,
assemelhando-se a um capitel. Esta cornija finaliza a platibanda e é coberta por uma linha
de telhas cerâmicas do tipo francesas. O perfil da cornija possui um retângulo na parte
inferior e depois e desenvolvido seus frisos. A platibanda possui também dois recortes em
forma de retângulo, um em cada lado, e cada um destes recortes possui 4 balaústres em
seu interior. Os recortes cortam uma parte do retângulo inferior do perfil da cornija de
finalização da platibanda. A platibanda está pintada de cor areia.
As outras fachadas não possuem elementos ornamentais, pois normalmente neste
período apenas se trabalhava esteticamente as fachadas voltadas para as vias. A fachada
da Travessa Leonides Moreira Campos na época de construção era uma fachada lateral
voltada para o terreno da edificação.

Fachada frontal
Fachada lateral direita. Fachada lateral direita e parte fachada fundos.
Fachada lateral esquerda. Fachada lateral esquerda.
Parte fachada fundos Fachadas internas.
Vista dos fundos da edificação. Vista muro de acesso aos fundos da edificação e as
residência no subsolo.

Vista geral do fundo da edificação e de seu terreno.
PARTIDO CONSTRUTIVO
A edificação está implantada no nível da via em um terreno com declive, o que lhe
acrescenta um porão que é habitável, não possui afastamento frontal, afastamento da
divisa da lateral esquerda e não possui afastamento da via lateral direita, pois esta via foi
aberta no terreno do imóvel. A edificação possui apenas um pavimento no do térreo e
um terraço útil, nos fundos construído na primeira década de 2000. O terreno da
edificação está dividido, possuindo na parte frontal para a Rua Vieira Pinto a edificação
em processo de tombamento, na parte central um galpão que se abre para a Travessa
Leonides Moreira Campos e no fundo um estacionamento que atualmente está sendo
utilizado por uma oficia de automóveis, que se abre para a Rua 30 de outubro.
A planta é regular, em forma de “U”, possuindo a ala da esquerda comprimento

maior que a direita que possui fachada para a Travessa Leonides Moreira Campos.
Atualmente o imóvel, no nível térreo, se encontra dividida nos seguintes usos:
Residência; loja; e loja com residência. A residência ocupa a parte da lateral direita da
fachada frontal, parte do meio do “U” do formato da planta e a ala lateral direita. A loja
fica na fachada frontal. E a loja com residência fica com parte da lateral esquerda da
fachada frontal e com a ala esquerda da planta em formato de “U”.

No subsolo o imóvel também possui usos separados, sendo duas residências,
um cômodo e um porão com cômodo, todas as entradas destes locais são realizadas
pela entrada do fundo da edificação, sendo que o porão também pode ser acessado
por um portão localizado na Travessa Leonides Moreira Campos. Uma das
residências está localizado na ala direita da planta. A outra residência está do meio
para o final na ala esquerda da planta. O cômodo está no meio da ala esquerda da
planta. O porão ocupa toda a parte central da planta em formado de “U” e o cômodo
se localiza no início da ala esquerda da planta.
Croquis Pavimento térreo
Croquis Subsolo
Residência térreo 1 - Sala Residência térreo 1 - Sala
Residência térreo 1 – Quarto 1 Residência térreo 1– Quarto 2
Residência térreo 1 - Salão Residência térreo 1 - Salão
Residência térreo 1 – Quarto 3 Residência térreo 1 – Quarto 3
Residência térreo 1 - Circulação Residência térreo 1 – Quarto 4
Residência térreo 1 - Banheiro
Residência térreo 1 - Cozinha Residência térreo 1 - Cozinha
Residência térreo 1 - Varanda Residência térreo 1 – Área de Serviço subsolo.
Loja 01 Loja 01
Loja 2 e Residência térreo 2 - Loja 2 Loja 2 e Residência térreo 2 - Loja 2

Loja 2 e Residência térreo 2 - Banheiro da Loja 2
Loja 2 e Residência térreo 2 - Sala Residência Loja 2 e Residência térreo 2 - Sala Residência
térreo 2 térreo 2
Loja 2 e Residência térreo 2 - Circulação Loja 2 e Residência térreo 2 - Quarto 1 Residência
Residência térreo 2 térreo 2
Loja 2 e Residência térreo 2 - Quarto 2 Residência Loja 2 e Residência térreo 2 - Cozinha Residência
térreo 2 térreo 2
Loja 2 e Residência térreo 2 - Sala 2 Residência Loja 2 e Residência térreo 2 - Sala 2 Residência
térreo 2 térreo 2
Loja 2 e Residência térreo 2 - Sala 2 Residência Loja 2 e Residência térreo 2 - Sala 2 Residência
térreo 2, parte do bloco que foi construído térreo 2, parte do bloco que foi construído
recentemente. recentemente.
Loja 2 e Residência térreo 2 - Área de Serviço Loja 2 e Residência térreo 2 - Área de Serviço
Residência térreo 2, parte do bloco que foi Residência térreo 2, parte do bloco que foi
construído recentemente. construído recentemente.
Loja 2 e Residência térreo 2 - Terraço Residência Loja 2 e Residência térreo 2 - Terraço Residência
térreo 2, parte do bloco que foi construído térreo 2, parte do bloco que foi construído
recentemente. recentemente.

Vista restante terreno da edificação
Residência subsolo 1 - Entrada Residência subsolo 1 - Entrada
Residência subsolo 1 - Sala Residência subsolo 1 - Circulação
Residência subsolo 1 - Quarto 1 Residência subsolo 1 - Quarto 1
Residência subsolo 1 - Circulação Residência subsolo 1 - Quarto 2
Residência subsolo 1 - Cozinha Residência subsolo 1 - Cozinha
Residência subsolo 1 - Cozinha Residência subsolo 1 - Banheiro
Vista fachada da Residência subsolo 2
Residência subsolo 2 - Sala Residência subsolo 2 - Quarto 1
Residência subsolo 2 - Circulação Residência subsolo 2 - Banheiro
Residência subsolo 2 - Cozinha Residência subsolo 2 - Cozinha
Residência subsolo 2 - Quarto 2, parte do bloco Residência subsolo 2 - Quarto 2, parte do bloco
que foi construído recentemente. que foi construído recentemente.
Residência subsolo 2 - Área de Serviço, parte do Residência subsolo 2 - Área de Serviço, parte do
bloco que foi construído recentemente. bloco que foi construído recentemente.
Hall interno subsolo. Hall interno subsolo.
Vista fachada Cômodo subsolo 1 Cômodo subsolo 1
Porão Porão
Cômodo subsolo 2 Cômodo subsolo 2
SISTEMA CONSTRUTIVO
A estrutura da edificação original é em bloco de pedra argamassada na base e

alvenaria de tijolo autoportante, houve intervenções que foram construídas com
estrutura de concreto armado, como a cozinha da residência do térreo 1 e 2, o bloco
recente na final da edificação na Residência térreo 2 e a varanda. As alvenarias de
vedação também são em tijolo, existe laje em alguns cômodos, como banheiros, varanda
e cozinhas, além do bloco recente já mencionado.
Base de pedra argamassada e alvenaria de tijolo Base de pedra argamassada e alvenaria de tijolo
autoportante. autoportante.
As Janelas no térreo são em maior parte de madeira com vidro, sendo ainda originais,
algumas já sofreram intervenções e foram trocadas por outras de madeira e até mesmo
por básculas metálicas. Já no subsolo a maioria das janelas são metálicas. As portas
do térreo também mantém bastante as suas características originais, necessitando
de reparos, sendo a maioria de madeira algumas com bandeiras fixas, as outras
mais recentes como do bloco são metálicas. As portas no subsolo são metálicas
em sua maioria. Algumas janelas da divisa do lado esquerdo possuem grades.

Vista externa da janela da fachada frontal
Vista interna da janela da fachada frontal aberta. Vista interna da janela da fachada frontal fechada
Vista externa da janela da fachada lateral direita Vista interna da janela da fachada lateral direita
Vista interna da janela do salão da Residência Vista interna da janela da cozinha da Residência
térreo 1 térreo 1

Vista externa da janela da circulação da Residência
Vista externa de uma das janelas da Loja 02
térreo 1
Vista interna de uma das janelas da Loja 02 Vista interna de uma das janelas da Loja 02,
esquadria original substituída.
Vista externa de uma das janelas da Residência Vista interna de uma das janelas da Residência
térreo 2, voltada para o hall interno térreo 2, voltada para o hall interno
Ferragens de janela da Residência térreo 1 Ferragens de janela da Residência térreo 2
Vista externa da porta de entrada da Residência Vista externa da porta de entrada da Residência
térreo 1 térreo 1
Vista interna da porta do salão para a varanda da Vista interna da porta do quarto 3 da Residência
Vista interna da porta de entrada da Loja 1, que
Vista interna da porta da sala 1 da Residência
anteriormente era uma janela semelhante as
térreo 2
outras da fachada principal.

Vista vão porta e passa-prato cozinha da
Residência térreo 1
Os pisos no térreo são de tábua corrida, excetuando os pisos dos banheiros e da sala
2 da residência térreo 2, que são em cerâmica, das cozinhas que é com cimento
queimado e da varanda e do terraço útil que é cimento liso. Os pisos dos cômodos
da fachada principal possuem nos encontros com a parede da fachada principal,
uma faixa com ladrilho hidráulico.
O piso no subsolo está a maior parte com cerâmica nas duas residências. O cômodo
do subsolo possui um mosaico com cacos de cerâmica e com a tabeira em ladrilho
hidráulico. No porão parte do piso é em terra batida e partes em cimento.
Piso de tabua corrida e detalhe no canto com Piso de tabua corrida e detalhe no canto com
ladrilho hidráulico - Sala da Residência térreo 1 ladrilho hidráulico - Quarto 1 da Residência térreo
1
Detalhe encaixes do piso de tabua corrida - Sala da Mudança do piso de tabua corrida para cimento
Residência térreo 1 queimado - Salão e circulação da Residência térreo
1
Mudança do piso de cimento queimado para Mudança do piso de cimento queimado para
mosaico de cerâmica - Circulação e banheiro da cerâmica - Circulação e cozinha da Residência
Detalhe encaixes do piso de tabua corrida - Loja 1 Piso de tabua corrida e ladrilho hidráulico na
entrada da Loja 2.
Piso de tabua corrida - Loja 2 Piso de cerâmico no banheiro da Loja 2
Mudança de piso de tabua corrida para cimento Mudança de piso de cimento para cerâmica no
queimado na circulação da Residência térrea 2 banheiro da Residência térrea 2
Piso cerâmico na Sala 2 da Residência térrea 2 Piso de mosaico de cerâmica e ladrilho hidráulico
nos cantos emoldurando no Cômodo 1 do subsolo

Piso cerâmico no quarto 2 da Residência do
Piso de terra batido e cimentado no Porão.
subsolo 2
As paredes na sua maioria possuem apenas pinturas, sendo revestido apenas os
banheiros com cerâmicas, com exceção do banheiro da residência do subsolo 2, que
possui apenas pintura em cor vermelho ocre a meia altura e restante na cor branca. A cor
predominante na residência térreo 1 e um tom de verde água claro, possuindo a
circulação e o banheiro uma pintura em um tom de verde água escuro. A Loja 1 e a Loja 2
e Residência térreo 2 e as residências no subsolo possuem suas paredes na cor branca.

Vista banheiro Residência térreo 1 com
Vista circulação Residência térreo 1 com as
revestimento cerâmica a meia altura e pintura em
paredes pintadas em tom de verde água escuro.
tom de verde água escuro.

Pintura em verde água claro na sala da Residência
Pintura em verde água claro na sala da Residência
térreo 1 e podemos ver também um nicho para
térreo 1
oratório.
Pintura em cor branca na Loja 2. Pintura em cor branca com revestimento cerâmico
acima da bancada na cozinha da Residência térreo
2
Pintura em cor branca com revestimento cerâmico Pintura em tinta óleo a meia altura cor vermelho
acima da bancada na cozinha da Residência ocre e pintura cor branca no banheiro da
subsolo 2 Residência subsolo 2
Pintura em cor branca na circulação da Residência Revestimento em cerâmica no banheiro da
subsolo 1 Residência subsolo 1
A edificação possui variados tipos de forro, sendo a maioria de madeira, mas estes
também possuem formatos e tipos diferentes.
Forro em madeira de encaixe quarto 1 da Forro em madeira de encaixe salão da Residência
Forro em PVC cozinha da Residência térreo 1 Forro em madeira de encaixe com detalhes de
madeira na saia na Loja 1, possivelmente este era a
forma original do forro de toda a edificação.
Forro em madeira de encaixe Loja 2 Forro em madeira de encaixe na sala da Residência
térreo 2
Forro em madeira de encaixe circulação Residência Forro de madeira em um dos quartos da
térreo 2 Residência térreo 2
Forro de madeira na cozinha da Residência subsolo Forro em madeira na sala da Residência subsolo 2
1
A cobertura da edificação é formada por várias águas seguindo o desenho da planta,

sendo que a água da varanda da residência térreo 1 e feita por uma extensão da água que
cobre a circulação e a cozinha desta residência. As telhas são cerâmicas do tipo francesa
com exceção das águas que foram trocadas por telhas de fibra cimento. A estrutura do
telhado e de madeira. O terraço do bloco construído recentemente, e feita por telhas
metálica e com estrutura metálica.
Vista da cobertura da edificação com platibanda frontal. Nota-se que parte das telhas
francesas foram trocadas por telhas de fibra cimento na água do telhado que cai para a
fachada frontal.

Vista da cobertura da edificação com platibanda na varanda. Nota-se que parte das telhas
francesas foram trocadas por telhas de fibra cimento na água do telhado que cai no sentido
da varanda.
Vista geral da cobertura. Vista da junção da cobertura de telha francesa com
a telha metálica.

Vista do madeiramento da cobertura.
1.4. JUSTIFICATIVA PARA O TOMBAMENTO
A Edificação Rua Viera Pinto, nº 38 e 44, possui características e elementos que a

fazem ser merecedora de uma proteção especial, por seu valor para o coletivo,
garantindo assim sua função social, conforme se especifica na nossa Constituição no
artigo 170, inciso III e no Código Civil no artigo 1.228, parágrafo 1º, pois o imóvel
apresenta os atributos para ser um patrimônio histórico cultural, possuindo
importância e significado para toda a sociedade, fazendo da edificação um bem
coletivo. As qualidades que fazem da edificação um patrimônio histórico e cultural são:
Histórico
O bem foi construído entre a primeira e segunda décadas de 1900, possuindo
registro de seu proprietário mais antigo, Francellino Delgado Motta e sua esposa Anna
Carolina da Silva. Possivelmente Francellino Delgado Motta, foi o construtor do imóvel,
haja vista que os terrenos no entorno da Matriz pertenciam as descendestes de José
Delgado Motta e Inácia Maria d’Assunção.
Alguns dos proprietários do imóvel foram figuras ilustres da sociedade
limaduartina de sua época, sedo eles: Manoel Delgado da Silva (Neca-França), um cidadão
ilustre e pioneiro em várias áreas, filho de Francellino Delgado Motta; Dr. João Franca de
Carvalho, médico, nascido em 10 de dezembro de 1881 em Simão Dias no estado de
Sergipe, casado com Rochelany Guimarães da Franca, filha de Maria da Conceição Duque,
que possivelmente seja a irmã de Nominato de Paiva Duque; Francisco de Assis Pereira e
sua esposa Salvina Campos Pereira, cidadãos muito conhecidos na região; e Carlos
Moreira Delgado e sua esposa Leonides Moreira Campos (conhecida como Dona
Mocinha), que foram proprietários da Companhia Regional de Eletricidade de Lima
Duarte.
O imóvel também abrigou por muitos anos a função de hotel, função esta que
começou a ser realizada na edificação entre os anos de 1926 e 1927,
simultaneamente com a instalação da linha férrea em Lima Duarte com a inauguração
da Parada de Lima Duarte (Estação Deocleciano Vasconcellos) em 19/05/1926, sendo
que a própria linha férrea passou pelos fundos terreno da edificação, onde
atualmente está a Rua 30 de outubro.
O imóvel também abrigou o guichê de pagamento da Companhia Regional de
Eletricidade de Lima Duarte, que fornecia energia elétrica para a cidade. Neste período
em que o guichê de pagamento funcionou no local a edificação era muito frequentada e
possivelmente era uma referência na cidade. A edificação já abrigou várias outras
funções, residência, comércios variados, restaurante, entre outros.
O bem também possui forte ligação com a história do traçado urbano da
cidade, pois a Rua Vieira Pinto, foi um dos caminhos antigos que deram origem a
cidade. A Travessa Leonides Moreira Campos, cujo nome da via homenageia uma das
proprietárias do bem, e que foi construída sobre parte do terreno do imóvel, que
anteriormente servia de acesso aos fundos da edificação e ao caminho antigo que
levava a Igreja de São Francisco de Assis. Também a Rua 30 de Outubro que foi
construída no local do antigo leito da via férrea.
Pode-se ver claramente que o bem é rico em história para contar, tanto a sua
própria, quanto a da cidade e das pessoas que já tiveram a vivência no local.
Arquitetônico
Construída em estilo eclético com fachada frontal ornamentada e caraterísticas

típicas das construções desta época, com platibanda, telha cerâmica do tipo francesa,
estrutura de fundação em pedra argamassada, com alvenaria de tijolo maciço
autoportante, pisos de madeira e detalhes com piso em ladrilho hidráulico. Com planta
em forma de “U”, que cria um espaço interno na edificação entre as duas alas, criando
uma forma estética harmoniosa e bela, com um grande salão que possui uma janela
abrindo para este espaço interno onde o sol da tarde bate, ficando uma atmosfera
singela, aconchegante e cativante. Todas estas características constituem clara evidência
para a manutenção e preservação da edificação.
Paisagístico
O bem encontra-se localizado em uma via que ainda perversa muitas edificações
históricas, algumas contemporâneas a ela, que já foram protegidas com o inventário. Este
conjunto cria uma ambiência urbana que apresenta um pouco de como era a cidade nos
tempos passados e dá a edificação um peso estético para continuidade desta paisagem.
Algumas Fotos antigas apresentadas no histórico do bem mostram o quanto a
visada deste conjunto é importante para se contar a história urbana da
cidade e suas transformações ao longo do tempo. Assim o bem é peça fundamental
para a manutenção desta ambiência e para exemplo de como era a cidade, devendo
ficar preservada para que as futuras gerações possam desfrutar da bela paisagem do
conjunto e conhecer sua própria história.
Conclusão
Portanto fica justificado a importância do bem para a coletividade e sendo assim

merecedora de uma proteção especial que garantirá a sua preservação para futuras
gerações, devendo o bem ser tombado na categoria de Bem Imóvel – BI.
1.5. PERÍMETRO DE TOMBAMENTO
1.5.1. JUSTIFICATIVA
O perímetro foi definido de maneira a abranger toda a edificação, incluindo a parte do

terreno utilizado para acesso a edificação na parte dos fundos. O perímetro de
tombamento foi demarcado desta forma para abarcar toda a edificação e assim proteger
todo o bem.
1.5.2. DELIMITAÇÃO E DESCRIÇÃO
O perímetro de tombamento do imóvel, delimita-se pela área ocupada do terreno em

que está inserida a edificação e parte do terreno utilizado para acesso a edificação,
ficando o perímetro de tombamento com área total de 282,76m². Assim sendo, descreve-
se, a seguir, a delimitação do perímetro de tombamento:
Inicia no ponto P1, coordenadas: Latitude -21.841280, Longitude -43.793426, ponto
este que está situado na quina da edificação que fica na esquina da Rua Vieira Pinto com
a Travessa Leonides Moreira Campos.
Daí segue em sentido horário, seguindo em direção a Rua 30 de Outubro, percorrendo
uma distância de 18,87m, sempre margeando a edificação e o muro que separa a área
interna que dá acesso ao fundo do imóvel, até o ponto P2, localizado na lateral do
terreno, entre o muro de acesso ao interior do móvel e o galpão no fundo do terreno.
Deste ponto virando em sentido horário segue-se por uma distância de 7,43m,
percorrendo a parede do galpão que faz a delimitação da área interna de acesso a
edificação, até o ponto P3, localizado entre a divisa do fundo do galpão, e do bloco da
edificação mais recente com três pavimentos.
Daí vira-se em sentido anti-horário, por uma extensão de 5,29m, percorrida entre a
parede de fundo do galpão e da parede do bloco da edificação mais recente com três
pavimentos, até chegar no ponto P4.
Após este ponto segue-se virando em sentido horário, por uma distância de 6,15m,
pela parede que separa o estacionamento no fundo do terreno e a área de serviço de
residência que fica no subsolo do imóvel, até o ponto P5, que está localizado na divisa do
terreno do bem tombado, do terreno da edificação vizinha do lado esquerdo e do
estacionamento no fundo do terreno da edificação protegida.
Deste ponto segue-se virando em sentido horário, por uma extensão de 23,78m,
percorrendo a parede da fachada lateral esquerda do bem imóvel que fica na divisa dos
terrenos da edificação em processo de tombamento com o terreno vizinho no lado
esquerdo, até o ponto P6, que fica na fachada frontal do imóvel na Rua Vieira Pinto, entre
as divisas dos terrenos já citados.
Saindo deste ponto virando em sentido horário, segue-se percorrendo a extensão de
13,29m, pela linha da fachada principal da edificação protegida, localizada na Rua Viera
Pinto até chegar no ponto inicial P1.
1.5.3. DESENHO TÉCNICO DA DELIMITAÇÃO DO PERÍMETRO DE TOMBAMENTO
1.6. PERÍMETRO DE ENTORNO DE TOMBAMENTO
1.6.1. JUSTIFICATIVA
O perímetro de entorno é a delimitação do espaço de proteção visual e/ou urbanística

do bem tombado, com a finalidade de preservar sua visibilidade e acessibilidade.
Também buscou-se preservar parte da história da edificação com a colocação dentro do
perímetro de entorno a Travessa Leonides Moreira Campos, que foi aberta utilizando o
terreno que pertence ao bem em processo de tombamento e cujo nome homenageia um
dos proprietários da edificalção, sendo que no registro de imóvel está área ainda consta
como pertencente a edificação e também a preservação da visão do conjunto de
edificações da Rua Vieira Pinto e Praça Nominato de Paiva Duque, que preserva parte
ainda alguns imóveis históricos já inventariados.
1.6.2. DELIMITAÇÃO E DESCRIÇÃO
A delimitação do perímetro de entorno do tombamento abrangeu o restante do

terreno da edificação que se encontra ocupado com um galpão e área de
estacionamento, o trecho da Travessa Leonides Moreira Campos, que percorre a lateral
do terreno, parte do quarteirão formado entre as Ruas Vieira Pinto, 30 de Outubro e
Travessa Leonides Moreira Campos e parte da Praça Nominato de Paiva Duque e Praça
Vigario Maia. Possuindo o entorno de tombamento á área de 6.172,65m², com a
delimitação que se chegue:
Ponto inicial P1, coordenadas: Latitude -21.840700°, Longitude -43.792820°, ponto

este que está situado na Praça Nominato de Paiva Duque entre as divisas do terreno do
Banco do Brasil e do casarão colonial de nº 42, onde se encontra o telefone do ponto de
taxi, bem no início do calçadão.
Deste ponto segue-se, cruzando a rua que delimita a Praça Nominato de Paiva Duque
indo até o início do eixo central da rua que delimita a Praça Vigário Maia no sentido de
subida para a Igreja Matriz no lado esquerdo da praça, por uma extensão de 31,30m, até
o ponto P2.
Deste ponto seguindo o eixo da via de delimitação da Praça Vigário Maia, subindo
acompanhando a cursa da via, por uma extensão de 45,68m, distancia esta somada das
partes que compõem a curva, até chegar no ponto P3, localizado no eixo da via em frente
a divisa do lado direito do lote da edificação nº 10 da Praça Vigário Maia.
Daí segue-se virando em sentido horário, passando pela dívida da lateral direita da
edificação nº 10 da Praça Vigário Maia, percorrendo aproximadamente 31,37m, até o
Ponto P4, localizado no passeio da Rua Vieira Pinto, na linha de divisa deste lote.
Em seguida virando à esquerda, passando pela linha interna do passeio da Rua Viera
Pinto oposto ao passeio da edificação em processo de tombamento, por uma extensão de
10,77m, até o ponto P5, localizado nesta linha interna do passeio, ficando em frente da
linha lateral da Rua Leonides Moreira Campos, oposto ao passeio do bem histórico.
Depois virando à direita, atravessa-se a Rua Viera Pinto, na perpendicular, passando
pelas fachadas das edificações da Travessa Leonides Moreira Campos, opostas ao edifício
em processo de tombamento, seguindo por uma distância de aproximadamente 66,64m²,
somando as partes que se desviam, até o ponto P6, localizado na perpendicular do último
seguimento de fachadas da Travessa Leonides Moreira Campos e o eixo da Rua 30 de
Outubro.
Deste ponto virando à direita, segue-se pela linha de eixo da Rua 30 de Outubro, por
uma extensão de aproximadamente 101,10m² em curva, até chegar em frente a divisa de
fundos entre o terreno do Banco do Brasil e do casarão de nº 42 da Praça Nominato de
Paiva Duque, no ponto P6.
Após este ponto virando a direita, segue-se pela linha de divisa entre o terreno do
Banco do Brasil e do casarão de nº 42 da Praça Nominato de Paiva Duque, por uma
distância de aproximadamente 44,50m até o ponto inicial P1.
1.6.3. DESENHO TÉCNICO DA DELIMITAÇÃO DO PERÍMETRO DE ENTORNO
1.7. DOCUMENTAÇÃO CARTOGRÁFICA
1.7.1. MAPA IDENTIFICANDO A LOCALIZAÇÃO DO BEM EM RELAÇÃO ÀS ÁREAS
DEFINIDAS NO PLANO DE INVENTÁRIO.
1.7.2. LEVANTAMENTO CADASTRAL
1.8. DIRETRIZES DE PROTEÇÃO ESPECÍFICAS
1.8.1. DIRETRIZES DE PROTEÇÃO PARA O PERÍMETRO DE TOMBAMENTO
As diretrizes propostas para o perímetro de tombamento da Edificação Rua Vieira

Pinto. Nº 38/44 objetivam, a preservação do bem, sua manutenção, recuperação e
interação adequada ao ambiente local, demonstrando a sua verdadeira importância.
Assim sendo, estabelecem-se as diretrizes e restrições a serem seguidas em futuras
intervenções na área tombada, conforme descritas abaixo, necessárias à proteção do
bem:
• Promover o seu uso e sua ocupação;
• Garantir sua proteção contra qualquer tipo de depredação e vandalismo;
• Associar as novas intervenções a projetos adequados que valorizem a arquitetura
do bem;
• Incentivar através do bem tombado a proteção da memória e cultura da cidade;
• Garantir, através de sua manutenção adequada, a perfeita exaltação de suas
características;
• Exaltar sua importância histórica e emotiva, através da incorporação de placas
informativas sobre o bem e sua importância.
• Preservar as características físicas e estilísticas originais do imóvel impedindo a sua
demolição ou descaracterização e, em caso de substituição de materiais, usar
iguais ou similares aos existentes;
• Toda intervenção no edifício deverá se pautadas nos princípios fundamentais
reconhecidos pelos documentos internacionais de proteção ao patrimônio
histórico, de mínima intervenção, reversatibilidade (retrabalhabilidade) e
distiguibilidade;
• Deve-se preservar as fachadas e volumetria da edificação. Sendo que qualquer
intervenção nestes elementos deve estar sempre de acordo com as técnicas de
restauro, manter a linguagem estético-formal existente, sempre de acordo com o
estilo da época. Para tanto, as intervenções nesse bem devem ter caráter de
restauro;
• Manutenção e recuperação dos elementos decorativos e dos materiais de
acabamento originais;
• A visibilidade dos elementos compositivos da fachada principal não poderá ser
obstruída por quaisquer outros elementos;
• Se possível, as cores originais deverão ser prospectadas e respeitadas, mas
qualquer pintura deverá manter coerência com as características formais do
prédio e de seu período;
• O desenho e a declividade da cobertura, o tipo de telha e do engradamento
originais não poderão ser alterados;
• O bloco construído na parte dos fundos em meados da primeira década de 2000,
que possui cobertura útil, coberta com telha metálica, deve ser reformado, assim
que possível, para que suas características sejam compatibilizadas com o estilo
estético da edificação;
• Qualquer reforma, restauro ou intervenção proposta no bem deve ser avaliada e
aprovada pelo Conselho Municipal do Patrimônio Cultural e possuir um projeto
com responsável técnico arquiteto e urbanista. E quando da execução das obras,
deve ser apresentado ao conselho o Registro de Responsabilidade Técnica – RRT
do arquiteto e urbanista responsável pela obra;
• Quando a intervenção for para pequenos reparos e manutenção, poderá ser
apresentado um relatório fotográfico indicando os locais e os objetos que sofrerão
as intervenções e um texto explicativo as intervenções. E posteriormente deve ser
apresentado um relatório fotográfico das obras e atividades de intervenção e da
situação final da intervenção;
• Todas as intervenções deverão ser documentadas através de material fotográfico
e memorial descritivo que deverá ser arquivado na sede do CMPHC.
1.8.2. DIRETRIZES DE PROTEÇÃO PARA O PERÍMETRO DO ENTORNO DE
TOMBAMENTO
As diretrizes propostas para o perímetro de entorno de tombamento objetivam a

melhoria da ambiência local, mantendo o contexto urbano no qual ela se insere e,
consequentemente preservando as visadas e a acessibilidade ao bem tombado.
Assim sendo, estabelecem-se as diretrizes descritas abaixo:

• Promover a recuperação da área de entorno;
• Direcionar as novas intervenções a serem realizadas no entorno, para que estas
não venham a competir com a edificação original, mas se tornem um conjunto
harmônico e integrado;
• Preservar a morfologia urbana, em especial a relação entre os espaços construídos
e livres;
• Manter as características estilísticas e formais, dos imóveis representativos da
história da cidade presentes na proximidade do bem tombado;
• As novas construções e reformas nos imóveis neste entorno devem se harmonizar
com a edificação, isto é, devem guardar escala volumétrica e proporção
compatíveis com o imóvel tombado, buscando valorizá-lo. Não devem reduzir ou
impedir a visibilidade do bem cultural tombado ou causar impacto negativo,
garantindo sua função social e a compreensão de sua ambiência urbana a ser
preservada;
• Na área de entorno de tombamento também não poderão ser construídos
quaisquer artefatos ou engenhos de publicidade que venham a impedir sua
visibilidade;
• Os projetos de reforma, intervenção e construção no entorno tombado da
edificação, bem como casos de desmembramento e remembramentos de lotes,
deverão ser analisados por órgão municipal competente e pelo Conselho
Municipal do Património Cultural de Lima Duarte, com o objetivo de evitar
alterações na conformação das visadas e na ambiência urbana.
1.1. FICHA TÉCNICA
Henrique Geissler Delgado
Função: Secretário Municipal de Turismo e Cultura

Responsável pelo Dossiê de Tombamento
Assinatura:____________________________________
Ademir Nogueira de Ávila

Função: Consultoria e elaboração da parte técnico do Dossiê de tombamento
Formação: Arquiteto e Urbanista
Levantamento/Elaboração/Revisão
Assinatura:____________________________________
1.2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E DOCUMENTAIS
DELGADO, Alexandre Miranda – Memória Histórica sobre a Cidade de Lima Duarte e seu
Município. 2º edição revisada e ampliada. Juiz de Fora, 2009.
MODESTO, Paulo dos Reis – Lima Duarte Ano 92 – Edição do Autor, 1976.
Cartório de Registro de Imóveis de Lima Duarte. Matricula 622, folha 652, livro nº 2.
Cartório de Registro de Imóveis de Lima Duarte. Registro 4.414, folha 299, Livro º3 D.
Cartório de Registro de Imóveis de Lima Duarte. Registro 1.961, folha 237, Livro º3 C.
Cartório de Registro de Imóveis de Lima Duarte. Registro 1.976, folha 73, Livro º3 B.
2º Cartório de Ofícios da Comarca de Lima Duarte. Escritura Pública lavrada em 19 de

dezembro de 1927. Registro Livro nº 21, folhas 155 a 157 verso.

julho de 1926. Registro Livro nº 21, folhas 13 verso a 14 verso.

abril de 1919. Registro Livro nº 27, folhas 6 verso a 9.

junho de 1919. Registro Livro nº 28, folhas 42 verso a 45.
Arquivo Público Mineiro –

http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/grandes_formatos/brtacervo.php?cid=44
8&op=1 acessado dia 27/05/2016
Diário oficial do Estado de Minas Gerais, de 13/07/1983, p.7 acessado em:
http://memoria.bn.br/pdf/291536/per291536_1893_00188.pdf acesso dia 27/09/2016
Periódico “A Noite”, dia 02/11/1923 acessado em:

Periódico “A Noite”, dia 05/11/1923 acessado em:

Almanak Laemmert ano de 1931 volume IV p.344, acessado em:

http://memoria.bn.br/DocReader/Hotpage/HotpageBN.aspx?bib=313394&pagfis=111564
&pesq=&url=http://memoria.bn.br/docreader# Acesso dia 27/09/2016
Almanak Laemmert ano de 1935 volume II p.247, acessado em:

http://memoria.bn.br/DocReader/Hotpage/HotpageBN.aspx?bib=313394&pagfis=116130
&pesq=&url=http://memoria.bn.br/docreader# acesso dia 27/09/2016
GUARANÁ, Armindo – Dicionário Bio-Bibliográfico Sergipano. Pagina 260.

Dossiê Tombamento Res. R. Viera Pinto Nº 38-44, Lima Duarte

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Dossiê Tombamento Res. R. Viera Pinto Nº 38-44, Lima Duarte

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ANO 2016

Dossiê de tombamento da Edificação

1. PARTE TÉCNICA DO PROCESSO DE TOMBAMENTO – DOSSIÊ DE TOMBAMENTO DE EDIFICAÇÃO RUA

1.1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 4

O dossiê de tombamento é um documento que contém um conjunto de informações

“O povoamento de Lima Duarte é um dos mais antigos de Minas Gerais. [...] A

Foto: Ademir Nogueira de Ávila. Data 07/09/2016.

Foto: Ademir Nogueira de Ávila. Data 07/09/2016.

Foto: Ademir Nogueira de Ávila. Data 07/09/2016.

Reconstituição da Fachada original

Foto: Ademir Nogueira de Ávila. Data: 07/09/2016.

Foto: Ademir Nogueira de Ávila. Data: 07/09/2016.

Foto: Ademir Nogueira de Ávila. Data: 07/09/2016.

Foto: Ademir Nogueira de Ávila. Data: 07/09/2016.

A planta é regular, em forma de “U”, possuindo a ala da esquerda comprimento

fachada frontal e com a ala esquerda da planta em formato de “U”.

Foto: Ademir Nogueira de Ávila. Data: 13/07/2016.

Foto: Ademir Nogueira de Ávila. Data: 13/07/2016.

A estrutura da edificação original é em bloco de pedra argamassada na base e

Foto: Ademir Nogueira de Ávila. Data: 19/07/2016.

Foto: Ademir Nogueira de Ávila. Data: 13/07/2016.

Foto: Ademir Nogueira de Ávila. Data: 13/07/2016.

Foto: Ademir Nogueira de Ávila. Data: 13/07/2016.

Foto: Ademir Nogueira de Ávila. Data: 13/07/2016.

Foto: Ademir Nogueira de Ávila. Data: 13/07/2016.

A cobertura da edificação é formada por várias águas seguindo o desenho da planta,

Foto: Ademir Nogueira de Ávila. Data: 13/07/2016.

Foto: Ademir Nogueira de Ávila. Data: 13/07/2016.

A Edificação Rua Viera Pinto, nº 38 e 44, possui características e elementos que a

Construída em estilo eclético com fachada frontal ornamentada e caraterísticas

Portanto fica justificado a importância do bem para a coletividade e sendo assim

O perímetro foi definido de maneira a abranger toda a edificação, incluindo a parte do

1.5.2. DELIMITAÇÃO E DESCRIÇÃO

O perímetro de tombamento do imóvel, delimita-se pela área ocupada do terreno em

O perímetro de entorno é a delimitação do espaço de proteção visual e/ou urbanística

1.6.2. DELIMITAÇÃO E DESCRIÇÃO

A delimitação do perímetro de entorno do tombamento abrangeu o restante do

Ponto inicial P1, coordenadas: Latitude -21.840700°, Longitude -43.792820°, ponto

As diretrizes propostas para o perímetro de tombamento da Edificação Rua Vieira

As diretrizes propostas para o perímetro de entorno de tombamento objetivam a

Assim sendo, estabelecem-se as diretrizes descritas abaixo:

Henrique Geissler Delgado

Função: Secretário Municipal de Turismo e Cultura

Ademir Nogueira de Ávila

2º Cartório de Ofícios da Comarca de Lima Duarte. Escritura Pública lavrada em 19 de

2º Cartório de Ofícios da Comarca de Lima Duarte. Escritura Pública lavrada em 24 de

1º Cartório de Ofícios da Comarca de Lima Duarte. Escritura Pública lavrada em 21 de

1º Cartório de Ofícios da Comarca de Lima Duarte. Escritura Pública lavrada em 27 de

Arquivo Público Mineiro –

Periódico “A Noite”, dia 02/11/1923 acessado em:

Periódico “A Noite”, dia 05/11/1923 acessado em:

Almanak Laemmert ano de 1931 volume IV p.344, acessado em:

Almanak Laemmert ano de 1935 volume II p.247, acessado em:

GUARANÁ, Armindo – Dicionário Bio-Bibliográfico Sergipano. Pagina 260.

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