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CENTRO UNIVERSITÁRIO PLANALTO DO DISTRITO FEDERAL – UNIPLAN

CURSO: LICENCIATURA EM HISTÓRIA


DISCIPLINA: CARTOGRAFIA
PROFESSOR: MARCO TULIO

Roteiro 5 – Evolução histórica da cartografia/Primeiros registros: Babilônia; vale do Rio Pó;


Chineses

1. Critério utilizado – tipicamente cronológico:

2. Primeiros registros da antiguidade: Babilônia; vale do Rio Pó


2.1. Registros arqueológicos – cartografia se originou por volta do ano 2.500 a.C./Primeiro mapa a
ser considerado pela história: Ga-Sur encontrado a 300 quilômetros da Babilônia (figura
1)/Outros autores: indicam a origem da cartografia há cerca de 6.200 a.C./Desde a antiguidade:
a) os povos desde cedo representaram o espaço por intermédio de desenhos; b) utilizavam tais
gráficos para sobrevivência/Para fazerem as representações, recorriam aos materiais,
instrumentos e à própria natureza que tinham: argila, cavernas, papiro, peles de animais, entre
outro

Em 1963: foi encontrado por James Mellaart, em Ankara, na Turquia (figura 2), durante uma
escavação realizada na localidade de Çatal Höyük, um mapa da antiguidade. Em escala grande,
os estudos indicaram sua origem: há cerca de 6.200 a.C/Na verdade: o mapa é a planta de uma
cidade e representa um total de 80 edificações/Não é aceito como um “começo oficial” da
cartografia

Outro registro cartográfico primitivo: foi descoberto nas Ilhas Marshall (arquipélago formado por
cerca de 29 atóis e 5 ilhas localizado no Oceano Pacífico). Trata-se de uma forma bastante
peculiar de representação “cartográfica” elaborada com o uso de um entrelaçado feito das fibras
de uma planta (provavelmente o bambu), planta típica de região tropical (figura 3). Nessas
representações, também chamadas de estacas de demarcação, sugerindo que as ilhas eram
representadas por conchas do mar e as curvaturas das fibras indicavam as direções das ondas em
determinadas épocas do ano/Não foi feita a datação do mapa
Pode-se afirmar que alguns povos da antiguidade representaram o espaço e, para isso, fizeram
uso dos recursos de que dispunham, como inscrições rupestres. Estes são exemplos bem claros
da importância da representação dos espaços de convívio para a própria sobrevivência dos grupos
humanos, especialmente das populações nômades, para as quais o desenho dos itinerários e dos
pontos de interesse a eles associados era vital

2.2. Outro registro cartográfico da antiguidade: mapa da localidade de Bedolina no vale do rio Pó, no
norte italiano (figura 4). Atribuído aos camônios, povos que viviam no norte da Itália, em escala
grande, representa as atividades agrícolas daquela coletividade. Acredita-se que sua confecção
tenha ocorrido por volta de 2.400 anos a.C. Representa em detalhes aspectos da organização social
e das atividades econômicas de tal coletividade

3. China – chineses utilizavam os mapas no seu cotidiano, técnica dominada desde o século IV a.C. Pei
Hsui (223-271 d.C) é considerado o pai da cartografia chinesa, e no século III d.C. empregou
diversos conceitos como: divisões retilíneas; quadrículas para localização dos lugares; orientação;
indicação precisa das distâncias, a indicação das altitudes, entre outros.

Séc. XV: o Almirante da frota imperial chinesa Zheng He (1371-1433) elaborou um mapa náutico
com informações sobre as rotas marítimas do Oceano Índico, desde o sul da Ásia até a costa leste
africana. Aspecto de interesse: reconhecimento de que os chineses, muito antes dos europeus darem
os primeiros passos na direção da cartografia científica, alcançaram avanços significativos no processo
de mapeamento do seu vasto território. Figura 5: mapa do século XII e representa a Muralha da China
na parte superior.

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