Você está na página 1de 16

ENSAIO 1

O misterioso mapa de Piri Reis de


1513
Gregory C. McIntosh
11 de Junho de 2018, 9:01

Pormenor do mapa de Piri Reis: as Grandes Antilhas, com a Hispaniola (a vermelho) e


Cuba (no canto superior esquerdo), representada como uma península DR
Todos os mapas contam uma história e alguns mapas antigos contam 2
muitas histórias. Isto é especialmente verdade para o famoso mapa de
Piri Reis de 1513. Este mapa deve o seu nome ao almirante otomano
Piri Reis (cerca de 1467-1554), autor do Kitab-i Bahriye (Livro do
Mar) um dos melhores compêndios geográficos e manuais de
navegação do seu tempo.

O mapa de Piri Reis está desenhado sobre pergaminho de pele de


gazela e é uma típica carta náutica da época, com as suas características
rosas-dos-ventos, linhas de rumo e nomes dos lugares ao longo da
costa. O fragmento que chegou aos nossos dias corresponde a um terço
do que se presume ter sido o mapa-mundo original, e representa o
oceano Atlântico e as costas ocidentais da Europa e África, bem como
as recém-descobertas terras da América. Tudo o resto, incluindo as
partes orientais da Europa, África e Ásia, se perdeu.

O fragmento sobrevivente tem várias inscrições com informação acerca


das pessoas, história, e riquezas dos lugares, bem como sobre a sua
própria construção. Numa dessas legendas, Piri Reis relata ter utilizado
mais de duas dúzias de mapas individuais, incluindo cartas feitas por
portugueses, espanhóis e árabes. Na construção deste mapa-mundo,
Piri Reis incorporou informação de várias fontes cartográficas,
geográficas, artísticas e literárias, com origem tanto em tradições
europeias como do Médio Oriente. Este é dos poucos mapas
manuscritos da época dos grandes descobrimentos que sobreviveu e
um dos que primeiro mostram a América.

Numa das inscrições, Piri Reis conta-nos que usou um mapa


desenhado por Cristóvão Colombo para desenhar a sua costa ocidental;
mapa esse que teria sido encontrado nas mãos de um marinheiro
espanhol, capturado durante uma batalha naval que Piri Reis travou,
juntamente com o seu falecido tio – o corsário Kemal Reis – ao largo
da costa de Valência. Segundo a mesma inscrição, tal marinheiro teria
acompanhado Cristóvão Colombo nalgumas das suas viagens.
3

O mapa de Piri Reis, que se encontra no Palácio de Topkapi, em Istambul, Turquia DR


Podemos reconhecer no mapa a Europa, a África e a América do Sul. 4
Mas que ilhas são aquelas a ocidente? Serão as Antilhas das Índias
Ocidentais – a Hispaniola (São Domingos), Jamaica, Cuba e as Baamas
– copiadas do mapa de Colombo? Nesse caso, porque não se
assemelham às ilhas das Caraíbas? Porque Colombo acreditava que
tinha chegado ao Japão e à China! A Hispaniola (São Domingos)
aparece orientada no sentido Norte-Sul porque ele acreditou que se
tratava do Japão; e Cuba é representada como se fosse parte de um
continente porque ele considerou que era, de facto, a costa da China!

Existem 15 nomes de lugares na representação das Antilhas. Nove


tinham sido usados por Colombo, três são espanhóis e três são nomes
indígenas por ele registados. Estes indícios confirmam o que poderia, à
primeira vista, parecer fantástico: que, de facto, a representação desta
região se baseia num mapa elaborado por Colombo, ou por ele
mandado fazer.

Uma outra razão que faz com que o mapa de Piri Reis seja muito
conhecido é a tese, defendida por escritores populares, de que nele está
representada a Antárctica tal como se apresentava há milhares de anos,
antes de ter sido coberta de gelo. A explicação para esse anacronismo
teria sido a intervenção de uma antiga civilização na elaboração do
levantamento, tal como a Atlântida, ou mesmo de extraterrestres que
teriam visitado a Terra em tempos antigos. A realidade é que nada, no
mapa de Piri Reis, é muito diferente do que aparece nos outros mapas
da época, em que era comum mostrar a geografia conhecida lado a lado
com a geografia tradicional ou lendária.

A existência de um continente antárctico, que equilibrava os


continentes do hemisfério norte, era uma teoria que remontava à época
clássica. Cláudio Ptolomeu (cerca de 100 – 170 d.C.) considerava, na
sua visão do mundo, que os oceanos eram completamente rodeados
por terra. Não é portanto de estranhar, dada a enorme influência das
suas ideias durante o Renascimento, que muitos geógrafos e
cartógrafos as tenham adoptado nas representações do mundo.
Após uma vida inteira a combater os infiéis no Mar Mediterrâneo, Piri 5
Reis foi nomeado comandante da armada otomana do Mar Vermelho.
Aí, por pouco escapou a uma emboscada dos portugueses, no Golfo da
Pérsia, fugindo para o Egipto. Os seus oponentes no Cairo contaram ao
sultão Solimão, O Magnífico, que o mandou decapitar, por cobardia,
quando tinha quase 90 anos. O tesouro pessoal de Piri Reis, incluindo
o mapa de 1513, foi levado para o Palácio de Topkapi, em Istambul,
onde ainda se encontra.
in: https://www.publico.pt/2018/06/11/ciencia/ensaio/o-misterioso-mapa-de-piri-reis-de-1513-1833757
6

Um dos enigmas mais fascinantes que podemos encontrar é o chamado


mapa de Piri Reis. Este é um dos mais de 210 mapas de todos os mares
do mundo que o pirata turco Piri Reis recompilou ao longo da sua vida.
Aquele que nos interessa foi feito no ano de 1513 e representa o oceano
Atlântico, com as costas de Espanha, África e as Américas do Norte e
do Sul. Junto com o resto dos seus mapas, recolhidos num livro
chamado Kitabi Bahriye, foi oferecido ao Sultão e não saiu à luz até ao
ano de 1929, na altura em que se fazia um inventário dos fundos do
Palácio de Topkapi de Istambul.

Está feito em couro de gazela e mede cerca 85 por 60 cm. O estudo


deste mapa deixou sem palavras mais de um investigador.

“O mapa representa certamente a Antártida, não a capa de gelo que a cobre,


mas a massa continental que subjaz debaixo do gelo”

Segundo contava o próprio Piri Reis, tinha-o feito a partir de mapas do


Caribe de Cristóvão Colombo e de outros mapas da época de Alexandre
Magno, sem especificar os autores.

O estudo realizado por diversos cartógrafos é surpreendente. Utiliza


um sistema de coordenadas exactas que demonstram uma correcta
medição da longitude. Se bem que a latitude (distância de qualquer
ponto da Terra ao Equador) fosse uma magnitude medida com uma
exactidão apreciável desde tempos muito antigos (Eratóstenes de 7
Alexandria usou a diferença de latitude entre Alexandria e o Assuão,
quer dizer, a diferença entre a longitude das sombras de um mesmo
objecto à mesma hora, para calcular o raio da Terra), a longitude não
pôde ser medida com a mesma exactidão até ao século XVIII. Foi com
o desenvolvimento de relógios precisos que se estabeleceu o sistema de
meridianos a partir do meridiano zero, ou de Greenwich, seguindo as
diferenças horárias. Para além disso, o mapa reflecte conhecimentos de
trigonometria esférica que não se desenvolveram antes do século
XVIII.

O professor Sarton, da Universidade de Harvard, estudando as


distâncias no mapa, concluiu que a escala usada foi extraída da
medição da circunferência terrestre realizada por Eratóstenes de
Alexandria no século III A.C. (cujo erro é mínimo), utilizando como
unidade de medida o «estádio» grego, equivalente a 186 m. No seu
relatório final assegurou que as distâncias do mapa de Piri Reis são
exactas.

Tudo isto é inaudito num mapa do século XVI, pois custa-nos muito
assumir tanta perfeição nessa época. Mas, o que é realmente chocante
começa a aparecer quando descobrimos assinalada no mapa a
cordilheira dos Andes, já que Pizarro não chegou ao Peru antes de 1532
e o mapa foi feito quase vinte anos antes.

Sobre a cordilheira aparece, junto à representação de alguns animais


fantásticos, uma figura antropomórfica constituída por uma cabeça
barbuda da qual saem os braços e as pernas, mas sem corpo. O curioso
é que a sua posição coincide com Tiahuanaco e a personagem poderia
representar o deus da famosa Porta do Sol.

Interpreta-se que este deus é Viracocha, deus barbado dos incas (os
nativos americanos carecem de barba), que está estreitamente
relacionado com os mitos andinos do Dilúvio e com uma origem
oceânica dos povoadores americanos.

Esta antecipação cronológica da cartografia da cordilheira, poderia


fazer-nos pensar que o mapa é uma falsificação posterior, facto que
tranquilizaria as nossas consciências sobre a exactidão dos métodos
empregados para a sua realização. No entanto, os cartógrafos que o
estudaram, concluíram que é autêntico.
E ainda há mais surpresas. 8

“Outro detalhe: à altura do Equador

aparecem duas ilhas que hoje não existem… “

Ao observar o extremo inferior da América do Sul, vemos que não


aparece o Estreito de Magalhães, mas que a América do Sul continua
com a Antártida, por certo, totalmente desconhecida até ao século
XVIII, já que foi James Cook, em 1774, quem primeiro atravessou o
círculo polar.

Um erro provocado pela ignorância? O autor do mapa inventou a terra


que aparece ao sul, que não é realmente a Antártida? Não. O mapa
representa certamente a Antártida, não a capa de gelo que a cobre, mas
a massa continental que subjaz debaixo do gelo (cuja espessura média
cifra-se entre 2200 m e 2600 m).

Há também a assinalar que a cartografia da parte continental não pôde


realizar-se na actualidade até poder contar com satélites artificiais e as
suas técnicas sofisticadas de observação. Por outro lado, existe
realmente uma conexão ou «ponte continental» entre a América do Sul
e a Antártida, embora isto só se tenha vindo a saber alguns anos depois
da descoberta do mapa no Palácio de Topkapi, à custa de sondagens
com sonar dos navios oceanográficos, uma ponte continental que devia
ter estado emersa durante a época glaciar e o baixo nível do mar.

Em 1960, o especialista em cartografia Harold Z. Ohlmeyer, ao


comparar as costas antárcticas do mapa de 1513 com as recém
cartografadas plataformas, teve de concluir que a origem do mapa de
Piri Reis devia remontar pelo menos a um período entre 8.000 e 10
000 anos. Mas, mesmo assumindo que realmente houve uma
civilização com os conhecimentos científicos e geográficos necessários
em tal época, como se poderia ter cartografado a base continental da
Antártida precisamente durante uma época glaciar?

A costa Antárctica do sul do Atlântico só poderia ter estado livre de


gelo se o eixo de rotação terrestre tivesse estado desviado da sua
posição actual. Se o Pólo Norte estivesse desviado em direcção à
Gronelândia, como a distribuição dos gelos no Hemisfério Norte parece
descrever, então o Pólo Sul devia estar desviado para o Pacífico, em
direcção à Austrália, e, a zona de que falamos ficaria fora do círculo
polar e poderia aparecer livre de gelo. O Estreito de Magalhães ter-se-ia
convertido, neste caso, no equivalente ao emerso Estreito de Bering no
Hemisfério Norte.
Outro detalhe: à altura do Equador aparecem duas ilhas que hoje não 9
existem…

Existem outros mapas antigos que poderiam ser interpretados como


errados ou anacronicamente exactos ao mostrar a Gronelândia sem
gelo, com rios, vales e montanhas (mapa de Zeno, 1380), o Oceano
Índico e parte da Austrália (mapa de Jorge Reinel, 1510), a Antártida
sem gelo, com rios e montanhas (mapa de Orenteus Finaeus, 1531) ou o
continente americano completo (mapa de Adji Ahmed, 1559).

Estamos a interpretar com demasiada generosidade uns mapas muito


imaginativos e casualmente próximos à realidade? Não será certo que
na mítica Biblioteca de Alexandria, cidade fundada por Alexandre
Magno, se guardavam documentos realmente muito antigos, vestígios
de uma época mais civilizada, na qual o mundo era um lugar
conhecido?

Alguma coisa deve ter-se salvo dos incêndios catastróficos que sofreu
este museu do conhecimento do mundo antigo. Ainda que a biblioteca
já tivesse sofrido um sério incêndio na época de Júlio César, foram os
incêndios intencionais causados pelos cristãos no século IV e por
muçulmanos no século VII, fruto do fanatismo e da intolerância, que
arrasaram e destruíram totalmente aquela que tinha sido a luz do
conhecimento para todo o Ocidente durante séculos. Embora, talvez,
não se tenha perdido tudo. Que outra explicação se pode atribuir a este
fantástico mapa? A não ser, claro está, que tenham sido astronautas
extraterrestres a extraviarem os seus mapas.

Ana Díaz Sierra | Miguel Artola Molleman

In: https://www.nova-acropole.pt/o-mapa-de-piri-reis/
En 1929, el Palacio de Topkapi estaba en proceso de convertirse en 10
museo. Unos operarios encontraron escondido dentro una pared un
mapa dibujado por Piri Reis en 1513. Al principio se creyó que el
mapa formaba parte de El Libro de las Materias Marinas, publicado
por el otomano en 1521, y que recogía información exhaustiva del
Mediterráneo. Sin embargo, al estudiarlo con mayor atención, se
comprobó que los trazos dibujados pertenecían a la parte más
meridional de América, que no se había descubierto en aquel
momento.

Los márgenes del mapa están plagados de inscripciones que remiten


al mismo Cristóbal Colón. Según Piri Reis, el descubridor de
América realizó su viaje a través del Atlántico guiado por un
libro que databa de la época alejandrina y que describía esta tierra y
las costumbres de quienes la habitaban. En los márgenes también se
puede leer que las fuentes de Piri Reis para elaborar estos mapas
eran “los antiguos dioses del mar”. Además, el mapa incluye
numerosos dibujos de animales exóticos que aún no habían sido
descubiertos, situados en los puntos exactos donde habitan.

La teoría más extendida para explicar este misterio es que el célebre


corsario Kemal Reis, tío de Piri Reis, abordó un barco español en
1501 y capturó a uno de los tripulantes que había viajado en
1492 en la primera expedición a América junto a Cristóbal Colón.
Además del testimonio de este marinero, el cartógrafo contaba con
cuatro mapas portugueses que encontró en el barco asaltado por su
tío.

Sin embargo, hay numerosos datos a los que Piri Reis no podría haber
accedido a través de ninguna fuente colombina. El ejemplo más claro
y extraño es el dibujo preciso de la Antártida, que aparece
perfectamente delimitada y desprovista de hielo. Se puede
observar el perfil de la costa en dientes de sierra con el mismo
contorno que tiene en la actualidad bajo el hielo glaciar.
11

Interpretación del mapa de Piri Reis - Wikimedia Commons


Estas tierras fueron avistadas por primera vez de manera oficial en 12
1820 por los exploradores Fabian Gottlieb von Bellingshausen y Mijaíl
Lázarev. Aunque alguien hubiera descubierto la Antártida antes, no
podría haber visto tierra, ya que se calcula que la última vez que este
continente estuvo libre de hielo fue hace más de 4.000 años.

A pesar de ser el orgullo de Turquía, el mapa de Piri Reis no está


expuesto al público. Son pocos los privilegiados que consiguen
permiso para poder observarlo debido a su fragilidad, lo que hace que
el misterio que le rodea siga creciendo día a día.

In: https://www.bbva.com/es/mapa-piri-reis-misterio-resolver/
Los mapas mundialmente famosos de Piri Reis 13

Piri Reis dibujó su famoso mapa hace quinientos años, con muy pocos errores
27.01.2022 ~ 30.06.2023

Las deslumbrantes y misteriosas historias que se cuentan sobre las riquezas del Oriente siempre atraen
la atención del Occidente. Con la facilidad de los viajes por mar en la era de la exploración y la
colonización, ir al tentador Oriente se convierte en el único objetivo de casi todos los exploradores.
Uno de los que quería encontrar una ruta comercial más segura y más corta entre el Oriente y el
Occidente era Cristóbal Colón. Según él, esta forma segura de llegar a Asia solo será posible cruzando
el océano Atlántico por mar. Hasta entonces, nadie se atrevía a navegar hacia el Océano Atlántico,
conocido como el "Mar de las Tinieblas". Por eso la idea de Colón no se toma en serio, se considera
aventurera. Cuando Colón obtiene el apoyo financiero que necesita de España, comienzan las
expediciones más grandes de la historia... 14

Su propósito no es descubrir nuevos lugares, sino llegar a las Indias Orientales y Asia. Por lo tanto,
cuando pisa en las islas, incluido Haití, nunca piensa que pueden ser extensiones de un nuevo
continente, América. Por eso los lugareños lo llaman "Indios", que significa indio. Gana nuevas
colonias a España, cruza hacia China...
Cristóbal Colón traza las islas recién encontradas y otras costas a lo largo de su ruta. Sin embargo,
ese mapa nunca se puede encontrar y sigue siendo un gran secreto… Hasta que, en 1929, cuando el
Palacio de Topkapı en Estambul se convirtió en museo, se encontró de nuevo un mapa único.
Algunas cosas esperan su momento... Cuando vuelva a salir a la luz, recupere su antigua gloria, y su
valor sea conocido de nuevo... Así es esta obra en el Palacio de Topkapı... ¡Es el mapa de Piri Reis!
Es un documento muy importante en el que se centra con interés no solo el sector marítimo turco, sino
también el sector marítimo mundial. Porque el mapa de Piri Reis lleva las huellas del mapa de
Cristóbal Colón que nunca se encontró.

Compartir el mapa con los científicos en el Congreso de Estudios Orientales que se celebra en Holanda
tiene una gran repercusión. A petición de Mustafa Kemal Atatürk, el fundador de la República de
Turquía, que concede gran importancia al tema de la historia, se 'imprime' el mapa de Piri Reis.
Piri Reis dibujó su famoso mapa hace quinientos años, con muy pocos errores… Además, lo hizo en
una época en la que no se habían tomado medidas de latitud y longitud, no se habían tomado
fotografías y aún no se habían tomado imágenes de satélites. ¡Dos siglos más hasta que se termine el
dibujo final del mapamundi! Piri Reis dibuja su mapa con una técnica utilizada en la Edad Media: con
la técnica portolana. Y, como otros cartógrafos de su tiempo, también se remite a sus notas de viaje.
Se describían en términos generales calas, cabos, islas o puertos, y en base a estos apuntes se dibujaban 15
mapas, la mayoría sin verlos en ese momento.
El conocimiento de la geografía, la experiencia marítima, tal vez un poco de presentimiento se habría
incluido en el mapa. El primer mapa que dibujó Piri Reis en las costas occidentales de Europa, África
y las costas de América del Sur es un mapa dibujado de esta manera y se describe como "una obra
única que contiene la información más avanzada de su época".
Piri Reis dice que mientras preparaba su famoso mapa, utilizó veinte mapas y lo escribió en el mapa
como nota al margen. Estos son mapas de la época de Alejandro Magno, mapas dibujados por
portugueses y árabes, y el mapa de América de Cristóbal Colón. Esto es lo que distingue a Piri Reis
de sus contemporáneos y le permite ser evaluado como científico, es decir, mostrando las fuentes que
utilizó.
Piri Reis también se conoce como Koca Reis. Nació en Gallipoli. En su famosa obra, Kitâb-ı Bahriye,
es decir, el Libro Marítimo, escribe que él y su tío estaban pirateando por todo el Mediterráneo, y
luego entraron al servicio del gobierno. Tras la muerte de su tío, regresa a Gallipoli y comienza a
trabajar. Dibuja el primer "mapa mundial" combinando los mapas que tiene con sus propias
observaciones. El mapa, que dibujó sobre piel de camello y pintó en nueve colores, mide 86 cm de
alto. Hay imágenes que dibuja inspirado en leyendas en el mapa, así como imágenes de la vida real...
Dibuja América Central y del Sur, las costas africanas y algunas costas europeas, incluidas España y
Francia. Marca las áreas pobladas en rojo y las áreas deshabitadas en negro. Representa montañas en
relieve y los ríos en trazos gruesos. También señala informaciones muy importantes para los
navegantes en el mapa; muestra lugares poco profundos en el mar con puntos rojos y acantilados
ocultos con la señal de una cruz. Especifica flujos superficiales, lugares pedregosos y arenosos uno
por uno. También incluye imágenes de animales, peces y personas que considera importantes.

El mapa en sí es notable, pero el hecho de que el Polo Sur también se muestre en este mapa causa una
gran impresión. Porque el descubrimiento del polo cubierto de glaciares tendrá lugar 300 años después
de que se dibujó el mapa. ¡Este tema es muy controvertido porque Piri Reis también dibujó las costas
bajo los glaciares antárticos!... Algunos investigadores afirman que este mapa contiene información
de nuestros antepasados antes del comienzo de la edad de hielo, algunos dicen que Piri Reis lo dibujó 16
de esta manera como resultado de una escala incorrecta, otros dicen que el mapa fue dibujado tal como
aparece desde el espacio. Había los que intentaron buscar el continente perdido Atlantis después de
ver el mapa… ¡Incluso hay quienes afirman que Piri Reis recibió ayuda de seres extraterrestres en este
asunto al llevar el evento en una dirección completamente diferente!
Quince años después, Piri Reis dibuja un mapa mucho más detallado y minucioso, esta vez sobre piel
de gacela. Completa los lugares vacíos en el primer mapa, pero vuelve a dejar los lugares desconocidos
en blanco. Esta vez, el norte del Océano Atlántico, Cuba, Haití, Bahamas y el archipiélago de las
Antillas están correctamente ubicados en el segundo mapa.
Piri Reis lucha contra españoles, venecianos y genoveses en la armada otomana y participa en las
conquistas. Pasa setenta y cinco años de su vida en el mar. Supera todas las condiciones climáticas y
los peligros. Transfiere las experiencias que ha adquirido y los lugares que ve a sus mapas y libro. Y
mientras hace esto, actúa no solo como un marinero, sino también como un científico, citando sus
fuentes. La UNESCO lo incluyó en su programa de celebraciones y conmemoraciones en 2013, al ser
el 500 aniversario del dibujo del mapamundi de Piri Reis.
El mapa de Piri Reis, por supuesto, no es un mapa válido para los navegantes de hoy. Sin embargo, es
sumamente importante con su minucioso dibujo utilizando todos los datos de su época, su carácter
rector y el hecho de que todavía se habla de él siglos después.
Hoy hablamos de los mapas de Piri Reis, que son aceptados como una de las obras más importantes
de la historia marítima mundial, con sus verdades, defectos y afirmaciones.

Etiquetas: #Cristóbal Colón , #Piri Reis , #mapas de Piri Reis , #mapamundi

Você também pode gostar