Você está na página 1de 10

A excelência da nossa vocação em Cristo

Cl 3.17 – 4.18

I.A supremacia de Cristo (1.15-20)

II. Nossa suficiência em Cristo (2.6-15)

III. A plenitude do viver em Cristo (3.1-16)

IV. A excelência da nossa vocação em Cristo (3.17 – 4.18)

Introdução

Estes últimos capítulos, chamado também a última seção do livro de Colossenses

Paulo sai do campo das idéias, das palavras e vai pavimentar a estrada da vida
cristã na prática

O discurso vai mudar de lado

Ao invés de Paulo combater as aberrantes heresias dos místicos gnósticos e dos


ritos legalistas dos judaizantes

Agora Paulo dar um golpe na carne

Sai do discurso inflamado para o campo da ação, da prática, atitude!!!

Discurso sem atitude vira besteirol

Paulo se dedica a ensinar na prática. Discurso prático

Paulo vai mostrar como os cristãos Colossenses deveriam viver e se comportar


neste mundo e diante da oposição

Paulo vai falar de papeis, de deveres, de tarefas, de responsabilidade, de


compromisso cristão

Primeiro ele fala dos deveres familiares (3.18-21)


Em seguida, Paulo vai tratar dos deveres sociais, o lado social do cristão (3.22 –
4.1)

E por último, ele aborda as questões de relacionamento entre irmãos na igreja,


trata dos deveres eclesiásticos como servo de Cristo (4.7-18)

Para Paulo esses papeis em qualquer área da vida cristã devem ser
desempenhado no mais alto padrão de excelência

Paulo vai trabalha a idéia desse padrão de excelência cristã, mas com foco em
Cristo

Segundo ele

Só se consegue atingi esse padrão de excelência quando ele é feito no Senhor, ou


seja, em Deus e para Deus

A expressão mais corriqueira, mais comum de agora em diante são estas:

Fazei tudo em nome do Senhor (v.17) – A autenticação (chancela) do seu trabalho


vem do Senhor

Fazei-o... Como ao Senhor (v.23)

Esse padrão de excelência, esse padrão de serviço eu só consigo alcançar em Deus

Aplicação:

Vai ter gostinho amargo

O valor do teu trabalho não é medido pelo que você faz, e sim pra quem você
faz

É pra Deus, então, faça bem feito, faça o melhor, faça com excelência

Vocação pra Paulo é serviço, é ministério

A vida cristã é um serviço prestado e tem que ser pautado na excelência


Na escala de prestação de serviço Paulo coloca no topo da lista a família, depois
vem à sociedade e por último a igreja

Pra Paulo na lista de prioridade era:

Família

Sociedade

Igreja

Paulo vai dizer que primeiro eu tenho que servi na esfera da família

I. Servindo com excelência na esfera familiar (3.18 – 21)

Paulo via a família como ministério

E diga se de passagem, o mais nobre e o mais importante de todos os ministérios

Pra Deus, não faz sentido eu alcançar o mundo inteiro e perder minha família,
destruir meu casamento, e arruinar a vida dos meus filhos

Que sentido isso faz pra Deus. Nenhum!!!

Cuidar da família deve ser a nossa maior prioridade

“Poinemia” é a ação pastoral

Isso que é a verdadeira vocação, o verdadeiro chamado

O relacionamento entre marido e esposa, pais e filhos segundo o apóstolo Paulo

Deve ser pautado no serviço, assim, todos os membros exercem dentro da família
um ministério glorioso, cuja vocação é servi

Se eu não encarar o meu papel como um ministério, vocação, como um serviço,


eu ainda não entendi o propósito de Deus pra minha vida e muito menos pra
minha família

Nós fomos chamados pra servi a família


Cada um dentro da sua esfera de atuação

Na ótica da Paulo como isso funciona:

1. A mulher serve a família em submissão

2. O homem serve a família em amor

3. Os filhos servem os pais em honra e obediência

4. Os pais servem aos filhos com sabedoria

Veja:

1. A mulher serve a família em submissão

“Mulheres, cada uma de vós seja submissa ao próprio marido, como convém no
Senhor” (3.18)

O que é submissão no entendimento de Paulo:

 Submissão não é uma questão de inferioridade. A mulher jamais deve


sentir menosprezada por decidir sujeitar-se ao marido, pelo contrário, ela
deve sentir valorizada por está submetendo a uma missão gloriosa,
honrosa, digna. Servi o marido, os filhos, a família pra Paulo é um ministério
nobre
 Não se pode confundir submissão com escravidão. A mulher não deve
sentir como uma escrava e nem a autoridade do marido não é um governo
ditatorial ou tirano, mas sim uma liderança amorosa. Nenhuma esposa tem
dificuldade de ser submissa a um marido que a ama como Cristo amou a
Igreja. O amor sacrificial do marido cativa (inspira, comove) a submissão
incondicional da esposa
 A submissão incondicional da mulher é algo divino e acima de tudo
espiritual. “Mulheres, cada uma de vós seja submissa ao próprio marido,
como convém no Senhor”. A submissão vem de Deus. É um princípio
estabelecido em Deus “Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele
fugirá de vós” (Tg 4.7). Quem submete a Deus resiste um princípio de
Satanás – a rebeldia, a rebelião e a desobediência. A insubmissão é uma
síndrome luciferiana. A mulher deve submeter-se ao marido exatamente
porque ela está debaixo do senhorio de Cristo. Não se iluda! Devoção sem
sujeição é falsa religião, portanto, é hipocrisia. A submissão é algo
espiritual: “Como ao Senhor”. Só uma pessoa espiritual discerne bem os
princípios espirituais.

Se a mulher serve a família em submissão o homem serve a família em amor

2. O homem serve a família em amor

“Maridos, cada um de vós ame sua mulher, e não as trateis asperamente” (3.19)

Paulo vai dizer em Efésio 5.25-33 de que forma o homem deve amar a sua família

 Amor sacrificial. “Marido, cada um de vós ame a sua mulher, como


também Cristo amou a Igreja e si mesmo se entregou por ela” (v.25). Se a
mulher deve submeter ao marido como a Igreja é submissa a Cristo, o
marido deve amar a esposa como Cristo amou a Igreja, a ponte de dar a sua
vida por ela. O amor sacrificial é o amor da entrega, é o amor que paga o
preço, é o amor do sacrifício. A grande pergunta é até que ponto estou
disposto a sacrificar a minha vida em favor da minha família.
 Amor santificador. “a fim de a santificar, tendo-a purificado com a
lavagem da água, pela palavra” (v.26). A ausência do amor puro e
verdadeiro apodrece a esposa por dentro. Mulher feia é mulher mal
amada. Se Deus deixasse de nos amar, por um instante, nós não
suportaríamos, seriamos destruídos.
 Amor romântico. “para apresentá-la a si mesmo igreja gloriosa” (v27). O
marido deve apresentar-se a esposa com romantismo. Tratar na mais alta
estima, ser gentil, amoroso, cordial. O seu lar deve ser afetuoso, afável,
amável. O marido dever criar um ambiente perfeito e ter um
relacionamento saudável com a esposa.
 Amor intrínseco. “Assim deve o marido amar a sua própria mulher, como
a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo “(v.28).
O amor intrínseco é o amor de dentro pra fora, interno, íntimo. Quando o
marido ama a esposa, ama aquela que se tornou parte de si. O seu próprio
corpo. Esta expressão é citada em Gn 2 “osso dos seus ossos e carne de sua
carne”.
 O amor do marido é baseado no respeito e não na agressão. “Não as
trateis asperamente” (3.19). Em vez de tratar a esposa com amargura, o
marido precisa ser um bálsamo na vida dela, um aliviador de tensões, um
amigo presente, um companheiro sensível que vive a vida comum do lar
servindo-a e protegendo-a.

Se a mulher serve a família em submissão, e o homem em amor...

3. Os filhos servem os pais em honra e obediência

“Filhos, obedecei em tudo a vossos pais; porque isto é agradável ao Senhor”


(3.20)

Paulo parte da idéia que os filhos cumprem o seu ministério quando obedecem
aos pais

 A obediência é um mandamento dado por Deus. “Filhos, obedecei”. Esta


foi a ordem imperativa de Deus. Não é um pedido é um mandamento. Está
no decálogo. Honra o teu pai e tua mão para que prolongue os teus dias
sobre a terra que o teu Deus te dar. Este é o primeiro mandamento com
promessas. A desobediência e a rebeldia aos pais é um grave pecado e traz
conseqüências terríveis aos infratores. Warrem Wiersbe afirma que quando
o filho não aprende a obedecer aos pais dificilmente se sujeitará a alguma
autoridade quando adulto. O reflexo dessa geração, filhos mal criado,
respondões, rebelde, agressivos... O colapse da autoridade em nossa
sociedade reflete o colapso da autoridade no lar.
 A obediência dos filhos aos pais deve ser integral. “Filhos, obedecei em
tudo a vossos pais”. Obediência parcial também constitui rebeldia. É igual
lealdade silenciosa, pode também caracterizar infidelidade. Os filhos
precisam obedecer “em tudo”, e não apenas naquilo que lhes dá prazer, ou
por conveniência. Muitos filhos seriam poupados de dores, lágrimas e
perdas irreparáveis se tivessem obedecido a seus pais.
 A obediência agrada a Deus e traz recompensa. “Porque isto é agradável
ao Senhor”. A obediência além de alcançar o favor de Deus. Deus mesmo
estabeleceu um princípio de recompensa: Vida bem sucedida; Vida longa,
repleta de paz e prosperidade; Bem está físico, mental e espiritual.

Se a mulher serve a família em submissão, e o homem em amor e os filhos em


obediência...

4. Os pais servem aos filhos com sabedoria

“Pais, não irriteis vossos filhos, para que eles não fiquem desanimados” (3.21)

 Os pais que irritam os filhos pecam contra Deus. “Pais, não irriteis vossos
filhos”.
 Os pais precisam pedir sabedoria na criação dos filhos. Quando Salomão
assumiu o trono de Israel a primeira coisa que ele buscou foi “sabedoria”
pra julgar os filhos de Israel. Os pais devem ter a mesma disposição que
Salomão.
 Pais por falta de sabedoria destroem a vida emocional e espiritual dos
filhos. Existem muitos filhos psicologicamente abalados, emocionalmentes
desequilibrados e espiritualmente fracassados. Na grande maioria a culpa é
dos pais, que de certa forma acabam provocando esses distúrbios. Pais
geram filhos complexados
 O resultado da irritação dos pais nos filhos. “Para que eles não fiquem
desanimados”. Os pais têm que gerar filhos determinados e não
desanimados. O desanimo, a falta de encorajamento por parte dos pais é
determinante na vida de qualquer criança. Quando uma criança não é
devidamente encorajada em casa, procura auto-afirmação em outros
lugares. Uma coisa é certa, eles terão dificuldades de desempenho de
tarefas e não se sentirão realizadas.

Se a mulher serve a família em submissão, e o homem em amor e os filhos em


obediência e pais devem servi com sabedoria

Agora Paulo vai nos ensinar como devemos nos comportar na sociedade
Paulo vai trabalhar a relação social do cristão

2. Na sociedade (3.22 – 4.1)

Relação entre servos e senhores – patrão e empregado

Paulo está sendo revolucionário ao colocar a responsabilidade dos senhores no


mesmo nível dos escravos. Todos em Deus foram chamados pra servi

Aos olhos de Deus, escravo e senhor, empregados e patrões, empresários e


trabalhadores, tem o mesmo valor. Deus não faz acepção de pessoas. O que conta
pra Deus é a forma como cada um vai desempenhar o seu papel

O padrão de conduta dos servos e dos senhores

 Os servos (empregados) precisam ter espírito de serviço, obediência,


fidelidade e sinceridade. “Servos obedecei em tudo ao vosso senhor”.
 O empregado cristão não pode fazer corpo mole e nem ser relaxado no
trabalho. A recomendação bíblica é “fazei-o de todo coração como ao
Senhor”. Ele precisa trabalhar com alegria e dar o melhor de si... Tem
funcionário que trabalha só quando o chefe esta olhando, ou pra
impressionar. O empregado cristão deve ser o melhor funcionário da
empresa.
 Paulo combate a exploração dos servos e empregados pelos seus
senhores. “Senhores, tratai os servos com justiça e com equidade, certos
de quem também vós tendes Senhor nos céus”. O trabalho subumano é
condenado diante de Deus. O patrão cristão deve dar condições justas e
salários dignos para seus empregados. O patrão justo não é aquele que
oprime e ameaça seus empregados com palavras duras, mas aquele que
elogia e incentiva os seus trabalhadores

Paulo vai por último ensinar como nós cristãos devem servi na igreja

Ele faz referencia de alguns nomes de pessoas para mostra o quando nós
devemos e podemos servi
Nós fomes vocacionado pro serviço

3. Na igreja (4.7 – 18)

Veja o exemplo de alguns personagens emblemático na vida e ministério de


Paulo:

Tíquico – o cristão que servia a outros

“Tíquico, irmão amado e fiel ministro, e conservo no Senhor, vos fará saber o meu
estado” (4.7)

Homem amável. Ele tornava a vida das pessoas melhor. Aliviava as tensões das
pessoas

Home prestativo. Servidor íntegro. Sua bandeira era servi.

Homem que trabalhava em equipe e era um facilitador. Tíquico não escolhia o


caminho fácil, mas o caminho certo. É bom ter pessoas ao nosso lado quando as
coisas se tornam difíceis

Onésimo – o cristão que, mesmo sendo escravo, se tornou livre, mas continuou
servo. “Juntamente com Onésimo, amado e fiel irmão, que é dos vossos; eles
vos farão saber tudo o que por aqui se passa” (4.9)

O fugitivo. Onésimo segundo a carta de Filemom fugiu da casa do seu senhor e foi
para Roma.

Conversão. Lá ele encontrou Paulo que o evangelizou e sua vida mudou

Retorno. Paulo roga que Filemom o receba como alguém que lhe seria útil, como
um filho

Onésimo significa “útil”

Aristarco – o cristão amigo que servia a outros na tribulação. “Aristarco, que está
preso comigo, vos saúda” (4.10)
Sua nacionalidade. Aristarco era de Tessalônica, e foi companheiro de Paulo na
prisão

Era fiel. Ele era companheiro fiel de Paulo não importava qual fosse a situação.

Amigo inseparável. Ele é o tipo de amigo que não foge quando as coisa ficam
difíceis

Marcos – o cristão que resgatou sua reputação e tornou um servo útil. “e


Marcos, o sobrinho de Barnabé, acerca do qual já recebestes mandamentos; se
ele for ter convosco, recebei-o” (4.10)

Havia sido abandonado por Paulo na primeira viagem missionário

Você também pode gostar