Você está na página 1de 5

FORMAS DE ORGANIZAÇÃO

Com a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96), a


educação infantil passou a fazer parte da chamada Educação Básica, que
inclui nesta o ensino fundamental e médio, como pode ser verificado no artigo
29 da LDB, que trata da educação infantil e sua importância no
desenvolvimento da criança :
“A educação infantil, primeira etapa da educação básica tem como finalidade o
desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos
físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da
comunidade.”

Sendo a Educação infantil o período que compreende dos 0 aos 5 anos de ,


onde dos 0 a 3 anos ocorre em creches ou equivalentes e de 4 a 5 anos em
pré-escolas, com uma base nacional comum que deve ser adaptada ao
ambiente e realidade na qual sera inserido, conforme cita o Art.26 da LDB.
“Art. 26.  Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino
médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada
sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte
diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da
cultura, da economia e dos educandos.”

A organização e responsabilidade de implementação da educação infantil está


a cargo dos municípios como citado no Art.211, § 2° da Constituicao Federal, onde
este deve prioritariamente disponibilizar tais vagas, agindo em colaboração
com união, estado e distrito federal. Ainda sobre a responsabilidade do
município, temos na LDB:

Art. 11. Os Municípios incumbir-se-ão de:

I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos


seus sistemas de ensino, integrando-os às políticas e planos educacionais da
União e dos Estados;

II - exercer ação redistributiva em relação às suas escolas;

III - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;

IV - autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu


sistema de ensino;

V - oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com


prioridade, o ensino fundamental, permitida a atuação em outros níveis de
ensino somente quando estiverem atendidas plenamente as necessidades de
sua área de competência e com recursos acima dos percentuais mínimos
vinculados pela Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento do
ensino.
VI - assumir o transporte escolar dos alunos da rede municipal.                  (Incluído pela
Lei nº 10.709, de 31.7.2003)

Parágrafo único. Os Municípios poderão optar, ainda, por se integrar ao


sistema estadual de ensino ou compor com ele um sistema único de educação
básica.

Cada municípioio devera se organizar com o que dispõe, desde que não fira as
diretrizes propostas pela LDB, como as presentes no Art.31 que trata das
regras comuns da Educação Infantil:

Art. 31. A educação infantil será organizada de acordo com as seguintes


regras comuns:
(Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
I - Avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das
crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino
fundamental;
(Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
II - Carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuída por um
mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho educacional;
(Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
III - atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diárias para o turno
parcial e de 7 (sete) horas para a jornada integral;
(Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
IV - controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar, exigida a
frequência mínima de 60% (sessenta por cento) do total de horas;
(Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
V - expedição de documentação que permita atestar os processos de desenvolvimento e
aprendizagem da criança.

FORMAS DE ORGANIZACAO DA EDUCACAO INFANTIL NA CIDADE DE CAMPINAS


Campinas tem mais de 1 milhão de habitantes e é considerada a 7ª maior
cidade do Brasil. Em 2013, a cidade contava com um déficit de mais de 9.000
vagas na Educação Infantil para crianças em idade não obrigatória, ou seja,
dos 0 aos 3 anos. Além disso, a demanda manifesta de crianças em idade
obrigatória, de 4 a 5 anos, também não era 100% atendida.

Apesar de ser um problema complexo, pois a demanda tende a ser crescente


ano após ano, a postura de Solange e sua equipe sempre foi de não cruzar os
braços e trabalhar para minimizar ao máximo o déficit, mantendo a qualidade
do atendimento.

Para ela, a educação infantil é uma etapa de extrema importância,


principalmente na formação cognitiva das crianças. Para tanto, é necessário um
acompanhamento pedagógico em todo tempo e nos diferentes espaços da
escola. A educação infantil assume um papel primordial na educação básica,
superando a visão tradicional de momento pré-escolar.

Os desafios enfrentados na educação em


Campinas
 São atribuições do Departamento Financeiro: Coordenar o processo de planejamento
orçamentário do Plano Plurianual, LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias e Orçamento
Anual; efetuar o controle, planejamento e acompanhamento da execução orçamentária
dos recursos alocados junto à Secretaria Municipal de Educação; supervisionar e
acompanhar as prestações de contas, ao Tribunal de Contas do Estado e da União,
dos recursos aplicados no ensino, bem como das demais prestações de contas feitas
aos órgãos financiadores; elaborar estudos, custos e levantamento de dados e
indicadores financeiros, com a finalidade de otimizar recursos e orientar o
planejamento e a gestão da SME; coordenar o processo de repasse de recursos às
Unidades Educacionais Públicas Municipais e às Entidades de Educação Infantil e
Educação Especial.

Este caso foi idealizado por Solange Villon, Secretária Municipal de Educação


em Campinas - SP e líder MLG pelo Master em Liderança e Gestão
Pública, junto com sua equipe. 

Para atingir a meta definida pela LDB, o município de Campinas enfrenta alguns
desafios como:
1. 1. Limitações na contratação de pessoal pela prefeitura, devido a Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF);
2. 2. Limitações orçamentárias para a construção de novas unidades;
3. 3. Precariedade de creches e escolas;
4. 4. Bairros com alta demanda de serviços públicos, especialmente
educação infantil, e com infraestrutura abaixo da necessidade; entre
outros.
Para tentra solucionar e extinguir os problemas enfrentados na cidade de campinas foi
realizado todo um estudo com parceria não somente da SME e prefeitura, mas da sociedade
através de uma escuta social e do conhecimento da realidade das escolas da região. Somente
com o que poder publico dispunha era possível atender somete metade da demanda, mas com
as parcerias realizadas foi possível duplicar este atendimento. Lembrando que este processo
deve ser contínuo para buscar uma melhoria crescente.

Em 2012, o atendimento direto e indireto na Educação Infantil era de 68% da


demanda manifesta. Em 2018, com a sinergia das ações, Campinas atingiu a
marca de 89% de atendimento da demanda manifesta. O município possui
48.492 crianças matriculadas, mais 5.879 crianças na lista de demanda
manifesta.

Além disso, diversas outras conquistas foram alcançadas, melhorando a


realidade das crianças de Campinas:

 Universalização do atendimento da idade obrigatória em 2016 e


manutenção nos anos seguintes;
 Atendimento, de forma direta ou com supervisão pedagógica, de 48.492
crianças;
 Redução da fila de espera para a idade não obrigatória, que em 2012 era
de 9.130 crianças e em 2018 diminuiu para 5.879 crianças, uma redução
de 46%;
 Otimização e ampliação do atendimento direto, com 24.670 crianças
matriculadas, sendo 50,89% do total;
 Consolidação do modelo de atendimento cogerido, com 10.806 crianças
matriculadas, 22,28% do total;
 Consolidação do modelo de atendimento conveniado, com 8.696
crianças matriculadas, 17,93% do total;
 Consolidação do modelo de atendimento supervisionado, com 4.320
crianças, 8,90% do total.

A perspectiva é que a demanda de vagas para a idade não obrigatória também


seja 100% atendida e, para isso, Solange acredita no potencial das
contrapartidas de empreendimentos imobiliários, assim como nas demais ações
que foram institucionalizadas.

Em 2012, o atendimento direto e indireto na Educação Infantil era de 68% da


demanda manifesta. Em 2018, com a sinergia das ações, Campinas atingiu a
marca de 89% de atendimento da demanda manifesta. O município possui
48.492 crianças matriculadas, mais 5.879 crianças na lista de demanda
manifesta.

Além disso, diversas outras conquistas foram alcançadas, melhorando a


realidade das crianças de Campinas:

 Universalização do atendimento da idade obrigatória em 2016 e


manutenção nos anos seguintes;
 Atendimento, de forma direta ou com supervisão pedagógica, de 48.492
crianças;
 Redução da fila de espera para a idade não obrigatória, que em 2012 era
de 9.130 crianças e em 2018 diminuiu para 5.879 crianças, uma redução
de 46%;
 Otimização e ampliação do atendimento direto, com 24.670 crianças
matriculadas, sendo 50,89% do total;
 Consolidação do modelo de atendimento cogerido, com 10.806 crianças
matriculadas, 22,28% do total;
 Consolidação do modelo de atendimento conveniado, com 8.696
crianças matriculadas, 17,93% do total;
 Consolidação do modelo de atendimento supervisionado, com 4.320
crianças, 8,90% do total.

A perspectiva é que a demanda de vagas para a idade não obrigatória também


seja 100% atendida e, para isso, Solange acredita no potencial das
contrapartidas de empreendimentos imobiliários, assim como nas demais ações
que foram institucionalizadas.

Você também pode gostar