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PROVA DE DIREITO DO CONSUMIDOR – 2º BIMESTRE DE 2021

TURMA 7º PERÍODO – PROFESSORA MARISTELA DENISE MARQUES DE SOUZA

ESTUDANTES:.....................................................................................................................
Prova bimestral – virtual assíncrona
ORIENTAÇÕES:
Pontos das questões ao lado de cada uma delas – totalizando 6,0 seis pontos.
Responder neste documento, logo abaixo das questões/enunciados.
Prova em duplas – apenas um dos estudantes posta no Black – lembrar de citar o nome de ambos
Destacar as respostas em cor diferenciada ou grifadas.
Entregar exclusivamente via blackboard dentro do limite previsto – 24 horas – em arquivo Word.
Respostas plagiadas entre as duplas – similares ou idênticas serão anuladas e zeradas.
Permite-se fundamentação na legislação e materiais das aulas postados no blackboard – caso fundamentem em outros
materiais citar a fonte.

Com base nos enunciados das questões de 1 e 2 – marcar V (verdadeiro) e F (falso), nas falsas
justificar.

1. Mario e sua esposa Regina adquiriram um lote com 250 m², no Loteamento Virgínia – São José
dos Pinhais, pessoa jurídica de direito privado com atuação no mercado a mais de 25 anos. No
contrato de compra e venda os adquirentes assumiram o compromisso de pagar em 24 parcelas,
dando como sinal de negócio e princípio de pagamento R$ 2.000,00. Passados 11 meses da
aquisição os adquirentes não puderam mais pagar as prestações, resolvendo devolver o lote
adquirido ao loteador, que aceitou prontamente a devolução, dando por rescindido o contrato. No
entanto no contrato firmado constava em uma das cláusulas que em caso de inadimplemento ou
desistência do negócio, o comprador perderia todas as parcelas pagas durante a vigência do
contrato. (1,0)
1.1. ( ) podemos considerar válida esta cláusula contratual, pois uma vez inadimplente o
consumidor perde seus direitos.
1.2. ( ) não se aplica ao caso o CDC por se tratar de relação do direito civil, comprador e
vendedor. Contrato entre particulares.

2. EMENTA: RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE COBRANÇA. COBERTURA DE SEGURO RESIDENCIAL.


APLICAÇÃO DO CDC. CONTRATO DE ADESÃO. INTEPRETAÇÃO FAVORÁVEL AO CONSUMIDOR.
DEVER DE INFORMAÇÃO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DO VALOR DA COBERTURA (R$3.000,00).
DANOS MATERIAIS DEVIDOS. DANO MORAL. VALOR DOS DANOS MORAIS QUE DEVEM SER
MANTIDOS POIS DENTRO DO RAZOÁVEL E PROPORCIONAL NO CASO EM CONCRETO. SEM MAIOR
GRAVIDADE À PARTE. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO
EM PARTE.
Diante do exposto, resolve esta Turma Recursal, por unanimidade de votos, conhecer do recurso e,
no mérito, dar-lhe provimento em parte, nos exatos termos do vot (TJPR - 2ª Turma Recursal -
0030522-74.2013.8.16.0182/0 - Curitiba - Rel.: Daniel Tempski Ferreira da Costa - - J. 13.02.2015).
(1,0)
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2.1. O segurado poderá exercitar o direito de arrependimento ou prazo de reflexão, no prazo de 7


(sete) dias a contar da assinatura do contrato de seguro, até mesmo quando tenha contratado
diretamente na presença do corretor de seguros, intermediador nas negociações da apólice.
( )

2.2. As cláusulas restritivas do segurado consumidor poderão constar dos termos gerais da
contratação, tal como ocorre comumente nesta espécie de contrato de consumo, onde o segurador
dispõe de forma aleatória no manual do segurado. ( )

Com base nos enunciados das questões de 3 e 4 – marcar V (verdadeiro) e F (falso), não precisa
justificar.

3. Trata-se de ação de indenização por publicidade enganosa, ajuizada por Rodrigo Luis de
Araújo Perantunes em face de Opecar Veículos LTDA, na qual alega o autor que após ver no jornal
Gazeta do Povo anúncio de um veículo Peugeot 308 Allure por R$ 68.990,00, com uma entrada de
R$ 33.995,00 mais 36 parcelas de R$ 977,00, interessado, dirigiu-se à loja da ré fechando negócio
pelo valor de R$ 69.500,00. Porém, posteriormente, os boletos foram enviados no valor de R$
1.022,35 e não no valor anunciado de R$ 977,00. Inconformado, diversas vezes em contato com a
ré, não obteve solução para o seu problema, ingressando com presente ação, requerendo
restituição em dobro dos valores indevidamente cobrados e indenização por danos morais. (1,0)
3.1. ( ) O fornecedor não está obrigado ao cumprimento forçada da oferta, expresso nesse
caso o regime jurídico vinculante da oferta contido no CDC, pois esta se deu por meio de publicidade.
3.2. ( ) No Brasil temos apenas um controle da publicidade: o público, que sofre a
intervenção estatal sempre que provocado o Poder Judiciário para apontar a publicidade ilícita –
enganosa ou abusiva, por força do artigo 37, §6º do CDC.

4. Ementa: APELAÇÃO CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL. INSCRIÇÃO EM


CADASTROS NEGATIVOS POR DÉBITO INEXISTENTE. DANO MORAL. DEVER DE INDENIZAR. A
inscrição no banco de dados de inadimplentes, por débito que não foi ocasionado pelo autor,
acarreta o dever de indenizar. Não observando a requerida as cautelas mínimas exigíveis quando
habilitou um aparelho celular, no sentido de verificar se os documentos apresentados pertenciam
realmente a pessoa que solicita a habilitação, e se não consta registro de furto ou roubo da
documentação, não pode alegar excludente de responsabilidade por culpa de terceiro. APELO
PROVIDO. (Apelação Cível Nº 70050116664, Décima Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Ana Maria Nedel Scalzilli, Julgado em 30/07/2015). (1,0)
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4.1. ( ) Cabimento do habeas data na tutela dos direitos e interesses dos consumidores, uma vez
que a qualificação dos bancos de dados como entes de caráter público legitima a utilização da ação
constitucional em face dos mesmos.
4.2. ( ) Da anotação irregular em cadastro de proteção ao crédito, não cabe indenização por dano
moral, quando preexistente legítima inscrição, ressalvado o direito ao cancelamento.

5. Em verdadeiro leading case, a 2ª turma do STJ decidiu, proibir a publicidade de alimentos


dirigida às crianças. Em foco estava a campanha da Bauducco “É Hora de Shrek”. Com ela, os
relógios de pulso com a imagem do ogro Shrek e de outros personagens do desenho poderiam
ser adquiridos. No entanto, para comprá-los, era preciso apresentar cinco embalagens dos
produtos “Gulosos”, além de pagar R$ 5. A ação civil pública do MP/SP teve origem em atuação
do Instituto Alana. (2,0)

5.1 Trata-se de publicidade ilícita? Qual modalidade e sob qual fundamento?


5.2 Podemos reconhecer a venda casada ao caso concreto? Fundamentar.
5.3 Qual a sanção administrativa a ser aplicada ao caso?
5.4 Quais os tipos penais violados identificados ao caso. Apenas citá-los.

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