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DIREITO PENAL.

LEGISLAÇÃO ESPECIAL.
CRIMES HEDIONDOS.

• CRIMES HEDIONDOS:
• Sistema Legal: compete ao legislador enumerar em um rol taxativo os crimes hediondos; é o
sistema adotado pelo Brasil (art. 5º, XLIII, CF); o legislador especificando quais crimes são
hediondos impede a individualização da pena, violando a proporcionalidade e ignorando a
gravidade do caso concreto.
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-
los, se omitirem;
• Sistema Judicial: compete ao Juiz, analisando o caso concreto, decidir se o crime é ou não
hediondo; este sistema fere a taxatividade e a segurança jurídica.
• Sistema Misto: o legislador apresenta um rol exemplificativo de crimes hediondos, permitindo
ao Juiz encontrar outras hipóteses; trabalha com interpretação analógica.
• Sistema mais justo: compete ao legislador enumerar em um rol taxativo os crimes hediondos, e
o Juiz que deve atestar a hediondez na análise do caso concreto.
• CRIMES HEDIONDOS: Lei 8.072/90.
• Constam no art. 1º que expressam como hediondos crimes já tratados pelo CP e Lei
Extravagante.
Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal,
consumados ou tentados:
I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio
qualificado (art. 121, § 2o, I, II, III, IV e V);
II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine);
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o);
IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e 3o);
V - estupro (art. 213 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único);
VI - atentado violento ao pudor (art. 214 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único);
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o).
VII-A – (VETADO)
VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A
e § 1o-B, com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de 1998).
Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de genocídio previsto nos arts. 1o, 2o e 3o da Lei no 2.889, de 1o de outubro de 1956,
tentado ou consumado.
• Tortura, tráfico e terrorismo não são crimes hediondos, mas equiparados (sofrem as mesmas
conseqüências dos crimes hediondos); o crime hediondo que não está no CP é o crime de
genocídio (art. 1º, p. único, Lei 8.072/90).
• A Lei de Crimes Hediondos é elitista, por ter etiquetado como hediondo crimes que
normalmente são praticados por camadas mais pobres da população contra camadas mais ricas.
• CONSEQÜÊNCIAS DOS CRIMES HEDIONDOS OU EQUIPARADOS: art. 2º: Os crimes hediondos, a prática
da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de.
• Insuscetível de anistia, graça e indulto. A CF não proibiu indulto, mas o legislador ordinário
acrescentou a vedação do indulto.
I - anistia, graça e indulto;
o 1ª Corrente: a vedação do indulto prevista no art. 2º é inconstitucional suplantando o rol
máximo de proibições trazidos pela CF; as hipóteses de imprescritibilidade bem como as
hipóteses de prisão constam na CF e não podem ser inseridas pela legislação
infraconstitucional.
o 2ª Corrente: a vedação do indulto prevista no art. 2º é constitucional, pois, além de ser o
indulto modalidade de graça, o rol constitucional é mínimo, podendo ser suplantado pelo
legislador; é corrente adotada no STF.
• No RHC 84.572, a Primeira Turma do STF, por maioria, decidiu que a vedação do indulto
abrange crime mesmo que praticado quando ainda não era hediondo. Para parte da doutrina é
retroatividade maléfica.
• Insuscetível de fiança:
II - fiança.
o Antes da Lei 11.464/07: fiança e liberdade provisória.
o Após a Lei 11.464/07: fiança.
• Correntes:
o A liberdade provisória com o advento da Lei 11.464/07 passou a ser admitida. Quem
deve decidir se cabe ou não é o Juiz.
 OBS: o STF entende que permite restritiva para tráfico, e os mesmos argumentos
devem ser adotados para permissão de liberdade provisória.
o A liberdade provisória, mesmo com o advento da Lei 11.464/07, continua proibida, vez
que implícita na inafiançabilidade.
 OBS: Súmula 697, STF: A proibição de liberdade provisória nos processos por
crimes hediondos não veda o relaxamento da prisão processual por excesso de
prazo.
• Regime inicialmente fechado.
§ 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime fechado.
§ 2o A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da
pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente.
• Antes da Lei 11.464/07:
o Regime integral fechado, proibindo a progressão.
o Em 2006 o STF por meio de controle difuso com efeitos abstratos (próprio do controle
concentrado; abstratização do controle difuso) declarou o regime integralmente fechado
inconstitucional. Assim, passa a admitir progressão de regime nos termos da legislação
infraconstitucional, ou seja, cumprido 1/6 da pena.
• Depois da Lei 11.464/07.
o Regime inicial fechado, permitindo a progressão.
o Progressão:
 Primário: 2/5.
 Reincidente: 3/5. OBS: independentemente se específico ou não.
• Súmula Vinculante 26, STF: .
• Apelar em liberdade:
§ 3o Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o réu poderá apelar em liberdade.
PROCESSADO: RECURSO:
Preso. Recorrerá preso, salvo se ausentes os fundamentos da prisão preventiva (que
culminaram com a prisão preventiva).
Solto. Recorrerá solto, salvo se presentes os fundamentos da prisão preventiva.
• Prisão temporária (Lei 7.960/89):
§ 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30
(trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
• Requisitos:
Art. 1° Caberá prisão temporária:
o Imprescindível para a investigação.
I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;
o Indiciado sem residência fixa ou identidade certa.
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade;
o Concorrer para os seguintes crimes:
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do
indiciado nos seguintes crimes:
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°);
b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°);
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°);
e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único);
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único);
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único);
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°);
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com
art. 285);
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal;
m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em qualquer de sua formas típicas;
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976);
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986).
o OBS: deve estar satisfeito sempre o inciso III, somado ao I ou II.
• Prazo:
o Crime hediondo ou equiparado: prazo de 30 dias, prorrogado por mais 30.
o Outro crime qualquer: prazo de 05 dias, prorrogado por mais 05.
• Mas nem todos os crimes hediondos constam no rol do art. 1º, III, Lei 7.960/89, como a tortura
e o crime do art. 273, CP (Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto
destinado a fins terapêuticos ou medicinais). O art. 2º, §4º, Lei 8.072/90, não só ampliou o
prazo, mas também o rol dos delitos passíveis de prisão temporária.
• Livramento condicional: incidente de execução penal que garante liberdade antecipada.
Art. 5º Ao art. 83 do Código Penal é acrescido o seguinte inciso:
Art. 83. ...
V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins, e terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza.
• Requisito temporal:
o Primário e de bons antecedentes: deve cumprir mais de 1/3.
o Reincidente: deve cumprir mais de 1/2.
o Crime hediondo ou equiparado: deve cumprir mais de 2/3, desde que não seja
reincidente específico em crime hediondo ou equiparado.
 1ª Corrente: reincidente em crimes da mesma natureza (mesmo tipo penal); ex: se
você foi condenado por estupro e depois pratica latrocínio, tem direito a
livramento condicional, pois apesar de serem dois crimes hediondos eles não
estão no mesmo tipo penal; se fossem dois crimes de estupro não poderia.
 2ª Corrente: reincidente em crimes da mesma natureza (mesmo bem jurídico
protegido); ex: se você praticou um estupro e depois praticou latrocínio, cabe
livramento, pois é o mesmo bem jurídico; porém não valeria se fosse um
latrocínio e depois extorsão mediante seqüestro (mesmo bem jurídico).
 3ª Corrente: reincidente em crimes da mesma natureza (hediondos ou
equiparados). OBS: não importando o tipo ou o bem jurídico tutelado.
• Pena da quadrilha ou bando é maior se tiver finalidade a prática de crimes hediondos:
Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista no art. 288 do Código Penal, quando se tratar de crimes hediondos, prática da
tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins ou terrorismo.
Parágrafo único. O participante e o associado que denunciar à autoridade o bando ou quadrilha, possibilitando seu desmantelamento, terá a
pena reduzida de um a dois terços.
• O artigo 288 do CP (quadrilha ou bando) é um delito autônomo que tem como finalidade a
prática de crimes futuros.
QUADRILHA OU FINALIDADE DE CRIMES FUTUROS:
BANDO:
Pena de 03 a 06 Hediondos.
anos.
Pena de 03 a 06 Equiparados. OBS: se for tráfico de drogas há disposição específica (art.
anos. 35); pena de 03 a 10 anos.
Pena de 01 a 03 Crimes comuns.
anos.
• Causa de aumento de pena:
Art. 9º As penas fixadas no art. 6º para os crimes capitulados nos arts. 157, § 3º, 158, § 2º, 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º, 213, caput e sua
combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, 214 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, todos do Código Penal,
são acrescidas de metade, respeitado o limite superior de trinta anos de reclusão, estando a vítima em qualquer das hipóteses referidas no art.
224 também do Código Penal.
• A pena do latrocínio, da extorsão qualificada pelo resultado morte, extorsão mediante seqüestro
e estupro era aumentada (aumento de 1/2) nas hipóteses do art. 224, CP (vítima: não maior de
14 anos; alienada mental; ou sem resistência). Mas o art. 224, CP, foi revogado pela 12.015/09.
Assim, não mais incidirá a causa de aumento de pena.
• CRIMES EM ESPÉCIE:
• HOMICÍDIO:
I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio
qualificado (art. 121, § 2o, I, II, III, IV e V);
• Homicídio simples: quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio; é chamado
homicídio condicionado; não há definição do que seja atividade típica de grupo de extermínio,
significando afronta ao princípio da taxatividade.
• Grupo:
o Grupo não se confunde com par (02 pessoas), nem com bando (04 pessoas), sendo
integrado, então, por 03 pessoas.
o Grupo não se confunde com par (02 pessoas), mas deve ser interpretado de acordo com o
que está previsto em Lei; a quadrilha ou bando está prevista em Lei, sendo o grupo
integrado por 04 pessoas.
• O jurado responderá: materialidade, autoria, qualificadora ou privilégio, e causa de aumento ou
diminuição. Nota-se que o fato de o homicídio ter sido praticado em atividade típica de grupo de
extermínio não constitui circunstância elementar, não majora ou qualifica o crime, apenas
gerando conseqüências de um crime hediondo. Não deve ser apreciado pelo jurado, apenas pelo
Juiz. Se passar a ser causa de aumento ou qualificadora deverá ser quesitado ao jurado.
• Homicídio qualificado: é hediondo sempre, não importando a qualificadora.
• Homicídio privilegiado (§1º) e qualificado (§2º): é possível desde que a qualificador seja
objetiva; se existe privilégio a qualificadora subjetiva é incompatível.
o Privilégio: motivo social, motivo moral e violenta emoção; é sempre subjetivo, ligado ao
motivo ou estado anímico do agente.
o Qualificadora: motivo torpe, motivo fútil, meio cruel, surpresa ou emboscada, e
finalidade especial; torpe e fútil é subjetiva, meio cruel e surpresa é objetiva (meio e
modo), e finalidade específica é subjetiva.
• Correntes:
o 1ª Corrente: é hediondo, pois a Lei não excepcionou esta hipótese.
o 2ª Corrente: não é hediondo eis que o privilégio que é subjetivo prevalece sobre a
qualificadora que é objetiva (analogia ao art. 67, CP); é corrente prevalente no STF.
• LATROCÍNIO:
II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine);
• No CP consta no art. 157, §3º, CP. É caso de roubo de cuja violência resulte lesão corporal
grave ou morte, mas hediondo é somente a segunda hipótese, resultado morte. O resultado
qualificado pode decorrer de dolo ou de culpa, e ambas as modalidades configuram crime
hediondo. É imprescindível que a violência seja empregada durante (fator tempo) e em razão
(fator nexo) do assalto. OBS: assaltante que mata após para garantir a impunidade é caso de
roubo em concurso material com homicídio qualificado.
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de
vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.
• Firmou-se jurisprudência no STF que o co-autor que participa do roubo matando o comparsa
para ficar com o proveito do crime não pratica latrocínio, mas roubo em concurso material com
homicídio qualificado pela torpeza.
• EXTORSÃO QUALIFICADA PELA MORTE:
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o);
• Art. 158, §2º, CP.
§ 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o disposto no § 3º do artigo anterior.
• OBS: o art. 158, §3º, CP, não foi adicionado na Lei 8.072/90.
§ 3o Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica,
a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas previstas no
art. 159, §§ 2o e 3o, respectivamente.
ANTES DA LEI 11.923/09. APÓS A LEI 11.923/09.
Extorsão simples no caput, majorada no §1º Extorsão simples no caput, majorada
(emprego de armas e concursos de pessoas), e no §1º, qualificadora no §2º (lesão
qualificada no §2º (lesão grave ou morte). grave ou morte), e qualificadora no §3º
(restrição da liberdade, com ou sem
morte).
Se houvesse restrição de liberdade da vítima (não Se houver restrição da liberdade estará
privação, eis que privação configura extorsão caracterizada a qualificadora do §3º.
mediante seqüestro) não era majorante, e nem
qualificadora, mas mera circunstância judicial
considerada na fixação da pena base.
Extorsão, restrição da liberdade e morte: crime Extorsão, restrição da liberdade e
hediondo (art. 158, §2º). morte: art. 158, §3º.
• Art. 158, §3º, CP: hediondo?
o 1ª Corrente: adotando o sistema legal, a extorsão qualificada pelo §3º (“restrição da
liberdade”), mesmo quando houver morte não é crime hediondo, porque não acrescido
no rol taxativo da Lei 8.072/90; é corrente prevalente na doutrina.
o 2ª Corrente: o que fez o §3º foi apenas especificar uma das várias formas de execução do
delito de extorsão; não cria novo delito; apenas explicitou uma das suas múltiplas
possibilidades de execução; o delito que já era hediondo, assim persiste apenas
especificando forma de execução; o seqüestro de relâmpago qualificado pela morte já
era hediondo no regime anterior; trata-se de hipótese de interpretação extensiva.
 OBS: art. 159 pune extorsão mediante seqüestro o que alcança o cárcere privado,
sendo caso de interpretação extensiva; art. 235 pune bigamia o que alcança a
“poligamia”, sendo caso de interpretação extensiva.
• EXTORSÃO MEDIANTE SEQÜESTRO:
IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e 3o);
• É crime hediondo sempre, mesmo na forma simples, não precisando do resultado morte.
• ESTUPRO:
V - estupro (art. 213 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único);
• É hediondo o estupro de vulnerável.
ANTES DA LEI 12.015/09: APÓS A LEI 12.015/09:
Art. 213 c/c art. 224, CP. Havia discussão Art. 217-A, CP. Agora não há dúvidas.
se o estupro de vulnerável era crime
hediondo.
Se antes se entendia que não era hediondo, a Lei 12.015/09 não poderá ter aplicação
retroativa.
• EPIDEMIA COM RESULTADO MORTE:
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o).
• Art. 267, §1º, CP.
Epidemia
Art. 267 - Causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos:
Pena - reclusão, de dez a quinze anos.
§ 1º - Se do fato resulta morte, a pena é aplicada em dobro.
§ 2º - No caso de culpa, a pena é de detenção, de um a dois anos, ou, se resulta morte, de dois a quatro anos.
• Consiste o crime em causar epidemia, isto é, surto de uma doença transitória que ataca número
indeterminado de indivíduos em certa localidade.
• Germes patogênicos: todos os elementos capazes de produzir moléstias infecciosas, não
importando se já estão biologicamente identificados.
• CRIMES EQUIPARADOS: tráfico de drogas, tortura e terrorismo.
• Tipificação do terrorismo: o STF está discutindo essa questão.
o 1ª corrente: diz que o terrorismo esta principalmente no art. 20 da Lei 7.170/83. Esse
artigo fala de atos de terrorismo mais não explica o que são esses atos.
o 2ª corrente: diz que não há tipo próprio, pois o art. 20 da Lei 7.170/83 fere o princípio da
taxatividade.
• RESTRITIVAS DE DIREITO OU SURSIS EM CRIMES HEDIONDOS: apesar de haver minoria em sentido
contrário, prevalece ser possível restritiva de direitos ou sursis para crimes hediondos, devendo
o juiz analisar o caso concreto.
• REMIÇÃO (resgate de pena por tempo trabalhado) para crime hediondo: a Lei não proíbe, logo
cabe a remição para crime hediondo ou equiparado.

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