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Apesar das diferenças inegáveis do casal, Wangji e seu Wei Ying não negavam o ardente

desejo que compartilhavam, ora demonstrado através dos olhares mais sutis, ora fogoso e
lascivo como o momento atual, que narravam em seus suspiros. A noite vos seria a mais fiel
testemunha de uma das mais belas cenas de amor vivida pelos dois.

Tamanha fora a astúcia de Wangji para vendar e atar Wei Ying — que amava ter seus sentidos
à prova em meio à luxuria — porém havia também colocado o patriarca em uma deleitosa o
tortura. Pelo tato aguçado, até mesmo os fios longos dos cabelos de seu amado roubavam
suspiros de si quando tocava sua pele e pela audição apurada, sentia arrepios tomarem-no da
cabeça aos pés ao ouvir a lubricidade imensurável nos murmúrios de seu amado. Em um belo
paradoxo, a restrição do tato o punha debaixo de submissão quase absoluta, mas deixavam
seus pensamentos livres para zonear as mais impuras de suas intenções e levarem-no ao pico
da loucura. Desejava, do mais profundo de seu âmago, percorrer as costas de seu amado com
suas unhas, marcá-las com a memória de sua libido para que ele mesmo as exibisse como um
troféu. Diante da momentânea cegueira, Wei morreria em troca da simples oportunidade de
contemplar a beleza de seu amado, esta que sempre fora acentuada pela luz do luar.

Por mais que houvessem muitos anseios em si para corresponder e atiçar seu Lan Zhan, a
satisfação vinda de seu toque era incomparável. Sua voz já fugia de seu controle, seus gemidos
inexprimíveis eram a mais sincera revelação do quão submerso em luxúria. Correspondia ao
parceiro ao unir o rebolado de seus quadris ao ritmo das estocadas recebidas, vez ou outra —
quando conseguia pensar — ainda fazia questão de contrair seu interior voluntariamente para
sentir Wangji beirar a perda do controle. Era interrompido quando as próprias forças eram
tomadas de si a cada investida certeira contra seu ponto sensível, fazendo-o contorcer-se em
êxtase. Bendita foi a hora que a Jade tomou seus lábios e saciou a sede do patriarca, que com
urge o correspondeu, mantendo-o perto ao enlaçar o pescoço alheio mesmo atado,
convidando-o à aprofundar o ósculo. Embebedou-se do néctar dos lábios de seu amado como
se estivesse diante dos mais refinado dos licores, acariciava a língua de Lan Zhan como faria ao
saborear o mais delicioso dos doces. O beijo concupscioso era tudo o que bastava para que o
ápice inevitável se concretizasse.

Wuxian partiu o beijo pela escassez do ar, mas compensou ao Lan ao colar seus lábios ao
pescoço momentâneamente exposto, onde pecorreu o caminho até o lóbulo com beijos
vagarosos. Num _timing_ perfeito, depositou aos ouvidos do amado um gemido lânguido ao
alcançar seu ápice. As costas-se arquearam e seu corpo estremeceu em deleite quando jorrou
entre o abdômem de ambos, imerso em um ápice avassalador já confirmado desde o primeiro
toque.

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