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Christy Turner foi responsável sobre a origem do homem na América, através de marcadores

biológicos esqueletais. Com a morfologia dentária que tem uma determinação genética muito
forte, pôde-se descobrir relações de parentescos evolutivos entre populações extintas. Em
suas análises Turner incluiu populações pré-históricas da Austrália, da Melanésia, do Sul, do
Leste e do Nordeste da Ásia, e das três Américas que ao todo contabilizam milhares de
maxilares e mandíbulas. Esse trabalho é considerado um dos mais abrangentes da origem do
homem no Novo Mundo.

Com esses estudos Turnes propôs que com base em termos dentários as populações do
extremo oriente são divididas em dois grupos: Sundadontes e Sinodontes. A Sunadontes
representa o padrão ancestral que é caracterizada por dentes com coros dentarias mais
simples e com menor número de raízes nos molares. Já a Sinodontes, é caracterizada por
coroas dentárias mais complicadas em termos de relevo e maior numero de raízes. O estudo
de Turner é conhecido como “Modelo das três migrações” pois de acordo com ele, apesar de
todas as populações nativa partilharem do padrão Sinodonto, houve três levas migratórias da
Sibéria para a América. A primeira teria dado origem a todos os índios da America Central e do
Sul e a maioria dos povos nativos norte-americanos. A segunda deu origem aos índios de
língua Na-deve, que é representado na Costa pacífica dos Estados Unidos e do Canadá e a
terceira aos esquimós ee aos povos aleutas. Turner dominou o cenário acadêmico ligado á
questão da ocupação do Novo Mundo durante boa parte dos anos 80 e 90, mas Turner
também foram criticados por alguns geneticistas que não concordavam que os marcadores
genéticos sanguíneos por ele utilizados na época sustentasse um modelo necessariamente
tripartite.

O continente americano com a sua diversidade de línguas indígenas chamou a atenção de


especialistas, mas para alguns deles, essa diversidade não é compatível com a idéia de que o
Novo Mundo foi ocupado há apenas 11 ou 12 mil anos e de que todas as populações indígenas
americanas apresentam origem única, na Sibéria. O lingüista norte-americano Joseph
Greemberg com seus métodos revolucionários de análise lingüística resolveu aplicá-los no
Novo Mundo e seu resultado foi publicado em livro no ano de 1987. Para Greenberg toda
decantada hiperdiversidade lingüística americana encaixa em três troncos que é denominado
de Ameríndio, Na-Dene e Aleuta-Esquimó. Já Joana Nichols, que adotou uma metodologia
distinta da empregada por Greeenberg, chegou a conclusões opostas à dele, que é a de que os
humanos chegaram ao Novo mundo há 35 mil anos. Para chegar a esta conclusão, ela
comparou o grau de diversidade lingüística das três Américas com as de outras regiões do
planeta. Daniel Nettle demonstrou que tal linearidade de fato ocorre quando um grupo
humano chega a uma região ainda não habitada por outros humanos. Quando se verifica a
diversidade lingüística no planeta a proposta de Nettle faz sentido. A altíssima diversidade de
línguas no continente americano indicaria, portanto, de acordo com Nettle que o Novo Mundo
foi colonizado recentemente, e não há cerca de 30 ou 40n mil anos.

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