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Nome: Jetro Maschio

Professor: Daniel R Rampazzo

1. Introdução
As formas de pagamento na exportação são essenciais para garantir o sucesso das negociações
internacionais. Nesse sentido, escolher de forma correta é o primeiro passo para começar parcerias
promissoras e rentáveis. É um fator determinante para os laços comerciais e são decididos em comum
acordo entre as partes.

Dessa forma, conhecer bem as modalidades de pagamento é indispensável para atingir os objetivos
do negócio. Existem diversas opções para escolher e conduzir as negociações da melhor maneira.

Conhecer bem as modalidades de pagamento suas vantagens e desvantagens é fundamental para


toda empresa que está pensando em começar a trabalhar com o mercado externo.

2. Modalidades de Pagamento

Remessa Antecipada

Esta modalidade tem pouca utilização no comércio internacional, uma vez que significa o
recebimento por parte do exportador antes do embarque da mercadoria, o que se pressupõe um elevado
grau de confiança entre as partes. Geralmente, ela é utilizada entre empresas coligadas ou com um
relacionamento comercial muito bem estruturado. A remessa antecipada, quando utilizada, serve como
financiamento da produção, reduzindo a necessidade de capital de giro por parte do exportador.

 Cobrança

É uma situação oposta à remessa antecipada, constituindo-se numa operação de risco para o
exportador, uma vez que o embarque da mercadoria e o seu recebimento pelo importador ocorrem antes
do pagamento. Existem três tipos de cobrança:

1. Remessa sem saque - quando o exportador remete a mercadoria para o exterior e,


posteriormente, recebe o valor correspondente;

2. Cobrança à vista - quando o exportador remete a mercadoria para o exterior e, na entrega dos
documentos, encaminha um saque ou cambial a um banco que se encarregará de entregá-lo ao
importador, em seu país, mediante o pagamento. Caso o importador não pague o valor
correspondente, não poderá efetuar o desembaraço da mercadoria. Contudo, coloca o exportador
diante da situação de ter que recolocar a mercadoria ou trazê-la de volta para o Brasil, arcando
com as despesas decorrentes desta decisão;

3. Cobrança a prazo - quando o exportador remete a mercadoria para o exterior e, após o embarque,
providencia os documentos acompanhados do título de crédito, denominado saque ou cambial, e
entrega-os a um banco, que por sua vez procede à entrega destes documentos ao importador, para
que este providencie o desembaraço da mercadoria. O importador, quando do vencimento do
saque, deverá providenciar o pagamento.

 Cartas de Crédito

  Esta modalidade, também conhecida como crédito documentário, é amplamente utilizada em


operações de comércio internacional. A grande vantagem desta modalidade é que o pagador não é o
importador e sim um banco nomeado pelo próprio instrumento.

 Tomador - é o próprio importador, que solicita a um banco, geralmente em seu país, a abertura da carta
de crédito;

 Emitente ou instituidor - é o banco, geralmente localizado no país do tomador, que institui o documento
de crédito e que se compromete a honrá-lo, desde que o exportador cumpra as condições determinadas na
própria carta de crédito;

 Avisador - é o banco, no país do exportador, para o qual é enviado o documento pelo emitente. O
documento de crédito possui uma chave, que deve ser conferida por parte do banco avisador. Somente
depois da conferência e declarada a procedência da carta de crédito é que ela passa a ter valor para o
exportador. Tal procedimento se faz necessário para evitar fraudes na abertura de créditos documentários;

 Beneficiário - é o exportador, ao qual compete cumprir as condições expressas na carta de crédito e, por
outro lado, receber o valor nela expresso;

Negociador - é o banco eleito pelo beneficiário para a entrega dos documentos e, consequentemente, para
o pagamento da operação.

  Assim como a carta de crédito é um instrumento que elimina ou reduz, de forma significativa, os
riscos em operações internacionais, deve-se levar em conta que é necessário o completo cumprimento de
todas as exigências constantes no documento, pois somente desta forma o exportador estará garantido.
Como se pode ver, é preciso uma análise rigorosa em todas as obrigações que cabem ao exportador para
evitar desacordos futuros. Alguns pontos são fundamentais para o êxito das operações de comércio
exterior através de carta de crédito:
 • certificar-se de que o banco emitente e/ou confirmador está caracterizado como banco de primeira
linha;

 • observar se o beneficiário está identificado corretamente (razão social);

 • verificar se o valor, moeda, praça de pagamento e prazo estão em conformidade com o que foi
negociado;

• assegurar-se de que conste no corpo da carta de crédito que a mesma é irrevogável. A declaração
significa que a mesma não pode ser alterada ou mesmo cancelada sem prévia autorização de todas as
partes envolvidas;

 • se estão expressas a modalidade de venda e a modalidade de transporte eleita;

 • verificar o interesse quanto à transferibilidade ou não do crédito documentário para outro exportador
(vendedor);

 • especificações sobre a mercadoria devem ser bem avaliadas;

 • se é necessário negociar a possibilidade de transbordo, isto é, embarcar a mercadoria e, antes de sua
chegada no destino final, ser desembarcada e embarcada novamente;

 • viabilidade de divisibilidade ou embarques parciais são condições que devem estar expressa na carta de
crédito para que se possa embarcar a mercadoria em partidas separadas;

• quanto à validade ou vencimento, é necessário estabelecer um tempo hábil para todo o processo, sem
comprometer o negócio. É comum constar na carta de crédito um limite para o embarque. Neste caso, esta
data deve ser cumprida necessariamente;

 • com relação aos documentos, deve-se certificar da possibilidade de emiti-los, principalmente os


documentos especiais.

Déposito Especial (DE)


O regime aduaneiro de depósito especial é o que permite a estocagem de partes, peças,
componentes e materiais de reposição ou manutenção, com suspensão do pagamento dos impostos
federais, da contribuição para o PIS/PASEP - Importação e da COFINS - Importação, para veículos, máquinas,
equipamentos, aparelhos e instrumentos, estrangeiros, nacionalizados ou não, e nacionais em que tenham
sido empregados partes, peças e componentes estrangeiros, empregados nas atividades definidas no pelo
Ministério da Fazenda (MF).

Serão admitidas no regime somente mercadorias importadas sem cobertura cambial, ressalva os
casos autorizados pelo Ministro de Estado da Fazenda (art. 483 do Regulamento Aduaneiro).
O Ministro de Estado da Fazenda poderá ainda estabelecer a aplicação do regime a outros bens.

Quem pode se beneficiar do Regime?


Uma das exigências para se beneficiar do Regime de depósito especial (DE), é possuir um sistema
de controle informatizado, integrado com o ERP da empresa e com total acesso a Receita Federal do Brasil,
para que possa fazer o controle dos tributos que foram suspensos. Ainda para se beneficiar as empresas
devem realizar a fabricação de algum dos itens citados abaixo.

Os bens devem ser importados sem cobertura cambial (salvo se a mercadoria tiver o fim de
exportação), e destinar-se á:

1. atividades de transporte;

2. apoio à produção agrícola;

3. construção e manutenção de rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, barragens e serviços afins;

4. pesquisa, prospecção e exploração de recursos minerais;

5. geração e transmissão de som e imagem;

6. diagnose, cirurgia, terapia e pesquisas médicas, realizadas por hospitais, clínicas de saúde e
laboratórios;

7. geração, transmissão e distribuição de energia elétrica;

8. análise e pesquisa científicas, realizadas por laboratórios.

9. defesa nacional.

Ao analisarmos estas atividades, podemos usar como exemplo a área de transportes que
compreende aeronaves, motores e reatores para aeronaves, simuladores de voo, ferramentas de uso
exclusivo em aeronaves, equipamentos para carga e descarga de aeronaves e tratores rebocadores de
aeronaves; embarcações; locomotivas, vagões e equipamentos ferroviários; unidades de carga, entre
outros.. Nos bens que apoiam a produção agrícola temos tratores, máquinas e implementos agrícolas.

Quais são os prazos do Depósito Especial (DE)?

O prazo de permanência dos itens dentro do regime, são de 5 anos, este prazo será extinto quando
a empresa:

1. reexportação dos bens


2. transferência para outro regime aduaneiro especial

3. despacho para consumo, (efetivado depois da saída das mercadorias do estoque, até o dia
10 do mês seguinte)

4. destruição sob controle aduaneiro (não obriga ao pagamento dos tributos)

5. aplicação da mercadoria em serviços de reparo ou manutenção de bens que se encontrem


no País, em regime de admissão temporária.

Ao final dos 5 anos (prazo máximo), caso nenhuma das providências acima, tenham sido tomadas,
deverá o beneficiário recolher os tributos suspensos, com os acréscimos legais, sob pena de ser aplicada a
pena de perdimento às mercadorias remanescentes.

Quais os benefícios do Depósito Especial (DE)?


O beneficiário do regime usufruíra, do seguinte:

• suspensão do Imposto de Importação (II),

• suspensão do IPI,

• suspensão do PIS/PASEP e da COFINS

• adicional da Marinha Mercante (AFRMM),

A empresa ainda poderá estocar os estes itens em seus estoques por até cinco anos contados da
admissão no regime. O recolhimento do tributo somente se dará após a efetiva destinação do material. Ou
seja, uma grande melhoria no fluxo de caixa, e principalmente aumento de competitividade.

1. Fontes:

https://www.thomsonreuters.com.br/pt/tax-accounting/comercio-exterior/blog/deposito-especial-e-o-
setor-de-geracao-de-energia-um-case-a-ser-avaliado.html

http://receita.economia.gov.br/orientacao/aduaneira/regimes-e-controles-especiais/regimes-aduaneiros-
especiais/deposito-especial
http://www.siscomex.com.br/topic/2159-formas-pagamentos-na-exporta%C3%A7%C3%A3o/

https://efficienza.com.br/quais-as-vantagens-de-cada-modalidade-de-pagamento/

http://www.fieb.org.br/midia/2018/5/CARTILHAREDECINPAGAMENTOSINTERNACIONAIS.PDF

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