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1. Introdução
As formas de pagamento na exportação são essenciais para garantir o sucesso das negociações
internacionais. Nesse sentido, escolher de forma correta é o primeiro passo para começar parcerias
promissoras e rentáveis. É um fator determinante para os laços comerciais e são decididos em comum
acordo entre as partes.
Dessa forma, conhecer bem as modalidades de pagamento é indispensável para atingir os objetivos
do negócio. Existem diversas opções para escolher e conduzir as negociações da melhor maneira.
2. Modalidades de Pagamento
Remessa Antecipada
Esta modalidade tem pouca utilização no comércio internacional, uma vez que significa o
recebimento por parte do exportador antes do embarque da mercadoria, o que se pressupõe um elevado
grau de confiança entre as partes. Geralmente, ela é utilizada entre empresas coligadas ou com um
relacionamento comercial muito bem estruturado. A remessa antecipada, quando utilizada, serve como
financiamento da produção, reduzindo a necessidade de capital de giro por parte do exportador.
Cobrança
É uma situação oposta à remessa antecipada, constituindo-se numa operação de risco para o
exportador, uma vez que o embarque da mercadoria e o seu recebimento pelo importador ocorrem antes
do pagamento. Existem três tipos de cobrança:
2. Cobrança à vista - quando o exportador remete a mercadoria para o exterior e, na entrega dos
documentos, encaminha um saque ou cambial a um banco que se encarregará de entregá-lo ao
importador, em seu país, mediante o pagamento. Caso o importador não pague o valor
correspondente, não poderá efetuar o desembaraço da mercadoria. Contudo, coloca o exportador
diante da situação de ter que recolocar a mercadoria ou trazê-la de volta para o Brasil, arcando
com as despesas decorrentes desta decisão;
3. Cobrança a prazo - quando o exportador remete a mercadoria para o exterior e, após o embarque,
providencia os documentos acompanhados do título de crédito, denominado saque ou cambial, e
entrega-os a um banco, que por sua vez procede à entrega destes documentos ao importador, para
que este providencie o desembaraço da mercadoria. O importador, quando do vencimento do
saque, deverá providenciar o pagamento.
Cartas de Crédito
Tomador - é o próprio importador, que solicita a um banco, geralmente em seu país, a abertura da carta
de crédito;
Emitente ou instituidor - é o banco, geralmente localizado no país do tomador, que institui o documento
de crédito e que se compromete a honrá-lo, desde que o exportador cumpra as condições determinadas na
própria carta de crédito;
Avisador - é o banco, no país do exportador, para o qual é enviado o documento pelo emitente. O
documento de crédito possui uma chave, que deve ser conferida por parte do banco avisador. Somente
depois da conferência e declarada a procedência da carta de crédito é que ela passa a ter valor para o
exportador. Tal procedimento se faz necessário para evitar fraudes na abertura de créditos documentários;
Beneficiário - é o exportador, ao qual compete cumprir as condições expressas na carta de crédito e, por
outro lado, receber o valor nela expresso;
Negociador - é o banco eleito pelo beneficiário para a entrega dos documentos e, consequentemente, para
o pagamento da operação.
Assim como a carta de crédito é um instrumento que elimina ou reduz, de forma significativa, os
riscos em operações internacionais, deve-se levar em conta que é necessário o completo cumprimento de
todas as exigências constantes no documento, pois somente desta forma o exportador estará garantido.
Como se pode ver, é preciso uma análise rigorosa em todas as obrigações que cabem ao exportador para
evitar desacordos futuros. Alguns pontos são fundamentais para o êxito das operações de comércio
exterior através de carta de crédito:
• certificar-se de que o banco emitente e/ou confirmador está caracterizado como banco de primeira
linha;
• verificar se o valor, moeda, praça de pagamento e prazo estão em conformidade com o que foi
negociado;
• assegurar-se de que conste no corpo da carta de crédito que a mesma é irrevogável. A declaração
significa que a mesma não pode ser alterada ou mesmo cancelada sem prévia autorização de todas as
partes envolvidas;
• verificar o interesse quanto à transferibilidade ou não do crédito documentário para outro exportador
(vendedor);
• se é necessário negociar a possibilidade de transbordo, isto é, embarcar a mercadoria e, antes de sua
chegada no destino final, ser desembarcada e embarcada novamente;
• viabilidade de divisibilidade ou embarques parciais são condições que devem estar expressa na carta de
crédito para que se possa embarcar a mercadoria em partidas separadas;
• quanto à validade ou vencimento, é necessário estabelecer um tempo hábil para todo o processo, sem
comprometer o negócio. É comum constar na carta de crédito um limite para o embarque. Neste caso, esta
data deve ser cumprida necessariamente;
Serão admitidas no regime somente mercadorias importadas sem cobertura cambial, ressalva os
casos autorizados pelo Ministro de Estado da Fazenda (art. 483 do Regulamento Aduaneiro).
O Ministro de Estado da Fazenda poderá ainda estabelecer a aplicação do regime a outros bens.
Os bens devem ser importados sem cobertura cambial (salvo se a mercadoria tiver o fim de
exportação), e destinar-se á:
1. atividades de transporte;
6. diagnose, cirurgia, terapia e pesquisas médicas, realizadas por hospitais, clínicas de saúde e
laboratórios;
9. defesa nacional.
Ao analisarmos estas atividades, podemos usar como exemplo a área de transportes que
compreende aeronaves, motores e reatores para aeronaves, simuladores de voo, ferramentas de uso
exclusivo em aeronaves, equipamentos para carga e descarga de aeronaves e tratores rebocadores de
aeronaves; embarcações; locomotivas, vagões e equipamentos ferroviários; unidades de carga, entre
outros.. Nos bens que apoiam a produção agrícola temos tratores, máquinas e implementos agrícolas.
O prazo de permanência dos itens dentro do regime, são de 5 anos, este prazo será extinto quando
a empresa:
3. despacho para consumo, (efetivado depois da saída das mercadorias do estoque, até o dia
10 do mês seguinte)
Ao final dos 5 anos (prazo máximo), caso nenhuma das providências acima, tenham sido tomadas,
deverá o beneficiário recolher os tributos suspensos, com os acréscimos legais, sob pena de ser aplicada a
pena de perdimento às mercadorias remanescentes.
• suspensão do IPI,
A empresa ainda poderá estocar os estes itens em seus estoques por até cinco anos contados da
admissão no regime. O recolhimento do tributo somente se dará após a efetiva destinação do material. Ou
seja, uma grande melhoria no fluxo de caixa, e principalmente aumento de competitividade.
1. Fontes:
https://www.thomsonreuters.com.br/pt/tax-accounting/comercio-exterior/blog/deposito-especial-e-o-
setor-de-geracao-de-energia-um-case-a-ser-avaliado.html
http://receita.economia.gov.br/orientacao/aduaneira/regimes-e-controles-especiais/regimes-aduaneiros-
especiais/deposito-especial
http://www.siscomex.com.br/topic/2159-formas-pagamentos-na-exporta%C3%A7%C3%A3o/
https://efficienza.com.br/quais-as-vantagens-de-cada-modalidade-de-pagamento/
http://www.fieb.org.br/midia/2018/5/CARTILHAREDECINPAGAMENTOSINTERNACIONAIS.PDF