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AROMATERAPIA
A base da Aromaterapia é a utilização com fins terapêuticos de Óleos Essenciais que são substâncias extraídas das
folhas, cascas, rizomas, caules, sementes e resinas de plantas aromáticas.
Óleos Essenciais são formas altamente concentradas de energia herbácea e representam a força vital da planta.
Os Óleos Essenciais tratam a pessoa holisticamente, fortalecendo o físico, equilibrando a mente e as emoções e
despertam a espiritualidade.
Os princípios ativos contidos nos óleos essenciais atuam sobre nossos sistemas linfáticos, imunológico, digestivo,
cardiovascular, respiratório e geniturinário.
No nível psicológico, os óleos essenciais, podem influenciar positivamente as nossas emoções e o nosso
comportamento. Por isso podem auxiliar no tratamento de casos psicossomáticos, stress, depressão, falta de libido,
enxaqueca, insônia, irritação, medo, ansiedade, dificuldade de concentração e outros.
Fortalecem o físico, atuam no plano mental como estimulante ou calmante, trazem paz para os sentimentos, equilibrando
as emoções e elevam a consciência do ser humano para o nível da espiritualidade. Através de seu precioso aroma eles
tocam nossa alma para fazermos o contato com nossa espiritualidade.
Jorge Antonio Salum – Era Dourada – Expansão da Consciência - Este material é registrado e possui todos os direitos reservados.
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gomas e óleos no processo de embalsamento de cadáveres, eram peritos na área de cosmetologia e reconhecidos por
seus preparados de ervas.
Muitas evidências mostram que os chineses também teriam utilizado ervas e compostos aromáticos durante o
mesmo período que os egípcios. O livro de ervas de Shen Nung é o mais antigo livro médico chinês que data de 2.700
A.C e que dá estas referências. Também o livro de medicina interna do antigo Imperador Amarelo, da China, fala sobre o
uso de remédios aromáticos como o opium e o gengibre, muitos destes empregados não só terapêuticamente, mas
inclusive em cerimônias religiosas como o Li-ki e Tcheou-Li.
Os romanos, grandes conhecedores dos perfumes, conheciam os óleos aromáticos e teriam tomado muito deste
seu conhecimento dos gregos. Dioscorides, Plínio e Galeno mencionam isso em seus escritos. O primeiro dos
documentos escritos sobre a história da destilação vai até os escritos de Geber, no século IX, onde descrevia a
destilação a seco e a hidrodestilação.
Durante as Cruzadas o conhecimento dos óleos aromáticos e perfumes difundiu-se para o leste e Arábia e um
físico conhecido como Avicena que viveu de 980 D.C. a 1037 D.C. acabou sendo reconhecido por ter sido o primeiro a
ter utilizado o processo da destilação para extrair o óleo de rosas, contudo levou-se muitos anos para que o método
fosse aperfeiçoado adequadamente.
Nenhuma outra nação esteve tão bem treinada em alquimia, medicina e terapias naturais do que os árabes. Os
doutores árabes e alquimistas inventaram a "serpentina" com o objetivo de refrigerar os produtos destilados. A primeira
descrição autêntica a respeito de óleos essenciais foi feita detalhadamente por Arnold Villanova de Bachuone no século
XIII onde relacionava terebintina e alecrim com a sálvia. Porém, as ervas eram inicialmente maceradas em "l'eau de vie"
ou fermentadas em água (devido à presença de álcool) e a separação dos óleos essenciais não era feita ao fim do
processo, obtendo-se assim somente águas aromáticas destiladas. No mesmo século muitos óleos essenciais como
amêndoas amargas, arruda, canela, sândalo e rosa foram destilados, muitos pela primeira vez. Em fins dos séculos XV
Jerome Brunschwing, doutor em Strasbourg, menciona o espicanardo, terebintina, madeira de junípero e alecrim. A
intenção das destilações era de se obter a Quinta Essência tão almejada pelos alquimistas.
Mas todas estas destilações eram intensamente alcoólicas e eles não tinham nenhuma idéia sobre óleos
essenciais verdadeiramente "puros". Depois de um grande número de publicações a respeito da arte da destilação, nós
tivemos que esperar até 1563 quando Giovanni Battista Della Porta escreveu "Liber de distillatione", com o objetivo de
especificar claramente os óleos carreadores, os óleos essenciais e os métodos de separar os óleos essenciais das
aromáticas águas destiladas.
Foi somente durante os séculos XVI e XVII que os óleos essenciais receberam suas primeiras aplicações e sua
introdução no comércio. A partir disso a aromaterapia cresceu rapidamente ao redor do mundo.
O termo em si, "aromaterapia" teria sido criado por um químico francês em 1928 e que se chamava Maurice
René de Gattefossé. Gattefossé veio a ficar fascinado pelas possibilidades terapêuticas dos óleos essenciais a partir de
uma experiência pessoal com o óleo de lavanda. Até então Gattefossé utilizava os óleos essenciais em seus produtos e
criações com o objetivo de perfumá-los, mas sem nenhum fundamento terapêutico. Ocorreu que ao estar fazendo uma
destilação em seu laboratório, houve um acidente onde o produto que era inflamável caiu em seus braços causando uma
séria queimadura. Num ato sem pensar ele mergulhou seus braços numa tina de lavanda, que pensava ser de água e
percebeu imediatamente que a sensação de dor logo passou. Em poucos dias o machucado havia sarado e no lugar da
queimadura não ficou nenhuma cicatriz. Isto o levou a se interessar em pesquisar as possibilidades terapêuticas dos
óleos essenciais. Ele também descobriu que muitos óleos essenciais são mais efetivos em sua totalidade do que seus
ingredientes ativos isolados ou sintetizados. No início de 1904 Cuthbert Hall já havia demonstrado que o poder
antiséptico do óleo de eucalipto globulus em sua forma natural era muito mais forte do que seu principal constituinte e
princípio ativo isolado, o eucaliptol (= cineol).
Outro importante trabalho e que lançou no mercado a "terapia através dos óleos essenciais", foi um livro escrito
pelo Dr. Jean Valnet, que havia estudado as pesquisas de Gattefossé e iniciado então suas experiências com os óleos
essenciais.
Durante a Segunda Guerra Mundial, O Dr. Valnet serviu como médico na Frente Armada Francesa nas muralhas
da China. Ao tratar das vítimas, teria ele ficado sem antibióticos, o que o levou a tentar fazer uso dos óleos essenciais.
Para seu espanto, eles possuíam um poderoso efeito em reduzir e parar com os processos infecciosos, estando assim, o
Dr. Valnet, possibilitado de salvar muitos soldados que de outro modo morreriam sem os antibióticos. Também teria ele
empregado os óleos essenciais como parte de um programa através do qual tratou com sucesso desordens médicas e
psiquiátricas e estes resultados foram publicados em 1964 no livro "aromatherapie".
O Dr. Valnet teve dois estudantes que estiveram trabalhando junto a ele e que ficaram responsáveis, após sua
morte, pela divulgação de seu trabalho: Dr. Paul Belaiche e Dr. Jean Claude Lapraz. Eles descobriram que os óleos
essenciais contêm propriedades antivirais, antibacterianas, antifúngicas e antissépticas, sendo também poderosos
oxigenadores com a habilidades de agir como agente de transporte na entrega de nutrientes nas células do corpo.
Outra personalidade de destaque durante o período foi Margaret Maury (1895-1968), bioquímica que estudou o
trabalho de Valnet e foi a pioneira em introduzir a visão holística dentro da aromaterapia, criando assim um método de
aplicação dos óleos pela massagem e de acordo com as características temperamentais e de personalidade de seus
clientes. O trabalho combinado de Margaret Maury e Jean Valnet criaram a aromaterapia hoje empregada em todo o
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mundo.
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Seja como for, com o crescente interesse das pessoas na área e o aumento gradativo de profissionais atuando de
forma mais consciente no meio, este receba um maior impulso dentro da Brasil, conseguindo com isso levar ao público o
conhecimento dos excelentes empregos terapêuticos da aromaterapia.
DESTILAÇÃO À VAPOR
Geralmente usado em: folhas, ervas, sementes, raízes e madeiras
A destilação à vapor é feita utilizando-se de uma caldeira
geradora de vapor d’água, uma dorna onde se coloca partes da
planta frescas ou secas e um condensador para resfriar o vapor e o
óleo essencial obtidos.
Saindo da caldeira, o vapor circula através da planta na dorna
forçando a quebra das frágeis bolsas intercelulares que se abrem e
liberam o óleo essencial. À medida que este processo acontece, as
sensíveis moléculas de óleos essenciais evaporam junto com o vapor
da água viajando através de um tubo no alto do destilador, onde logo em
seguida passam por um processo de resfriamento através do uso de
uma serpentina e se condensam junto com a água. Forma-se então,
na parte superior desta mesma água obtida, uma camada de óleo essencial que é separado através de decantação. A
água que sobra de todo este processo após retirado o óleo, é chamada de água floral, destilado, hidrossol ou de
hidrolato. Ela retém muito das propriedades terapêuticas da planta, mostrando-se útil tanto em preparados para a pele e
também para uso oral.
HIDRODESTILAÇÃO
Geralmente usado em: folhas, ervas, sementes e flores, mas nem sempre é
indicado para extrair-se o óleo essencial de raízes e madeiras porque devido ao
demorado tempo de destilação destes materiais, a água pode evaporar-se toda
do destilador e a planta queimar-se.
Os materiais da planta são completamente emergidos na água, como num
chá e então destilados. A temperatura não excede os 100ºC, evitando desta
forma a perda de compostos mais sensíveis a altas temperaturas como na
destilação a vapor. Este é o mais antigo método de destilação e o mais versátil.
É comumente empregado quando se conta com pouco recurso financeiro, e
nestes casos, a destilação é um processo todo artesanal. Costuma ser usado
para extração do óleo essencial de algumas flores como a rosa e neroli e
também de raízes, madeiras e cascas.
ENFLORAGEM
Geralmente usado em: pétalas de flores que tem compostos sensíveis demais para usar outros métodos, e que tem
uma quantidade pequena de óleos essenciais.
O método propriamente dito, consiste basicamente em colocar tais pétalas em em um chassi que é uma
armação com placa de vidro recoberta de gordura e compostos preservativos por ambos os lados. Estas placas são
postas umas sobre as outras, de modo a evitar o contato direto com o ar atmosférico. As pétalas são substituídas por
outras frescas por um período que pode variar conforme o caso, mas usualmente tende a ser 24 horas.
Após 8 a 10 semanas, a gordura, que age como uma esponja absorvendo o aroma, chega a seu ponto de
saturação em relação aos óleos das flores. Com isso, esta é removida e adicionando álcool à mistura é possível separar
o óleo essencial da gordura, pois o óleo essencial é mais solúvel no álcool. Aí então teremos o absoluto. Este é um
processo difícil e demorado. Hoje, este método praticamente não é feito mais.
concreto pode ser dissolvido em álcool de cereais para remoção dos solventes. Com a evaporação do álcool temos o
absoluto.
No processo de extração do concreto não só se obtém óleo essencial mas também ceras, parafinas, gorduras e
pigmentos. O concreto apresenta uma consistência pastosa. Já absoluto não é somente responsável de fazer uma
limpeza dos solventes empregados, assim como de obter uma mistura mais purificada de ceras, parafinas e substâncias
gordurosas presentes, o que leva o produto final ter uma consistência mais líquida. O teor de solvente no produto final
varia de menos 1% à 6%.
Apesar do rendimento ser bem maior e o custo beneficio bem maior que o da enfleurage, os óleos obtidos por
extração a solvente podem apresentar resíduos de solvente no final do seu processo, e podem apresentar efeitos
colaterais dependendo do solvente empregado. Por isso absolutos e concretos costumam ser usados para perfumaria e
cosmética.
CO2 HIPERCRÍTICO
Geralmente usado em: extração de óleos essenciais de frutas, raízes, sementes, flores, madeiras e folhas. Os óleos
obtidos por esse método se assemelham muito aos aromas da planta viva.
As partes das plantas a serem extraídas são colocadas em um tanque onde é injetado dióxido de carbono
supercrítico, isto ocorre a extrema pressão de 200 atmosferas e temperaturas superiores de 31ºC. Nessa pressão e
temperatura o CO2 atinge o que seria um quarto estado físico, no qual a sua viscosidade é semelhante a de um gás,
mas a sua capacidade de solubilidade é elevada como se fosse um liquido.
Uma vez efetuada a extração faz com que a pressão diminua e gás carbônico volta ao estado gasoso, não
deixando qualquer resíduo de solvente. A grande solubilidade e a eficiência na separação tornam o CO2 supercrítico
para ser utilizado na indústria do que solventes orgânicos.
Muitas das extrações por CO2 possuem um fresco, claro e característico aroma de óleos destilados a vapor, e
eles cheiram de forma muito similar à planta viva. Estudos já demonstraram que os óleos essenciais extraídos por este
método mantêm em completa integridade seus compostos ativos. Este método é o que permite se obter os óleos
essenciais de melhor qualidade possível e de maior potência terapêutica. O inconveniente deste sistema é o custo do
maquinário que acaba tornando o produto final obtido muito dispendioso.
PRENSAGEM A FRIO
Geralmente usado em: extração de óleos essências de frutas cítricas como bergamota, laranja, limão e grapefruit.
Neste processo, as frutas são prensadas e delas extraído tanto o óleo essencial quanto o suco. Após a
prensagem é feita a centrifugação da mistura, através da qual separa-se o óleo essencial puro. Existe também, extração
de óleos de cítricos por destilação a vapor, o que é feito para eliminar as furanocumarias que mancham a pele. A
destilação de cítricos porém pode alterar muito seu aroma.
Não somente é feito extração de óleos essenciais de cítricos por este método, mas de maneira semelhante o óleo
de oleaginosas como amêndoas, castanhas, nozes, germe de trigo, oliva, etc.
Fonte: Laszlo Aromaterapia Ltda
EXTRATOS VEGETAIS
São preparações concentradas, utilizando partes de plantas e determinados solventes, tais como água, álcool,
óleos vegetais, glicerinas, entre outros. O objetivo é extrair os princípios ativos das plantas para utilização terapêuticas.
Fazem parte da Fitoterapia mais possuem porcentagens pequenas de óleos essenciais e podem ser utilizados
como veículos para sinergias aromaterápicas.
ALCOOLATOS
Macerados de plantas frescas com álcool. Usa-se 200 g de ervas para 1 litro de álcool de cereais.
TINTURAS
Macerados de plantas secas com álcool. Usa-se usar 200 g de ervas para 1 litro de álcool de cereais.
EXTRATO OLEOSO ou ÓLEO MEDICINAL
Usa-se 200 g de planta seca em óleo vegetal. Coloca-se em banho-maria por algumas horas ou expõe ao sol por um
mês.
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