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AROMATERAPIA
A base da Aromaterapia é a utilização com fins terapêuticos de Óleos Essenciais que são substâncias extraídas das
folhas, cascas, rizomas, caules, sementes e resinas de plantas aromáticas.

Os óleos essenciais são encontrados em diferentes partes das plantas:


- na seiva ou resina (Olíbano, Mirra)
- na madeira das plantas (Sândalo, Cedro, Pau rosa)
- nas raízes (Gengibre, Vetiver)
- nas folhas (Manjericão, Cipreste, Eucalipto, Gerânio, Manjerona, Limão, Patchouli, Hortelã Pimenta, Alecrim, Tea tree)
- nas relvas (Erva Cidreira, Capim Limão, Palmarosa)
- nas casca de frutas (Bergamota, Laranja, Limão, Tangerina)
- nas sementes e frutos (Erva doce, Pinheiro)
- nas flores (Camomila, Jasmim, Rosa, Ylang Ylang, Lavanda)

Óleos Essenciais são formas altamente concentradas de energia herbácea e representam a força vital da planta.
Os Óleos Essenciais tratam a pessoa holisticamente, fortalecendo o físico, equilibrando a mente e as emoções e
despertam a espiritualidade.
Os princípios ativos contidos nos óleos essenciais atuam sobre nossos sistemas linfáticos, imunológico, digestivo,
cardiovascular, respiratório e geniturinário.
No nível psicológico, os óleos essenciais, podem influenciar positivamente as nossas emoções e o nosso
comportamento. Por isso podem auxiliar no tratamento de casos psicossomáticos, stress, depressão, falta de libido,
enxaqueca, insônia, irritação, medo, ansiedade, dificuldade de concentração e outros.
Fortalecem o físico, atuam no plano mental como estimulante ou calmante, trazem paz para os sentimentos, equilibrando
as emoções e elevam a consciência do ser humano para o nível da espiritualidade. Através de seu precioso aroma eles
tocam nossa alma para fazermos o contato com nossa espiritualidade.

AROMATERAPIA ATRAVÉS DA HISTÓRIA


Não podemos datar com exatidão a primeira extração por destilação do que chamamos de "óleos essenciais". O
objetivo das primeiras destilações feitas teria sido inclusive de extrair-se álcool do vinho, o chamado "espírito" presente
no mel fermentado.
Provavelmente isto data do período posterior ao dilúvio, de acordo com as escrituras hebraicas. Há alguns
milhares de anos, ervas aromáticas, bálsamos e resinas eram empregados para embalsamar cadáveres, em cerimônias
religiosas ou sacrifícios e nenhum documento que permaneceu, fala com exatidão do uso de óleos essenciais isolados.
Os mais antigos relatos sobre o uso de produtos naturais estão presentes nos livros em sânscrito dos Ayurvedas
(há mais de 2.000 A.C.). A partir disto nós podemos concluir que os hindus conheciam a fermentação, rudimentares
aparatos de destilação e os produtos destilados, no caso óleos essenciais, resultantes deste processo. Cálamo e capins
do gênero andropogon (capim limão, cidreira, citronela, vetiver, etc), espicanardo, mirra, etc, em meio a mais de 700
substâncias aromáticas são citados. Eles eram provavelmente extratos alcoólicos (não óleos essenciais puros) e não
eram empregados simplesmente como perfumes, mas possuíam usos, segundo o Rig Veda, tanto em cerimônias
religiosas, quanto num sentido terapêutico.
Dioscorides Pedanius, antigo médico grego, no primeiro século durante o reinado de Nero, escreveu um trabalho
sobre "matéria médica", que foi reproduzido posteriormente pelos árabes. Ele havia pesquisado as origens da invenção
da destilação depois que notou as possibilidades médicas das águas destiladas (hidrossóis). Concluiu que o Egito teria
sido o berço da arte da destilação, apesar de existirem poucas referências atuais disso. Os antigos persas e egípcios
isolaram vários perfumes e conheciam os óleos essenciais de terebintina (madeira de pinheiro) e resina de mastique,
sem dúvida o primeiro óleo essencial, obtido a partir da destilação a seco. Referências em manuscritos datados de 2000
A.C. falam de "finos óleos, perfumes e os incensos de templos usados para a adoração de Deus". Eles queimavam
olíbano ao nascer do sol oferecendo ao Deus sol, Rá, e mirra que era oferecido à lua. Vasos de alabastro encontrados
em antigas tumbas dos faraós continham óleos essenciais e datavam de mais de 6.000 atrás. Os egípcios empregaram

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gomas e óleos no processo de embalsamento de cadáveres, eram peritos na área de cosmetologia e reconhecidos por
seus preparados de ervas.
Muitas evidências mostram que os chineses também teriam utilizado ervas e compostos aromáticos durante o
mesmo período que os egípcios. O livro de ervas de Shen Nung é o mais antigo livro médico chinês que data de 2.700
A.C e que dá estas referências. Também o livro de medicina interna do antigo Imperador Amarelo, da China, fala sobre o
uso de remédios aromáticos como o opium e o gengibre, muitos destes empregados não só terapêuticamente, mas
inclusive em cerimônias religiosas como o Li-ki e Tcheou-Li.
Os romanos, grandes conhecedores dos perfumes, conheciam os óleos aromáticos e teriam tomado muito deste
seu conhecimento dos gregos. Dioscorides, Plínio e Galeno mencionam isso em seus escritos. O primeiro dos
documentos escritos sobre a história da destilação vai até os escritos de Geber, no século IX, onde descrevia a
destilação a seco e a hidrodestilação.
Durante as Cruzadas o conhecimento dos óleos aromáticos e perfumes difundiu-se para o leste e Arábia e um
físico conhecido como Avicena que viveu de 980 D.C. a 1037 D.C. acabou sendo reconhecido por ter sido o primeiro a
ter utilizado o processo da destilação para extrair o óleo de rosas, contudo levou-se muitos anos para que o método
fosse aperfeiçoado adequadamente.
Nenhuma outra nação esteve tão bem treinada em alquimia, medicina e terapias naturais do que os árabes. Os
doutores árabes e alquimistas inventaram a "serpentina" com o objetivo de refrigerar os produtos destilados. A primeira
descrição autêntica a respeito de óleos essenciais foi feita detalhadamente por Arnold Villanova de Bachuone no século
XIII onde relacionava terebintina e alecrim com a sálvia. Porém, as ervas eram inicialmente maceradas em "l'eau de vie"
ou fermentadas em água (devido à presença de álcool) e a separação dos óleos essenciais não era feita ao fim do
processo, obtendo-se assim somente águas aromáticas destiladas. No mesmo século muitos óleos essenciais como
amêndoas amargas, arruda, canela, sândalo e rosa foram destilados, muitos pela primeira vez. Em fins dos séculos XV
Jerome Brunschwing, doutor em Strasbourg, menciona o espicanardo, terebintina, madeira de junípero e alecrim. A
intenção das destilações era de se obter a Quinta Essência tão almejada pelos alquimistas.
Mas todas estas destilações eram intensamente alcoólicas e eles não tinham nenhuma idéia sobre óleos
essenciais verdadeiramente "puros". Depois de um grande número de publicações a respeito da arte da destilação, nós
tivemos que esperar até 1563 quando Giovanni Battista Della Porta escreveu "Liber de distillatione", com o objetivo de
especificar claramente os óleos carreadores, os óleos essenciais e os métodos de separar os óleos essenciais das
aromáticas águas destiladas.
Foi somente durante os séculos XVI e XVII que os óleos essenciais receberam suas primeiras aplicações e sua
introdução no comércio. A partir disso a aromaterapia cresceu rapidamente ao redor do mundo.
O termo em si, "aromaterapia" teria sido criado por um químico francês em 1928 e que se chamava Maurice
René de Gattefossé. Gattefossé veio a ficar fascinado pelas possibilidades terapêuticas dos óleos essenciais a partir de
uma experiência pessoal com o óleo de lavanda. Até então Gattefossé utilizava os óleos essenciais em seus produtos e
criações com o objetivo de perfumá-los, mas sem nenhum fundamento terapêutico. Ocorreu que ao estar fazendo uma
destilação em seu laboratório, houve um acidente onde o produto que era inflamável caiu em seus braços causando uma
séria queimadura. Num ato sem pensar ele mergulhou seus braços numa tina de lavanda, que pensava ser de água e
percebeu imediatamente que a sensação de dor logo passou. Em poucos dias o machucado havia sarado e no lugar da
queimadura não ficou nenhuma cicatriz. Isto o levou a se interessar em pesquisar as possibilidades terapêuticas dos
óleos essenciais. Ele também descobriu que muitos óleos essenciais são mais efetivos em sua totalidade do que seus
ingredientes ativos isolados ou sintetizados. No início de 1904 Cuthbert Hall já havia demonstrado que o poder
antiséptico do óleo de eucalipto globulus em sua forma natural era muito mais forte do que seu principal constituinte e
princípio ativo isolado, o eucaliptol (= cineol).
Outro importante trabalho e que lançou no mercado a "terapia através dos óleos essenciais", foi um livro escrito
pelo Dr. Jean Valnet, que havia estudado as pesquisas de Gattefossé e iniciado então suas experiências com os óleos
essenciais.
Durante a Segunda Guerra Mundial, O Dr. Valnet serviu como médico na Frente Armada Francesa nas muralhas
da China. Ao tratar das vítimas, teria ele ficado sem antibióticos, o que o levou a tentar fazer uso dos óleos essenciais.
Para seu espanto, eles possuíam um poderoso efeito em reduzir e parar com os processos infecciosos, estando assim, o
Dr. Valnet, possibilitado de salvar muitos soldados que de outro modo morreriam sem os antibióticos. Também teria ele
empregado os óleos essenciais como parte de um programa através do qual tratou com sucesso desordens médicas e
psiquiátricas e estes resultados foram publicados em 1964 no livro "aromatherapie".
O Dr. Valnet teve dois estudantes que estiveram trabalhando junto a ele e que ficaram responsáveis, após sua
morte, pela divulgação de seu trabalho: Dr. Paul Belaiche e Dr. Jean Claude Lapraz. Eles descobriram que os óleos
essenciais contêm propriedades antivirais, antibacterianas, antifúngicas e antissépticas, sendo também poderosos
oxigenadores com a habilidades de agir como agente de transporte na entrega de nutrientes nas células do corpo.
Outra personalidade de destaque durante o período foi Margaret Maury (1895-1968), bioquímica que estudou o
trabalho de Valnet e foi a pioneira em introduzir a visão holística dentro da aromaterapia, criando assim um método de
aplicação dos óleos pela massagem e de acordo com as características temperamentais e de personalidade de seus
clientes. O trabalho combinado de Margaret Maury e Jean Valnet criaram a aromaterapia hoje empregada em todo o
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mundo.

O USO DA AROMATERAPIA NA ATUALIDADE


Atualmente a aromaterapia é uma técnica reconhecida e empregada em muitos países do Primeiro Mundo como
um método extremamente eficaz de tratamento. Contamos na Inglaterra por exemplo com um Conselho de
Aromaterapia, assim como no Brasil contamos com um Conselho de Farmácia, de Medicina, etc. Podemos dizer, com
quase toda certeza, que em se tratando de conhecimento e avanço na área, a Inglaterra e a França são os países que
mais se destacam, com um trabalho sério e de qualidade. Na Inglaterra não é permitido a qualquer um trabalhar dentro
da área, assim como comercializar óleos, sem o devido controle dos órgãos responsáveis, o que aqui no Brasil se
apresenta justamente de maneira contrária, onde a cada dia nascem mais e mais empresas comercializando produtos
sintéticos ou adulterados, que são vendidos às pessoas que os utilizam crendo em seus efeitos medicinais que, muito
pelo contrário, podem até fazer-lhes mal.
Sabemos inclusive que há na França Faculdades que possuem a matéria "aromaterapia" como opcional no curso
de Medicina, podendo os médicos em curso optar ou não por fazê-la, para aplicar a seus pacientes. Em tal curso toca-se
inclusive não só sobre a questão do uso oral e externo, mas também sobre o uso intravenoso, o que somente deve ficar
por conta dos médicos.
Quanto à produção mundial de óleos essenciais, destacam-se na Europa a Bulgária, França e Itália e no Oriente
países como a China e a Índia. Entre aqueles que produzem óleos exóticos podemos destacar Madagascar e Ilhas
Comores, produtoras do famoso ylang ylang e da ainda desconhecida, por muitos, Ravensara. Também poderíamos
destacar o Egito e o Marrocos por seus óleos de gerânio, rosa e alecrim e a Austrália pelo importante tea tree. Já na
América do Sul, o Brasil seguido depois pelo Chile, Paraguai, Argentina e, por último, o Peru seriam os mais importantes
produtores. Na América, o Brasil pode ser considerado como o maior produtor de óleos e, em nível mundial, como o
maior produtor de cítricos, principalmente a laranja e a tangerina.
Em nosso país contamos atualmente com a produção dos seguintes óleos essenciais: Pau rosa (praticamente
toda a produção mundial advém do Brasil), laranja, tangerina, bergamota, lima, limão siciliano e tahiti, copaíba, cravo da
índia, eucalipto glóbulo e citriodora, hortelã pimenta, palmarosa, capim cidreira, citronela, cabreuva, petitgrain, entre os
carreadores como girassol, castanha do pará, andiroba, etc.
Dentro da história da aromaterapia, podemos dizer que foi somente a partir da década de sessenta que o uso
dos óleos se difundiu profundamente por todo o mundo. Antes desta data, teria sido Gatefossé, quem inclusive criou o
termo, que teria dado uma maior atenção a seu uso. Com o advento da Segunda Grande Guerra e o desenvolvimento da
indústria farmacêutica, a terapia através de óleos essenciais e a fitoterapia foram meio que deixadas de lado, pois
estavam no auge os antibióticos e as sulfas. Mas, na atualidade, com a perda dos efeitos curativos dos diferentes
medicamentos (que antes eram úteis no tratamento das doenças e hoje em dia têm que ser substituídos por outros cada
vez mais fortes, pois as bactérias e vírus já criaram imunidade a eles), a terapia através de óleos essenciais e a
fitoterapia têm recebido atenção especial, pois como acontece com os óleos essenciais, e as pesquisas comprovam isso,
as bactérias e vírus não criam imunidade e resistência a eles, podendo muitos serem usados em substituição aos
antibióticos atuais, sem que se tenha presente alguns de seus efeitos colaterais.

Os óleos agem nas bactérias de duas formas:


1 - Os óleos possuem uma freqüência energética alta, o que impede a proliferação da maior parte das bactérias, vírus e
fungos, que não vivem em ambientes e locais de alta freqüência energética. Por este motivo todos os óleos essenciais
irão possuir propriedades antissépticas, uns em maior quantidade outros em menor.
2 - Muitos óleos atuam inibindo reações enzimáticas em bactérias e a atividade de vírus, como acontece com o eucalipto
citriodora, que ao atravessar a parede de lipídeos, que constitui parte do citoplasma de muitas bactérias, atua
desregulando todo o processo de mitose (divisão celular) das mesmas e processos metabólicos, o que acaba levando-as
à morte. Alguns antibióticos, por serem insolúveis em lipídeos (gordura), não atravessam esta camada que algumas
bactérias possuem, de nada valendo em seu combate. Por outro lado, todos os óleos essenciais possuem uma boa
dissolução em lipídeos, o que facilita sua ação.
Atualmente, devido à sua grande diversidade de uso, podemos dividir a aromaterapia em duas grandes áreas:
- Fisiológica, com o uso de massagens, reflexologia, banhos, compressas, inalação, sua ingestão e como
técnica de beleza aliada ao uso de cosméticos e outros produtos.
- Psicológica, conhecida como psicoaromaterapia, tem o objetivo de harmonizar e curar o ser humano em
nível de sua alma, através do uso dos aromas com os seus efeitos psicológicos emocionais e mentais
relacionados sobre a consciência do ser humano.
A última delas, um de seus usos mais recente tem se dado na área da perfumaria, em que muitos
perfumistas famosos a usam na criação de suas obras, pois notaremos perfumes com atributos bem
específicos, que atuam melhorando a auto-estima das pessoas, dando-lhes a sensação de liberdade,
sensualidade, poder e autoconfiança.

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Seja como for, com o crescente interesse das pessoas na área e o aumento gradativo de profissionais atuando de
forma mais consciente no meio, este receba um maior impulso dentro da Brasil, conseguindo com isso levar ao público o
conhecimento dos excelentes empregos terapêuticos da aromaterapia.

MÉTODOS DE EXTRAÇÃO DOS ÓLEOS ESSENCIAIS

DESTILAÇÃO À VAPOR
Geralmente usado em: folhas, ervas, sementes, raízes e madeiras
A destilação à vapor é feita utilizando-se de uma caldeira
geradora de vapor d’água, uma dorna onde se coloca partes da
planta frescas ou secas e um condensador para resfriar o vapor e o
óleo essencial obtidos.
Saindo da caldeira, o vapor circula através da planta na dorna
forçando a quebra das frágeis bolsas intercelulares que se abrem e
liberam o óleo essencial. À medida que este processo acontece, as
sensíveis moléculas de óleos essenciais evaporam junto com o vapor
da água viajando através de um tubo no alto do destilador, onde logo em
seguida passam por um processo de resfriamento através do uso de
uma serpentina e se condensam junto com a água. Forma-se então,
na parte superior desta mesma água obtida, uma camada de óleo essencial que é separado através de decantação. A
água que sobra de todo este processo após retirado o óleo, é chamada de água floral, destilado, hidrossol ou de
hidrolato. Ela retém muito das propriedades terapêuticas da planta, mostrando-se útil tanto em preparados para a pele e
também para uso oral.

HIDRODESTILAÇÃO
Geralmente usado em: folhas, ervas, sementes e flores, mas nem sempre é
indicado para extrair-se o óleo essencial de raízes e madeiras porque devido ao
demorado tempo de destilação destes materiais, a água pode evaporar-se toda
do destilador e a planta queimar-se.
Os materiais da planta são completamente emergidos na água, como num
chá e então destilados. A temperatura não excede os 100ºC, evitando desta
forma a perda de compostos mais sensíveis a altas temperaturas como na
destilação a vapor. Este é o mais antigo método de destilação e o mais versátil.
É comumente empregado quando se conta com pouco recurso financeiro, e
nestes casos, a destilação é um processo todo artesanal. Costuma ser usado
para extração do óleo essencial de algumas flores como a rosa e neroli e
também de raízes, madeiras e cascas.

ENFLORAGEM
Geralmente usado em: pétalas de flores que tem compostos sensíveis demais para usar outros métodos, e que tem
uma quantidade pequena de óleos essenciais.
O método propriamente dito, consiste basicamente em colocar tais pétalas em em um chassi que é uma
armação com placa de vidro recoberta de gordura e compostos preservativos por ambos os lados. Estas placas são
postas umas sobre as outras, de modo a evitar o contato direto com o ar atmosférico. As pétalas são substituídas por
outras frescas por um período que pode variar conforme o caso, mas usualmente tende a ser 24 horas.
Após 8 a 10 semanas, a gordura, que age como uma esponja absorvendo o aroma, chega a seu ponto de
saturação em relação aos óleos das flores. Com isso, esta é removida e adicionando álcool à mistura é possível separar
o óleo essencial da gordura, pois o óleo essencial é mais solúvel no álcool. Aí então teremos o absoluto. Este é um
processo difícil e demorado. Hoje, este método praticamente não é feito mais.

EXTRAÇÃO COM SOLVENTES VOLÁTEIS


Geralmente usado em: delicadas plantas, para óleos usados em perfumaria e cosméticos.
Determinados tipos de óleos são muito instáveis e não suportam o aumento de temperatura. Neste caso, as
plantas são imersas em um solvente químico adequado (pode ser utilizado a cetona, hexano ou qualquer derivado do
petróleo) usado para extrair os compostos aromáticos da planta. Fornecendo um produto denominado concreto. O
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concreto pode ser dissolvido em álcool de cereais para remoção dos solventes. Com a evaporação do álcool temos o
absoluto.
No processo de extração do concreto não só se obtém óleo essencial mas também ceras, parafinas, gorduras e
pigmentos. O concreto apresenta uma consistência pastosa. Já absoluto não é somente responsável de fazer uma
limpeza dos solventes empregados, assim como de obter uma mistura mais purificada de ceras, parafinas e substâncias
gordurosas presentes, o que leva o produto final ter uma consistência mais líquida. O teor de solvente no produto final
varia de menos 1% à 6%.
Apesar do rendimento ser bem maior e o custo beneficio bem maior que o da enfleurage, os óleos obtidos por
extração a solvente podem apresentar resíduos de solvente no final do seu processo, e podem apresentar efeitos
colaterais dependendo do solvente empregado. Por isso absolutos e concretos costumam ser usados para perfumaria e
cosmética.
CO2 HIPERCRÍTICO
Geralmente usado em: extração de óleos essenciais de frutas, raízes, sementes, flores, madeiras e folhas. Os óleos
obtidos por esse método se assemelham muito aos aromas da planta viva.
As partes das plantas a serem extraídas são colocadas em um tanque onde é injetado dióxido de carbono
supercrítico, isto ocorre a extrema pressão de 200 atmosferas e temperaturas superiores de 31ºC. Nessa pressão e
temperatura o CO2 atinge o que seria um quarto estado físico, no qual a sua viscosidade é semelhante a de um gás,
mas a sua capacidade de solubilidade é elevada como se fosse um liquido.
Uma vez efetuada a extração faz com que a pressão diminua e gás carbônico volta ao estado gasoso, não
deixando qualquer resíduo de solvente. A grande solubilidade e a eficiência na separação tornam o CO2 supercrítico
para ser utilizado na indústria do que solventes orgânicos.
Muitas das extrações por CO2 possuem um fresco, claro e característico aroma de óleos destilados a vapor, e
eles cheiram de forma muito similar à planta viva. Estudos já demonstraram que os óleos essenciais extraídos por este
método mantêm em completa integridade seus compostos ativos. Este método é o que permite se obter os óleos
essenciais de melhor qualidade possível e de maior potência terapêutica. O inconveniente deste sistema é o custo do
maquinário que acaba tornando o produto final obtido muito dispendioso.
PRENSAGEM A FRIO
Geralmente usado em: extração de óleos essências de frutas cítricas como bergamota, laranja, limão e grapefruit.
Neste processo, as frutas são prensadas e delas extraído tanto o óleo essencial quanto o suco. Após a
prensagem é feita a centrifugação da mistura, através da qual separa-se o óleo essencial puro. Existe também, extração
de óleos de cítricos por destilação a vapor, o que é feito para eliminar as furanocumarias que mancham a pele. A
destilação de cítricos porém pode alterar muito seu aroma.
Não somente é feito extração de óleos essenciais de cítricos por este método, mas de maneira semelhante o óleo
de oleaginosas como amêndoas, castanhas, nozes, germe de trigo, oliva, etc.
Fonte: Laszlo Aromaterapia Ltda

NOÇÕES BÁSICAS DE FITOTERAPIA

EXTRATOS VEGETAIS
São preparações concentradas, utilizando partes de plantas e determinados solventes, tais como água, álcool,
óleos vegetais, glicerinas, entre outros. O objetivo é extrair os princípios ativos das plantas para utilização terapêuticas.
Fazem parte da Fitoterapia mais possuem porcentagens pequenas de óleos essenciais e podem ser utilizados
como veículos para sinergias aromaterápicas.

ALCOOLATOS
Macerados de plantas frescas com álcool. Usa-se 200 g de ervas para 1 litro de álcool de cereais.
TINTURAS
Macerados de plantas secas com álcool. Usa-se usar 200 g de ervas para 1 litro de álcool de cereais.
EXTRATO OLEOSO ou ÓLEO MEDICINAL
Usa-se 200 g de planta seca em óleo vegetal. Coloca-se em banho-maria por algumas horas ou expõe ao sol por um
mês.

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BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA:

- A Bíblia da Aromaterapia - Pensamento


- Tudo Sobre Aromaterapia – Adão Roberto da Silva – Editora Roka.
- Segredos da Aromaterapia – Jennie Harding – Editora Evergreen.
- Guia Completo de Aromaterapia – Joanna Hoare – Pensamento.
- Aromaterapia Holística – Ann Berwick – Editora Nova Era.
- Aromaterapia e as Emoções – Shirley Price – Editora Bertrand Brasil.
- Aromaterapia – Marcel Lavabre – Editora Nova Era.
- O Livro da Aromaterapia – Jeanne Rose – Editora Campus.
- Aromaterapia – Patricia Davis – Editora Martins Fontes.
- Óleos que Curam – Wanda Sellar – Editora Nova Era
- Cura Vibracional - Deborah Eidson – Editora Lazlo
- La Guérison Vibratoire – Deborah Eidson – Guy Trédaniel Éditeur
- Huiles Royales Huiles Sacrées - Aromathérapie Spirituelle – Jutta Lenze – Le Mercure Dauphinois
- Mes 15 Huiles Essentielles – Danièle Festy – Leducs Éditions
- Aroma Psy - Danièle Festy – Leducs Éditions
- L’Aromathérapie Énergetique – Lydia Bosson – Editions Amyris
- L’Aromathérapie Quantique – Daniel Pénoël – Guy Trédaniel Éditeur
- Aromathérapie Spirituelle – Patricia Davis – Editions de Mortagne
- L’Aromathérapie – Nelly Grtosjean – Eyrolles

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