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DEFUMAÇÃO BATER CABEÇA

1. Defuma com as ervas da Jurema 5. Vou abrir minha Jurema


Dudu Tucci Cantiga antiga

Defuma com as ervas da Jurema Vou abrir minha Jurema


Defuma com arruda e guiné Vou abrir meu Juremá
(bis) (bis)

Bejoim, Alecrim e Alfazema Com a licença de mamãe Oxum


Vamos defumar filhos de fé E nosso pai Oxalá
(bis) (bis)

2. Defumação 6. Ponto de bater cabeça


Cantiga antiga Cantiga antiga

Oi corre gira pai Ogum Vai, vai, vai


Filhos quer se defumar Aos pés de Nosso Senhor
A umbanda tem fundamentos Vai bater cabeça iaô
É preciso preparar Oxalá mandô
(bis)
Com incenso e benjoim
Alecrim e alfazema
Defumar filhos de fé
Com as ervas da jurema ABERTURA DE GIRA

7. Eu abro a nossa gira


3. Nossa Senhora incensou a Jesus Cristo Cantiga antiga
Cantiga antiga
Eu abro a nossa gira
Nossa Senhora incensou a Jesus Cristo Com Deus e Nossa Senhora
Jesus Cristo incensou os filhos seus Eu abro a nossa gira
Sambolê pemba de angola
Eu incenso, eu incenso essa casa (bis)
Na fé de Oxóssi, pai Ogum e Oxalá
(bis)
8. Hino da umbanda
Estou incensando, estou defumando Cantiga antiga
A casa do bom Jesus da Lapa
(bis) Refletiu a luz divina
Com todo seu esplendor
É no reino de Oxalá
Aonde há paz e amor
PEMBA Luz que refletiu na terra
Luz que refletiu no mar
Luz que veio de Aruanda
4. Salve a pemba Para nos iluminar
Cantiga antiga
A Umbanda é paz e amor
Oi salve a pemba Um mundo cheio de Luz
Também salve a toalha É força que nos dá vida
(bis) E a grandeza nos conduz
Avante, filhos de fé
Salve a coroa Como a nossa lei não há
É de nosso Zambi é maior
(bis) Levando ao mundo inteiro
A bandeira de Oxalá
(bis)

1
SAUDAÇÃO À ESQUERDA Com a licença de mamãe Oxum
E nosso pai Oxalá
(bis)
9. Ponto de Exu
Cantiga antiga Já abri minha Jurema
Já abri meu Juremá
Ogum mandou louvar Exu (bis)
Laroiê, Laroiê, Laroiê, Laroiê Com licença de mamãe Oxum
(bis) E nosso pai Oxalá
(bis)
Ele é tata na calunga ...
Ele é bamba na encruza Eu já abri minha Jurema
Laroiê, Laroiê, Laroiê, Laroiê Já abri meu Juremá
(bis)
Ele é meu amigo Com a licença de mamãe Oxum
É Seu Sete encruzilhada E nosso pai Oxalá
Laroiê, Laroiê, Laroiê, Laroiê (bis)

Ogum mandou louvar Exu Eu já abri minha Jurema


Laroiê, Laroiê, Laroiê, Laroiê Já abri meu Juremá
(bis) (bis)
Com a licença de mamãe Oxum
E nosso pai Oxalá
(bis)
10. Ponto de Tranca Ruas
Cantiga antiga

Estava dormindo na beira do mar


12. Saudação as Sete linhas da Umbanda
Estava dormindo na beira do mar Cantiga antiga

Quando as almas me chamou, pra trabalhar Oi, salve a umbanda, vamos saudar
Quando as almas me chamou, pra trabalhar As sete linhas dos orixás
Na natureza sete são as vibrações
Acorda Tranca Ruas, vai vigiar Que pai Olorum criou e aqui estão neste congá
Acorda Tranca Ruas, vai vigiar
Na linha da sagrada geração
O inimigo está invadindo a porteira do Congá Pai Omulu e também Iemanjá
O inimigo está invadindo a porteira do Congá Lá na floresta, a força do conhecimento
Saravá meu pai Oxóssi, saravá pra mãe Obá
Passa a mão nas suas armas ê, vai guerrear
Passa a mão nas suas armas ê, vai guerrear Quem movimenta é Iansã
Pelos caminhos do pai Ogum
Bota o inimigo pra fora para nunca mais voltar Linha da lei é linha forte nas demandas
Bota o inimigo pra fora para nunca mais voltar Saravá pra lei da umbanda
Saravá pra lei maior
Passa a mão nas suas armas ê, vai guerrear
Passa a mão nas suas armas ê, vai guerrear Na força de Xangô e Oroiná
Tem a justiça que vem tudo equilibrar
Na evolução, quem rege é Obaluaê
Que traz todo o seu saber junto com a mãe Nanã

A cachoeira é de Oxum
COMEÇANDO OS TRABALHOS E o arco-íris de Oxumaré
Que são a linha do amor do pai Olorum
Que ilumina cada um e engrandece a nossa fé
11. Vou abrir minha Jurema
Cantiga antiga
Salve a umbanda, salve as sete vibrações
São sete cores na coroa de Babá
Vou abrir minha Jurema
Mãe Logunã é a mãe do tempo e da fé
Vou abrir meu Juremá
E o regente da umbanda é o nosso pai Oxalá!
(bis)

2
ENCERRAMENTO DE GIRA OXALÁ

16. Tem pena de nós


13. Pombinho Branco Cantiga antiga
Cantiga antiga
Oxalá meu pai
Pombinho Branco Tem pena de nós, tem dó
Mensageiro de Oxalá Se a volta no mundo é grande
(bis) Seus poderes são maiores
(bis)
Leve esta mensagem
De todo coração até Jesus
Diga que somos 17. Oxalá quem governa o mundo
Soldados de Aruanda Mestre Obashanan e Luciana Gama
Trabalhamos na Umbanda
Carregando a nossa Cruz É Oxalá quem governa o mundo
Só ele pode governar
(bis)

14. Se eu fosse só, já não estaria mais aqui Foi ele quem nos deu à luz
Henrique de Oxóssi Clareou a Umbanda e nossos Orixás
(bis)
Tantas batalhas venci
Muitas ainda vou enfrentar Oxalá, Oxalá, Oxalá
Muitas vezes vou cair Abre os caminhos
Mas sempre vou levantar Pra seus filhos trabalhar
(bis)
Meu escudo é minha fé
Minha espada é o Orixá
Tenho meu corpo fechado 18. Oxalá nas oliveiras
Nas rezas do Jacutá Cantiga antiga

Quando eu caí, meu Pai Ogum me levantou Oxalá nas oliveiras


Quando eu sofri, mamãe Oxum me amparou Pediu ao senhor do mundo
Me vi perdido, Exu veio me guiar (bis)
Estava com fome, Oxóssi me ensinou caçar
Que plantasse, que semeasse
Fui humilhado, mas Xangô me defendeu A caridade que o senhor determinou
Fui perseguido, Oyá com os ventos me escondeu (bis)
Caí doente Omolu quem me curou
Estava sujo, Iemanjá quem me banhou Como é lindo Oxalá, como é lindo Oxalá
Como é lindo Oxalá em seu congá
Eu vi a morte, mas Nanã lhe afastou (bis)
Cuidou de mim e o meu pranto ela secou
Desesperado, vi minha fé vacilar
Fui renovado com as palavras de Oxalá
NANÃ
Se eu fosse só, já não estaria mais aqui
Meu Orixá, me ajudou a persistir
Na noite escura, nos caminhos me guiou 19. Reino de Nanã
Cantiga antiga
E na Umbanda eu retribuo seu amor
É Nanã ê, é Nanã ê ,é Nanã ê
É Nanã ê, é Nanã ê ,é Nanã ná
Senhora das águas turvas
15. Abraço dado
Cantiga antiga
Nanã é Yabá
(bis)
Um abraço dado de bom coração
É mais que uma benção Em Orum vive Nanã Buruquê
É uma benção Saluba linda senhora
Viva seu poder

3
20. São flores Nanã 24. Obaluaiê
Cantiga antiga Serena Assumpção

Refrão: Senhor da terra


São flores Nanã, são flores Das chagas do amor
São flores Nanã Buruquê Na pele as palhas
São flores Nanã, são flores Que amenizam a dor
Do seu filho Obaluaê
(bis) Abraço-te pra pedir
Sua bênção sua luz
Nas horas de agonia E nesse caminho são
Ele sempre vem valer Omolú me conduz
É seu filho Nanã, é meu pai
Ele é Obaluaê Kaviongo santas almas do mar
Pai Omolú quem chegou pra dançar
[refrão] Atotô, Obaluaiê
Kaviongo santas almas do Axé
A senhora Santana Pai Omolú quem chegou pra benzer
É Nanã Buruquê Atotô, Obaluaiê
Ele é mãe dos orixás
São Roque é Obaluaê

IEMANJÁ
21. Nanã venha me valer
Cantiga antiga
25. Saudação a Iemanjá
Oh Nanã Dudu Tucci
Venha me valer, Nanã
Vem me socorrer, Nanã Mãe d'água, rainha das ondas, sereia do mar
(4x) Mãe d'água, seu canto é bonito quando tem luar
(bis)
Na cachoeira tem um poço
Tem um poço de dendê Como é lindo o canto de Iemanjá
(bis) Faz até o pescador chorar
Quem escuta a Mãe d'água cantar
Mas esse poço é de Nanã Vai com ela pro fundo do mar
É de Nanã de Buruquê Vai com ela pro fundo do mar, Iemanjá
(bis)
Iêê, Iemanjá
Rainha das ondas, sereia do mar
OMULU /OBALUAÊ Rainha das ondas, sereia do mar
(bis)

22. Atotô
Kiko Dinucci & Juçara Marçal
26. Tá tudo bem
Rolei na terra, a benção Atotô Cantiga antiga
Seu xaxará, a ferida secou
(bis) Como é que eu faço
Para ver mamãe Iemanjá
A flor do velho, me curou oh Se nem uma flor
Eu tenho para lhe dar
(bis)
23. O velho Omulu vem caminhando devagar
Cantiga antiga Tá tudo bem, tá tudo bem
Se não tem flor
O velho Omulu vem caminhando devagar Leva a fé que você tem
O velho Omulu vem caminhando devagar (bis)
Apoiado em seu cajado, ele vem nos ajudar
Apoiado em seu cajado, ele vem nos ajudar Se não tem flor
Omulu é, dono da terra Atotô Obaluaê Leva a fé que você tem
Omulu é, dono da terra Atotô Obaluaê (3x)
4
27. Um presente dos orixás OXÓSSI
Sandro Luiz

Hm... Oh ô ô ô Oh ô ô ô 30. Oxóssi é Poderoso


Minha mãe Iemanjá iê iê iê Cantiga antiga
Hm... Oh ô ô ô Oh ô ô ô
Do fundo do mar iê iê iê Oxóssi é Poderoso
Da mata é ele Senhor
Hoje... Hoje eu vou cantar (bis)
Hoje eu vou cantar
Vou louvar na areia Pedi licença à [orixá]
Em lua cheia minha mãe Iemanjá iê iê iê Oxalá me deu agô
(bis)
Oxóssi é Poderoso
Rosa do mar, minha estrela do céu azul Da mata é ele Senhor
Não é história de um pescador (bis)
Que o meu amor
Eu vou lhe entregar iê iê iê
(bis)

Deixa... deixa as ondas do mar passar 31. O rei das matas


Ouça o canto da bela Odoyá Sandro Luiz / Marcus Musk
Oxalá quem mandou
Um grande amor do fundo do mar Sou filho do guerreiro de uma flecha só
(bis) Sou filho de Oxóssi caçador
E todo bom guerreiro não anda só
Tem sempre um irmão merecedor

28. Iemanjá Ogunté O Rei das Matas, o meu protetor (bis)


Autor desconhecido
Saravá meu pai Oxóssi
Iemanjá ô Sua bênção meu senhor
Mora nas pedreiras Okê Arô
A beira mar (4x)

Brilhou no céu Okê Arô (4x)


Oi como brilha no mar
Iogunté Sou filho do guerreiro de uma flecha só
A nossa mãe Iemanjá Sou filho de Oxóssi caçador
Ele é mensageiro do Pai maior
E cumpre sua missão com muito amor

29. Navio negreiro O Rei das Matas, o meu protetor (bis)


Cantiga antiga
Saravá meu pai Oxóssi
Navio negreiro no fundo do mar Sua bênção meu senhor
Correntes pesadas na areia arrastar Okê Arô
(4x)
A negra escrava se pôs a cantar
A negra escrava se pôs a cantar
Saravá minha mãe iemanjá
Saravá minha mãe iemanjá 32. Aqui nessa aldeia
Cantiga antiga
Virou a caçamba de fundo pro do mar
Virou a caçamba de fundo pro do mar Aqui nessa aldeia
E quem nos salvou foi mãe Iemanjá Tem um caboclo que ele é real
Ele não mora longe
Saravá, minha mãe Iemanjá Mora aqui mesmo nesse canzuá
Saravá, minha mãe Iemanjá (bis)

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OXUM 38. Ele jurou bandeira
Cantiga antiga

33. Alodé yáô Ele jurou bandeira


Cantiga antiga Ele tocou clarim
(bis)
Ialodé yáô, aonde mora yêyêô (bis)
Alodé, alodé yáô (bis) Com seu exército branco
Ele lutou por mim
(bis)

34. Oro mi má Na beira da praia


Cantiga antiga Ogum 7 ondas
Ogum beira Mar
Oro mi má (bis)
Oro mi maió
Oro mi maió, yabado ayeyeo
(bis)
39. Vem no romper do dia
Ai ai Oxum, Oxum ora yê yê ô (bis) Carlos Buby

Nesta Casa de Guerreiro (Ogum)


Vim de longe pra rezar (Ogum)
35. Eu vi mamãe Oxum na cachoeira Peço a Deus pelos doentes (Ogum)
Cantiga antiga Com fé em Obatalá (Ogum)

Eu vi mamãe Oxum na cachoeira Ogum salve a Casa Santa (Ogum)


Sentada na beira do rio Os presentes e os ausentes (Ogum)
(bis) Salve nossas esperanças (Ogum)
Salve velhos e crianças (Ogum)
Colhendo lírio, lírio ê
Colhendo lírio, lírio á Preto velho ensinou (Ogum)
Colhendo lírio pra enfeitar nosso congá Na cartilha de Aruanda (Ogum)
(bis) E Ogum não esqueceu (Ogum)
Como vencer a demanda (Ogum)

Ogum, meu Pai, Ogunhê


36. Foi na beira do rio Ogum, meu Pai, Ogunhê
Cantiga antiga

A tristeza vai embora (Ogum)


Foi na beira do rio
Vai na Espada de um Guerreiro (Ogum)
Aonde Oxum chorou
E a luz do romper da aurora (Ogum)
Chora Ayê yê ô
Vai brilhar neste Terreiro (Ogum)
Chora os filhos seus
Ogum, meu Pai, Ogunhê
Ogum, meu Pai, Ogunhê
OGUM

37. Se meu pai é Ogum


Cantiga antiga 40. Ogum de Lei
Cantiga antiga

Se meu pai é Ogum (Ogum)


Ogum de Lei, não me deixe sofrer tanto assim (bis)
Vencedor de demanda
Quando chega no Reino
Quando eu morrer, vou passar pela Aruanda
É pra saudar filhos de Umbanda
Saravá, Ogum
Saravá, Seu Sete Ondas
Ogum, Ogum Iara
(bis)
Saravá, Ogum, Ogum Iara
Salve os campos de batalha
Salve as sereias do mar

6
41. Pisa na linha de Umbanda 43. Força de Oyá
Cantiga antiga Ogã Samuel Filho

Pedimos licença a Zambi, a Oxum e Iemanjá Eparrê ô, Eparrê á


Para abrir nossos trabalhos com a bandeira de Oxalá Eparrê Força de Oyá
(bis) (bis)

Saravá Ogum, Saravá Congá (bis) Ela é mais que temporal


Saravá seu Sete Ondas, ele é rei é orixá Muito mais que ventania
Saravá as almas, Saravá congá (bis) Uma força sem igual
Um poder que arrepia
Pisa na linha de Umbanda
Que eu quero ver, Ogum Sete Ondas A bravura de mil homens
Pisa na linha de Umbanda Tudo em uma só mulher
Que eu quero ver, Ogum Beira Mar E por nós ela guerreia
Pisa na linha de Umbanda Venha o mal de onde vier
Que eu quero ver, Ogum Iara, Ogum Megê
Seu cangira de Umbanda auê (bis) [refrão]
Ora pisa no reino ô cangira (3x)
Tata de Umbanda ô cangira Filha de santa guerreira
Meu caminho eu mesma traço
Fui criada em fogo alto
Tenho minha alma de aço

Agradeço à Iansã
IANSÃ Tudo o que ela me ensinou
A coragem de Ogum
E a justiça de Xangô
42. Ela é Oyá
Sandro Luiz [refrão]

Refrão:
Ah Eparrey!
Ela é Oyá! Ela é Oyá! 44. Dona do mundo
Ah Eparrey! Cantiga antiga
É Iansã! É Iansã!
Ah Eparrey! Iansã ela é dona do mundo
Quando Iansã vai pra batalha Dona do fogo, da faísca e do trovão
Todos cavaleiros param Eparrey Iansã na Aruanda
Só pra ver ela passar Santa Barbara com a espada na mão
(bis)

Olha que o céu clareou


Quando o dia raiou XANGÔ
Fez o filho pensar

A mãe do tempo mandou 45. Ele bradou na aldeia


A nova era chegou Tião Casemiro
Agora vamos plantar
Ele bradou na aldeia
Do Humaitá Ogum bradou Bradou na cachoeira em noite de luar
Senhor Oxóssi atinou No alto da pedreira
Iansã vai chegar Vem fazer justiça, pra nos ajudar

O ogã já firmou Ele bradou na aldeia, Kâo kâo


Atabaque afinou E aqui vai bradar, Kâo kâo
Agora vamos cantar Ele é Xangô da pedreira
Ele nasceu na cachoeira
[refrão] Lá no juremar
(bis)

7
46. Dizem que Xangô mora na pedreira
Cantiga antiga 50. O lamento da mestra Ritinha
Cantiga antiga
Dizem que Xangô mora na pedreira
Mas não é lá sua morada verdadeira Quando Deus andou no mundo
(bis) Uma luz lhe acompanhou
Já sabendo que era ela
Xangô mora numa cidade de luz A dona do seu amor
Onde mora Santa Bárbara, Oxumaré e Jesus
(bis) Foi passada aos quinze anos
Dentro da Rua da Guia
E quem quiser saber teu nome
Ela se chama é Ritinha
47. Maleme
Cantiga antiga As amigas lhe levaram
Pro caminho da malícia
Se eu errei, aqui estou Na hora do seu enterro
Pedindo maleme, meu pai Xangô Quem te levou foi a polícia
(bis)
Ela era sua mãe
Mandai a faísca de um raio pra me iluminar Uma filha abençoada
Segura pedra na pedreira não deixa rolar Por não ouvir os seus conselhos
Morreu com sete facadas
Xangô
Kaô, meu pai A Jurema quando nasce
Os seus filhos bambeiam A ciência ela já traz
Mas não caem Por isso eu peço aos filhos seus
(bis) Obedeçam aos seus pais

No dia do seu enterro


Foi um dia de agonia
48. Ponto de Xangô
Cantiga antiga
Os homens todos choravam
E as mulheres todas sorriam
Refrão: (bis)
Pedra rolou, pai Xangô
Lá na pedreira Os homens carregavam, aquele negro caixão
Segura a pedra, meu pai
Pras raparigas elas diziam, descansei meu coração
Na cachoeira (bis)
Tenho meu corpo fechado
Xangô é meu protetor
Segura a pemba, meu filho
51. Voa andorinha mensageira
Pai de cabeça chegou Cantiga antiga

[refrão] Voa andorinha mensageira


Voa e vai buscar o meu amor
(bis)

MESTRES A meia-noite, serei teu sono


Se estiver dormindo, serei teu sonho
E acordado, dona dos seus pensamentos
49. A dona da casa chegou (bis)
Cantiga antiga
(Pode ser usado para chamada)
Água que cai do céu, é chuva
E nessa casa, não tem porta e nem janela Água que cai dos olhos, são lágrimas
O vento passa e a Ritinha mora nela (bis)
(bis)
Chorar, chorar pra quê?
Ô ôôôoo a dona da casa chegou (bis) Se você vai me pagar tudo que me fez sofrer
(bis)

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52. Mestre Junqueiro 56. Se você precisar
Cantiga antiga Cantiga antiga
(Pode ser usado para subida)
Fio, se suncê precisá
Mestre Junqueiro É só pensar na Vovó
Que vem da lagoa do sul Que ela vem te ajudar
(bis) (bis)

Juncando eu venho Pensa numa estrada longa, zífio


Juncando eu vou Lá no seu jacutá
(bis) E numa casinha branca, zífio
Que a Vovó tá lá
Oi desembaraçando eu venho Sentada num banquinho tosco, zífio
Desembaraçando eu vou Com sua rosário na mão
(bis)
Venha trabalhar mais eu Pensa na Vovó Maria Redonda
(bis) Fazendo oração
(bis)

PRETOS VELHOS
57. A sineta do céu bateu
Cantiga antiga
53. Adorei as Almas (Subida)
Cantiga antiga
(Pode ser usado para chamada) A sineta do céu bateu
Oxalá já diz que é hora
Adorei as Almas (bis)
As Almas me atenderam
(bis) Eu vou, eu vou, eu vou
Fiquem com Deus e com Nossa Senhora
Eram as Santas Almas (bis)
Lá no Cruzeiro

ERÊS
54. Minha cachimba tem mironga
Cantiga antiga
58. Eu vi Erê
Minha cachimba tem mironga Cantiga antiga
Minha cachimba tem dendê (Chamada)
(bis)
Eu vi Erê na beira d’água
Quem duvida da minha cachimba Comendo arroz e bebendo água
Que venha ver, que venha ver
(bis) Eu vi (nome do Erê) na beira d’água
Comendo arroz e bebendo água

55. Lá vem a vovó


Cantiga antiga 59. Chamada de Erê
Cantiga antiga
Lá vem a vovó
Descendo a serra com sua sacola 1, 2, 3, 4, 5, 6, eu vou chamar criança
Ela vem de Aruanda, ela vem de Aruanda Na cabeça de vocês
Ela vem de Angola
(bis)

Eu quero ver, vovó 60. Eu quero doce


Cantiga antiga
Eu quero ver
Se filho de pemba não tem querer
(bis) Eu quero doce, que quero bala
Eu quero mel pra passar na sua cara
9
61. Papai me mande um balão 66. Chamei minha cabocla de pena
Cantiga antiga Autor desconhecido

Papai me mande um balão Chamei minha cabocla de pena


Com todas as crianças que tem lá no céu Chamei lá da mata
(bis) Pra ela trabalhar
(bis)
Tem doce papai, tem doce papai
Tem doce lá no jardim Pra ver a força que a Jurema tem
(bis) Pra ver a força que a Jurema dá
(bis)

Chamei minha cabocla de pena


62. Subida de Erê Chamei lá da mata
Cantiga antiga Pra ela trabalhar
(Subida) (bis)
Andorinha que voa, voa andorinha
Pra ver a força que a Jurema tem
Leva as crianças /esse anjo pro céu Andorinha Pra ver a força que a Jurema dá
(bis) (4x)

Salve as caboclas da mata


Salve Iracema, Salve Jurema
CABOCLOS Salve as caboclas da mata Iara
Jussara, Jupira e Jandira
(bis)
63. Chama que ele vem
Cantiga antiga
(Chamada) Okê! Okê! Okê, Cabocla!
Okê! Okê! Okê, Cabocla!
Tem caboclo na mata (bis)
Chama, chama que ele vem
(bis) Salve, a mata
Salve, a mata
Se é caboclo de Umbanda (bis)
Chama, chama que ele vem
(bis) A mata, a mata, a mata, a mata, a mata

64. Cabocla Jurema 67. Caboclo Tupinambá


Cantiga antiga Cantiga antiga

Cabocla, seu penacho é verde Estava na beira do rio sem poder atravessar
Seu penacho é verde Chamei pelo Caboclo, Caboclo Tupinambá
É da cor do mar
(bis) Chamei, chamei
Chamei e tornei a chamar
Mas é a cor da cabocla Jurema Chamei pelo Caboclo, Caboclo Tupinambá
É a cor da cabocla Jurema
É a cor da cabocla Jurema
Mas é a cor da cabocla Jurema
68. Vestimenta de caboclo
Jurema
Cantiga antiga

Vestimenta de caboclo
É samambaia, é samambaia
65. Tava no mato É samambaia
Cantiga antiga
(bis)
Tava no mato, tava no mato Venha caboclo não se atrapalha
No dendê agachadinho
Saia do meio da samambaia
Tava no mato, tava no mato (bis)
Oi caçando o meu passarinho
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69. Eu vi chover, eu vi relampear 73. Filho das águas claras
Autor desconhecido Cantiga antiga

Eu vi chover, eu vi relampear Ô zum zum zum, mauê, mauê


Mas mesmo assim o céu estava azul Ô zum zum zum, mauê, mauá
Samborê, pemba, folha de jurema Eu sou filho das águas claras
Oxóssi reina de norte a sul Sou neto de Iemanjá

Oi minha terra, ó minha terra


Oi minha terra, onde eu nasci
70. De galho em galho
Cantiga antiga
Ai que saudade da minha terra
(Subida)
Oi ela lá e eu aqui
Os caboclos vão embora como passarinho (bis)
Vão de galho em galho desmanchando ninho
(bis)
74. Eu andei, andei
Cantiga antiga

BOIADEIROS Eu andei, andei


Por esse mundo de Deus
(bis)
71. Boa noite meus senhores
Cantiga antiga
(Chamada) Cavalgando por um grande sertão
Muito cansado com meu gibão
Refrão: A chuva caía, meu corpo tremia
Boa noite meus senhores Bate forte trovão
Boa noite meus senhores
Dai-me licença para um cavaleiro Eu descansava e nos pés da Jurema
Dai-me licença para um cavaleiro Me deram meu nome, é boiadeiro é N'Vizala

Eu morei, mata serrada E ademandepá (aroeira)


Eu morei, mata serrada Pelos caminhos que eu andar (aroeira)
O meu nome é Caboclo Vaqueiro Eu salvei Luanda (aroeira)
O meu nome é Caboclo Vaqueiro E filho de Gangazumbá (aroeira)
--------------------------------------------- (bis)
[refrão]
Deus nos salve Casa Santa
Aonde Deus fez a morada
75. Que laço é esse?
Cantiga antiga
[refrão]
Onde mora os cálices bento Que laço é esse meu irmão que traz no peito?
E a hóstia consagrada
Que laço é esse meu irmão do que ele é feito?
(bis)

Oi esse laço, meu irmão é de cipó


Foi boiadeiro, meu irmão, que deu o nó
72. Eu vi a mata se abrir
(bis)
Cantiga antiga

Eu vi a mata se abrir
E um grande guerreiro passar
(bis) 76. Andei camarada
Cantiga antiga

E ele veio com um lindo Diadema Andei, andei camarada


Chetruá para o caboclo Boiadeiro da Jurema Andei, andei
(bis)
Por onde andei, camarada
Saudades deixei, camarada

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77. Bandolê
Cantiga antiga 81. Seu Boiadeiro por aqui choveu
Cantiga antiga
Bandolê olê, olê
Bandolê olê, olá Seu Boiadeiro por aqui choveu
Bandolê seu boiadeiro
Bandolê olê, olá Choveu que água rolou
(bis) Foi tanta água que meu boi nadou
(bis)
Da laranja, eu quero um gomo
Do limão, quero um pedaço
Da morena mais formosa
Quero um beijo e um abraço
(Ou: Do caboclo boiadeiro, quero apenas um abraço)

82. Subida de Boiadeiro


78. Pedrinha miudinha Cantiga antiga
Cantiga antiga (Subida)

Pedrinha miudinha Ê pisa no estribo


Pedrinha de Aruanda ê “Munta” no cavalo
Lagedo tão grande Boiadeiro vai embora
Tão grande de Aruanda ê
(4x) Ê tá na hora, ê tá na hora (bis)

Esse lagedo é muito grande de pedrinha miúda


É de pedrinha miúda, é de pedrinha graúda
(3x) BAIANOS

83. Quem tem baiano pisa


79. Firmei meu ponto Cantiga antiga
Cantiga antiga (Chamada)

Firmei meu ponto na porteira do curral Balança porteira velha


Joguei meu laço e peguei meu alazão Porteira balanceou
Balança porteira velha
Gibão de couro e perfume da Jurema Que os baianos saravou
É na Jurema que eu busco a proteção (bis)
(bis)
Galo cantou, cantou de madrugada
É o boiadeiro, ô Oi, tá na hora, na hora da baianada
É o boiadeiro (bis)
É da Jurema, é da Jurema
(bis) Quem tem baiano pisa
Eu quero ver pisar
Boi ê boi (bis)
Ê boi
Ô boi Jesus salve a baianada
(bis) Aqui nesse congá
(bis)

80. Aroeira
Cantiga antiga 84. Quem não pode com a mandinga
Cantiga antiga
E o meu sertão é alto (aroeira)
E uma vez no mar (aroeira) Êê, Eá
É seu Boiadeiro (aroeira) Quem não pode com a mandinga
Filho de Ganga Zumba (aroeira) Não carrega patuá
(bis)

12
85. Pisa maneiro CIGANOS
Cantiga antiga

Oi pisa, oi pisa 89. Acende a fogueira


Oi pisa maneiro Cantiga antiga
Quem não pode com a macumba (Chamada)
Não assanha o macumbeiro
(bis) Acende a fogueira no congá
Chegou os ciganos para trabalhar
Oi pisa, oi pisa (bis)
Oi pisa maneiro
Quem não pode com a formiga Oi salve o povo do Oriente
Não assanha o formigueiro Salve o povo de Oxalá
(bis) Chegou os ciganos para trabalhar
(bis)

86. Fale de mim 90. Cigana da Estrada


Cantiga antiga Cantiga antiga

Fale de mim Quem nesse mundo nunca ouviu dizer


Fale o que quiser E quem nesse mundo nunca ouviu falar
Inimigo pra mim (bis)
É debaixo do pé
De uma cigana que mora naquela estrada
Eu sou a Baiana Ela tem sua morada sobre o clarão do luar
E você quem que é? (bis)

Cigana da estrada
Força poderosa
87. Ê baiana Me dê proteção e axé, ciganinha formosa
Clara Nunes
(bis)
Baiana boa
Gosta do samba
Gosta da roda 91. Ganhei uma barraca dela
E diz que é bamba Cantiga antiga
(bis)
Ganhei uma barraca dela
Olha, toca a viola Foi a cigana quem me deu
Que ela quer sambar (bis)
Ela gosta de samba
Ela quer rebolar O que é meu é da cigana
(bis) Mas o que é dela não é meu
(bis)
Ê baiana
Ê ê ê baiana, baianinha Ciganinha do Puerê, Puerê, Puerá
Ê baiana Ciganinha do Puerê, Puerê, Puerá
Ê ê ê baiana (bis)

88. Baiano já vai embora 92. Abre a roda


Cantiga antiga Cantiga antiga
(Subida)
Oh abre a roda
Baiano já vai embora Deixa a cigana trabalhar
Já vai embora pra Bahia (bis)
Baiano já vai embora
Pra voltar um outro dia Ela tem peito de aço, ela tem peito de aço
E um coração de sabiá
(bis)

13
93. Vinha caminhando a pé 97. Marinheiro só
Cantiga antiga Cantiga antiga

Vinha caminhando a pé Eu não sou daqui (Marinheiro só)


Para ver se encontrava uma cigana de fé Eu não tenho amor (Marinheiro só)
(bis) Eu sou da Bahia (Marinheiro só)
De São Salvador (Marinheiro só)
Ela parou e leu a minha mão (bis)
Me disse a pura verdade
Ô marinheiro, marinheiro (Marinheiro só)
E eu só queria saber Quem te ensinou a nadar? (Marinheiro só)
Se ela é, uma cigana de fé Oi foi o tombo do navio (Marinheiro só)
(bis) Ou foi o balanço do mar? (Marinheiro só)
(bis)

Lá vem, lá vem (Marinheiro só)


94. Subida de Cigano Ele vem faceiro (Marinheiro só)
Cantiga antiga Todo de branco (Marinheiro só)
(Subida)
Com seu bonezinho (Marinheiro só)
(bis)
Quando os ciganos vão embora
A gente sente, a gente chora
(bis)
98. Eu não sei por quê
Vai, vai, vai, cigana Cantiga antiga
Vai, pro Oriente
(bis) Seu Marinheiro, eu não sei por quê
Toda madrugada eu sonho é com você
(bis)

MARINHEIROS Marinheiro é bom, bom nessa corrente


Só o Marinheiro pra salvar toda essa gente
(bis)
95. É hora de vir trabalhar
Cantiga antiga
(Chamada)

99. Amor de marinheiro


Marinheiro, é hora Autor desconhecido
É hora de vir trabalhar (Subida)
(bis)
Amor de marinheiro
E pau, é chuva, é pedra É amor de meia hora
Marujo nas ondas do mar (bis)
(bis)
O navio apitou
Marinheiro foi embora
(bis)
96. Sua morada é no mar
Cantiga antiga

Seu Marinheiro, sua morada é no mar


(bis)

Eu vou, eu vou remando


Remando para o mar
(bis)

Seu Marinheiro que balanço é esse?


(bis)

É seu barquinho que vai para o mar


Levando flores belas para mãe Iemanjá
(bis)
14
EXU 4. Festa do Exu Tiriri
Cantiga antiga
Arranca-Toco Capa Preta Caveira
Exu do Lodo Exu Maré Giramundo É meia-noite em ponto
João Caveira Marabô Morcego O galo cantou
Pinga Fogo Sete Brasa Sete Encruza (bis)
Tata Caveira Tiriri Tranca-Ruas
Veludo Ventania Zé Pilintra Cantou pra anunciar
Que Tiriri chegou
(bis)

1. Exu Sete Encruzilhadas Ele vem da Calunga


Cantiga antiga De capa e cartola e tridente na mão
(Chamada) Esse Exu de Fé
É que nos traz Axé e nos dá proteção
Era meia-noite
Quando o malvado chegou Ele é Exu Odara e vem nos ajudar
(bis) Com seu punhal ele fura, ele corta demanda
Ele salva, ele cura
Corre gira, corre gira Exu amojubá, Laroyê
Vai chegar a madrugada
Salve Exu, Salve Exu Alaroyê Exu, Exu é mojubá
Das Sete Encruzilhadas Eu perguntei a ele
O que é Exu, ele vem me falar
(bis)

2. Me mandaram pro inferno Exu é caminho, é energia, é vida, é determinação


Cantiga antiga
É cumpridor da Lei, Exu é esperto, Exu é guardião
Exu é trabalho, é alegria veloz, Exu é viver
Me mandaram pro inferno
Não tive medo de ir pra lá
É a magia, é o encanto
(bis) É o fogo, é o sangue na veia vibrando
Exu é prazer, Laroyê
Fogo que queima, defunto levanta
Marabô não sai do lugar Alaroyê Exu, Exu amojubá
(bis)
Traz sua falange, Exu Tiriri, para trabalhar
(bis)
Pega o inimigo, Exu Marabô
Pra assentar em seu alguidar Vem Seu Tranca Ruas, Maria Padilha e Exu Marabô
(bis) Sete Encruzilhadas, Seu Zé Pilintra aqui chegou
Maria Mulambo, Maria Farrapo e Dona Figueira

Dona 7 Saias, Pombagira Menina e Rosa Vermelha


3. Eu tava quieto Sete Catacumbas e Exu Caveira firmam ponto aqui
Cantiga antiga
E o Exu Capa Preta anunciou a festa é do Exu Tiriri
Eu tava quieto
No meu canto sossegado
(bis)
5. Se não fosse
Adaptado
Você mexeu comigo
Mas mexeu foi com o diabo
Ê tá doendo aqui
(bis) No meu coração
(bis)
Cuidado, moço
Oi cuidado, meu amigo A quem tanto eu dei amor
Ele é João Caveira
Me derrubou com a traição
Esse Exu é um perigo
(bis)
Se não fosse [nome do Orixá]
Meu corpo tava lá no chão
Se não fosse [nome do Exu]
Meu corpo tava lá no chão
15
6. O sino da igrejinha 11. Oh luar
Cantiga antiga Adaptado

O sino da igrejinha faz blém, blém blom Oh luar, oh luar (Oh luar)
(bis) Mas ele é o dono da rua (Oh luar)
Quem cometeu as suas falhas
Deu meia-noite o galo já cantou Peça perdão a Tranca-Ruas
Todos Exus que são dona da gira
Oi corre gira que Ogum mandou E quem manda no dia é o sol (É o sol)
(bis) E quem manda na noite é a lua (É a lua)
Quem cometeu as suas falhas
Peça perdão a Tranca-Ruas

7. Exu é de querer Mas ele é filho do sol


Cantiga antiga E também neto da lua
Quem cometeu os seus pecados
Exu é de querer Peça perdão a Tranca-Ruas
Nas horas grande que eu quero ver
Exu é do romper da aurora Oh luar, oh luar (Oh luar)
[Nome do Exu] toma conta agora Mas ele me traiu (Oh luar)
Quem cometeu as suas falhas
Peça perdão a Tranca-Ruas

8. Casa de Lei Pelo sangue derramado


Cantiga antiga
Em cima do frio chão
Onde mora Tranca-Ruas
Casa de Lei não é pra brincar Mora lá no meu portão
Aqui reina [nome do Exu] Marabô e Abará
(bis)
Oh luar, oh luar (Oh luar)
Mas ele é dono da rua
Quem cometeu as suas falhas
Peça perdão a Tranca-Ruas
9. Plantei uma bananeira
Cantiga antiga
Mas se eu pedir ele dá (Ele dá)
E se eu negar, ele tira (Ele tira)
A meia-noite eu plantei uma bananeira
Que já deu cacho aqui nesse terreiro Quem cometeu as suas falhas
Peça perdão a Tranca-Ruas
Eu quero ver esses cabra-teimoso
Que risca ponto e diz que é feiticeiro
(bis)
12. Meu senhor das almas
Cantiga antiga

10. Lá na encruza Oh, meu senhor das almas


Autor desconhecido
De mim não faça pouco
(bis)
Lá na encruza
Existe um homem valente
(bis) Olha lá que ele é Exu
É o Exu Arranca-Toco
Com sua capa e cartola (bis)
E o seu punhal e tridente
Oh, meu senhor das almas
É madrugada, é madrugada Disse que eu não valho nada
(bis)
Ele está do meu lado
(bis)
Olha lá que ele é Exu
Por isso eu lhe digo, Tranca Ruas Rei das Sete Encruzilhadas
Você o meu advogado (bis)
(bis)

16
13. No clarão da lua 17. É meu caminho
Autor desconhecido Cantiga antiga

No clarão da lua O que é que eu vou fazer


Exu chegou caminhando na rua Não tem Arerê, não tem arará
(bis) (bis)

Exu, Exu Se [nome do Exu] é meu caminho


Os seus caminhos são de paz e de amor Piso em qualquer lugar
Exu, Exu
Os meus caminhos quem protege é Marabô

14. Dono do meu caminho


Marcelo Varanda

Quando o sol aqui não mais brilhar


Quando a lua o seu clarão refletir
É sinal que está na hora
É ele quem chega agora, já deu meia-noite
Tranca-Rua quem chega aqui
(bis)

Jurou amar alguém na encruzilhada


Jurou fazer o bem de madrugada
E hoje com fé
Companheiro e amigo leal
Quebra feitiço e também desfaz o mal

E toda vez que na rua eu caminhar


E ouvir de longe sua voz a ecoar
Tenho certeza que agora eu não ando sozinho
Seu Tranca-Rua é dono do meu caminho
(bis)

15. Portão de ferro, cadeado de madeira


Cantiga antiga

Portão de ferro
Cadeado de madeira
(bis)

Quem é que está na gira


É Seu João Caveira
(bis)

16. Soltaram um bode preto


Cantiga antiga

Soltaram um bode preto


Meia-noite na calunga
(bis)

Ele correu os quatro cantos


Foi parar lá na porteira
Bebeu marafo com Tatá Caveira

17
POMBAGIRA 4. Ela é Maria
Cantiga antiga
Cigana Dama da Noite Das Almas
Giramundo Maria Farrapo Maria Mulambo Quando passar
Maria Padilha Maria Quitéria Menina Na porta do cemitério, moço
Rosa Caveira Sete-Catacumbas Sete Chaves Oi não se esqueça
Sete Encruza Sete Saias Tata Caveira De olhar pra trás

Vocês vão ver


Apaga a luz Uma moça vestida de negro, moço
Cantiga antiga Ela é Maria, Mariá
(Chamada)
Ela é Maria Mariá
Apaga a luz, acende a vela Ela é Maria Mariá
Que a magia vai começar (bis)
(bis)

5. Casa de pombagira
1. Terra de ganga Cantiga antiga
Cantiga antiga
É uma casa de pombo
Agora eu quero ver É de pombagira
O povo da terra de ganga (bis)
(bis)
Auê, auê
Oi se diz ganga ê, gangá Lê lê lê lê
Povo da Auê auá
Terra de ganga Pombo gira é mojubá
(bis)

2. Areda homem 6. Deu meia-noite


Cantiga antiga Cantiga antiga

Areda, homem Deu meia-noite


Que aí vem mulher A lua se escondeu
(bis) Lá na encruzilhada
Dando a sua gargalhada pombagira apareceu
Ela é a Sete Encruza, rainha do cabaré (bis)
Esse Exu já vem na frente pra mostrar quem ela é
Ela é a Sete Encruza, rainha do cabaré Alaruê, alaruê, alaruêêeÊê
Emojubá, emojubá, emojubáá
Ela é Odara
Quem tem fé nessa lebara
3. Mora lá É só pedir que ela dá
Cantiga antiga
(bis)
Cemitério é praça linda
Mas ninguém quer passear
(bis)
7. Tata Mulambo
Cantiga antiga
Lá tem Sete Catacumbas
A [nome da Pombagira] mora lá Mas ela é pombagira aqui
(bis) Aqui e em qualquer lugar
(bis)
Mora lá, mora lá
(bis) Cuidado, moço
Pombagira é um perigo
Mora lá, mora lá Ela é Tata Mulambo
[nome da Pombagira] mora lá Mulher de sete maridos
(bis) (bis)
18
8. Dói, dói 11. Tchau, tchau amor
Cantiga antiga Cantiga antiga

No tempo em que ela tinha dinheiro Vou descendo o morro


Os homens queriam lhe amar Dizendo um velho ditado
Mas hoje o dinheiro acabou É melhor andar sozinho
A velhice chegou e ela se põe a chorar Do que mal acompanhado

Refrão: Esse é irmao desse


Dói, dói, dói, dói, dói É um conselho que te dou
Um amor faz sofrer Não confiem em qualquer um
Dois amor fazem chorar Que qualquer um é falador
(E três machuca)
O mato tem dois olhos
Te dei amor E a parede tem dois ouvido
Te dei carinho A maior da traição
Te dei uma rosa É quando vem de um amigo
Tirei os espinhos
Mas eu vou me embora
[refrão] Pra a cidade do além
Vou me embora dessa casa
Sem dever nada a ninguém

9. Se cabaré fechar Vou embora dessa casa


Cantiga antiga Mas prometo aqui voltar
Só não volto nessa casa
E me trouxeram uma notícia de bem longe Se a dona não deixar
E me disseram que cabaré ia fechar
Tchau, tchau amor
Maria Padilha veio aqui bater no peito Vou me embora
E disse: Moço, me espere lá Mas te levo no pensamento aonde eu for
(bis)
Se cabaré fechar
Eu vou mandar abrir
(bis)
12. Eu sei que ainda sou menina
Abre, abre cabaré Cantiga antiga
Maria Padilha está aqui
(bis) Eu sei que ainda sou menina
E nunca quero ser mulher
Comigo só brincava criança
E eu sozinha fui pro cabaré
10. Pombagira Menina
Cantiga antiga Meu pai me usou quando era menina
Minha mãe na minha palavra não creu
Pombagira Sete Saias E hoje estou perambulando
Mulher de sete maridos Na rua da amargura e você não vê
(bis)
Meu pai eu nunca perdoei
Carrega sete navalhas Por ele foi que eu me achei
Na barra do seu vestido Fui lá, dei foi doze facadas
(bis) Voltei pro cabaré
Foi onde eu me encontrei
Xô, xô, xô, xô
Sete Saias chegou Minha mãe tentou conversar comigo
(bis) Minha filha tenta ódio não ter
E nela dei sete facadas
Voltei pra encruzilhada e não quis nem saber

Ê cabaré, cabaré, cabaré


Uma casa tão linda que só mora mulher
(bis)
19
13. Era só que trabalhava 16. Tentaram me matar
Cantiga antiga
Cantiga antiga

Tentaram me matar
Era só que trabalhava Na porta de um cabaré
E você achava graça (bis)
Um dia aconteceu
Ah eu voltei cedo pra casa Ando de noite, ando de dia só
Só não mata quem não quer
Quando olhei pro lado (bis)
Tinha outra em meu lugar
Eu lhe dei sete facadas
Pra saber me respeitar
17. Abre essa cova
Moço, eu não sou puta Cantiga antiga
Eu não sou santa
E por você Abre essa cova
Eu só lamento Eu quero ver tremer
Abre essa cova
Eu sou dona dessa casa Eu quero ver balancear
E ser traída eu não aguento (bis)
Ah eu chorei...

Chorei, chorei
E o homem que eu amava eu matei 18. Pombagira Menina
(bis) Cantiga antiga

Matei com sete facadas Eu digo sim


Na veia do coração Essa dama é poderosa
Sou Pombagira Menina Conheci a sua fama
E não aceito traição Por onde eu passei

Sua beleza
Encantava e fascinava
14. Eu vou matar essa mulher A nata da malandragem
Cantiga antiga Quando ela passava

Eu juro que vou matar essa andorinha Era citada


Eu juro que vou matar essa mulher Nas rodas do cabaré
(bis) Nas esquinas e nos cais
A menina era mulher
Essa mulher Ê pombagira
Está fazendo arruaça na minha calunga
Eu vou matar essa mulher Ê deixa a gira girar
Ela é menina
Deixa a gira girar
Como é lindo o seu bailar
15. Cova 66, corredor 40
Cantiga antiga Sob a luz da lua
Hoje a banda é sua pra lhe homenagear
Eu hoje vou passar no cemitério
Sempre foi o maior mistério Ê deixa a gira girar
Saber se ela mora lá Ela é menina
(bis) Ê deixa a gira girar
Como é lindo o seu bailar
Cova 66, corredor 40
Padilha levantou
Eu quero ver quem aguenta
(bis)

20
19. Copo de veneno Violino quando era solteiro
Cantiga antiga Ele pensava em se casar
Agora que está casado
Tentaram me matar Pensa em se separar
Com um copo de veneno
(bis) Mas eu vou na encruza
Vou mexer com o dendê
Oi se quiser matar, me mata Afirmar uma vela preta
Que beber, eu bebo mesmo Só pra esse amor sofrer
(bis)
E aiai vou lhe dizer
E aiai vou lhe falar
Ela é Pombagira
Depois que Deus deu língua Aqui em qualquer lugar
Cantiga antiga
(Sotaque)
Mulher quando é levada
Depois que Deus deu língua Dá um olê no marido
Até papagaio fala Enquanto ele tá em casa
Ela tá se divertindo
Me jurar de morte é mole
Eu quero ver me meter bala
E o homem quando apaixonado
Eu não gosto de sotaque Ele promete até a lua
Não me com a minha boca Mas esquece que ela brilha
Por amor a Tranca Rua
Se o Ogã firmar a gira
Eu demando a noite toda
E a mulher pra ser bonita
Eu tava quieta no meu canto Não precisa se pintar
Você quis me provocar A vaidade é do diabo
Agora segura a demanda E a beleza é Deus quem dá
Que no teu peito eu vou jogar
E tu me diz que é cabra macho
Catatumba treme quando eu começo a falar Cabra macho tu não é
Fica escondido em casa
Caixão pega fogo quando eu começo a cantar
Acendo uma vela taco fogo no caderno Porquê apanha da mulher
Eu faço uma arruaça e te mando pro inferno
E mulher quando apaixonada
(bis)
Ela promete até o mundo
Mas esquece que ele gira
Feito Exu Giramundo
Chora violino Exu e Pombagira
Cantiga antiga Violino já ajudou
(Sotaque) Maria Padilha e Maria Mulambo
Tranca Rua e Marabô
Chora violino, chora
Chora de saudade e dor Violino já chorou
Chora violino, chora Mas hoje não chora mais
Eu perdi meu grande amor Porquê meu grande amor voltou
E não vai embora nunca mais
Ordem aleatória
Mas se essa rua fosse minha
Eu mandava ela brilhar
Mas eu queria que chovesse Com pedrinhas de brilhante
Uma chuva bem fininha Para o meu amor passar
Pra molhar a sua cama
E você dormir na minha E hoje estou tão triste
Com vontade de chorar
Mas eu tenho a certeza Vou pedir pro violino
Que essa chuva vai passar Para o meu amor voltar
Vou pedir pra Pombagira
Para o meu amor voltar Joguei pedra no mar
Do alto foi ao fundo

21
Tirei carta de malandro EXU E POMBAGIRA
Profissão de vagabundo
Pombagira é mulher Ventou no canavial
De domingo até segunda Cantiga antiga
Na boca de quem não presta
Pombagira é vagabunda Ventou no canavial
Um trovão lá no céu ecoou
Não posso fazer nada (bis)
Se em mim você não crê
O amor que você quer Salve Iansã e Xangô
Só eu que posso trazer Salve a coroa do Exu Marabô
(bis)
As nuvens do céu são claras
São claras que nem papel
Quem nunca foi seu amigo
Jamais lhe será fiel

E você pensa que o céu é perto


E a nuvem tu quer pegar
Mas os anjos já estão sorrindo
Com a queda que tu vai levar

Sete e sete são catorze


Com mais sete vinte e um
Tenho sete namorados
Mas não gosto de nenhum

Se eu pudesse escrever n'água


Como escrevo no papel
Escreveria o teu nome
Na pedra do meu anel

Se eu pudesse escrever n'água


Como escrevo na areia
Escreveria o teu nome
Com o sangue da minha veia

Tem três coisas nessa vida


Que não se come com colher
É melão e melancia
E bochecha de mulher

Menino dos olhos verdes


Sobrancelha de veludo
Seu amor pra ela é nada
Seu amor pra mim é tudo

Da laranja quero um gomo


Do limão quero um pedaço
Do homem mais bonito
Quero um beijo e um abraço

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