EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 8ª VARA
CRIMINAL DA COMARCA DE GOIÂNIA, ESTADO DE GOIÁS.
PROCESSO N.º 201503613245
INDICIADO: Guihati Araki Neto
Guihati Araki Neto, já devidamente qualificado nos
auto do processo em epígrafe, por meio de seus advogados e bastante procuradores que esta subscrevem, vêm sempre mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência apresentar
DEFESA PRÉVIA
Nos autos da ação penal que lhes é movida pelo
Ministério Público do Estado de Goiás pelas razões abaixo articuladas:
O Denunciado, não concorda, com as alegações
apresenta pelo Douto Representante do Ministério Público, uma vez que, não cometeu nenhum procedimento criminoso, notadamente, o crime tipificado no artigo 180 do Código Penal: “Receptação é o ato de adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte”, conforme provas que protesta produzir na instrução processual.
Preliminarmente, o indicado relata que o suposto crime,
teria sido cometido, na data de 02 de outubro de 2015, quando recebeu das mãos de seu cliente Fernando José de Tal, o veiculo Fiat/Strada, placa PQC – 2784, para que fosse feita uma “guariba” (lavagem geral), para exposição do veiculo para venda.
O indiciado relata em termo de interrogatório policial,
que não conhecia a origem ilícita do veiculo, nem tão pouco foi quem cometeu o crime de roubo ou receptação, sendo que apenas fora envolvido pela pessoa de Fernando, que no dia 1/10/2015, anterior ao fato, na parte da tarde, mais ou menos as 18:30hs, solicitou ao indiciado que se encontrava em seu local de trabalho, que o mesmo realizasse a limpeza do veiculo e que retornaria no dia seguinte para buscar o veiculo até o meio dia, inclusive requerendo a pernoite do veiculo no estabelecimento comercial, pois não teria garagem em seu domicilio para este veiculo, que seria para venda. Então solicitado pelo indicado, à pessoa de Fernando, que como estava tarde se poderia ir para sua residência com o veiculo e que o mesmo ficaria na garagem do prédio onde reside, trazendo-o bem pela manha e já iniciando o trabalho de limpeza, para a entrega no dia seguinte até as 12hs.
Ao chegar a sua residência, estacionou o veiculo na
garagem do seu apartamento e no dia seguinte ao sair com o veiculo para seu local de trabalho, foi abordado por policiais militares, nota-se que na peça de auto de prisão em flagrante, consta o mesmo endereço de abordagem e de residência do indiciado, que os policiais adentraram na residência e nada mais encontraram de ilegal.
O indicado e pessoa trabalhadora, que labora
diariamente com lavador de veiculo, recebendo em media 10 (dez) veículos, para serem lavados, sendo que tem clientela cativa e novos clientes diariamente, não sendo de seu feitio questionar origem dos veículos deixados para serviços.
Ora Nobre julgador, comprova-se nos autos que
realmente no local do citado crime e a residência do indiciado, e o trabalho e frequentado por todo o tipo de pessoa e que esta sujeito a acontecimentos dessa ordem, não sendo estranho frequentadores com veículos, com busca e apreensão, batidos, recuperados e para venda.
Assim temos totalmente descabidas as denuncia
oferecida pelo (a) Nobre Representante do M.P. a fim indiciar o Réu, por um crime que esta nunca cometera.
Outrossim, as testemunhas da defesa comparecerão
independente de intimação, com a finalidade de comparecerem aos dias e horas por Vossa Excelência, a serem designados: