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O processo de industrialização no Brasil

O processo de industrialização brasileiro é considerado tardio, enquanto na Inglaterra acontecia a


Primeira Revolução Industrial, o Brasil vivia sob o regime colonial e escravista.

Desta maneira, as primeiras fábricas só puderam ser abertas com a chegada da Família Real ao
Brasil, em 1808. Já o processo de industrialização só teve início somente no século XX, quase 200
anos depois da industrialização na Europa.

Alguns fatores podem explicar essa industrialização tardia, um dos fatores importantes é que na
ocasião do início da industrialização, o Brasil era colônia de Portugal que estabelecia uma forte
parceria comercial com a Inglaterra. Desta maneira, o Brasil passou a ser fornecedor de matéria-
prima e produtos agropecuários para os parceiros de Portugal, que diferentemente, se
industrializaram fortemente ainda no século XVIII.

Ao se industrializar, o que ocorreu somente na década de 1930, a indústria encontrava-se


concentrada na Região Sudeste. Ela só foi descentralizada, indo para as demais regiões, na década
de 1970 em diante.

Atualmente, o país encontra-se totalmente industrializado, com economia global forte e intensa
participação capitalista global.

Historicamente, o desenvolvimento industrial do Brasil é dividido em quatro fases.

1ª período: período colonial

O primeiro período do processo de industrialização brasileira ocorreu de 1500 a 1808. Nesse


momento não se falava em indústria no país, pois o Brasil era colônia de Portugal. De certo modo
proibia a manufatura, pois acreditava que os produtos iriam concorrer com os do reino.

2ª período: primeiras fábricas no Brasil

O segundo período ocorreu de 1808 a 1930, quando houve a implantação de algumas indústrias no
país. Neste período houveram alguns incentivos que favoreceram o desenvolvimento industrial,
entre elas:

• Criação de taxas 15% a 24% em produtos importados das nações parceiras.


• Aumento das taxas de importação para 20% sobre produtos sem similar nacional e 60% sobre
aqueles com similar nacional.
• extinção da lei que proibia a instalação de indústrias de tecidos na colônia;
• liberação da importação de matéria prima para abastecer as fábricas, sem a cobrança da
taxa de importação.

Essas medidas não surtiram o efeito esperado, pois o mercado interno ainda era pequeno. A maior
parte da população era escravizada e não poderia comprar estes artigos.

Em 1850 é assinada a Lei Eusébio de Queirós proibindo o tráfico intercontinental de escravos e que
trouxe importantes fatores para o desenvolvimento industrial:

• Os capitais que eram aplicados na compra de escravos ficaram disponíveis e parte deles foram
aplicados no setor industrial.
• A cafeicultura, que estava em pleno desenvolvimento, necessitava de mão de obra. Isso
estimulou a entrada de imigrantes, tornando o primeiro trabalho assalariado do Brasil.

Neste mesmo período, observou-se uma queda da principal atividade econômica do país (a
produção cafeeira) e ocorreram fortes investimentos na produção industrial, isto é, em maquinários,
transportes e portos no Brasil, favorecendo assim o avanço da industrialização brasileira.

Apesar do crescimento industrial neste período, o grande impulso industrial no Brasil só ocorreria
após a crise do café e a de 29.

3ª período: industrialização

No terceiro período, que ocorreu de 1930 a 1955, momento em que a indústria recebeu muitos
investimentos, oriundos tanto de ex-cafeicultores quanto do governo brasileiro, na tentativa de
alavancar o setor. Foram realizados avanços no setor de transportes que facilitou a distribuição de
produtos para várias regiões do país. Observou-se também o desenvolvimento do setor energético
no Brasil e de logística. Foi instalada no país a Companhia Siderúrgica Nacional, construída entre os
anos de 1942 e 1947, que contribuiu para a oferta de matéria-prima para a indústria no país. No ano
de 1953, foi instituída uma das mais promissoras empresas estatais: a PETROBRAS.

4ª período: do governo JK até os dias de hoje

O quarto período acontece desde 1955 até os dias atuais. Foi marcado pelos projetos políticos
instalados no governo do presidente Juscelino Kubitschek (1956-1961), que promoveu a abertura da
economia para empresas multinacionais, ampliando fortemente a abertura de novas empresas, dos
mais variados tipos, incentivando o consumo, o consumismo e a competitividade tanto interno
quanto externo.

Com o golpe de 1964 houve a instalação de uma ditadura militar de caráter autoritário e nacionalista
no Brasil.

O Estado volta a aparecer como um grande investidor e realiza obras de grande porte como:
produção de energia elétrica, do aço, indústria petroquímica, abertura de rodovias e outros.

Os gastos com estes empreendimentos, no entanto, aumentam a dívida externa e provocam uma
inflação descontrolada no País.

Na década de 1990, o país experimentou um forte crescimento econômico industrial, o que resultou
no aumento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e gradativo aumento da qualidade de vida da
população, bem como aumento do consumo. Esse fenômeno perdura até a atualidade, colocando o
Brasil entre as maiores potências econômicas.

Na década de 1990, houve um razoável crescimento econômico no país, promovendo uma melhoria
na qualidade de vida da população brasileira, o que resultou no aumento do Produto Interno Bruto
(PIB) e gradativo aumento da qualidade de vida da população, bem como aumento do consumo e a
estabilidade da moeda. Fatores que foram determinantes para o progresso gradativo do país,
colando o Brasil entre as maiores potências econômicas.

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