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Turma: DIR5BN-MCC
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA
_____ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ______
I. DOS FATOS
O exequente entra com o seguinte processo, por conta do acordo que não foi
cumprido pela parte executada, no prazo de até 30 dias.
Houve uma discussão no condomínio da executada por conta de seus filhos, que
estavam jogando bola em local proibido pelo condomínio, assim, o exequente proferiu
palavras de ofensa e agiu de forma agressiva com os meninos, envolvendo até o síndico.
Acompanhado do síndico, o exequente realizou um boletim de ocorrência e
diante da Câmera de Conciliação e Mediação Privada, realizaram um instrumento de
transação, onde ficou decidido que a executada iria fazer uma nota desculpando-se por ter
descumprido as normas do condomínio e se retratando por ter empurrado o exequente no
momento da discussão; Que o exequente iria tirar as suas férias de 30 dias com o intuito de se
afastar do condomínio para que os ânimos se acalmem e ele possa descansar; e que o síndico
se comprometeria de indenizar o exequente pelo empurrão no valor de R$2.000,00 (dois mil
reais), bem como prestar contas a executada para afastar qualquer dúvida a respeito da
administração do condomínio.
Ocorre que a executada não cumpriu com a sua parte do acordo, vencido assim, o
prazo para a apresentação da nota de retratação.
II. DO DIREITO
Ante o exposto, requer, nos termos do art. 815 e seguintes do CPC, a execução da
obrigação contida no contrato anexo (documento XX), com a citação da executada para que
cumpra a obrigação de fazer uma nota desculpando-se por descumprir as normas do
condomínio e se retratando pelo empurrão, no prazo de XX dias, a contar da citação, ou outro
prazo que este juiz entender ser cabível, sob pena de multa diária a ser fixada por Vossa
Excelência, nos termos do art. 814 do CPC e se, ainda assim, não for cumprida, o
deferimento de cumprimento pelo exequente à custa da executada nos termos do art. 816 do
CPC, liquidando-se a obrigação pecuniária nestes autos com o prosseguimento do
cumprimento na modalidade de execução por quantia certa.
Dada a natureza da ação, faz-se a prova pelo título executivo (Código de Processo
Civil, art. 784, II) que instrui a presente exordial.
Termos em que,
Pede e espera deferimento.
Local e Data
O síndico convocou uma Assembleia Extraordinária para que fossem deliberadas e votadas as
seguintes propostas:
a) a proibição de locação das unidades do condomínio por plataformas, ou
b) a proibição dos locatários da plataforma de acessar e se utilizar das áreas comuns do
condomínio, tais como quadras, piscinas, academia de ginástica e salão de festas. Os
condôminos presentes à referida assembleia deliberaram e aprovaram a proposta versada no
item “b” do edital de convocação.
Considerando essa realidade, Renato é atendido no seu escritório. Expôs que já tem quatro
contratos celebrados com locatários distintos. Eles ocuparão o imóvel em períodos diversos
pelos próximos 2 meses, situação que lhe gerará renda suficiente para poder pagar as
mensalidades escolares de seus filhos, uma vez que está desempregado desde o final do
último ano. A vingar a deliberação em assembleia, terá que rescindir os contratos e pagar
multa (dinheiro do qual não dispõe) ou reduzir o valor contratado, oque compromete o
pagamento das mensalidades escolares. Expôs também que durante a assembleia, foi
ofendido de forma contundente por inserir pessoas estranhas ao condomínio, pelo síndico o
qual foi aplaudido por outros moradores. Sentiu-se muito humilhado porque está passando
por situação financeira bastante delicada.
Nesse contexto, o advogado que o atendeu propôs ação objetivando que a deliberação
condominial não incidisse sobre os contratos de locação celebrados antes de suavotação,
respeitando-se o ato jurídico perfeito. Postulou também indenização por danos morais, haja
vista as ofensas sofridas.
Questões
2) Sendo indeferido o pedido de tutela provisória pelo juiz, cabe recurso? Em caso
positivo, qual o recurso cabível? Justifique.
R: Em regra, e no caso em tela, não será possível dar início à fase executória, quanto aos
honorários sucumbenciais, pois a apelação é recurso provido, em regra, de efeito suspensivo.
Seria viável se a sentença em comento tivesse como objeto processual alguma das hipóteses
do Art. 1012, §1°, do CPC, caso que não possuiria efeito suspensivo e, por consequência,
seria expressamente autorizado o cumprimento provisório após a publicação da sentença (Art.
1012, §2°, do CPC), enquadrando-se no que dispõe o Art. 520, IV, do CPC. Logo, em
reforço, não seria cabível a execução dos honorários sucumbenciais no estado em que se
encontra o processo, pois a apelação em curso possui efeito suspensivo (Art. 1012, caput).