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ATIVIDADE AVALIATIVA

CASO INTERDISCIPLINAR – 2021/2

Carolina Sarmento RA: 820277550

Cinthia Gabrielle RA: 820277543

Erick Silva RA: 820278132

PROFESSOR: Bruno Cristian Gabriel

Turma: DIR5BN-MCC
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA
_____ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ______

Pedro, nacionalidade, estado civil, porteiro de condomínio, inscrito no cpf sob o


n° ___ e portador do RG n° ____, residente e domiciliado na rua ___, cidade ___, estado
_____, cep: _____, com endereço eletrônico ____, vem, por intermédio de seu advogado,
inscrito na OAB n° ____, com domicílio profissional na rua ___, cidade ___, estado ____,
cep: ____, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 497, caput,
do Código Civil c/c art. 814 e ss do Código de Processo Civil, ajuizar a presente

EXECUÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER

em face de Viviani, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrita no cpf sob o n°


___ e portadora do RG n° ____, residente e domiciliada na rua ___, cidade ___, estado ____,
cep: ____, com endereço eletrônico ____, em razão dos motivos e direitos a seguir alinhados:

I. DOS FATOS

O exequente entra com o seguinte processo, por conta do acordo que não foi
cumprido pela parte executada, no prazo de até 30 dias.
Houve uma discussão no condomínio da executada por conta de seus filhos, que
estavam jogando bola em local proibido pelo condomínio, assim, o exequente proferiu
palavras de ofensa e agiu de forma agressiva com os meninos, envolvendo até o síndico.
Acompanhado do síndico, o exequente realizou um boletim de ocorrência e
diante da Câmera de Conciliação e Mediação Privada, realizaram um instrumento de
transação, onde ficou decidido que a executada iria fazer uma nota desculpando-se por ter
descumprido as normas do condomínio e se retratando por ter empurrado o exequente no
momento da discussão; Que o exequente iria tirar as suas férias de 30 dias com o intuito de se
afastar do condomínio para que os ânimos se acalmem e ele possa descansar; e que o síndico
se comprometeria de indenizar o exequente pelo empurrão no valor de R$2.000,00 (dois mil
reais), bem como prestar contas a executada para afastar qualquer dúvida a respeito da
administração do condomínio.
Ocorre que a executada não cumpriu com a sua parte do acordo, vencido assim, o
prazo para a apresentação da nota de retratação.

II. DO DIREITO

Conforme mencionado no relato dos fatos, o exequente firmou com a executada


um acordo onde a mesma iria fazer uma nota desculpando-se por descumprir as normas do
condomínio e se retratando pelo empurrão dado no Autor.
Inicialmente, tem-se que o Código de Processo Civil, no seu artigo 700, II, dispôs
que a ação monitória será utilizada para as obrigações de dar coisa e obrigações de fazer ou
não fazer. Veja-se:

“Art. 700. A ação monitória pode ser proposta por


aquele que afirmar, com base em prova escrita sem
eficácia de título executivo, ter direito de exigir do
devedor capaz:
(...)
II - a entrega de coisa fungível ou infungível ou de
bem móvel ou imóvel.”

Trata-se, portanto, de título executivo extrajudicial, líquido, certo e exigível


(Código de Processo Civil, art. 784, II, c/c o art. 783).
Nada obstante os esforços do exequente, que tentou amigavelmente o
cumprimento da obrigação, a executada manteve-se irredutível, ou seja, nem se deu ao
trabalho de fazer a referida nota na qual foi acordada.
Diante do exposto, não restou alternativa ao credor senão socorrer-se do Poder
Judiciário, o que faz por intermédio da presente ação de execução.

III. DOS PEDIDOS

Ante o exposto, requer, nos termos do art. 815 e seguintes do CPC, a execução da
obrigação contida no contrato anexo (documento XX), com a citação da executada para que
cumpra a obrigação de fazer uma nota desculpando-se por descumprir as normas do
condomínio e se retratando pelo empurrão, no prazo de XX dias, a contar da citação, ou outro
prazo que este juiz entender ser cabível, sob pena de multa diária a ser fixada por Vossa
Excelência, nos termos do art. 814 do CPC e se, ainda assim, não for cumprida, o
deferimento de cumprimento pelo exequente à custa da executada nos termos do art. 816 do
CPC, liquidando-se a obrigação pecuniária nestes autos com o prosseguimento do
cumprimento na modalidade de execução por quantia certa.

IV. DAS PROVAS

Dada a natureza da ação, faz-se a prova pelo título executivo (Código de Processo
Civil, art. 784, II) que instrui a presente exordial.

Dá-se à presente ação o valor de R$ (...).

Termos em que,
Pede e espera deferimento.

Local e Data

Advogado... - OAB n°...


A partir do enunciado abaixo, responda às questões:

Renato é proprietário do apartamento localizado no Condomínio Varandas em São Paulo/SP.


Interessado em alugar o apartamento, Renato optou por alugar a sua unidade por locações por
prazos curtos – de no máximo 1 semana – por meio de plataforma.
Em razão da ótima localização do seu apartamento, a unidade passou a ser frequentemente
alugada, situação que gerou grande incômodo perante os demais condôminos sob a alegação
de que o grande fluxo de locatários estaria a prejudicar a segurança do condomínio que não
possuía condições de controlar as pessoas que passaram a frequentar o condomínio.

O síndico convocou uma Assembleia Extraordinária para que fossem deliberadas e votadas as
seguintes propostas:
a) a proibição de locação das unidades do condomínio por plataformas, ou
b) a proibição dos locatários da plataforma de acessar e se utilizar das áreas comuns do
condomínio, tais como quadras, piscinas, academia de ginástica e salão de festas. Os
condôminos presentes à referida assembleia deliberaram e aprovaram a proposta versada no
item “b” do edital de convocação.
Considerando essa realidade, Renato é atendido no seu escritório. Expôs que já tem quatro
contratos celebrados com locatários distintos. Eles ocuparão o imóvel em períodos diversos
pelos próximos 2 meses, situação que lhe gerará renda suficiente para poder pagar as
mensalidades escolares de seus filhos, uma vez que está desempregado desde o final do
último ano. A vingar a deliberação em assembleia, terá que rescindir os contratos e pagar
multa (dinheiro do qual não dispõe) ou reduzir o valor contratado, oque compromete o
pagamento das mensalidades escolares. Expôs também que durante a assembleia, foi
ofendido de forma contundente por inserir pessoas estranhas ao condomínio, pelo síndico o
qual foi aplaudido por outros moradores. Sentiu-se muito humilhado porque está passando
por situação financeira bastante delicada.
Nesse contexto, o advogado que o atendeu propôs ação objetivando que a deliberação
condominial não incidisse sobre os contratos de locação celebrados antes de suavotação,
respeitando-se o ato jurídico perfeito. Postulou também indenização por danos morais, haja
vista as ofensas sofridas.

Questões

1) Na ação promovida por Renato é possível o pedido de tutela provisória?


Justifique.

R: No caso em questão, é cabível o pedido de tutela provisória de urgência, pois, presentes


seus requisitos autorizadores, conforme o Art. 300, caput, do CPC/2015, quais sejam, a
probabilidade do direito e o perigo de dano (“fumu boni iuris” e “periculum in mora”), ambos
consubstanciados, respectivamente, no fato de os citados contratos locatícios terem sido
firmados antes da deliberação final da assembleia condominial, em evidente exemplo de ato
jurídico perfeito (Art. 5°, XXXVI, da CF) e pela situação financeira de Renato, autor da
demanda, depender diretamente destas atividades e, já precária, vir a se agravar ainda mais
se tais contratos já firmados serem prejudicados por decisão contrária ou mesmo pela demora
em serem tutelados judicialmente.

2) Sendo indeferido o pedido de tutela provisória pelo juiz, cabe recurso? Em caso
positivo, qual o recurso cabível? Justifique.

R: No caso de indeferimento do pedido de tutela provisória, sendo tal uma decisão


interlocutória, caberá agravo de instrumento, conforme o Art. 1015, I, do Código de Processo
Civil.
Cabe citar que qualquer decisão versem sobre tutelas provisórias, seja no sentido do
indeferimento, deferimento, revogação, modificação etc…, é agravável de instrumento,
exceto se tal decisão compuser capítulo de sentença, em que o recurso cabível será a apelação
(art. 1009, §3°, do CPC).

3) Ao final, a ação foi julgada improcedente, condenando o Autor ao pagamento de


R $5.000,00 a título de honorários advocatícios. Qual o recurso cabível para
pedir reforma da decisão de mérito? Justifique.

R: Em se tratando de sentença com resolução de mérito, o recurso cabível é a Apelação,


conforme o Art. 1009, do Código de Processo Civil, seguindo o rito recursal do Art. 1010 e
seguintes, com petição interposta ao juízo ad quo que, após cumpridas as devidas
formalidades (art. 1010, §3°, do CPC), será apreciada no juízo ad quem, em sua
admissibilidade e mérito.

4) Interposto o competente recurso contra a sentença em questão, é possível dar


início à fase de execução para cobrança dos honorários de sucumbência?

R: Em regra, e no caso em tela, não será possível dar início à fase executória, quanto aos
honorários sucumbenciais, pois a apelação é recurso provido, em regra, de efeito suspensivo.
Seria viável se a sentença em comento tivesse como objeto processual alguma das hipóteses
do Art. 1012, §1°, do CPC, caso que não possuiria efeito suspensivo e, por consequência,
seria expressamente autorizado o cumprimento provisório após a publicação da sentença (Art.
1012, §2°, do CPC), enquadrando-se no que dispõe o Art. 520, IV, do CPC. Logo, em
reforço, não seria cabível a execução dos honorários sucumbenciais no estado em que se
encontra o processo, pois a apelação em curso possui efeito suspensivo (Art. 1012, caput).

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