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ATIVIDADE AVALIATIVA - EMBARGOS DO DEVEDOR À

EXECUÇÃO

PRÁTICA CIVIL

Professor:
Bruno Cristian Gabriel

Turma:
DIR5BN-MCC

Alunos:
Victor Chinelato Pereira – RA: 201504491
Felipe da Rocha Plaina – RA: 201411491
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 1ª
VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO/SP.

Distribuição por dependência ao Processo nº........

MARILENE...., (nacionalidade), (estado civil), (profissão), devidamente


inscrita no CPF sob o nº XXXXXXXXXXX, portadora da cédula de identidade RG nº
XXXXXXX, residente e domiciliada na Rua XXXXXXXXX, nº XXX, bairro XXXXXXX, cidade
de XXXXXXX/SP, CEP nº XXXXXXX, com endereço eletrônico XXXXXXXXXXXXXXXX,
vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por seu advogado e procurador
que esta subscreve (procuração anexa), nos termos dos artigos 914 e seguintes do Código
de Processo Civil, apresentar

EMBARGOS DO DEVEDOR À EXECUÇÃO

contra BRENO.....(Embargado), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), devidamente


inscrito no CPF sob o nº XXXXXXXXXXX, portador da cédula de identidade RG nº
XXXXXXX, residente e domiciliado na Rua XXXXXXXXX, nº XXX, bairro XXXXXXX, cidade
de XXXXXXX/SP, CEP nº XXXXXXX, com endereço eletrônico XXXXXXXXXXXXXXXX,
pelos motivos de fato e de Direito a seguir expostos
I.- DA TEMPESTIVIDADE

O Embargante fora citado, por mandado, no dia XX/XX/XXXX, a pagar o


débito, perseguido na ação executiva, no prazo de 15 (quinze) dias, nos moldes do artigo
915, do Código de Processo Civil.

Referido mandado citatório, registre-se, fora juntado aos autos da ação de


execução na data de XX/XX/XXXX, o que se constata pela cópia ora acostada mediante o
Doc. XX.

Dessa maneira, visto que a presente demanda é ajuizada em 22/33/4444,


temos que é tempestivamente apresentada. (CPC/2015, art. 915 c/c art. 231, inc. II)

Cumpre salientar que ação de execução de título de crédito deve ser proposta dentro do
prazo fixado em lei e, conforme dispõe nos artigos 44 da Lei no 10.931/04 e 206, § 3o, VIII
do Código Civil, o prazo para ingressar com a ação de Execução é de 03 (três) anos,
contados a partir da data do vencimento da cédula de crédito bancária.

No caso em análise, observa-se claramente que a Exequente atendeu ao


requisito dos artigos acima mencionados.

II.- DOS FATOS

O Exequente em 02 de dezembro de 2020, celebrou com o Executado,


PEDRO, contrato de compra e venda para aquisição de um maquinário, o qual foi
devidamente assinado pelas partes, bem como assistido por 2 (duas) testemunhas,
conforme documento anexo (Doc. XX). O presente contrato foi assinado

Ficou estipulado no respectivo contrato de compra e venda (Doc. XX) que o


Executado pagaria ao Exequente o montante de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), sendo
que 50% deste valor seria dado no ato e o restante até o vencimento, o qual se daria em 02
de janeiro de 2021.

III.- DO DIREITO
O Código de Processo Civil, em seu artigo 778, prevê a possibilidade de o
credor promover a execução forçada, desde que este possua o título executivo. Destarte,
resta claro e evidente a legitimidade do Exequente, sendo que este firmou contrato de
compra e venda com o Executado e este até o presente momento não cumpriu com sua
obrigação contratual.

Ainda nessa ótica, o inciso I do artigo 779 do Código de Processo Civil dispõe
que a execução pode ser promovida contra o devedor, reconhecido como tal no título
executivo.

Assim, como o Executado não cumpriu com o avençado no contrato de


compra e venda firmado entre as partes, é totalmente possível executar o presente contrato
para que haja a satisfação do débito em aberto, o qual se encontra no importe de R$
160.000,00 (cento e sessenta mil reais).

Cumpre ressaltar também, que o Exequente tomou conhecimento de que o


Executado, almeja alienar o seu único bem imóvel, o qual se encontra localizado no
endereço Rua XXXXXXXXXXXXXX, nº XXX, bairro XXXXX, cidade de XXXXXX/SP, CEP nº
XXXXXXXXX.

Ora excelência, é de clara percepção que o Executado pretende se esquivar


da sua obrigação para com o Exequente ao anunciar o seu único bem imóvel, atitude essa
que não merece prosperar, haja vista que acarretará em graves prejuízos ao Exequente, o
qual sempre agiu de boa-fé na relação contratual.

Destarte, para que o Exequente não seja prejudicado e perca a sua única
chance de receber a quantia devida, a qual surgiu mediante a ausência de pegamento por
parte exclusiva do Executado, requer-se a intimação deste para efetue o pagamento do
débito, o qual se encontra no importe de R$ 160.000,00 (cento e sessenta mil reais), valor
este devidamente atualizado até XXXXXX/2021.

IV.- DA TUTELA PROVISÓRIA

O histórico acima relatado demonstra estarem presentes os requisitos


necessários a concessão da tutela provisória, em caráter de urgência e incidental, haja vista
que, se alienado o único bem do Executado passível de penhora, restará manifestamente
caracterizada sua insolvência.

De fato, o anúncio em jornal de grande circulação (Doc. XX) é prova da


iminência da venda do único bem de propriedade do Executado, e, portanto, do manifesto
risco de inutilidade do processo executivo, conforme disposto no caput do artigo 300, do
Código de Processo Civil.

Por outro lado, a urgência do provimento se justifica na medida em que, se


não concedida a tutela provisória pretendida, o Exequente dependerá, no futuro, de
provimento jurisdicional que reconheça a alienação do imóvel em fraude contra credor,
circunstância esta que, como se sabe, depende da propositura da Ação Pauliana, ou ainda,
fraude à execução, instituto este que evidentemente poderá ser reconhecido no próprio
processo executivo.

Prejuízo ao Exequente, que sem dúvida estenderá no tempo a satisfação de


seu crédito, assim como ao Poder Judiciário, que será novamente acionado com vistas a
produção de atos que podem ser evitados com o acautelamento aqui pretendido.

Desta feita, requer-se, que seja deferida a tutela provisória de natureza


cautelar, com apoio nos artigos 301, caput, e 799, inciso VIII, ambos do Código de Processo
Civil, para o fim de determinar a expedição de mandado de arresto do bem imóvel
pertencente ao Executado, de modo a garantir a eficácia final do processo executivo.

V.- CONCLUSÃO: DOS REQUERIMENTOS

Ante todo o exposto, é a presente ação com o fito de que Vossa Excelência
digne-se em julgar procedente a pretensão jurídica do Exequente para:

(i) deferir o pedido da tutela provisória de urgência cautelar incidental,


determinando-se o arresto do imóvel de modo a afetá-lo a este
processo de execução, expedindo-se a competente certidão para
averbação na matrícula ou proceda de ofício o Juízo a averbação, caso
disponha de convenio com a ARISP, dando-se ciência inequívoca a
terceiros e obstando-se seja alienado no curso, eis que presentes os
requisitos autorizadores da medida (probabilidade do direito decorrente
da liquidez, certeza e exigibilidade do título e perigo de risco a utilidade
e eficácia do processo), oferecendo em caução, se necessário, o imóvel
sede da Exequente (matrícula anexa (ii) a citação da Ré e dos Corréus,
por via postal com AR, nos endereços inicialmente indicados, para que,
querendo, apresentem oportunamente vossas defesas, sob pena de
confissão e revelia;

(ii) a expedição do mandado de citação e intimação do arresto do


Executado para que, querendo, pague em 03 (três) dias a quantia de R$
160.000,00 (cento e sessenta mil reais) atualizada e acrescida de juros
e correção monetária em continuidade ao demonstrativo de débito
anexado à inicial;

(iii) caso não seja efetuado o pagamento do débito no prazo acima


assinalado, seja desde logo convertida o arresto em penhora,
determinando-se a expedição de certidão para fins de averbação na
matrícula, caso não disponha o Juízo de convenio com a ARISP;

(iv) seja o nome do Executado incluído no cadastro de inadimplentes,


na forma do artigo 782, § 3º, do CPC;

(v) condenar a Executado em custas judiciais e honorários advocatícios


a serem fixados em 20%¨sobre o valor da causa, nos termos do artigo
85 do CPC.

Por fim, o Exequente requer que todas as publicações, notificações e


intimações sejam expedidas, exclusivamente, em nome do advogado
XXXXXXXXXXXXXXX, OAB/XX nº XXX.XXX, com endereço profissional na Rua
XXXXXXXXXXXXX, nº. XXX, bairro XXXXXXXX, cidade XXXXXXXX/XX, CEP nº
XXXXXXXX, sob pena de nulidade, nos termos do artigo 272, § 2º e §5º, do CPC.

Informa o Exequente que tem interesse na realização de audiência de


conciliação.

Dá-se à causa o valor de R$ 160.000,00 (cento e sessenta mil reais).

Termos em que,
Pede-se deferimento.

LOCAL, DATA
ADVOGADO
OAB/XX Nº XXXXX

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