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CONSOLANDO
OS QUE
SOFREM
SÃO PAULO
1 9 5 9
t C. Card. Motta
Arceb. Metrop.
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ESUS
J
passava na te rra.
Cui dava com amor e so lic itude do s discípulo s,
a que m e nsi nava se u Evange lho .
Da multidão , que alime ntava no co rpo e na
alma.
Das crianças , a que m falava co m carinho mi-
m oso .
Mas, acima de tudo , e ram os e nfermo s e o s
doente s a que m Êle conso lava, alivi ava, trazia co n
fô rto na Fé, e o be ne fício da saúde tão de se j ad a . ..
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A S fôrças quebrantadas
_ do corpo atingem nos
� sa alma.
E porque a doença nos prostrou parece-nos
que decaiu também o valor de nossa alma
Engano nosso.
Muitas vêzes há uma quase oposição entre
o -vigor da carne e a debilidade do espírito.
De tal sorte, que o sofrimento debilitador de
nosso corpo é um ascensor seguro para a nossa
alma.
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Ela vem.
Entra em nosso quarto, em nossa enfermaria,
em nosso coração.
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NO LIMIAR DE MAIO
UANDO
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se termina o mês de abril, nossos
corações se engalanam festivos para a pre
paração do mês de maio.
Recordamos: em nossa infância, na adoles
cência, quem sabe ainda há pouco tempo, como
era imensa nossa alegria ao celebrar o mês de
maio !
Rezávamos a Consagração a Maria.
Exultávamos de júbilo na Coroação da Virgem.
Em tôdas as Igrejas e capelas , altarinhos, tal-
vez -em nosso lar, luzes e flôres , cânticos e preces,
homen âgens a Maria . . .
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O
J ardim das Dores de M aria of erece- nos a
contemplação de um peq uenino e evocador
ramal hete de três saudades roxas:
Os Trê s Dias de Ausência.
Cumprindo seus deveres na religião mosaica,
José e Maria, com o Menino de doze anos, bus
c a m Jerusalém e o Templo.
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E depois . . . a dor.
No prim eiro encontro da caminhada, após lon
E; as horas, buscaram o Menino.
Êle não estava com José. Êle não estava com
M: aria. lt le se perdera . . .
Ah 1 a aflição de Maria !
Dentre tôdas as dores, não foi esta a mais
cruciante ? Pois que as outras, Maria as sofria
em companhia de Jesus. Nesta, t le está ausente.
Na delicadeza de seu coração, Nossa Senhora
s e perguntava se alguma coisa nela teria contra
riado Jesus , magoado seu Coração. . . Na retidão
de sua consciência im aculada, Ela se via rodeada
de t revas espirituais . . .
Três dias, sua al ma sofreu a saudade de Je
<'1JS, a dor de sua perda.
Enfim, no Templo, reencontrando seu Filho, a
Riqueza de seu Coração, Ela sentiu pacificada sua
alm a dolorosamente ferida. . .
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A Senhora sofre.
De seu Primogênito, e dos outros filhos.
Dos outros, de nós, que Lhe assassinamos o
Filho inocente.
Ah ! o pecado !
O mal, o único mal!
O quP mata sempre. Ao corpo, à saúde no
tempo, à salvação na eternidade, o que tenta ma
tar o próprio Deus, e ousou consegui-lo no alto
do Calvário . . .
O mal terrível que arrastaria sua sinistra som
bra sôbre tantos corações, arrancando-lhes a vida,
e beleza espiritual, as promessas de Felicidade 1
O pecado, disfarçado em orgulho e em luxú
ria, em ódios e avareza, em ambição e egolatrias,
emissário lúgubre do inferno, a assassinar as al
mas, assim como se abatera sôbre aquele Jesus,
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O
mês do Sagrado Coração de Jesus nos en
seja novo encontro para uma afetuosa vi
sita. Do lindo mês de maio passamos para
o mês de junho. Caminhamos de Nossa Senhora
para o Coração de Jesus.
Maria, fiel à sua divina missão, nos leva com
�egurança para Deus.
Ela é, Ela será sempre o caminho imaculado
para o Senhor.
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JESUS PRESENTE
O
amor de Deus mais uma vez nos visita.
É a presença do Sagrado Coração de Jesus,
na glória de seu Paraiso e no céu da SSma.
Eucaristia.
Quando gozamos saúde, nosso olhar procura
o sacrário de Jesus, em linha horizontal. Doen
tes, porém, em nossos leitos, nossos olhos buscam
ao Senhor no céu, em linha vertical.
tle não está, porém, somente na extremidade
f�nal destas linhas.
Senão também no seu comêço, dentro em nos
sos corações . . .
Pela sagrada comunhão file vem visitar-nos,
ficar conosco.
Quanto é bom e suave pensar na celeste tro
ca que se estabelece entre Jesus e os corações dos
doentes 1
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JESUS PRESENTE 91
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J
ôIA entre os documentos pontifícios, é a Car
ta Enciclica que o Santo Padre Pio XII escre
veu sôbre o Sagrado Coração de Jesus.
Fundamenta-se no texto de Isaías: Baurietls
aquas ln gaudlo, As águas de nossa salvação,
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O
pensamento do Amor de Nosso Deus abre
flõres de alegria em nossa estrada escura.
E para maior segurança ele nossa crença, a
devoção ao Amor, ao Coração de Jesus, não é um
mero sentimentalismo que suavemente desabro
chasse em nosso coração.
Mas assenta sólidas bases na Teologia, trans
formando-se em fôrça varonil para as nossas es
peranças.
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Q
UANDO erguemos nossos olhares à Imagem
querida do Coração de Jesus, colocada na
parede de nosso quarto, no altar de nossa
capela, ou na cela de nosso coração, contemplamos
êste Coração coroado de espinhos, encimado por
uma cruz, envolto em chamas, labaredas de amor.
Cristãos menos avisados julgam a devoção do
Coração de Jesus uma linda flôr de sentimen
talismo.
Não, esta devoção é forte, santa e santifica
dcra, porque nos ensina a sofrer . . .
Leva-nos a imitar a dedicação até o sacrifício,
assim como o fêz o Coração amoroso de Jesus.
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O
S sofrimentos de Nosso Senhor constituem
preciosa herança para sua I greja e seus
santos.
Desde o princípio.
Aquele que recebeu a investidura direta de J e
sus, Pedro, o primeiro Papa, herdou largamente
o sofrimento e o cárcere.
O ímpio Herodes, para agradar aos j udeus, en
<'errou a Pedro numa prisão em Jerusalém.
O apóstolo estava cercado de grades de ferro,
'! uma dupla cadeia prendia seus membros.
Passada a festa de Páscoa, pensava o rei em
eliminar a Pedro, assim grangeando melhor o fa
vor da plebe, a estima dos j udeus.
Ora, Deus vigiava pelo seu Papa, e a Igrej a
tôda rezava por êle.
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O SANGUE NO JARDIM
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OMENTA o Pe. Faber que na história do Pre
cioso Sangue há um capitulo de excessiva
prodigalidade.
É a flagelação do Senhor.
Faz-nos bem, e eleva-nos, meditar êstes mis
térios dolorosos e sangrentos de Jesus.
Porque nosso pensamento é uma comunhão.
Se nos detemos nas coisas mundanas e vis, no
espfrito do mundo, em nós mesmos, sentimo-nos
apequenados e mesquinhos.
Não nos podemos enriq11ecer com as nossas
pobrezas.
Mas quando alçamos nossa mente e coração
e Deus e às coisas santas, vemo-nos elevados a
uma profunda tranquilidade e inalterável paz.
Porque é como se tivéssemos comungado Jesus.
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Quem dá cousas do céu, não precisa de tesou
ros da terra.
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UM M.ARTIR DE FOGO
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UANDO
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apareceu em Fátima, falando nos
sa linguagem portuguêsa, credenciada pelas
maravilhas apoteoses do so l , encantadora
na sua roupagem branco dourada, N ossa Senhora
pôs em nossas mãos o seu Rosário.
Para que nós aprendêssemos a sintonizar com
êle a nossa vida.
Colocá-lo entre os suspiros e lágrimas de nossa
en fermidade, em nossa dor.
Pois tôdas as cousas, grandes e pequeninas, em
n0ssa passagem na terra, se simbolizaram e san
tificaram nos mistérios do Rosário de Maria.
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cantar :
- Amar é sofrer, sofrer é amar !
Pág.
Dedicatória . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Proêmio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . 1
Uma visita de Deus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Cruz, Estrada de Luz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
Prediletos do Senhor . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . 15
Austera dignidade do sofrimento . . . . . . . . . . . 18
Nosso nome no céu . . . . . . . . . . . . . . . . .. . .. ... 21
Nossa Mãe vem visitar-nos . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Por que invej ar os felizes? . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
No limiar de maio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Maio entre dores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Coroa das dores de Maria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
1.8 dor : A espada de Simeão . . . . . . . . . . . . . . 41
2.8 dor : O exilio no Egito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
3.ª dor : Os dias de ausência . . . . . . . . . . . . . . . 48
4.ª dor : O encontro da via sacra . . . . . . . . . . 52
5.ª dor : No alto do Gólgota . . . . . . . . . . . . . . . . 56
6.ª dor : Jesus no regaço de Maria . . . . . . . . . 59
7. ª dor : A soledade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
Gozos nas dores de Maria . . . . . . . . . . . . . . . . 66
Coroemos Nossa Senhora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
O manto de Nossa Senhora . . . . . . . . . . . . . . . . 73
Nossa Mãe pede por nós . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
De Maria para Jesus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
O Coração de Nosso Deus . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84