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Resenha do capítulo 1 do livro: Manutenção: Função Estratégica, de Alan Kardec

e Júlio Naseif.
Aluna: Larissa Ribeiro Pereira

O capítulo 1 do livro inicia abordando o fato de que as atividades de manutenção


têm ganhado cada vez mais importância dentro das empresas, devido a uma maior
conscientização de quanto uma falha de um equipamento pode afetar a segurança da
instituição e dos trabalhadores que nessa se inserem.
Segundo os autores, a Manutenção pode ser dividida em quatro gerações. A
Primeira Geração ocorreu antes da Segunda Guerra Mundial, época onde a indústria era
pouco mecanizada e via-se as falhas de equipamentos como naturais ao longo dos anos.
Sendo assim, a manutenção era corretiva não planejada, pois não se via necessário uma
manutenção sistematizada.
A Segunda Geração ocorreu após a Segunda Guerra, quando houve um grande
aumento da mecanização e fortificação da indústria. Com isso, surgiu a necessidade de
uma maior produtividade, e observou-se a dependência do bom funcionamento das
máquinas. Assim, constatou-se que as falhas dos equipamentos deveriam ser evitadas, o
que levou à criação da manutenção preventiva, tipo de manutenção realizado de forma
planejada em intervalos fixos. Logo, o custo da manutenção também aumentou, o que
levou ao aumento dos sistemas de planejamento e controle da manutenção.
A Terceira Geração se fez a partir da década de 70, quando houve a paralisação
da produção, aumentando os custos e afetando a qualidade dos produtos. As falhas dos
equipamentos também se intensificaram consideravelmente com o aumento da
automação, gerando sérias conseqüências na segurança e no meio ambiente. Com isso,
nessa geração foi utilizado o conceito da manutenção preditiva, além de ocorrer também
o desenvolvimento de softwares de planejamento, controle e acompanhamento dos
serviços de manutenção.
Ainda na Terceira Geração, ocorreu a implantação do processo de Manutenção
Centrada na Confiabilidade, sendo o conceito de confiabilidade cada vez mais aplicado
na Manutenção. Nessa geração, a busca pela confiabilidade se intensificou, porém, a
taxa de falhas prematuras se elevou, devido à falta de interação entre as áreas de
engenharia, manutenção e operação.
Na Quarta Geração, a busca pela confiabilidade e disponibilidade continuou, e se
intensificou a busca pela minimização das falhas prematuras. O conceito de manutenção
preditiva e o monitoramento de condição de equipamentos foram mais utilizados. Com
isso, a aplicação da manutenção preventiva e da manutenção corretiva não planejada foi
reduzida. Nessa geração também foram desenvolvidos novos projetos voltados para a
confiabilidade, disponibilidade e Custo do Ciclo de Vida da instalação.
O capítulo também trata sobre as fases da manutenção. Na fase de projeto,
ocorre o levantamento das necessidades, além de todas as informações importantes. Na
fase de fabricação, deve-se observar a confiabilidade dos equipamentos. Todos os
dados, juntamente com o histórico de desempenho de equipamentos semelhantes,
compõem o valor histórico do equipamento.
Na fase de instalação, deve ser observada a qualidade da implantação do projeto
e as técnicas utilizadas. Quando a qualidade não é levada em consideração, podem ser
gerados pontos potenciais de falha, o que deve ser evitado. As fases de manutenção e
operação deverão garantir a função dos equipamentos, sistemas e instalações. Nesta
fase, são observadas as deficiências geradas no projeto.
Essas fases deverão interagir entre si, pois se isso não acontecer, a Manutenção
sofrerá algumas dificuldades de desempenho em suas atividades, mesmo com o uso de
técnicas modernas. Além disso, sem a interação das fases, a confiabilidade deixará de
ser prioridades, uma vez que as fases precisam agir juntas para isso.
Os autores afirmam que hoje, uma nova fase está surgindo, e está ligada à busca
de Unidades e Sistemas de Alta Performance. Essa fase surge devido à busca de maior
competitividade da sociedade, e das exigências com relação às questões de SMS (Saúde,
Meio Ambiente e Segurança).
Essa nova fase pode ser caracterizada por um alto nível de confiabilidade, baixo
custo de manutenção, automatização, segurança, qualidade, flexibilidade operacional
para atendimento das demandas do mercado, baixo consumo energético, uso otimizado
de água, alto nível de desempenho, entre outras características.
Para implementar essa fase, os autores afirmam que são necessárias algumas
ações, como o uso de referenciais de excelência, um plano de ação, padrões e
procedimentos, e a aplicação do conceito.
Logo, pode-se perceber que a Manutenção tem sido cada vez mais utilizada
dentro das empresas, pois esta pode evitar falhas, melhorando a segurança das
organizações, e vê-se também, que é necessário buscar a confiabilidade e a
disponibilidade dos sistemas, para gerar uma maior produtividade.

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