Resenha – Capítulo 2 do livro “Manutenção: Função Estratégica”
O capítulo dois trata sobre a Gestão Estratégica da Manutenção, abordando a sua
importância para que a manutenção seja feita de forma eficaz nos processos. É visto que o uso da manutenção está sendo cada vez mais constante, o que faz também com que os profissionais devam estar mais preparados e qualificados para evitar falhas. Com isso, dia após dia as relações entre empresas e manutenção têm aumentado, sendo praticada uma nova estratégia com os contratos de parceria baseados em disponibilidade e confiabilidade das instalações, aumentando a lucratividade das empresas. Essa mudança estratégica traz outros benefícios, como o aumento da segurança pessoal e das instalações, a redução da demanda de serviços, redução de custos, redução de lucros cessantes e a preservação ambiental. Os autores trazem o conceito de manutenção estratégica, que diz que é necessário manter a eficácia no serviço, e não só a eficiência, voltando-se principalmente para os resultados da organização. É preciso manter a função do equipamento para reduzir a probabilidade de paradas não planejadas. Para definir as metas da Gestão Estratégica, pode-se adotar o processo de Benchmarking, que é, segundo os autores, o processo de identificação, conhecimento e adaptação de práticas para ajudar uma organização a melhorar a sua performance. É um processo de comparação de empresas do mesmo segmento de negócio, de forma a conhecer os caminhos estratégicos das empresas de melhor desempenho, a situação atual da organização analisada, e as diferenças competitivas encontradas. Este processo deve ser feito para que a organização proporcione o melhor atendimento aos clientes de forma competitiva, satisfazendo as suas necessidades. A manutenção deve ser feita de forma que os equipamentos parem de funcionar somente de forma planejada. O gerenciamento deve ocorrer de maneira a evitar falhas não previstas, e se planejar para correções futuras. Por isso, a gestão da manutenção se faz tão importante. A competitividade de uma organização depende de uma maior produtividade em relação aos concorrentes, sendo que a produtividade pode ser medida pela divisão entre o faturamento e os custos da organização. Para aumentar o faturamento, é preciso otimizar a confiabilidade e a disponibilidade. Isso pode ser feito através da diminuição do tempo de paradas dos sistemas, do tempo médio para reparo e do aumento do tempo médio entre falhas. Para a otimização dos custos, é preciso buscar conhecer a causa da falha, ocasionar a redução do retrabalho e utilizar técnicas para avaliação e diagnóstico. O livro define que a atual missão da manutenção é garantir a confiabilidade e a disponibilidade da função equipamentos, de forma a atender um processo de produção ou serviço, com segurança, preservação do meio ambiente e custos adequados. Logo, a manutenção deve preservar a função de cada equipamento, fazendo-os os funcionar de forma adequada. Várias ferramentas se encontram disponíveis para otimizar uma organização. Uma delas é a Gestão da Qualidade Total, que se mostra muito eficaz quando aplicada corretamente. Outros exemplos de ferramentas são a gerência da rotina, padronização, 5S, Benchmark, Balanced Scorecard, entre outras. Ainda no segundo capítulo do livro, são citados os tipos de manutenção existentes atualmente. São eles a manutenção corretiva não planejada e planejada, manutenção preventiva, manutenção preditiva, manutenção detectiva e engenharia da manutenção. Na manutenção corretiva planejada, a perda de produção é reduzida ou eliminada e o custo é baixo. Já na corretiva não planejada, ocorre o contrário. A manutenção preventiva só deve ser usada quando não for possível o uso da preditiva, quando a segurança está envolvida, ou em outras situações. Conceitos mais aprofundados a cerca dos tipos de manutenção são abordados no terceiro capítulo do livro. Uma outra questão que o capítulo aborda é sobre o giro inadequado do PDCA - Plan-Do-Check-Act (Planejar, Executar, Verificar, Atuar corretivamente) na manutenção. O erro tem acontecido porque o giro tem focado no "Do", procurando executar o melhor reparo. Porém, é necessário evitar as falhas, e não reparar os erros de forma cada vez melhor. Os autores afirmam que o novo papel da manutenção é o grande desafio gerencial desses novos tempos, sendo que o gerente deve ser o agente de mudanças para levar as organizações à inovação. Porém, o não entendimento deste paradigma pode levar as empresas à grandes perdas ou até mesmo à falência. Logo, através do segundo capítulo do livro, pode-se perceber que é necessário que os gerentes estejam capacitados e qualificados para utilizar a manutenção, e devem agir sempre de forma a evitar falhas, para assim, buscar uma excelência em suas organizações.