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NOÇÕES DE ETICA NA PESQUISA


CIENTIFICA:
PLÁGIO, FRAUDE E MÁ CONDUTA
Essa apresentação foi compilada de :
LIMA, Juliana Soares. Noções sobre ética, plágio, fraude e má conduta em
pesquisa científica. Fortaleza, 2017. 109 slides.
Disponível em: <https://docs.google.com/presentation/d/18mwAQPR2x1iBQ
XdhuJ5JcNKRMBpQ2pcRUze_HaymRjE/edit?usp=sharing>. Acesso em : 18 set.
2018.

Facilitadora : Bibliotecária Ana Cristina Melo


Biblioteca Central do Campus do Pici
Fortaleza, 2018

¨  1. Integridade Cientifica
¨  2. Autoria

¨  3. Plágio

¨  4. A Importância da Padronização

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ÉTICA & INTEGRIDADE ACADÊMICA

ÉTICA À NICÔMACO DE ARISTÓTELES – Preceitos


Básicos
¨  “Devemos comportar-nos com os nossos amigos do

mesmo modo que gostaríamos que eles se


comportassem conosco”.

¨  “Nosso caráter é o resultado da nossa conduta”.

¨  “Nós somos aquilo que fazemos repetidamente.


Excelência, então, não é um modo de agir, mas um
hábito”.

INTEGRIDADE CIENTÍFICA
“A confiança é o pilar da atividade de pesquisa”.
(ACADEMIA BRASILEIRA DE CIÊNCIA, 2013, p. 3).

Fonte:TAKE.net., 2018

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INTEGRIDADE CIENTÍFICA
¨  (i) Honestidade na apresentação, execução e descrição
de métodos e procedimentos da pesquisa e na
interpretação dos resultados;
¨  (ii) Confiabilidade na execução da pesquisa e na

comunicação de suas conclusões;


¨  (iii) Objetividade na coleta e no tratamento de dados e

informações, na apresentação de provas e evidências e


na interpretação de resultados;
¨  (iv) Imparcialidade na execução da pesquisa, na

comunicação e no julgamento das contribuições de


outros;

INTEGRIDADE CIENTÍFICA
¨  (v) Cuidado na coleta, armazenamento e tratamento de
dados e informações;
¨  (vi) Respeito por participantes e objetos do trabalho de

pesquisa, sejam seres humanos, animais, o meio


ambiente ou objetos culturais;
¨  (vii) Veracidade na atribuição dos créditos a trabalhos

de outros;
¨  (viii) Responsabilidade na formação e na supervisão do

trabalho de jovens cientistas;


(ACADEMIA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS, 2013, p. 6).

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TIPOS DE MÁS CONDUTAS CIENTÍFICAS

¨  Fabricação de resultados e de registros;


¨  Falsificação ou manipulação de dados,

procedimentos e/ou de resultados;


¨  Plágio envolvendo a apropriação de idéias e do

trabalho de outros sem o crédito devido;


¨  Autoplágio ou republicação de resultados científicos

já divulgados, como se fossem novos, sem informar


publicação prévia;

TIPOS DE MÁS CONDUTAS CIENTÍFICAS


¨  Outras formas de má conduta podem incluir: falhas na
observação de preceitos éticos e legais, tais como
quebra de sigilo, uso de material ou de objetos sem o
devido consentimento etc.;
¨  Não informar potencial Conflito de interesses.

(ACADEMIA BRASILEIRA DE CIÊNCIA, 2013; CONSELHO


NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E
TECNOLÓGICO, 2011; FUNDAÇÃO DE AMPARO À
PESQUISA DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2014).

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O QUE É CONFLITO DE INTERESSES?


“Há conflito potencial de interesses nas situações em
que a coexistência entre o interesse que deve ter o
pesquisador de fazer avançar a ciência e interesses
de outra natureza, ainda que legítimos, possa ser
razoavelmente percebida, por ele próprio ou por
outrem, como conflituosa e prejudicial à objetividade
e imparcialidade de suas decisões científicas, mesmo
independentemente de seu conhecimento e vontade”.
(FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO
DE SÃO PAULO, 2014, p. 25).

AUTORIA

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AUTORIA
A ordem de autoria costuma variar de acordo com
as áreas do conhecimento. Geralmente, os autores
são listados em ordem de importância, mas
algumas áreas adotam ordem alfabética (por
sobrenome). Esclarecemos que este material
objetiva demonstrar as opções e sugestões possíveis
a serem adotadas por qualquer área do
conhecimento, respeitando-se, obviamente, suas
especificidades e particularidades.

AUTORIA
Diversas áreas também costumam estabelecer normas
nacionais e internacionais, requisitos básicos para seus
manuscritos, como orientações para os autores, não se
prendendo apenas ao aspecto da forma, mas
também em recomendações para a escrita científica,
tratando, inclusive, das questões éticas, de
responsabilidade, de autoria e coautoria.
Como exemplo, podem-se citar as áreas de
Antropologia, Ciências Sociais, Direito, Física,
Medicina e Psicologia.

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AUTORIA

O que é um autor?
De acordo com o Dicionário Houaiss (2001), é “a pessoa que
produz ou compõe obra literária, artística ou científica”.
- Você realmente escreveu o trabalho?
- COMPRAR trabalho feito é PLÁGIO!
- ROUBAR ideias materializadas, esboços, Projetos e
patentes pode ou não ser considerado como plágio; afinal,
nem o Superior Tribunal Federal (STF) chegou a um consenso
sobre o tema em suas jurisprudências. Contudo, ressalta-se
que cada caso é um caso, e será analisado pelo STF.

AUTORIA

Para que serve o nome do autor?

De acordo com Pereira (2011, p. 158), “A


presença do nome do autor tem a finalidade de
assegurar a propriedade intelectual da obra. [...]
O seu nome, passando a ser respeitado, confere
credibilidade ao que diz ou publica. Os leitores,
por sua vez, o terão como guia para rastrear a
boa literatura científica, e isso pesa na decisão
de ler ou não um artigo científico”.

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AUTORIA
¨  Para que serve o nome do autor?

Assegurar a propriedade intelectual da obra.


Auxiliar o leitor na seleção de material para
leitura.
Avaliar a produção científica de autores.
Acompanhar a citação de um artigo.
Fonte: (PEREIRA, 2011, p. 158)

Por que autoria é importante?


Conforme as recomendações do International Committee
of Medical Journal Editors (ICMJE), também conhecido
como Grupo de Vancouver, que estabeleceu as normas
de Vancouver, a autoria confere crédito ao trabalho e
traz importantes implicações acadêmicas, sociais e
financeiras. Também significa dever e responsabilidade
pelo artigo publicado, e essas recomendações
visam à garantia do crédito como autores aos que
colaboraram com contribuições intelectuais substanciais
para o trabalho, além de deixar claro que os
contribuintes creditados como autores entendam seu
papel ao assumirem responsabilidades e obrigações
pelo que é publicado. (INTERNATIONAL COMMITTEE OF
MEDICAL
JOURNAL EDITORS, c2017, online).

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Por que autoria é importante?


O ICMJE esclarece que a autoria em si não discrimina
quais os tipos de contribuições qualificam cada indivíduo
para ser autor, por isso alguns periódicos costumam
solicitar e publicar informações específicas sobre as
contribuições de cada participante do estudo submetido
para publicação. Além disso, o ICMJE incentiva os
editores a desenvolverem e implementarem uma política
de autoria e identificação dos responsáveis pela
integridade do trabalho como um todo a fim de dirimir
qualquer ambiguidade quanto às contribuições.
(INTERNATIONAL COMMITTEE OF MEDICAL JOURNAL
EDITORS, c2017, online).

Por que autoria é importante?


Contudo, o ICMJE reconhece que as questões sobre a
quantidade e a qualidade das contribuições que
qualificam um indivíduo como autor não resolvem
completamente o problema. Assim, estabeleceu 4
(quatro) critérios básicos para que a autoria possa ser
considerada, incluindo-se aqueles que distinguem
autores de outros colaboradores. (INTERNATIONAL
COMMITTEE OF MEDICAL JOURNAL EDITORS, c2017,
online).

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O que define a autoria?

AUTORIA
1) Como escolher os nomes para a lista de autores?
2) Quem será o primeiro na ordem de autoria? Em que
ordem aparecerão os demais?
3) Haverá seção de agradecimentos? Se houver, a
quem os agradecimentos serão dirigidos?
“Nem sempre é fácil separar os nomes dos que devem
ser incluídos como autores daqueles que ficam melhor
situados na seção de agradecimentos ou que não
aparecem em uma ou outra categoria, embora tenham
contribuído para o andamento da pesquisa”. (PEREIRA,
2011, p. 160).

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AUTORIA
Para Pereira (2011, p. 160), “A sequência lógica para os
nomes dos autores será na ordem de importância de
cada contribuição. No entanto, a prática não costuma ser
essa. A ordem de contribuição não é necessariamente
decrescente do primeiro ao último autor. Estudos mostram
que os autores intermediários contribuem menos. Os mais
importantes são os primeiros - ou os dois ou três primeiros
da lista no caso de muitos autores - e o último. Esses
contribuem mais do que os autores intermediários, no que
diz respeito ao número de tarefas executadas e à
determinação dos temas a serem estudados”.

AUTORIA
Para Pereira (2011, p. 160), “A ordem do
aparecimento do nome dos autores é uma decisão
conjunta dos coautores. Não há orientação objetiva
sobre o assunto. São os principais autores que tomam
essa decisão, ponderando a colaboração de cada
um”.

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AUTORIA: Uma dica!

*Autores principais com o mesmo grau de colaboração


podem ser sinalizados:
Volpato (2016, p. 114) indica que “Algumas vezes, dois ou
mais autores se consideram com o mesmo nível de
participação no trabalho. Isso é possível e deve ser
honestamente acertado entre os autores, mesmo que numa
fase mais avançada do artigo. Como os autores serão
listados sequencialmente, pode-se incluir um símbolo no nome
de cada um dos autores considerados com o mesmo grau de
participação, indicando abaixo (ou mesmo no rodapé - mas
esse local é decisão da revista) que esses autores
colaboraram igualmente com o trabalho”.

FATORES ASSOCIADOS:
Quantidade versus Qualidade
A valorização da quantidade de artigos publicados
pelo autor, ao invés da qualidade, tem sido um
fenômeno constante observado e criticado,
principalmente nos últimos anos: a cultura do Publish or
Perish (“Publique ou Morra”), a crença de que um bom
pesquisador é o que mais publica, ou, quanto mais
publicações no currículo, melhor é o pesquisador, são
valores enganadores, tendo em vista que está
intimamente ligado com o crescimento do número de
periódicos (alguns de origem questionável e
predatórios); (PEREIRA, 2011).

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FATORES ASSOCIADOS:
Quantidade versus Qualidad
a proliferação de coletâneas de trabalhos sob a
forma de artigos publicados em número especial,
temático, suplementos, geralmente, avaliados
pelos próprios organizadores que também podem
ser os responsáveis pela publicação ou seu
financiamento; e, ainda, o aparecimento de
formas questionáveis de autoria e publicações
indevidas. (PEREIRA, 2011).

PUBLICAÇÕES INDEVIDAS DIRETAMENTE


RELACIONADAS À AUTORIA
¨  Artigo oriundo de fabricação de dados, falsificação, plágio
e roubo de ideias (vampirismo intelectual);
¨  Publicações repetidas: o trabalho é publicado novamente,
em outro periódico, seja intacto ou apenas com mudanças
menores em relação ao anterior; essa situação é comumente
designada como autoplágio;
¨  Fragmentação exagerada dos resultados da pesquisa, em

unidades mínimas publicáveis (the least publishable unit),


cada qual significando um artigo científico; pela ideia de
pesquisa fatiada, esse procedimento tem sido chamado de
técnica do salame, ou simplesmente salami science; (PEREIRA,
2011, p. 162-163).

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PUBLICAÇÕES INDEVIDAS DIRETAMENTE


RELACIONADAS À AUTORIA
¨  Autoria presenteada: autor convidado, sem nenhum
ou pouco esforço, ou que não se enquadra nos
critérios de autoria, mas recebe o nome em um
artigo;
¨  Autor fantasma (Ghost author ou Ghost writer): “[...]

significa uma pessoa escrever artigo com o nome de


outra”. (PEREIRA, 2011, p. 162-163).

AGRADECIMENTOS: suas relações com


a autoria
Pereira (2011, p. 164) esclarece que “O autor recebe
colaborações durante o desenrolar da pesquisa e da
redação do artigo, por parte de pessoas, representando
ou não instituições. São ideias, informações, reflexões,
referências bibliográficas, aconselhamentos, revisão do
texto, ajuda material, financeira e muitas outras formas
de apoio. Esse suporte pode ser explicitado no artigo
científico em seção intituladaagradecimentos”.

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AGRADECIMENTOS: suas relações com


a autoria
Pereira (2011, p. 164) enfatiza que os
agradecimentos ”Ficarão restritos às pessoas (e
também instituições) que contribuíram de maneira
relevante para o trabalho, mas cujo auxílio não foi
tão essencial que justifique a inclusão de seus nomes
na coautoria do artigo”.

PLÁGIO

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O QUE É PLÁGIO?
Conforme o Dicionário Houaiss (2001),
plágio é:

1 ) Ato ou efeito de plagiar;


2) Apresentação feita por alguém, como de
sua própria autoria, de trabalho, de obra
intelectual produzido por outra pessoa;
3) Imitar, copiar, tomar posse.

PLÁGIO ACADÊMICO
“O plágio acadêmico se configura quando um aluno
retira, seja de livros ou da Internet, ideias, conceitos
ou frases de outro autor (que as formulou e as
publicou), sem lhe dar o devido crédito, sem citá-lo
como fonte de pesquisa. Trata-se de uma violação
dos direitos autorais de outrem. Isso tem implicações
cíveis e penais. E o ‘desconhecimento da lei’ não
serve de desculpa, pois a lei é pública e explícita”.
(NERY et al., [201-?], p. 1).

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QUESTÕES IMPORTANTES PARA


FALAR SOBRE PLÁGIO...
“1) Somos menos éticos e menos íntegros que
nossos antepassados?
2) Que valores estão acoplados ao trabalho e à
publicação científica hoje?
3) Vigiar, punir, prevenir ou transformar? Onde
estamos e para onde queremos ir?”. (RUSSO, 2014,
p. 189).

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ANTECEDENTES
“A questão da fraude no meio intelectual, seja ele
científico, seja literário, não é um fato recente.
Basta um pequeno sobrevoo na história para
verificarmos que casos de plágio e de falsificação
no meio intelectual como um todo são um fato de
longa data.” (RUSSO, 2014, p. 189, grifo nosso).

ANTECEDENTES
Para Wazlawick (2009), a cópia de trabalhos era
muito comum e aceita entre os escribas antigos e os
músicos da renascença e do barroco, porém, com o
passar do tempo, o plágio adquiriu status de
procedimento antiético. No século XV, com a invenção
da imprensa, a cópia de textos tornou-se uma
atividade de massa, trazendo, assim, a questão da
proteção jurídica ao trabalho do autor.

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Wazlawick (2009) resume alguns


antecedentes da Lei de direitos autorais:
¨  Em 1662, na Inglaterra, o Licensing Act proibia a impressão
de qualquer livro que não tivesse sido previamente
autorizado;
¨  Em 1709, o Copyright Act protegia por até 21 anos a
propriedade intelectual e patrimonial de obras impressas;
¨  Em 1789, na França, os valores iluministas passaram a
imperar e, com isso, a primazia do autor sobre a obra
intelectual. A proteção do direito autoral passou a ser por
toda a vida do autor e inclusive transmitida aos seus
herdeiros legais.
¨  Em 1827, no Brasil, a primeira menção sobre proteção dos
direitos autorais surge na lei que criava os cursos jurídicos.
Em 1830, a matéria é regulamentada através da
promulgação do código de direito criminal.

ANTECEDENTES
“No Brasil, a preocupação com a questão da ética e integridade
em pesquisa só começou a ser discutida nos últimos anos,
sobretudo após a publicação do Código de Ética e Conduta
Científica elaborado pela Fapesp (2012), seguido da
publicação do Relatório da Comissão de Integridade de
Pesquisa do CNPq [...] No entanto, a preocupação sobre a
questão da ética e da integridade na ciência é um fenômeno
mundial e já vem sendo abordada há algumas décadas por
muitos outros países, os quais vêm promovendo discussões
para conscientizar pesquisadores sobre o problema,
elaborando dispositivos legais e apoio à formação acadêmica
capazes de nortear as condutas científicas.” (RUSSO, 2014, p.
189).

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PLÁGIO E OS DIREITOS AUTORAIS

“[...] o plágio resulta numa violação de direitos


autorais do autor plagiado. E esta ação configura, na
linguagem jurídica: ‘Mais do que um ilícito civil, uma
vez que afronta direito de personalidade do autor,
constitucionalmente garantido’ [...]”.
(FURTADO, 2002 apud ROMANCINI, 2007, online).

Código Penal - Crime contra o Direito


Autoral
Previsto nos Artigos 7, 22, 24, 33, 101 a 110, e 184 a 186
(direitos do autor) formulados pela Lei 9.610/1998 e Art.
299 (falsidade ideológica).

Art. 184: Art. 299:


Configura como crime de Define o plágio como crime
plágio o uso indevido da de falsidade ideológica,
propriedade intelectual em documentos particulares
de outro. ou públicos.

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TIPOS DE PLÁGIO

Integral – Parcial - Conceitual

Plagio Integral
É a Transcrição ipsis litteris sem citação e
referênciada fonte de um texto completo.

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Plágio Conceitual
Apropriação de um ou vários conceitos, ou de
uma teoria, que o indivíduo apresenta como se
fosse seu. Resumindo, é o uso das ideias de outro
autor sem citar o original.

Autoplágio

“Consiste na apresentação total ou parcial de


diferentes matérias, como textos e resultados de
pesquisas novas, divulgadas pelo mesmo autor
em estudos anteriores, sem as devidas
referências àqueles trabalhos”. (GALVÃO, 2014,
p. 187)

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Plágio Parcial
Também conhecido como “mosaico”, é a cópia de
algumas frases ou parágrafos de diversas fontes
diferentes, uma espécie de colagens de um ou
autores diversos sem mencionar as fontes.

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NOTÍCIAS E EXEMPLOS
SOBRE PLÁGIOS

PLÁGIO EM PROJETO DE PESQUISA

Em 2006, o Swedish Research Council recebeu uma


denúncia de fraude relacionada ao plágio de um
projeto de pesquisa. Um pesquisador de biologia
submeteu uma versão plagiada de um projeto já
entregue por sua orientadora ao National Institutes
of Health (NIH), nos EUA. O financiamento para o
biólogo foi automaticamente cancelado após a
denúncia de fraude. (VASCONCELOS, 2007, p. 4)

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ALERTA SOBRE MÁ CONDUTA EM


PESQUISA

Fonte: G1, 2012.

ALERTA SOBRE FRAUDE EM PESQUISA

Fonte: G1, 2013

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ALERTA SOBRE FRAUDE EM PESQUISA

Fonte: Gazeta do Povo, 2018

ALERTA SOBRE PLÁGIO EM ARTIGO

Fonte: Spinak, 2014

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ALERTA SOBRE PLÁGIO (PUNIÇÕES)

Fonte: G1, 2014

PLÁGIO EM PESQUISA DE
CÉLULAS-TRONCO

Fonte: Estadão, 2014

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MÁ CONDUTA E FRAUDE: FABRICAÇÃO


DE DADOS

Fonte: Revista Exame, 2015

PLÁGIO EM TECNOLOGIA

Fonte: Olhar Digital, 2015

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PLÁGIO EM DISCURSO

Fonte: G1, 2016

PLÁGIO EM FOTOGRAFIA

Fonte: G1, 2016

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PLÁGIO EM DESIGN

Fonte: Life & Style Moda, 2016

PLÁGIO EM LIVROS

Fonte: Folha de São Paulo,2017

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ALERTA SOBRE PLÁGIO

Fonte: Nexo, 2017

ALERTA SOBRE PLÁGIO

Fonte: Revista Pesquisa FAPESP, 2017

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MEDIDAS DE
ENFRENTAMENTO

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APLICAÇÃO DE MEDIDAS

1. Medidas preventivas;
2. Medidas diagnósticas;
3. Medidas corretivas.
(KROKOSCZ, 2013).

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1. MEDIDAS PREVENTIVAS

¨  Integridade acadêmica;
¨  Política institucional;

¨  Orientação e esclarecimento;

¨  Capacitação de escrita acadêmica;

¨  Declaração de autoria.

(KROKOSCZ, 2013).

PREVENÇÃO CONTRA O PLÁGIO

Fonte: USP, 2015

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2. MEDIDAS DIAGNÓSTICAS

¨  Detecção de plágio;
¨  Desconfiar de trabalhos que não
correspondem com o vocabulário do aluno;
¨  Submeter os trabalhos às ferramentas e

softwares antiplágio.
(KROKOSCZ, 2013).

3. MEDIDAS CORRETIVAS

¨  Políticas institucionais de integridade


acadêmica;
¨  Responsabilização e aplicação de sanções.

(KROKOSCZ, 2013).

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RETRATAÇÃO
¨  Periódicos científicos;
¨  Exigência de criação de guias, diretrizes e políticas de

retratação para artigos publicados em que se


comprovaram fraude e má conduta científica;
¨  Publicação de correção do artigo, errata ou

despublicação do trabalho;
¨  Committee on Publication Ethics (COPE).

RETRATAÇÃO
“A retratação é um instrumento público para
registrar e/ou corrigir problemas de um artigo
publicado ou comunicar o seu cancelamento. É
parte integral do sistema de comunicação
científica”. (FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA
DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2015, online).

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ESTATÍSTICAS

TABELA DE FREQUÊNCIA E GRAVIDADE

Fonte: Spinak, 2013

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ERROS MAIS COMUNS DE MÁ


CONDUTA CIENTÍFICA

Fonte: KROKOSCZ, [2016]

MAPA DO PLÁGIO

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FERRAMENTAS
&
SOFTWARES

DETECÇÃO DO PLÁGIO

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SOFTWARES ANTIPLÁGIO

EXEMPLO DE DETECÇÃO POR


SOFTWARE

Fonte: KROKOSCZ, [2016].

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PORQUE NÃO
COMPENSA PLAGIAR...

Fonte: Cartoon Stock.

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Fonte: Blog Prática da Pesquisa.

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A IMPORTÂNCIA DA
PADRONIZAÇÃO...

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A CIÊNCIA EXIGE PADRÕES!

“Se queres conversar comigo, define


primeiro os termos que usas”.
(VOLTAIRE, 1694-1778 apud PEREIRA, 2011, p. 211)

A Importância de Padronizar
“As padronizações existem para nos auxiliar. As
normas facilitam a comunicação, mas não são
simplesmente setas para indicar o caminho a
seguir, embora algumas tenham a conotação de
sentido obrigatório. Aliado ao conhecimento de
padronizações, normas e suas atualizações, o
discernimento e a sensibilidade humana são
essenciais para a produção de um bom texto”.
(PEREIRA, 2011, p. 211)

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A Importância de Padronizar

“Sócrates é creditado pela frase: " O princípio da


sabedoria é a definição dos termos". [...] devemos
adotar esta sabedoria por padronização e
abraçar estas definições”. (GILLETTE, Marcus,
2017, online).

A IMPORTÂNCIA DE CITAR
E REFERENCIAR...

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O QUE É CITAR?
“Transcrever, referir ou mencionar como
autoridade [...]”.
(HOUAISS; VILLAR, 2001, p. 712).

CITAÇÃO É...

“Menção de uma informação extraída de


outra fonte”.
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2002, p. 1).

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REFERÊNCIA É...
“Conjunto padronizado de elementos
descritivos, retirados de um documento,
que permite sua identificação individual”.
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2002, p. 2).

CITAR e REFERENCIAR
representam...

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REFERÊNCIAS
ACADEMIA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS. Rigor e integridade na condução da pesquisa
científica – Guia de recomendações de práticas responsáveis. Rio de Janeiro:
ABC, 2013. Disponível em: <http://www.abc.org.br/IMG/pdf/doc-4311.pdf>.
Acesso em: 1 set. 2016.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. 2. ed. Bauru, SP: Edipro, 2007.
ARRABAL, Alejandro Knaesel. Plágio no TCC. In: Blog Prática da Pesquisa.
Disponível em: <http://goo.gl/Mb5A1k>. Acesso em: 3 set. 2016.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: informação e
documentação: citações em documentos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002.
BOHANNON, J. Study of massive preprint archive hints at the geography of
plagiarism. Science, ScienceInsider, 11 dez. 2014. Disponível em: <http://goo.gl/
dfAkYP>. Acesso em: 7 set. 2016.
BRASIL. Lei de Direito Autoral nº. 9.610 de 19.02.1998. Altera, atualiza e consolida
a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Congresso Nacional
Brasileiro: Brasília, 1998.

REFERÊNCIAS
CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO.
Relatório da Comissão de Integridade de Pesquisa do CNPq. Disponível em:
<http://goo.gl/C0NZU3 >. Acesso em: 28 mar. 2012.
COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR.
Orientações Capes - Combate ao plágio. Brasília: CAPES, 2011. Disponível em:
<http://goo.gl/2x6e6M>. Acesso em: 4 set. 2016.
FANG, F. C.; STEEN, G. R.; CASADEVALL, A. Misconduct accounts for the majority of
retracted scientific publications. Proceedings of the National Academy of Sciences,
v. 109, n. 42, p. 17028–17033, 16 out. 2012. Disponível em:
<http://www.pnas.org/content/109/42/17028.full>. Acesso em: 1 set. 2016.
FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Código de boas
práticas científicas. São Paulo: FAPESP, 2014. Disponível em: <http://goo.gl/
OJiN5l>. Acesso em: 1 set. 2016.

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REFERÊNCIAS
FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Guia
para o registro e publicação de retratações e manifestações de
preocupação. São Paulo: FAPESP, 2015. Disponível em: <http://goo.gl/
fXLqnC>. Acesso em: 1
set. 2016.
GALVÃO, Marli Teresinha G. Plágio na construção de trabalhos científicos.
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SITES IMPORTANTES SOBRE ÉTICA,


INTEGRIDADE ACADÊMICA E PLÁGIO
¨  Committee on Publication Ethics (COPE): http://publicationethics.org
¨  International Center for Academic Integrity: http://goo.gl/IO3EW
¨  Margaret Fain, Librarian: http://ww2.coastal.edu/margaret/index.html
¨  Plagiarism.org: http://www.plagiarism.org/
¨  Plagiarism today: https://www.plagiarismtoday.com/
¨  Plágio.net: http://www.plagio.net.br/index.html
¨  Retraction Watch: http://retractionwatch.com/
¨  Singapore Statement: http://www.singaporestatement.org/statement.html
¨  The Office of Reseach Integrity: http://ori.hhs.gov/
¨  The U. S. Copyright Office: http://www.copyright.gov/

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Obrigada!!!!

anacristina@ufc.br

VíDEO
“ UM Conto sobre o Plágio”

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