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Para saber qual é a autoridade policial 

competente para um certo inquérito


policial, utiliza-se o critério ratione loci ou ratione materiae.
A decisão de arquivamento do inquérito por atipicidade impede que Jaime seja
denunciado posteriormente pela mesma conduta, ainda que sobrevenham novos
elementos de informação.

CERTO  Arquivamento do Inquérito Policial  


---> Regra: faz coisa julgada Formal.>Pode ser desarquivado e rediscutir o assunto, desde
que surjam novas provas [requisito obrigatório]. 
---> Exceção: faz coisa julgada Material, de forma que não poderá ser desarquivado, nem
que surjam novas provas, e não poderá ser ofertada denúncia pelo mesmo fato, seja na
mesma ou em outra relação processual. 
---> STJ e Doutrina Majoritária: Arquivamento que faz coisa julgada material: 
1) Atipicidade da conduta. 
2) Extinção da Punibilidade. 
3) Excludentes de Ilicitude 
---> STF: Arquivamento que faz coisa julgada material:1) Atipicidade da conduta.2)
Extinção da Punibilidade.DICA!!!     
--- > O cespe leva o posicionamento do STF, logo excludente de ilicitude não faz coisa
julgada material. 

Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova, não


acompanharão os autos do inquérito, sendo descartados após a finalização do
IP.
ERRADO  Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que
interessarem à prova, acompanharão os autos do inquérito. 

O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de


base a uma ou outra.
CERTO  Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre
que servir de base a uma ou outra

Simões, policial militar, está sendo investigado em um inquérito instaurado para


verificar suposto excesso cometido no exercício de suas funções, o que
ocasionou na morte de um jovem morador em uma periferia no Rio de Janeiro.

Com base na situação hipotética acima e nos aspectos legais previstos no


Código do Processo Penal e suas alterações, julgue o item subsequente.

Como figura como investigado em inquérito cujo objeto da investigação está


relacionado ao uso da força no exercício profissional, Simões poderá constituir
defensor.

CERTO  ALTERAÇÃO DO PACOTE ANTICRIME (LEI 13.964/19)  


 
Art. 14-A. Nos casos em que servidores vinculados às instituições dispostas no art.
144 da Constituição Federal figurarem como investigados em inquéritos policiais,
inquéritos policiais militares e demais procedimentos extrajudiciais, cujo objeto for a
investigação de fatos relacionados ao uso da força letal praticados no exercício
profissional, de forma consumada ou tentada, incluindo as situações dispostas no  art.
23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal) (EXCLUDENTES
DE ILICITUDE/DESCRIMINANTES/JUSTIFICANTES), o indiciado poderá constituir
defensor.  
 
§ 1º Para os casos previstos no caput deste artigo, o investigado deverá ser citado da
instauração do procedimento investigatório, podendo constituir defensor no prazo de até
48 (quarenta e oito) horas a contar do recebimento da citação. 
 
§ 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º deste artigo com ausência de nomeação de
defensor pelo investigado, a autoridade responsável pela investigação deverá intimar
a instituição a que estava vinculado o investigado à época da ocorrência dos fatos,
para que essa, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, indique defensor para a
representação do investigado.  

Caso Simões não nomeie defensor, a autoridade responsável pela


investigação estará desobrigada a intimar a instituição a que o investigado está
vinculado para que indique um defensor.

ERRADO  Art.14-A   
 
§ 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º deste artigo com ausência de nomeação de
defensor pelo investigado, a autoridade responsável pela investigação deverá intimar a
instituição a que estava vinculado o investigado à época da ocorrência dos fatos,
para que essa, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, indique defensor para a
representação do investigado.  

Após conclusão de inquérito policial, não sendo possível o arquivamento pelas


circunstâncias, e atendidos os requisitos e as condições necessárias, o
Ministério Público poderá propor ao investigado acordo de não persecução
penal. Nessa situação, o acordo será formalizado por escrito e firmado pelo
membro do Ministério Público, pelo seu investigado e por seu defensor e para
homologação será realizada audiência para verificar a sua voluntariedade e
legalidade.

Situação hipotética: Ao término da investigação criminal em que Eduardo foi


indiciado como autor de um determinado crime, após se reunirem todas as condições
necessárias, o Ministério Público propôs um acordo de não persecução penal. Após
homologação judicial do acordo, Eduardo não cumpriu as condições que foram
estipuladas. Assertiva: O Ministério Público deverá comunicar ao juízo sobre o
descumprimento das condições por parte de Eduardo, para fins da rescisão do acordo
e posterior oferecimento da denúncia.

CERTAS  § 10. Descumpridas quaisquer das condições estipuladas no acordo de


não persecução penal, o Ministério Público deverá comunicar ao juízo, para fins de
sua rescisão e posterior oferecimento de denúncia. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019) 
 
§ 11. O descumprimento do acordo de não persecução penal pelo
investigado também poderá ser utilizado pelo Ministério Público como justificativa para o
eventual não oferecimento de suspensão condicional do processo. (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019) 
 
§ 12. A celebração e o cumprimento do acordo de não persecução penal não constarão
de certidão de antecedentes criminais, exceto para os fins previstos no inciso III do § 2º
deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
§ 13. Cumprido integralmente o acordo de não persecução penal, o juízo competente
decretará a extinção de punibilidade. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
§ 14. No caso de recusa, por parte do Ministério Público, em propor o acordo de não
persecução penal, o investigado poderá requerer a remessa dos autos a órgão superior,
na forma do art. 28 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 

Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos


informativos da mesma natureza, o órgão de Defensoria Pública comunicará à
vítima, ao investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para a
instância de revisão ministerial para fins de homologação.
ERRADO  CPP - Decreto Lei nº 3.689 de 03 de Outubro de 1941 
Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos
informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima,
ao investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de
revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei. (Redação dada pela Lei nº
13.964, de 2019) 

POLEMICA
Nas ações penais públicas condicionadas que dependam de inquérito policial
para o seu processamento, a representação deverá ser oferecida na própria fase
de inquérito policial.

CERTO  Embora dispensável, se o inquérito servir de base para a


denúncia, deverá acompanhar a inicial da ação penal (Deixando de ser dispensável)....
Neste caso, sendo uma ação penal condicionada, a representação DEVE ter ocorrido na
própria fase de inquérito policial.

 O Ministério Público denunciou Carlos por lesão corporal de natureza grave.

Nessa situação hipotética,


o crime praticado por Carlos é de ação penal pública condicionada à
representação.

ERRADO  Culposa / Leve: Ação Condicionada.


Grave / Gravíssima: Ação Incondicionada.
Lei Maria da Penha
Todas as lesões: Ação Incondicionada.

As hipóteses que impedem o juiz de exercer a sua jurisdição em determinado


processo estão vinculadas a fatos e circunstâncias objetivas e subjetivas
ligados, em regra, ao próprio processo.

ERRADO  Impedimento do juiz: As hipóteses de impedimento são objetivas, no


sentido de que envolvem um vínculo entre o juiz e o objeto do litígio.  
Suspeição do juiz: O vício é externo, existindo vínculo entre o juiz e a parte ou entre o
juiz e a questão discutida no feito.
Causas de Suspeição ---> Externo ---> Circunstâncias Subjetivas
Causas de Impedimento ---> Interno ---> Circunstâncias Objetivas
As hipóteses de suspeição do juiz se referem a fatos e circunstâncias de origem
externa ao processo e que poderão influenciar na decisão do órgão julgador.
CERTO

O fato de não ser cabível a oposição de exceção de suspeição à autoridade


policial na presidência do IP faz, por consequência, que não sejam cabíveis as
hipóteses de suspeição em investigação criminal.
ERRADO  Os vícios do IP são seus defeitos ou nulidades e a dúvida é se aqueles
podem ou não causar nulidades ao processo futuro. A resposta é NÃO, pois o inquérito
policial não tem a força de condenar ninguém, sendo assim, seus defeitos serão apurados
pelos órgãos competentes (corregedoria, MP). Dessa forma, podemos concluir que o
delegado não pode ser considerado impedido ou suspeito de presidir o IP pelas
futuras partes, apenas por ele mesmo.

A denúncia anônima de fatos graves, por si só, impõe a imediata instauração de


inquérito policial, no âmbito do qual a autoridade policial deverá verificar se a
notícia é materialmente verdadeira. 
ERRADO  A denúncia anônima não é, por si só, meio idôneo de justificar a instauração
do inquérito policial. Entretanto, vale lembrar que a denúncia anônima pode sim justificar
apurações preliminares pela autoridade policial, a qual pode resultar em posterior
instauração do inquérito, com melhor fundamentação.
Abre o precedente para investigar, mas não a imediata instauração do IP.  

No caso de crime de ação penal privada, a instauração de inquérito policial por


força de requerimento formulado pelo ofendido no prazo legal não interromperá
o prazo decadencial para o oferecimento da queixa-crime.
CERTO  A queixa-crime é a peça inaugural da ação penal privada e é justamente a
queixa crime que vai interromper o prazo decadencial de 6 meses, consequentemente o
requerimento de instauração de inquérito não interrompe prazo decadencial.

O titular da ação penal pública condicionada é o Ministério Público. 


CERTO  AP PÚBLICA IN/CON = titular MP

  AP PRIVADA = titular OFENDIDO 


AP PRIVADA SUBS = titular MP 

De acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal, a denúncia


anônima não pode ser base exclusiva para a propositura de ação penal e para a
instauração de processo administrativo disciplinar.
CERTO Bem, para os que devem ter confundido, lá vai o resumo basicão:   
 
Instauração de IP/PAD com BASE em denúncia anônima: PODE!   
Instauração de IP/PAD com BASE EXCLUSIVA em denúncia anônima: NÃO PODE!  
 
A publicidade, a imparcialidade, o contraditório e a ampla defesa são
características marcantes do sistema processual acusatório.
CERTO  Sistema inquisitorial: sigiloso, escrito e sem contraditório (no sistema
inquisitivo a confissão é considerada a rainha das provas e predominam
nele procedimentos exclusivamente escritos) 
Sistema Acusatório: imparcialidade, o contraditório e a ampla defesa, publicidade e
oralidade (adotado pelo C.P.P.).

A lei processual penal vigente à época em que a ação penal estiver em curso
será aplicada em detrimento da lei em vigor durante a ocorrência do fato que
tiver dado origem à ação penal.
CERTO  RESUMINDO: A lei processual vigente à época em que o processo estiver
em curso será aplicada ao invés da lei que estava em vigor durante a ocorrência do
fato delituoso.     
CPP Art. 2º  A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos
atos realizados sob a vigência da lei anterior.      

Amadeu, com vinte anos de idade, encontrou Márcia, com dezesseis anos de
idade, sua ex-vizinha, em um baile de carnaval realizado em uma praia. Ao
perceber que Márcia se encontrava em estado de embriaguez, apresentando
perda do raciocínio e de discernimento, Amadeu aproveitou para praticar
diversos atos libidinosos e ter conjunção carnal com ela, mesmo sem o seu
consentimento.

Nessa situação hipotética a autoridade policial poderá instaurar inquérito de


ofício.
CERTO  Art. 227 da Lei 8.069/90 (ECA): Os crimes definidos nesta Lei são de ação
pública incondicionada.   
Dito isso, os crimes contra crianças e adolescentes, menores de idade, o Delta poderá
abrir um IP de ofício. BEM COMO CRIMES SEXUAIS.
Membro do Ministério Público que participe, ativamente, do curso da
investigação criminal não poderá oferecer denúncia, devendo, ao final do
inquérito policial, encaminhar os documentos cabíveis para outro membro
do parquet, que decidirá acerca do oferecimento ou não de denúncia.

ERRADO  Súmula 234-STJ: A participação de membro do Ministério Público na


fase investigatória criminal não acarreta seu impedimento ou suspeição para o
oferecimento da denúncia.  

Cabe ao MP →

1- promover, privativamente, a ação penal pública.


2- fiscalizar a execução da lei.
3- A participação do MP na fase investigatória não  acarreta o seu b ou  suspeição  para o
oferecimento da denúncia.
4- MP exerce o controlo externo da atividade policial.
5- A outorga constitucional de funções de polícia judiciária à instituição policial não
impede nem exclui  a possibilidade de o Ministério Público , que é o dominus
litis, determinar a abertura de inquéritos policiais, requisitar esclarecimentos e diligências
investigatórias, estar presente e acompanhar, junto a órgãos e agentes policiais, quaisquer
atos de investigação penal,   mesmo aqueles sob regime de sigilo.
6- O MP tem poder de investigação (Procedimentos investigatório criminal).
7- MP não pode instaurar, presidir, ou conduzir o IP, função da autoridade policial

Apenas no caso em que o investigado estiver preso preventivamente, o inquérito


policial deverá se encerrar em até dez dias, contados a partir do dia subsequente
à execução da ordem de prisão.

ERRADO  Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver
sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta
hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias,
quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.  

Questão:
Apenas no caso em que o investigado estiver preso preventivamente, o inquérito policial
deverá se encerrar em até dez dias, contados a partir do dia subsequente à execução
da ordem de prisão.

Em obediência ao princípio da indivisibilidade da ação penal, não poderá o juiz,


em caso de conexão ou continência, separar os processos, mesmo que o
número de acusados seja excessivo e que isso acarrete o prolongamento de
prisões.

ERRADO  Art. 80. Será facultativa a separação dos processos quando as infrações
tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes, ou, quando
pelo excessivo número de acusados e para não Ihes prolongar a prisão provisória, ou por
outro motivo relevante, o juiz reputar conveniente a separação. 
Crime comum, como o homicídio, mesmo quando tipificado como crime militar,
deve ser investigado por autoridade policial judiciária civil.

ERRADO  Art. 142, §4, CF/88º:  Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de
carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e
a apuração de infrações penais, EXCETO AS MILITARES. 

Para complementar:  
1) crime (doloso) praticado por militar estadual x civil = Tribunal do Júri  (art. 9º, par.
1º do CPM);  
2) crime (doloso) praticado por militar das forças armadas x civil (em atividades de
natureza militar) = Justiça Militar da União (art. 9º, par. 1º do CPM); 
3) crime (culposo) praticado por militar x civil = Justiça Militar (art 9º, II, "c" do
CPM). 

Perguntado a José qual seria a natureza jurídica da prisão em flagrante, este


disse que seria modalidade de prisão cautelar, de natureza administrativa, que
independe de autorização judicial e que é realizada no instante em que se
desenvolve ou termina de se concluir a infração penal (crime ou contravenção
penal).
CERTO 

Tício subtraiu, mediante violência, do automóvel de Mévio uma mochila


contendo um notebook e um relógio. Logo em seguida que ele se evadiu do
local do crime, Mévio ligou para a polícia militar, que, em busca realizada nas
proximidades do local do fato delituoso, encontrou-o portando os bens
subtraídos.

 
No que se refere às disposições do Código de Processo Penal, julgue o item a
seguir.

Houve a consumação do roubo, ainda que Tício tenha portado os bens


subtraídos por breve tempo.

CERTO  CP - Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940Art. 157 - Subtrair


coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa,
ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: 
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.   
Súmula 582 do STJ  : “Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem
mediante emprego de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e em
seguida à perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa roubada, sendo
prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada.” 
Situação hipotética: Douglas, maior e capaz, foi preso em flagrante por crime de
roubo circunstanciado pelo emprego de arma de fogo. Após o juízo receber o
auto de prisão em flagrante, foi promovida a audiência de custódia. Assertiva:
Na audiência de custódia, o juiz poderá conceder a Douglas liberdade provisória
mediante pagamento de fiança.

ERRADO 

Lucas foi preso em flagrante delito enquanto comercializava entorpecentes


dentro de uma boate. Possivelmente, Lucas pertence a uma organização
criminosa. Após lavrado os autos da prisão, esses foram remetidos à autoridade
judicial. Seu defensor requereu que o juiz concedesse liberdade provisória sem
fiança.

A partir da situação hipotética acima e dos aspectos legais previstos no Código


do Processo Penal e suas alterações, julgue o item seguinte.

Se o juiz verificar que Lucas é reincidente ou que integra organização criminosa


armada, deverá denegar em decisão motivada e fundamentada, o pedido de
liberdade provisória.

CERTO 
Sávio, servidor público federal, está sendo investigado por colaborar com um
grupo criminoso que efetua o contrabando de armas de fogo em região de
fronteira do país. Presentes todos os requisitos legais, por representação da
autoridade policial, o juiz decretou a prisão preventiva de Sávio.

A partir dessa situação e dos aspectos legais previstos no Código do Processo


Penal e suas alterações, julgue o item seguinte.

Se no correr da investigação em sede policial, ainda que verificada a falta de


motivo para que a prisão preventiva subsista, não poderá o juiz revogá-la de
ofício

ERRADO  Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a prisão
preventiva se, no correr da investigação ou do processo, verificar a falta de motivo para
que ela subsista, bem como novamente decretá-la, se sobrevierem razões que a
justifiquem.  
portanto, pode o juiz revogá-la de ofício, porém não pode decretar de oficio.  

Situação hipotética: Determinado indivíduo encontra-se preventivamente preso, por


participação em crime de roubo qualificado e por estarem presentes os motivos para
que a prisão subsista. Assertiva: Nesse caso, o órgão emissor da decisão deverá
revisar a necessidade da manutenção da prisão a cada noventa dias, mediante
decisão fundamentada.

CERTO  Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a prisão
preventiva se, no correr da investigação ou do processo, verificar a falta de motivo para
que ela subsista, bem como novamente decretá-la, se sobrevierem razões que a
justifiquem. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)

Parágrafo único. Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da decisão revisar
a necessidade de sua manutenção a cada 90 (noventa) dias, mediante decisão
fundamentada, de ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal. (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019) 

Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 48 horas


após a realização da prisão, o juiz poderá promover audiência de custódia com a
presença do acusado, seu advogado e o membro do Defensoria Pública.

ERRADO  Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 48


horas após a realização da prisão, o juiz poderá promover audiência de custódia com a
presença do acusado, seu advogado e o membro do Defensoria Pública.   
Os 03 erros da questão destacados. 
- 24 horas 
- Deverá promover a audiência de custódia  
- Advogado ou defensor E membro do Ministério publico. 

A decisão que decretar a prisão preventiva deve ser motivada e fundamentada


em receio de perigo e existência concreta de fatos novos ou contemporâneos
que justifiquem a aplicação da medida adotada.

CERTO  Art. - 312 § 2º A decisão que decretar a prisão preventiva deve ser motivada e
fundamentada em receio de perigo e existência concreta de fatos novos ou
contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada. (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)  
   Segundo classificação da Doutrina  " Princípio da Contemporaneidade."

A prisão preventiva somente poderá ser decretada em caso de descumprimento


de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares.
ERRADO  Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação
da prisão preventiva:
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior
a 4 (quatro) anos;
II - se tiver sido condenado por outro  crime doloso, em sentença  transitada em julgado,
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança,
adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das
medidas protetivas de urgência;

O juiz poderá, apenas de ofício, revogar a prisão preventiva se, no correr da


investigação ou do processo, verificar a falta de motivo para que ela subsista,
bem como novamente decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.
ERRADO  Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a prisão
preventiva se, no correr da investigação ou do processo, verificar a falta de motivo para
que ela subsista, bem como novamente decretá-la, se sobrevierem razões que a
justifiquem. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019 
Os elementos de informação são aqueles colhidos na fase investigatória, em regra, sem a
necessidade de participação das partes, todavia, isoladamente considerados, não são
idôneos para fundamentar uma condenação.

CERTO  Os elementos informativos ou elementos de informação são produzidos na fase


investigativa, de natureza inquisitiva, na qual não são assegurados de modo irrestrito os
princípios do contraditório e da ampla defesa - salvo na modalidade postergada.

Com efeito, a posição majoritária e o entendimento jurisprudencial dominante - inclusive o


próprio art. 155 do Código de Processo Penal - aduzem que os elementos informativos
colhidos na fase de investigação criminal NÃO PODEM, de forma isolada, embasar
sentença penal condenatória.

Em que pese não possam ser utilizados de forma isolada, o Juiz pode utilizar os elementos
informativos colhidos na fase investigativa corroborados com as provas produzidas sob o
crivo do contraditório e da ampla defesa.

Ademais, conquanto produzidos na fase investigatória, as provas cautelares, não


repetíveis e antecipadas podem ser utilizadas para formar a convicção do julgador (art.
155, CP

Documento público que comprove determinado fato delituoso sob investigação e


que seja apreendido no cumprimento de mandado de prisão funcionará como meio
de prova, enquanto o mandado de busca será caracterizado como meio de
obtenção de fontes materiais de prova.

CERTO  Meios de obtenção de prova: são os meios que objetivam adquirir a prova em
si, servindo de instrumentos para o alcance desta; desse modo não são empregados para
o convencimento do magistrado, pois não são, como explica Lopes Jr. (2018, p.352),
“fontes de conhecimento”, mas sim “caminhos para chegar-se à prova”

Meios de prova: sãos os meios utilizados pelas partes no processo para o convencimento
do juiz, que remontem à formação do fato criminoso, isto é, à sucessão de
acontecimentos, demonstrada dentro uma linha cronológica, referente ao delito cometido;
esses elementos probatórios servirão de base para a decisão que será tomada pelo
magistrado.

Exemplos: prova testemunhal, documental, pericial, etc


Para a instauração de inquérito policial, bastam indícios suficientes da existência do
crime, sendo dispensável, nesse primeiro momento, prova da materialidade do
delito ou de sua autoria.

CERTO  A questão tentou confundir a necessidade de elementos para INSTAURAÇÃO


(IP) com os requisitos para o INDICIAMENTO (do investigado).

Para INSTAURAR IP: bastam indícios da existência do crime.

Para INDICIAR: deve-se ter indícios suficientes de autoria + materialidade + suas


circunstâncias.

Com a edição da Lei 12.830/13, reforçou-se a questão de que dentre as funções


privativas do delegado de polícia está o indiciamento, a ser realizado através de ato
fundamentado, “mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar
a autoria, materialidade e suas circunstâncias” (art. 2º, § 6º).

Uma das ferramentas que pode ser utilizada para documentar o teor da denúncia,
preservando-se a prova, é o print screen.

CERTO  O “Print Screen” não é a forma ideal de se preservar a prova. Ele pode ser
modificado facilmente, tornando a prova NULA.

Entretanto:

Art. 369 do CPC :  as partes têm o direito de empregar todos os meios legais e
moralmente legítimos para provar a verdade dos fatos em juízo. 

Entre eles está o print screen.


Durante prisão em flagrante de Paulo pelo cometimento de crime de homicídio, policiais
analisaram os registros telefônicos das últimas ligações no aparelho celular dele e
identificaram o número de outro envolvido, Pablo, que foi acusado de ser o possível
mandante. Após a prisão de ambos, a defesa de Pablo impetrou habeas corpus, sob o
argumento de que os policiais haviam violado o direito fundamental de sigilo das
comunicações de dados, estabelecido no inciso XII do art. 5.º da Constituição Federal de
1988 (CF) — “XII é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas,
de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução
processual penal”.
Quanto à extensão da proteção conferida pelo referido dispositivo constitucional na
situação hipotética em apreço, assinale a opção correta, à luz da jurisprudência do STF.

Não houve violação do direito ao sigilo das comunicações telefônicas.

CERTO -> Realizada a prisão em flagrante, policiais podem acessar os registros das
ligações efetuadas e recebidas no aparelho da pessoa presa, mesmo sem autorização
desta e sem autorização judicial.

Contudo, não poderão acessar as mensagens contidas em aplicativos de envio de


mensagens (Whatsaap e Instagram, por exemplo), sem autorização da pessoa presa
ou sem autorização judicial.

* Outro detalhe é que, caso a pessoa presa autorize que os policiais acessem seus
aplicativos de envio instantâneo de mensagens não haverá violação do sigilo das
comunicações telefônicas. Geralmente, o criminoso contumaz (criminoso inimigo ou
simplesmente "bandido") acaba autorizando diante da "pressão" na hora da prisão ou pelo
simples desconhecimento da lei, que, nesse caso, poderia favorecê-lo.

Maria foi vítima de estupro praticado por um desconhecido em um parque. Ao comparecer


à delegacia, ela comunicou formalmente o ocorrido e submeteu-se a exame de corpo de
delito, que comprovou a violência sexual; em seguida, foi feito o retrato falado do
estuprador. Apesar dos esforços da autoridade policial, o autor do crime somente foi
identificado e reconhecido pela vítima sete meses após a ocorrência do fato.

Nessa situação hipotética, concluídas as investigações, o Ministério Público deve oferecer


a denúncia, visto que estão presentes as condições da ação penal.

CERTO  Estupro = Ação Penal Pública Incondicionada (art. 225/CP) --> Denúncia do
MP. Requisitos:

[CPP] Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as
suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se
possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.
A decisão de arquivamento do inquérito por atipicidade impede que Jaime seja denunciado
posteriormente pela mesma conduta, ainda que sobrevenham novos elementos de
informação.

CERTO 

* Arquivamento do Inquérito Policial 

--->  Regra: faz coisa julgada Formal.

>Pode ser desarquivado e rediscutir o assunto, desde que surjam novas


provas [requisito obrigatório].

---> Exceção: faz coisa julgada Material, de forma que não


poderá ser desarquivado, nem que surjam novas provas, e não poderá ser ofertada
denúncia pelo mesmo fato, seja na mesma ou em outra relação processual.

---> STJ e Doutrina Majoritária: Arquivamento que faz coisa julgada material:

1) Atipicidade da conduta.

2) Extinção da Punibilidade, NAO, EXCETO Certidão Óbito Falsa 

3) Excludentes de Ilicitude

---> STF: Arquivamento que faz coisa julgada material:

1) Atipicidade da conduta.

2) Extinção da Punibilidade, NAO, EXCETO Certidão Óbito Falsa 

DICA!!!

--- > O cespe leva o posicionamento do STF, logo excludente de ilicitude não faz
coisa julgada material.

Súmula 524/STF. Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a


requerimento do promotor de justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas
provas.

Na condução do inquérito policial, o Delegado de Polícia, sempre pautando suas ações


pela legalidade, também se sujeita ao Princípio da Discricionariedade, que possui como
característica possibilitar ao Delegado de Polícia a definição do rumo das investigações.

CERTO  A discricionariedade do delegado de polícia diz respeito ao rumo das


investigações, uma vez que a lei não estabeleceu uma sequência a que deve obedecer a
condução do inquérito, tomará as providências que melhor aprouver.
Em razão da sucessão de leis genuinamente processuais penais, será observado, nos
processos em andamento, o sistema do isolamento dos atos processuais.

CERTO  sistema do isolamento dos atos processuais.

1 – Sistema da unidade processual: o processo (conjunto de atos) é uma unidade. Deve


regulamentado por uma única lei. Aplica-se a lei em vigor no início do
processo (ultrativa);

2 – Sistema das fases processuais: O processo é composto de fases (fase postulatória,


ordinatória, instrutória, decisória e recursal). Cada uma pode ser regulada por uma lei
diferente.

3 – Sistema do isolamento dos atos processuais: a lei nova é aplicável aos atos
processuais futuros, mas não atinge os atos praticados sob a vigência da lei anterior.

Sistema adotado: sistema do isolamento dos atos processuais (art. 2º do CPP)

REGRA: princípio do tempus regit actum / efeito imediato / aplicação imediata: o ato
processual será realizado conforme as regras processuais estabelecidas pela Lei que
vigorar no momento de sua realização (ainda que a Lei tenha entrado em vigor durante o
processo).

OBS: aplica às normas puramente processuais.

Exceção:

Normas materiais inseridas em Lei Processual (heterotopia): aplicam-se as regras de


aplicação da lei penal no tempo (se benéfica retroage);

Normas híbridas (ou mistas): aplicam-se as regras de aplicação da lei penal no tempo
(retroage se benéfica).

Normas referentes à prisão preventiva e à fiança, desde que favoráveis ao réu.

Normas relativas à execução penal: aplicam-se as regras de aplicação da lei penal no


tempo (retroage se benéfica).

Provas obtidas por meios ilícitos podem excepcionalmente ser admitidas se beneficiarem o
réu

CERTO  A Doutrina admite, excepcionalmente, a utilização de provas ilícitas em


benefício do réu, notadamente quando se tratar da única forma de o réu provar sua
inocência, evitando-se, assim, uma condenação injusta.
O Código de Processo Penal, em diversos dispositivos, utiliza a expressão indiciado para
indicar a pessoa em relação à qual existe inquérito policial em curso. Assinale a opção
correta, acerca do indiciamento no âmbito do procedimento policial Poderá ser formalizado
de forma indireta ante a não localização do investigado.

CERTO  Indiciamento indireto: ocorre quando o investigado não é encontrado,


estando em local incerto e não sabido. Nesses casos, uma das funções mais
importantes do indiciamento, qual seja, a de dar ciência ao investigado sobre o
seu status dentro da investigação, possibilitando, assim, o exercício do contraditório e da
ampla defesa, ficará prejudicada. Como consequência do indiciamento indireto,
o indiciamento formal ficará com o seu conteúdo comprometido devido à ausência do
interrogatório do indiciado.

Outras espécies de indiciamento:

Indiciamento formal: deve ser realizado durante o desenvolvimento da investigação


criminal, sempre que o Delegado de Polícia formar seu convencimento no sentido de
que existem provas da materialidade do crime e indícios suficientes de autoria.
Como consequência natural desse ato, deve ser efetivado o auto de qualificação e
interrogatório do indiciado, informações sobre sua vida pregressa e, por fim, o boletim de
identificação, que, dependendo do caso, pode vir acompanhado da identificação criminal
pelo processo datiloscópico.

Indiciamento material: essa espécie de indiciamento ganhou força após o advento da


Lei 12.830/2013, que no seu artigo 2º, §6º determina que este ato deve ser
fundamentado. Sendo assim, o indiciamento material consiste no despacho do
Delegado de Polícia onde ele expõe as razões e os fundamentos da sua decisão. Em
outras palavras, o indiciamento material precederia necessariamente o indiciamento
formal, que, como visto, é constituído pelo auto de qualificação e interrogatório do
indiciado, informações sobre sua vida pregressa e o boletim de identificação.

Indiciamento coercitivo: é aquele proveniente da lavratura do auto de prisão em


flagrante. Nesse caso, fazemos uma analogia com a chamada notitia criminis
coercitiva, que se relaciona com a instauração do inquérito policial. Tendo em vista
que a decretação da prisão em flagrante de uma pessoa resulta, necessariamente, no seu
formal indiciamento (qualificação, interrogatório, vida pregressa e boletim criminal), pode-
se concluir que, em tais situações, o indiciamento é coercitivo ou obrigatório.
Com relação às características do inquérito policial (IP), assinale a opção correta.

Não poderá haver restrição de acesso, com base em sigilo, ao defensor do investigado,
que deve ter amplo acesso aos elementos de prova já documentados no IP, no que diga
respeito ao exercício do direito de defesa.

CERTO  Súmula Vinculante nº 14 e art. 7º, XIV da lei 8.906/94  É direito do defensor,
no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já
documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de
polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. É importante dizer que o
advogado só tem amplo acesso aos elementos de provas já documentados. Diligências
em andamento não terá acesso.

É viável a oposição de exceção de suspeição à autoridade policial responsável pelas


investigações, embora o IP seja um procedimento de natureza inquisitorial.

ERRADO  Art. 107 do CPP: Não se poderá opor suspeição às autoridades policiais nos
atos do inquérito, mas deverão elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo legal.

Atenção: os elementos informativos colhidos na fase preliminar, isoladamente


considerados, não podem fundamentar uma sentença. Tais elementos, porém, não devem
ser desprezados pelo magistrado durante a fase judicial, podendo se somar a prova
produzida em juízo para auxiliar na formação da convicção do juiz.

Com efeito, nada obsta que o juiz utilize, exclusivamente, os elementos informativos para
absolver o acusado

O STF entende que a ampla defesa e o contraditório não se aplicam na fase do inquérito
policial ou civil. Por esse motivo, é nula a sentença condenatória
proferida exclusivamente com base em fatos narrados no inquérito policial. O juiz pode
usar as provas colhidas no inquérito para fundamentar sua decisão; entretanto, por não ter
sido garantida a ampla defesa e o contraditório na fase do inquérito, as provas nele obtidas
não poderão ser os únicos elementos para motivar a decisão judicial.

RESUMO (e complementação) das respostas dos colegas

A) De acordo com o STJ, a prerrogativa legal de intimação pessoal do defensor


dativo no processo penal pode ser renunciada expressamente pelo profissional.

CORRETA. Não haverá nulidade se o próprio defensor dativo pediu para ser intimado dos
atos processuais pelo diário oficial. (STJ. 5a Turma. HC 311.676-SP, Rel. Min. Jorge
Mussi, julgado em 16/4/2015 (Info 560).

B) Para o STF, a autoridade policial pode indiciar autoridade pública com


prerrogativa de foro independentemente de prévia autorização do órgão judicante
competente no qual tramita o inquérito policial.

INCORRETA. Assertiva incompleta, na medida que é necessária autorização apenas nos


processos de competência originária do STF
C) O STF entende que a entrada forçada de agentes estatais em domicílio, sem
mandado judicial e no período noturno, é lícita somente quando amparada em
fundadas razões de flagrante delito previamente justificadas.

INCORRETA. Há dois erros na assertiva.

O primeiro é que o art. 5°, XI traz três hipóteses para a entrada em domicílio, no período
noturno, sem autorização judicial: "XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante
delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;"

O segundo é que, para o STF, no caso de flagrante delito, as fundadas razões para
suspeita serão justificadas a posteriori. 

D) De acordo com o STJ, a teoria do juízo aparente não serve à ratificação de atos
decisórios emanados por autoridade posteriormente considerada incompetente em
razão da matéria.

ERRADA. A “Teoria do Juízo Aparente” diz respeito à possibilidade de se admitir uma


prova inicialmente ilícita, se tal ilicitude está ligada unicamente à incompetência do juízo
que a determinou, naqueles casos onde este, até então, acreditava ser o juízo natural para
decidir sobre a realização e produção da mesma

CPP => Vigora o Princípio da Absoluta Territorialidade: Não cabe a aplicação de CPP de


outro país. (CESPE já cobrou => Q650793)

CP => Vigora o Princípio da Territorialidade Temperada

Uma nova norma processual penal terá aplicação imediata somente aos fatos criminosos
ocorridos após o início de sua vigência.

ERRADO  A lei processual penal tem aplicação imediata e é aplicável tanto nos


processos que se iniciarem após a sua vigência, quanto nos processos que já
estiverem em curso no ato da sua vigência, e até mesmo nos processos que apurarem
condutas delitivas ocorridas antes da sua vigência.
Situação hipotética: Pretendendo reunir provas para obter vantagens de uma
colaboração premiada, Cláudio, partícipe, junto com Flávio, de organização criminosa,
gravou conversas entre ambos, sem que este tivesse conhecimento das
gravações. Assertiva: Nessa situação, as gravações não poderão ser usadas como prova
em ação penal, porque são provas ilícitas.

ERRADO 

Interceptação telefônica -> captação da conversa feitas por um terceiro, sem o


conhecimento dos interlocutores

* Depende de ordem judicial.

Escuta -> captação da conversa telefônica feita por um terceiro, com o conhecimento de


apenas um dos interlocutores.

* Independe de ordem jucicial 

Gravação telefônica -> realizada por um dos interlocutores do diálogo, sem o


consentimento ou ciência do outro.

* Independe de ordem jucicial quando ausente causa legal de sigilo ou de reserva de


conversação

A gravação de conversa telefônica por um dos interlocutores não é considerada


interceptação telefônica, ainda que tenha sido feita com a ajuda de um repórter,
pois, nesse caso, a gravação é clandestina, mas não ilícita, nem ilícito é seu uso, em
particular como meio de prova.

A publicidade, a imparcialidade, o contraditório e a ampla defesa são características


marcantes do sistema processual acusatório.

CERTO  Sistema inquisitorial: sigiloso, escrito e sem contraditório (No sistema


inquisitivo, a confissão é considerada a rainha das provas e predominam nele
procedimentos exclusivamente escritos)

Sistema Acusatório: imparcialidade, o contraditório e a ampla defesa, publicidade e


oralidade <--- ADOTADO pelo CPP
Por força do princípio da proporcionalidade a prova ilícita poderá ser admitida em
favor do réu. Pois, se de um lado há a proibição da prova ilícita, do outro há a presunção
de inocência, e entre os dois deve preponderar a presunção de inocência. Assim, a prova
ilícita não serve para condenar ninguém, mas para absolver o inocente. (LFG).

2) Admissão de Prova derivada de ilícita:

a) descoberta inevitável/fonte independente

b) Prova absolutamente independente

(Atenção para não confundir a prova derivada da ilícita  com a ilícita. A prova derivada, no
sentido formal, está de acordo com as normas legais. No entanto, foi contaminada
materialmente, aplicando-se a teoria dos frutos da árvore envenenada.  Isso já foi
objeto de prova.

Veja a Q647140: Conforme a teoria dos frutos da árvore envenenada, são


inadmissíveis provas ilícitas (o certo seria provas DERIVADAS das ilícitas) no
processo penal, restringindo-se o seu aproveitamento a casos excepcionais, mediante
decisão fundamentada do juiz.

CPP - Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas
ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais.

§1º São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando  não
evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas
puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras.

A não comunicação ao acusado de seu direito de permanecer em silêncio é causa de


nulidade relativa, cujo reconhecimento depende da comprovação do prejuízo.

CERTO  * Jurisprudência STJ: eventual irregularidade na informação acerca do


direito de permanecer em silêncio é causa de nulidade relativa, cujo reconhecimento
depende da comprovação  do prejuízo

Em obediência ao princípio da indivisibilidade da ação penal, não poderá o juiz, em caso


de conexão ou continência, separar os processos, mesmo que o número de acusados seja
excessivo e que isso acarrete o prolongamento de prisões.

ERRADO  CPP: Art. 80.  Será facultativa a separação dos processos quando as


infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes, ou,
quando pelo excessivo número de acusados e para não Ihes prolongar a prisão provisória,
ou por outro motivo relevante, o juiz reputar conveniente a separação
.
Nova lei processual que modifique determinado prazo do recurso em processo penal terá
aplicação imediata, a contar da data de sua vigência, aplicando-se inclusive a processo
que esteja com prazo recursal em curso quando de sua edição.

ERRADO  Art. 2º CPP: A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da
validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior

As normas que alteram prazos recursais são normas meramente materiais, de forma que
não retroagem. Assim, se já se iniciou o curso do prazo recursal (sob a vigência da lei
antiga), o prazo permanece o mesmo, de forma que a lei processual penal
somente afetará os atos futuros (nunca os já realizados nem os que estejam
em andamento), conforme art. 2º do CPP (Fonte: Aula Estratégia Concursos).

Alberto e Adriano foram presos em flagrante delito. O juiz que analisou a prisão em
flagrante concedeu a Alberto a liberdade provisória mediante o recolhimento de fiança
arbitrada em um salário mínimo. Quanto a Adriano, foi-lhe decretada a prisão preventiva.
Antes que o autuado Alberto recolhesse o valor da fiança e que a DP impetrasse habeas
corpus em favor de Adriano, entrou em vigor lei processual penal nova mais gravosa, que
tratou tanto da fiança quanto da prisão preventiva. Nessa situação, a lei processual penal
nova que tratou da fiança aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos
realizados sob a vigência da lei anterior. Entretanto, à prisão preventiva aplicar-se-ão os
dispositivos que forem mais favoráveis ao interessado.

ERRADO  Existem dois tipos de leis processuais :

- LEI GENUINAMENTE PROCESSUAL 

- LEIS PROCESSUAIS MATERIAIS 

Nas leis Genuinamente processuais,que correspondem a materias relacionadas


procedimentos processuais , tais como citação, prazo recursal, audiências de
instrução , recebimento e oferecimento de denúncia ou queixa, aos processuais
diversos ... etc, aplica-se a regra dotempus regit actum do art 2° do CPP , a qual
determina que a Lei processual será aplicada de imediata , sem prejuízo da validade
dos atos praticados anteriormente . 

Já as Leis Processuais Materiais estão ligadas intimamente com a restrição de


liberdade do individuo acusado , servindo como exemplo aquelas relacionadas a
Prisões , liberdade provisória, FIANÇA,  Liberdade Condicional etc... . Assim a regra
adotada referente a lei intertemporal é aquela adotada no direto penal , ou seja , a
nova lei de lei deve obedecer o parâmetros da Irretroatividade da lei mais gravosa ou
da Ultratividade da lei mais benéfica .

Como a questão  disse que sobreveio uma lei mais prejudicial a respeito da estipulação de
fiança , que é ma lei processual material , o mais correto seria aplicar a regra aplicada no
direto penal : Irretroatividade da lei mais gravosa ou  Ultratividade da lei mais benéfica
Maurício foi processado pelo delito de latrocínio tentado e respondeu ao processo em
liberdade. Ao final ele foi condenado, mas foi-lhe concedido o direito de recorrer em
liberdade. Maurício aguarda o julgamento de recurso extraordinário pelo STF. Nessa
situação, conforme o entendimento do próprio STF e do STJ, ofenderia o princípio da não
culpabilidade a execução da pena privativa de liberdade antes do trânsito em julgado da
sentença condenatória.

CERTO  Segundo a orientação firmada, por maioria, pelo Plenário do STF (HC
84078), não é cabível a execução provisória da pena imposta ao réu, ainda que
esgotadas as vias ordinárias. Por conseguinte, até o trânsito em julgado da
condenação, só é admissível a prisão de natureza cautelar, 

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