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Aula A tríade econômica mundial: Japão

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1. O arquipélago japonês é de formação geológica recente (Cenozoica), com aproximada-


mente 80% de seu território extremamente montanhoso (dobramentos), de grande insta-
bilidade (vulcanismo e abalos sísmicos). O restante do país é formado por planícies litorâ-
neas. A floresta temperada ocupa grande parte do país, de clima temperado oceânico que
é influenciado pelas monções, sendo o norte extremamente frio, e o sul, mais quente. Duas
correntes marinhas influenciam-no: a Oyashivo, fria, e a Kuroshivo, quente.
2. Trata-se de um dos países mais populosos do mundo, sendo também povoado, com ele-
vado padrão de vida (muito alto IDH), majoritariamente urbano e na quarta fase do cres-
cimento demográfico, com grande proporção de idosos. Tóquio tem a maior concentração
urbana (área metropolitana) do mundo e Tokkaido é a maior megalópole.
3. É a segunda maior potência industrial do mundo e a terceira maior economia, com elevado
índice de robotização, automação e informatização do seu processo produtivo, apesar da
enorme carência de recursos minerais e energéticos. Sua situação insular contribui para
que abrigue a maior indústria pesqueira do mundo. Já a agropecuária esbarra nas difi-
culdades impostas pela pequena extensão territorial e pelo relevo muito montanhoso.
Destacam-se as culturas de arroz, soja e trigo, além das amoreiras para a criação do bicho-
-da-seda. É um grande importador de matéria-prima, alimentos e fontes de energia, e
exportador de tecnologia, capital e produtos industrializados de elevado valor agregado.

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Aula Polo emergente (I): Federação Russa
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1. A grande extensão territorial faz com que a Rússia seja um mosaico de nacionalidades,
etnias e religiões, fatores que estimulam movimentos separatistas. Outra consequên-
cia é a grande diversidade paisagística: desde a tundra, ao norte, até os desertos, ao
sul, passando pela taiga, floresta temperada, estepes e pradarias. Essa territorialidade
também faz com que a Federação Russa tenha uma infinidade de recursos minerais,
destacando-se o gás natural e o petróleo. Sua continentalidade expressa-se na extensa
fronteira terrestre e litorânea, além de possuir 9 fusos horários.
2. O frio rigoroso que cobre boa parte do território russo faz com que a maioria de suas ter-
ras seja improdutiva em termos agropecuários (solos congelados). As baixas temperaturas
também dificultam a ocupação populacional da porção oeste (Sibéria), além de coibirem
maior aproveitamento das hidrovias e das saídas para mares quentes (80% do litoral volta-
do para o Ártico).
3. Como principal argumento político, podemos citar o risco do “efeito dominó”, ou seja, se
uma das regiões separatistas da Rússia conseguir a independência, diversas outras segui-
rão o mesmo caminho, ameaçando a unidade política e territorial da federação. Como
argumento econômico, é sempre importante lembrar que a perda de uma área significa
menos riquezas (principalmente minerais), como é o caso das reservas de petróleo e de
gás, além de oleodutos e gasodutos nos arredores do Cáucaso, onde ficam, por exemplo,
a Chechênia e o Daguestão, focos de grande anseio emancipacionista.

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Aula Polo emergente (II): China
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1. Devido às elevadas (e crescentes) densidade demográfica e população absoluta, o governo


chinês adotou, a partir de 1970, um rígido controle populacional. A chamada “política do
filho único”, aliada à elevação da expectativa de vida, resultou no rápido crescimento da
população idosa, o que diminuiu a oferta de mão de obra ao mesmo tempo que aumen-
tou os gastos do governo com saúde e seguridade social (sistema de aposentadorias).
Mediante essas consequências, essa política foi abolida em 2015.
2. Taiwan separou-se da China em 1950, em virtude da Revolução Socialista Chinesa (1949),
transformando-se em um país capitalista não reconhecido por Pequim, que considera a
ilha uma “província rebelde”. Já o budista Tibete, outrora um país independente, foi ane-
xado pelos chineses em 1950. Por fim, o Xinjiang (Sinkiang) é a árida região oeste, que,
por ser predominantemente muçulmana e abrigar grande diversidade étnica (uigures de
cultura turcomena, por exemplo), também é foco de movimentos separatistas.
3. O governo chinês está promovendo intensa abertura ao capitalismo (economia de mer-
cado), principalmente na porção litorânea (ZEE – Zonas Econômicas Especiais), ao mesmo
tempo que mantém o unipartidarismo (Partido Comunista como partido único). Há déca-
das é a economia que mais cresce no mundo, atraindo maciços investimentos estrangeiros
graças a fatores como mão de obra ainda barata e abundante, incentivos fiscais e mercado
consumidor de elevado potencial, além de uma frágil legislação tanto ambiental quanto
trabalhista.

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Aula Polo emergente (III): Índia
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1. Monções são ventos que, no verão, sopram do oceano para o continente (já que este está
mais quente nessa época do ano, sendo área de baixa pressão e receptora desses ventos),
causando chuvas torrenciais. No inverno, porém, a situação se inverte: o continente tor-
na-se mais frio que o Índico e, portanto, torna-se área de origem desses ventos, que estão
secos, causando a estiagem.
2. Por volta de 1500 a.C., os invasores arianos, para evitar a miscigenação com os povos
dominados, introduziram o sistema de castas, incorporado posteriormente pela religião
hinduísta. Apesar de abolido pela Constituição atual do país, ele ainda existe fortemente
na prática, dividindo a sociedade indiana em aproximadamente 3 000 castas e subcastas
imutáveis, pois um indivíduo que nasce em determinada casta morre nela, independente-
mente de seu progresso financeiro. Casamentos entre castas, por exemplo, não são aceitos
pelas famílias. Essa imobilidade social cria barreiras para o empreendedorismo e para me-
lhorias socioeconômicas, fundamentais para o progresso econômico de um país.
3. A Índia é um dos principais países emergentes (Brics), com uma economia bastante dinâ-
mica e em rápida ascensão, possuindo uma indústria diversificada (destacando-se a far-
macêutica, a têxtil, a siderúrgica, a aeroespacial e a de informática, com os tecnopolos
de Bangalore e de Hyderabad), um dinâmico Setor Terciário (call center, principalmente)
e uma agricultura com destaque para os sistemas de plantation (seringueiras, juta) e de
“jardinagem” (rizicultura).

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Aula Geomorfologia (I)
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1. O marco para o início do Holoceno foi uma série de mudanças climáticas decorrentes do
fim de uma era glacial que levou ao aumento da temperatura média global e, por conse-
quência, à elevação do nível dos oceanos e à crescente extinção de espécies animais e
vegetais.
2. Alguns cientistas propõem que a Revolução Industrial, a partir do século XVIII, teve im-
pactos profundos no planeta, de forma que a ação humana não pode ser ignorada, daí o
termo “Antropoceno” (do grego ánthropos = homem, ser humano).
3. Haverá um sinal estratigráfico significativo, pois a camada que está sendo formada agora
carregará um sinal distinto, comparável àqueles do passado.

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Aula Geomorfologia (II)
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1. Os limites podem ser de três tipos: convergentes, divergentes ou transformantes.


„„Convergentes – As placas colidem e uma delas é puxada para o manto e “reciclada”,
tendo como consequências: a formação de uma fossa de mar profunda e um arco de ilhas
vulcânicas (caso do arquipélago japonês), se a convergência se der entre duas placas
oceânicas; um cinturão montanhoso vulcânico na borda da placa continental (caso da
cordilheira dos Andes), se essa convergência se der entre uma placa oceânica e uma
continental; e altas montanhas e um elevado e extenso planalto (caso do Himalaia e do
planalto do Tibete), se o choque se der entre duas placas continentais.
„„Divergentes – As placas se afastam e formam uma nova litosfera (a área da placa au-
menta), tendo como consequências a formação de uma dorsal oceânica com exibição de
vulcanismo ativo, terremotos e rift valleys (vales tectônicos) se essa separação se der entre
placas oceânicas, ou, no caso de placas continentais, rift valleys, com abalos sísmicos e
vulcanismo intenso.
„„Transformantes – As placas deslizam paralelamente entre si (a área da placa não é alte-
rada), formando falhas e fraturas geológicas em uma zona de intensa atividade sísmica,
a exemplo da falha de San Andreas, na Califórnia.
2. Os movimentos orogenéticos são relativamente rápidos e correspondem às forças que de-
formam (dobramentos ou enrugamentos) as camadas rochosas sedimentares depositadas
nas baixas geossinclinais que margeiam as bordas continentais e em áreas de contato en-
tre placas tectônicas, dando origem aos grandes conjuntos montanhosos do globo, além
de vulcanismo e abalos sísmicos. Já os epirogenéticos resultam de forças verticais, sendo
lentos e em áreas continentais que sofrem soerguimento ou rebaixamentos amplos (falhas
ou fraturas). Está associado a áreas estáveis, onde é rara a ocorrência de vulcanismo ativo
e abalos sísmicos.
3. O intemperismo é o conjunto de processos que levam à desintegração e à decomposição
das rochas, podendo ser físicos (mecânicos, quando ocasionados pela variação de tempe-
ratura ou pela ação do gelo ou vento), químicos (ação das águas dos rios, chuvas e mares)
ou biológicos (ação de seres vivos).

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Aula Climatologia (I)
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1. a) Enquanto a Climatologia é o estudo científico do clima, a Meteorologia é definida como


a ciência da atmosfera, estando relacionada ao estado físico e químico da atmosfera e as
interações entre esses estados e a superfície terrestre subjacente.
b) O tempo é o estado médio da atmosfera em determinado período e lugar, ao passo que
o clima é a síntese do tempo, em determinado local, durante um período de aproximada-
mente 30 anos. Podemos dizer que o clima é a sucessão habitual dos tipos de tempo.
2. O dióxido de carbono pode ser relacionado ao problema do aquecimento global ou agra-
vamento do efeito estufa (possivelmente em decorrência das emissões de gases poluentes
pelas atividades humanas), cujos acordos de mitigação são o Protocolo de Kyoto (1997)
e o Acordo de Paris (2015). Já o ozônio relaciona-se ao problema do aumento do buraco
na camada formada por esse gás, que protege os seres vivos dos raios ultravioleta do Sol.
O gás CFC (clorofluorcarboneto), emitido principalmente pelos aerossóis e aparelhos de
ar refrigerado, era um dos responsáveis por esse buraco, problema que foi controlado
pelo Protocolo de Montreal (1987).
3. „„Chuvas orográficas: aquelas que ocorrem em áreas de montanhas, quando o ar quente
das áreas superiores atinge o topo dessas elevações, resfriando-se e, em consequência,
condensando-se e caindo em forma de chuva.
„„Chuvas frontais: causadas pelo encontro de uma massa de ar quente com uma de ar
frio (frentes).
„„Chuvas convectivas: causadas pela ascensão de uma camada de ar quente, provenien-
te da superfície ou de florestas, que se condensa ao atingir a camada de ar frio das áreas
mais elevadas da atmosfera. É a famosa “chuva de verão”.

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Aula Climatologia (II)
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1. Os furacões são “perturbações atmosféricas” (tempestades) que ocorrem em torno de um


centro de baixa pressão, caracterizado por ventos velozes, fortes chuvas e enorme descar-
ga elétrica, sempre em águas oceânicas quentes (Atlântico).
2. Esse fenômeno é resultado da rotação da Terra e do chamado efeito Coriolis, que desvia os
ventos em direções opostas em cada um dos hemisférios.
3. El Niño é o fenômeno de aquecimento anormal das águas equatoriais do oceano Pacífico,
que se inicia geralmente no mês de dezembro, e recebeu esse nome por parte dos
pescadores peruanos que perceberam o fenômeno na época do Natal, nascimento do
“menino” Jesus (niño, em espanhol). Ele afeta a pesca, pois altera a dinâmica de circula-
ção dos ventos e, portanto, das águas oceânicas superficiais, diminuindo a produção de
peixes. O regime de chuvas na América também é alterado, causando seca em algumas
áreas e excesso de chuvas em outras. No Brasil, por exemplo, intensificam a estiagem
no Nordeste e na Amazônia e as chuvas e as enchentes no Sul.

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