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24/03/2015 CONTRATOS 

ADMINISTRATIVOS ­ Antonio Rodrigo Candido Freire ­ JurisWay

CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
  Objetiva  o  presente  artigo  divagar  sobre  o  tema  de  forma  a  esclarecer  bem  o  conceito
desta  espécie  de  contrato,  tratando  de  suas  peculiares  características  que  beneficiam  a
Administração Pública e trazem segurança jurídica ao bem de interesse coletivo.
 Abstract:This article aims to ramble on the subject in order to clarify the concept and this kind
of  contract,  dealing  with  their  peculiar  characteristics  that  benefit  the  public  administration
and bring legal certainty to the good of the collective interest.
  Resuméé:  Cet  article  vise  à  divaguer  sur  le  sujet  afin  de  clarifier  le  concept  etce  type  de
contrat,  portant  sur  leurs  caractéristiques  propres  qui  profitent  à  l'administration  publique
et apporter une sécurité juridique pour le bien de l'intérêt collecti.
             Os contratos da administração abrangem os contratos em que envolve o Poder
Público  tanto  os  de  caráter  público  como  também  os  de  caráter  privado.  Os  contratos
administrativos têm o condão de manter a segurança jurídica e reduz a termo as relações
contratuais que a Administração Pública celebra com pessoas físicas ou jurídicas, públicas
ou privadas objetivando a realização de atos com finalidade pública, observando o regime
jurídico de direito publico.
                          Maria  Sylvia  Zanella  di  Pietro  leciona  que  nos  contratos  de  direito  privado,  a
Administração  Pública  se  nivela  ao  particular,  caracterizando­se  na  relação  jurídica  pelo
traço  da  horizontalidade  e  que  nos  contratos  administrativos,  a  Administração  Pública  age
como poder público, com todo o seu poder de império sobre o particular, caracterizando­se
a relação jurídica pelo traço da verticalidade(2009,p.251).
             A doutrina aponta divergentes correntes no que tange a perspectiva interpretativa
deste contrato. A primeira corrente nega a existência do contrato administrativo, a segunda
acredita  que  todos  os  contratos  celebrados  pela  Administração  é  contrato  administrativo  e
uma terceira corrente tem este contrato como espécie do gênero contrato, atento ao regime
jurídico imposto pelo poder público.
                          A  primeira  corrente,  de  forma  robusta  aponta  a  disparidade  co  contrato
administrativo com o contrato em si, pois no contrato administrativo não são observadas o
princípio  da  igualdade  entre  as  partes,  a  autonomia  da  vontade  e  a  força  obrigatória  das
convenções.  O  fato  de  que  a  Administração  ocupa  posição  privilegiada  em  face  ao
particular é um marco deste contrato que afasta a igualdade entre as partes. No que tange a
autonomia  de  vontade  vale  lembrar  que  a  Administração  Pública,  em  observância  do
princípio  da  legalidade  somente  pode  fazer  o  que  a  lei  manda,  contaminando  de  vez  a
possibilidade  tanto  do  particular  ou  da  própria  Administração  Publica  manifestar  vontades
aleatórias  no  contrato.  Quanto  a  força  obrigatória  das  convenções,  é  cristalino  sua
inexistência,  uma  vez  que  a  Administração  Pública  em  função    da  mutabilidade  das
cláusulas  expressas  pode  promover  alterações  unilaterais  no  contrato,  satisfazendo  a
necessidade  de  preservar  o  interesse  público  e  rompe  a  rigidez  contratual  quando
necessita.
             Celso Antonio Bandeira de Melo apud Maria Sylvia Zanella di Pietro, entre outros
adotou  esta  posição(2009,p.252)  sob  o  argumento  de  que  as  cláusulas  regulamentares
decorres de ato unilateral da Administração, vinculando à lei.
             A segunda corrente defende que todo contrato em que envolve a Administração
Pública  é  contrato  administrativo,  pois  em  todos  as  celebrações  contratuais    em  que  a
Administração Pública se envolve esta é sempre resguardada pela literalidade da legislação
do regime jurídico administrativo, observando sempre a  competência, forma, procedimento,
finalidade.
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                         Já  a  terceira  corrente,  que  é  a  majoritária  no  direito  brasileiro,  concorda  com  a
existência  do  contrato  administrativo,  porém  este  tem  características  próprias  que  fazem
uma imensa distinção dos contatos do direito privado.
                          Maria  Sylvia  Zanella  di  Pietro  apresenta  a  distinção  de  forma  muito  didática,
vejamos:
                          A)Adotando  o  critério  subjetivo  ou  orgânico,  entendendo  que  o  contrato
administrativo a Administração age como pode público, como o poder de império na relação
jurídica contratual, não agindo nessa qualidade o contrato seria de direito privado;
                        B)Para  outros  o  contrato  administrativo  tem  sempre  o  objeto  a  organização  e
funcionamento  dos  serviços  públicos,  se  tiver  conteúdo  a  prestação  de  atividade  privada,
será contrato de direito civil;privado;
            C)Existem os que diferem o contrato administrativo pela finalidade pública, o que é
contestado  sob  a  alegação  de  a  administração,  mesmo  quando  age    sob  regime  jurídico
privado deve atentar­se com o objetivo da finalidade pública, sob pena de incidir em desvio
de poder;
                        D)Outros  acreditam  que  é  o  procedimento  de  contratação  que  o  diferencia  os
contratos.  Equivocada  está  esta  afirmativa  uma  vez  que  existem  outras  formalidades  que
são exigidas, não somente pela natureza do contrato, mas pela presença da Administração
e pela finalidade pública que deve ser atendida;
                        E)Presentes  estão  também  os  que  acreditam  que  o  contrato  administrativo  se
caracteriza  pela  presença  das  cláusulas  exorbitantes  do  direito  comum,  que  são  assim
conhecidas  pela  em  virtude  de  assegurar  a  posição  de  supremacia  da  Administração
Pública  em  relação  ao  particular(alteração  unilateral  do  contrato,  rescisão  unilateral,
imposição de penalidades administrativas e outras)(2009,p.253)
             A concepção da corrente que acredita que o contrato administrativo é uma espécie
dentro  do  gênero  me  parece  mais  acertada.  Não  se  pode  dizer  que  o  termo  contrato  é
exclusivo do direito privado, ademais o direito administrativo é relativamente novo, podendo
este emprestar alguns termos e ideias para sua formação atual.
                        De  qualquer  sorte,  oportuno  é  tecer  um  conceito  de  contrato  administrativo  que
temos como claro que se trata de uma espécie de gênero de contrato, um ajuste efetivado
pela  Administração  Pública  sob  o  regime  jurídico  administrativo,  celebrado  com  particular,
pessoa física ou jurídica, objetivando a execução de finalidades de interesse público, com
condições  fixadas  unilateralmente  pela  própria  administração,  mantendo  uma  série  de
prerrogativas e sujeições.
             Do texto da lei, extraímos outro conceito, vejamos:
             Lei 8.666/93 artigo 2º: "Para os fins desta Lei, considera­se contrato todo e qualquer
ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um
acordo  de  vontades  para  formação  de  vínculo  e  a  estipulação  de  obrigações  recíprocas,
seja qual for a denominação utilizada".
            Os contratos administrativos são tratados pela Carta Magna no artigo 37, XXI, Lei
8.666/93 a partir do artigo 54, com alterações pelas Leis 8.883/94, 9.032/95 e 9.648/98.
            José Cretella Júnior, contrato administrativo trata­se de um "acordo de vontades, de
que  participa  o  Estado,  submetido  a  regime  jurídico  de  Direito  Público,  informado  por
princípios  publicísticos  e  contendo  cláusulas  ‘exorbitantes’  e  ‘derrogatórios’  do  direito
comum"(1997, p. 331). Por sua vez, José dos Santos Carvalho Filho argumenta que se trata

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de um "Ajuste firmado entre a Administração Pública e um particular, regulado basicamente
pelo  Direito  Público,  e  tendo  por  objeto  uma  atividade  que,  de  alguma  forma,  traduza
interesse público"(1999, p. 131).
                        De  acordo  com  a  doutrina  majoritária  os  contratos  administrativos  se  dividem
em  contratos  privados  da  Administração  Pública  e  contratos  tipicamente  administrativos  a
saber: Os contratos privados da Administração Pública – admitindo a mista natureza jurídica
dos  contratos  sabemos  que  nem  todos  os  contratos  da  Administração  são  regidos  pelo
regime jurídico administrativo, alguns são regidos pelo regime privado, tais como contratos
de  seguro,  de  financiamento,  de  locação  em  que  a  Administração  é  locatária,  em  que  a
Administração  é  usuária  de  serviço  público,  e  também  nos  contratos  cujos  conteúdos  são
predominantemente de direito privado. Nestes há se pretende obter uma igualdade entre as
partes  contratantes,  ou  é  o  mais  próximo  que  se  pode  chegar  entre  o  Poder  Público  e
particular.  Já  os  contratos  tipicamente  administrativos  ­  são  contratos  regidos  pelo  direito
público,  onde  as  particularidades  são  nitidamente  utilizadas  pelo  Poder  Público,  podendo
esta modificar os contratos ou elaborá­los com as cláusulas exorbitantes.
            O contrato administrativo é consensual, comutativo, oneroso e formal, devendo ser
necessariamente escrito. Via de regra o contrato deve ser intuito personae. O contrato deve
ser vinculado ao interesse público e devem estar presentes os elementos constitutivos quais
sejam, competência, finalidade, forma, motivo, objeto, capacidade e consenso.

CARACTERÍSTICAS DO CONTRATO ADMINISTRATIVO

                        Leciona  o  mestre  Hely  Lopes  Meirelles  que  o  contrato  administrativo  é


sempre consensual porque se fundamenta em acordo de vontades, e não um ato unilateral
e  impositivo  da  Administração;  é  formal  porque  se  expressa  por  escrito  e  com  requisitos
especiais;  é  oneroso  porque  remunerado  na  forma  convencionada;  é  comutativo  porque
estabelece  compensações  recíprocas  e  equivalentes  para  as  partes;  é  intuitu
personae porque deve ser executado pelo próprio contratado, vedadas, em princípio, a sua
substituição por outrem ou a transferência de ajuste.

EQUILÍBRIO ECONÔMICO­FINANCEIRO

            A Administração Pública deverá manter o equilíbrio financeiro, como  garantia ao
contratado, de acordo com o art. 37, XXI, da CF, assim como consagrado no art. 57, § 1.º
da  Lei  n.º  8.666/93  ao  assegurar  a  manutenção  do  equilíbrio  econômico­financeiro  do
contrato, como também se encontra abrigado no art. 5.º, XXXVI, da CF, segundo o qual “a
lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”, vez que a a
equação econômico­financeiro é um direito adquirido do contratado.
 
REAJUSTAMENTO DE PREÇOS E TARIFAS
 
                        O  artigo  55,  III  da  Lei  8.666/93  prevê  as  cláusulas  necessárias  que  tendem  a
estabelecer o preço e as condições de pagamento, os critérios, data base e periodicidade
do  reajustamento  do  preço  e  seu  critério  de  atualização  e  data  de  adimplemento  das
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obrigações.
            O mesmo diploma adverte que os contratos poderão ser alterados, com as devidas
justificativas, no caso de variação do valor contratual para fazer face ao reajuste de preços
e  tarifas  previstos  no  próprio  contrato,  as  atualizações,  compensações  ou  penalizações
financeiras decorrentes das condições de pagamento nele previstas (art. 65, § 8.º, da Lei n.º
8.666/93).
 
ALTERAÇÃO E RESCISÃO UNILATERAL DO CONTRATO
                        A  possibilidade  de  promover  alteração  contratual  aparece  quando  houver
modificação  do  projeto  ou  das  especificações,  para  melhor  adequação  técnica  aos  seus
objetivos, denominada de modificação qualitativa, ou quando  necessária a modificação do
valor  contratual  em  decorrência  de  acréscimo  ou  diminuição  quantitativa  de  seu  objeto,
chamada de modificação quantitativa de acordo com o artigo 65, I, da Lei 8.666/93.
            O § 2.º do art. 65 determina que os acréscimos ou supressões não podem superar
ao limite de 25% do valor inicial do contrato no caso de obras, serviços ou compras, e de
50% em caso de reforma de edifícios ou equipamentos. O poder de modificação unilateral
do  contrato  administrativo  constitui  preceito  de  ordem  pública,  ou  seja,  não  pode  a
Administração renunciar previamente à faculdade de exercê­lo.
            Por razões de interesse público, a Administração pode rescindir de forma unilateral o
contrato administrativo, porém esta sempre será motivada e escrita, podendo ocorrer por:
            Na inadimplência culposa, a rescisão não só visa a continuidade do serviço público,
como  constitui  uma  sanção,  obrigando  o  contratado  à  reparação  do  dano  e  autorizando  a
Administração a utilizar as garantias e a reter os créditos do inadimplente para desonerar­se
dos  prejuízos  causados,  bem  como  poderá  aplicar­lhe  sanção  administrativa,  inclusive
suspensão provisória e até declaração de inidoneidade.
                        Na  inadimplência  sem  culpa  o  contratado  não  é  penalizado,  pois  o  fato  não  foi
contribuído por sua ação ou, quiçá, omissão. Em qualquer caso, como a finalidade precípua
da  rescisão  administrativa  é  assegurar  a  continuidade  do  serviço  público,  uma  vez
efetivada, a Administração pode assumir o objeto do contrato, no local e no estado em que
se encontre, e prosseguir na sua execução, direta ou indiretamente. Pela mesma razão lhe
é permitido recorrer ao instituto da ocupação provisória.
                        A  ocupação  provisória  oportuniza  evitar  a  prolongada  paralisação  de  obras  ou
serviços  públicos,  nos  casos  de  inadimplência  do  contratado;  O  Poder  Público  assume
imediatamente o canteiro da obra com seus acessórios, ou seja,instalações, equipamentos,
material e pessoal empregados nos trabalhos e necessários à continuidade do serviço, os
quais serão devolvidos e ressarcidos posteriormente, mediante avaliação.
                        A  rescisão  administrativa  por  interesse  do  serviço  público,  assenta­se  na
conveniência da Administração podendo esta, inclusive, determinar o valor da indenização
cabível.  Ao  particular,  no  entanto,  cabe  questionar  o  valor  da  indenização,  por  via  judicial,
mas não pode opor­se à medida.
            A rescisão amigável é a que se realiza por mútuo acordo das partes, para extinção
do  contrato  e  acerto  dos  direitos  distratantes,  e  opera  efeitos  a  partir  da  data  em  que  foi
firmada  (ex  nunc),  embora  direitos  e  obrigações  de  ambas  as  partes  possam  ser  fixadas
com eficácia retroativa ou posterior.
            A rescisão judicial é a decretada pelo Poder Judiciário. A lei admite 5 casos para

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pedido  de  rescisão  pelo  contratado:  a)  a  supressão  de  obras,  serviços  ou  compras,  além
dos limites legais; b) suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por
prazo  superior  a  120  (cento  e  vinte)  dias;  c)  atraso  superior  a  90  (noventa)  dias  dos
pagamentos devidos pela Administração; d) a não liberação, por parte da Administração, de
área,  local  ou  objeto  para  execução  de  obra,  serviço  ou  fornecimento,  nos  prazos
acordados; e) ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovada (art.
78, XIII a XVII).
            A rescisão de pleno direito surge quando ocorre fato extintivo do contrato previsto na
lei,  tais  como  a)  falecimento  do  contratado;  b)  dissolução  da  sociedade;  c)  falência  da
empresa;  d)  insolvência  civil;  e)  perecimento  do  objeto  contratado  e  demais  eventos  de
efeitos semelhantes; f) descumprimento do disposto no inciso V do art. 27 da Lei Licitatória
(ver art. 7.º, XXXIII, da CF).
 
EXCEÇÃO DO CONTRATO NÃO CUMPRIDO

            Uma das prerrogativas que muito difere esta espécie de contrato é a exceção do
contrato  não  cumprido  em  que  não  se  aplica,  em  princípio,  aos  contratos  administrativos
quando a falta é da Administração. O CC, art. 476, prevê a possibilidade de qualquer das
partes  cessar  o  avençado  quando  a  outra  não  cumpre  a  sua  obrigação.  Em  virtude  do
princípio da continuidade do serviço público o particular não pode usar dessa faculdade, a
não ser se previsto em lei (art. 78, XV, da Lei n.º 8.666/93).
            Assim assevera a Lei, no inciso XV, art. 78 da Lei 8.666/93:
(...)
XV  ­  o  atraso  superior  a  90  (noventa)  dias  dos  pagamentos  devidos  pela  Administração
decorrentes  de  obras,  serviços  ou  fornecimento,  ou  parcelas  destes,  já  recebidos  ou
executados, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou
guerra,  assegurado  ao  contratado  o  direito  de  optar  pela  suspensão  do  cumprimento  de
suas obrigações até que seja normalizada a situação;"
 
CONTROLE DO CONTRATO
 
                        O  Poder  Público  tem  a  prerrogativa  de  supervisionar,  acompanhar  e  fiscalizar  a
execução do contrato. Nos termos do art. 67 da Lei n.º 8.666/93, a Administração Pública
tem o dever­poder outorgado à contratante compreende as atribuições de fiscalizar (verificar
o material utilizado e a forma de execução do objeto do contrato, confirmar o cumprimento
das  obrigações  comerciais,  trabalhistas  e  tributárias  a  cargo  do  contratado),  orientar
(estabelecer normas, diretrizes; dar informações sobre a execução do contrato), interditar (
paralisar  a  execução  do  contrato  por  estar  em  desacordo  com  o  pactuado)  e  intervir
(assumir a execução do contrato), vinculadas à perfeita execução do ajuste. Para ajudar a
Administração Pública nessa fiscalização podem ser contratados terceiros.
                        O  controle  ocorrerá  sempre  tem  lugar  sempre  que  o  particular  age  de  forma
estranha  ao  contrato  ou  de  imediato  já  se  avista  a  paralisação  ou  retardamento  da
execução d contrato.
                        Nestes  termos  a  legislação  prevê  que  a  administração,  nos  casos  de  serviços
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essenciais,  deve  ocupar  provisoriamente  bens  móveis,  imóveis,  pessoal  e  serviços


vinculados ao objeto do contrato (art. 58, V, da Lei n.º 8.666/93), bem como ocupar e utilizar
o  local,  instalações,  equipamentos,  material  e  pessoal  empregados  na  execução  do
contrato,  necessários  à  sua  continuidade  (art.  80,  II,  da  Lei  n.º  8.666/93).  Trata­se  da
aplicação imediata do princípio da continuidade do serviço público que autoriza, inclusive, a
retomada  do  objeto  de  um  contrato,  sempre  que  a  paralisação  ou  a  ineficiente  execução
possam ocasionar prejuízo ao interesse público.
 
CAUSAS JUSTIFICADORAS DA INEXECUÇÃO DO CONTRATO
            De fato, o descumprimento contratual pode ocorrer parcial ou totalmente por ação
ou  omissão  sem  que  contudo  possa  ter  parte  culpada.  As  causas  que  justificam  este  fato
que podem levar a extinção ou revisão das cláusulas do contrato são: Teoria da Imprevisão,
Fato do Príncipe, Fato da Administração, Caso Fortuito, Força Maior.
                        TEORIA  DA  IMPREVISÃO:  Trata  de  situações  imprevisíveis  que  atingem
diretamente  as  obrigações  contratuais,  tornando  excessivamente  oneroso  o  cumprimento
do  contrato  a  uma  das  partes.  Nos  contratos  de  prestações  sucessivas  está  implícita  a
cláusula  rebus  sic  stantibus,  isto  é,  a  convenção  não  permanece  em  vigor  se  houver
mudança  da  situação  existente  no  momento  da  celebração.  A  cláusularebus sic stantibus,
hoje com a denominação de teoria da imprevisão permite o restabelecimento do equilíbrio
econômico­financeiro  do  contrato  administrativo  através  da  possibilidade  de  revisão
imediata.
            FATO DO PRÍNCIPE: Conhecida como “álea administrativa”, é a medida de ordem
geral,  praticada  pela  própria  Administração  Pública,  não  relacionada  diretamente  com  o
contrato,  mas  que  nele  repercute,  provocando  desequilíbrio  econômico­financeiro  em
detrimento  do  contratado.  Ex.:  Medida  Governamental  que  dificulte  a  importação  de
matéria­prima necessária à execução do contrato.
            FATO DA ADMINISTRAÇÃO: A mais importante das causas, pois trata­se de  toda
ação ou omissão do Poder Público que, incidindo direta e especificamente sobre o contrato,
retarda ou impede a sua execução. É falta contratual cometida pela Administração.
            CASO FORTUITO: Trata­se de evento da natureza, inevitável e imprevisível, que impossibilita o
cumprimento do contrato. Ex.: inundação.

            FORÇA MAIOR: Entende­se por força maior o acontecimento humano, imprevisível
e inevitável, que impossibilita a execução do contrato. Ex.: greve.
             DAS GARANTIAS
            O Poder Público tem a prerrogativa de exigir prestação de garantia nas contratações
de obras, serviços e compras, desde que previsto no instrumento convocatório. A exigência
pode ser em caução em dinheiro ou ao término do contrato, a garantia é devolvida. Mas, se
o contratado dá causa à rescisão contratual, a garantia pode compensar eventuais prejuízos
ou  até  mesmo  quitar  o  valor  das  multas  eventualmente  aplicadas.  (art.  56,  da  Lei  n.º
8.666/93).
            Esta garantia visa garantir a execução do contrato e ressarcir os eventuais prejuízos
causados pelo contrato não cumprido. De acordo com o edital, pode ser exigido: caução em
dinheiro ou em títulos da dívida pública. A garantia não excederá a 5% do valor do contrato
e  terá  seu  valor  atualizado  nas  mesmas  condições  daquele  (art.  56,  §  2.º  da  Lei  n.º
8.666/93), podendo, para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto (R$25 milhões –
ver  art.  6.º  da  Lei  n.º  8.666/93)  envolvendo  alta  complexidade  técnica  e  riscos  financeiros
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consideráveis,  demonstrados  através  de  parecer  tecnicamente  aprovado  pela  autoridade


competente, esse limite de garantia ser elevado para até 10% do valor do contrato (art. 56,
§ 3.º da Lei n.º 8.666/93).
            A garantia prestada pelo contratado será liberada ou restituída após a execução do
contrato  e,  quando  em  dinheiro,  atualizada  monetariamente  (art.  56,  §  4.º  da  Lei  n.º
8.666/93).  Nos  casos  de  contratos  que  importem  na  entrega  de  bens  pela  Administração,
dos quais o contratado ficará depositário, ao valor da garantia deverá ser acrescido o valor
desses bens (art. 56, § 5.º da Lei n.º 8.666/93).
            Outra garantia é a caução real, em que o particular transferirá para a Administração
Público a posse de um bem corpóreo, visando a assegurar o cumprimento de sua prestação
ou à satisfação da sanção.
                        Também  e  mais  comum  é  oferecer  o  seguro­garantia  que  consiste  em  contrato
firmado  entre  o  particular  contratado  e  instituição  seguradora,  onde  esta  garante  os
eventuais  danos  causados,  relativos  à  inexecução  da  prestação  devida  à  Administração
Pública.  Constará  como  beneficiária  a  pessoa  integrante  da  Administração,  cabendo  ao
particular o pagamento de prêmio do seguro.
 
            Por derradeiro, a fiança bancária que funciona como garantia de uma obrigação
contratada  pelo  cliente  da  instituição  financeira  junto  a  terceiros,  onde  a  instituição
financeira é o fiador; e o cliente da instituição é o afiançado; e o terceiro é o favorecido.

SANÇÕES ADMINISTRATIVAS LICITATÓRIAS
            Em caso de não cumprimento dos termos do contrato, a legislação assevera:
            Lei 8.666/93 vejamos:
Art.  87  Pela  inexecução  total  ou  parcial  do  contrato  a  Administração  poderá,  garantida  a
prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:
I ­ advertência;
II ­ multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;
III  ­  suspensão  temporária  de  participação  em  licitação  e  impedimento  de  contratar  com  a
Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos;
IV  ­  declaração  de  inidoneidade  para  licitar  ou  contratar  com  a  Administração  Pública
enquanto  perdurarem  os  motivos  determinantes  da  punição  ou  até  que  seja  promovida  a
reabilitação  perante  a  própria  autoridade  que  aplicou  a  penalidade,  que  será  concedida
sempre  que  o  contratado  ressarcir  a  Administração  pelos  prejuízos  resultantes  e  após
decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior.
§  1º  Se  a  multa  aplicada  for  superior  ao  valor  da  garantia  prestada,  além  da  perda  desta,
responderá  o  contratado  pela  sua  diferença,  que  será  descontada  dos  pagamentos
eventualmente devidos pela Administração ou cobrada judicialmente.
§  2º  As  sanções  previstas  nos  incisos  I,  III  e  IV  deste  artigo  poderão  ser  aplicadas
juntamente  com  a  do  inciso  II,  facultada  a  defesa  prévia  do  interessado,  no  respectivo
processo, no prazo de 5 (cinco) dias úteis.
§ 3º A sanção estabelecida no inciso IV deste artigo é de competência exclusiva do Ministro
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de  Estado,  do  Secretário  Estadual  ou  Municipal,  conforme  o  caso,  facultada  a  defesa  do
interessado  no  respectivo  processo,  no  prazo  de  10  (dez)  dias  da  abertura  de  vista,
podendo a reabilitação ser requerida após 2 (dois) anos de sua aplicação.
            Existem então quatro sanções que são aplicadas pela Administração Pública, quais
sejam,  advertência,  multa,  suspensão  temporária  de  participação  em  licitação  e
impedimento de contratar com a Administração, e declaração de inidoneidade para licitar ou
contratar com a Administração Pública.
                        ADVERTÊNCIA  é  o  tipo  de  sanção  mais  branda  entre  as  elencadas  na  Lei  n.º
8.666/93.  Consiste  basicamente  em  um  aviso  expresso  emitido  pela  Administração  ao
contratado, no intuito de que este cumpra regularmente o que foi pactuado. A advertência,
geralmente, é cabível diante de infração de pequena gravidade. E, por esse motivo, não tem
o  condão  de  obstruir  e  ou  suspender  a  participação  da  empresa  advertida  em  certames
licitatórios e ou impedi­la de contratar com a Administração Pública.
            MULTA Trata­se de uma sanção de natureza pecuniária, que se destina a punir o
licitante ou o contratado que não cumpriu suas obrigações. Importante anotação é que nos
casos  de  licitação  deve  ter  previsão  em  edital  para  que  a  multa  seja  legalmente  aplicada.
A  multa  moratória  é  aplicada  em  razão  da  demora  no  cumprimento  das  obrigações
contratuais  que  acarreta  a  aplicação  da  multa  de  mora  a  que  alude  o  art.  86  da  Lei  nº
8.666/93.  A  multa  compensatória  tem  o  condão  de  compensar  a  outra  parte  pelo
dano/prejuízo que lhe é causado pela inadimplência ou infração do licitante ou contratado. A
Lei  nº  8.666/93,  não  prevê  parâmetro  para  a  fixação  das  referidas  multas,  o  que  levou  os
doutrinadores a ter como referencial para a aplicação da multa de mora, o art. 52, § 1.º do
CDC, Lei nº 8.078/90, que “as multasde mora decorrentes do inadimplemento de obrigação
no termo não poderão ser superiores a dois por cento do valor da prestação”. Como se trata
de  mero  preceito,  nada  impede,  quanto  às  licitações  e  contratações  administrativas,  que
impede  a  Administração  fixar,  em  instrumento  convocatório  e  ou  no  contrato,  outro
percentual.
            Já a multa moratória possui natureza sancionatória  e é aplicável aos casos em que
há demora no cumprimento da obrigação, entende­se necessário que sua fixação seja em
percentual diário sobre o valor do ajuste. O percentual adequado a ser aplicado está no art.
412 do Código Civil, e  estabelece que o valor da cláusula penal não poderá ser superior ao
da obrigação principal, respeitando o princípio da proporcionalidade.
            O § 2º do art. 87 da Lei nº 8.666/93 faculta à Administração a aplicação da multa
juntamente  com  as  demais  sanções.  Assim  ,  em  caso  de  inadimplência  do  licitante  ou  do
contratado, a Administração poderá cumular a aplicação da multa, nos termos fixados, com
outra sanção e ainda a rescisão contratual.
                        A  aplicação  da  multa  não  impede  que  o  licitante  penalizado  participe  de  outros
certames.
SUSPENSÃO TEMPORÁRIA DE PARTICIPAÇÃO EM LICITAÇÃO E IMPEDIMENTO DE
CONTRATAR  COM  A  ADMINISTRAÇÃO  –  Cuida  esta  punição  de  impedir  que  o  infrator
participe de outras licitações ou ainda de contratar com a Administração por um período não
superior a dois anos, a critério do órgão punidor.

DECLARAÇÃO  DE  INIDONEIDADE  PARA  LICITAR  OU  CONTRATAR  Neste  caso  o


licitante punido fica vetado de participar e de ser contratado pela administração. Este tipo de
sanção é aplicada nos casos em que se constata que o punido agiu com dolo e má fé. Os
efeitos desta medida perdurará até que ocorra a reabilitação.

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            Caso o profissional ou empresa declarada inidônea venha a celebrar contrato com a
administração incorrerá no crime tipificado no artigo 97 da Lei nº 8.666/93.

REABILITAÇÃO  –  Para  que  seja  considerado  reabilitado,  deve  atender  as  condições  a
seguir: a) o requerimento do interessado; b) o transcurso de, ao menos, 2 anos desde a sua
aplicação;  c)  o  prévio  ressarcimento,  pelo  contratado,  dos  prejuízos  resultantes  da
inexecução  total  ou  parcial  do  contrato,  se  existirem  (art.  87,  IV).  A  competência  para  a
expedição do ato concessivo da reabilitação é da mesma autoridade que houver imposto a
sanção. A previsão está contida na Lei 8.666/93 Art. 87, § 3º.

MODALIDADES DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

            CONTRATO DE ATRIBUIÇÃO Cuida­se  de  expressão  utilizada  para  designar  o


ajuste no qual é deferida ao particular determinada vantagem pessoal, haja vista que é dele
o interesse que prevalece. No contrato de atribuição, a Administração confere ao particular
determinadas vantagens ou direitos, como, por exemplo, o uso especial de bem público.
            CONTRATO DE OBRA PÚBLICA:        Refere­se ao ajuste levado a efeito pela
Administração  Pública  com  um  particular,  tendo  por  objeto  a  construção,  a  reforma  ou
ampliação  de  certa  obra  pública.  Esta  espécie  não  necessita  de  autorização  legislativa  e
requer prévio procedimento licitatório. Podem estes ser de tarefa ou empreitada. O regime
de  execução  da  tarefa,  é  aquele  em  que  a  remuneração  pela  execução  do  ajustado    é
devida na medida em que a obra é realizada, após a medição pelo Poder Público.
                        CONTRATO  DE  SERVIÇO:  Trata­se  de  acordo  celebrado  pela  Administração
Pública  com  particular  para  consecução  de  certa  atividade.  Geralmente  são  serviços  de
demolição,  conserto,  instalação,  montagem,  operação,  conservação,  reparação,
manutenção, transporte, etc.
            CONTRATO DE COMPRA OU FORNECIMENTO:   Trata­se do contrato em que a
Administração  Pública  adquire,  por  compra,  coisas  móveis  de  certo  particular,  com  quem
celebra  o  ajuste.  Tais  bens  destinam­se  à  realização  de  obras  e  manutenção  de  serviços
públicos. Ex. materiais de consumo, produtos industrializados, gêneros alimentícios, etc.
            CONTRATO DE GESTÃO: É o ajuste celebrado pelo Poder Público com órgão ou
entidade da Administração Direta,  Indireta e entidades privadas  qualificadas como ONG’s,
por exemplo.
            CONTRATO DE CONCESSÃO: Trata­se de ajuste, oneroso ou gratuito, efetivado
sob  condição  pela  Administração  Pública,  chamada  concedente,  com  certo  particular,  o
concessionário,  visando  transferir  a  prestação  de  serviço  público,  o  uso  de  determinado
bem público. É contrato precedido de autorização legislativa.
                        CONCESSÃO  DE  GERENCIAMENTO:  Neste  espécie  de  contrato,  o  governo
confere ao gerenciador a condução de um empreendimento pelos encargos financeiros da
execução  das  obras  e  serviços  projetados,  com  os  respectivos  equipamentos  para  sua
implementação e operação. Trata­se de atividade técnica de mediação entre o patrocinador
da obra e seus executores.
 
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FONTE DE CONSULTA
ALEXANDRINO,  Marcelo  &  PAULO,  Vicente.  Direito  Administrativo.  12ª  ed.  Rio  de  Janeiro:  Impetus,
2006.

AGUIAR, Afonso Gomes. Lei de responsabilidade fiscal: questões práticas. Belo Horizonte: Fórum, 2004.

BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio.  Curso de Direito Administrativo, 14ª ed. São Paulo: Malheiros,
2001, 

CASTRO, José Nilo de. Direito Municipal Positivo.  6ª ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2006
FILHO,  José  dos  Santos  Carvalho.  Manual  de  direito  administrativo.  5ª  ed.  Rio  de
Janeiro: Lumen Juris, 1999
JÚNIOR, José Cretella. Curso de direito administrativo. 15ª ed. Rio de Janeiro: Forense,
1997
JUSTEN  FILHO,  Marçal  Justen.  Comentários  à  lei  de  licitações  e  contratos
administrativos. 8ª ed. São Paulo: Dialética, 2000.
JUSTEN F, Marçal. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Saraiva, 2005

JUSTEN FILHO, Marçal. “Conceito de Interesse Público e a ‘Personalização’ do Direito
Administrativo”. Artigo publico na Revista Trimestral de Direito Público – 26, p. 117
MEIRELLES,  Hely  Lopes.  Licitações  e  Contratos  Administrativos.  12  ed.  São  Paulo:
Malheiros, 1999, p. 175
MALTINTI, Eliana Raposo. Direito administrativo. São Paulo: Saraiva, 2006.
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional Administrativo. São Paulo: Atlas jurídico,
2002. 
PIETRO,  Mara  Sylvia  Zanella  Di  Pietro.  Direito  Administrativo.  São  Paulo.  22ª  ed.Ed.
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SUNDFELD, Carlos Ari. Licitação e Contrato Administrativo. 2. ed., São Paulo: Malheiros, 1995, p. 204.
  http://www.direitodoestado.com/revista/REDE­17­JANEIRO­2009­
RICARDO%20MARCONDES%20MARTINS.pdf Acessado em 19.02.2012 as 18:58

 
 

Artigo elaborado em 22.02.2012

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