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Guardiões Da Fé
(Adventistas Do
Sétimo Dia)
-Volume 1-
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Indicie
1) IMPECABILIDADE:
- O que é a impecabilidade? Quem a possui? Os seres celestiais não caídos
são impecáveis? Os seres caídos podem possuir a impecabilidade? – p. 4
- O que é a impecabilidade por natureza e quem a possui? – p. 5
- O que é a impecabilidade por condição e quem a possui? – p. 5
- Que tipo de impecabilidade Lúcifer estava ensinando possuir ele e os anjos
celestiais? – p. 6
- Lúcifer tinha razão? Será que eles (anjos celestiais) possuíam a mesma
impecabilidade que Deus possui? – p. 6
- No que criam os irmãos que defendiam a doutrina da carne santa? – p. 7
- Carne Santa (perfeição na carne) X Caráter Santo (perfeição de caráter) –
p. 7
- Nosso caráter não será transformado na vinda de Cristo – p. 10
- Não sejamos como as virgens loucas, que não guardaram azeite de reserva
e negligenciaram este preparo tão necessário – p. 11
- Pedro Um Verdadeiro Perfeccionista – p. 12
- O que é pecado? – p. 12
- Ter natureza pecaminosa é pecado? – p. 13
- E nós seres caídos, que não estamos livres da tentação ou da possibilidade
de queda, que possuímos natureza pecaminosa que só será erradica na
glorificação, podemos possuir a impecabilidade por condição? – p. 15

2) ÚNICA DEFINIÇÃO DE PECADO:


- O Que É Pecado – p. 21
- Qual A Função Da Lei? – p. 24
- Quando Ocorre a Transgressão Da Lei? – p. 27
- O Que É A Lei De Deus? – p. 30
- Seremos Julgados Por Pecar Ou Por Ter Nascido Com Natureza
Pecaminosa? – p. 31
- Se Morrer Um Bebê, Morre Culpado E Condenado? – p. 36
- Pecado E Julgamento Segundo A Teologia Adventista – p. 39

3) NATUREZA HUMANA DE JESUS:


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- Jesus Tinha A Natureza Humana De Adão Antes Ou Depois Da Queda? –


p. 49
- Qual A Diferença Entre A Natureza Humana De Jesus E A De Adão? – p.
53
- Jesus Em Sua Natureza Humana Tinha Propensões? – p. 55
- Jesus Não Teve Más Tendências/Propensões! – p. 59
- Como Entender As Propensões De Jesus? – p. 60
- Como Jesus Venceu As Tentações Internas E Externas? – p. 63
- Por Que Jesus Era Imaculado? – p. 68
- Jesus Usava Seu Próprio Poder A Seu Favor Ou Em Favor Dos Outros? –
p. 69
- Por Que Só Jesus Poderia Morrer Por Nós? – p. 70
- Em Que Momento Cristo Sentiu Os Pecados Do Mundo E A Culpa De
Todos Nós, Os Quais Ele Não Tinha Em Sua Natureza Humana? – p. 71
- Este Assunto É Importante Para A Igreja? – p. 72
- A Natureza Humana De Jesus – Teologia Adventista – p. 73

4) PERFEIÇÃO CRISTÃ:
- Tendências Para Pecar Eliminadas, Subjugadas, Pelo Poder De Deus – p.
82
- Propensão Para Pecar Eliminadas, Pelo Poder De Deus – p. 83
- Purificação De Todo Pecado, Pelo Poder Deus – p. 83
- Inclinação Para Pecar Desarraigadas, Pelo Poder De Deus – p. 84
- Impulsos Para Obediência, Pelo Poder De Deus – p. 84
- Sem Pretensão De Ser Perfeito – p. 85
- Perfeição Unicamente Pela Graça E Poder De Deus - p. 86
- Vivendo Sem Pecar Após O Termino Da Graça – p. 91
- Vivendo Sem Pecar Pelo Poder De Deus – p. 94
- Obedecendo Pelo Poder E Graça De Jesus – p. 96
- Vencer como Ele venceu – p. 98
- Vitoria Sobre A Tentação E Sobre O Pecado, Pelo Poder De Deus – p. 102
- Perfeição Cristã – Teologia Adventista – p. 102
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A Impecabilidade

1. O que é a impecabilidade? Quem a possui? Os seres celestiais não caídos são


impecáveis? Os seres caídos podem possuir a impecabilidade?

Definição de impecabilidade:

Impecabilidade

1. Qualidade, condição ou estado do que é ou está impecável.


https://www.google.com.br/#q=impecabilidade

Existem dois tipos de impecabilidade:

Impecável por natureza (do que é/ser).

Impecável por condição (do que está/condição).

Por exemplo: A Divindade (Trio Celeste) é eterna por natureza ou por condição?
Por natureza é claro, pois, Deus é eterno, ou seja, Ele possui a eternidade em Sua
natureza, a eternidade é inerente a Sua natureza, Ele não tem a eternidade nEle, Ele
é a eternidade.

Adão e Eva antes da queda, eram eternos por natureza ou condição? Por condição.
E qual era a condição? Obediência a Lei. Enquanto eles fossem fiéis a Deus, não
comendo do fruto proibido, teriam acesso a árvore da vida e receberiam assim vida
eterna. Portanto Adão e Eva eram eternos por condição e não por natureza. Da
mesma maneira é com a impecabilidade.

Definição de impecável:
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Impecável

1. Que é incapaz de pecar; que não é sujeito ao pecado.

2. Incapaz de cometer erros. https://www.google.com.br/#q=impec%C3%A1vel

A impecabilidade ou impecável, é alguém que não peca por natureza ou alguém que
não peca por condição.

2. O que é a impecabilidade por natureza e quem a possui??

“Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser
tentado pelo mal, e a ninguém tenta.” Tiago 1:13 ACF

A Divindade é incapaz de pecar porque Deus não pode ser tentado pelo mal e uma
vez que Ele não pode ser tentado pelo mal, nunca existirá a possibilidade dEle cair. A
Divindade não é impecável por condição e sim por natureza, faz parte da essência
dEles.

3. O que é a impecabilidade por condição e quem a possui??

“O Senhor me proporcionou uma vista de outros mundos. Foram-me dadas asas, e


um anjo me acompanhou da cidade a um lugar fulgurante e glorioso. A relva era de
um verde vivo, e os pássaros gorjeavam ali cânticos suaves. Os habitantes do lugar
eram de todas as estaturas; nobres, majestosos e formosos. Ostentavam a expressa
imagem de Jesus, e seu semblante irradiava santa alegria, que era uma expressão da
liberdade e felicidade do lugar. Perguntei a um deles por que eram muito mais
formosos que os da Terra. A resposta foi: “Vivemos em estrita obediência aos
mandamentos de Deus, e não caímos em desobediência, como os habitantes da
Terra.” Vi então duas árvores. Uma se assemelhava muito à árvore da vida, existente
na cidade. O fruto de ambas tinha belo aspecto, mas o de uma delas não era
permitido comer. Tinham a faculdade de comer de ambas, mas era-lhes vedado
comer de uma. Então meu anjo assistente me disse: “Ninguém aqui provou da
árvore proibida; se, porém, comessem, cairiam”.” Primeiros Escritos, p.39,40
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Os seres dos mundos não caídos são impecáveis por condição e não por natureza,
pois para eles existe a possibilidade de queda, o que os torna impecáveis é o fato
deles cumprirem com a condição - obedecer fielmente a lei de Deus.

Surgimento do perfeccionismo:

“[Lúcifer] Começou a insinuar dúvidas com respeito às leis que governavam os seres
celestiais, dando a entender que, conquanto pudessem as leis ser necessárias para
os habitantes dos mundos, não necessitavam de tais restrições os anjos, mais
elevados por natureza, pois que sua sabedoria era um guia suficiente.Não eram
eles seres que pudessem acarretar desonra a Deus; todos os seus pensamentos
eram santos; não havia para eles maior possibilidade de errar do que para o
próprio Deus.” Patriarcas e Profetas, p.11.1

4. Que tipo de impecabilidade Lúcifer estava ensinando possuir ele e os anjos


celestiais??

Lúcifer estava a ensinar que ele e os anjos celestiais possuíam a impecabilidade que
Deus possui, ou seja, a impecabilidade por natureza. Ele dizia que para eles (anjos)
não havia a possibilidade de queda, portanto não necessitavam guardar a lei de
Deus, pois dizia que eram impecáveis por natureza.

5. Lúcifer tinha razão?? Será que eles (anjos celestiais) possuíam a mesma
impecabilidade que Deus possui??

“Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se
achou iniquidade em ti.” Ezequiel 28:15 ACF

“Na multiplicação do teu comércio encheram o teu interior de violência, e pecaste;


por isso te lancei, profanado, do monte de Deus, e te fiz perecer, ó querubim
cobridor, do meio das pedras afogueadas.” Ezequiel 28:16 ACF
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“Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. ...” 1
João 3:8 ACF

“E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a
terra; e o dragão... Apocalipse 12:4 ACF

Lúcifer e os anjos celestiais não possuíam a impecabilidade por natureza e sim por
condição, pois para eles havia a possibilidade de queda.

O Movimento da Carne Santa:

6. No que criam os irmãos que defendiam a doutrina da carne santa??


“Alguns que se achavam empenhados nesses movimentos foram levados à sã razão,
e viram seu engano. Alguns haviam sido pessoas excelentes, sinceras, mas julgavam
que a carne santificada não podia pecar, sendo assim apanhados na armadilha de
Satanás.” Mensagens Escolhidas Vol. 2, p.34.2

Os irmãos de Indiana, acreditavam que uma vez que possuíam carne santa, não
havia mais a possibilidade deles caírem. Ou seja, eles ensinavam que podiam possuir
a impecabilidade por natureza, a mesma que Deus possui.

Carne Santa (perfeição na carne) X Caráter Santo (perfeição de caráter):

“E se bem que não possamos pretender perfeição da carne, podemos possuir


perfeição cristã da alma.” Mensagens Escolhidas Vol. 2, p.32.3

Deus condena através do Espírito de Profecia o pretender possuir carne santa


(perfeição na carne) e não o caráter santo (perfeição de caráter). Infelizmente,
muitos adventistas hoje, por não estudarem e não conhecerem a fundo o que é a
doutrina da carne santa, confundem perfeição de caráter com a perfeição na carne.
Ellen White faz um contraste entre a carne santa e o caráter santo, vejamos:

“O ensino dado com relação ao que é denominado “carne santa” é um erro. Todos
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podem obter agora corações puros, mas não é correto pretender nesta vida
possuir carne santa.” Mensagens Escolhidas Vol. 2, p.32.1

“Muito se pode fazer para restaurar a imagem moral de Deus no homem, para
melhorar as faculdades físicas, mentais e morais.” Mensagens Escolhidas Vol. 2,
p.32.3

“E se bem que não possamos pretender perfeição da carne, podemos possuir


perfeição cristã da alma.” Mensagens Escolhidas Vol. 2, p.32.3

“Pela fé em Seu sangue, todos podem ser aperfeiçoados em Cristo Jesus. Graças a
Deus por não estarmos lidando com impossibilidades. Podemos pretender
santificação. [...] O Senhor mostra, aos contritos, crentes, que Cristo aceita a entrega
da alma, para ser moldada e afeiçoada segundo a Sua imagem.” Mensagens
Escolhidas Vol. 2, p.32.3

Deus não condena o querer possuir um caráter santo, mas sim o querer possuir
carne santa. A perfeição do caráter é uma doutrina bíblica:

“Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.”
Hebreus 12:14 ACF

“É imputada a justiça pela qual somos justificados, aquela pela qual somos
santificados é comunicada. A primeira é nosso título para o Céu, a segunda, nossa
adaptação para ele.” Review and Herald 04/06/1895

“Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si
mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água,
pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga,
nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.” Efésios 5:25-27 ACF

“Estarei eu sem faltas diante do trono de Deus? Apenas os inculpáveis ali estarão.
Ninguém será trasladado ao Céu enquanto seu coração estiver cheio do entulho
terreno. Cada defeito de caráter precisa ser eliminado, cada mancha removida pelo
sangue purificador de Cristo, e vencidos todos os desagradáveis traços de caráter.”
Testemunhos para a Igreja Vol. 1, p. 705.2
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“Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo? Aquele que
é limpo de mãos e puro de coração.” Salmos 24:3,4 ACF

“Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para


edificação do corpo de Cristo; Até que todos cheguemos [...] a homem perfeito, à
medida da estatura completa de Cristo.” Efésios 4:12,13 ACF

“Ao andarmos dia a dia na luz que nos concede, em voluntária obediência a todos
os Seus reclamos, nossa experiência cresce e alarga-se até alcançarmos
a estatura completa de homens e mulheres em Cristo Jesus.” Mensagens aos
Jovens, p.13.3

“Nada menos que a perfeita obediência pode satisfazer ao ideal que Deus
requer. Ele não deixou Sua vontade indefinida. Não ordenou coisa alguma que não
seja necessária a fim de pôr o homem em harmonia com Ele. Devemos encaminhar
os pecadores a Seu ideal de caráter, e conduzi-los a Cristo, por cuja graça,
unicamente, pode esse ideal ser atingido. ” A Ciência do Bom Viver, p. 66.8

“Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.” Mateus
5:48 ACF

“O ideal de Deus para com Seus filhos é mais alto do que pode alcançar o mais
elevado pensamento humano. O Deus vivo deu em Sua santa lei um transcrito de
Seu caráter. O maior Mestre que o mundo já conheceu é Jesus Cristo; e qual foi a
norma dada por Ele a todos quantos nEle crêem?“Sede vós pois perfeitos, como é
perfeito o vosso Pai que está nos Céus.” Mateus 5:48. Como Deus é perfeito em Sua
elevada esfera de ação, assim o homem pode ser perfeito em sua esfera humana.”

“E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória
do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem,
como pelo Senhor, o Espírito.” 2 Coríntios 3:18 ARA
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“Contemplando a Jesus receberemos no coração um princípio vivo e que se


expande, e o Espírito Santo continua a obra, e o crente prossegue de graça em
graça, de força em força, de caráter em caráter. Ele se conforma à imagem de
Cristo até que, no crescimento espiritual, alcança a medida da plena estatura de
Cristo Jesus.” Mensagens Escolhidas Vol. 2, p.395.1

“Era Sua missão restaurar inteiramente os homens; veio trazer-lhes saúde, paz e
perfeição de caráter.” A Ciência do Bom Viver, p.17

“A um preço infinito, foram tomadas providências para que os homens atinjam a


perfeição do caráter cristão.” E Recebereis Poder, p.66

Nosso caráter não será transformado na vinda de Cristo:

“Jesus não muda o caráter em Sua vinda. A obra de transformação precisa ser feita
agora.” O Lar Adventista, p.16

“Quando Cristo vier, o nosso corpo indigno será transformado, e tornar-se-á


semelhante ao Seu glorioso corpo; mas o caráter indigno não será santificado. A
transformação do caráter precisa ocorrer antes da Sua vinda. A nossa natureza
precisa ser santa e pura; precisamos ter a mente de Cristo, para que Ele possa
contemplar com prazer a Sua imagem refletida na nossa vida.” Manuscrito 16,
1895

“Muitos estão enganando a si mesmos por pensar que o caráter será transformado
na vinda de Cristo, mas não haverá conversão de coração em Seu aparecimento.
Temos que nos arrepender de nossos defeitos de caráter aqui, e pela graça de
Cristo precisamos vencê-los enquanto dura a graça. Este é o lugar para nos
prepararmos para a família do Alto." A Maravilhosa Graça de Deus, p.244.1,2

Nosso caráter precisa ser transformado antes da chuva serôdia ser derramada,
caso eu queira recebê-la:
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“Muitos tem em grande medida deixado de receber a chuva temporã. Não têm
obtido todos os benefícios que Deus assim para eles tem provido. Esperam que as
falhas sejam supridas pela chuva serôdia. Quando a maior abundância da graça
estiver para ser outorgada, esperam poder abrir o coração para recebê-la. Estão
cometendo um erro terrível.” Testemunhos para Ministros, p. 507.1

“Nenhum de nós jamais receberá o selo de Deus, enquanto o caráter tiver uma
nódoa sequer. Cumpre-nos remediar os defeitos de caráter, purificar de toda a
contaminação o templo da alma. Então a chuva serôdia cairá sobre nós, como caiu
a temporã sobre os discípulos no dia de Pentecoste.” Testemunhos Seletos Vol. 2,
p.69.1

Não sejamos como as virgens loucas, que não guardaram azeite de reserva e
negligenciaram este preparo tão necessário:

"Vi que muitos negligenciavam a preparação tão necessária, esperando que o


tempo do “refrigério” e da “chuva serôdia” os habilitasse para estar em pé no dia do
Senhor, e viver à Sua vista. Oh! quantos vi eu no tempo de angústia sem abrigo!
Haviam negligenciado a necessária preparação, e portanto não podiam receber o
refrigério que todos precisam ter para os habilitar a viver à vista de um Deus santo
Os que recusam ser talhados pelos profetas, e deixam de purificar a alma na
obediência da verdade toda, e se dispõe a crer que seu estado é muito melhor do
que realmente é, chegarão ao tempo em que as pragas cairão, e hão de ver então
que necessitam ser talhados e lavrados para o edifício. Não haverá, porém, tempo
para o fazer, e nem Mediador para pleitear sua causa perante o Pai. Antes deste
tempo sairá a declaração terrivelmente solene de que: “Quem é injusto, faça
injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e
quem é santo seja santificado ainda”. Vi que ninguém poderia participar do
“refrigério” a menos que obtivesse a vitória sobre toda tentação, orgulho,
egoísmo, amor ao mundo, e sobre toda má palavra e ação. Deveríamos, portanto,
estar-nos aproximando mais e mais do Senhor, e achar-nos fervorosamente à
procura daquela preparação necessária para nos habilitar a estar em pé na batalha
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do dia do Senhor. Lembrem todos que Deus é santo, e que unicamente entes
santos poderão morar em Sua presença.” Primeiros Escritos, p.71.2

Pedro Um Verdadeiro Perfeccionista

“A queda de Pedro não foi repentina, mas gradual. A confiança em si mesmo


induziu-o à crença de que estava salvo, e desceu passo a passo o caminho
descendente até negar a Seu Mestre. Jamais podemos confiar seguramente em nós
mesmos ou sentir, aquém do Céu, que estamos livres da tentação.Nunca se deve
ensinar aos que aceitam o Salvador, conquanto sincera sua conversão, que digam ou
sintam que estão salvos. Isso é enganoso. Deve-se ensinar cada pessoa a acariciar
esperança e fé; mas, mesmo quando nos entregamos a Cristo e sabemos que Ele nos
aceita não estamos fora do alcance da tentação. Era necessário que Pedro
conhecesse seus próprios defeitos de caráter e a necessidade de receber de Cristo
poder e graça. O Senhor não podia livrá-lo da tentação, mas sim salvá-lo da
derrota. Estivesse Pedro disposto a aceitar a advertência de Cristo, teria vigiado em
oração. Teria andado com temor e tremor para que seus pés não tropeçassem. E
teria recebido auxílio divino, de modo que Satanás não teria alcançado a vitória.”
Parábolas de Jesus, p.77.1,3

Por Pedro confiar em si mesmo, chegou ao ponto de acreditar que não seria mais
tentado, ou seja, para ele a possibilidade de queda deixaria de existir, mas nós já
vimos que isto é um atributo apenas Divino (Tiago 1:13). Só a Divindade possui a
impecabilidade por natureza.

E nós seres caídos, que não estamos livres da tentação ou da possibilidade de


queda, que possuímos natureza pecaminosa que só será erradica na glorificação,
podemos possuir a impecabilidade por condição?? Antes de respondermos a esta
pergunta, vamos entender primeiro o que é pecado.

O que é pecado??
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“Porquanto por obras da lei nenhum homem será justificado diante dele, pois, pela
lei vem o pleno conhecimento do pecado.” Romanos 3:20 SBB

“Que diremos, pois? É a Lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não teria conhecido
o pecado, senão pela Lei; pois eu não teria conhecido a cobiça, se a Lei não dissera:
Não cobiçarás.” Romanos 7:7 SBB

“Todo aquele que pratica o pecado transgride a Lei; de fato, o pecado é a


transgressão da Lei.” 1 João 3:4 NVI

De acordo com a Bíblia, a lei define o que o pecado é: transgressão da Lei de Deus.

Ter natureza pecaminosa é pecado??

“Cada um, porém, é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria
concupiscência; então a concupiscência, havendo concebido, dá à luz o pecado; e o
pecado, sendo consumado, gera a morte.” Tiago 1:14,15 ARIB

Tiago descreve que nós somos tentados por nossa natureza pecaminosa e que o
pecado só ‘dá a luz’ quando nós concebemos a nossa natureza caída, ou seja,
quando escolhemos alimentar a natureza pecaminosa. Quando a alimentamos o
pecado ocorre e assim transgredimos a lei de Deus. Portanto, a natureza pecaminosa
não é pecado. Natureza pecaminosa é a tentação interior e tentação não é pecado.

Vejamos o que diz o autor da lição da escola sabatina estudada em 2014, sobre os
versos citados acima.

Lição 3 – ‘Suportando a Provação’ LES, 12/10/2014

“Tiago separa claramente a tentação do pecado. Ser tentado não é pecado. Até
mesmo Jesus foi tentado. O problema não é a tentação, mas como reagimos a ela.
Ter uma natureza pecaminosa não é pecado. No entanto, é pecado permitir que a
natureza pecaminosa controle nossos pensamentos e dite nossas escolhas. Assim,
temos as promessas, encontradas na Palavra de Deus, que nos oferecem garantias
de vitória, se as reclamarmos para nós mesmos e nos apegarmos a elas pela fé. Se o
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pecado não fosse fruto de nossa escolha, como poderíamos ser condenados por
praticá-lo?”. (Lição - Carta de Tiago).

Que diz o Tratado de Teologia Adventista??

“A tendência para pecar ou tentação para pecar não é pecado. Essas coisas não
constituem rebelião contra Deus. Ceder ao pecado e cometer o ato pecaminoso,
transgredindo assim a lei de Deus, isto sim nos aliena do Senhor e nos torna
culpados diante dEle. Somos responsabilizados pelo nosso próprio pecado, mas
graças a Deus, é nos oferecido perdão para os pecados e somos aceitos perante
Deus porque a graça reina “pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo,
nosso Senhor.” Tratado de Teologia, p. 289

“A terminologia bíblica mostra, portanto, que o pecado não é uma calamidade que
se abateu sobre o inconsciente ser humano, mas o resultado de uma atitude e
escolha ativa da parte do ser humano. Além disso, pecado não é a ausência do bem;
é “não atingir” as expectativas de Deus. É um caminho mau que o ser humano
escolhe por livre e espontânea vontade. Não se trata de uma fraqueza pela qual os
seres humanos não podem ser responsabilizados, pois o ser humano, na atitude ou
no ato de pecar, escolhe deliberadamente um caminho de rebelião contra Deus, de
transgressão contra a Sua lei, e deixa de ouvir a Palavra de Deus. Pecado é tentar
ultrapassar os limites estabelecidos por Deus. Em resumo, pecado é rebelião
contra Deus.” Tratado de Teologia, p.239

Que diz o Espírito de Profecia??

“Adão foi levado a compreender o que o pecado é: transgressão da lei. Foi-lhe


mostrado que a degenerescência moral, mental e física seria para a raça o
resultado da transgressão, até que o mundo se encheria com a miséria humana de
toda espécie.” Historia da Redenção, p.49.1

Nesta citação Ellen White diz que Deus revelou a Adão que o pecado é a
transgressão da lei. Perceba também que foi-lhe mostrado que a degenerescência
moral, mental e física seria o resultado da transgressão de Adão. Dentro desta
degenerescência moral, mental e física está a nossa natureza pecaminosa, portanto,
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Deus revelou que a natureza caída não é o pecado em si, mas sim o resultado da
escolha rebelde de Adão contra a Lei de Deus.

O que diz mais o Espírito de Profecia??

“Nossa única definição de pecado é a que é dada na Palavra de Deus; é:


“quebrantamento da lei”.” Para Conhecê-lO, p.10.2

“Que há de levar o pecador ao reconhecimento de seus pecados a não ser que ele
saiba o que é o pecado? A única definição de pecado na Palavra de Deus nos é dada
em 1 Jo 3:4: “pecado é o quebrantamento da Lei.” Nossa Alta Vocação, p.136.5

“Temos aqui a verdadeira definição do pecado; ele “é a transgressão da lei”. Fé e


Obras, p.105.2

“Se os pastores que pregam o evangelho cumprissem o seu dever, e fossem


igualmente exemplos para o rebanho de Deus, suas vozes levantar-se-iam como
trombetas, mostrando ao povo suas transgressões e à casa de Israel os seus
pecados. Pastores que exortam pecadores a se converter deveriam definir
distintamente o que é pecado e o que é conversão do pecado. Pecado é
transgressão da lei. O pecador convicto deve exercer arrependimento para com o
Senhor, por causa da transgressão da Sua lei, e fé em nosso Senhor Jesus Cristo. O
apóstolo nos dá a verdadeira definição de pecado: “O pecado é a transgressão da
lei.”. No Deserto da Tentação, p.90.2,3

Ellen White deixa bem claro que a única definição de pecado encontrada na Bíblia é
a transgressão da lei, se existissem outras definições ela não poderia ter usado a
palavra ‘única’. Perceba também que ela diz que a verdadeira definição do pecado é
a transgressão da lei, isto pressupõe que existem falsas definições para pecado.
Portanto as supostas definições de pecado defendidas por muitos teólogos não
passam de exemplificações de pecado e não outras definições para pecado, pois
todas elas conduzem a transgressão da lei. Concluímos então que pecado é quando
eu escolho transgredir a vontade Divina, seja por pensamento, sentimento, palavra e
ação.

E nós seres caídos, que não estamos livres da tentação ou da possibilidade de


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queda, que possuímos natureza pecaminosa que só será erradica na glorificação,


podemos possuir a impecabilidade por condição??

“Qualquer que permanece nele não peca; qualquer que peca não o viu nem o
conheceu.” 1 João 3:6 ACF

“Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente
permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus.” 1 João 3:9 ACF

“Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é
gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca.” 1 João 5:18 ACF

“João não ensinou que a salvação devia ser adquirida pela obediência, mas que a
obediência é fruto da fé e do amor. “E bem sabeis que Ele Se manifestou para tirar
os nossos pecados”, disse, “e nEle não há pecado. Qualquer que permanece nEle
não peca; qualquer que peca não O viu nem O conheceu”. 1 João 3:5,6. Se
estivermos em Cristo, se o amor de Deus estiver no coração, nossos sentimentos,
pensamentos e ações estarão em harmonia com a vontade de Deus. O coração
santificado está em harmonia com os preceitos da lei de Deus." Atos dos
Apóstolos, p.315.3

“Pelas quais nos têm doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que
por elas vos torneis coparticipantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção
das paixões que há no mundo.” 2 Pedro 1:4 ARA

"O Salvador tomou sobre Si as enfermidades humanas, e viveu uma vida sem
pecado, a fim de os homens não terem nenhum temor de que, devido à fraqueza da
natureza humana, eles não pudessem vencer. Cristo veio para nos tornar
“participantes da natureza divina”, e Sua vida declara que a humanidade, unida a
Divindade, não comete pecado." Temperança, p.107.1

“Vem o príncipe do mundo”, disse Jesus; “ele nada tem em mim.”Jo 14:30. Nada
havia nEle que correspondesse aos sofismas de Satanás. Ele não consentia com o
pecado. Nem por um pensamento cedia à tentação. O mesmo se pode dar
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conosco. A humanidade de Cristo estava unida à divindade; estava habilitado para o


conflito, mediante a presença interior do Espírito Santo.E veio para nos tornar
participantes da natureza divina.Enquanto a Ele estivermos ligados pela fé, o
pecado não mais terá domínio sobre nós.” Fé Pela a Qual eu Vivo, p.18.3

"Sendo participantes da natureza divina podemos permanecer puros, e santos e


incontaminados." Mensagens Escolhidas Vol. 3, p.131.1

“Que diremos então? Continuaremos pecando para que a graça aumente? De


maneira nenhuma! Nós, os que morremos para o pecado, como podemos continuar
vivendo nele?” Romanos 6:1,2 NVI

“Portanto, não permitam que o pecado continue dominando os seus corpos


mortais, fazendo que vocês obedeçam aos seus desejos.” Romanos 6:12 NVI

“Pois o pecado não os dominará, porque vocês não estão debaixo da lei, mas
debaixo da graça. E então? Vamos pecar porque não estamos debaixo da lei, mas
debaixo da graça? De maneira nenhuma!” Romanos 6:14,15 NVI

“Por isso, assim como Cristo sofreu no corpo, vocês também devem estar prontos,
como ele estava, para sofrer. Porque aquele que sofre no corpo deixa de ser
dominado pelo pecado. Então, de agora em diante, vivam o resto da sua vida aqui
na terra de acordo com a vontade de Deus e não se deixem dominar pelas paixões
humanas. No passado vocês já gastaram bastante tempo fazendo o que os pagãos
gostam de fazer. Naquele tempo vocês viviam na imoralidade, nos desejos carnais,
nas bebedeiras, nas orgias, na embriaguez e na nojenta adoração de ídolos. E agora
os pagãos ficam admirados quando vocês não se juntam com eles nessa vida louca e
imoral e por isso os insultam.” 1 Pedro 4:1-4 NTLH

“Cristo venceu Satanás tornando possível ao homem vencer em benefício dele


próprio, em nome de Cristo. Mas a vitória só pode ser obtida em nome de Cristo,
mediante Sua graça. Quando opresso, quando premido pela tentação, quando os
sentimentos e desejos do coração natural clamam pela vitória, a oração sincera,
fervorosa, insistente, feita em nome de Cristo traz Jesus ao vosso
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lado como auxiliador, e mediante Seu nome obtendes a vitória e Satanás é


derrotado.”

“Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar
com exultação, imaculados diante da sua glória.” Judas 1:24 ARA

“Todo aquele que é salvo precisa ter essa experiência. No dia do juízo, não será
defendido o procedimento do homem que reteve a fraqueza e imperfeição da
humanidade. Para ele não haverá lugar no Céu. Ele não pôde desfrutar a perfeição
dos santos na luz. Quem não tem suficiente fé em Cristo para crer que Ele pode
livrá-lo de pecar, não tem a fé que lhe dará entrada no reino de Deus.” Mensagens
Escolhidas Vol. 3, p.360.4

“Somente o sangue de Cristo pode purificar do pecado. Somente Seu poder pode
livrar o homem de pecar.” Vida de Jesus, p.43.2

“Não vos assentei na poltrona de Satanás, dizendo que não adianta, que não podeis
deixar de pecar, que não há em vós poder para vencer. Não há poder em vós,
separados de Cristo, mas tendes o privilégio de ter Cristo permanentemente em
vosso coração pela fé, e Ele pode vencer o pecado em vós, quando com Ele
cooperardes.” Cuidado de Deus, p.95.2

“Não vos tem sobrevindo tentação que não seja comum aos homens; mas Deus é
fiel, o qual não permitirá que sejais tentados além das vossas forças, mas também
com a tentação proverá o meio de saída para poderdes suportá-la.” 1 Coríntios
10:13 SBB

“Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo.”
1 Coríntios 15:57 ARA

“Todo homem é tentado quando atraído e seduzido por seus próprios desejos. É
desviado do caminho da virtude e do verdadeiro bem ao seguir suas próprias
inclinações. Se os jovens possuíssem integridade moral, as mais poderosas tentações
não teriam efeito sobre eles. É a obra de Satanás tentá-los, mas submeter-se a ele
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depende de vocês. Todas as hostes satânicas não têm o poder de forçar o tentado a
transgredir. Não há desculpa para o pecado!” Mensagens aos Jovens, p.430.1

“Tentações e provas nos virão a todos, mas não precisamos nunca ser derrotados
pelo inimigo. Nosso Salvador venceu em nosso favor. Satanás não é invencível. ...
Cristo foi tentado a fim de saber como ajudar a toda pessoa que houvesse de ser
tentada posteriormente. A tentação não é pecado; este consiste em ceder. Para a
pessoa que confia em Jesus, tentação significa vitória e maior resistência.”
Manuscrito 113, 1902. Nossa Alta Vocação, p. 82.5

“Se você fizer o bem, não será aceito? Mas se não o fizer, saiba que o pecado o
ameaça à porta; ele deseja conquistá-lo, mas você deve dominá-lo.” Genesis 4:7
ACF

“A expulsão do pecado é ato da própria alma. Na verdade, não possuímos


capacidade para livrar-nos do poder de Satanás; mas quando desejamos ser
libertos do pecado e, em nossa grande necessidade, clamamos por um poder fora
de nós e a nós superior, as faculdades da alma são revestidas da divina
energia do Espírito Santo, e obedecem aos ditames da vontade no cumprir o querer
de Deus.” O Desejado de Todas as Nações, p.328.6

"A tentação mais forte não pode desculpar o pecado. Por maior que seja a pressão
exercida sobre a alma, a transgressão é o nosso próprio ato. Não está no poder da
Terra nem do inferno compelir alguém a fazer o mal. Satanás ataca-nos em nossos
pontos fracos, mas não é o caso de sermos vencidos. Por mais severo ou inesperado
que seja o ataque, Deus nos proveu auxílio e em Sua força podemos vencer." Vidas
que Falam, p.108.4

"O que verdadeiramente crê em Cristo, torna-se participante da natureza divina e


tem força de que se pode valer sob qualquer tentação. Não cairá sob a tentação,
nem será deixado a fracassar.” Minha Consagração Hoje, p.256.3

“Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-
nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas. O qual não cometeu pecado, nem
na sua boca se achou engano.”1 Pedro 2:21,22 ACF
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"Veio ao nosso mundo para manter um caráter puro e sem pecado, e para refutar a
mentira de Satanás de que não era possível aos seres humanos guardar a lei de
Deus. Cristo veio viver a lei em Seu caráter humano exatamente na maneira pela
qual todos podem viver a lei na natureza humana se procederem como Cristo
procedeu." Mensagens Escolhidas Vol. 3, p.129.4

“Cristo veio a este mundo para mostrar que, mediante o recebimento de poder do
alto, o homem pode levar vida imaculada.” A Ciência do Bom Viver, p. 25.1

"A vida de obediência do Salvador manteve as reivindicações da lei; provou que a lei
pode ser observada pela humanidade, e mostrou a excelência de caráter que a
obediência havia de desenvolver. Todos quantos obedecem como Ele fez, estão
semelhantemente declarando que a lei é “santa, justa e boa”. Romanos 7:12. O
Desejado de Todas as Nações, p. 211.3

"Enoque teve tentações como nós as temos. Estava cercado por sociedade não mais
favorável à justiça do que a que nos rodeia. A atmosfera que respirava achava-se
envenenada pelo pecado e corrupção, da mesma forma que a nossa; todavia viveu
uma vida de santidade. Estava limpo dos pecados prevalecentes da era em que
viveu. Assim podemos permanecer puros e incontaminados. Era ele um
representante dos santos que vivem em meio dos perigos e corrupções dos últimos
dias. Por sua fiel obediência a Deus foi trasladado. Assim também, os fiéis que se
encontram vivos e permanecem, serão trasladados. Serão retirados de um mundo
pecador e corrupto para as puras alegrias do Céu." Vidas que Falam, p. 25.1

“Todo aquele que, pela fé, obedece aos mandamentos, alcançará o estado de
impecaminosidade no qual Adão viveu antes de sua transgressão.” Signs of the
Times, 23 de Julho de 1902. Nos Lugares Celestiais, p.148.2

“Os que desconfiam do eu, que se humilham diante de Deus, e purificam a alma
pela obediência à verdade, estão recebendo o molde divino, e preparando-se para
receber na fronte o selo de Deus. Quando sair o decreto, e o selo for aplicado, seu
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caráter permanecerá puro e sem mácula para toda a eternidade.” Testemunhos


para a Igreja Vol. 5, p.216.1

“Cristo não só morreu como nosso sacrifício, mas viveu como nosso exemplo. Em
Sua natureza humana, Ele se apresenta completo, perfeito, imaculado. Ser um
cristão é ser como Cristo. Todo o nosso ser, nossa alma, o corpo, o espírito, devem
ser purificados, enobrecidos, santificados, até que reflitamos a Sua imagem e
imitemos o Seu exemplo.” RH, 28/01/1882 EW e HC p.150

Para nós seres caídos, a impecabilidade por condição é possível unicamente ao


dependermos do poder Divino (Trio Celeste) que está acessível a nós através da
justiça comunicada. Mesmo que a impecabilidade por condição seja acessível a nós
hoje, o povo remanescente de Deus alcançará este estágio espiritual no seu clímax,
após o selamento e derramamento da chuva serôdia.

ÚNICA DEFINIÇÃO DE PECADO

O QUE É PECADO?

Mas aquele que tem dúvida é condenado se comer, porque não come com fé; E
TUDO O QUE NÃO PROVÉM DA FÉ É PECADO. Romanos 14:23

QUEM DESPREZA O PRÓXIMO COMETE PECADO, mas como é feliz quem trata com
bondade os necessitados! Provérbios 14:21

O PENSAMENTO DO TOLO É PECADO, e abominável aos homens é o escarnecedor.


Provérbios 24:9

Pensem nisto, pois: QUEM SABE QUE DEVE FAZER O BEM E NÃO O FAZ, COMETE
PECADO. Tiago 4:17
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Todo aquele QUE PRATICA O PECADO TRANSGRIDE A LEI; de fato, O PECADO É A


TRANSGRESSÃO DA LEI. 1 João 3:4

[...] E onde NÃO HÁ LEI, NÃO HÁ TRANSGRESSÃO. Romanos 4:15

[...] Pois, SEM A LEI, O PECADO ESTÁ MORTO. Romanos 7:8

Pois bem, PRECISAMOS COMPREENDER O QUE É O PECADO — a saber, QUE ELE


É A TRANSGRESSÃO DA LEI DE DEUS. Essa é a ÚNICA DEFINIÇÃO dada nas Escrituras.
Fé Obras, p. 50.1

Temos aqui A VERDADEIRA DEFINIÇÃO DO PECADO; ele “é a transgressão da lei”. Fé


e Obras, p.105.2

Que há de levar o pecador ao reconhecimento de seus pecados a não ser que ele
SAIBA O QUE É O PECADO? A ÚNICA DEFINIÇÃO DE PECADO NA PALAVRA DE DEUS
nos é dada em 1 Jo 3:4: “PECADO É O QUEBRANTAMENTO DA LEI.” Nossa Alta
Vocação, p.136.5

Adão foi levado a compreender O QUE O PECADO É: TRANSGRESSÃO DA LEI. Foi-lhe


mostrado que a degenerescência moral, mental e física seria para a raça o resultado
da TRANSGRESSÃO, até que o mundo se encheria com a miséria humana de toda
espécie. Historia da Redenção, p.49.1

O pecado é um intruso, por cuja presença nenhuma razão se pode dar. É misterioso,
inexplicável; DESCULPÁ-LO CORRESPONDE A DEFENDÊ-LO. Se para ele se pudesse
encontrar desculpa, ou mostrar-se causa para a sua existência,
deixaria de ser pecado. Nossa ÚNICA DEFINIÇÃO DE PECADO é a que é dada na
Palavra de Deus; É: “QUEBRANTAMENTO DA LEI”; é o efeito de um princípio em
conflito com a grande lei do amor, que é o fundamento do governo divino. O Grande
Conflito, p. 492.2
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“O PECADO É A TRANSGRESSÃO DA LEI.” ESTA É A ÚNICA DEFINIÇÃO DE PECADO.


SEM A LEI NÃO PODE HAVER TRANSGRESSÃO. “PELA LEI VEM O PLENO
CONHECIMENTO DO PECADO” *Rm 3:20+. O padrão de justiça é sumamente amplo,
proibindo tudo aquilo que é mau. (Ms 27, 1899). Comentário Bíblico Adventista Vol.
7, p. 1061

A TRANSGRESSÃO DA LEI DE DEUS EM QUALQUER CASO, POR MENOR QUE SEJA, É


PECADO. E a não execução da penalidade estipulada para esse pecado seria um
crime na administração divina. Deus é um juiz, o executor da justiça, e esta constitui
a morada e o fundamento de Seu trono. ELE NÃO PODE COLOCAR DE LADO SUA LEI;
Ele não pode passar por alto o mínimo item a fim de condescender com o pecado e
perdoá-lo. A retidão, a justiça e a excelência moral da lei devem ser mantidas e
vindicadas perante o universo celestial e os mundos não caídos. Olhando Para o
Alto [MM 1983], p. 373

OS MANDAMENTOS DE DEUS ABRANGEM MUITO E SÃO DE VASTO ALCANCE; em


poucas palavras desdobram TODO O DEVER DO HOMEM. “Amarás, pois, ao Senhor
teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu
entendimento, e de todas as tuas forças. ... Amarás o teu próximo como a ti
mesmo.” Marcos 12:30-31. NESSAS PALAVRAS SE COMPREENDEM O COMPRIMENTO
E A LARGURA, A PROFUNDIDADE E A ALTURA DA LEI DE DEUS; pois declara Paulo: “O
CUMPRIMENTO DA LEI É O AMOR.” Romanos 13:10. A ÚNICA DEFINIÇÃO DE
PECADO, encontrada na Bíblia, É: “O PECADO É A TRANSGRESSÃO DA LEI.” 1 João
3:4. A Palavra de Deus declara: “Todos pecaram e destituídos estão da glória de
Deus.” Romanos 3:23. “Não há quem faça o bem, não há nem um só.” Romanos
3:12. Muitos se enganam acerca do estado de seu coração. Não entendem que o
coração natural é enganoso mais que todas as coisas, e perverso. Envolvem-se em
sua própria justiça, e satisfazem-se com alcançar sua própria norma humana de
caráter; mas quão fatalmente fracassam quando não alcançam a norma divina, E
POR SI MESMOS NÃO PODEM SATISFAZER AS REIVINDICAÇÕES DE DEUS! Mensagens
Escolhidas Vol. 1, p. 320.1

Em uma viagem por mar, costa acima, de São Francisco a Portland, em junho de
1878, ela entreouviu um passageiro, um pastor, dizendo que “era humanamente
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impossível guardar a lei de Deus; que o homem nunca a guardou e jamais


conseguiria guardá-la. ... Pessoa alguma iria para o Céu guardando a lei. Para a Sra.
White tudo é lei, lei; ela crê que devemos ser salvos pela lei, e ninguém pode ser
salvo a menos que guarde a lei.” Ressentida com a maneira injusta como era
acusada, Ellen White achou que o grupo que ouvia esse pastor devia ouvir as
correções necessárias. Encontrando um momento apropriado, disse ao pastor: “Esta
é uma falsa afirmação. A Sra. White nunca viu as coisas desse modo.” Então
desenvolveu a história bíblica da lei como o espelho que mostra o pecado e Jesus
como o Advogado que nos perdoa. “Pastor Brown, tenha a bondade de nunca mais
tornar a fazer as afirmações errôneas de que não confiamos em Cristo para a
salvação, mas confiamos na lei para ser salvos. Jamais escrevemos uma palavra
sequer nesse sentido, tampouco ensinamos semelhante teoria. CREMOS QUE
NENHUM PECADOR PODE SER SALVO EM SEUS PECADOS (E PECADO É A
TRANSGRESSÃO DA LEI), ENQUANTO VOCÊS ENSINAM QUE O PECADOR PODE SER
SALVO ENQUANTO TRANSGRIDE CONSCIENTEMENTE A LEI DE DEUS.” Recapitulando
este incidente em um artigo de Signs, Ellen White fez referência às palavras de Cristo
em Seu Sermão da Montanha: “Cristo mostra aqui o objetivo de Sua missão: mostrar
por Seu exemplo ao homem que Ele era capaz de ser inteiramente obediente à lei
moral e regular Sua vida por seus preceitos. Essa lei foi exaltada e honrada por Jesus
Cristo.” Signs of the Times, 18 de julho de 1878; ver também 23 de setembro de
1889. Mensageira do Senhor, p. 71-72

QUAL A FUNÇÃO DA LEI?

Que diremos então? A LEI É PECADO? DE MANEIRA NENHUMA! De fato, EU NÃO


SABERIA O QUE É PECADO, A NÃO SER POR MEIO DA LEI. Pois, na realidade, EU NÃO
SABERIA o que é cobiça, SE A LEI NÃO DISSESSE: "Não cobiçarás". Romanos 7:7

Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque PELA
LEI VEM O CONHECIMENTO DO PECADO. Romanos 3:20
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Mas O PECADO, APROVEITANDO A OPORTUNIDADE DADA PELO MANDAMENTO,


produziu em mim todo tipo de desejo cobiçoso. Pois, SEM A LEI, O PECADO ESTÁ
MORTO. Romanos 7:8

A inclinação da carne é inimizade contra Deus, POIS NÃO É SUJEITA À LEI DE DEUS,
nem, em verdade, o pode ser. Romanos 8:7

Pois A CARNE DESEJA O QUE É CONTRÁRIO AO ESPÍRITO; E O ESPÍRITO, O QUE É


CONTRÁRIO À CARNE. ELES ESTÃO EM CONFLITO UM COM O OUTRO, de modo que
vocês não fazem o que desejam. Gálatas 5:17

Sabemos que A LEI É ESPIRITUAL; EU, CONTUDO, NÃO O SOU, pois fui vendido como
escravo ao pecado. Romanos 7:14

Sabemos que A LEI É BOA, SE ALGUÉM A USA DE MANEIRA ADEQUADA. 1 Timóteo


1:8

Por isso digo: VIVAM PELO ESPÍRITO, E DE MODO NENHUM SATISFARÃO OS DESEJOS
DA CARNE. Gálatas 5:16

Aqui está UM ESPELHO PARA O QUAL DEVEMOS OLHAR e, por meio dele,
PROCURAR TODO DEFEITO DE CARÁTER. Mas suponha que você olhe no espelho e
veja muitos defeitos em seu caráter e, depois, saia e diga: “Eu sou justo." Você será
justo? Aos próprios olhos você poderá ser justo e santo. Mas como será diante do
tribunal de Deus? O SENHOR NOS DEU UMA REGRA, E DEVEMOS NOS ADEQUAR A
SUAS EXIGÊNCIAS. Se ousarmos proceder de outra forma, calcá-la a pés e, depois,
nos colocarmos diante de Deus, dizendo: “Eu sou santo, eu sou santo”, estaremos
perdidos no grande dia do ajuste de contas. Que aconteceria se saíssemos para a
rua, sujássemos nossas roupas de lama e, depois, entrássemos em casa; e, olhando
para nossas roupas imundas diante do espelho, disséssemos a ele: “Limpe-me de
minha sujeira”; ele nos limparia? Essa não é a função do espelho. TUDO O QUE ELE
PODE FAZER É REVELAR QUE NOSSAS VESTES ESTÃO SUJAS; ELE NÃO PODE
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REMOVER A SUJEIRA. O MESMO OCORRE COM A LEI DE DEUS. ELA EVIDENCIA OS


DEFEITOS DE CARÁTER. CONDENA-NOS COMO PECADORES, MAS NÃO OFERECE
PERDÃO PARA O TRANSGRESSOR; não pode salvá-lo de seus pecados. Porém, Deus
fez uma provisão. Diz João: "Se [...] alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai,
Jesus Cristo, o Justo” *1Jo 2:1+ Então vamos a Ele, e ali encontramos o caráter de
Jesus, e a justiça de Seu caráter salva o transgressor - se fizemos, de nossa parte,
tudo o que podíamos.
Porém, conquanto salve o transgressor, CRISTO NÃO ABOLE A LEI DE DEUS, mas a
exalta. ELE EXALTA A LEI PORQUE ELA É O AFERIDOR DO PECADO. E é o sangue
purificador de Cristo que tira nossos pecados, quando vamos a Ele em contrição de
alma, buscando Seu perdão. Ele imputa Sua justiça, toma a culpa sobre Si. (Ms 5,
1885). Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p. 1041-1042

TODA A FAMÍLIA HUMANA TRANSGREDIU A LEI DE DEUS, E COMO TRANSGRESSOR


DA LEI, o homem está desesperançadamente arruinado, pois ele é inimigo de Deus,
sem forças para fazer qualquer coisa boa. “A inclinação da carne é inimizade contra
Deus, POIS NÃO É SUJEITA À LEI DE DEUS, nem, em verdade, o pode ser.” Romanos
8:7. Olhando ao espelho moral — a santa lei de Deus — o homem se vê como
pecador, e convence-se de seu estado mau, sua condenação sem esperanças, sob a
justa penalidade da lei. Mas não foi ele abandonado ao estado de miséria sem
esperança, no qual o pecado o mergulhou; pois foi para salvar da ruína o
transgressor que Aquele que era igual a Deus ofereceu Sua vida em holocausto no
Calvário. “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para
que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João
3:16. Mensagens Escolhidas Vol. 1, p. 321.2

QUE HÁ DE LEVAR O PECADOR AO RECONHECIMENTO DE SEUS PECADOS A NÃO SER


QUE ELE SAIBA O QUE É O PECADO? A ÚNICA DEFINIÇÃO DE PECADO NA
PALAVRA DE DEUS NOS É DADA EM 1 JOÃO 3:4: “PECADO É O QUEBRANTAMENTO
DA LEI.” É preciso fazer o pecador sentir QUE É UM TRANSGRESSOR. Cristo a morrer
na cruz do Calvário atrai-lhe a atenção. Por que morreu Cristo? Porque era o único
meio de salvar o homem. ... Ele tomou sobre Si nossos pecados a fim de poder
creditar Sua justiça a todos quantos nEle cressem. ... A bondade e o amor de Deus
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levou o pecador ao arrependimento para com Deus e fé para com nosso Senhor
Jesus Cristo. O pecador despertado... É ENCAMINHADO PARA A LEI QUE
TRANSGREDIU. Ela o chama ao arrependimento, todavia não há propriedade
salvadora na lei para perdoar a transgressão da lei, e seu caso parece
desenganado. A lei, porém, atrai-o a Cristo. Embora profundos seus
pecados de transgressão, o sangue de Cristo pode purificá-lo de todo pecado.
... Nossa Alta Vocação, p. 136.5

QUANDO OCORRE A TRANSGRESSÃO DA LEI?

“QUANDO VOCÊS FICAREM IRADOS, NÃO PEQUEM". Apazigúem a sua ira antes que
o sol se ponha. Efésios 4:26

SE VOCÊS FICAREM COM RAIVA, NÃO DEIXEM QUE ISSO FAÇA COM QUE PEQUEM e
não fiquem o dia inteiro com raiva. Efésios 4:26 NTLH

Cada um, porém, É TENTADO PELA PRÓPRIA COBIÇA, sendo por esta arrastado e
seduzido.
Então a cobiça, tendo engravidado, DÁ À LUZ O PECADO; e o pecado, após ter-se
consumado, gera a morte. Tiago 1:14,15

Assim, AQUELE QUE JULGA ESTAR FIRME, CUIDE-SE PARA QUE NÃO CAIA!
Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ELE
NÃO PERMITIRÁ QUE VOCÊS SEJAM TENTADOS ALÉM DO QUE PODEM SUPORTAR.
Mas, QUANDO FOREM TENTADOS, ELE LHES PROVIDENCIARÁ UM ESCAPE, para que
o possam suportar. 1 Coríntios 10:12,13

A verdade como é em Jesus se constitui uma muralha de fogo ao redor da alma que
a Ele se apega. AS TENTAÇÕES SERÃO DESPEJADAS SOBRE NÓS; pois por elas
devemos ser provados durante nosso tempo de graça na Terra. Esta é a prova de
Deus, uma revelação de nosso próprio coração. NÃO HÁ PECADO EM SER TENTADO;
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mas O PECADO OCORRE QUANDO SE CAI EM TENTAÇÃO. Testemunhos Para a Igreja


Vol. 4, p. 357.4

Tentações e provas virão a todos nós, MAS NÃO PRECISAMOS SER DERROTADOS
PELO INIMIGO. Nosso Salvador venceu em nosso favor. SATANÁS NÃO É
INVENCÍVEL. Dia após dia enfrenta aqueles que estão sendo provados, esforçando-
se, mediante suas ciladas, por obter a supremacia sobre eles. Seu poder acusador é
grande, e é nesse aspecto que ele obtém mais vitórias do que em qualquer outro.
Cristo foi tentado para que pudesse saber como ajudar cada pessoa que fosse dali
em diante tentada. A TENTAÇÃO NÃO É PECADO; O PECADO CONSISTE EM CEDER.
PARA A PESSOA QUE CONFIA EM JESUS, TENTAÇÃO SIGNIFICA VITÓRIA E FORÇA
AINDA MAIOR. Cristo Triunfante, p. 217

Há pensamentos e sentimentos sugeridos e despertados por Satanás, que afetam


mesmo o melhor dos homens; mas SE ESSES NÃO SÃO NUTRIDOS, se eles SÃO
REPELIDOS como odiosos, a alma NÃO É CONTAMINADA COM A culpa, e ninguém é
poluído por sua influência. Review and Herald, 27 de março de 1888

Poder contra a tentação . “E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta
esperança, assim como Ele é puro” (1Jo 3:3).
Acaso quer esse texto dizer que o homem pode remover de sua vida uma mancha de
pecado? Não. O QUE SIGNIFICA ENTÃO PURIFICAR-SE A SI MESMO? Quer dizer
OLHAR À GRANDE E DIVINA NORMA MORAL DE JUSTIÇA, A SANTA LEI DE DEUS, e
VER que é um pecador em face dessa lei. “Todo aquele que pratica o pecado
também transgride a Lei, PORQUE O PECADO É A TRANSGRESSÃO DA LEI. Sabeis
também que Ele Se manifestou para tirar os pecados, e nEle não existe pecado" (1Jo
3:4, 5). É por meio da FÉ EM JESUS CRISTO que a verdade é aceita no coração, e o
INSTRUMENTO HUMANO É PURIFICADO E LIMPO. [...] Ele tem um princípio
permanente na alma, que O CAPACITA A VENCER A TENTAÇÃO. “TODO AQUELE QUE
PERMANECE NELE NÃO VIVE PECANDO” *1Jo 3:6+. DEUS TEM PODER PARA
GUARDAR A PESSOA que está em Cristo, mas se encontra sob tentação. [...] A
simples profissão de piedade é sem valor. É O QUE PERMANECE EM CRISTO QUE É
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CRISTÃO. [...] A menos que a mente de Deus se torne a mente do homem, todo
esforço de purificar-se a si mesmo será inútil; pois é impossível elevar o homem a
não ser pelo conhecimento de Deus. Os homens podem revestir-se do brilho
exterior, e serem como os fariseus a quem Jesus descreve como “sepulcros caiados”
(Mt 23:27), cheios de corrupção e ossos de mortos. Mas toda a deformidade do
caráter é patente Àquele que julga retamente, e a menos que a verdade se ache
plantada no coração, não pode controlar a vida. O limpar o exterior do copo jamais o
fará limpo no interior. Uma aceitação nominal da verdade serve, até certo ponto, e a
capacidade de dar a razão de nossa fé é uma boa realização, mas se a verdade não
for mais fundo que isso, a alma jamais se salvará. O CORAÇÃO DEVE SER PURIFICADO
DE TODA CONTAMINAÇÃO MORAL. (Carta 13, 1893; Nossa Alta Vocação [MM
1962], 140). Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p. 1060-1061

O pecado da maledicência COMEÇA COM A ALIMENTAÇÃO DE MAUS


PENSAMENTOS. A malícia inclui a impureza em todas as suas formas. Um
PENSAMENTO IMPURO TOLERADO, UM DESEJO PECAMINOSO ACARICIADO, e a
pessoa é contaminada e sua integridade comprometida. “Depois, havendo a
concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a
morte.” Tiago 1:15. SE NÃO QUISERMOS COMETER PECADO, temos de EVITAR SEU
PRINCÍPIO. Cada emoção e desejo tem de ser MANTIDO EM SUJEIÇÃO À RAZÃO E À
CONSCIÊNCIA. TODO pensamento pecaminoso TEM DE SER INSTANTANEAMENTE
REPELIDO. Para a câmara de oração, seguidores de Cristo! OREM COM FÉ E DE TODO
O CORAÇÃO. Satanás está vigilante, para lhes enlaçar os pés. VOCÊS PRECISAM TER
SOCORRO DO ALTO, se querem escapar de seus ardis. Testemunhos Para a Igreja,
vol. 5, pág. 177.1

COM FÉ E ORAÇÃO TODOS PODEM satisfazer os requisitos do evangelho. NENHUM


HOMEM PODE SER FORÇADO A TRANSGREDIR. É preciso primeiro obter SEU
PRÓPRIO CONSENTIMENTO; a pessoa tem de PROPOR-SE A PRATICAR O ATO
PECAMINOSO, antes de a paixão poder dominar a razão, ou a iniqüidade triunfar
sobre a consciência. A TENTAÇÃO, POR FORTE QUE SEJA, NUNCA É DESCULPA PARA
O PECADO. “Os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os Seus ouvidos atentos ao
seu clamor.” Salmos 34:15. CLAMA AO SENHOR, SE VOCÊ ESTÁ SENDO TENTADO!
Basta lançar-se, desamparado, indigno, sobre Jesus, e reclamar-Lhe a promessa. O
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Senhor ouvirá. Ele sabe quão fortes são as inclinações do coração natural, e ajudará
em cada ocasião de tentação. Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, pág. 177.2

Caiu você em pecado? Então, sem demora, procure de Deus a misericórdia e o


perdão. Quando Davi foi convencido de seu pecado, DERRAMOU SUA ALMA EM
PENITÊNCIA E HUMILHAÇÃO diante de Deus. Sentiu que poderia suportar a perda da
coroa, mas não ficar privado do favor divino. A misericórdia é ainda oferecida ao
pecador. O Senhor nos chama em todos os nossos extravios: “Voltai, ó filhos
rebeldes, Eu curarei as vossas rebeliões.” Jeremias 3:22. A bênção de Deus pode ser
nossa se ouvirmos a suplicante voz de Seu Espírito. “Como um pai se compadece de
seus filhos, assim o Senhor Se compadece daqueles que O temem.” Salmos
103:13. Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, pág. 177.3

Disse o anjo: “Vocês entenderão, mas não ainda, não ainda.” E disse mais: “Se
houvesse luz a respeito e essa luz fosse rejeitada, então haveria condenação e o
desagrado divino, mas, antes que a luz venha não há pecado, pois não existe luz
rejeitada.” Testemunhos Para a Igreja Vol. 1, p. 116.1

O QUE É A LEI DE DEUS?

A tua justiça é uma justiça eterna, e A TUA LEI É A VERDADE. Salmos 119:142

Santifica-os na tua verdade; A TUA PALAVRA É A VERDADE. João 17:17

A minha língua FALARÁ DA TUA PALAVRA, pois TODOS OS TEUS MANDAMENTOS


SÃO JUSTIÇA. Salmos 119:172

E assim a LEI É SANTA, E O MANDAMENTO SANTO, JUSTO E BOM. Romanos 7:12

Tenho visto que todas as coisas têm o seu limite, mas O TEU MANDAMENTO SE
APLICA A TUDO. Salmos 119:96 NTLH

Vi que há um termo em toda perfeição, mas VOSSA LEI SE ESTENDE SEM LIMITES.
Salmos 119:96 Versão Católica

"Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?" Respondeu Jesus: " ‘Ame o Senhor, o
seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento’.
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Este é o primeiro e maior mandamento.E o segundo é semelhante a ele: ‘Ame o seu


próximo como a si mesmo’. DESTES DOIS MANDAMENTOS DEPENDEM TODA A LEI E
OS PROFETAS". Mateus 22:36-40

ESTA É A PALAVRA do Deus vivo. A LEI é o grande espelho moral de Deus. O homem
deve comparar suas palavras, seu espírito e seus atos COM A PALAVRA DE DEUS. [...]
Verdadeira RELIGIÃO SIGNIFICA VIVER A PALAVRA NA VIDA PRÁTICA. Sua profissão
não tem valor algum sem o cumprimento prático da Palavra. (Ms 7, 1898).
Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p. 1041

A LEI E O EVANGELHO ANDAM DE MÃOS DADAS. Um é o complemento do outro. A


lei sem a fé no evangelho de Cristo não pode salvar o transgressor da lei. O
evangelho sem a lei é ineficiente e destituído de poder. A LEI E O EVANGELHO
FORMAM UM TODO PERFEITO. O Senhor Jesus pôs o fundamento do edifício, e lança
“a primeira pedra com aclamações: Graça, graça a ela”. Zacarias 4:7. Ele é o Autor e
Consumador de nossa fé, o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, o primeiro e o
último. OS DOIS UNIDOS — o evangelho de Cristo e a lei de Deus — PRODUZEM O
AMOR E A FÉ NÃO FINGIDOS. — Manuscrito 53, 1890. Nossa Alta Vocação, p. 137.1

Diz o salmista: “A lei do Senhor é perfeita.” Salmos 19:7. Quão maravilhosa em sua
simplicidade, SUA AMPLIDÃO e perfeição, é a lei de Jeová! É tão breve que
facilmente podemos decorar cada um de seus preceitos, E TODAVIA TÃO VASTA QUE
EXPRIME TODA A VONTADE DE DEUS, e toma conhecimento, não só das ações
exteriores, mas dos pensamentos e intentos, dos desejos e emoções do coração.
Não podem fazer isso as leis humanas. Só podem tratar das ações exteriores. Pode
um homem ser transgressor, e no entanto esconder dos olhos humanos os seus
maus atos; pode ele ser criminoso — ladrão, assassino ou adúltero — mas enquanto
não for descoberto, não o pode a lei condenar como culpado. A LEI DE DEUS
DENUNCIA O CIÚME, A INVEJA, O ÓDIO, A MALIGNIDADE, A VINGANÇA, A
CONCUPISCÊNCIA E A AMBIÇÃO que emergem da alma, mas não encontraram
expressão em ato exterior, porque faltou ocasião, e não vontade. E essas emoções
pecaminosas serão tomadas em conta no dia em que “Deus há de trazer a juízo toda
a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom quer seja mau”. Eclesiastes
12:14.” Mensagens Escolhidas Vol. 1, p. 217
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SEREMOS JULGADOS POR PECAR OU POR TER NASCIDO COM NATUREZA


PECAMINOSA?

Bem-aventurados AQUELES QUE GUARDAM OS SEUS MANDAMENTOS, para que


TENHAM DIREITO à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas.
Apocalipse 22:14

Falem e ajam como quem vai SER JULGADO PELA LEI da liberdade. Tiago 2:12

Contudo, por causa da sua teimosia e do seu coração obstinado, você está
acumulando ira contra si mesmo, para o dia da ira de Deus, quando se revelará o seu
justo julgamento. Deus "RETRIBUIRÁ A CADA UM CONFORME O SEU
PROCEDIMENTO".
Ele dará vida eterna aos que, PERSISTINDO EM FAZER O BEM, buscam glória, honra e
imortalidade. Romanos 2:5-7

Todo aquele que pecar sem a lei, sem a lei também perecerá, e todo aquele que
pecar sob a lei, PELA LEI SERÁ JULGADO. Porque não são os que ouvem a Lei que são
justos aos olhos de Deus; mas OS QUE OBEDECEM À LEI, ESTES SERÃO DECLARADOS
JUSTOS. (De fato, quando os gentios, QUE NÃO TÊM A LEI, PRATICAM
NATURALMENTE O QUE ELA ORDENA, TORNAM-SE LEI PARA SI MESMOS, embora
não possuam a lei; pois MOSTRAM QUE AS EXIGÊNCIAS DA LEI ESTÃO GRAVADAS EM
SEUS CORAÇÕES. Disso dão testemunho também a CONSCIÊNCIA E OS
PENSAMENTOS DELES, ORA ACUSANDO-OS, ORA DEFENDENDO-OS.) Isso
ACONTECERÁ NO DIA EM QUE DEUS JULGAR OS SEGREDOS DOS HOMENS, mediante
Jesus Cristo, conforme o declara o meu evangelho. Romanos 2:12-16

Quem me rejeitar a mim, e não receber as minhas palavras, já tem quem o julgue; A
PALAVRA QUE TENHO PREGADO, ESSA O HÁ DE JULGAR no último dia. João 12:48

E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os


livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E OS MORTOS FORAM JULGADOS
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PELAS COISAS QUE ESTAVAM ESCRITAS NOS LIVROS, SEGUNDO AS SUAS


OBRAS. Apocalipse 20:12

A OBRA DE CADA UM SE MANIFESTARÁ; na verdade o dia a declarará, porque pelo


fogo será descoberta; e O FOGO PROVARÁ QUAL SEJA A OBRA DE CADA UM. 1
Coríntios 3:13

E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, JULGA SEGUNDO A OBRA
DE CADA UM, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação, 1
Pedro 1:17

E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que
neles havia; E FORAM JULGADOS CADA UM SEGUNDO AS SUAS
OBRAS. Apocalipse 20:13

Agora que já se ouviu tudo, aqui está a conclusão: TEMA A DEUS E GUARDE OS SEUS
MANDAMENTOS, POIS ISSO É O ESSENCIAL PARA O HOMEM.
Porque DEUS HÁ DE TRAZER A JUÍZO TODA A OBRA, e até tudo o que está
encoberto, quer seja bom, quer seja mau. Eclesiastes 12:13,14

Para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, POR TODAS AS
SUAS OBRAS DE IMPIEDADE, que impiamente COMETERAM, e por todas as duras
palavras que ímpios pecadores disseram contra ele. Judas 1:15

Não multipliqueis palavras de altivez, nem saiam coisas arrogantes da vossa boca;
porque o Senhor é o Deus de conhecimento, e POR ELE SÃO AS OBRAS PESADAS NA
BALANÇA. 1 Samuel 2:3

Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e ENTÃO
DARÁ A CADA UM SEGUNDO AS SUAS OBRAS. Mateus 16:27
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Porque TODOS DEVEMOS COMPARECER ANTE O TRIBUNAL DE CRISTO, para que


CADA UM RECEBA SEGUNDO O QUE TIVER FEITO por meio do corpo, ou bem, ou
mal. 2 Coríntios 5:10

E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, PARA DAR A CADA UM
SEGUNDO A SUA OBRA. Apocalipse 22:12

E A CONDENAÇÃO É ESTA: Que a LUZ veio ao mundo, e OS HOMENS AMARAM MAIS


AS TREVAS DO QUE A LUZ, porque as suas OBRAS eram más. Porque todo aquele
que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que AS SUAS OBRAS NÃO
SEJAM REPROVADAS. João 3:19,20

Foi-nos concedida GRANDE LUZ A RESPEITO DA LEI DE DEUS. ESTA LEI É O PADRÃO
DO CARÁTER. Requer-se agora QUE O HOMEM VIVA DE ACORDO COM ELA, e
SEREMOS JULGADOS POR ESSA LEI NO ÚLTIMO GRANDE DIA. Nesse dia OS HOMENS
SERÃO TRATADOS SEGUNDO A LUZ QUE RECEBERAM. Review and Herald, 1º de
janeiro de 1901

Muitos que não tiveram os privilégios que nós tivemos entrarão no Céu antes dos
que tiveram grande luz mas não andaram nela. Muitos VIVERAM DE ACORDO COM A
MELHOR LUZ QUE TIVERAM, e SERÃO JULGADOS EM CONFORMIDADE COM ISSO.
Carta 36, 1895

Todos terão de esperar pelo tempo designado, até que as advertências tenham ido a
todas as partes do mundo, ATÉ QUE SUFICIENTE LUZ E EVIDÊNCIAS TENHAM SIDO
DADAS A CADA PESSOA. Alguns terão menos luz do que outros, mas CADA UM SERÁ
JULGADO DE ACORDO COM A LUZ RECEBIDA. Manuscrito 77, 1899

Julgados de acordo com a luz. OS INDIVÍDUOS NÃO SERÃO JULGADOS PELA LUZ QUE
NUNCA TIVERAM. Mas aqueles que guardaram o domingo, cuja atenção foi chamada
para esse erro, mas que NÃO QUISERAM ABRIR OS OLHOS PARA CONTEMPLAR AS
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MARAVILHAS DA LEI, SERÃO JULGADOS DE ACORDO COM A LUZ QUE CHEGOU ATÉ
ELES. RH, 13/09/1898. Comentário Bíblico Adventista Vol. 5, p. 1280

NINGUÉM SERÁ CONDENADO POR NÃO FAZER CASO DA LUZ E DO CONHECIMENTO


QUE NUNCA TEVE E NÃO PÔDE OBTER. Muitos, porém, RECUSAM OBEDECER À
VERDADE que lhes é apresentada pelos embaixadores de Cristo, PORQUE DESEJAM
ACOMODAR-SE AO PADRÃO DO MUNDO, e a verdade que alcançou seu
entendimento, A LUZ QUE RESPLANDECEU NA ALMA, CONDENÁ-LOS-Á NO JUÍZO.
Eventos Finais, p. 217, 218. Comentário Bíblico Adventista Vol. 5, p. 1280

Os que têm oportunidade de ouvir e compreender a verdade, mas não se esforçam


por fazê-lo, pensando que se não a ouvirem não serão responsáveis, SERÃO
CONSIDERADOS CULPADOS PERANTE DEUS, da mesma forma que se a tivessem
ouvido e rejeitado. Não haverá desculpa para os que preferem continuar no erro,
quando poderiam compreender o que é verdade. Em Seus sofrimentos e morte,
JESUS FEZ EXPIAÇÃO POR TODOS OS PECADOS DE IGNORÂNCIA, mas não foi tomada
nenhuma providência para a cegueira voluntária. NÃO SEREMOS CONSIDERADOS
RESPONSÁVEIS PELA LUZ QUE NÃO ATINGIU NOSSA PERCEPÇÃO, MAS PELA LUZ A
QUE RESISTIMOS E PELA QUE REJEITAMOS. Um homem não poderia compreender a
verdade que nunca lhe foi apresentada e NÃO PODE, PORTANTO, SER CONDENADO
PELA LUZ QUE NUNCA TEVE. Mas se ele teve a oportunidade de ouvir a mensagem e
de conhecer a verdade, MAS RECUSOU-SE a aproveitá-la, estará entre aqueles de
quem Cristo disse: “Não quereis vir a Mim para terdes vida.” Aqueles que
deliberadamente se colocam onde não terão oportunidade de ouvir a verdade, serão
contados entre os que ouviram a verdade e persistentemente resistiram às
evidências desta. Eventos Finais, p. 218; RH, 25/04/1893. Comentário Bíblico
Adventista Vol. 5, p. 1280

Nas balanças do santuário há de ser pesada a Igreja Adventista do Sétimo Dia. ELA
SERÁ JULGADA PELOS PRIVILÉGIOS E VANTAGENS QUE TEM GOZADO. Se sua
experiência espiritual não corresponde às vantagens que, a preço infinito, Cristo lhe
concedeu; se as bênçãos que lhe foram conferidas não a habilitarem PARA FAZER A
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OBRA que lhe foi confiada, sobre ela será pronunciada a sentença: “Achada em
falta”. PELA LUZ QUE LHE FOI CONCEDIDA, pelas oportunidades dadas, SERÁ ELA
JULGADA. ... Eventos Finais, p. 59.3

Que ninguém diga que nossas obras nada têm que ver com nossa categoria e
posição diante de Deus. NO JUÍZO, A SENTENÇA PRONUNCIADA SERÁ DE ACORDO
COM O QUE TENHA SIDO FEITO OU DEIXADO DE FAZER. Mateus 25:34-40. -
Reavivamento Verdadeiro, p. 37.5

A LEI DE DEUS É TÃO SAGRADA COMO SEU TRONO, E POR ELA SERÁ JULGADO TODO
HOMEM QUE VEM AO MUNDO. NÃO HÁ OUTRA NORMA PELA QUAL PROVAR O
CARÁTER. “Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva”. Isaías
8:20. ORA, SERÁ O CASO RESOLVIDO SEGUNDO A PALAVRA DE DEUS, ou hão de as
pretensões humanas receber crédito? Cristo diz: “Pelos seus frutos os
conhecereis”. Mateus 7:20. — Mensagens Escolhidas 2:50. Reavivamento
Verdadeiro, p. 50.4

SE MORRER UM BEBÊ, MORRE CULPADO E CONDENADO?

Os pais não morrerão pelos filhos, nem os filhos pelos pais; CADA UM MORRERÁ
PELO SEU PECADO. Deuteronômio 24:16

"Contudo, vocês perguntam: ‘POR QUE O FILHO NÃO PARTILHA DA CULPA DE SEU
PAI?’ Uma vez que o filho FEZ O QUE É JUSTO E DIREITO e teve o cuidado DE
GUARDAR TODOS OS MEUS DECRETOS, com certeza ele VIVERÁ.
AQUELE QUE PECAR É QUE MORRERÁ. O FILHO NÃO LEVARÁ A CULPA DO PAI, nem o
pai levará a culpa do filho. A JUSTIÇA DO JUSTO LHE SERÁ CREDITADA, e a
IMPIEDADE DO ÍMPIO LHE SERÁ COBRADA. Ezequiel 18:19,20
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Mas as crianças que vocês disseram que seriam levadas como despojo, OS SEUS
FILHOS QUE AINDA NÃO DISTINGUEM ENTRE O BEM E O MAL, eles entrarão na
terra. Eu a darei a eles, e eles tomarão posse dela. Deuteronômio 1:39

E não somente esta, mas também Rebeca, quando concebeu de um, de Isaque,
nosso pai;
Porque, NÃO TENDO ELES AINDA NASCIDO, NEM TENDO FEITO BEM OU MAL (para
que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, NÃO POR CAUSA DAS
OBRAS, mas por aquele que chama). Romanos 9:10,11

Naquele momento os discípulos chegaram a Jesus e perguntaram: "Quem é o maior


no Reino dos céus?" Chamando uma CRIANÇA, colocou-a no meio deles, e disse: "Eu
lhes asseguro que, a não ser que vocês SE CONVERTAM E SE TORNEM COMO
CRIANÇAS, JAMAIS ENTRARÃO no Reino dos céus. Portanto, quem SE FAZ HUMILDE
COMO ESTA CRIANÇA, este é o maior no Reino dos céus. Mateus 18:1-4

Jesus, porém, disse: Deixai AS CRIANÇAS e não as impeçais de virem a mim, porque
DE TAIS É O REINO DOS CÉUS. Mateus 19:14

Mas Deus, NÃO TENDO EM CONTA OS TEMPOS DA IGNORÂNCIA, anuncia agora a


todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam; Atos 17:30

LÁ ESTARÃO AS CRIANÇAS. Nunca terão lutas nem discórdias. Seu amor será ardente
e santo. Também terão na cabeça uma coroa de ouro, e uma harpa nas mãos, e seus
rostinhos, que aqui vemos, tantas vezes atribulados e perturbados, irradiarão santa
alegria, expressão de sua perfeita liberdade e felicidade. — Minha Consagração
Hoje, 357 (Meditações Matinais, 1953). Visões do Céu, p. 84.3

É inevitável que os filhos sofram as conseqüências das más ações dos pais, mas NÃO
SÃO CASTIGADOS PELA CULPA DELES, A NÃO SER QUE PARTICIPEM DE SEUS
PECADOS. Dá-se, entretanto, em geral o caso de os filhos andarem nas pegadas de
seus pais. Por herança e exemplo os filhos se tornam participantes do pecado do
pai. Más tendências, apetites pervertidos e moral vil, assim como enfermidades
físicas e degeneração, são transmitidos como um legado de pai a filho, até a
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terceira e quarta geração. Esta terrível verdade deveria ter uma força solene para
restringir os homens de seguirem uma conduta de pecado. Patriarcas e Profetas, p.
215.4

INDAGAIS QUANTO A SEREM SALVOS VOSSOS PEQUENOS. São vossa resposta as


palavras de Cristo: “Deixai vir a Mim os meninos, e não os impeçais, porque de tais é
o reino de Deus.” Lucas 18:16. Mensagens Escolhidas Vol. 2, p. 259.3

Lembrai-vos da profecia: “Assim diz o Senhor: Uma voz se ouviu em Ramá,


lamentação, choro amargo; Raquel chora seus filhos, sem admitir consolação por
eles. ... Assim diz o Senhor: Reprime a tua voz de choro, e as lágrimas de teus olhos;
porque há galardão para o teu trabalho, diz o Senhor, POIS ELES VOLTARÃO DA
TERRA DO INIMIGO. E há esperança no derradeiro fim para os teus descendentes,
diz o Senhor, PORQUE TEUS FILHOS VOLTARÃO PARA OS SEUS TERMOS.” Jeremias
31:15-17. Mensagens Escolhidas Vol. 2, p. 259.4

ESTA PROMESSA VOS PERTENCE. Podeis confortar-vos e confiar no Senhor. O Senhor


muitas vezes me instruiu de que muitos pequeninos hão de ser removidos antes do
tempo de angústia. HAVEMOS DE VER DE NOVO NOSSOS FILHOS. HAVEMOS DE
ENCONTRAR-NOS COM ELES E RECONHECÊ-LOS NAS CORTES CELESTES. Ponde vossa
confiança no Senhor, e não temais. — Carta 196, 1899. Mensagens Escolhidas Vol.
2, p. 259.5

AO SURGIREM OS PEQUENOS, IMORTAIS, de seu leito poento, imediatamente


seguirão caminho, voando, para os braços maternos. Reencontrar-se-ão, para nunca
mais se separarem. MUITOS DOS PEQUENINOS, PORÉM, NÃO TERÃO MÃE ALI. Em
vão nos pomos à escuta do arrebatador cântico de triunfo por parte da mãe. Os
anjos acolherão OS PEQUENINOS SEM MÃE e os conduzirão para junto da árvore da
vida. Mensagens Escolhidas Vol. 2, p. 260.1

JESUS LHES COLOCA O ÁUREO CÍRCULO DE LUZ, A COROA, SOBRE AS CABECINHAS.


Conceda Deus que a querida mãe de “Eva” ali esteja, para que suas pequeninas asas
se dobrem no alegre seio de sua mãe. — The Youth’s Instructor, Abril de
1858. Mensagens Escolhidas Vol. 2, p. 260.2

Quanto ao caso de A, vós o encarais como é agora e deplorais sua simplicidade. ELE
NÃO TEM CONSCIÊNCIA DO PECADO. A graça de Deus removerá toda essa
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imbecilidade hereditária e transmitida, E ELE TERÁ UMA HERANÇA ENTRE OS


SANTOS NA LUZ. A vós o Senhor concedeu sanidade mental. Pelo que diz respeito à
faculdade do raciocínio, A É UMA CRIANÇA, mas possui também a submissão e a
obediência de uma criança. — Manuscript Releases 8:210. Eventos Finais, p. 293.4

PECADO E JULGAMENTO SEGUNDO A TEOLOGIA


ADVENTISTA

O conceito hamartiológico da Bíblia deixa, assim, bem claro que pecado não é o
resultado de ignorância, deficiência humana, imperfeição racional, ou finitude
corporal, mas é um ato voluntário pelo qual a lei de Deus para a existência
humana é desafiada, desobedecida e frustrada. Essa ênfase não pode ser passada
por alto, se quisermos levar a queda a sério; pois no Éden não vemos um par
imperfeito, mas um casal de seres humanos, recém-saídos das mãos do Criador,
dotados de toda a bondade, coroados com a plenitude moral e espiritual, sem
qualquer propensão para o mal. Adão e Eva eram filhos de Deus (Is 1:2), mas filhos
que, por sua escolha deliberada e rebelde, puseram-se aquém das expectativas
divinas. Tratado de Teologia Adventista, p. 279

Pecado como Transgressão: “Todo aquele que pratica o pecado também transgride
a lei, porque o pecado é a transgressão da lei” (1Jo 3:4). João resume a idéia bíblica
de que pecado (hamartia) é “transgressão da lei” [anomia], “iniquidade” (ARG). Ao
associar hamartia com anomia, o apóstolo sublinha o papel central da lei na
definição de pecado. Pecado não é simplesmente um ato de fracasso humano; é um
ato de rebelião contra a lei de Deus. A lei de Deus é um transcrito do caráter de
Deus. Ela define quem é Deus e o que Ele espera de Suas criaturas. Seu caráter
divino de amor, justiça e santidade, transcrito na forma dos dez mandamentos,
constitui a norma específica pela qual as pessoas devem viver a vida e serem
julgadas. Viver de acordo com os parâmetros dessa lei é viver em perfeito
relacionamento com o Doador da lei. É esse princípio que revela a seriedade da
exigência de Deus a Adão e Eva. Embora a lei ainda não tivesse sido escrita na forma
dos dez mandamentos, a exigência imposta sobre Adão e Eva refletia a norma divina
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para a vida humana. O pecado dos nossos progenitores foi um pecado de rebelião
contra essa lei. Eles cometeram iniqüidade. Tratado de Teologia Adventista, p. 279

Paulo também relaciona o pecado com a lei, e afirma que onde não houver lei
também não pode haver pecado (Rm 5:13). O pecado não pode ser entendido pelo
que ele é, a menos que seja colocado no contexto de um Universo moral, governado
pela lei do Criador. E por isso que a gravidade e a especificidade do pecado residem
na escolha de ir contra a lei de Deus, de tolerar a “iniqüidade” e afirmar que a vida
pode ser vivida independentemente de Deus. A gravidade do pecado como
“iniqüidade” também é observada em 2 Tessalonicenses 2:7 e 8, onde Paulo o
personifica na descrição do Anticristo como o “iníquo”. Assim sendo, aqueles que
pecam não têm em sua vida lugar para Aquele que decretou a lei. O pecado, por ser
iniqüidade, torna-se impiedade. Tratado de Teologia Adventista, p. 279

Adão pecou. Sou pecador por causa daquilo que ele fez? Ou sou pecador devido a
meus próprios pecados? Tratado de Teologia Adventista, p. 288

A tendência para pecar ou a tentação para pecar não é pecado. Essas coisas não
constituem rebelião contra Deus. Ceder ao pecado e cometer o ato pecaminoso,
transgredindo assim a lei de Deus, isto sim nos aliena do Senhor e nos torna
culpados diante dEle. Somos responsabilizados pelo nosso próprio pecado, mas,
graças a Deus, é-nos oferecido perdão para os pecados e somos aceitos perante
Deus porque a graça reina “pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo,
nosso Senhor” (v. 21). Tratado de Teologia Adventista, p. 289

Os adventistas não enfatizam a idéia de pecado original no sentido de se atribuir


"pessoal e individualmente aos descendentes de Adão uma culpa moral por causa
do pecado dele [Adão]. Ao contrário, enfatizam que o pecado de Adão trouxe como
resultado a condição de alienação de Deus na qual todo ser humano nasce. Essa
alienação envolve uma tendência inerente para cometer pecado” (Neufeld, 1351).
Tratado de Teologia Adventista, p. 298 e 299

Invalidar a lei moral teria sido uma forma superficial de eliminar o pecado. Nesse
caso, o sacrifício de Cristo na cruz não teria sido necessário. Mas a realidade da
crucificação comprova que Deus não aboliu a lei moral. Ela continua definindo o
pecado: “É a lei pecado? De modo nenhum! Mas eu não teria conhecido o pecado,
senão por intermédio da lei” (Rm 7:7). A lei define o pecado como desobediência a
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Deus, caracteriza o pecado como ofensivo e qualifica o estado dos seres humanos
como deliberada rebelião contra Deus.
Antes de Deus promulgar a lei moral para Israel na forma escrita, existia pecado no
mundo. Adão e Eva haviam desobedecido a um mandamento instituído por Deus
(Rm 5:13, 14). O pecado já estava definido, pois eles conheciam a lei. Pecado é
desobediência a Deus, pois o conhecimento do pecado dá-se “pela lei” (Rm 3:20).
A lei torna o pecado mais ofensivo - “sobreveio a lei para que avultasse a ofensa”
(Rm 5:20). O pecado se tornou um ato consciente de desobediência a
mandamentos específicos, e as intenções da carne ficaram plenamente visíveis (Gl
5:17-19). Até mesmo a quantidade de pecado aumentou. A revelação do
mandamento desafiou o pecado, que reagiu se tornando mais ativo (Rm 7:9),
produzindo mais desejos maus (v. 8) e fazendo pessoas bem intencionadas se
desencaminharem pelo engano (v. 11). Assim como fez com Eva, Satanás utiliza, ao
tentar, o mandamento como uma provocação para pecar e como um instrumento
de condenação (Gn 3:3).
A lei é “a força do pecado” (1Co 15:56). Ela torna o pecado um ato de voluntária
rebelião contra Deus. Visto que a lei fornece informação sobre o pecado, qualquer
pecado se torna um manifesto ato da vontade pecaminosa contra Deus, um ato de
rebelião. O pecado é uma rebelião formal — "transgressão” ou falta de
conformidade com a lei (1Jo 3:4) e uma rebelião espiritual — um ato de
deslealdade contra Deus e uma negação dEle (Rm 14:23; Tt 1:15, 16).
Devido à sua capacidade de definir pecado, a lei também pode convencer do
pecado. Embora a lei não traga justificação (Rm 3:20), apenas ira (Rm 4:15) e
condenação, ainda assim desempenha o papel de “aio" (ou “pedagogo”, ARC) para
nos conduzir a Cristo (Gl 3:22-24). O fim/objetivo da lei é Jesus Cristo, “para justiça
de todo aquele que crê” (Rm 10:4). Tratado de Teologia Adventista, p. 516-517

As Escrituras ensinam a realidade de um juízo final porvir (Mt 12:36, 37; Rm 14:10-
12; 2Co 5:10). Embora a salvação seja pela fé na morte de Cristo sobre a cruz, o juízo
se baseia na lei: “Falai de tal maneira e de tal maneira procedei como aqueles que
hão de ser julgados pela lei da liberdade” (Tg 2:12; ver Juízo.)
A lei julga em duas etapas. No presente, condena os malfeitores como
transgressores da lei (Tg 2:9); no futuro, os condenará como pecadores (v. 11, 12).
O dia do juízo será tempo de “castigo” (2Pe 2:9) e “destruição” dos ímpios (2Pe 3:7).
Mas um tempo de libertação e vindicação para os que permanecem fiéis a Deus (1Jo
4:17).
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Uma pessoa pode perder a liberdade de duas maneiras: violando a lei ou


considerando as obras da lei como justiça própria, deixando assim de ser justificado
(Gl 2:16). Contudo, a escravidão não provém da lei. Escravidão é consequência da
submissão ao pecado (Rm 6:16-19). Tiago apresenta o decálogo como “uma lei
real”, uma "lei de liberdade”, a norma do juízo final (Tg 2:8-12). A vindicação no
juízo não provém de obras, mas de misericórdia, porque a "misericórdia triunfa
sobre o juízo” (v. 13). Sem a amorosa misericórdia de Cristo, aceita em fé e gratidão,
ninguém pode ser salvo. Tratado de Teologia Adventista, p. 518

Deduz-se que a existência da lei é um pré-requisito para o surgimento do pecado.


Tratado de Teologia Adventista, p. 518

A morte veio como resultado de um “julgamento" que trouxe a “condenação” do


pecado (v. 16), não podería haver nenhum pecado nem juízo se a lei não existisse.
Com base nisso, a existência da lei desde o Éden até o Sinai é inquestionável.
Tratado de Teologia Adventista, p. 520

A lei traz o conhecimento do pecado e faz o pecador saber que está vivendo em
pecado. A lei (nomos) põe “em realce" nossas “paixões pecaminosas" (v. 5).
Contrariamente à constante minimização da importância e dos efeitos do pecado
por parte do pecador, a lei faz o pecador enxergar a verdadeira gravidade do
pecado. Tratado de Teologia Adventista, p. 526

Os dez mandamentos não são pecaminosos. Escrevendo três décadas depois da cruz,
Paulo não encontra neles nada de errado. Foi por meio deles que o apóstolo soube
o que era pecado. Sua finalidade é dar um conhecimento profundo do pecado e da
experiência pecaminosa. Tratado de Teologia Adventista, p. 526

Eu nasci na iniquidade. Davi reconheceu que as crianças herdam a propensão para


a maldade (ver Jó 14:4; SI 58:3; PP, 61 , 306; CBV, 372, 373; GC, 533). Ele não tentou
se desculpar pelo seu pecado e, sim, enfatizou a necessidade ainda maior da
misericórdia de Deus por causa de sua tendência
inata para o mal (ver PP, 64). Comentário Bíblico Adventista Vol.3, p. 850
(comentando Salmos 51:5)

Retribuirá. Paulo cita Provérbios 24:12 ou Salmo 62:12. As Escrituras são unânimes
ao ensinar que as pessoas serão julgadas de acordo com o que fizeram (cf. Jr 17:10;
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Mt 16:27; 2Co 5:10; Ap 2:23; 20:12; 22:12). Todos, inclusive os judeus privilegiados,
serão recompensados ou condenados de acordo com sua vida e seu caráter.
Alguns têm encontrado problemas em conciliar esta passagem com a doutrina de
que “o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei” (Rm 3:28).
No entanto, aqui, Paulo não traça um contraste entre fé e obras, mas entre o que as
pessoas realmente são e o que dizem ser. Paulo afirma que Deus julga as pessoas
de acordo com atos reais de justiça ou injustiça. Mais tarde, na epístola, Paulo
explica que as meras obras da lei, em contraste com as obras da fé (cf. 1Ts 1:3; 2Ts
1:11), não são atos reais de justiça (Rm 9:31, 32). As obras são reconhecidas no juízo
final como provas de fé. A fé na graça de Deus não é um substituto para a conduta
correta e uma vida santa. A fé pode provar sua realidade e sinceridade apenas
mediante essas provas (Tg 2:18). Deus retribuirá a cada um segundo essa evidência.
Comentário Bíblico Adventista Vol.6, p. 530-531 (comentando Romanos 2:6)

Então, Paulo passa a explicar como Deus exercerá imparcialidade no julgamento dos
judeus privilegiados e dos gentios menos privilegiados. Cada um será julgado pelo
método apropriado: o judeu, pela lei escrita, contra a qual pecou, e o gentio, pela
lei não escrita da consciência, contra o qual ele pecou. Comentário Bíblico
Adventista Vol.6, p. 533 (comentando Romanos 2:12)

Sem lei. Esta expressão significa, evidentemente, sem lei revelada ou escrita, pois os
gentios não estão sem a lei não escrita da consciência (v. 14, 15). Os gentios não
serão julgados por uma lei que não possuem. No entanto, se transgredirem a lei
não escrita da consciência, estarão perdidos, assim como os que pecaram contra a
luz maior. Paulo já explicou que os pecados dos gentios são indesculpáveis, porque
rejeitaram a revelação de Deus para eles na natureza e na consciência (Rm 1:19,
20, 32). A falta de mais luz não dá a ninguém o direito de pecar contra a luz menor.
Os pagãos que pecaram estarão perdidos, mesmo que não tenham a lei escrita de
Deus. Eles pecaram contra a lei que possuem, e a punição segue como
consequência inevitável. Comentário Bíblico Adventista Vol.6, p. 533 (comentando
Romanos 2:12)
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Este versículo dá mais ênfase ao fato de que as pessoas são julgadas, não pelo que
pretendem conhecer ou professam ser, mas pelo que realmente fazem (Rm 2:6).
Comentário Bíblico Adventista Vol.6, p. 534 (comentando Romanos 2:13)

Não têm lei. Isto é, não têm qualquer código de conduta moral revelado,
diferentemente dos judeus. Paulo está prestes a explicar que os gentios têm uma
lei, mas de outro tipo.
Procedem, por natureza. Ou seja, praticam de forma espontânea, não
conscientemente, agindo de acordo com as exigências de uma lei exterior, mas de
acordo com os testemunhos da consciência (v. 15). “Assim como por meio de Cristo
todo ser humano tem vida, também por meio dEle, cada pessoa recebe algum raio
da luz divina. Existe em cada pessoa não somente poder intelectual, mas
percepção espiritual do que é reto, anelo de bondade” (Ed, 29). Aqueles dentre os
gentios que reconheceram a revelação de Deus nas obras da criação (Rm 1:19, 20)
e responderam ao impulso divinamente implantado para fazer o bem têm
praticado “por natureza” as coisas contidas na lei (ver PJ, 385).
De conformidade com a lei. Neste caso, “a lei” é a tradução literal. O artigo está
presente no grego (ver com. do v. 12). Evidentemente, Paulo se refere aos princípios
da lei moral como são revelados nos dez mandamentos. Os gentios não poderíam
realizar “por natureza” as muitas atividades e cerimônias prescritas em toda a lei
mosaica, mas poderíam cumprir “por natureza” as exigências da lei moral. Mais à
frente, Paulo explica que “o cumprimento da lei é o amor" (Rm 13:10; ver DTN,
638).
Tudo isso está no comentário sobre o v. 13: apenas “os que praticam a lei” serão
considerados justos. Os gentios ignorantes, que mostraram por seu espírito
amorável que são os verdadeiros “praticantes da lei”, “são justos diante de Deus”,
enquanto os informados, judeus e cristãos privilegiados, que mostram, por falta de
amor, que são apenas “ouvidores da lei” “não são justos”.
Lei para si mesmos. A necessidade e o impulso de fazer o bem que existe na razão
e na consciência são, em certo sentido, padrão e lei para cada pessoa, como explica
o v. 15 (cf. Tg 4:17). Comentário Bíblico Adventista Vol.6, p. 534-535 (comentando
Romanos 2:14)
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A obra da lei (ARC). Ou seja, a obra que a lei exige, a conduta que a lei requer. A
frase também tem sido entendida como o efeito prático ou obra da própria lei, ao
estabelecer a distinção entre o certo e o errado.
Gravada no seu coração. Muito embora os gentios não conheçam a lei escrita,
sempre que eles revelam amor a Deus e a seus semelhantes, eles mostram que a
norma da lei está escrita em seu coração (cf. Jr 31:33; Hb 10:16; sobre o significado
de “coração”, ver com. de Rm 1:21). “Onde quer que haja um impulso de amor e
simpatia, onde quer que o coração se comova para abençoar e amparar os outros, é
revelada a operação do Santo Espírito de Deus” (PJ, 385; cf. Gl 5:22). O Espírito
Santo não está de forma alguma restrito aos judeus e cristãos, mas trabalha na
mente e no coração das pessoas em todos os lugares. Deve ter sido difícil para os
judeus aceitarem a doutrina expressa nesta passagem. Não é menos necessária hoje
aos cristãos que são tentados a assumir uma visão demasiado estreita e egoísta da
salvação (ver Jo 3:16; 1Tm 2:4).
Testemunhando. Paulo aponta para o exercício da consciência entre os gentios
como mais uma prova de que eles ainda possuíam alguma consciência da vontade
de Deus, apesar de sua ignorância da lei escrita.
Consciência. Do termo gr. suneidêsis, “co-conhecimento”, um conhecimento
adjacente que a pessoa tem da qualidade de seus atos, paralelo ao conhecimento
dos atos em si. Paulo usa suneidêsis mais de 20 vezes em suas epístolas. As pessoas
têm a capacidade de julgar os próprios pensamentos, palavras e ações. A consciência
pode ser super-escrupulosa (1Co 10:25) ou “cauterizada” pelo abuso (1Tm 4:2).
Pode ser esclarecida por mais conhecimento da verdade (1Co 8:7) e agir de acordo
com a luz que tem.
Pensamentos. Ou, “raciocínios”, “pensamentos”.
Mutuamente acusando-se. Estas palavras e as restantes do v. 15 têm sido
explicadas de diversas maneiras. Alguns consideram que “mutuamente” significa
gentios com gentios, e concluem que Paulo se refere aqui a acusações ou a
vindicações feitas pelos gentios entre si.
De qualquer maneira, esta passagem indica que Paulo estabelece seu argumento de
que os gentios não estavam privados de um senso de certo e errado. Por sua
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resposta aos estímulos da consciência, eles são julgados. Comentário Bíblico


Adventista Vol.6, p. 535 (comentando Romanos 2:15)

A todos os homens. Equivalente ao anterior “ao mundo”, mas se distingue como as


partes concretas são diferentes do todo abstrato. “Passou a todos” é diferente do
anterior “entrou”, assim como ir de casa em casa é diferente de entrar em uma
cidade.
Essa afirmação de que a morte pronunciada sobre Adão passou a todos mostra que
a sentença de Adão (Gn 2:17) não se refere à “segunda morte” (ver GC, 544). A
segunda morte não pode ser transmitida aos outros, pois vem como resultado do
juízo final, do qual se diz que “foram julgados, segundo as suas obras” (Ap 20:12,
13). O juízo final de Deus e a sentença de morte eterna se baseiam na
responsabilidade individual (Rm 2:6). Todos descem igualmente à sepultura, e é
nesse sentido que todos tomam parte na sentença da transgressão de Adão. A vida
foi perdida pela transgressão. Adão não poderia transmitir à posteridade aquilo que
não possuía (ver GC, 533). É nesse sentido que “em Adão, todos morrem” (1Co
15:22). Não fosse pelo plano de salvação, o resultado do pecado de Adão teria sido
a morte eterna. Mas, pelas provisões do plano divino, todos os membros da família
de Adão, bons ou maus, ressuscitarão da sepultura (At 24:15; cf. 1Co 15:22). Nesse
tempo, será claramente reconhecido pelos perdidos que eles permanecerão nessa
situação unicamente como resultado de seu pecado. Eles não conseguirão culpar
Adão por sua situação. Aqueles que “fizeram o bem”, que pela fé aceitaram a
justiça de Cristo e se apropriaram dela, sairão para a “ressurreição da vida” (Jo 5:29).
“Sobre esses a segunda morte não tem autoridade” (Ap 20:6). Aqueles que
“praticaram o mal”, que rejeitaram a justiça de Cristo e que não obtiveram o perdão
por meio do arrependimento e da fé, irão para “a ressurreição da condenação” (Jo
5:29, ARC). Estes receberão a pena da transgressão, o “salário do pecado” final (Rm
6:23), “a segunda morte” (ver GC, 544). Comentário Bíblico Adventista Vol.6, p.
581-582 (comentando Romanos 5:12)

Segundo. As obras dos seres humanos serão comparadas com o grande padrão de
conduta, a lei de Deus (Ec 12:13, 14; Rm 2:12, 13; Tg 1:25; 2:10-12). No juízo final,
não haverá um padrão de justiça vago; desta forma, não haverá chance de escapar a
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uma justa recompensa por meio de um tardio apelo à misericórdia divina (Gl 6:7; Ap
22:12). Comentário Bíblico Adventista Vol.6, p. 952 (comentando 2 Coríntios 5:10)

Pecado. Do gr. hamartia, “não acertar a marca”, “uma ação errada", "um pecado".
Hamartanõ, “errar o alvo”, “errar”, “fazer errado”, “seguir na direção errada”,
“pecar”, é uma palavra usada na Bíblia para o ato de se desviar da lei de Deus, de
violar a lei moral. Hamartia é uma violação da lei moral dada por Deus. A palavra
também pode se referir ao princípio e poder que faz com que alguém cometa
pecados (ver com. de Rm 5:12), porém é óbvio que João se refere aqui à má ação
em si.
O texto grego diz, literalmente, “o pecado”. Não parece, portanto, que o autor se
refira a algum pecado, em particular, nem o contexto identifica “o pecado". Porém,
o uso do artigo definido sugere que o escritor está falando de “pecado" para se
referir a todo tipo de pecados, ou seja, o pecado que causa a separação entre Deus
e a pessoa (cf. Is 59:2). Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p. 716-717
(comentando 1 João 3:4)

Transgride a lei. Tradução do gr. anomia (“inconformidade com a lei", "pecado"),


derivada do grego a, "sem", e no mos, “lei" (ver com. de Mt 7:23; Rm 6:19; 2Ts 2:3,
7). Ao ligar anomia a hamartia, o apóstolo destaca a estreita e inevitável ligação
entre pecado e iniquidade. Com sua clareza habitual, reafirma esse fato na
declaração seguinte.
O pecado é transgressão da lei. Literalmente, “o pecado é a ilegalidade". O uso do
artigo com cada substantivo indica que hamartia e anomia são sinônimos e podem
se intercambiar. Todo pecado é ilegalidade, e toda ilegalidade é pecado. João, com
sua maneira simples e profunda, desvela o verdadeiro caráter do pecado. Declara
que pecado é não fazer caso da lei, isto é, da lei de Deus (sobre a definição de “lei",
ver com. de Pv 3:1, Mt 5:17; Rm 2:12; 3:19). Deus formulou leis para guiar os seres
humanos, a fim de que desfrutassem plenamente da vida, para salvá-los do mal e
preservá-los para o bem (ver com. de Ex 20:1).
A lei de Deus é uma transcrição do Seu caráter. Jesus veio para revelar à
humanidade o caráter de Seu Pai. Ele é, portanto, a lei amplificada e demonstrada.
Se as pessoas querem ordenar sua vida em harmonia com a lei de Deus, devem
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contemplar a Jesus e imitar Sua vida. A lei pode ser resumida nas seguintes palavras:
"ser como Deus” ou “ser como Jesus". A transformação do caráter à semelhança
divina é o grande propósito do plano de salvação. A lei revela o caráter de Deus e
de Cristo; o plano de salvação provê a graça que capacita para obter todas as
virtudes. Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p. 717 (comentando 1 João 3:4)

Tirar. Do gr. airõ (ver com. de Jo 1:29). Uma referência ao principal propósito da
vinda de Cristo: salvar os seres humanos do pecado (ver com. de Mt 1:21). Pode-se
considerar que esse propósito foi cumprido por Cristo (1) ao carregar o pecado em
um sentido expiatório, ou (2) por destruir o poder do pecado. Ambas as
interpretações são válidas, pois Ele cumpriu o primeiro a fim de poder realizar o
segundo. Ao fazê-lo, o Salvador remove a ilegalidade, da qual o pecado é uma
expressão, e salva o ser humano da transgressão da lei de Deus. No entanto, Cristo
tira o pecado somente daqueles que desejam ser libertos dele. É digno de nota que,
no contexto em que João faz a declaração, Cristo Se manifestou para tirar o pecado,
não para abolir a lei. Os gnósticos gostavam de acreditar que, no caso deles, as
restrições da lei haviam sido suprimidas. Contudo, João sabia que Cristo manteve a
lei, enquanto removia a transgressão da lei (cf. com. de Mt 5:17-19; Rm 3:31).
Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p. 717 (comentando 1 João 3:5)

Jesus foi tentado, mas a tentação em si não contamina. O ser humano é


contaminado quando cede à tentação. Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p. 718
(comentando 1 João 3:5)

Guardamos Seus mandamentos. O pecado, que é a desobediência aos


mandamentos de Deus (ver com. do v. 4), levanta uma barreira entre o homem e
Deus (ver com. de ls 59:1, 2), impede que as orações ascendam ao Céu e incapacita o
homem para receber as respostas que Deus pode ter preparado. A obediência à
vontade de Deus, que se revela em Seus mandamentos, é de suma importância na
questão da oração respondida. Essa obediência é possível por meio do poder divino
prometido ao filho de Deus. Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p. 724-725
(comentando 1 João 3:22)
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Pecado. Em geral, do heb. “Chatta’th” e termos relacionados, “falta”, “pecado”, de


“chata’, “errar (o alvo)”, “cair”, “fazer errado”, “ofender”, “ser culpado,” “cometer
um pecado”; do gr. hamartia, erro (do alvo),” “pecado”. Qualquer desvio da
vontade de Deus, seja por negligencia em cumprir o que Ele ordenou
especificamente ou que Ele especificamente proibiu. O pecado teve sua origem com
Lúcifer, como resultado do excessivo orgulho pela beleza e sabedoria, que Deus lhe
havia concedido (ver Ez 28:17), e do desejo e inveja imoderados pelo que Deus não
lhe havia concedido (Is 14:12-14). O pecado entrou no mundo quando Satanás
persuadiu Adão e Eva a tomar aquilo que Deus tinha reservado para Si mesmo, sob o
ardil de que poderiam desse modo adquirir sabedoria superior (Gn 3:1-6). Assim,
“por um só homem entrou o pecado no mundo, e como resultado “todos pecaram”
(Rm 5:12). “Pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores”
(v. 19). “O pecado é a transgressão da lei” (1Jo 3:4) assim Como “cumprimento da
lei é o amor” (Rm 13:10), isto é, “lei” no sentido de toda vontade divina revelada, e
em especial o decálogo, que resume tudo o que Deus pede do ser humano (ver Ec
12:13, 14). Onde não há “lei”, isto é, onde não há revelação da vontade divina —
não há pecado ou transgressão (Rm 4:15). Jesus declarou: “se Eu não viera, nem
lhes houvera falado, pecado não teriam”, mas, uma vez conhecida a vontade de
Deus, o ser humano não tem “desculpa do seu pecado” (Jo 15:22). O profeta
resumiu o que Deus pede: “que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes
humildemente com o teu Deus” (Mq 6:8), isto é, ser justo e bom para com o próximo
e manter um espírito humilde perante Deus. O pecado é qualquer falha em alcançar
esse elevado padrão. “O salário do pecado é a morte” (Rm 6:23). Existem muitos
sinônimos para pecado tais como “mal” (do heb. ra’; do gr. kakos e seus derivados) e
“iniquidade” (em geral 1 do heh. awen e awon, rebelião, castigo” *1Sm 15:23 Gn
19.I5. etc.]; do gr. Adikia, “injustiça”, *Lc 1 3:27 etc.+ e anomia, iniquidade” *Mt 7:23;
etc.]). Dicionário Bíblico Adventista, p. 1040-1041

NATUREZA HUMANA DE JESUS


JESUS TINHA A NATUREZA HUMANA DE ADÃO ANTES OU DEPOIS DA QUEDA?
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Acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne. Romanos
1:3

e quem são os patriarcas; e de quem descende o Cristo segundo a carne, o qual é


sobre todas as coisas, Deus bendito eternamente. Amém. Romanos 9:5

Porque, na verdade, Ele não tomou a natureza dos anjos, mas tomou da semente de
Abraão. Hebreus 2:16 King James Fiel 1611

Cristo veio ao mundo como homem, a fim de provar para os anjos e para os homens
que o homem pode ser vitorioso, para que, em toda emergência, ele saiba que os
poderes do Céu estão prontos para ajudá-lo. Nosso Salvador tomou a natureza do
homem com todas as suas possibilidades. No deserto, Cristo e Satanás viram-se em
combate, Cristo com a fraqueza da humanidade. Adão teve a vantagem sobre Cristo
de, ao ser assaltado pelo tentador, nenhum dos efeitos do pecado estar sobre ele.
Não foi assim com Jesus quando Ele entrou no deserto para enfrentar Satanás. Por
quatro mil anos a raça se degenerara em força física, poder mental e valor moral; e
Cristo tomou sobre Si as fraquezas da humanidade degenerada. Somente assim Ele
poderia resgatar o homem das profundezas da degradação. - Signs of the Times,
03/12/1902.

Jesus veio ao mundo como um ser humano, a fim de familiarizar-Se com os seres
humanos. Adão foi tentado pelo inimigo e caiu. Não foi um pecado enraizado que o
fez ceder, pois Deus o fez puro e reto e à Sua própria imagem. Ele era tão
irrepreensível quanto os anjos perante o trono. Não havia nele princípios corruptos
nem tendências para o mal. Mas quando Cristo veio para conhecer as tentações de
Satanás, Ele carregou a “semelhança de carne pecaminosa’’. - Signs of the Times,
17/10/1900.

A grande obra da redenção poderia ser levada a efeito pelo Redentor somente se Ele
tomasse o lugar do homem caído. ... Ao ser Adão assaltado pelo tentador, nenhum
dos efeitos do pecado estava sobre ele, mas ele estava cercado pelas glórias do
Éden. Não foi assim com Jesus; pois, carregando as fraquezas da humanidade
degenerada, Ele adentrou o deserto para lidar com o poderoso adversário, para que
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pudesse erguer o homem das profundidades da sua degradação. — The Bible Echo,
15/11/1892

Através da Sua humilhação e pobreza, Cristo Se identificaria com a debilidade da


raça caída. “A grande obra da redenção só poderia ser realizada ao tomar o
Rendentor o lugar de Adão caído. “O Rei da glória propôs humilhar-Se até o nível da
humanidade caída! Ele tomaria a natureza do homem caído e engajar-Se-ia na luta
contra o forte inimigo que triunfou sobre Adão’ – Review and Herald, 24/02/1874.

Teria sido uma quase infinita humilhação para o Filho de Deus, revestir-Se da
natureza humana mesmo quando Adão permanecia em seu estado de inocência, no
Éden. Mas Jesus aceitou a humanidade quando a raça havia sido enfraquecida por
quatro mil anos de pecado. Como qualquer filho de Adão, aceitou os resultados da
operação da grande lei da hereditariedade. O que estes resultados foram, manifesta-
se na história de Seus ancestrais terrestres. Veio com essa hereditariedade para
partilhar de nossas dores e tentações, e dar-nos o exemplo de uma vida impecável.
O Desejado de Todas as Nações, p. 25.5

Em Cristo uniram-se o divino e o humano — o Criador e a criatura. A natureza de


Deus, cuja lei tinha sido transgredida, e a natureza de Adão, o transgressor,
encontraram-se em Jesus — o Filho de Deus e o Filho do homem. — The S.D.A. Bible
Commentary 7:925, 926. Exaltai-O, 401.4

INFORMAÇÕES DE PIONEIROS ADVENTISTAS DO TEMPO DE ELLEN WHITE:

Notem que foi em carne pecaminosa que Ele estava sendo tentado, e não na carne
na qual Adão caíra. Livro - No Poder do Espírito, p. 71 (W. W. Prescott, The Bible
Echo, 6 e 13 de janeiro de 1896, pregado em 31 de outubro de 1895) Livro
disponível no site do Centro White.

Movimento da Carne Santa


Uma trilha interessante estende-se desde as constantes discussões sobre a
justificação pela fé acompanhando a assembléia de Mineápolis até a “mensagem da
purificação” proclamada na Associação de Indiana na virada do século. Por volta de
1900, toda a comissão executiva da Associação de Indiana e quase todos os seus
pastores estavam proclamando entusiasticamente que, para serem trasladados, os
membros da igreja precisavam passar pela “experiência do jardim”, recebendo a
“carne santa” que Jesus possuía. Depois dessa experiência, os membros da igreja
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não estariam mais sujeitos a tentações “interiores” e não passariam pela morte;
seriam trasladados! Como isso aconteceria? Eles criam que, quando o Espírito Santo
viesse em plenitude, purificaria os membros da igreja (na “experiência do jardim”)
de todos os seus pecados. Uma igreja purificada estaria então preparada para
advertir o mundo da volta de Jesus, com o “poder do alto clamor” de Apocalipse
18:4. Na reunião campal de Indiana, realizada em 1900, Stephen Haskell fez o
melhor que pôde para anular essa heresia, que se estendia por toda a associação.
Em uma carta a Ellen White, que na época ainda se achava na Austrália, ele
informou: “Quando declaramos crer que Cristo nasceu em humanidade caída, eles
imaginavam que críamos que Cristo pecou, apesar de havermos declarado nossa
posição de maneira tão clara que parecia não haver quem pudesse interpretá-la
mal. “O argumento teológico deles sobre este aspecto específico parece ser este:
Crêem que Cristo tomou a natureza de Adão antes da queda; revestiu-Se, assim, da
humanidade conforme ela era no jardim do Éden, e, portanto, a humanidade era
santa, e esta era a humanidade que Cristo possuía; e agora, dizem eles, chegou
para nós o tempo determinado para nos tornarmos santos naquele sentido e
depois termos a ‘’fé para a trasladação‟ e nunca mais morrermos.”27
As outras falsas doutrinas que Haskell e outros denunciaram incluíam: (1) a
concessão do Espírito Santo era, antes de tudo, mediante manifestações físicas e
milagres em vez de mediante a preparação do caráter para o serviço; (2) o
perfeccionismo (entendido como “carne santa”) no sentido de não ser capaz de
pecar porque nenhuma tentação surgia mais de dentro deles; (3) Jesus nasceu com
“carne não pecaminosa”; (4) no momento da concepção, o Espírito Santo isolou
Jesus da lei da hereditariedade; (5) as pessoas seladas não morrerão; e (6) as
pessoas seladas recebem cura tanto física como espiritual. A respeito dessas
doutrinas, Ellen White declarou na reunião de nomeações da Associação de Indiana,
em Indianápolis, em 5 de maio de 1901: “Não há um fio de verdade em todo o
tecido.”28
27. Carta a Ellen G. White, 25 de setembro de 1900, Arquivo de Documento 190 do
Patrimônio Literário White.
28. G. A. Roberts, “The Holy Flesh Fanaticism”, Arquivo de Documento 190 do
Patrimônio Literário White.
Textos extraídos do livro Mensageira do Senhor; capitulo 18, pags. 198 e 199. CPB
Editora
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QUAL A DIFERENÇA ENTRE A NATUREZA HUMANA DE JESUS E A DE ADÃO?

ADÃO ANTES DA QUEDA: Esse casal, que não tinha pecados, não fazia uso de
vestes artificiais; estavam revestidos de uma cobertura de luz e glória, tal como a
usam os anjos. Enquanto viveram em obediência a Deus, esta veste de luz continuou
a envolvê-los. Patriarcas e Profetas, p. 18.3

Antes da entrada do pecado, Adão e Eva no Éden, estavam circundados por uma
bela e resplandecente luz — a luz de Deus. Essa luz iluminava tudo de que eles se
aproximavam. Nada havia que lhes obscurecesse a percepção do caráter ou das
obras de Deus. Quando, porém, cederam ao tentador, a luz se retirou deles.
Perdendo as vestes da santidade, perderam a luz que havia iluminado a Natureza.
Não mais a podiam ler direito. Não podiam discernir o caráter de Deus em Suas
obras. A Ciência do Bom Viver, p. 461.4

JESUS: Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne,
Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado
condenou o pecado na carne; Romanos 8:3

Ele tomou sobre Si mesmo a natureza caída e sofredora, degradada e maculada pelo
pecado. Ele resistiu a todas as tentações que assolam o homem. - Youth Instructor,
20/12/1900 (Comentário Bíblico Adventista, vol. 4, pág. 1147)

NEle não havia engano ou pecado; Ele sempre foi íntegro e puro, embora tomasse
sobre Si a nossa natureza impura e pecaminosa. Review and Herald, 15/12/1896

Ele tomou sobre Sua natureza sem pecado a nossa pecaminosa natureza, para saber
como socorrer os que são tentados. Carta 67,1902. Medicina e Salvação, p. 181

Não foi uma humanidade de faz de conta que Cristo tomou sobre Si; Ele tomou a
natureza humana e viveu a natureza humana. Cristo não operou milagres em Seu
próprio favor. Estava rodeado de enfermidades, mas Sua natureza divina sabia o que
era a natureza humana; Ele não precisava que ninguém Lhe desse testemunho a
esse respeito [Jo 2:25]. O Espírito Lhe foi dado sem medida, pois Sua missão na Terra
exigia isso. A vida de Cristo representa uma perfeita humanidade. Ele foi, em
natureza humana, exatamente aquilo que podemos ser. Tomou nossas
enfermidades. Não só tornou-Se carne, mas tornou-Se em semelhança de carne
pecaminosa. Seus atributos divinos foram impedidos de Lhe aliviar a angústia de
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alma e as dores do corpo. (Carta 106, 1896). Comentário Bíblico Adventista Vol. 5,
p. 1255

Como Deus, Ele não podia ser tentado; mas, como homem, podia sê-lo, e isso
fortemente, e podia ceder às tentações. Sua natureza humana teria de passar pela
mesma prova e provação que Adão e Eva. Sua natureza humana foi criada; ela nem
sequer possuía os poderes angélicos. Era humana, idêntica à nossa. Ele estava
transpondo o terreno em que Adão caiu. Achava-se agora no ponto em que, se
resistisse à prova e provação em favor da raça decaída, redimiria o ignominioso
fracasso e queda de Adão, em nossa própria humanidade. Mensagens Escolhidas
Vol. 3, p. 129.3

Tenho recebido cartas afirmando que Cristo não poderia ter possuído a mesma
natureza do homem, pois, se assim fosse, Ele poderia ter caído quando afligido por
semelhantes tentações. Se não tivesse a natureza humana, Ele não poderia ser o
nosso exemplo. Se não participasse da nossa natureza, não poderia ter sido tentado
como o ser humano. Sua tentação e vitória nos falam que a humanidade deve copiar
o Modelo; o homem pode tornar-se um co-participante da natureza divina. Em
Cristo, divindade e humanidade estavam combinadas. A divindade não se degradou
para tornar-se humanidade; a divindade sustentou seu lugar, mas a humanidade,
estando unida à divindade, subsistiu às mais ferozes provas da tentação, no deserto.
... Mas o plano de Deus, elaborado para a salvação do homem, fez provisões para
que Cristo conhecesse a fome, pobreza e cada fase da experiência do homem.
Review and Herald, 18/02/1890

Seu corpo e Sua mente eram humanos. Ele era osso dos nossos ossos e carne da
nossa carne. Mensagens Escolhidas Vol. 3, p. 129

E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das
mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto
é, o diabo; Hebreus 2:14

Quando Jesus tomou a natureza do ser humano e Se achava reconhecido em figura


humana, Ele assumiu todo o organismo humano. Suas necessidades eram as de um
homem. Ele tinha necessidades físicas a serem supridas, cansaço físico a ser aliviado.
Pela oração ao Pai Ele Se fortalecia para os deveres e as provas. (Carta 32, 1899).
Comentário Bíblico Adventista Vol. 5, p. 1262
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Revestido com as vestimentas da humanidade, O Filho de Deus desceu até o nível


daqueles que queria salvar. Não havia nEle culpa ou pecaminosidade; Ele sempre foi
puro e imaculado; mesmo assim, tomou sobre Si mesmo a nossa natureza
pecaminosa. Cobrindo Sua divindade com a humanidade, para que pudesse associar-
Se com a humanidade caída, Ele procurou recuperar aquilo que, pela desobediência,
Adão perdera para si mesmo e para o mundo. Signs of the Times, 30/07/1902

JESUS EM SUA NATUREZA HUMANA TINHA PROPENSÕES?

Tive liberdade e poder para apresentar Jesus, que tomou Si as fraquezas e levou a
dor e as tristezas da humanidade, vencendo em nosso favor. Ele foi feito a
semelhança de Seus irmãos, com as MESMAS SUSCEPTIBILIDADES físicas e mentais.
Assim como nós, em tudo Ele foi tentado, mas sem pecar; e Ele sabe como socorrer
aqueles que são tentados. Estais oprimidos e perplexos? Assim esteve Jesus. Sentis a
necessidade de encorajamento? Assim Se sentia Jesus. Da maneira como vos tenta
Satanás, assim tentava ele a Majestade do Céu. Review and Herald, 10/02/1885

OBS.: Nessa citação acima é dito que Jesus tinha “as mesmas susceptibilidades
físicas e mentais”. O que significa “susceptibilidades”?:
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Cristo foi submetido à mais rigorosa prova, que requereu a força de todas as Suas
faculdades para resistir à INCLINAÇÃO de, quando em dificuldade, usar o Seu poder
para livrar-Se do perigo e triunfar sobre o poder do príncipe das trevas. Satanás
mostrou seu conhecimento dos pontos fracos do coração humano, seu máximo
poder obter vantagem sobre a debilidade da humanidade que Cristo assumira para
poder vencer Suas tentações no lugar do homem. Porque o Filho de Deus vinculou-
se à fraqueza da humanidade para que fosse tentado em todos os aspectos que o
homem é tentado, Satanás tripudiou sobre Ele e O insultou. Review and Herald,
01/04/1875.

OBS.: Nessa citação é dito que Jesus tinha “inclinação”. O que significa inclinação?:
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As palavras de Cristo encorajam os pais a levarem seus pequeninos a Jesus. Eles


podem ser mal comportados e possuir paixões como as de toda a humanidade, mas
isso não deve deter-nos de levá-los a Cristo. Ele abençoou crianças que possuíam
PAIXÕES como as dEle mesmo. Signs of the Times, 09/04/1896

Ele [Cristo] deixou as glórias do Céu e cobriu Sua divindade com a humanidade,
sujeitando-Se à dor, à vergonha, à censura, ao abuso, à negação e à crucifixão.
Embora tivesse todo o VIGOR DA PAIXÃO da humanidade, Ele nunca cedeu à
tentação, praticando um simples ato que não fosse puro, elevado e enobrecedor.”
— Signs of the Times, 21/11/1892 (cf. Nos Lugares Celestiais, p. 157.7)

Nosso Salvador Se revestiu da humanidade com todas as contingências da mesma.


Tomou a natureza do homem com a possibilidade de ceder à tentação. Não temos
que suportar coisa nenhuma que Ele não tenha sofrido. — O Desejado de Todas as
Nações, p. 117. Fé pela Qual eu Vivo, p. 44.3

Como Deus, Cristo não poderia ser tentado a pecar, assim como não fora tentado a
quebrar Seu concerto no Céu. Quando, porém, Cristo humilhou-Se e assumiu a
natureza humana, colocou-Se sob a tentação. Ele não assumira nem mesmo a
natureza dos anjos, e sim a humanidade, perfeitamente idêntica à nossa, exceto pela
mancha do pecado. Um corpo humano, uma mente humana, com todas as suas
características peculiares — Ele era constituído de ossos, cérebro e músculos. Sendo
de nossa própria carne, compartilhava das fraquezas da humanidade. As
circunstâncias de Sua vida foram de ordem a expor-Se Ele a todas as inconveniências
de pertencer ao gênero humano, não em riqueza e facilidades, e sim em pobreza,
carência e humilhação. Ele respirou o mesmo ar que inspiramos. Caminhou sobre o
solo como o fazemos. Tinha raciocínio, consciência, memória, vontade e afeições de
uma alma humana, tudo isso unido à Sua natureza divina. — Manuscript Releases
16:181, 182. A Verdade Sobre os Anjos, p. 157

JESUS NÃO TEVE MÁS TENDENCIAS/PROPENSÕES!

Ele é nosso exemplo em tudo. É um irmão em nossas fraquezas, mas não em possuir
idênticas paixões. Sendo sem pecado, Sua natureza recuava do mal. Jesus suportou
lutas, e torturas íntimas, em um mundo de pecado. Sua humanidade tornava a
oração necessidade e privilégio. Ele reivindicava todo o mais forte apoio divino e o
conforto que o Pai estava pronto a conceder-Lhe a Ele que, em benefício do homem,
havia deixado as alegrias do Céu, preferindo morar em um mundo frio e ingrato.
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Cristo encontrou conforto e alegria na comunhão com o Pai. Ali podia desabafar o
coração das dores que O oprimiam. Era um “homem de dores, experimentado nos
trabalhos”. Isaías 53:3. Testemunhos Para a Igreja Vol. 2, p. 201.2

Não se contaminava com a corrupção, era um estranho ao pecado, e contudo orava,


e isto muitas vezes com forte clamor e lágrimas. Ele orava por Seus discípulos e por
Si mesmo, assim Se identificando com nossas necessidades, com nossas fraquezas e
falhas, tão comuns à humanidade. Era um poderoso solicitador, não possuindo as
paixões de nossa natureza humana caída, mas rodeado das mesmas enfermidades,
tentado em todos os pontos como nós o somos. Jesus suportou sofrimentos que
requeriam ajuda e sustento da parte de Seu Pai. Testemunhos Para a Igreja Vol. 2,
p. 508.2

Tenha cuidado, extremo cuidado, ao se demorar sobre a natureza humana de Cristo.


Não o apresente perante as pessoas como um homem com propensões para o
pecado. Ele é o segundo Adão. O primeiro Adão foi criado como um ser puro e sem
pecado, sem mácula de pecado sobre si; ele era à imagem de Deus. Poderia cair, e
de fato caiu ao transgredir. Devido ao pecado, sua posteridade nasceu com
propensões inerentes para a desobediência. Mas Jesus Cristo era o Filho unigênito
de Deus. Ele tomou sobre Si a natureza humana e foi tentado em todos os pontos
em que o homem é tentado. Ele poderia ter pecado; poderia ter caído, mas nem por
um momento houve nele uma propensão má. Ele foi assaltado por tentações no
deserto como Adão foi assaltado por tentações no Éden. Carta 8, 1895 (Carta ao Pr.
Baker)

COMO ENTENDER AS PROPENSÕES DE JESUS?

 Conquanto sentisse Ele toda a força da paixão da humanidade, jamais cedeu à


tentação de praticar um único ato que não fosse puro, edificante e enobrecedor. —
Carta 27, 1892. Nos Lugares Celestiais, p. 157.7
 É um irmão em nossas fraquezas, mas não em possuir idênticas paixões. Sendo sem
pecado, Sua natureza recuava do mal. Testemunhos Para a Igreja Vol. 2, p. 201.2

1º-Vemos que a palavra Paixão pode ter significações diferentes. - ... significações
diversas são expressas pela mesma palavra; não há uma palavra para cada idéia
distinta. Mensagens Escolhidas Vol. 1, p. 20.2
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2º-Cristo possuía toda a força de nossas paixões não a igualdade. Não devemos
acrescentar ao texto o que ele não diz.

 Citação confirmando que Cristo não possuía propensões más. - Ele poderia haver
pecado; poderia haver caído, mas nem por um momento houve nEle uma propensão
má. Fé Pela Qual Eu Vivo, p. 44.6
 -Citação confirmando que Cristo possuía nossas mesmas propensões. – Ele foi feito
semelhante aos irmãos, com as mesmas susceptibilidades mentais e físicas. Review
and Herald, 10/02/1885

NOTA: Vemos então que Jesus possuía propensões (suscetibilidades, tendências,


inclinações físicas e mentais), mas não tinha propensões más. Como entender essa
questão?

Existem alguns tipos de propensões, segundo o Espírito de Profecia, analisemos os


textos para entender qual tipo Jesus tinha em Sua humanidade.

Tipos de propensão/tendência:

1ª HEREDITÁRIA E CULTIVADA - Ao participarmos da natureza divina, são eliminadas


do caráter as tendências hereditárias e cultivadas para o mal, e tornamo-nos um vivo
poder para o bem. Sempre aprendendo do Mestre divino, participando diariamente
de Sua natureza, cooperamos com Deus para vencer as tentações de Satanás. Deus
atua, e o homem atua, para que este possa ser um com Cristo assim como Cristo é
um com Deus. Então nos assentamos com Cristo nos lugares celestiais. A mente
descansa com paz e segurança em Jesus. — The S.D.A. Bible Commentary 7:943.
Maranata, p. 228.1

2ª NATURAL E ADQUIRIDA - Não mais deixeis que qualquer má influência ou


propensão, natural ou adquirida vos leve a subordinar as reivindicações de interesses
futuros, eternos, aos negócios comuns desta vida. Nenhum homem pode servir a dois
mestres cujos interesses não estejam em harmonia. “Não podeis servir a Deus e às
riquezas. Mateus 6:24.” ... {Olhando Para O Alto, p. 347.7}

Conforme os textos acima há alguns tipos de propensão/tendência,


“hereditária/natural”, “cultivada” e “adquirida”.

Se O Senhor Jesus tinha um tipo de propensão/tendência, só poderia ser a


“hereditária/natural’’, pois Ele “aceitou os resultados da operação da grande lei da
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hereditariedade. O que estes resultados foram, manifesta-se na história de Seus


ancestrais terrestres. Veio com essa hereditariedade para partilhar de nossas dores e
tentações, e dar-nos o exemplo de uma vida impecável. O Desejado de Todas as
Nações, p. 25.5”

Como O Senhor Jesus não teve “más propensões/tendências” e “paixões idênticas as


nossas”?

Dois tipos de propensão:

1ª precisa ser controlada: - Nossas propensões naturais devem ser controladas, ou


nunca poderemos vencer como Cristo venceu. Testemunhos Para a Igreja Vol. 4, p.
235.1 (essa O Senhor Jesus teve, mas controlou)

2ª Precisa ser removida: - Pleiteemos com Deus para que remova de nós a ímpia
propensão para apontar defeitos e, em seu lugar, dar-nos a vida e o amor de Cristo.
Cristo Triunfante, p. 234.5 (essa O Senhor Jesus não teve, pois não “cultivou” as
“hereditárias/natural” e nem “adquiriu” as “más propensões”)

NOTA: Nós temos que “remover” e “controlar” nossas “propensões/tendências”, pois


aquelas “propensões/tendências” que herdamos, nós não tivemos força para não
ceder a elas, pois não “nascemos do Espírito” e não “nascemos participantes da
Natureza Divina” como O Senhor Jesus nasceu, isso Lhe proporcionou força capaz de
ter “sob controle” e ter “eliminado do caráter” qualquer “propensão/tendência” com
a qual herdou da parte humana de Sua mãe. Mas essa força vinha de Deus pai e
Deus Espírito Santo, ajudando O Senhor Jesus desde Seu nascimento (mas Jesus tinha
livre-arbítrio e tinha que se sujeitar a Deus e fazer escolhas para continuar sendo
“participante da natureza divina”: “Como livre agente moral, Ele foi posto à prova,
com liberdade para ceder às tentações de Satanás e agir em oposição à vontade de
Deus. Se assim não fora, se não fosse possível que Ele caísse, não poderia ter sido
tentado em todos os pontos como a família humana é tentada. – Mensagens
Escolhidas Vol. 3, p. 131.3”; “A vontade humana de Cristo não O teria levado ao
deserto da tentação, ao jejum e à tentação do diabo. Não o teria levado a suportar a
humilhação, o desprezo, a censura, o sofrimento e a morte. Sua natureza humana
retrocedeu de todas essas coisas tão decididamente quanto a nossa retrocede contra
elas. [...] O que Cristo viveu para fazer? Era a vontade de Seu Pai celestial. The Signs
of the Times, 29 de outubro de 1894, par. 9”; “Sempre o mais alto em Sua mente e
coração era o pensamento: "Não seja feita a Minha vontade humana, mas a Tua
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vontade". Este foi o princípio infalível que atuou em todas as Suas palavras e obras, e
isso moldou Seu caráter. Carta 303-1903.15”), veremos isso nos próximos textos.

COMO JESUS VENCEU AS TENTAÇÕES INTERNAS E EXTERNAS?

Ao participarmos da natureza divina, são eliminadas do caráter as tendências


hereditárias e cultivadas para o mal, e tornamo-nos um vivo poder para o bem.
Sempre aprendendo do Mestre divino, participando diariamente de Sua natureza,
cooperamos com Deus para vencer as tentações de Satanás. Deus atua, e o homem
atua, para que este possa ser um com Cristo assim como Cristo é um com Deus.
Então nos assentamos com Cristo nos lugares celestiais. A mente descansa com paz e
segurança em Jesus. — The S.D.A. Bible Commentary 7:943. Maranata, p. 228.1

OBS.: Apesar dessa citação não falar diretamente da natureza humana de Jesus,
deixa bem claro que o poder de Deus, que nos é atribuído quando “participarmos da
natureza divina”, é suficiente para eliminar “do caráter as tendências hereditárias e
cultivadas para o mal, e tornamo-nos um vivo poder para o bem.” Isso ocorreu com
O Senhor Jesus desde Seu nascimento e durante toda Sua vida como homem, pois Ele
estava sempre “participando diariamente de Sua natureza, ‘cooperando’ com Deus
para vencer as tentações de Satanás.” Isso desde Sua infância! Nenhum ser humano
nasceu “do Espírito” sendo “participante da natureza divina” desde a infância!

NOTA: Assim como uma semente não cultivada, não se desenvolve assim as
“propensões/tendências herdadas” do Nosso Senhor Jesus não se desenvolveram. Ele
nasceu com duas “sementes” uma “herdade/natural” da natureza humana caída e
outra “espiritual/divina” por ter “nascido do Espírito”, sendo assim O Senhor teve o
“poder de Deus” O auxiliando desde pequeno para cultivar a “espiritual/divina”. Não
é o nosso caso, nos tornamos “participantes da natureza divina” quando nos
convertemos e aceitamos nos unir a Deus, então até esse momento já cedemos ás
nossas “propensões/tendências hereditárias” por não sermos “participantes da
natureza divina”, acarretando em “cultivarmos” as “propensões/tendências
herdadas” e “adquirimos” novas “propensões/tendências” para o mal.

Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia
no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna. Gálatas 6:8 (já “semeamos na carne”
por isso nos corrompemos e pecamos, Jesus não “semeou na carne” só “no
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Espírito” desde pequeno, por isso que não tinha “idênticas paixões como as
nossas”, “tendências para o mal” e “Sua Natureza recuava do mal”)!

Por que Jesus era “participante da natureza divina” desde O Seu nascimento?

Resposta: “Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Que estando Maria, sua mãe,
desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito
Santo.” Mateus 1:18

“E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do


Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de
nascer, será chamado Filho de Deus.” Lucas 1:35

Com isso, o resultado desse nascimento do Senhor Jesus lhe proporcionou essas
características:

O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. João 3:6

Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne. Gálatas


5:16

Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo
conhecimento daquele que nos chamou pela sua glória e virtude; Pelas quais ele nos
tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis
participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela
concupiscência há no mundo. 2 Pedro 1:3,4

Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição;
porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis. 2 Pedro 1:10

O Salvador tomou sobre Si as enfermidades humanas, e viveu uma vida sem pecado,
a fim de os homens não terem nenhum temor de que, devido à fraqueza da natureza
humana, eles não pudessem vencer. Cristo veio para nos tornar “participantes da
natureza divina”, e Sua vida declara que a humanidade, unida à divindade, não
comete pecado. Temperança, p. 107.1

O príncipe deste mundo se achegou a Cristo depois de Seu longo jejum, quando Ele
estava no auge da fome e sugeriu a Ele que ordenasse às pedras que se tornassem
em pães. Mas o plano de Deus, delineado para a salvação do ser humano, previa que
Cristo conhecesse a fome, a pobreza e todos os aspectos da experiência humana. Ele
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resistiu à tentação, mediante o poder que o ser humano também tem à disposição.
Ele Se apoiou no trono de Deus, e não há homem ou mulher que não possa ter
acesso ao mesmo auxílio, pela fé em Deus. O crente pode se tornar participante da
natureza divina; não há nenhuma pessoa que não possa solicitar o auxílio do Céu,
quando tentada e provada. Cristo veio para revelar a fonte de Seu poder, a fim de
que o ser humano não confiasse mais em suas capacidades desajudadas. Os que
desejam vencer devem empenhar ao máximo todas as faculdades de seu ser. Devem
lutar, de joelhos diante de Deus, pedindo poder divino. Cristo veio para ser nosso
exemplo e para nos revelar que podemos ser participantes da natureza divina.
Como? Tendo escapado da corrupção das paixões que há no mundo. Satanás não
alcançou a vitória sobre Cristo. Não pôde colocar o pé sobre o Redentor. Não atingiu
a cabeça, se bem que tenha ferido o calcanhar. Cristo, por Seu exemplo, tornou
evidente que o ser humano pode permanecer íntegro. É possível aos crentes ter
poder para resistir ao mal; poder que nem a Terra nem a morte nem o inferno
conseguem dominar; poder que os colocará onde possam vencer como Cristo
venceu. Neles pode combinar-se a divindade e a humanidade. Mensagens
Escolhidas Vol. 1, p. 408, 409

Todo aquele que crê em Cristo, todo que confia no poder protetor de um Salvador
ressurgido, que sofreu a pena pronunciada sobre o transgressor, todo aquele que
resiste à tentação e em meio ao mal copia o modelo dado na vida de Cristo, esse,
pela fé no sacrifício expiatório de Cristo se tornará participante da natureza divina,
havendo escapado da corrupção que pela concupiscência há no mundo. Todo aquele
que, pela fé, obedece aos mandamentos, alcançará o estado de impecaminosidade
no qual Adão viveu antes de sua transgressão. — The Signs of the Times, 23 de Julho
de 1902. Nos Lugares Celestiais, p. 148.2

NOTA: Esta citação acima não aborda a natureza humana de Jesus, mas se a citação
deixa claro “Todo aquele que, pela fé, obedece aos mandamentos, alcançará o
estado de IMPECAMINOSIDADE no qual Adão viveu antes de sua transgressão.” Isso
se referindo a “todo” ser humano que pode chegar a um nível desses, que “pela fé no
sacrifício expiatório de Cristo se tornará participante da natureza divina”, o que dizer
do Senhor Jesus que foi “participante da natureza divina” desde o nascimento e
“Tinha infinito poder só porque era perfeitamente obediente à vontade de Seu Pai.
Manuscrito 99, 1903. Mensagens Escolhidas Vol. 3, p. 141.5
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Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo


modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu
amor. João 15:10

A obediência de Cristo a Seu Pai era a mesma obediência requerida do ser humano.
O pecador não pode vencer as tentações de Satanás sem que se combinem o poder
divino com o agente humano. Assim foi com Jesus Cristo: Ele podia lançar mão do
poder divino. Ele não veio ao nosso mundo para prestar a obediência de um Deus
inferior a um superior, mas como homem, para obedecer à santa lei de Deus. Assim,
Ele é nosso exemplo. O Senhor Jesus veio ao nosso mundo, não para revelar o que
Deus podia fazer, mas, o que o ser humano pode realizar, mediante a fé no poder de
Deus em toda emergência. O ser humano deve, pela fé, ser participante da natureza
divina e vencer toda tentação com que é assaltado. (Mensagens Escolhidas Vol. 3, p.
139, 140). Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p. 1034, 1035 (929)

Quando Cristo foi para o deserto da tentação, após o Seu batismo, Ele assim o fez
para enfrentar o astuto inimigo em um conflito. Satanás não apareceu logo para
Cristo em seu caráter verdadeiro, mas como um anjo brilhante, belo e atraente, a Ele
enviado com uma mensagem direta do Seu Pai celeste. Esta foi a tentação de Cristo.
Sua humanidade se constituía em tentação para Ele. Somente confiando no Pai é
que Ele poderia resistir a essas tentações. Ele andou pela fé assim como nós
devemos andar pela fé. ... As tentações que Ele suportou foram muito mais intensas
do que as que vêm sobre nós, assim como o Seu caráter é mais elevado que o nosso.
Review and Herald, 09/03/1886

O inimigo foi vencido por Cristo em Sua natureza humana. O poder da Divindade do
Salvador estava escondido. Em Sua natureza humana, dependendo do poder de
Deus, Ele foi vitorioso. Youth Instructor, 25/04/1901

Em Sua natureza humana, Ele sentiu a necessidade de ser assistido pelos anjos
celestiais. Sentiu a necessidade do auxílio de Seu Pai como nenhum outro ser
humano jamais sentiu. Como nosso substituto e nosso resgate, sentiu cada espasmo
de angústia como jamais sentimos. Ele sofreu ao ser tentado. Review and Herald,
02/10/1900

Jesus lhes deu esta resposta: "Eu lhes digo verdadeiramente que o Filho não pode
fazer nada de si mesmo; só pode fazer o que vê o Pai fazer, porque o que o Pai faz o
Filho também faz. Pois o Pai ama ao Filho e lhe mostra tudo o que faz. Sim, para
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admiração de vocês, ele lhe mostrará obras ainda maiores do que estas. João
5:19,20

Por mim mesmo, nada posso fazer; eu julgo apenas conforme ouço, e o meu
julgamento é justo, pois não procuro agradar a mim mesmo, mas àquele que me
enviou". "Se testifico acerca de mim mesmo, o meu testemunho não é válido. Há
outro que testemunha em meu favor, e sei que o seu testemunho a meu respeito é
válido. João 5:30-32

Jesus declarou: “Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai *em Minha vida
terrestre+.” João 15:10. Tinha infinito poder só porque era perfeitamente obediente
à vontade de Seu Pai. O segundo Adão resistiu ao embate da prova e tentação para
que pudesse tornar-Se o Proprietário de toda a humanidade. — Manuscrito 99,
1903. Mensagens Escolhidas Vol. 3, p. 141.5

Como homem, enfrentou a tentação, e venceu-a no poder que Lhe foi dado por
Deus. O Desejado de Todas as Nações, p. 20

Sempre o mais alto em Sua mente e coração era o pensamento: "Não seja feita a
Minha vontade humana, mas a Tua vontade". Este foi o princípio infalível que atuou
em todas as Suas palavras e obras, e isso moldou Seu caráter. Carta 303, 1903.15

Jesus não revelou qualidades, nem exerceu poderes que os homens não possam
possuir mediante a fé nEle. Sua perfeita humanidade é a que todos os Seus
seguidores podem possuir, se forem sujeitos a Deus como Ele foi. O Desejado de
Todas as Nações, p. 640

Não precisamos classificar a obediência de Cristo, por si mesma, como alguma coisa
para a qual Ele Se achava particularmente adaptado, por Sua especial natureza
divina, pois Ele Se encontrava diante de Deus como o representante do homem e foi
tentado como substituto e fiador do homem. Se Cristo possuísse um poder especial
que o homem não tem o privilégio de possuir, Satanás ter-se-ia aproveitado desse
fato. A obra de Cristo era tirar das reivindicações de Satanás o seu domínio sobre o
homem, e só podia fazê-lo da maneira como Ele veio — como homem, tentado
como homem e prestando a obediência de um homem. ... Mensagens Escolhidas
Vol. 3, p. 139.3

O Filho de Deus era submisso à vontade de Seu Pai e dependente de Seu poder. Tão
plenamente vazio do próprio eu era Jesus, que não elaborava planos para Si mesmo.
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Aceitava os que Deus fazia a Seu respeito, e o Pai os desdobrava dia a dia. O
Desejado de Todas as Nações, p. 208

Não fosse pelo poder que Deus Lhe deu, Ele não teria resistido aos assaltos do
inimigo. -The Ellen G. White 1888 Materials, p. 122

Embora possuísse a natureza humana, Ele [Cristo] dependia do Onipotente quanto a


Sua vida. Em Sua humanidade, Ele Se apoderava da divindade de Deus. Maranata, p.
300

A menos que haja a possibilidade de ceder, a tentação não é tentação. Ela é vencida
quando o homem é fortemente tentado a cometer um mau ato; e, sabendo que
pode praticá-lo, resiste, pela fé, com firme apego ao poder divino. Foi esta a
provação pela qual Cristo passou. Ele não poderia ter sido tentado em todos os
pontos em que o ser humano é tentado se não houvesse a possibilidade de ser
vencido. YI, 20/07/1899. Mensagens Escolhidas Vol. 3, p. 132

POR QUE JESUS ERA IMACULADO?

Passo a passo, Ele percorreu os caminhos trilhados pelo homem, e ‘em todas as
coisas foi tentado à nossa semelhança, mas sem pecado’. Onde o homem tropeçou e
caiu, Jesus saiu-Se mais que vencedor. Se houvesse falhado em um ponto, com
referência à lei, todos estaríamos perdidos Ele não teria sido uma oferta perfeita,
nem tampouco satisfaria as demandas da lei; mas Ele venceu onde Adão falhou, e
por Sua lealdade a Deus, sob rigorosas provas, tornou-Se um padrão perfeito e um
exemplo para ser imitado. Ele tem a capacidade de socorrer os que são tentados.
Nesta idéia há o suficiente para encher nosso coração de alegria e gratidão todos os
dias da nossa vida. Ele levou a nossa natureza sobre Si para que pudesse conhecer
nossas provações e tristezas; e, conhecendo toda a nossa experiência, Ele se
apresenta como Mediador e Intercessor perante o Pai. — Signs of the Times,
24/11/1887

Ele enfrentou os ataques de Satanás repetidamente com um “Está escrito”, e


Satanás deixou o campo da luta como um inimigo derrotado. Cristo redimiu a
vergonhosa queda de Adão e desenvolveu um caráter de perfeita obediência,
deixando ao mesmo tempo um exemplo à família humana para que pudesse imitar o
modelo divino. Houvesse Ele falhado em um só ponto quanto à lei de Deus e não
haveria sido uma oferta perfeita, pois fora num ponto apenas que Adão falhara.
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(Para Conhecê-lO [MM 1965], p. 32; RH, 10/06/1890). Comentário Bíblico


Adventista Vol. 5, p. 1203

Vindo ao mundo em forma humana, tornando-Se sujeito à lei, revelando aos


homens que lhes tomava sobre Si a enfermidade, a dor, a culpa, Cristo não Se tornou
pecador. Era puro, e incontaminado por qualquer doença. Nem uma mancha de
pecado nEle se encontrava. ... Achava-Se perante o mundo como o inocente
Cordeiro de Deus. Quando a humanidade sofredora se comprimia ao Seu redor,
Aquele que Se achava na saúde de uma varonilidade perfeita era como alguém aflito
juntamente com eles. Isto era essencial, a fim de que Ele pudesse exprimir o perfeito
amor que sentia em favor da humanidade. ... Cristo era forte para salvar todo o
mundo. — Manuscrito 18, 1898. Para Conhecê-lO, p. 63.1

A natureza humana de Cristo era semelhante à nossa, e o sofrimento era mais


intensamente sentido por Ele, pois Sua natureza espiritual era livre de toda mácula
de pecado. Portanto, Seu desejo para a remoção do sofrimento era mais forte do
que o que os seres humanos podem experimentar. Quão intensamente a
humanidade de Cristo desejava escapar ao desprazer de um Deus ofendido, e como
Ele ansiava por alívio, é revelado nas palavras: "Meu Pai, se não é possível passar de
Mim este cálice sem que Eu o beba, faça-se a Tua vontade.” Signs of the Times,
09/12/1897. Comentário Bíblico Adventista Vol. 5, p. 1230, 1231

JESUS USAVA SEU PROPRIO PODER A SEU FAVOR OU EM FAVOR DOS OUTROS?

Manter Sua glória velada como filho de uma raça caída: esta foi a mais severa
disciplina à qual o Príncipe da vida poderia Se sujeitar. Foi assim que Ele mediu
forças com Satanás. Aquele que havia sido expulso do Céu lutava desesperadamente
para obter o domínio sobre Aquele de quem tivera inveja nas cortes celestiais. Que
batalha foi esta! Nenhuma linguagem é adequada para descrevê-la. Mas num futuro
próximo ela será entendida por aqueles que vencerem pelo sangue do Cordeiro e
pela palavra do seu testemunho. (Carta 19, 1901). Comentário Bíblico Adventista
Vol. 5, p. 1204

O poder que repousou sobre Ele veio diretamente do Pai, e não devia exercê-lo em
Seu próprio benefício. Com esse longo jejum inseriu-se em Sua experiência uma
força e poder que só Deus podia dar. Ele enfrentou e repeliu o inimigo na força de
um “Assim diz o Senhor”. “Não só de pão viverá o homem — disse Ele — mas de
toda palavra que procede da boca de Deus.” Mensagens Escolhidas Vol. 3, p. 128.4
Página 70 de 133

Cristo estava sofrendo como os membros da família humana sofrem


sob a tentação; mas não era a vontade de Deus que Ele exercesse Seu poder divino
em Seu próprio favor. Se Ele não fosse nosso representante, a inocência de Cristo
ter-Lhe-ia poupado toda essa angústia; foi, porém, devido a Sua inocência que
Ele sentiu tão intensamente os ataques de Satanás. The Youth’s Instructor,
21/12/1899. Mensagens Escolhidas Vol. 3, p. 129.1

Nosso Redentor humilhou-Se de maneira a identificar Seus interesses com os


interesses da humanidade. A divindade de Cristo era tão completamente ocultada
que até mesmo para os Seus discípulos era difícil crer nEle; e quando Ele morreu na
cruz eles sentiram que se lhes fora a esperança. Review and Herald, 12/06/1900

Os anjos de Deus estão sempre indo da Terra ao Céu e do Céu à Terra. Os milagres
de Cristo pelos aflitos e sofredores, foram operados pelo poder de Deus através do
ministério dos anjos. E é por meio de Cristo, pelo ministério de Seus mensageiros
celestiais, que toda bênção nos advém de Deus. Tomando sobre Si a humanidade,
nosso Salvador une Seus interesses aos dos caídos filhos de Adão, ao passo que
mediante Sua divindade, lança mão do trono de Deus. E assim Cristo é o mediador
da comunicação dos homens com Deus, e de Deus com os homens. O Desejado de
Todas as Nações, p. 91.3

POR QUE SÓ JESUS PODERIA MORRER POR NÓS?

Entretanto o amor divino havia concebido um plano pelo qual o homem poderia ser
remido. A lei de Deus, quebrantada, exigia a vida do pecador. Em todo o Universo
não havia senão um Ser que, em favor do homem, poderia satisfazer as suas
reivindicações. Visto que a lei divina é tão sagrada como o próprio Deus, unicamente
um Ser igual a Deus poderia fazer expiação por sua transgressão. — Patriarcas e
Profetas, 57. - Cristo em Seu Santuário, p. 21.3

A justiça requeria o sofrimento do homem. Cristo, sendo igual a Deus, ofereceu os


sofrimentos de um Deus. Ele não precisava de expiação. O sofrimento de Cristo era
correspondente à Sua pureza sem mancha; a profundeza de Sua agonia,
proporcional à dignidade e à grandeza de Seu caráter. Review and Herald,
21/09/1886

Os anjos prostraram-se diante dEle. Ofereceram suas vidas. Jesus lhes disse que pela
Sua morte salvaria a muitos; que a vida de um anjo não poderia pagar a dívida. Sua
vida unicamente poderia ser aceita por Seu Pai como resgate pelo homem. Jesus
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também lhes disse que teriam uma parte a desempenhar — estar com Ele, e O
fortalecer em várias ocasiões. Que Ele tomaria a natureza decaída do homem, e Sua
força não seria nem mesmo igual à deles. Historia da Redenção, p. 43.2

NOTA: Segundo o texto acima é dito que nem “a vida de um anjo não poderia pagar
a dívida”, muito menos a vida de Adão, antes da queda, poderia pagar a dívida! Isso
significa que não era a “natureza humana” que Jesus tomaria que faria a diferença
no plano da redenção, mas o fato dEle ser Deus. Portanto não havia problemas em
ter vindo com a “natureza humana caída”, que Ele tinha, mas em se manter
participante da natureza divina até o fim, sendo fiel em tudo, mesmo em “natureza
caída”.

Quando Cristo foi crucificado, foi Sua natureza humana que morreu. A Divindade
não sucumbiu e morreu; isso teria sido impossível. Manuscript Releases, v. 21, p.
408

‘Eu sou a ressurreição e a vida’ (Jo 11:25). Aquele que disse: ‘Dou a Minha vida para
tornar a tomá-la’ (Jo 10:17) ressurgiu do túmulo para a vida que estava nEle mesmo.
A humanidade morreu; a divindade não morreu. Em Sua divindade, possuía Cristo o
poder de romper os laços da morte. Declara Ele que tem vida nEle mesmo para dar
vida a quem quer. Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 301

Todos os seres criados vivem pela vontade e poder de Deus. Eles são recipientes da
vida do Filho de Deus. Por mais capazes e talentosos, por maiores que sejam suas
habilidades, eles são reabastecidos com vida que vem da Fonte de toda vida. Ele é a
fonte de vida. Somente Aquele único que possui a imortalidade e faz Sua habitação
na luz e na vida pode dizer: “Tenho autoridade para dar *Minha vida+, e tenho
autoridade para retomá-la.” *...+ Cristo estava investido com o direito de dar
imortalidade. A vida que, em Sua humanidade, Ele doou, outra vez Ele a tomou, e
deu para a raça humana. “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância.
Youth Instructor, 4 de agosto de 1898. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo
Dia, v. 5, p. 1113, 1114

EM QUE MOMENTO CRISTO SENTIU OS PECADOS DO MUNDO E A CULPA DE TODOS


NÓS, OS QUAIS ELE NÃO TINHA EM SUA NATUREZA HUMANA?

Getsêmani - Terrível era o conflito. Media-se pela culpa da nação, de Seus


acusadores e traidor, pela culpa de um mundo imerso na impiedade. Os pecados dos
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homens pesavam duramente sobre Cristo, e esmagava-Lhe a alma o sentimento da


ira divina. O Desejado de Todas as Nações, p. 485.4

Na Cruz - Sobre Cristo como nosso substituto e penhor, foi posta a iniqüidade de nós
todos. Foi contado como transgressor, a fim de que nos redimisse da condenação da
lei. A culpa de todo descendente de Adão pesava-Lhe sobre a alma. A ira de Deus
contra o pecado, a terrível manifestação de Seu desagrado por causa da iniqüidade,
encheram de consternação a alma de Seu Filho. O Desejado de Todas as Nações, p.
532.3

A esperança não Lhe apresentava Sua saída da sepultura como vencedor, nem Lhe
falava da aceitação do sacrifício por parte do Pai. Temia que o pecado fosse tão
ofensivo a Deus, que Sua separação houvesse de ser eterna. Cristo sentiu a angústia
que há de experimentar o pecador quando não mais a misericórdia interceder pela
raça culpada. Foi o sentimento do pecado, trazendo a ira divina sobre Ele, como
substituto do homem, que tão amargo tornou o cálice que sorveu, e
quebrantou o coração do Filho de Deus. O Desejado de Todas as Nações, p. 532.4

Em Suas horas finais, quando pendia na cruz, experimentou em grau máximo o que
o ser humano precisa experimentar quando luta contra o pecado; compreendeu
quão mau o homem pode se tornar ao ceder ao pecado; compreendeu as terríveis
consequências da transgressão da lei de Deus, pois a iniquidade do mundo todo
estava sobre Ele. (YI, 20/07/1899). Mensagens Escolhidas Vol. 3, p. 132

ESTE ASSUNTO É IMPORTANTE PARA A IGREJA?

A humanidade do Filho de Deus é tudo para nós. É a corrente de ouro que liga nossa
alma a Cristo, e por meio de Cristo a Deus. Isto deve constituir nosso estudo. Cristo
foi um homem real; deu prova de Sua humildade, tornando-Se homem. Entretanto,
era Ele Deus na carne. Quando abordamos este assunto, bem faremos em levar a
sério as palavras dirigidas por Cristo a Moisés, junto à sarça ardente: “Tira as
sandálias dos pés, porque o lugar em que estas é terra santa.” Êxodo 3:5. Devemos
aproximar-nos deste estudo com a humildade de um discípulo, de coração contrito.
E o estudo da encarnação de Cristo é campo frutífero, que recompensará o
pesquisador que cave fundo em busca de verdades ocultas. Mensagens Escolhidas
Vol. 1, p. 244
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E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em


carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no
mundo, recebido acima na glória. 1 Timóteo 3:16

Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo
veio em carne é de Deus; E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio
em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que
há de vir, e eis que já agora está no mundo. 1 João 4:2,3

A NATUREZA HUMANA DE JESUS – TEOLOGIA ADVENTISTA

Como renovo. Cristo cresceu física, mental e espiritualmente em harmonia com as


leis naturais do desenvolvimento humano (ver com. de Lc 2:52). Como uma planta
tira o sustento do solo, Ele Se sustentaria da sabedoria e da força de Deus.
Metáfora de um "renovo" parece ser uma alusão ao "rebento" (Is 11:1). Comentário
Bíblico Adventista Vol. 4, p. 307 (comentando Isaias 53:2)

Jesus assumiu a natureza humana e, com ela, a possibilidade de ceder ao pecado


(DTN, 117). Foi-Lhe permitido “que enfrentasse os perigos da vida em comum com
todo ser humano, combatesse o combate como qualquer filho da humanidade o
tem de fazer, com risco de fracasso e ruína eterna’’ (DTN, 49). Só assim poderia ser
dito que “foi Ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado”
(Hb 4:15). De outro modo, se, como afirmam alguns, por ser divino, Jesus não
pudesse ser tentado, então Sua tentação teria sido uma farsa. Foi por meio de Sua
natureza humana que Ele experimentou a tentação (cf. DTN, 686). Se Sua
experiência com a tentação tivesse sido em qualquer nível menos probante que
nossas experiências, “Ele não estaria habilitado para nos socorrer” (DTN, 117).
Comentário Bíblico Adventista Vol. 5, p. 317 (comentando Mateus 4:1)

Carne. Ou, as tendências e desejos naturais estimulados pelos sentidos. Com a


expressão “carne”, os escritores do NT em geral se referem à natureza pecaminosa,
de apetites ou desejos (cf. Rm 8:3). Comentário Bíblico Adventista Vol. 5, p. 565
(comentando Mateus 26:41)
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Orava. Ver com. de Mc 3:13. Uma das características marcantes e significativas de


Cristo é o fato de que Ele orava, com frequência e eficácia. Muitas vezes, durante
Sua vida terrena Jesus salientou que “o Filho nada pode fazer de Si mesmo” (Jo
5:19; cf. Mc 1:30). As obras maravilhosas que Ele realizou foram feitas mediante o
poder do Pai (ver DTN, 143). As palavras que Ele falou Lhe foram ensinadas pelo
Pai (Jo 8:28). Antes que Jesus viesse a este mundo, Ele conhecia cada detalhe do
plano para a Sua vida. “Ao andar entre os homens, porém, era guiado passo a
passo pela vontade do Pai” (DTN, 147; ver com. de Lc 2:49). O plano para Sua vida
Lhe era desdobrado dia a dia (ver DTN, 208). Comentário Bíblico Adventista Vol. 5,
p. 620 (comentando Marcos 1:35)

Crescia o menino. Esta passagem cobre a infância de Jesus, até que ele completasse
12 anos de idade (v. 42), como os v. 51 e 52 cobrem Sua juventude e início da vida
adulta. O desenvolvimento da natureza humana e da personalidade de Jesus Cristo
continuou de modo normal, exceto que Ele jamais cedeu ao pecado. Viveu como
uma criança e um jovem normais vivem no círculo familiar. Passou por todos esses
anos como qualquer ser humano, na medida em que o crescimento físico, mental,
espiritual e social ocorre com todas as pessoas (ver com. do v. 52), exceto que
nenhuma deficiência prejudicou seu processo de crescimento. Esse processo de
crescimento claramente comprova a verdadeira humanidade de Jesus, como Sua
perfeição comprova Sua divindade.
E Se fortalecia. As mesmas expressões, “crescia’’ e “fortalecia”, são usadas para o
desenvolvimento de João Batista (Lc 1:80). Tanto João quanto Jesus eram saudáveis
e vigorosos.
Em espírito (ARC). Evidências textuais (cf. p. 136) favorecem a omissão destas
palavras (cf. ARA). A expressão se refere ao desenvolvimento de uma
personalidade simétrica.
Enchendo-se de sabedoria. O processo de crescimento mental acompanhou o ritmo
do crescimento físico. Esta expressão resume o desenvolvimento intelectual, moral
e espiritual da criança (ver com. do v. 52). Comentário Bíblico Adventista Vol. 5, p.
775 (comentando Lucas 2:40)
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Antes de Cristo vir a este mundo, o plano para Sua vida “jazia perante Ele, perfeito
em todos os seus detalhes” (DTN, 147). Como a época estabelecida para a
encarnação (Gl 4:4; DTN, 31), “cada evento em Sua obra tinha seu momento
determinado” (DTN, 451). Mesmo assim, quando Ele veio à Terra, foi guiado passo
a passo, enquanto andou entre os homens, pela vontade do Pai, revelada a Ele dia
a dia (DTN, 147; sobre a vida de oração de Jesus, através da qual era instruído por
Deus, ver com. de Mc 1:35; 3:13).
Repetidas vezes, Jesus expressou o pensamento: “O Meu tempo ainda não chegou”
(Jo 7:6, 8); mas, na última Páscoa, Ele disse: “Meu tempo está próximo” (Mt 26:18).
É nosso privilégio viver uma vida entregue diariamente ao Pai, como Cristo o fez, e
ser guiados para cumprir nossa parte no grande plano (DTN, 209; ver Jo 15:10).
Durante todos os dias da eternidade, o Senhor Jesus foi igual ao Pai (ver com. de Jo
1:1-3), mas, no período da encarnação, Ele aceitou uma função subordinada ao Pai
(ver Nota Adicional a João 1; ver com. de Lc 1:31, 35; Jo 1:14). Então, com a idade de
12 anos, Ele Se conscientizou pela primeira vez de Sua filiação ao Pai celestial e de
Sua função como um homem entre os homens. Comentário Bíblico Adventista Vol.
5, p. 780 (comentando Lucas 2:49)

E crescia Jesus. A infância e juventude de Jesus foram anos de desenvolvimento


harmonioso de Sua capacidade física, mental espiritual (ver Ed, 13). A meta a que
Ele aspirava era refletir perfeitamente o caráter de Seu Pai celestial. Aqui estava a
perfeita humanidade, restaurada à imagem de Deus. Trinta anos de constante
preparo precederam um breve ministério de três anos e meio. A declaração do v. 40
se refere principalmente à infância de Jesus, e a declaração do v. 52, à Sua juventude
e ao início da idade adulta. Declarações semelhantes foram feitas a respeito da
juventude de Samuel (1Sm 2:26) e de João Batista (Lc 1:80).
Sabedoria. Do gr. sophia, “inteligência ampla e plena”; isto é, excelência mental no
sentido mais pleno (ver com. de Lc 1:17). Sophia inclui não apenas o conhecimento,
mas a habilidade e o julgamento para aplicar tal conhecimento às circunstâncias e
situações da vida. É importante reconhecer que Jesus não nasceu com
conhecimento, compreensão e sabedoria completos, nem foi dotado com eles de
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modo sobrenatural. Ele “crescia” em sabedoria. “Toda criança pode adquirir


conhecimento como Jesus o adquiriu” (DTN, 70).
Estatura. Jesus Se envolveu na mais elevada forma de exercício, o exercício útil, o
único que confere força física verdadeira e desenvolve plenamente as faculdades.
Este exercício O treinou para suportar Sua parcela dos fardos da vida; foi um
benefício a Ele e uma bênção aos demais (DTN, 72).
Graça, diante de Deus. Desde o primeiro despontar da inteligência, Jesus cresceu
constantemente em graça espiritual e no conhecimento da verdade. Ele crescia em
força moral e compreensão por meio do tempo passado em solidão na natureza,
principalmente nas primeiras horas da manhã, meditando, pesquisando as
Escrituras e buscando a Seu Pai em oração (ver DTN, 90). Em Nazaré, proverbial por
sua iniquidade mesmo naquela geração, Ele sempre esteve exposto à tentação e
tinha que estar constantemente em guarda para preservar Sua pureza de caráter
(DTN, 71, 116).
No final dos preparativos para o ministério, o Pai testemunhou dEle: “Tu és o Meu
Filho amado, em Ti Me comprazo” (Lc 3:22). Ele foi um exemplo vivo do que
significa ser perfeito "como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mt 5:48; DTN, 72; sobre
o modo como Jesus lidava com as tentações, ver com. de Mt 4:1- 11; 26:38-41; Lc
2:40; Hb 2:17; Ellen G. White, Material Suplementar sobre Lc 2:40).
E dos homens. Quanto à personalidade, Jesus era conhecido pela amabilidade
singular do caráter (DTN, 68, 254), pela paciência que nada conseguia perturbar
(DTN, 68, 69), pela graça de uma cortesia altruísta (DTN, 69), pelo tato e o bom
humor (DTN, 73, 87), pela simpatia e ternura (DTN, 74), pelo recato juvenil e pela
graça (DTN, 80). Desde a infância, Seu único propósito na vida era abençoar os
outros (DTN, 70, 90, 92), e Suas mãos estavam sempre dispostas a servir (DTN, 86).
Ele realizou perfeitamente as tarefas de um filho, irmão, amigo e cidadão (DTN, 72,
82).
O perfeito desenvolvimento do caráter de Jesus, sem pecado, desde a infância até
a idade adulta talvez seja o fato mais maravilhoso de toda a Sua vida. Isso supera
toda imaginação. É em vista das garantias de que Ele não desfrutou de
oportunidades que Deus não esteja disposto a proporcionar a nossos filhos (DTN,
70), podemos perguntar: “Como pode suceder isto?” (cf. Jo 3:9).
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Em primeiro lugar: “Jesus aceitou a humanidade quando a raça havia sido


enfraquecida por 4 mil anos de pecado. Como qualquer filho de Adão, aceitou os
resultados da operação da grande lei da hereditariedade” (DTN, 49). A Ele foi
permitido “que enfrentasse os perigos da vida em comum com toda a alma
humana, combatesse o combate como qualquer filho da humanidade o tem de
fazer, com risco de fracasso e ruína eterna” (DTN, 49). Em segundo lugar, o menino
Jesus não foi dotado sobrenaturalmente com sabedoria acima de outras crianças
normais. Ele pensava, falava e agia com a sabedoria de uma criança (DTN, 70, 71;
PJ, 83). “Mas, em cada fase de Seu desenvolvimento, era perfeito, com a graça
simples e natural de uma vida inocente” (PJ, 83). Em terceiro lugar, o ambiente em
que Jesus cresceu, a notória impiedade de Nazaré, sujeitou-O “a todos os conflitos
que nós outros temos de enfrentar” (DTN, 71; cf. 116). Ainda assim na infância e
juventude Sua vida não foi marcada por um único pensamento ou ato errado (DTN,
88).
É em grande parte pelo ensino e exemplo dos pais que o caráter dos filhos é
determinado. Quando os filhos são privilegiados em ver na vida de seus pais um
reflexo da ternura, da justiça e da paciência de Deus, eles O conhecerão como Ele é
(PP, 308). O cultivo do amor, da confiança e da obediência aos pais terrestres
prepara as crianças para amar, confiar e obedecer ao Pai celestial (ver PR, 245; T4,
337; ver com. de Mt 1:16). Se os pais forem humildemente ao Salvador, desejando
ser guiados por Ele na educação de seus filhos, a eles é prometida graça para
moldar o caráter de seus filhos, assim como Maria moldou o caráter do menino
Jesus (ver DTN, 69; cf. 512).
Os pais que gostariam de ver o caráter de Jesus refletido em seus filhos aproveitarão
a riqueza dos conselhos inspirados disponíveis sobre esse assunto importante e os
aplicarão diligente e pacientemente no círculo familiar (ver PJ, 80-89, 325-365; DTN,
68-74, 84-92; CBV, 349-394). Como Abraão, eles “ordenarão” seus filhos e seu lar
(ver com. de Gn 18:19) com bondade, paciência e compreensão (ver Ef 6:4; Cl 3:21),
ainda que com firmeza (ver com. de Pv 13:24; 19:18). Comentário Bíblico Adventista
Vol. 5, p. 781-783 (comentando Lucas 2:52)
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Veio. Do gr. ginomai, “tornar-se”. A palavra pode ter o significado de “nascer” (ver
GL 4:4; ver com. de Jo 8:58).
Segundo a carne. Ou seja, conforme Sua natureza humana (Rm 9:5). Comentário
Bíblico Adventista Vol. 6, p. 513 (comentando Romanos 1:3)

Segundo a carne. Paulo limita a origem judaica de Jesus a Sua natureza humana (cf.
Rm 1:3). Comentário Bíblico Adventista Vol. 6, p. 642 (comentando Romanos 9:5)

Carne pecaminosa. O Filho de Deus veio a este mundo com a divindade velada sob a
humanidade a fim de alcançar a humanidade e com ela comungar em seu estado
enfraquecido e pecaminoso. Se Ele tivesse vindo em Sua condição celestial, o
pecador não suportaria a glória de Sua presença (ver PP, 330). Portanto, em Seu
grande amor e propósito divino de salvar a humanidade, Jesus "não julgou como
usurpação o ser igual a Deus; antes, a Si mesmo Se esvaziou, assumindo a forma de
servo, tornando-Se em semelhança de homens” (Fp 2:6, 7; ver DTN, 22, 23; vol. 5, p.
1014, 1015). Comentário Bíblico Adventista Vol. 6, p. 617 (comentando Romanos
8:3)
Ao assumir a condição humana, era também propósito de Cristo demonstrar à
humanidade e a todo o universo que Satanás e o pecado podem ser combatidos, e
que a obediência à vontade de Deus pode ser prestada pelos seres humanos nesta
vida (ver AA, 531; DTN, 761, 762). Desde a queda de Adão, Satanás havia apontado o
pecado da humanidade como prova de que a lei de Deus era injusta e não podia ser
obedecida. Então, Cristo veio para redimir o fracasso de Adão. Ele foi feito
semelhante aos irmãos em todas as coisas, sofreu e foi tentado em todos os
sentidos, como nós; mas viveu sem pecado (ver Hb 2:17, 18; 4:15; sobre a natureza
humana de Jesus em relação à tentação e ao pecado, ver com. de Mt 4:1; 26:38, 41;
Hb 2:17;4:15, ver Nota Adicional a João 1). Comentário Bíblico Adventista Vol. 6, p.
617 (comentando Romanos 8:3)

E no tocante ao pecado. Ou, "a respeito do pecado”. O conectivo “e” indica ligação
com a frase anterior. Deus enviou Seu Filho em semelhança da carne do pecado e
tendo em vista o pecado. Comentário Bíblico Adventista Vol. 6, p. 617 (comentando
Romanos 8:3)
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Na carne. Cristo enfrentou, venceu e condenou o pecado no campo em que este já


havia exercido seu domínio e senhorio. A carne, contexto de antigos triunfos do
pecado, então se tornou o palco de sua derrota e expulsão. Comentário Bíblico
Adventista Vol. 6, p. 617 (comentando Romanos 8:3)

Se cumprisse. Ou, “se realizasse”. Deus enviou Seu Filho à semelhança de carne do
pecado para que as pessoas fossem totalmente capacitadas a viver em
conformidade com os preceitos de Sua santa lei. Comentário Bíblico Adventista Vol.
6, p. 618 (comentando Romanos 8:4)

Semelhança. "Convinha que, em todas as coisas, Se tornasse semelhante aos


irmãos (Hb 2:17). Ele era plenamente humano e também divino. Quando as pessoas
olham para o Filho encarnado, veem Aquele que é semelhante a elas (ver vol. 5, p.
993-995, 1012-1015).
A crença na divindade de Cristo não deve enfraquecer, assim como a crença em
Sua plena humanidade. Se Cristo não fosse plenamente homem, caso Sua
divindade no mínimo grau alterasse Sua humanidade, então Ele deixaria de ser
exemplo e substituto. Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p. 140-141
(comentando Filipenses 2:7)

A obediência de Cristo era da mesma natureza que a nossa deve ser. Foi na
condição da “carne” (Rm 8:3) que Cristo obedeceu. Ele foi homem, sujeito aos
mesmos desejos que nós. Foi tentado por Satanás, mas venceu o demônio pelo
poder do Espírito Santo, do mesmo modo como devemos fazer. Jesus não exerceu
em Seu próprio favor nenhum poder que nós não possamos empregar (ver com. de
Hb 4:15; ver DTN, 119, 729, 734). Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p. 141
(comentando Filipenses 2:8)

Em todas as coisas. Cristo devia Se tornar homem tão completa e plenamente que
nunca se pudesse dizer que Ele desconhecia qualquer tentação, tristeza, provação
ou sofrimento pelos quais as pessoas passam. Comentário Bíblico Adventista Vol. 7,
p. 437 (comentando Hebreus 2:17)

Tendo sido tentado. Do gr. peirazõ, “testar”, “provar”, “tentar" (ver com. de Hb 4:1).
A natureza humana de Cristo sentiu a força da tentação. Caso contrário, Ele não
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teria entendido a luta terrível de um pobre pecador poderosamente tentado a


ceder. Cristo foi tentado em todos os aspectos “à nossa semelhança” (Hb 4:15). Na
verdade, Ele sofreu sob a tentação. Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p. 437
(comentando Hebreus 2:18)

Compadecer-Se. Do gr. sumpatheõ, “simpatizar”, literalmente, “experimentar


juntamente com”. Cristo é inteiramente solidário com os problemas e dificuldades
de Seus filhos, pois, em Sua condição humana, experimentou as deficiências
comuns ao ser humano, embora sem a menor mácula de pecado. De fato, um dos
propósitos da encarnação era que a Divindade chegasse tão perto da humanidade
que experimentasse os mesmos problemas e enfermidades comuns aos seres
humanos. Assim fazendo, Cristo Se qualificou para ser o sumo sacerdote e nos
representar diante do Pai. Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p. 457
(comentando Hebreus 4:15)

Todas as coisas. Ou seja, todos os tipos de tentação (ver com. de Mt 4:1-11; cf. DTN,
687-694). De alguma maneira que não podemos entender, o Senhor experimentou o
peso de toda tentação possível que o “príncipe deste mundo" (Jo 12:31) pôde impor
a Ele, sem, no mínimo grau, nem mesmo por um pensamento, atender a qualquer
delas (ver Jo 14:30). Satanás não encontrou nada em Jesus que respondesse a seus
ardis astutos (ver DTN, 123; ver com. de Hb 2:18). Comentário Bíblico Adventista
Vol. 7, p. 457 (comentando Hebreus 4:15)

À nossa semelhança. Em todos os aspectos, a não ser pelo pecado. Ele Se tornou
um conosco (ver vol. 5, p. 1013-1015; ver com. de Fp 2:6-8). Comentário Bíblico
Adventista Vol. 7, p. 457-458 (comentando Hebreus 4:15)

Sem pecado. Aqui reside o valor supremo da vida humana do Salvador. Ele foi um
ser humano sem pecado. Pela primeira vez, a natureza humana foi levada à vitória
sobre toda tentação e, por causa da vitória de Cristo sobre o pecado, nós também
podemos triunfar sobre ele (ver com. de Rm 8:1-4). Em Cristo, podemos ser “mais
que vencedores” (Rm 8:37), pois Deus “nos dá a vitória por intermédio de nosso
Senhor Jesus Cristo" (1Co 15:57), tanto sobre o pecado como sobre seu salário, a
morte (ver com. de Gl 2:20). Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p. 458
(comentando Hebreus 4:15)
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PERFEIÇÃO CRISTÃ

Tendências para pecar eliminadas, subjugadas, pelo poder de Deus

Não precisamos reter uma só propensão pecaminosa. Maranata, p. 227.8

Ao participarmos da natureza divina, são eliminadas do caráter as tendências


hereditárias e cultivadas para o mal, e tornamo-nos um vivo poder para o bem.
Sempre aprendendo do Mestre divino, participando diariamente de Sua natureza,
cooperamos com Deus para vencer as tentações de Satanás. Deus atua, e o homem
atua, para que este possa ser um com Cristo assim como Cristo é um com Deus.
Então nos assentamos com Cristo nos lugares celestiais. A mente descansa com paz
e segurança em Jesus. — The S.D.A. Bible Commentary 7:943. Maranata, p. 228.1

Cristo morreu a fim de elevá-los e enobrecê-los, e os que retiverem tendências


hereditárias para o erro não podem permanecer com Ele. Ele sofreu tudo quanto é
possível à carne humana sofrer e resistir, para que passemos triunfantemente por
todas as tentações que Satanás invente a fim de destruir-nos a fé. Filhos E Filhas de
Deus, pág. 294

As tendências que controlam o coração natural devem ser subjugadas pela graça de
Cristo, antes que o homem caído esteja em condições de entrar no Céu, e partilhar da
comunhão com os anjos puros e santos. Atos Dos Apóstolos, p. 273

Se alguém acaricia e cultiva tendências hereditárias para o mal, condescendendo


com inclinações, apetites e paixões carnais, não poderá jamais entrar no reino de
Deus. Mas a pessoa que se esforça por reprimir as más inclinações, que está disposta
a ser governada pelo Espírito de Jesus Cristo, é transformada. *…+ Cristo Triunfante,
pág. 187
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A menos que sejam corrigidas pelo Santo Espírito de Deus, nossas tendências
naturais encerram em si mesmas os germes da morte. A Ciência do Bom Viver, p.
455

Propensão para pecar eliminadas, pelo poder de Deus

Sem o processo transformador que só pode ocorrer pelo poder divino,


as propensões originais para pecar permanecem no coração com toda a sua
intensidade, para forjar novas correntes, para impor uma escravidão que jamais
poderá ser rompida pelo poder humano. Mas os homens nunca poderão entrar no
Céu com seus velhos gostos, inclinações, ídolos, idéias e teorias. O Céu não seria um
lugar de alegria para eles; pois tudo estaria em conflito com seus gostos, apetites e
inclinações, e se oporia dolorosamente a seus traços de caráter naturais e cultivados.
Mensagens Escolhidas Vol. 3, p. 191

Não mais deixeis que qualquer má influência ou propensão, natural ou adquirida vos
leve a subordinar as reivindicações de interesses futuros, eternos, aos negócios
comuns desta vida. Nenhum homem pode servir a dois mestres cujos interesses não
estejam em harmonia. ‘Não podeis servir a Deus e às riquezas.’ Mateus 6:24. ...
Olhando Para O Alto, p. 347.7

Purificação de todo pecado, pelo poder Deus

Precisamos compreender que pela fé em Cristo é nosso privilégio ser participante da


natureza divina e livrar-nos da corrupção das paixões que há no mundo. Então
somos purificados de todo pecado, de todos os defeitos de caráter. Não precisamos
reter nenhuma propensão pecaminosa. Comentários de Ellen G. White, SDABC, vol.
7, pág. 943 (Lição da Escola Sabatina 2° Trim. 1990, pág. 50)

Vosso amor-próprio será ofendido, a alta opinião que tendes de vós mesmos será
decepada pelo martelo e o machado, e a aspereza de vosso caráter será aparada; e
quando o eu e as propensões carnais são tirados, então a pedra assume as devidas
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proporções para o edifício celeste, e começa o processo de polir, refinar, sujeitar,


aperfeiçoar, e sereis moldados segundo o modelo do caráter de Cristo. Filhos e Filhas
de Deus, pág. 319

Inclinação para pecar desarraigadas, pelo poder de Deus

As inclinações e desejos humanos não santificados devem ser desarraigados da vida


como obstáculos ao crescimento cristão. Carta 13, 1902. Evangelismo, p. 347

O Espírito de Deus produz uma nova vida na pessoa, levando os pensamentos e os


desejos à obediência da vontade de Cristo. Mente, Caráter e Personalidade Vol. 2, p.
658

Cristo deu Seu Espírito como um poder divino para vencer toda tendência hereditária
e cultivada para o mal, e gravar Seu próprio caráter em Sua igreja. O Desejado de
Todas as Nações, p. 671

Impulsos para obediência, pelo poder de Deus

O apóstolo se compara a uma pessoa disputando uma carreira, esforçando cada


nervo para alcançar o prêmio. “Pois eu assim corro”, diz ele, “não como a coisa
incerta; assim combato, não como batendo no ar. Antes subjugo o meu corpo, e o
reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma
maneira a ficar reprovado.” 1 Cor. 9:27. Para que não viesse a correr incertamente
ou a esmo na carreira cristã, Paulo se submetia a severo exercício. As palavras
“subjugo o meu corpo”, literalmente significam repelir por severa disciplina os
desejos, os impulsos e as paixões. Atos dos Apóstolos, p. 314

No coração renovado pela graça divina, o amor é o princípio da ação. Modifica o


caráter, governa os impulsos, domina as paixões, subjuga a inimizade e enobrece as
afeições. Este amor, abrigado na alma, ameniza a vida e espalha ao redor uma
influência enobrecedora. Caminho a Cristo, p. 47

Obediência a Deus é liberdade do cativeiro do pecado, livramento das paixões e


impulsos humanos. O homem pode ser vencedor de si mesmo, vencedor de suas
inclinações, vencedor dos principados e potestades, e dos “príncipes das trevas deste
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século”, e das “hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”. Efés. 6:12. A
Ciência do Bom Viver, p.131

Toda a verdadeira obediência vem do coração. Deste procedia também a de Cristo. E


se consentirmos, Ele por tal forma Se identificará com os nossos pensamentos e
ideais, dirigirá nosso coração e espírito em tanta conformidade com o Seu querer,
que, obedecendo-Lhe, não estaremos senão seguindo nossos próprios impulsos. O
Desejado de Todas as Nações, p.668

Sem pretensão de ser perfeito

Aquele que tem contínuo senso da presença de Cristo não pode condescender com a
confiança em si mesmo nem com a justiça própria. Nenhum dos profetas ou
apóstolos fez arrogantes proclamações de santidade. Quanto mais se aproximavam
da perfeição de caráter, tanto menos se consideravam dignos e justos. Aqueles,
porém, que possuem o menor senso da perfeição de Jesus, aqueles cujos olhos são
menos voltados para Ele, são os que têm as maiores pretensões de perfeição. Fé e
Obras, p. 47

Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual Se nos tornou da parte de Deus sabedoria,
e justiça, e santificação, e redenção, para que, como está escrito: Aquele que se
gloria, glorie-se no Senhor.’ 1 Cor. 1:30, 31. É aqui que podemos distinguir entre a
santificação genuína e a falsa. A santificação não consiste meramente em professar
e ensinar a Palavra de Deus, mas em viver de acordo com a Sua vontade. Os que
afirmam ser sem pecado e fazem alarde de sua santidade são presunçosos, e não
compreendem seu perigo. Ancoram a alma na suposição de que, tendo uma vez
experimentado o poder santificador de Deus, não estão em perigo de cair.
Conquanto afirmem ser ricos e privilegiados, e não precisar de coisa alguma, não
sabem que são miseráveis, pobres, cegos e nus. Aqueles, porém, que realmente são
santificados, têm consciência de sua debilidade. Sentindo sua necessidade, vão a
Jesus em busca de luz, graça e força, pois nEle habita toda a plenitude e só Ele pode
suprir suas necessidades. Estando cientes de suas próprias imperfeições, procuram
tornar-se mais semelhantes a Cristo e viver de acordo com os princípios de Sua santa
lei. Este contínuo senso de ineficiência conduzirá a tão completa dependência de
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Deus, que Seu Espírito será exemplificado neles. Os tesouros do Céu se abrirão para
suprir as necessidades de toda alma faminta e sedenta. Todas as pessoas com tais
características têm a certeza de que um dia contemplarão a glória daquele reino
que, por enquanto, a imaginação só pode formar uma pálida idéia. Os que sentiram
o poder santificador e transformador de Deus não devem cair no perigoso erro de
pensar que são sem pecado, que atingiram o mais elevado estado de perfeição e que
estão fora do alcance da tentação. O padrão que o cristão deve manter diante de si é
a pureza e amabilidade do caráter de Cristo. Dia a dia ele poderá revestir-se de
novas belezas e refletir sobre o mundo mais e mais da imagem divina. E Recebereis
Poder (MM), p. 65

Paulo sabia que sua batalha contra o mal não terminaria enquanto ele tivesse vida.
Sempre sentia a necessidade de colocar estrita guarda sobre si mesmo, para que os
desejos terrestres não lograssem minar seu zelo espiritual. Com todas as suas forças
continuava a lutar contra as inclinações naturais. Sempre mantinha diante de si o
ideal a ser alcançado, e esse ideal procurava ele alcançar mediante voluntária
obediência à lei de Deus. Suas palavras, atos e paixões – tudo era posto sob o
controle do Espírito de Deus. Era esta inteireza de propósitos para vencer na carreira
pela vida eterna que Paulo ansiava ver revelada na vida dos crentes coríntios. Ele
sabia que para alcançarem o ideal de Cristo, tinham eles diante de si uma luta
vitalícia na qual não haveria tréguas. Insistia com eles para que porfiassem
lealmente, buscando dia a dia a piedade e a excelência moral. Suplicava-lhes para
porem de lado todo embaraço, e a prosseguir rumo ao alvo da perfeição em Cristo.
Atos dos Apóstolos, p. 314-315

Podemos medir-nos por nós mesmos, podemos comparar-nos uns aos outros,
podemos dizer que procedemos tão bem como Fulano ou Sicrano, mas a pergunta
para a qual o juízo exigirá resposta é: Satisfazemos as reivindicações dos altos Céus?
Alcançamos o padrão divino? Está nosso coração em harmonia com o Deus do Céu?
Mensagens Escolhidas vol. 1, p. 321

Perfeição unicamente pela graça e poder de Deus


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Ele veio a este mundo e viveu uma vida sem pecado, para que, em Seu poder, Seu
povo possa também viver vidas sem pecado. Review and Herald, 01/04/1902

Mal fazemos ideia da força que possuiríamos se nos ligássemos à fonte de toda
força. Caímos repetidamente em pecado, e pensamos que isso deve ser sempre
assim. Apegamo-nos a nossas fraquezas como se fossem qualquer coisa de que nos
devêssemos orgulhar. Cristo nos diz que devemos pôr nosso rosto como um seixo, se
quisermos vencer. Ele levou nossos pecados no próprio corpo ao madeiro; e
mediante o poder que nos deu, é-nos possível resistir ao mundo, à carne e ao diabo.
Mensagens aos Jovens, p. 105

O Salvador mostrou, por meio de Sua humanidade consumada por uma vida de
constante resistência ao mal, que, com a cooperação da Divindade, podem os seres
humanos alcançar nesta vida a perfeição de caráter. Atos dos Apóstolos, p. 531

Irmãos, não sejais mais servos indolentes. Toda alma tem de lutar com a inclinação.
Cristo não veio salvar os homens em seus pecados, mas de seus pecados. Ele tornou
possível que tenhamos um caráter santo; não vos contenteis, portanto, com defeitos
e imperfeições. Embora devamos buscar diligentemente a perfeição de caráter,
precisamos lembrar-nos, porém, de que a santificação não é a obra de um momento,
mas de toda a vida. Paulo disse: ‘Dia após dia, morro!’ 1 Coríntios 15:31. A obra de
vencer deve prosseguir dia a dia. Cada dia temos de resistir à tentação e obter a
vitória sobre o egoísmo em todas as suas formas. E Recebereis Poder, p. 353

Da mesma maneira que o inimigo operou para vencer o Salvador, assim ele operará
com a família humana hoje. Mas em todo o tempo de prova e dificuldade, lembrai-
vos de que Cristo passou por experiências semelhantes e que saiu de toda a prova
sem uma mácula de pecado sobre Seu caráter. Ele veio para revelar aquilo que todo
membro da família humana pode tornar-se mediante Sua graça. Ele compreende
toda a dificuldade... e prontifica-Se a fortalecer aqueles que lutam contra os poderes
do mal. Olhando para o Alto, p. 239

A lei de Deus não se satisfaz com coisa alguma que não seja a perfeição, a perfeita e
inteira obediência a todos os seus reclamos. O chegar a meio caminho de suas
reivindicações, e não prestar perfeita e completa obediência, de nada aproveitará.
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Os mundanos e infiéis admiram a coerência, e sempre se convenceram


poderosamente de que Deus estava com Seu povo quando as obras desse povo
correspondiam à fé que professavam. - Testemunhos Para a Igreja vol. 1, p. 416.1

Nosso Senhor Jesus Cristo veio a este mundo como o infatigável servo das
necessidades do homem. ‘Tomou sobre Si as nossas enfermidades e levou as nossas
doenças’ (Mat. 8:17), a fim de poder ajudar a todas as necessidades humanas. Veio
para remover o fardo de doenças, misérias e pecado. Era Sua missão restaurar
inteiramente os homens; veio trazer-lhes saúde, paz e perfeição de caráter. A Ciência
do Bom Viver, p. 17

O reino de Deus não vem com aparência exterior. Vem mediante a suavidade da
inspiração de Sua Palavra, pela operação interior de Seu Espírito, a comunhão da
alma com Ele que é sua vida. A maior manifestação de Seu poder se observa na
natureza humana levada à perfeição do caráter de Cristo. A Ciência do Bom Viver, p.
36

Deveis andar pela fé, não pelos sentimentos. Não precisamos de uma religião
sensacional, mas de uma religião baseada em uma fé inteligente. Esta fé está
firmada na rocha eterna da Palavra de Deus. Os que andam pela fé estão sempre
buscando a perfeição de caráter mediante constante obediência a Cristo. E
Recebereis Poder (MM), p. 129

Necessitamos entender mais claramente o que está em jogo no grande conflito em


que nos achamos empenhados. Precisamos compreender com mais plenitude o
valor das verdades da Palavra de Deus, e o perigo de permitir que nosso espírito seja
delas desviado pelo grande enganador. O infinito valor do sacrifício requerido para
nossa redenção revela que o pecado é um tremendo mal. Pelo pecado, perturba-se
todo o organismo humano, a mente é pervertida, corrompida a imaginação. O
pecado tem degradado as faculdades da alma. As tentações exteriores encontram
eco no coração, e os pés se volvem imperceptivelmente para o mal. Como foi
completo o sacrifício feito em nosso favor, assim deve ser a nossa restauração do
aviltamento do pecado. Nenhum ato de impiedade será desculpado pela lei de Deus;
injustiça alguma lhe pode escapar à condenação. A ética evangélica não reconhece
nenhuma norma senão a perfeição do caráter divino. A vida de Cristo foi um perfeito
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cumprimento de todo preceito da lei. Ele disse: ‘Eu tenho guardado os


mandamentos de Meu Pai.’ João 15:10. Sua vida é nosso exemplo de obediência e
serviço. Somente Deus pode renovar o coração. ‘Deus é o que opera em vós tanto o
querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade.’ Filip. 2:13. Mas é-nos ordenado:
‘Operai a vossa salvação com temor e tremor.’ Filip. 2:12. A Ciência do Bom Viver, p.
451

Se não reagirmos positivamente à luz que nos é concedida e prestarmos-lhe a devida


obediência, mantendo nossa alma no amor de Deus e permanecendo em Cristo,
aquilo que para nós se tornaria uma bênção passa a ser uma maldição. É o
enganador, não o Espírito da verdade, que nos faz crer que não podemos tornar-nos
puros e santos, um povo poderoso separado do mundo, unidos uns aos outros com
amor mediante Cristo. Olhando Para o Alto, p. 416.6

Os que no Pentecoste foram dotados com poder do alto, não ficaram por isto livres
de tentações e provas. Enquanto testemunhavam da verdade e da justiça, eram
repetidamente assediados pelo inimigo de toda a verdade, o qual procurava roubá-
los de sua experiência cristã. Eram compelidos a lutar com todas as faculdades dadas
por Deus, a fim de alcançarem a estatura de homens e mulheres em Cristo Jesus.
Diariamente oravam por novos suprimentos de graça, para que pudessem subir mais
e mais na escala da perfeição. Sob a operação do Espírito Santo, mesmo os mais
fracos, pelo exercitar fé em Deus, aprendiam a melhorar as faculdades conseguidas,
e a se tornarem santificados, refinados e enobrecidos. Ao se submeterem em
humildade à modeladora influência do Espírito Santo, recebiam a plenitude da
Divindade e eram modelados à semelhança do divino. Atos dos Apóstolos, p. 49-50

No dia do juízo, não será defendido o procedimento do homem que reteve a fraqueza
e imperfeição da humanidade. Para ele não haverá lugar no Céu. Ele não pôde
desfrutar a perfeição dos santos na luz. Quem não tem suficiente fé em Cristo para
crer que Ele pode livrá-lo de pecar, não tem a fé que lhe dará entrada no reino de
Deus. Mensagens Escolhidas vol.3, p. 360

É requerida obediência exata e os que dizem não ser possível levar vida perfeita,
lançam sobre Deus a acusação de injustiça e falsidade. Review and Herald,
07/02/1957
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Sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste. Mateus 5:48. Quando Deus
deu Seu Filho ao mundo, tornou possível a homens e mulheres serem perfeitos
mediante o uso de toda capacidade do seu ser para glória de Deus. Em Cristo deu-
lhes as riquezas de Sua graça, e o conhecimento de Sua vontade. Ao esvaziarem-se
do eu e aprenderem a andar em humildade, buscando orientação de Deus, os
homens estariam capacitados a cumprir o elevado propósito de Deus para eles. A
perfeição de caráter baseia-se no que Cristo é para nós. Se confiamos continuamente
nos méritos de nosso Salvador, e andamos em Seus passos, seremos semelhantes a
Ele, puros e incontaminados. Nosso Salvador não requer impossibilidade de pessoa
alguma. Ele não espera de Seus discípulos coisa alguma para cuja realização não
esteja disposto a conceder-lhes graça e força. Não os chamaria a ser perfeitos, caso
não dispusesse de toda perfeição e graça para conceder àqueles a quem conferisse
tão alto e santo privilégio. ... Nossa obra é esforçar-nos para atingir, em nossa
esfera, a perfeição que Cristo atingiu em todos os aspectos do caráter. Ele é nosso
exemplo. Devemos esforçar-nos para honrar a Deus no caráter. ... Importa sermos de
todo dependentes do poder que Ele nos prometeu. Jesus não revelou qualidades,
nem exerceu poderes que os homens não possam possuir mediante a fé nEle. Sua
perfeita humanidade é a que todos os Seus seguidores podem possuir, se forem
sujeitos a Deus como Ele o foi. Maravilhosa Graça, p. 230-231

Se fizerem de Deus a sua força, poderão, sob as circunstâncias mais desanimadoras,


atingir uma altura e uma amplitude de perfeição cristã que dificilmente pensariam
ser possível alcançar. Seus conceitos podem ser tão elevados, poderiam ter tão
nobres aspirações, percepções claras da verdade e propósito de ação que vocês
serão elevados acima de todos os motivos sórdidos. Conselhos Sobre Saúde, p. 384

Nossa obra é procurar alcançar em nossa esfera de ação a perfeição que Cristo
alcançou em Sua vida terrena, em cada aspecto de Sua personalidade. Ele é nosso
exemplo. Em todas as coisas devemos procurar honrar a Deus em caráter. O ficar
diariamente aquém dos reclamos divinos constitui perigo para a salvação de nossa
alma. Precisamos compreender e apreciar o privilégio de que Cristo nos investe, e
mostrar nossa determinação de alcançar a mais elevada norma. Devemos confiar
inteiramente no poder que Ele nos prometeu dar. Medicina e Salvação, p. 253
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Se Ele não tivesse sido plenamente humano, Cristo não poderia ter sido nosso
substituto. Ele não poderia ter desenvolvido na humanidade a perfeição de caráter
que é privilégio de todos alcançar. ... Em sua humanidade, Ele apropriou-se da
divindade de Deus; e isso cada membro da família humana tem o privilégio de fazer.
Cristo não fez nada que a natureza humana não possa fazer se participar da
natureza divina. Signs of the Times, 17/06/1897

Essas palavras foram relatadas para auxílio de toda alma que luta. Paulo ergue a
norma de perfeição, e mostra como pode ser alcançada. ‘Operai a vossa salvação’,
diz ele, ‘porque Deus é o que opera em vós.’ A obra de ganhar a salvação é de co-
participação e cooperação. Deve haver cooperação entre Deus e o pecador
arrependido. Isto é necessário para a formação de corretos princípios de caráter.
Deve o homem fazer veementes esforços para vencer o que o impede de alcançar a
perfeição. Mas, para alcançar êxito, ele depende inteiramente de Deus. Por si
mesmos os esforços humanos não são suficientes. Sem a ajuda do poder divino ele
de nada vale. Deus age e o homem também. A resistência à tentação deve partir do
homem, que por sua vez deve obter de Deus o poder. De um lado se acham
sabedoria infinita, compaixão e poder; do outro debilidade, pecaminosidade e
incapacidade absoluta. Deus quer que governemos nosso ser, mas não nos pode
ajudar sem nosso consentimento e cooperação. O Espírito divino age por meio dos
poderes e faculdades concedidos ao homem. Não podemos pôr por nós mesmos
nossos propósitos, desejos e inclinações em harmonia com a vontade divina; mas se
estamos dispostos, o Salvador fará isso por nós. Atos dos Apóstolos, p. 482-483

Vivendo sem pecar após o termino da graça

Quando Cristo cessar a Sua obra como mediador em prol do homem, então
começará este tempo de angústia. Ter-se-á então decidido o caso de toda alma, e
não haverá sangue expiatório para purificar do pecado. Patriarcas e Profetas, p. 201

Os que estiverem vivendo sobre a Terra quando a intercessão de Cristo cessar no


santuário celestial, deverão, sem mediador, estar em pé na presença do Deus santo.
Suas vestes devem estar imaculadas, o caráter liberto de pecado, pelo sangue da
aspersão. Mediante a graça de Deus e seu próprio esforço diligente, devem eles ser
vencedores na batalha contra o mal. Enquanto o juízo investigativo prosseguir no
Céu, enquanto os pecados dos crentes arrependidos estão sendo removidos do
santuário, deve haver uma obra especial de purificação,
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ou de afastamento de pecado, entre o povo de Deus na Terra. Esta obra é mais


claramente apresentada nas mensagens do Capítulo 14 de Apocalipse. O Grande
Conflito, p. 425.2

Quando o Senhor vier, os que são santos serão santos ainda. Os que houverem
conservado o corpo e o espírito em santidade, em santificação e honra, receberão
então o toque final da imortalidade. Mas os que são injustos, não santificados e
sujos, assim permanecerão para sempre. Nenhuma obra se fará então por eles para
lhes tirar os defeitos, e dar-lhes um caráter santo. Então o Refinador não Se
assentará para prosseguir em Seu processo de purificação, e para remover-lhes os
pecados e a corrupção. Tudo isto deve ser feito nestas horas da graça. É agora que
esta obra deve ser feita por nós. Maranata, p. 223.3

As vestes de vosso caráter precisam ser lavadas até ficarem sem manchas, na fonte
aberta para remover toda a impureza. Vosso valor moral será pesado nas balanças
do santuário, e, se fordes achados em falta, sofrereis eterna perda. Toda a aspereza,
toda a rudeza deve ser removida de vosso caráter antes que Jesus venha; pois
quando Ele vier, estará terminada a preparação para toda alma. Mensagens
Escolhidas vol. 3, p. 155

Jesus não muda o caráter em Sua vinda. A obra de transformação precisa ser feita
agora. O Lar Adventista, p.16

Muitos estão enganando a si mesmos por pensar que o caráter será transformado na
vinda de Cristo, mas não haverá conversão de coração em Seu aparecimento. Temos
que nos arrepender de nossos defeitos de caráter aqui, e pela graça de Cristo
precisamos vencê-los enquanto dura a graça. Este é o lugar para nos prepararmos
para a família do Alto. O Lar Adventista, p. 319

Só entrarão nos Céus os que, durante o tempo da prova, tiverem formado um caráter
que respire uma influência celestial. O santo do Céu deve ser primeiro um santo na
Terra. Orientação da Criança, p. 481

Quando Cristo vier, não nos há de purificar de nossos pecados, remover de nós os
defeitos que há em nosso caráter, ou curar-nos das fraquezas de nosso gênio e
disposição. Se acaso esta obra houver de ser efetuada em nós, sê-lo-á totalmente
antes daquela ocasião. Testemunhos Seletos, vol. 1, p. 182
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O Senhor tem uma grande obra para realizar, e mais legará na vida futura aos que na
presente serviram mais fiel e voluntariamente. O Senhor escolhe Seus agentes e dá-
lhes cada dia, sob diferentes circunstâncias, oportunidades em Seu plano de
operação. Escolhe Seus agentes em cada esforço sincero de levar a efeito o Seu
plano, não porque sejam perfeitos, mas porque pela conexão com Ele podem
alcançar a perfeição. Deus somente aceitará os que estão decididos a ter um alvo
elevado. Coloca cada agente humano sob a obrigação de fazer o melhor. De todos é
requerido perfeição moral. Nunca devemos abaixar a norma de justiça com o fim de
acomodar à prática do mal, tendências herdadas ou cultivadas. Precisamos
compreender que imperfeição de caráter é pecado. Todos os justos atributos de
caráter habitam em Deus como um todo perfeito e harmonioso, e todo aquele que
aceita a Cristo como Salvador pessoal, tem o privilégio de possuir estes atributos.
Parábolas de Jesus, p. 330

Profetas, apóstolos, evangelistas, pastores, professores, devem todos trabalhar pelo


aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério, para a edificação do corpo de
Cristo. Este objetivo não merece cuidadosa atenção? Não conseguimos discernir que
tem havido negligência em algum trabalho especial para a igreja, pelo fato de os
santos não terem atingido a perfeição que Deus quer que atinjam? Houvesse sido
efetuada a obra do ministério, e a igreja teria sido edificada e preparada para o
grande trabalho que recai sobre ela. A verdade teria sido apresentada de tal maneira
que o Espírito do Senhor teria impressionado corações, e pecadores teriam sido
persuadidos e convertidos, e assumido sua posição como seguidores de Cristo. E
Recebereis Poder, p. 217

A um preço infinito, foram tomadas providências para que os homens atinjam a


perfeição do caráter cristão. Os que tiveram o privilégio de ouvir a verdade, e foram
impressionados pelo Espírito Santo a receber as Escrituras Sagradas como a voz de
Deus, não têm desculpa para serem pigmeus na vida religiosa. E Recebereis Poder,
p. 66

Antes de conceder-nos o batismo do Espírito Santo, Nosso Pai Celestial nos provará
para ver se podemos viver sem desonrá-Lo. ... Antes que venha porém esse tempo,
tudo o que é imperfeito em nós terá sido visto e deixado de lado. Mensagens
Escolhidas Vol. 3, p. 426, 427
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Nem mesmo por um pensamento poderia nosso Salvador ser levado a ceder ao
poder da tentação. ... Esta é a condição em que devem encontrar-se os que
subsistirão no tempo de angústia. O Grande Conflito, p. 623

Vivendo sem pecar pelo poder de Deus

Os seres celestiais cooperarão com o agente humano que procura com fé decidida a
perfeição de caráter que se manifeste na ação perfeita. A todo que se empenha
nesta obra, Cristo diz: Estou à tua destra, para te auxiliar. Colaborando a vontade do
homem com a de Deus, ela se torna onipotente. Tudo que deve ser feito a Seu
mando pode ser cumprido por Seu poder. Todas as Suas ordens são promessas
habilitadoras. Parábolas de Jesus, p. 332 e 333

Todo aquele que, pela fé, obedece aos mandamentos, alcançará o estado de
impecabilidade no qual Adão viveu antes de sua transgressão. The Signs of the
Times, 23/07/1902. Nos Lugares Celestiais, p. 303

Deus não aceitará coisa alguma a não ser a pureza e a santidade; uma mancha, uma
ruga, um defeito de caráter, exclui-los-á para sempre do Céu, com todas as suas
glórias e riquezas. Amplas providências foram tomadas para todos que sincera,
ardente e ponderadamente se dedicarem à obra de aperfeiçoar a santidade no
temor de Deus. Força, graça e glória foram providas por meio de Cristo, para serem
levadas pelos anjos ministradores aos herdeiros da salvação. Ninguém é tão baixo,
tão corrupto e vil, que não possa encontrar em Jesus, que morreu por ele, força,
pureza e justiça, caso abandone seus pecados, deixe sua vida de iniquidade e se volte
para o Deus vivo com inteiro propósito de coração. Conselhos sobre Saúde, p. 568

A Majestade do Céu empreendeu a causa do homem e, com os mesmos recursos que


o homem pode alcançar, resistiu às tentações de Satanás, como o homem tem de a
elas resistir. Mensagens. Escolhidas vol. 1, p. 252

O ideal de Deus para Seus filhos é mais alto do que pode alcançar o pensamento
humano. ‘Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos Céus.’
Mat. 5:48. Este mandamento é uma promessa. O plano da redenção visa ao nosso
completo libertamento do poder de Satanás. Cristo separa sempre do pecado a alma
contrita. Veio para destruir as obras do diabo, e tomou providências para que o
Espírito Santo fosse comunicado a toda alma arrependida, para guardá-la de pecar.
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A influência do tentador não deve ser considerada desculpa para qualquer má ação.
Satanás rejubila quando ouve os professos seguidores de Cristo apresentarem
desculpas quanto à sua deformidade de caráter. São essas escusas que levam ao
pecado. Não há desculpas para pecar. Uma santa disposição, uma vida cristã, são
acessíveis a todo filho de Deus, arrependido e crente. O ideal do caráter cristão, é a
semelhança com Cristo. Como o Filho do homem foi perfeito em Sua vida, assim
devem Seus seguidores ser perfeitos na sua. Jesus foi em todas as coisas feito
semelhante a Seus irmãos. O Desejado de Todas as Nações, p. 311

Nenhum de nós jamais receberá o selo de Deus, enquanto o caráter tiver uma nódoa
ou mácula sequer. Cumpre-nos remediar os defeitos de caráter, purificar de toda a
contaminação o templo da alma. Então a chuva serôdia cairá sobre nós, como caiu a
temporã sobre os discípulos no dia de Pentecostes. Que estais fazendo, irmãos, na
grande obra de preparação? Os que se estão unindo com o mundo, se amoldando ao
modelo mundano, e preparando-se para o sinal da besta. Os que desconfiam do eu,
que se humilham diante de Deus, e purificam a alma pela obediência à verdade,
estão recebendo o molde divino, e preparando-se receber na fronte o selo de Deus.
Quando vir o decreto, e o selo for aplicado, seu caráter permanecerá puro e sem
mácula para toda a eternidade. Maranata, p. 238

Nada havia nEle que correspondesse aos sofismas de Satanás. Ele não consentia com
o pecado. Nem por um pensamento cedia à tentação. O mesmo se pode dar
conosco. A humanidade de Cristo estava unida à divindade; estava habilitado para o
conflito, mediante a presença interior do Espírito Santo. E veio para nos tornar
participantes da natureza divina. Enquanto a Ele estivermos ligados pela fé, o pecado
não mais terá domínio sobre nós. Deus nos toma a mão da fé, e a leva a apoderar-se
firmemente da divindade de Cristo, a fim de atingirmos a perfeição de caráter. O
Desejado de Todas as Nações, p. 123

Não vos assenteis na poltrona de Satanás, dizendo que não adianta, que não podeis
deixar de pecar, que não há em vós poder para vencer. Não há poder em vós,
separados de Cristo, mas tendes o privilégio de ter Cristo permanentemente em
vosso coração pela fé, e Ele pode vencer o pecado em vós, quando com Ele
cooperardes. Nossa Alta Vocação, p. 74
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Em seus esforços para alcançar o ideal de Deus para si, o cristão não deve se
desesperar. A perfeição moral e espiritual é prometida a todos, mediante a graça e o
poder de Cristo. Jesus é a fonte de poder. Atos dos Apóstolos, p. 478

Deus providenciou, em Cristo, meios para vencer todo mau traço de caráter, e
resistir a toda tentação, por mais forte que seja. O Desejado de Todas as Nações, p.
429

Obedecendo pelo poder e graça de Jesus

A obediência de Cristo não deve ser posta de lado como se fosse completamente
diferente da obediência que Ele requer de nós individualmente. Cristo nos mostrou
que é possível, para toda a humanidade, obedecer às leis de Deus. Mensagens
Escolhidas, vol. 3 p. 135

[Deus ensina que] a perfeição de caráter por Ele exigida só pode ser alcançada
familiarizando-nos com Sua Palavra. Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes,
p. 454

A cada um que se submete plenamente a Deus é dado o privilégio de viver sem


pecar, em obediência à lei do Céu. Deus requer de nós perfeita obediência. Review
and Herald, 27/09/1906

Parece incrível que alguém que se afirma estudante e professor da Bíblia, declare
que nenhum homem jamais guardará a lei de Deus, ou poderá alguma vez fazê-lo.
Signs of the Times, 18/07/1878

Satanás declarou que era impossível, para os filhos e filhas de Adão observarem a Lei
de Deus, e assim acusou a Deus de falta de sabedoria e amor. Se eles não pudessem
obedecer à Lei, então a falta estava com o Legislador. Os homens, que se acham sob
o controle de Satanás, repetem essas acusações contra Deus, asseverando que o
homem não pode guardar a Lei de Deus. Signs of the Times, 16/01/1896

Por muitos anos estivera Pedro insistindo com os crentes sobre a necessidade do
crescimento constante na graça e no conhecimento da verdade e agora, sabendo
que logo deverá ser levado a sofrer martírio por sua fé, uma vez mais chama a
atenção para os preciosos privilégios que estão ao alcance de todo crente. Com
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ampla certeza de fé, o idoso discípulo exorta os irmãos à firmeza de propósito na


vida cristã. ‘Procurai’, suplica-lhes, ‘fazer cada vez mais firme a vossa vocação e
eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis. Porque assim vos será
amplamente concedida entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus
Cristo.’ 2 Ped. 1:10 e 11. Preciosa garantia! Gloriosa é a esperança oferecida ao
crente, ao avançar ele pela fé em direção às alturas da perfeição cristã! Atos dos
Apóstolos, p. 533

Todo cristão precisa estar constantemente de sobreaviso, vigiando cada entrada da


alma a que Satanás possa encontrar acesso. Ele tem de orar pelo auxílio divino e, ao
mesmo tempo, resistir resolutamente a toda propensão para pecar. Pela coragem,
pela fé, por perseverante esforço, ele pode vencer. Deve lembrar-se, porém, de que,
para alcançar a vitória, Cristo precisa permanecer nele, e ele em Cristo. ... É somente
pela união pessoal com Cristo, pela comunhão com Ele, a cada dia, a cada hora, que
podemos produzir os frutos do Espírito Santo. Testimonies, vol. 5, p. 46-48. Exaltai-
o, p. 395.3

Lembra-te de que em tua vida a religião não deve ser uma simples influência entre
outras. Deve ser uma influência dominadora sobre todas as outras. Sê estritamente
temperante. Resiste a toda a tentação. Não faças nenhuma concessão ao astuto
inimigo. Não dês ouvido às sugestões que ele põe nos lábios de homens e mulheres.
Tens uma vitória a alcançar. Tens nobreza de caráter a alcançar; mas isto não
consegues enquanto estiveres deprimido, e desanimado pelo fracasso. Quebra os
laços com que Satanás te tem preso. Não há necessidade de que sejas escravo seu.
‘Vós serei Meus amigos’, disse Cristo, ‘se fizerdes o que Eu vos mando.’ João 15:14.
Medicina e Salvação, p. 43

Precisamos ter aquela fé que opera pelo amor e purifica a alma. Muitos procuram
substituir a retidão de vida por uma fé superficial, pensando obter deste modo a
salvação. O Senhor requer neste tempo o mesmo que Ele requereu de Adão no Éden
— perfeita obediência à lei de Deus. Precisamos ter justiça sem um defeito, sem uma
mancha. Deus deu o Seu Filho para morrer pelo mundo, mas Ele não morreu para
revogar a lei que era santa e justa e boa. O sacrifício de Cristo no Calvário é um
argumento irrefutável que mostra a imutabilidade da lei. Sua penalidade foi sentida
pelo Filho de Deus em favor do homem culpado, para que por Seus méritos o
pecador pudesse obter a virtude de Seu caráter imaculado pela fé em Seu nome.
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Proporcionou-se ao pecador uma segunda oportunidade para guardar a lei de Deus


na força de seu divino Redentor. Fé e Obras, p. 79

Vencer como Ele venceu

Os que são participantes da natureza divina não cederão à tentação. O inimigo está
trabalhando com todo o poder para vencer os que se empenham em viver a vida
cristã. Aproxima-se deles com tentações, na esperança de que hão de ceder a elas.
Assim espera poder desanimá-los. Mas os que firmaram os pés na Rocha dos séculos
não hão de ceder às suas sutilezas. Lembrar-se-ão de que Deus é seu Pai e Cristo seu
Auxiliador. O Salvador veio ao mundo para trazer a toda alma provada e tentada,
força para vencer assim como Ele venceu. Eu conheço o poder da tentação; sei dos
perigos que se acham no caminho; mas sei, também, que para os que estão lutando
contra a tentação, acha-se provido poder bastante para qualquer emergência.
Mensagens aos jovens, p. 81

Cristo venceu as tentações de Satanás como homem. Toda pessoa pode vencer como
Cristo venceu. Mensagens Escolhidas vol. 3, p. 136

Jesus resistiu às tentações de Satanás do mesmo modo que toda alma tentada pode
resistir. Mensagens Escolhidas vol. 3, p. 136

[Cristo] não exerceu em Seu próprio benefício nenhum poder que o homem não
possa exercer. Enfrentou a tentação como homem, e venceu na força que Lhe foi
concedida por Deus. Ele nos dá um exemplo de perfeita obediência. Tomou
providências para que nos tornemos participantes da natureza divina, e nos
assegura que podemos vencer como Ele venceu. Sua vida testificou que com a ajuda
do mesmo poder divino que Cristo recebeu, é possível ao homem obedecer à lei de
Deus. Manuscrito 141, 1901. Mensagens Escolhidas vol. 3, p. 132

Como Messias Ele obteve vitória sobre as tentações do inimigo, tornando-nos


possível vencer como Ele venceu. Devemos vencer em todo encontro com o inimigo.
Devemos ser vitoriosos tornando-nos participantes da natureza divina, escapando à
corrupção que há no mundo mediante a sensualidade. Olhando para o Alto, p. 11

Contou-lhes que tinha vencido as tentações de Satanás e obtido vitória através de


provações e sofrimentos. Satanás não mais poderia ter poder sobre Ele, e faria suas
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tentações recaírem mais diretamente sobre eles, e sobre todos os que cressem em
Seu nome. Mas poderiam vencer, assim como Ele venceu. História da Redenção, p.
237-238

Muitos parecem pensar que é impossível não cair em tentação, que eles não têm
poder para vencer; e pecam contra Deus com os lábios, expressando desalento e
dúvida, em vez de fé e coragem. Cristo foi tentado em todos os pontos, à nossa
semelhança, mas sem pecado. Ele disse: ‘Aí vem o príncipe do mundo; e ele nada
tem em Mim.’ Que significa isto? Significa que o príncipe do mal não pôde encontrar
em Cristo uma posição vantajosa para sua tentação; e pode suceder a mesma coisa
conosco. Mensagens Escolhidas vol. 3, p. 192

O homem caiu. A imagem de Deus nele se acha deformada. Por causa da


desobediência ele se tornou depravado em suas inclinações e debilitado em suas
faculdades, aparentemente incapaz de esperar qualquer outra coisa além de
tribulação e castigo. Mas Deus, por intermédio de Cristo, planejou um escape, e diz a
todos: ‘Portanto, sede vós perfeitos.’ Mateus 5:48. O Seu propósito é que o homem
seja correto e digno diante dEle, e assim o Seu plano não será frustrado. Ele enviou o
Seu Filho a este mundo a fim de pagar a penalidade do pecado, e mostrar ao homem
como viver uma vida sem pecado. Refletindo a Cristo, p. 29

João chamou a atenção do povo para o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do
mundo. Ele disse: ‘Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!’ Há muita
coisa nessa expressão ‘que tira’. A pergunta é: Continuaremos a pecar como se fosse
impossível vencermos? Como devemos vencer? Como Cristo venceu, e esta é a única
maneira. Ele orava a Seu Pai celestial. Podemos fazer a mesma coisa. ... Quando
tentados a falar e praticar o que é mau, resisti a Satanás, dizendo: ‘Não submeterei
minha vontade ao teu domínio. Cooperarei com o poder divino e, pela graça, serei
vencedor.’ Mensagens Escolhidas vol. 3, p. 195

O exemplo de Cristo mostra-nos que nossa única esperança de vitória está em


resistirmos continuamente aos ataques de Satanás. Aquele que, no conflito com a
tentação, triunfou sobre o adversário das pessoas, compreende o poder de Satanás
sobre o gênero humano, e venceu em nosso favor. Como Vencedor, deu-nos Ele a
vantagem de Sua vitória, a fim de que, em nossos esforços para resistir às tentações
de Satanás, uníssemos nossa fraqueza à Sua força, nossa desvalia aos Seus méritos. E
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sustidos por Seu poder perdurável, sob forte tentação, podemos resistir, em Seu
nome Todo-poderoso, e vencer como Ele venceu. Signs of the Times, 12/03/1912

Ele jejuou quase seis semanas para vencer, em favor dos homens, a
condescendência com o apetite, a vaidade e o desejo de ostentação e honra
mundana. Ele lhes mostrou como podem vencer para o próprio benefício como Ele
venceu; mas não é agradável à sua natureza suportar conflito e injúria, escárnio e
vergonha por amor dEle. Não é agradável negar o eu e estar sempre procurando
fazer o bem a outros. Não é agradável vencer como Cristo venceu, assim eles se
voltam do exemplo que lhes é claramente dado para copiar e recusam imitar o
exemplo que o Salvador lhes deixou ao vir das cortes celestes. Testemunhos para a
Igreja vol. 3, p. 380

Nada menos que a perfeita obediência pode satisfazer ao ideal que Deus requer. Ele
não deixou Sua vontade indefinida. Não ordenou coisa alguma que não seja
necessária a fim de pôr o homem em harmonia com Ele. Devemos encaminhar os
pecadores a Seu ideal de caráter, e conduzi-los a Cristo, por cuja graça, unicamente,
pode esse ideal ser atingido. O Salvador tomou sobre Si as enfermidades humanas, e
viveu uma vida sem pecado, a fim de os homens não terem nenhum temor de que,
devido à fraqueza da natureza humana, eles não pudessem vencer. Cristo veio para
nos tornar ‘participantes da natureza divina’, e Sua vida declara que a humanidade,
unida à divindade, não comete pecado. O Salvador venceu para mostrar ao homem
como ele pode vencer. Temperança, p. 106-107

A aceitação da expiação de Cristo é o fundamento da verdadeira fé. ... Os que


contemplarem suficientemente o espelho divino para ver e desprezar os seus
pecados, sua dessemelhança com o manso e humilde Jesus, terão força para vencer.
Todos quantos em verdade creem, confessarão e abandonarão seus pecados.
Cooperarão com Cristo na obra de pôr sob o domínio da vontade divina suas
tendências hereditárias e cultivadas para o mal, de maneira que o pecado não tenha
mais poder sobre eles. Olhando a Jesus, autor e consumador de sua fé, serão
transformados à Sua semelhança. Eles crescerão até à plena estatura de homens e
mulheres em Cristo Jesus. ... Os que verdadeiramente crêem, que confessam e
abandonam seus pecados, crescerão mais e mais na semelhança de Cristo, até que se
poderá dizer deles no Céu: ‘Estais perfeitos nEle’. Col. 2:10. Nossa Alta Vocação, p.
115
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Cristo assumiu a humanidade e suportou o ódio do mundo para que pudesse


mostrar aos homens e mulheres que eles podiam viver sem pecado, que suas
palavras, suas ações, seu espírito podiam ser santificados a Deus. Podemos ser
cristãos perfeitos se manifestarmos em nossa vida esse poder. Se a luz do Céu
repousar sobre nós continuamente, representaremos a Cristo. Mente, Caráter e
Personalidade vol. 2, p. 527-528

Cristo morreu para tornar possível a você parar de pecar; o pecado é a transgressão
da lei. Review and Herald, 28 de agosto 1894

A fim de copiar corretamente um modelo, devemos estudar cuidadosamente o seu


desenho. Se realmente devemos vencer como Cristo venceu, devemos misturar-nos
na companhia dos que são santificados e glorificados diante do trono de Deus. É da
mais alta importância que estejamos familiarizados com a vida de nosso Redentor e
que neguemos a nós mesmos como fez Cristo. Devemos enfrentar as tentações e
transpor obstáculos através de labutas e sofrimentos e, em nome de Jesus, vencer
como Ele venceu. No Deserto da Tentação, p. 80

Temos tudo a lucrar no conflito com nosso poderoso inimigo, e não ousamos por um
momento ceder a suas tentações. Sabemos que em nossa própria força não nos é
possível triunfar; mas como Cristo humilhou a Si mesmo, e tomou sobre Si nossa
natureza, está familiarizado com as nossas necessidades, e suportando Ele próprio as
mais rudes tentações que o homem venha a suportar, venceu o inimigo resistindo-lhe
às sugestões para que o homem aprenda como se tornar vencedor. Ele Se achava
revestido de um corpo como o nosso, e em todos os aspectos sofreu o que o homem
há de sofrer, e muito mais. Jamais seremos chamados a sofrer como Cristo sofreu;
pois pesavam sobre Ele, não os pecados de um, mas os de todo o mundo. Ele
suportou a humilhação, o vitupério, o sofrimento e a morte, para que, seguindo-Lhe
o exemplo, possamos herdar todas as coisas. E Recebereis Poder, p. 369.3

Cristo é nosso Modelo, o perfeito e santo Exemplo que nos foi dado para que
seguíssemos. Jamais poderemos igualar o Modelo; podemos, porém imitá-Lo e
assemelhar-nos a Ele de acordo com nossa capacidade. Quando cairmos, em inteiro
desamparo, sofrendo em conseqüência de nosso reconhecimento da malignidade do
pecado; quando nos humilharmos perante Deus, afligindo nossa alma com
verdadeiro arrependimento e contrição; quando apresentarmos fervorosas orações a
Deus, em nome de Cristo — seremos então recebidos pelo Pai, na razão direta de
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nossa sincera e completa entrega de tudo que somos a Deus. Devemos reconhecer,
no íntimo da alma, que todos os nossos esforços, em si mesmos, serão inteiramente
destituídos de valor, pois é unicamente em nome e no poder do Vencedor que
seremos vencedores. — The Review and Herald, 5 de Fevereiro de 1895. E
Recebereis Poder, p. 369.4

Vitoria sobre a tentação e sobre o pecado, pelo poder de Deus

Ao resistirmos uma vez à tentação, receberemos vigor para com maior firmeza
resistir a segunda vez; toda nova vitória alcançada sobre o eu aplainará o caminho
para vitórias mais elevadas e nobres. Toda vitória é uma semente lançada para a
vida eterna. Testimonies, vol. 5, pág. 120. Minha Consagração Hoje, p. 299.6

Agora, o que desejamos apresentar é: Como podeis avançar na vida divina. Ouvimos
muitas desculpas: Não posso viver de acordo com isto ou aquilo. Que quereis dizer
com ‘isto ou aquilo’? Quereis dizer que foi efetuado um sacrifício imperfeito para a
raça caída, no Calvário; que não nos é concedido suficiente graça e poder para que
possamos desvencilhar-nos de nossos próprios defeitos e tendências naturais; que
não nos foi dado um Salvador perfeito? Mensagens Escolhidas vol. 3, p. 179

Ninguém diga: não posso corrigir meus defeitos de caráter. Se chegardes a essa
decisão, certamente deixareis de alcançar a vida eterna. A impossibilidade está em
vossa própria vontade. Se não quiserdes não vencereis. A dificuldade real vem da
corrupção de um coração não santificado, e da involuntariedade de se submeter à
direção de Deus. Muitos a quem Deus capacitou para fazer trabalho excelente,
pouco conseguem, porque pouco empreendem. Milhares passam esta vida como se
não tivessem alvo definido pelo qual viver, nem norma para alcançar. Os tais
receberão recompensa proporcional às suas obras. Lembre-se de que nunca
alcançará mais elevada norma que a que se propuser. Fixe pois alto seu alvo e passo
a passo, embora com esforços dolorosos, abnegação e sacrifício, subi até ao topo a
escada do progresso. Que nada vos impeça. Parábolas de Jesus, p. 175-176

PERFEIÇÃO CRISTÃ – TEOLOGIA ADVENTISTA


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PROVÉRBIOS

Encobre as suas transgressões.


A prosperidade espiritual é impossível à pessoa que acaricia o pecado. Desculpar-
se pelos próprios pecados equivale a resistir à obra do Espírito Santo (Jo 16:8-11) e
correr o risco de endurecer tanto o coração ao ponto de não sentir mais o desejo de
ser justo, nem o impulso de se arrepender. Por outro lado, o mero reconhecimento
do pecado não é suficiente. O pecador deve deixá-lo e obter êxito em resistir à
tentação, usando a força que Deus prometeu dar (ver Rm 8:3, 4; Fp 2:13; 2Tm 2:22;
1Jo 3:6). Somente quando essas condições são atendidas é que o Senhor pode
estender Sua misericórdia. Perdoar e abençoar o indivíduo que ainda se apega ao
pecado seria encorajá-lo em seu caminho, que, se seguido, levaria por fim à morte
eterna (Rm 6:23; Tg 1:13 -15). Levar uma pessoa assim para o mundo eterno apenas
perpetuaria o sofrimento, a tristeza e a morte que o pecado causa. Comentário
Bíblico Adventista Vol. 3, p. 1179 (Comentando Provérbios 28:13)

ISAÍAS

Deus assegura que não importa qual tenha sido a culpa, quão grave tenha sido o
pecado, é possível ser restaurado à pureza e santidade. Esta promessa tem a ver
não apenas com os resultados do pecado, mas como o pecado em si. Ele pode ser
erradicado e banido por completo da vida. Com a ajuda de Deus, o pecador pode
assegurar o domínio completo de todas as fraquezas. Comentário Bíblico
Adventista Vol. 4, p. 87 (comentando Isaías 1:18)

EZEQUIEL

Na visão, a marca era literal, mas o significado tinha que ver com o caráter. O
mensageiro não devia levar em conta o nascimento ou a posição; devia marcar,
porém, apenas aqueles que se entristeciam pela iniquidade prevalecente e que se
mantinham afastados dela. A referência primária da visão era à destruição de
Jerusalém por Nabucodonosor, mas ela terá outro cumprimento durante as cenas
finais da história. Ela apresenta um estreito paralelo com as visões de Apocalipse 7,
15 e 16. No Apocalipse, o sinal distintivo é "o selo de Deus" e, como o sinal de
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Ezequiel, está baseado nas qualificações de caráter. Deus coloca Sua marca de
aprovação sobre os que, pelo poder do Espírito Santo, refletem a imagem de Cristo
(ver PJ, 67). [...] Contudo, não é a observância exterior do sábado que constitui a
marca. O selo representa a qualificação de caráter necessária aos que forem
considerados dignos de serem cidadãos do reino da glória que em breve há de ser
estabelecido. Somente os que se purificaram continuarão guardando o sábado
naquele terrível tempo de angústia que precede a volta de Jesus. Comentário Bíblico
Adventista Vol. 4, p. 663 (comentando Ezequiel 9:4)

A marca é colocada sobre aqueles "que suspiram e gemem por causa de todas as
abominações que se cometem". Os que pertencem a essa classe foram descritos
como pessoas que podem ser distinguidas por sua angústia de alma devido ao
declínio entre o povo professo de Deus. Eles lamentam e se afligem por causa do
orgulho, da avareza, do egoísmo e de todo tipo de engano existentes na igreja.
Sentem-se impotentes para deter a forte corrente de iniquidade e, portanto,
enchem-se de dor e de alarme (ver T5, 210). Os que estão na outra classe procuram
encobrir os males existentes e desculpar a grande iniquidade que prevalece por
toda parte. Afirmam que Deus é demasiado bondoso e misericordioso para punir o
mal. Dizem: "O SENHOR não faz bem, nem faz mal" (Sf 1:12). Afirmam que Deus não
espera que estejamos à altura de um padrão tão elevado, e que Ele Se contentará
com o mero desejo de fazer o que é certo. O Senhor, porém, não muda Seu padrão.
Fazer isso seria o mesmo que mudar a Si mesmo. Em vez disso, Ele dá graça para a
aquisição de toda virtude e para a correção de todo defeito e pede que os cristãos
tirem plena vantagem dessas provisões. Ele não exige nada menos do que a
perfeição na fé e no compromisso com a verdade. A menos que esta seja atingida,
a alma se achará sem o selo de Deus quando se fechar a porta da graça.
Comentário Bíblico Adventista Vol. 4, p. 664 (comentando Ezequiel 9:4)

MATEUS

O grande conflito pelo qual Cristo passou no deserto da tentação se repete dentro
de cada coração humano. Sem provações - sem a oportunidade de escolher fazer o
certo ou o errado — não há desenvolvimento do caráter. É resistindo à tentação
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que desenvolvemos poder para resistir ao pecado. Comentário Bíblico Adventista


Vol. 5, p.317 (comentando Mateus 4:1)

ROMANOS

Viver em pecado significa que o pecado é a atmosfera moral em que respiramos.


Essa vida é absolutamente incompatível com a fé. A fé em Cristo, que possibilita a
justificação ao pecador, inclui a disposição irrestrita para cumprir Sua vontade e o
ódio a tudo o que causou tão grande sofrimento ao Salvador (ver com. de Rm 3:28,
31). A fé que alega justificação, mas permite a continuação de velhas formas de
pecado não é verdadeira. A evidência de que a pessoa está justificada, nasceu de
novo e passou da morte para a vida é que encontra prazer em obedecer à lei de
Deus (1Jo 2:1-6; cf. Rm 13:8). “No novo nascimento, o coração é posto em harmonia
com Deus, ao colocar-se em conformidade com a Sua lei. Quando essa poderosa
transformação se efetua no pecador, ele passou da morte para a vida” (GC, 468).
Comentário Bíblico Adventista Vol. 6, p. 588-589 (comentando Romanos 6:2)

Que para ele morremos. O texto grego aponta para um tempo ou evento em
particular, neste caso, a entrega do crente a Cristo e seu consequente novo
nascimento e justificação. Para Paulo, viver em pecado é incompatível com o fato
de ter morrido para ele. Comentário Bíblico Adventista Vol. 6, p. 589 (comentando
Romanos 6:2)

Na Sua morte. O significado desta expressão é dado nos versículos que se seguem,
especialmente os v. 10 e 11, nos quais Paulo explica que, assim como Cristo morreu
pelo pecado, o cristão também deve se considerar morto para o pecado. Assim
como o crente mostra participar na morte de Cristo pelo pecado (v. 10) em seu
favor, certamente ele não pode continuar a viver no pecado que tornou necessária
essa morte (v. 2). Comentário Bíblico Adventista Vol. 6, p. 589 (comentando
Romanos 6:3)

Esta passagem enfatiza o fato de que a conversão e o novo nascimento significam


mais que uma simples mudança de profissão e hábitos de vida. Envolvem uma
mudança interior radical, que só pode ser feita pelo Espírito regenerador de Deus.
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O plano para a salvação da humanidade provê não só a libertação da condenação


pela aceitação dos benefícios do sacrifício de Cristo, mas produz também o
nascimento ou a criação de um novo ser, livre da escravidão do pecado.

Nosso velho homem. Ou seja, nossa antiga condição corrompida e pecaminosa. O


uso que Paulo faz dessa expressão ilustra seu significado aqui (cf. Ef 4:22, 23; Cl 3:9).

O corpo do pecado. Ou seja, o corpo como sede do pecado, o corpo que pertence ao
poder do pecado e é governado por ele, no qual os membros são instrumentos de
iniquidade (v. 13). Expressões semelhantes em outros lugares são “o corpo desta
morte” (Rm 7:24), ou seja, “o corpo que está condenado a morrer”, “o corpo da
carne” (Cl 2:11), que significa “o corpo que está propenso a servir aos seus próprios
impulsos carnais”. Assim, “o corpo do pecado” é equivalente a "o nosso velho
homem”. Representa o corpo, na medida em que é sede e instrumento do pecado e
escravo do pecado. Deve ser crucificado e "destruído”, de modo que o pecado já
não o possa usar como um escravo.

Destruído. Do gr. katargeõ, mesma palavra usada em Rm 3:3, em que é traduzida


como “desfazer” (comparar o uso da palavra em Rm 3:31; 4:14). Katargeõ significa
colocar o corpo do pecado a um estado de inércia e incapacidade. Isso não significa
que o corpo físico deva ser destruído, mas que o corpo, em sua relação com o
pecado, deve ser subjugado, ao ponto de estar tão completamente inerte, como se
estivesse morto.

Sirvamos o pecado. Ou, “ser escravos do pecado” (v. 17). Viver em pecado (v. 2) é a
escravidão ao seu poder. Jesus ensinou que "todo o que comete pecado é escravo
do pecado” (Jo 8:34), mas que a verdade pode libertar as pessoas da escravidão (v.
32). É por meio dos impulsos da carne que o pecado exerce seu domínio e mantém a
pessoa sob seu controle. Por isso, o velho homem deve ser “crucificado com Cristo”
(Gl 2:20), de modo que o crente seja libertado da influência do domínio do pecado.
Comentário Bíblico Adventista Vol. 6, p. 591-592 (comentando Romanos 6:6)

Mortos. Isto sugere uma continuação do estado da morte. Assim como Cristo
morreu uma vez por todas para o pecado (ver com. do v. 10), o crente, de uma vez
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por todas unido a Cristo, deve se considerar para sempre morto para o domínio do
pecado. Comentário Bíblico Adventista Vol. 6, p. 593 (comentando Romanos 6:11)

Reine. Ou, “continue reinando”, como fez no passado. Ao usar a palavra “reine”,
Paulo não sugere uma comparação entre reinar e simplesmente existir, mas entre
reinar e ser deposto. Os crentes morrem com Cristo, para que o pecado não mais
tenha qualquer domínio sobre eles.
De maneira que obedeçais às suas paixões. Embora o “velho homem” seja descrito
como estando crucificado com Cristo (v. 6), ainda estamos em nosso “corpo
mortal”, com seus desejos e paixões mundanos. O pecado ainda é um poder. Se
permitirmos, o pecado ainda pode ter domínio sobre nós. Nascer de novo do
Espírito Santo não erradica os desejos mundanos da carne. No entanto, a
experiência nos coloca em contato com uma força maior, pela qual podemos
sempre resistir com êxito à tentativa de dominação do pecado. Mas ainda cabe a
nós decidir se vamos continuar fiéis aos impulsos pecaminosos ou a Cristo.
É por essa razão que devemos experimentar uma “nova conversão” todos os dias
(ver T1, 699; T7, 44). Nossa experiência de ontem não é suficiente para hoje.
Embora, ontem, tenhamos morrido para o pecado, nosso “velho homem” pode se
erguer, hoje. Unicamente mantendo o velho “eu” morto para o pecado,
representado pelo batismo, somos capazes de viver diariamente para Deus. Essa
experiência só é possível pela união com Jesus Cristo, por uma fé nEle tão real e
constante que odiemos o pecado e amemos a justiça (comparar com Pj, 331; sobre
a experiência de Paulo de consagração diária, ver 1Co 15:31; CBV, 452, 453; cf. 1Co
9:27). Comentário Bíblico Adventista Vol. 6, p. 593 (comentando Romanos 6:12)

Instrumentos de justiça. Ao dedicar assim seus membros a Deus, o cristão se


compromete a lutar, pela capacitação do Espírito de Deus, pela maior perfeição
possível de todos os órgãos do corpo e qualidades da mente, a fim de conhecer,
amar e servir a seu Redentor de forma aceitável (ver PJ, 330). Comentário Bíblico
Adventista Vol. 6, p. 594 (comentando Romanos 6:13)

Não terá domínio. Ou, "não será o senhor". É verdade que o pecado vai tentar e
molestar. No entanto, não terá domínio sobre o verdadeiro cristão. Assim, o crente
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deve se submeter corajosamente ao serviço de Deus, pois a vitória sobre o pecado


está prometida.
Não estais debaixo da lei. Literalmente, “não sob lei". O artigo definido "a" não é
usado nem com "lei”, nem com "graça" (ver com. de Rm 2:12). Aqui, Paulo não está
se referindo principalmente a qualquer lei em particular, mas à lei como um
princípio. Seu argumento é que os cristãos não estão debaixo da lei, como forma de
salvação, mas da graça. A lei não pode salvar o pecador, nem pode pôr fim ao
pecado ou ao seu domínio. A lei revela o pecado (Rm 3:20), e a lei faz com que a
transgressão aumente, por assim dizer (Rm 5:20). A lei não pode perdoar o pecado,
nem comunica qualquer poder para vencê-lo. O pecador que procura ser salvo pela
lei encontra somente condenação e a escravidão ainda mais profunda. Onde quer
que seja mantido o princípio de que a pessoa pode se salvar por obras próprias, não
existe barreira eficaz contra o pecado (DTN, 35, 36).
Mas o cristão não procura a salvação por meios legalistas, como se pudesse ser salvo
por suas próprias obras de obediência (Rm 3:20, 28). Ele reconhece que é
transgressor da lei divina e que, por sua própria força, é incapaz de cumprir os
requisitos, merecendo com justiça estar sob condenação e se oferecendo, por meio
da fé em Cristo, à graça e à misericórdia de Deus. Então, pela graça de Deus (ver
com. do v. 24), seu passado pecaminoso é perdoado e ele recebe o poder divino
para andar em novidade de vida. Quando a pessoa está “sob a lei", apesar de seus
melhores esforços, o pecado continua a ter domínio sobre ela, porque a lei não pode
libertá-la. Sob a graça, no entanto, a luta contra o pecado não é mais uma
esperança vã, mas um triunfo garantido. O oferecimento para estar debaixo da
graça, para se obter vitória sobre o pecado, e o poder capacitador para o alcance
de todas as virtudes foi estendido a cada um dos descendentes de Adão (Jo 3:16).
Contudo, muitos escolhem cegamente ou com obstinação permanecer debaixo da
lei. Muitos dos que professam o desejo sincero de ser salvos preferem permanecer
debaixo da lei, como se pudessem se promover diante de Deus e obter a salvação.
Essa era a experiência dos judeus, e é a de muitos cristãos de hoje que, em seu
orgulho de auto-justificação, não estão dispostos a reconhecer a própria
impotência e entregar-se à misericórdia e à graça transformadoras de Deus.
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Paulo afirma que, enquanto a pessoa está sob a lei, ela também permanece sob o
domínio do pecado, pois a lei não a pode salvar nem da condenação nem do poder
do pecado. Todavia, os que estão debaixo da graça recebem não só a libertação da
condenação (Rm 8:1), como também o poder para vencer (Rm 6:4). Assim, o
pecado não tem domínio sobre eles dali em diante. Comentário Bíblico Adventista
Vol. 6, p. 594-595 (comentando Romanos 6:14)

Havemos de pecar [...]? Ver com. do v. 1. A forma do verbo grego pode sugerir o
ato ocasional do pecado, em comparação com a permanência numa vida de
pecado (v. 1). Podemos nos entregar ao pecado de vez em quando, agora que não
estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? A resposta de Paulo é que qualquer
condescendência com o pecado é um retorno à escravidão da qual a graça libertou
o pecador.
A suposição de que estar sob a graça significa que o crente alcançou a liberdade de
desobedecer impunemente à lei moral de Deus representa uma compreensão falsa
de todo o propósito de Deus no plano da salvação. Em primeiro lugar, foi a
violação da lei de Deus que levou Deus, em Seu amor, a oferecer graça ao pecador.
Pela graça de Deus, as pessoas são libertas do jugo do pecado. Então, como alguém
pode conceber que seja certo ou razoável voltar deliberadamente à antiga
escravidão? Desobedecer à lei de Deus é se tornar mais uma vez servo do pecado,
pois a desobediência à lei divina é pecado (1Jo 3:4), e quem continua pecando é
escravo do pecado (Jo 8:34). Continuar na satisfação do pecado, depois de aceitar a
graça perdoadora e transformadora de Deus é negar o propósito dessa graça.
Quem se recusa a permitir que a graça de Deus o conduza mais e mais à perfeita
obediência à lei divina rejeita a própria graça e vira as costas para a liberdade e a
salvação. Comentário Bíblico Adventista Vol. 6, p. 595 (comentando Romanos
6:15)

Sois servos. Nossa conduta mostra a que senhor servimos. Ninguém pode servir a
dois senhores simultaneamente (Mt 6:24; Lc 16:13; cf. Jo 8:34).
Obediência. Isto é, naturalmente, a obediência a Deus, como se deduz pelo
contexto. É a obediência da fé (ver com. de Rm 1:5; cf. Rm 16:26).
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Justiça. Aqui, talvez, significando um caráter correto. Os atos de obediência levam


aos hábitos de obediência, e esses hábitos compõem um caráter justo. Comentário
Bíblico Adventista Vol. 6, p. 595 (comentando Romanos 6:16)

Fostes feitos servos. Ou, “fostes escravizados”. A conversão significa mudança de


senhorio. O crente é libertado da escravidão do pecado tirano e se torna escravo
da justiça. Porém, a escravidão da justiça é realmente a verdadeira liberdade.
Aqueles que servem ao pecado e a Satanás são escravos de seus próprios impulsos
e paixões que, por sua vez, estão sob o controle do maligno. Ao chamar as pessoas
a servir à justiça, Deus lhes oferece a liberdade. “Obediência a Deus é liberdade do
cativeiro do pecado, livramento das paixões e dos impulsos humanos” (CBV, 131).
Comentário Bíblico Adventista Vol. 6, p. 596 (comentando Romanos 6:18)

Servirem à justiça. Ver com. do v. 18. Paulo exorta os crentes a se dedicar tão
plenamente à vida de retidão como tinham se dedicado anteriormente à vida de
pecado.
Santificação. Do gr. hagiasmos, termo traduzido como “santificação” (1Co 1:30; 1Ts
4:3, 4; 2Ts 2:13; lPe 1:2). Hagiasmos é usado para descrever tanto o processo pelo
qual é obtida a santidade como seu estado resultante. A última condição é também
indicada por hagiõsunê (ver Rm 1:4; 2Co 7:1; 1Ts 3:13). Ambos se baseiam no termo
gr. hagios, “santo”. Aqui, hagiasmos provavelmente denota o processo da
santificação.
A santificação é um processo contínuo de consagração (cf. Ef 4:12-15; 2Pe 1:5-10). É
o dia a dia do desenvolvimento harmonioso das faculdades físicas, mentais e
espirituais, até que a imagem de Deus, em que foram originalmente criadas, seja
restaurada em nós (ver Ed, 15, 16; GC, 470; CRA, 57). O propósito de Deus no plano
da salvação não é apenas nosso perdão ou justificação, mas nossa restauração ou
santificação. É propósito de Deus povoar a nova Terra de Deus com santos
transformados. E é a essa experiência e ao processo de transformação que o
apóstolo Paulo exorta os crentes a se dedicar de corpo, mente e coração.
Comentário Bíblico Adventista Vol. 6, p. 596-597 (comentando Romanos 6:19)
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Deus fez o que a lei não era capaz de fazer. Ele condenou o pecado, portanto, é
possível ao cristão vencer seu poder e viver de maneira vitoriosa em Cristo.
Comentário Bíblico Adventista Vol. 6, p. 616 (comentando Romanos 8:3)

Não é função da lei perdoar e restaurar para a obediência. A lei só pode revelar a
transgressão e a justiça e ordenar obediência (Rm 3:20; 7:7). Portanto, a lei de Deus
não pode ser responsabilizada nem desprezada por não alcançar os resultados para
os quais nunca foi designada. A responsabilidade pela incapacidade de prestar
perfeita obediência é do próprio pecador. Comentário Bíblico Adventista Vol. 6, p.
616 (comentando Romanos 8:3)

O propósito de Paulo, nesta passagem, é explicar que o cristão pode ter vitória
presente sobre o pecado. A lei foi impotente para lhe dar essa vitória, mas Deus,
enviando Seu Filho, já tornou disponível o poder necessário. Cristo veio não só para
assumir a penalidade do pecado na morte, mas também para destruir seu domínio e
removê-lo da vida de Seus seguidores. Esse amplo propósito de Sua missão pode
estar incluído nas palavras “e no tocante ao pecado”. Ele veio solucionar o problema
do pecado, por meio da expiação e da destruição do poder do pecado. Assim, Ele
justifica e santifica as vítimas do pecado. Comentário Bíblico Adventista Vol. 6, p.
617 (comentando Romanos 8:3)

Levar a vida do ser humano à harmonia com a vontade divina é o propósito do plano
da salvação. Deus não enviou Seu Filho a fim de alterar ou revogar a lei nem para
libertar as pessoas da necessidade de perfeita obediência. A lei é a expressão da
vontade e do caráter imutável de Deus. O ser humano caído é incapaz de obedecer
às suas exigências, e a lei não possui poder para capacitá-lo a obedecer. Mas Cristo
veio para tornar possível à humanidade prestar perfeita obediência. Comentário
Bíblico Adventista Vol. 6, p. 618 (comentando Romanos 8:4)

Paulo não diz “fosse parcialmente cumprido”. A Bíblia sempre fala de


transformação completa e de obediência perfeita (cf. Mt 5:48; 2Co 7:1; Ef 4:12, 13;
Cl 1:28; 4:12; 2Tm 3:17; Hb 6:1; 13:21). Deus exige perfeição de Seus filhos, e a
perfeita vida humana de Cristo é a certeza de Deus de que, pelo Seu poder, o
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cristão também pode alcançar perfeição de caráter (ver PJ, 315; AA, 531).
Comentário Bíblico Adventista Vol. 6, p. 618 (comentando Romanos 8:4)

Não segundo a carne. Ou seja, não conforme a carne. Aqueles em quem o preceito
da lei se cumpre não mais vivem de acordo com os ditames e impulsos da carne. A
satisfação dos desejos carnais não é mais o princípio orientador de sua vida.
Comentário Bíblico Adventista Vol. 6, p. 618 (comentando Romanos 8:4)

Segundo o Espírito. Ou seja, a conduta de acordo com a orientação do Espírito, o


Espírito de Cristo que habita no cristão (v. 9). As justas exigências da lei se
cumprem nele. O que a lei exige está resumido no amor cristão, pois “o amor é o
cumprimento da lei” (Rm 13:10). Da mesma forma, o resultado da ação do Espírito
Santo na vida é o amor, pois “o fruto do Espírito é amor” (Gl 5:22). Assim, a vida
segundo o Espírito significa uma vida em que são cumpridas as justas exigências da
lei; uma vida de amor e obediência. O grande propósito para o qual Deus enviou
Seu Filho ao mundo foi que essa vida fosse possível aos crentes. Alguns
comentaristas preferem interpretar esta frase como se referindo particularmente ao
espírito humano renovado, por intermédio do qual o Espírito Santo trabalha.
Entendem que Paulo estava enfatizando que a vida do cristão não é mais
governada pela natureza inferior, mas pela natureza espiritual. Essa interpretação
se reflete em versões que grafam “espírito” sem letra maiúscula (ver RV).
Comentário Bíblico Adventista Vol. 6, p. 618 (comentando Romanos 8:4)

Nem mesmo pode estar. A mente carnal é totalmente incapaz de se submeter à lei
de Deus. Unicamente mediante o poder transformador do Espírito Santo a
obediência é possível novamente. [...] A menos que morra para si mesmo e para o
pecado, e nasça de novo para uma vida nova no Espírito (Rm 6), o ser humano é
incapaz de se submeter à vontade de Deus (ver PP, 64). Comentário Bíblico
Adventista Vol. 6, p. 619 (comentando Romanos 8:7)

Não podem agradar a Deus. O Senhor Se alegra com a fidelidade e a obediência.


Ele Se alegrou com Seu Filho (Mt 3:17; 12:18; 17:5; Jo 8:29). Contempla com prazer
atos de fé e de amor (Fp 4:18; Cl 3:20; Hb 13:16, 21). Mas essa vida de fé,
obediência e amor é possível apenas aos que vivem pelo poder do Espírito Santo
que neles habita. Os que estão na carne não podem fazer as coisas que agradam a
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Deus. Sua natureza os leva à hostilidade e desobediência. Este versículo acrescenta


explanação à argumentação de Paulo de que as tentativas de obediência legalista
são falhas (Rm 3:20; 7:14-25). Aqueles que dependem da falsa esperança de que
suas próprias obras de obediência agradam a Deus e merecem Seu favor para
salvá-los são alertados de que isso não é possível. Os que estão na carne não
podem agradar a Deus nem obedecer à Sua lei. Comentário Bíblico Adventista Vol.
6, p. 620 (comentando Romanos 8:8)

Habita. Isto indica a presença contínua e permanente do Espírito, e não apenas


arroubos ocasionais de entusiasmo e zelo. Em outro texto, Paulo fala do Espírito
Santo habitando no coração dos cristãos (ver 1Co 3:16; 6:19). A expressão “em vós”
denota a proximidade da ligação entre o crente e o Espírito. Isso implica a completa
submissão da vontade do crente à vontade de Deus. Comentário Bíblico Adventista
Vol. 6, p. 620 (comentando Romanos 8:9)

Seja qual for a profissão de vida espiritual, permanece para sempre a verdade de
que, quando se vive segundo a carne, a morte é certa (ver Gl 6:7, 8; Ef 5:5, 6; Fp
3:18, 19; 1Jo 3:7, 8). Um dos dois deve morrer: a vida de pecado ou o pecador.
Ninguém pode ser salvo em seus pecados. Comentário Bíblico Adventista Vol. 6, p.
622 (comentando Romanos 8:13)

São guiados. Ou, “estão sendo guiados”. O tempo presente indica ação contínua. A
direção do Espírito não significa um impulso momentâneo, mas uma influência
habitual e constante. Os filhos de Deus não são aqueles cujo coração é tocado
ocasionalmente pelo Espírito, ou que vez por outra se submetem a Seu poder. Deus
reconhece como filhos os que são continuamente guiados pelo Seu Espírito. O
poder orientador e transformador do Espírito é descrito como guiando, nunca
forçando. Não há coerção no plano da salvação. O Espírito só habita naqueles que O
aceitam pela fé. E a fé significa submissão voluntária à vontade de Deus e à
influência do Espírito Santo. Comentário Bíblico Adventista Vol. 6, p. 622
(comentando Romanos 8:14)

1 CORÍNTIOS
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Pois. Conclusão a ser tirada das advertências dadas nos v. 6 a 11. Paulo enfatiza a
necessidade de atenção especial por parte dos cristãos à peregrinação dos filhos de
Israel no deserto até Canaã. Eles devem aprender com o relato dos trágicos
resultados da autoconfiança de Israel e de terem contado com sua própria força,
tanto mental quanto física.

Caia. A autoconfiança é perigosa. O caso de Pedro é um exemplo disso. Ele pensava


que nada poderia fazer com que traísse a Cristo (ver Mc 14:31, 50, 67, 68, 70-72).
Todos devem estar atentos à advertência a fim de que não sejam enganados pela
ideia de que alcançaram um estado de força espiritual em que nada pode induzi-
los a pecar. A verdadeira segurança está em reconhecer que nada podemos fazer
separados de Cristo, e que precisamos sempre da presença do Espírito Santo em
nós para nos livrar do pecado (ver Jo 14:26; 15:4-7; 16:7-11, 13; 2Co 12:9, 10). Essa
admoestação precisa ser repetida com frequência, pois o ser humano é inclinado a
pensar que é capaz de cuidar de si mesmo. O orgulho espiritual é um grande
engano, e é fácil para o tentador levar o cristão autoconfiante a cair em pecado
fatal (cf. 2Sm 11:1-4; Rm 11:20). A exortação para estar em constante alerta contra
o perigo do orgulho espiritual é bastante apropriada aos que vivem neste período da
história, quando os seres humanos são confrontados dia após dia com as mais
variadas tentações para satisfazer os apetites carnais (ver Lc 21:34-36). Comentário
Bíblico Adventista Vol. 6, p. 818 (comentando 1 Coríntios 10:12)

Fiel. Deus cumpre Suas promessas e é fiel ao chamado que fez ao ser humano para
que O servisse. Se Ele permitisse a Seu povo ser tentando acima da força disponível
para suportar, então suas promessas pareceríam indignas de confiança (ver SI
34:19; 1Co 1:9; 2Pe 2:9). A fidelidade de Deus é a segurança do cristão contra o
inimigo. Não existe segurança em depender de si mesmo. Mas se o crente confia
por completo nas promessas do Deus que cumpre Seu pacto, ele estará seguro.
Contudo, deve lembrar-se de que Deus não o livrará se, de forma deliberada,
adentrar o terreno do inimigo aonde é mais provável que seja derrubado pelas
tentações (ver Mt 7:13, 14, 24, 25; 1Co 9:25, 27; 10:14; Cl 5:24; 2Tm 2:22; PE, 124,
125; MDC, 118).
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Tentados. O fato de Deus não permitir que o inimigo tente Seus filhos além do que
possam suportar deve ser motivo de encorajamento. Deus não deseja que os seres
humanos sofram. Ele não tenta a ninguém (ver Tg 1:13). As dificuldades que o ser
humano enfrenta são muitas vezes causadas por sua teimosia (ver Gn 1:27, 31;
3:15-19; Ec 7:29; Rm 6:23). Visto ser assim, Deus usa essas experiências para
aprimorar o caráter humano segundo Sua vontade (ver 1Pe 4:12, 13; CBV, 470, 471,
478). Portanto, quando a pessoa é tentada, deve se lembrar de que a tentação não
vem de Deus, mas Ele a permite. Além disso, se enfrentadas, de forma correta, com
a força que vem de Deus, as tentações podem ser meios de crescer na graça. Visto
que Deus não permite tentações maiores do que se possa suportar, o cristão é
totalmente responsável se cair em pecado.

Livramento. Literalmente, “a saída”. Para cada tentação há uma provisão feita por
Deus. Essa “saída” não é um jeito de evitar a tentação, mas um modo de evitar a
tragédia de cair em pecado, de ser vencido pela tentação. Ao mesmo tempo em
que Deus permite que venha a prova ou a tentação, também disponibiliza os meios
pelos quais se pode obter a vitória e o escape do pecado. Jesus, o exemplo cristão
do viver correto, encontrou esse “livramento” na Palavra de Deus (ver Lc 4:4, 8, 12).
Assim, Seus seguidores podem encontrar o “livramento” em Jesus, a Palavra viva
(ver Jo 1:1-3, 14). Ele está pronto a livrar os que clamam a Ele e a impedir que
caiam em pecado (SI 9:9; 27:5; 41:1; 91:15; 2Pe 2:9; Ap 3:10). Comentário Bíblico
Adventista Vol. 6, p. 818-819 (comentando 1 Coríntios 10:13)

TIAGO

Perfeitos e íntegros. Não deve faltar nenhum traço de caráter desejável. Cada um
deve ser desenvolvido até a perfeição. Essas duas palavras juntas sugerem o mais
completo desenvolvimento possível de uma vida semelhante à de Cristo. A
perseverança constante nos ajuda a cumprir essa tarefa de reproduzir o caráter de
Cristo, que é a "obra” que Deus nos deu a fazer.
Em nada deficientes. Isto é, nada faltando. Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p.
549 (comentando Tiago 1:4)
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Cobiça. Do gr. epithumia, "desejo”, "anelo”, “anseio” (ver com. de Mc 4:19). A fonte
de toda tentação é a “cobiça” do próprio ser humano pelo que é mau. Cada pessoa
tem seus anseios particulares, originados de seu próprio temperamento e de suas
experiências. Porém, o fato de existir essa cobiça interna não nega a existência e a
atividade de um tentador externo que busca tomar vantagem de nossas tendências
fracas (cf. Jo 14:30; ver com. de Mt 4:1-3). Satanás e suas hostes malignas são os
agentes da tentação (ver Ef 6:12; 1Ts 3:5). Embora tentem o ser humano ao erro,
suas tentações não teriam êxito se não existisse no ser humano um desejo de
responder a essa sedução. “Nenhum homem pode ser forçado a transgredir. É
preciso primeiro obter seu próprio consentimento; a pessoa tem de se propor a
praticar o ato pecaminoso, antes de a paixão poder dominar a razão, ou a
iniquidade triunfar sobre a consciência” (MJ, 67). A natureza da tentação, assim
definida, remove qualquer possibilidade de que seja Deus quem decreta as
tentações do ser humano, ou que Satanás é de fato responsável por nossas quedas
morais. O ser humano cai diante da tentação devido ao desejo de satisfazer um
anseio particular que é contrário à vontade de Deus. Comentário Bíblico
Adventista Vol. 7, p. 555 (comentando Tiago 1:14)

Então. Isto é, o próximo passo.


Cobiça. Ou, concupiscência. Cobiça ou desejo não são necessariamente pecado.
Existem desejos naturais e legítimos que Deus colocou no ser humano ao criá-lo, tal
como o desejo por alimento, por bem-estar físico, de paternidade e aceitação social.
Porém, quando a pessoa busca satisfazer até mesmo esses anelos básicos de
formas contrárias ao plano divino, ela flerta com o pecado e se permite ser
induzida a pecar (ver com. de Mt 4:1-4).
Concebido. Se nutrido e acariciado, o desejo desenfreado finalmente resulta em
atos pecaminosos.
Dá à luz. Do gr. tiktõ “produz”.
Pecado. Eis a prova de que, quando se permite que o desejo mau (“cobiça”)
controle a mente, o resultado só pode ser o pecado.
Consumado. Ou, "completado", “maduro". Antes de ser totalmente desenvolvido, o
pecado pode, devido à sua natureza enganosa, ser facilmente confundido com algo
bom. Mas, quando está “consumado” ou "amadurecido”, seus resultados
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destrutivos se evidenciam. Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p. 556


(comentando Tiago 1:15)

Portanto. Tiago faz uma aplicação prática do princípio geral apresentado no v. 20.
Despojando-vos. Ou, “despindo-vos” (ver Ef 4:25; Cl 3:9; 1Pe 2:1).
Toda impureza. Assim como uma pessoa que tira a roupa suja, os membros da
igreja devem remover toda a “impureza" da mente e do corpo.
Acúmulo. Do gr. perisseia, “abundância", "resíduo”. Qualquer mal é supérfluo na
vida cristã. Com toda diligência, o cristão deve se dedicar à tarefa de eliminar
qualquer imperfeição de caráter que ainda possa persistir.
Maldade. Do gr. kakia, “má vontade", “mal", “impiedade" (ver Ef 4:31; Cl 3:8; Tt
3:3). O espírito de gentileza e humildade, tanto em receber instrução cristã e em
transmiti-la a outros, é enfatizado como objetivo prático de cada membro de igreja.
O problema da língua desenfreada poderia ser eliminado se os membros da igreja
deixassem de lado toda maldade e desconfiança.
Mansidão. Do gr. prautês, “amabilidade" (sobre o adjetivo praus, ver com. de Mt
5:5).
A "mansidão” é o antônimo da "ira” (v. 20), que torna a pessoa indócil. Mansidão
não significa baixa estima de si mesmo, mas um espírito modesto, gentil e uma
disposição de tranquilidade e perdão.
A palavra em vós implantada. Ou melhor, "a palavra implantada". O evangelho é
um dom de Deus, uma “semente" plantada no solo do coração (ver com. de Mt 13:3-
8).
A salvação não é o resultado de estudo pessoal ou de qualquer outra conquista
humana.
A "palavra” é “implantada" quando a pessoa escolhe fazer dos princípios das
Escrituras o padrão de sua vida.
É poderosa para salvar. A "palavra” pode ser comparada ao “evangelho", o qual
Paulo declara ser o “poder de Deus” (ver com. de Rm 1:16). As Escrituras revelam
esse evangelho do poder de Deus, disponível a todos. Quando, pelo poder de Deus,
uma pessoa vive de acordo com os princípios da "palavra”, ela é interiormente
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guiada pela "palavra implantada" (ver com. de Rm 10:17). Comentário Bíblico


Adventista Vol. 7, p. 558-559 (comentando Tiago 1:21)

Praticantes. Tiago se refere ao Sermão do Monte (ver p. 544; Mt 7:21-29). Isso


qualifica o preceito já mencionado: ser "pronto para ouvir” (Tg 1:19). Não é
suficiente lembrar o que ouvimos ou mesmo ser capaz de ensiná-lo a outros.
Devemos, sistemática e persistentemente, praticar a “palavra da verdade" (v. 18)
em nossa vida. Desse modo, o apóstolo Tiago concorda perfeitamente com os
ensinos de Paulo: “Porque os simples ouvidores da lei não são justos diante de
Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados" (Rm 2:13).
E não somente ouvintes (ARC). Certamente isso não é uma condenação daqueles
que ouvem a "palavra da verdade". O erro está em "somente" ouvir e não colocá-la
em prática na vida (ver com. de Mt 7:21-27; Rm 2:13).
Enganando-vos (ARC). Do gr. para-logizomai, “enganar mediante um raciocínio
falso". Esse tipo de engano consiste em alguém enganar-se a si mesmo, por meio do
raciocínio falso. Quem ouve se engana quando racionaliza que meramente ouvir a
palavra ou debater muito acerca da verdade ou ser membro da igreja é o suficiente
para a salvação. Deve haver uma transformação completa de vida pelo poder do
Espírito Santo, que dá o poder aos crentes para serem “praticantes da palavra”.
Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p. 559 (comentando Tiago 1:22)

Não praticante. Por si mesmo, o ouvir produz somente impressões fugazes e


convicções de dever momentâneas. O cristão sincero aprende a vontade de Deus
para cumpri-la, não apenas para saber dela.
Contempla. Isto é, considera com atenção. Presume-se que a pessoa que se olha
num espelho demonstra com isso um desejo genuíno de encontrar os fatos. Da
mesma forma, um “ouvinte da palavra” deve buscar, como resultado do que ouve,
entender sua condição espiritual. Mas isso não é o suficiente; ele deve fazer algo a
respeito.
Espelho. Espelhos antigos eram leitos de metal polido, não de vidro.
Rosto natural. Assim como um espelho reflete a aparência humana suja ou
manchada, a lei de Deus revela a face moral, arruinada com defeitos e manchada
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de pecado. Ouvir e entender a Palavra de Deus é como olhar para um espelho. Ao


ver os preceitos perfeitos da lei conforme ampliados no caráter de Jesus Cristo, nos
tornamos cientes de nossos próprios erros e defeitos.
O espelho da verdade jamais adula. Paulo não tinha ciência de sua natureza
pecaminosa até se ver no espelho da lei. Sem a lei, ele pensava que era
moralmente adequado, que "vivia”; mas, quando compreendeu verdadeiramente
seus princípios elevados, percebeu que estava morto espiritualmente (ver com. de
Rm 7:9). Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p. 559 (comentando Tiago 1:23)

E se retira. No momento em que se retira, ou se afasta do espelho, a pessoa se


esquece de sua verdadeira aparência. O teste de sinceridade e propósito está na
resposta que se dá ao desafio da Palavra de Deus. Aqueles que são "somente
ouvintes”, como resultado de adiar seus deveres, ou de um “raciocínio falso" (ver
com. do v. 22), escolhem não entregar a vida a Deus. Aquele que apenas ouve pode
ser comparado ao que está à “beira do caminho" na parábola do semeador (Mt
13:4).
Logo se esquece. O apóstolo não se refere necessariamente a uma intenção
deliberada de se esquecer, mas ao que acontece inevitavelmente quando falta
sinceridade. Se a decisão de se harmonizar com a vontade de Deus não for de todo
o coração, mesmo a melhor das intenções “logo” desaparece. Comentário Bíblico
Adventista Vol. 7, p. 559 (comentando Tiago 1:24)

Considera. Neste ponto começa a aplicação da ilustração do “espelho” (v. 24).


Lei. Deve haver uma alusão aos ensinos de Cristo concernentes à lei no Sermão do
Monte (ver com. de Mt 5:17, 18). Além disso, é óbvio que há um estreito paralelo
com os comentários de Paulo sobre a “lei” (ver com. de Rm 2:12; 7:12). No cap. 2,
Tiago equipara a “lei” ao decálogo (v. 10, 11) e é possível que também tenha se
referido a esse código na presente passagem (ver GC, 466; sobre outra declaração
inspirada a respeito da “lei” como ’ perfeita”, ver SI 19:7). A “lei perfeita” pode ser
comparada à “palavra da verdade” (Tg 1:18) e à “palavra em vós implantada" (v.
21), cujo cumprimento resulta numa vida de obediência. A “lei” é uma descrição do
caráter de Deus, o verdadeiro padrão de justiça, e esboça o relacionamento
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verdadeiro entre Deus e a humanidade, bem como entre as pessoas. A "lei”,


portanto, se torna um “espelho” por meio do qual a pessoa pode avaliar suas
motivações e atitudes.
Liberdade. Aquele que viola a lei restringe sua liberdade. O lema: “a obediência à lei
é liberdade” é visto com frequência em paredes das salas de tribunais e é digno de
lembrança para todo cristão. Quando, pela graça de Deus, a pessoa aceita o jugo
do Salvador (Mt 11:28-30), ela considera que a lei está claramente de acordo com
seus interesses mais elevados e produz a máxima felicidade possível (ver DTN, 329).
Então, ela enxerga a vontade divina como liberdade, e o pecado, como escravidão.
O apóstolo aponta a lei moral como a regra infalível do dever (ver com. de Tg 2:12).
Quando percebemos os defeitos de caráter que ela revela em nós, e nos voltamos
para Cristo para remediá-los, vemos que a lei aponta ao caminho da verdadeira
liberdade, pois a mais plena liberdade é ficar livre do pecado. Porém, observar a
lei, seja moral ou cerimonial, como meio de justificação a converte em um jugo de
servidão (ver vol. 6, p. 1030-1033; ver com. De GI 2:16).
Persevera. A lei será o caminho para a "liberdade" apenas para aqueles que
buscam o reino de Deus em primeiro lugar (ver com. de Mt 6:33). Ela traz liberdade
somente aos que, pela graça de Deus, convertem num hábito o refletir o caráter de
Cristo (ver com. de Jo 8:31-36).
Operoso praticante. A lei de Deus dá direção e motivação para se viver uma
experiência cristã genuína. Assim, o cristão será um praticante de atos
semelhantes aos de Cristo. Finalmente, todos serão julgados "segundo o seu
procedimento" (Rm 2:6), e apenas a “lei” fornece uma norma segura pela qual
avaliar seus atos (ver com. de Rm 2:6, 13).
Bem-aventurado. Não há limites para as bênçãos que advêm àqueles que
submetem totalmente sua vida a Deus (ver com. de SI 1:1-3; Mt 19:29).
No que realizar. Literalmente “no seu fazer”. Ele será abençoado por obedecer à lei
divina (ver SI 19:11). A ação em si não é a fonte de bênção, pois isso seria a justiça
humana pelas obras. Porém, fazer a vontade de Deus remove barreiras que de
outra forma nos apartam de Suas bênçãos. Comentário Bíblico Adventista Vol. 7,
p. 559-560 (comentando Tiago 1:25)
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A si mesmo guarde-se. O cristão se esforça para servir a Deus, exercendo o


verdadeiro poder da vontade, ao mesmo tempo em que ora e depende totalmente
dEle (ver Jo 17:15; Jd 24). O êxito na vida cristã acontece somente para quem une o
esforço humano ao poder onipotente de Deus.
Incontaminado. Do gr. aspilon, “sem mácula moral” (ver 1Tm 6:14).
Do mundo. Assim como existe hoje, o “mundo” é sinônimo de princípios maus e
práticas contrárias à vontade divina (ver Jo 17:14-16). O cristão verdadeiramente
convertido evitará qualquer pensamento ou ato que permita que a imundícia do
mundo o contamine. Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p. 561-562
(comentando Tiago 1:27)

Tropeça. Do gr. ptaiõ, "tropeçar", “falhar no dever".


Ponto. A lei não é uma mera coleção de preceitos isolados; é uma transcrição
harmônica e perfeita da vontade divina. Todos os preceitos são manifestações de
amor na prática, seja a Deus ou ao próximo. Selecionar a parte da lei que é
conveniente e ignorar as reivindicações do restante, mesmo que só um detalhe,
revela o desejo de fazer a própria vontade e não a de Deus. A unidade do amor é
quebrada e é revelado o pecado do capricho egoísta.
Culpado de todos. Para transgredir a lei, seja civil ou religiosa, não é necessário
violar todas as leis; um erro apenas é suficiente. A questão básica está na lealdade
à autoridade. Uma violação apenas é o bastante para revelar a disposição do
coração.
“Um vidro, mesmo que atingido num só ponto, é considerado um vidro quebrado. A
lei não é um conjunto de dez pinos, um dos quais pode ser derrubado enquanto os
outros permanecem em pé. A lei é uma unidade: o amor. Violá-la em um ponto é
violar o amor como tal, ou seja, toda a lei" (R. C. Lenski, Interpretation of the Epistle
to the Hebrews and of the Epistle of Janies, Wartburg Press, Columbus, Ohio, p. 572).
Assim como uma corrente se rompe ao perder seu elo mais fraco, assim como uma
nota pode arruinar a harmonia completa, assim como uma parte ferida prejudica
todo o corpo, ou assim como a lepra em qualquer parte faz com que a pessoa seja
chamada de leprosa, a transgressão de um mandamento arruína a plenitude e a
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harmonia de toda a lei. Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p. 566-567


(comentando Tiago 2:10)

Aquele. Há apenas um Legislador (cf. Tg 4:12), sendo a lei a expressão de Sua


vontade (ver com. de Ex 20:1). Assim, a autoridade de Deus se revela igualmente em
cada um dos dez preceitos pronunciados por Ele no Sinai. Aquele que de forma
deliberada viola um mandamento se rebela contra a vontade expressa de Deus.
Disse. Provável referência ao fato de o Senhor ter pronunciado os dez mandamentos
(ver Êx 20:1; Dt 5:26).
Não adulterarás. O apóstolo cita dois dos dez mandamentos como exemplos,
embora qualquer um pudesse servir como ilustração. O próprio Senhor citou esses
dois mandamentos no Sermão do Monte, quando mostrou que podem ser
transgredidos no coração tanto como por meio de um ato exterior (ver Mt 5:21-28).
Com essa ilustração, Tiago mostra que guardar uma parte da lei não justifica a
violação da outra parte. Nenhum juiz terreno perdoará a transgressão de uma lei
simplesmente porque o culpado tem observado muitas outras leis. Por isso
relembrou àqueles que justificaram a deferência ao rico como o cumprimento da lei
de amor que tal prática não anulava suas injustiças para com o pobre. A unidade do
amor cristão genuíno havia sido abalada.
Lei. O espírito de toda a lei é violado e revela falta de comprometimento com a
vontade divina. Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p. 567 (comentando Tiago
2:11)

Graça. Do gr. charts (ver com. de Rm 3:24). Devido ao amor de Deus por Seu povo,
continuamente se renova e se amplia entre eles a graça para habilitá-lo a resistir
às tentações mundanas. Aquele que, com sinceridade ora pela graça, estará
constantemente desenvolvendo o caráter cristão. Deus pede obediência completa,
mas também provê força suficiente para nos capacitar a obedecer (ver com. de Hb
4:16).
Deus. O Senhor participa ativamente da luta de Seu povo contra as forças do
pecado. Paulo afirma que a graça de Deus é sempre suficiente para enfrentar as
dificuldades (ver com. de 2Co 12:9).
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Soberbos. São aqueles que escolhem os prazeres deste mundo para satisfazerem
seu egoísmo (ver com. do v. 1). Desprezam as exortações de Deus e os "humildes”
que escolhem satisfazer seus desejos de acordo com a vontade divina. Comentário
Bíblico Adventista Vol. 7, p. 581 (comentando Tiago 4:6)

Sujeitai-vos. Tiago dá início a uma série de dez imperativos, aos quais todo membro
de igreja sujeito ao perigo de se tornar “amigo" do mundo (ver v. 4) faria bem em
atentar. Para que Deus conceda Sua “graça”, (v. 6) os “humildes” devem estar
dispostos a submeter sua vontade ao plano divino. Submissão implica confiança
plena de que todos os desígnios de Deus são para o bem (ver Hb 12:9).
Portanto. Isto é, devido aos perigos do orgulho e do egoísmo, os cristãos devem se
colocar sob a ordem divina. Ele promete que nenhuma tentação estará além do
poder que nos dá para resisti-la (ver 1Co 10:13).
Diabo. A personalidade do diabo está implícita (ver com. de Mt 4:1). Paulo descreve
o preparo do cristão para resistir com êxito aos ardis do diabo (ver com. de Ef 6:13-
17). A vitória de Cristo sobre o diabo no deserto (ver com. de Mt 4:1-11) foi obtida
“por meio da submissão e fé em Deus” (DTN, 130). Todo cristão resistirá à tentação
assim como Cristo resistiu.
Fugirá. Satanás treme e foge diante da mais frágil alma que se refugia no poder de
Cristo (DTN, 131). Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p. 581-582 (comentando
Tiago 4:7)

Chegai-vos. Este imperativo é o segredo para se resistir com êxito a Satanás (cf. v.
7). Embora Deus não esteja longe de cada um de nós (At 17:27), Ele espera que O
busquemos (ver 2Cr 15:2; SI 145:18; Is 55:6). Aproximamo-nos de Deus por meio da
fé (ver Hb 7:25) e pelo arrependimento sincero (ver Os 14:1; Ml 3:7).
Ele. Assim como o pai na parábola do filho pródigo avistou seu filho “ainda longe (Lc
15:20), nosso Pai celestial anseia e espera que nos voltemos para Ele. Contudo, Ele
não nos força a aceitar Seu amor (ver PP, 384).
Purificai. Purificar as mãos simbolizava a remoção da culpa (ver Dt 21:6; SI 24:4;
26:6; 73:13; Mt 27:24; ver com. de Is 1:15, 16). Paulo especifica “mãos santas”
como uma das condições para que a oração seja respondida (ver 1Tm 2:8).
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Ânimo dobre. Ver com. de 1:8. A lealdade deve ser completa. Comentário Bíblico
Adventista Vol. 7, p. 582 (comentando Tiago 4:8)

Afligi-vos. Os pecadores devem sentir sua real condição deplorável. Todos devemos
buscar estar sempre cientes de nossa condição espiritual. A igreja de Laodiceia
recebeu exortação especial com respeito a esse assunto (ver com. de Ap 3:17). A
amizade com o mundo (Tg 4:4), as contendas (Tg 3:16; 4:1) e a cobiça (Tg 4:1-5)
deveriam ter feito com que todos os membros sinceros se afligissem.
Lamentai. Ver com. de Mt 5:4. Esta é uma forte exortação ao arrependimento, com
o objetivo de alcançar até aqueles a quem Tiago repreendeu duramente. Existe
esperança, pois “a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação
(ver com. de 2Co 7:10).
Riso. Isto é, o riso que marcou seus "prazeres” (ver v. 1). Esse tipo de regozijo se
converte em um narcótico que encoraja a falsa satisfação e segurança, embora a
alma esteja a todo o tempo à beira da destruição. No entanto, Tiago não dá a
entender que a vida cristã deva ser caracterizada por uma tristeza sombria.
Pranto. O resultado inevitável do regozijo frívolo.
Alegria. “Converta-se o vosso riso em pranto” forma um paralelismo poético com “e
a vossa alegria, em tristeza” (ver vol. 3, p. 8-13). Comentário Bíblico Adventista Vol.
7, p. 582 (comentando Tiago 4:9)

Humilhai-vos. Ver com. de Mt 11:29; 23:12; Tg 1:9. Tiago resume desta forma as
várias admoestações sobre a lealdade completa à vontade de Deus. Para quem é
honesto consigo mesmo, sua deplorável condição produz um espírito humilde
diante de Deus, que está sempre disposto a perdoar (ver com. de Is 57:15).
Na presença. Essa contrição será genuína, pois os “humildes" não se mascaram com
falsa modéstia, para serem vistos pelas pessoas. Nem os atos externos nem as
motivações internas podem ser ocultados do Senhor (ver 2Cr 16:9; Hb 4:13). A
despeito da natureza do pecado e de quem foi prejudicado por ele, o pecado é
contra o próprio Senhor (ver com. de Sl 51:4).
Exaltará. Comparar com Tg 1:9. Os “humildes" serão exaltados por Deus nesta vida,
até certo ponto, e, mais plenamente, na vida porvir. É Deus quem vivifica "o espírito
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dos abatidos” (ver com. de Is 57:15). Assim como Jônatas e João Batista (Ed, 156,
157), os que, “mediante a abnegação, entraram na comunhão dos sofrimentos de
Cristo” terão a recompensa da honra eterna. Aquele que se dispõe a ser ensinado
por Deus e a confiar na Sua direção jamais será rejeitado (ver com. de Pv 15:33).
Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p. 582-583 (comentando Tiago 4:10)

E não o faz. Aqueles que são apenas “ouvintes” e não “praticantes” mostram que
sua religião é “vã” (ver com. de Tg 1:23, 26). Uma pessoa de fé pervertida confia
apenas no conhecimento e prova sua falsidade quando evita atos que o crente
sincero faria com alegria (ver com. do Tg 2:17, 20, 26). Esta também é uma
repreensão para quem negligencia o estudo da Palavra de Deus, tendo em vista que
mais conhecimento aumentaria sua obrigação pessoal.
Pecando. O argumento de que não se fez nenhum dano será uma desculpa
insuficiente no dia do juízo para pessoas como o servo negligente (ver com. de Mt
25:27). A fuga deliberada de um dever conhecido é rebelião contra a vontade
divina. Essa situação aumenta a dificuldade que confronta o de “ânimo dobre” (ver
com. de Tg 1:8), o que se supõe religioso (ver com. de Tg 1:26), o de fé morta (ver
com. de Tg 2:17, 20) e o "mundano” (ver com. de Tg 3:15). Todas essas
características de membros de igreja imperfeitos são o resultado da falta de um
comprometimento total com a obediência aos mandamentos de Deus. Eles vacilam
entre o que sabem, o que devem fazer e o que pessoalmente desejam fazer (ver Tg
4:17), com o resultado de que não se submetem sem reservas à vontade de divina.
Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p. 585 (comentando Tiago 4:17)

1 JOÃO

O reconhecimento da natureza exata de um pecado e a compreensão dos fatores


que levaram a cometê-lo são essenciais para a confissão e para adquirir a força
necessária a fim de resistir a uma tentação quando ela se repetir (T5, 639). Não
estar disposto a ser específico pode revelar uma ausência do verdadeiro
arrependimento e a falta de um desejo real de tudo o que implica o perdão (ver CC,
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41; sobre a relação entre confissão e arrependimento, ver com. de Ez 18:30; ver T5,
640). Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p. 695 (comentando 1 João 1:9)

Precisamos sempre nos lembrar do poder divino que nos impedirá de cair (Jd 24) e,
se cairmos por não recorrer a esse poder, devemos ir, arrependidos, ao trono da
graça e pedir misericórdia para alcançar o perdão (cf. Hb 4:16; 1Jo 2:1). Comentário
Bíblico Adventista Vol. 7, p. 696 (comentando 1 João 1:9)

Os pecados. Isto é, os pecados específicos que foram confessados. O Senhor está


pronto a perdoar o pecador arrependido, porém perdoar não significa de maneira
alguma tolerar. Pecados confessados são levados pelo Cordeiro de Deus (Jo 1:29). O
amor misericordioso de Deus aceita o pecador arrependido, o pecado confessado é
retirado dele, e o pecador está diante do Senhor coberto com a vida perfeita de
Cristo (Cl 3:3, 9, 10: PJ, 311, 312). O pecado se foi, e a condição do pecador é a de
um novo homem em Cristo Jesus. Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p. 696
(comentando 1 João 1:9)

Purificar. Ou, “limpar.” A frase “para nos purificar de toda injustiça” pode ser
entendida tanto como em aposição, como explicação da frase “para nos perdoar os
pecados”, ou como estabelecendo um processo distinto e posterior ao perdão.
Ambas as idéias são corretas quando aplicadas à prática da vida cristã. Todo pecado
envilece e, quando o pecador é perdoado, fica limpo dos pecados pelos quais
recebeu o perdão. Ao confessar seu grande pecado, Davi orou: “Cria em mim, ó
Deus, um coração puro” (SI 51:10). O propósito do Senhor é purificar o pecador
arrependido de toda injustiça. Ele pede perfeição moral de seus filhos (ver com. de
Mt 5:48). E fez provisão para que todos os pecados possam ser resistidos e vencidos
com sucesso (ver com. de Rm 8:1-4). Enquanto houver vida, haverá novas vitórias a
ganhar e novas excelências a alcançar. Este processo diário de purificação do
pecado e crescimento na graça é denominado santificação (ver com. de Rm 6:19).
O passo inicial em que o pecador se converte do seu pecado e aceita a Cristo é
chamado de justificação (ver com. de Rm 5:1). É possível ver esses dois processos
nas palavras de João, mas não se sabe se o apóstolo tinha ou não uma concepção
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em mente tão próxima desses passos no processo da salvação. É mais provável que
ele estivesse pensando na purificação que acompanha o perdão, embora suas
palavras possam ser mais amplamente aplicadas. Comentário Bíblico Adventista
Vol. 7, p. 696 (comentando 1 João 1:9)

De toda injustiça. Esta declaração abrangente deixa claro o rigor com o qual Deus
está preparado para remover a injustiça daqueles que confessaram e foram
perdoados de seus pecados. Mas o próprio pecador deve cooperar com Deus,
abandonando o pecado. Se o plano bíblico for seguido, a limpeza será completa.
É necessário vigiar cuidadosamente em oração para evitar que os velhos hábitos
de pensamento e conduta entrem em ação novamente (Rm 6:11-13; 1Co 9:27). A
ação da vontade é decisiva, mas a vontade é fraca e vacilante, até que Cristo a
purifique e a fortaleça. O coração enganoso, com frequência, tem um desejo oculto
por seus velhos hábitos de vida e apresenta muitas desculpas para justificar uma
continuada complacência com esses hábitos. Para permanecer sem pecar, são
necessárias uma consciência constante deste perigo e uma renovação diária de
propósito (CC, 52), pois o Céu não pode fazer nada por uma pessoa até que ela
aceite a graça e o poder de Cristo para erradicar, de sua vida, toda tendência e
todo desejo pecaminosos (ver com. de 1Jo 3:6-10; Jd 24). Comentário Bíblico
Adventista Vol. 7, p. 696-697 (comentando 1 João 1:9)

As verdades da Bíblia devem estar gravadas na memória para fortalecer a mente


com a Palavra vivificante. Suas preciosas promessas darão apoio nos momentos de
provação e dificuldade, e sua instrução na justiça nos conduzirá ao Salvador e nos
preparará para receber Seu caráter santo (2Tm 3:16, 17). Com a Palavra de Deus,
portanto, escondida em nosso coração, não vamos mais pecar deliberadamente
contra Ele (SI 119:11). E, apesar disso, não haverá jamais afirmação alguma de ter
completado a santificação (cf. GC, 618, 619). Comentário Bíblico Adventista Vol. 7,
p. 697 (comentando 1 João 1:10)

Para que não pequeis. O tempo do verbo grego mostra que João aqui fala de
cometer atos específicos de pecado (cf. com. de 1Jo 3:9). O apóstolo queria que
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seus leitores evitassem cometer um único ato pecaminoso sequer. Não há


verdadeira ruptura no pensamento do autor entre os cap. 1 e 2, sendo que ambos
encorajam os cristãos a se apropriar do poder divino para viver livres do pecado.
No entanto, em 1 João 1:10, o apóstolo alertara contra a alegação de alguém não
haver pecado. Será que, com isso, ele quis dizer que esperava que as pessoas se
contentassem em continuar pecando? Certamente não! Livrar-se totalmente do
pecado é a meta estabelecida perante os filhos de Deus, e cada provisão foi feita
para que todos possam alcançá-la (ver com. de 1Jo 3:6). Comentário Bíblico
Adventista Vol. 7, p. 699 (comentando 1 João 2:1)

Se, todavia, alguém pecar. Isto é, que tenha caído em pecado ou cometido um ato
pecaminoso. Embora o objetivo do cristão seja a impecabilidade, João reconhece a
possibilidade de um cristão sincero cometer um pecado (cf. com. de 1Jo 1:7-9). Ele
faz isso não para tolerar o pecado, mas para apresentar Aquele que pode salvar o
cristão que tenha caído. Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p. 699-700
(comentando 1 João 2:1)

A vida conforme a vontade de Deus é a única evidência segura de que uma pessoa
conhece a Deus. Ao longo desta epístola, João continua a contradizer a afirmação
gnóstica de que só o conhecimento tem valor e que a conduta não é de importância
particular na determinação da posição de um homem diante de Deus. Os apóstolos
declaram que não são os ouvintes da Palavra que são justificados, mas os
praticantes dela (Rm 2:13; Tg 1:22, 23). Alegações piedosas devem corresponder
com a conduta moral. Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p. 701 (comentando 1
João 2:3)

Guardamos os Seus mandamentos. O verbo traduzido por “guardar" (têreõ)


expressa a idéia de observar ou manter estrita vigilância. Aqui implica um
propósito íntimo que resulta na conformidade dos nossos atos com a vontade de
Deus expressa em Seus “mandamentos" (sobre os “mandamentos" [entolai] ver
com. de Mt 19:17; Jo 14:15). João usa a expressão "guardam os Meus
mandamentos” e seu equivalente “guarda as Minhas palavras”, ou frases
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semelhantes, muitas vezes, em seus escritos (Jo 14:15, 23; 1Jo 3:22, 24; 5:2; 2Jo 6,
Ap 3:10; 12:17). Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p. 701 (comentando 1 João
2:3)

Aperfeiçoado. Do gr. teleioõ, “levar a um fim", "completar”, "aperfeiçoar". Em vez


de “ser aperfeiçoado” devemos ler “ter sido aperfeiçoado" (sobre teleios, ver com.
de Mt 5:48). Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p. 701 (comentando 1 João 2:5)

Amor de Deus. Este pode ser o amor do ser humano a Deus ou o amor de Deus
concedido ao ser humano. Nesta epístola, João usa a expressão em ambos os
sentidos, mas parece referir-se principalmente ao amor de Deus para com o ser
humano (1Jo 4:9; cf. 3:1, 16, 17; 4:14, 16; ver também 1Jo 2:15; 5:3). “O amor
procede de Deus" (1Jo 4:7). Todo amor verdadeiro vem de Deus, e aquele que está
motivado a guardar os mandamentos do Senhor o faz em virtude do amor, que é
derivado de Deus (sobre "amor" \agapê], ver com. de Mt 5:43, 44, 1Co 13:1).
Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p. 701 (comentando 1 João 2:5)

Como Ele andou. Em Sua vida terrena, Jesus deixou um exemplo perfeito para
todas as pessoas seguirem. O cristão precisa estar completamente familiarizado
com a vida sem pecado, a fim de imitá-la e aplicar seus princípios às condições em
que deve viver. João insiste em que aquele que afirma permanecer em Cristo deve
demonstrar diariamente que imita seu Salvador. Sua vida deve concordar com sua
profissão de fé (CC, 58, 59). Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p. 702
(comentando 1 João 2:6)

Tendes vencido. Do gr. nikaõ, "conquistar". Das 28 vezes em que a palavra nikaõ é
usada no NT, seis ocorrem nesta epístola e 18 em outros escritos de João. O conceito
de vitória cristã ocupa um papel de destaque no pensamento do apóstolo. O tempo
do verbo grego indica, como em português, que os crentes já tinham vencido e
estavam colhendo os frutos de sua vitória.
O maligno. Ou, o diabo (cf. com. de Jo 17:15). A vitória que os crentes tinham
conquistado não foi apenas sobre seus próprios desejos errados e hábitos rebeldes,
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mas também sobre o ódio maligno e as tentações hábeis do próprio adversário (cf.
com. de Mt 4:1). Nesta época de maior conhecimento e ceticismo arrogante, poucos
percebem o poder do maligno e seus inúmeros cooperadores. As pessoas gostam de
se sentir donas do próprio destino, mas se esquecem de que, desde que Adão
pecou, todas se tornaram escravas do maligno. A única maneira de escapar dessa
servidão é apropriar-se do único poder pessoal que permanece com o ser humano,
a faculdade de escolher outro Senhor e entregar sua fraca vontade a Ele. Cristo,
então, liberta-as da escravidão do diabo e direciona sua vontade para o bem (Rm
6:13-23). Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p. 705 (comentando 1 João 2:13)

Semelhantes a Ele. Refere-se ao cumprimento do plano de Deus para o homem


caído, a restauração da imagem divina. O homem foi criado à imagem de Deus (ver
com. de Gn 1:26), mas o pecado arruinou essa semelhança. O propósito de Deus é
restaurar essa semelhança, dando ao ser humano a vitória sobre o pecado e sobre
toda tentação (ver com. de Rm 8:29; Cl 3:10; ver DTN, 37, 38, 391, 827; PJ, 194).
Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p. 716 (comentando 1 João 3:2)

Assim como Ele é puro. O cristão deve se esforçar em busca do padrão de pureza
de Cristo (cf. com. de Fp 3:8-15). Ele obteve vitória sobre toda tentação (ver com.
de Jo 8:46; 2Co 5:21; 1Pe 2:22) e tornou possível a todas as pessoas viver uma vida
vitoriosa (ver com. de Mt 1:21; Rm 7:24, 25; 8:1, 2; 1Jo 1:9). Comentário Bíblico
Adventista Vol. 7, p. 716 (comentando 1 João 3:3)

Divina semente. Trata-se do princípio divino da vida que, implantado em um


pecador, dá lugar ao nascimento do novo homem e produz o cristão. Essa “semente
divina habita no homem verdadeiramente convertido, garante energia espiritual e
lhe permite sucesso para resistir ao pecado. Desse modo, João atribui a Deus o fato
de que um cristão pode viver livre do pecado. O poder divino atua no íntimo do seu
ser e, por essa razão, o cristão não continua no pecado. Comentário Bíblico
Adventista Vol. 7, p. 719 (comentando 1 João 3:9)
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E fazemos. A segunda condição adicional. Temos que fazer algo mais do que guardar
os mandamentos de Deus, ou evitar a transgressão da lei. É necessário que
continuemos fazendo as coisas que agradam a Deus. Devemos viver uma vida
cristã ativa, lembrando-nos da ordem: “sede vós perfeitos, como perfeito é o vosso
Pai celeste" (ver com. de Mt 5:48; Fp 3:12-15). Comentário Bíblico Adventista Vol.
7, p. 725 (comentando 1 João 3:22)

Seu Filho, Jesus Cristo. Quanto à filiação divina de Jesus, ver com. de Lc 1:35;
sobre o título “Jesus Cristo", ver com. de Mt 1:1; Fp 2:5. Paulo usa o mesmo título
composto (Rm 1:3; 1Co 1:9). João condensa aqui a essência da doutrina cristã em
poucas palavras (cf. com. de 1Jo 1:3; 5:20), para que seus leitores possam
compreender os elementos indispensáveis à crença cristã. Crer na pessoa descrita
neste admirável nome composto *“Jesus” e “Cristo"+ é reconhecer a divindade de
Jesus, Sua humanidade, Sua vitória sobre o pecado e a morte, e também é
reconhecer a possibilidade de ganharmos a mesma vitória pelos mesmos meios
que o Salvador empregou e coloca ao nosso alcance. Comentário Bíblico
Adventista Vol. 7, p. 725 (comentando 1 João 3:23)

Que nos ordenou. Aquele que guarda os mandamentos de Deus tem o privilégio de
permanecer nEle, de morar com Ele. O profeta Amós ilustra em forma de pergunta:
“Andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo?" (Am 3:3). Ninguém pode
habitar com Deus enquanto vive quebrantando a expressa vontade divina;
contudo, aquele que está disposto a fazer a vontade de Deus pode permanecer
sempre com o Todo-Poderoso. Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p. 725
(comentando 1 João 3:23)

O mandamento. Ou, os mandamentos de Deus (ver com. de 1Jo 2:3). Se guardamos


os mandamentos de Deus, temos confiança de que receberemos dEle o que Lhe
pedimos (1Jo 3:22) e, como resultado, temos íntima comunhão com Deus.
Permanece em Deus. A permanência é sempre mútua (ver Jo 15:4, 5). Aquele que
deseja permanecer com Deus pode estar seguro de que Deus sempre tem desejado
permanecer com ele. Porém, a pessoa deve mostrar que está em harmonia com o
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Senhor, guardando Seus mandamentos. Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p.


726 (comentando 1 João 3:24)

JUDAS
Dos tropeços. Aquele que aceita a proteção de Deus pode viver acima do pecado
(cf. com. de 1Jo 3:6, 9).
Apresentar. O clímax da proteção de Deus virá quando o crente se apresentar sem
medo na presença divina, no dia do julgamento (cf. com. de 1Jo 2:28). Pela graça
capacitadora de Cristo, o cristão pode viver uma fé confiante no poder de Deus que
o impedirá de cair em pecado e permitirá que ele finalmente permaneça sem
mancha ou vergonha na presença divina.
Diante da Sua glória. O teste final de impecabilidade é a capacidade de estar
diante de Deus que habita "em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu”
(1Tm 6:16). É o propósito do evangelho preparar homens para esta experiência (Cl
1:22; sobre "glória” [doxa], ver com. de Jo 1:14; Rm 3:23). Comentário Bíblico
Adventista Vol. 7, p. 786 (comentando Judas 1:24)

APOCALIPSE
Não se achou. A forma verbal do grego sugere que um ponto específico do tempo
está em foco aqui. A partir de então, a investigação mostra que os 144 mil não têm
mácula. Isso não significa que nunca erraram, mas que, pela graça de Deus,
superaram todo defeito de caráter.
Mentira. Do gr. dolos, “engano”, “sutileza”, "fraude”, “logro". Evidências textuais (cf.
p. xvi) comprovam a variante pseudos, "falsidade", “mentira”. O evangelho de Jesus
Cristo transforma o pecador errante em alguém sem falsidade, engano e pecado
Não têm mácula. Do gr. amõmos, “sem defeito”, “irrepreensível" (ver com. de Ef
1:4; cf. PJ, 69; TM, 506). Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p. 915 (comentando
Apocalipse 14:5)
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Nosso direito ao Céu vem da justiça de Cristo imputada; nossa adequação ao Céu,
à justiça de Cristo a nós concedida. Ambas são representadas pelas vestes lavadas.
A evidência externa da justiça de Cristo transmitida é a submissão perfeita aos
mandamentos de Deus. Logo, as duas idéias, as vestes lavadas e a obediência aos
mandamentos, estão intimamente ligadas. Comentário Bíblico Adventista Vol. 7, p.
998 (comentando Apocalipse 22:14)

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