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G abarito das

A utoatividades

ANTROPOLOGIA SOCIAL E CULTURAL


Centro Universitário Leonardo da Vinci
Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040
Bairro Benedito - CEP 89130-000
Indaial - Santa Catarina - 47 3281-9000

2018

Elaboração:
Profª Milena Cassal
Profª Priscila Farfan Barroso

Revisão, Diagramação e Produção:


Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
UNIASSELVI GABARITO DAS AUTOATIVIDADES 3
NEAD
GABARITO DAS AUTOATIVIDADES DE
ANTROPOLOGIA SOCIAL E CULTURAL

UNIDADE 1

Tópico 1

1 Ao ler esta unidade, convidamos você a relacionar exemplos de


situações/fatos/ações etnocêntricas e xenofóbicas. Identifique-as
também no seu cotidiano.

R.: Compreende-se etnocentrismo algo que seja visto como “melhor” a partir
de sua visão de mundo, ou seja, sua cultura é melhor que outras, assim,
modos de viver em sociedade, podem ser considerados mais civilizados que
outros. Como por exemplo na época das grandes navegações e descobertas
de outras populações. A xenofobia é a aversão a populações estrangeiras,
notamos, atualmente que diversos países vivenciam situações xenofóbicas,
como, por exemplo, os países europeus, onde os “imigrantes e refugiados”
africanos, por exemplo, são culpabilizados pela crescente crise econômica
que assola o continente europeu.

2 Disserte sobre o conceito de cultura a partir da concepção de Franz


A
Boas e Tylor. N
T
R
R.: Nesta coluna o aluno deve expor sua compreensão do conceito de cultura, O
P
a partir das leituras desenvolvidas nesta unidade. O
L
O
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TÓPICO 2 A

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Correlacione as colunas: O
C
I
A
(1) Antropologia social e cultural ( ) dialetos L
(2) Antropologia biológica ( ) vestígios materiais E
(3) Antropologia psicológica ( ) “Tudo” de uma sociedade
C
(4) Antropologia linguística ( ) psiquismo humano U
(5) Antropologia pré-histórica ( ) patrimônio genético L
T
U
R
R.: 4; 5; 1; 3; 2. A
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TÓPICO 3

1 De que forma você planejaria uma pesquisa etnográfica, que pontos


colocaria em seus planejamentos?

R.: Pesquisa bibliográfica do tema a ser pesquisado:


Planejamento dos objetivos da pesquisa, saídas a campo.
Escrita e organização diário de campo.
Escuta, observação e atenção aos objetos de pesquisa.

2 Leia o trecho do relato da pesquisa etnográfica e procure analisar os


pontos explicitados como exercício da pesquisadora ao defrontar-se
com o “estranhamento” e a familiarização de sua pessoa e de seus
pesquisados no campo de pesquisa. Faça um breve relato de como
compreendeu a cena e suas implicações no espaço etnográfico.

"Esta reflexão sobre as denominações que os meninos e meninas


do laguinho e do Areal me designam está relacionada ao espaço em que
nos encontramos, nossas formas de interação e relação, e seus modos
de aceitação em relação a mim. Relato um dos episódios que tanto os(as)
guris(as) parecem me “familiarizar” e aceitar naquele lugar. Nos últimos meses
de pesquisa, eu ainda sentia certa “distância” por parte dos(as) guris(as) do
laguinho. Ainda que eu fosse diversas vezes lá, e conversasse com todos,
A
fosse acolhida por uma das adultas mais frequentes do lugar. Ainda assim
N Gisele, uma das meninas mais assíduas ali, resistia a minha presença e era
T
R seguida por quem estava com ela. No domingo de Páscoa de 2013 fui até o
O
P
laguinho ver se encontrava alguém. Estava muito calor.
O Ao chegar encontro Gisele com sete guris, sendo que cinco deles
L
O eram seus irmãos. O mais novo tinha menos de um ano, estava no carrinho
G
I
de bebê, eu já tinha visto Gisele com ele na praça. Quando chego, alguns
A dos guris me reconhecem e abanam para mim. Gisele diz ao irmão que estou
S ali fazendo um trabalho para faculdade. Em pouco tempo os meninos me
O
C
mostraram os peixes e me convidam para “pescar”, passamos muito tempo
I fazendo isso, alimentando os peixes que por sinal são muitos. Sento no chão,
A
L tiro os sapatos e vibro junto com os guris quando um peixe enorme abocanha
E
um pão. Como era Páscoa, o grupo recebe de algumas pessoas que passam
por ali muitos doces e eu também recebo. Os guris e Gisele recebem doações
C
U de doces e percebo que isso é comum, pois encontramos Darlene com seus
L
T
dois filhos e ela nos mostra a quantidade de doces, roupas e brinquedos que
U receberam de doações. Estranho o fato de também ter recebido doces e noto
R
A que fui “confundida” como alguém que pertence àquele meio e ao grupo.
L
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Percebo também que ao estranhar este fato, vejo que eu ainda não
aceitei o espaço e as condições que ele e as pessoas que pesquiso me
propõem. Descubro nestas percepções meus preconceitos em relação ao
meio e as pessoas que pesquiso. Eu também posso ser vista como alguém do
grupo, contudo eu ainda estou em uma posição de distanciamento do grupo,
talvez isso me afaste, e me passe a sensação de distanciamento de alguns
guris e gurias no laguinho. Aceitar o campo é mais uma espécie de “relaxar”,
deixar as coisas acontecerem naquele espaço, sem muitas reflexões. E com
isso também trabalho com os meus pré-julgamentos morais.
Dividimos os doces, e comemos juntos naquele dia. E recordo que
olhei para meus pés e roupas e percebi que estava bem suja. Comento isso
a um deles, que me olhou concordando, fazendo uma careta. As pessoas que
passavam pela praça nos olhavam e me olhavam com uma cara interrogativa
e ao mesmo tempo sorriam. Encontrei um menino que conheci no Ação Rua,
e ele me perguntou se aquelas crianças eram meus filhos, eu disse que não.
E depois percebi que era assim que estavam nos vendo. Eu poderia ser mãe
daquelas crianças, e poderia ser confundida também porque todos eram
negros. Os guris e Gisele se sentiram bem à vontade com minha presença.
Consegui conversar com Gisele que sempre era bastante arredia. Neste dia
dividiu algumas confidências em relação aos meninos que já tinha ficado e o
menino que gostava que por sinal eu conhecia, pois também era frequentador
do lago. Neste dia, me senti “parte” do grupo, talvez este momento tenha
sido meu ritual de passagem no campo, me senti mais à vontade com eles e
percebi que eles também estavam mais à vontade comigo, pena que o tempo
de pesquisa já estava terminando”.
Brincando de sair pra rua! Entre arreganhos, implicâncias e cuidados A
N
no “pátio” do quilombo, na “piscina” do laguinho. Dissertação de T
R
mestrado-2014 – PUCRS – Milena Cassal Pereira. O
P
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R.: Resposta individual dos acadêmicos, a partir do estudo feito nesta unidade. L
O
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UNIDADE 2 O
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TÓPICO 1 E

C
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1 A emergência da Antropologia como ciência foi processual e L
definida de acordo com a circunscrição de seu objeto de estudo, T
U
sua metodologia e os conceitos-chave. Nesse sentido, inicialmente R
A
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baseada na produção científica das Ciências Naturais, a Antropologia
se aproximou dessas disciplinas para aos poucos se diferenciar,
criando suas próprias teorias e metodologias. Logo, disserte sobre
as teorias que influenciaram a Antropologia e como se deu o diálogo
entre essas disciplinas.

R.: Os estudantes devem evidenciar a teorias do evolucionismo, do


materialismo cultural e do particularismo histórico cultural, argumentando a
partir de elementos de cada teoria como a antropologia foi se construindo
ao longo dos tempos. Tanto a observação como a teorização permitiram
consolidar essa disciplina como caráter científico. Assim, a antropologia tem
seu objeto de estudo e sua metodologia explicitando sua especificidade.

2 Cada vez mais a ideia de realizar o trabalho de campo entre os nativos


é reificada na Antropologia. Bronislaw Malinowski foi o pioneiro nessa
metodologia de forma mais metódica, passando temporadas entre
eles e vivenciando o cotidiano junto aos nativos. A partir de seus
estudos, comente sobre o aporte metodológico da Antropologia e o
que permite essa metodologia em relação a outras ciências.

R.: O fazer etnográfico de Bronislaw Malinowsky leva em consideração não


somente o estudo sobre os nativos, mas o estudo entre os nativos. Sua
metodologia apresenta uma proposta clássica de estudo: passar longo tempo
entre os nativos, aprender sua língua nativa, escrever diários de campo e
produzir uma obra sobre a vida dos seus estudados. Essa configuração
A
N
influenciou os antropólogos a fazerem suas pesquisas de campo de uma forma
T clássica, entretanto hoje em dia se questiona essa sistemática. Assim, essa
R
O metodologia permitiria se aproximar das vivências dos nativos e compreender
P
O
suas vivências por mais diferentes que fossem os pesquisadores.
L
O
G 3 Visite um local diferente do seu cotidiano. Pode ser uma igreja,
I
A
um mercado, um parque, um serviço de saúde. Passe ali um turno
observando tudo o que acontece, podendo interagir com o ambiente e
S
O as pessoas. Depois, em casa, produza um diário de campo sobre essa
C
I
experiência, detalhando os seus estranhamentos e percepções das
A situações vistas, fazendo comentários e trazendo as descrições do
L
que viu, ouviu e sentiu em campo. Essa atividade fará com que você
E vivencie por um momento a experiência do trabalho de campo, de
C modo a se aproximar das metodologias utilizadas pelos antropólogos.
U
L
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U
R.: A ideia é que o estudante faça uma descrição detalhada do local que
R escolheu para conhecer/visitar. Logo, ele pode contar como é o local, seus
A
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móveis, como as pessoas que estavam lá se comportavam, qual o som o local
ecoava ali, o que estava acontecendo, e de uma forma linear, ir apresentando
as situações entremeadas que ele percebeu ali. Espera-se por volta de dez
a quinze linhas.

TÓPICO 2

1 A partir deste livro de pesquisa em materiais bibliográficos, construa


um quadro colocando na linha horizontal as três escolas estudadas
(Francesa, Britânica e Americana) e na linha vertical objeto de estudo,
influências, autores principais, metodologias e contribuições para a
disciplina. Assim, preencha o quadro.

R.:
Francesa Britânica Americana
Objeto de Paradigma Paradigma Paradigma
estudo racionalista e em estrutural- hermenêutico-
sua forma moderna funcionalista interpretativo
estruturalista
Influências Influência de Afasta-se do Reintrodução da
Durkheim e a tradição evolucionismo e história e o interesse
franco intelectualista privilegia pesquisas pelo indivíduo
franco-germânica empíricas
Autores Mauss, Lévi-Strauss Turner, Douglas e Mead, Geertz.
principais Leach A
N
Metodologias Análise de sistemas Utiliza método Utiliza o método de T
sociais totais a partir comparativo - indução empírica R
O
do racionalismo observa, compara dentro de território P
e classifica definido e limitado O
L
Contribuições A perspectiva As metodologias e Estudos culturais O
G
estruturalista e a análises metódicas e as descrições I
busca por leis gerais particulares A

S
2 Escolha uma das escolas discutidas nesse tópico e faça um resumo O
C
de mais ou menos quinze linhas sobre os principais pontos dessa I
A
linha teórica. Com isso, você vai treinando e se apropriando dos L
principais conceitos e autores envolvidos nessa discussão. E

C
R.: A ideia é que o estudante escolha a escola mais que se interessou e faça U
um resumo curto sobre as principais discussões dessa escola, evidenciando L
T
os autores destacadas e os conceitos chaves. Essa é uma forma de o U
R
estudante se apropriar e conhecer mais sobre uma dessas escolas tão A
importantes para a antropologia. L
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3 Pensando na sua prática docente, estabeleça um plano de ensino
evidenciando filmes ou textos que possam dialogar com a discussão
teórica de Lévi-Strauss, Clifford Geertz e Mary Douglas, a fim de
complementar a aula dada.

R.: Um plano de ensino deve conter: cabeçalho, tempo da aula, materiais


utilizados, objetivo geral, objetivos específicos, proposta de atividade e a
bibliografia acessada. Dentro de "materiais utilizados" queremos fazer com
que os estudantes construam estratégias pedagógicas além do quadro branco,
utilizando os recursos audiovisuais. Por isso, eles vão relacionar os assuntos
trabalhados pelos autores citados e propor algum filme, documentário ou
textos a fim de tornar a futura aula mais dinâmica e interessante.

TÓPICO 3

1 Retome o texto "O ritual do corpo entre os Nacirema", de Horace


Minner, disponível na Leitura Complementar 1, e perceba que ele está
falando dos americanos – nacirema de trás para a frente é "american"
–, ou seja, nós. A ideia de fazer esse texto era para que justamente
possamos estranhar os nossos próprios costumes e rituais, de modo
que assim nos aproximemos desse outro que parece tão distante,
por exemplo, o Latipsoh, de trás para a frente é "hospital", e assim
vai. Discorra sobre os elementos do texto que você reconhece na
sua própria cultura.
A
N
T
R
R.: O estudante pode relatar trechos ou mencionar situações que identificou
O no texto, como os rituais no hospital, o processo de escovar os dentes, as
P
O questões econômicas, os modos de lidar com os corpos etc.
L
O
G 2 Comente sobre os novos questionamentos da antropologia e como
I
A eles colocam em xeque as perspectivas estudadas até o momento.
S
Ou seja, pensar a antropologia daqui para a frente é se basear nos
O clássicos e contemporâneos, mas se dando conta de que há muito
C
I para avançar.
A
L
R.: Os novos questionamentos da antropologia envolvem se questionar sobre
E
os conceitos tradicionais e perceber para além das suas fronteiras. Ou seja,
C
U
talvez o conceito de cultura seja apenas uma construção etnocêntrica ou o
L escritor um mero interprete da vida se seus nativos. Enfim, cada vez mais a
T
U ideia de que o antropólogo tem a verdade é relativizada e se propaga uma
R
A
escrita antropológica não mais sobre o nativo, mas com o nativo.
L
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3 Pensando na sua prática docente, construa um plano de aula sobre
a discussão de cultura desde os primórdios até este tópico, além
de evidenciar as práticas pedagógicas que poderiam facilitar a
elucidação do tema.

R.: Um plano de ensino deve conter: cabeçalho, tempo da aula, materiais


utilizados, objetivo geral, objetivos específicos, proposta de atividade e
a bibliografia acessada. A partir daí cabe analisar quais as estratégias
pedagógicas que os estudantes utilizarão para montar seu plano de ensino.
Cabe analisar a coerência do plano, a possibilidade de realizar no tempo
programado e a criatividade pedagógica.

UNIDADE 3

TÓPICO 1

1 Tratando da temática da educação e antropologia, analise a charge


a seguir e argumente se é possível que todos tenham acesso à
educação da mesma maneira. Quais seriam os desafios para uma
educação democrática? Comente com suas palavras.

R.: A resposta deve considerar o contrassenso do pedido do professor na A


N
charge, pois ele pede a mesma atividade para todos, e nem todos teriam T
R
habilidades para subir na árvore, o que colocaria uns em vantagens de O
outros. Deste modo, cabe a reflexão sobre como operacionalizar a educação P
O
democrática, a fim de propor um tratamento mais igualitário em sala de aula, L
O
de acordo com as particularidades dos estudantes. G
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FONTE: Disponível em: <https://www.corujinhaspedagogas.blogspot.com>.


Acesso em: 11 maio 2017.

2 Enfatiza-se que o docente deve ensinar os estudantes a terem


criticidade sobre as situações na sociedade, e assim, "não ficarem
apáticos", "saírem de cima do muro" e "se posicionarem" sobre o
que ocorre no mundo. Logo, explicite estratégias pedagógicas que
A você utilizaria para estimular a análise crítica de seus estudantes.
N
T
R R.: Para pensar em estratégias pedagógicas que estimulem a criticidade, é
O
P relevante que se trabalhe com materiais de diferentes fontes e que mostrem
O
L
os vários lados de uma mesma situação. Sendo pertinente debater sobre o
O assunto de maneira ampla. Além disso, o professor pode levar um material
G
I para reflexão e que não esteja pronto e acabado sobre aquele assunto, logo,
A
a pesquisa é um fator interessante que ajuda na construção e na troca de
S conhecimento de uma forma mais crítica.
O
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T
U
R
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TÓPICO 2

1- De acordo com as informações do IBGE, apresentadas a seguir,


disserte sobre as desigualdades de gênero, observadas em sua
cidade.

SIS 2015: desigualdades de gênero e racial diminuem em uma


década, mas ainda são marcantes no Brasil

Em dez anos, a situação das mulheres na sociedade brasileira melhorou,


entretanto, as desigualdades em relação aos homens permanecem
significativas. Apesar de a jornada semanal dedicada aos afazeres domésticos
pelas mulheres ter reduzido de 22,3 horas para 21,2 horas semanais, elas
acumulam 5,0 horas semanais a mais na jornada total de trabalho em
relação aos homens. Essa situação ocorre porque a jornada no mercado
de trabalho das mulheres se manteve em 35,5 horas semanais, enquanto
essa jornada para os homens passou de 44,0 para 41,6 horas semanais,
sendo que eles mantiveram 10 horas semanais dedicadas aos afazeres
domésticos (menos da metade da feminina). Ainda assim, pôde-se observar
um aumento no percentual de homens ocupados que realizaram afazeres
domésticos e de cuidados, passando de 46,1% em 2004 para 51,3% de 2014
4. Esse percentual para mulheres ocupadas em 2014, era de 90,7%, quadro
semelhante ao de 2004 (91,3%). Embora tenha havido uma redução de 10,9%
na desocupação feminina entre 2004 e 2014, as mulheres continuam sendo
o segundo grupo populacional com a maior taxa de desocupação (8,7%),
abaixo apenas dos jovens (16,6%). As mulheres jovens que encontram maior A
N
dificuldade de inserção no mercado de trabalho, sendo que uma em cada T
cinco jovens está desocupada (20,8%). R
O
É o que mostra a Síntese de Indicadores Sociais (SIS): uma análise das P
O
condições de vida da população brasileira 2015, que sistematiza um conjunto L
de informações sobre a realidade social do país, analisando os temas aspectos O
G
demográficos, grupos sociodemográficos (crianças e adolescentes, jovens, I
A
idosos e famílias), educação, trabalho, distribuição de renda e domicílios.
Em relação ao rendimento, o estudo revela que houve diminuição da S
O
desigualdade de gênero na década. Em 2004, as mulheres ocupadas C
I
recebiam, em média, 70,0% do rendimento dos homens. Em 2014, essa A
relação passou para 74,0%. A maior diferença foi evidenciada entre mulheres L

em trabalhos informais, que recebiam em média 50% do rendimento daquelas E

em trabalhos formais. Entre os homens na mesma condição, a relação era C


de quase 60,0%. U
L
Mesmo com a população preta ou parda ultrapassando a metade do total de T
U
residentes no Brasil desde 2008 (50,6%), as desigualdades raciais também R
foram evidenciadas pela SIS. No que tange à educação, por exemplo, a A
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12 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI
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proporção dos estudantes de 18 a 24 anos pretos ou pardos que cursavam
o ensino superior em 2014 era de 45,5%, contra 16,7% em 2004. Entre os
brancos, essa relação passou de 47,2% para 71,4%. Ou seja, o percentual
de pretos e pardos no ensino superior em 2014 ainda era menor do que o
de brancos no ensino superior dez anos antes. Já entre os jovens de 15 a 29
anos que não trabalhavam nem estudavam, 62,9% eram pretos ou pardos.

FONTE: Disponível em: <http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias.html?view=noticia


&id=1&idnoticia=3050&busca=1&t=sis-2015-desigualdades-genero-racial-diminuem-
uma-decada-ainda-sao-marcantes-brasil>. Acesso em: out. 2016.

1 A partir da perspectiva da construção das relações de gênero e


sexualidade, explique através de exemplos quem seriam os “outros”,
“os diferentes” que não estão representados dentro do perfil do que é
considerado “normal” na sociedade brasileira, conforme referências
da professora Guacira Louro.

R.: Os “outros”, os sujeitos “diferentes”, os “alternativos” ou os “problemáticos”


serão, em princípio, as mulheres, as pessoas não brancas, as não
heterossexuais ou não cristãs.

TÓPICO 3

1 Será que, na escola, estamos atentos à questão racial, a partir da


A
N primeira leitura do texto da professora Nilma Lino Gomes? Será que
T
R
incorporamos essa realidade de maneira séria e responsável quando
O discutimos, nos processos de formação de professores, sobre a
P
O importância da diversidade cultural?
L
O
G Resposta pessoal do aluno.
I
A

S
2 Como é que se supera a visão do senso comum e se atinge uma visão, um
O tanto quanto possível, científica do conhecimento no espaço escolar?
C
I
A R.: Na relação entre antropologia e educação, a questão é: a aventura de
L
se colocar no lugar do outro, de ver como o outro vê, de compreender um
E
conhecimento que não é o nosso (GUSMÃO,1997). Os não antropólogos
C procuram "um olhar antropológico" pelo qual se guiarão nos enigmas da
U
L pesquisa de campo. Já a antropologia e os antropólogos se veem em
T
U
grandes dificuldades, ao serem convocados a abordar esta realidade que
R é a educação, seja por não conhecerem, ou ainda, por deslegitimarem um
A
L pouco do passado da antropologia.

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