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Embranquecimento Racial na
Argentina no século XIX: pensando
negros e imigrantes
Ana Clara Pecis da Cunha
Revista Outrora
Carlos Ot avio Jose Ingenieros: ent re o cient ífico e o polít ico. pensament o racial e ident idade n…
CAMILA GREJO
Imigrant es e argent inos no processo civilizat ório: uma análise do pensament o polít ico de Alberdi e Sa…
Revist a Em Tese UFSC
Resumo: O seguinte artigo propõe-se a analisar a incorporação da teoria positivista e do darwinismo social,
desenvolvidos durante o século XIX na Europa, pelos segmentos intelectual e político na Argentina a fim
de promover o embranquecimento racial da população. Para tanto, pretende-se reconstituir historicamente a
trajetória dos afro argentinos até sua drástica diminuição no quadro populacional da nação no século XIX.
Além disso, o mesmo objetiva apresentar como as políticas de incentivo à imigração europeia tornaram-se um
instrumento de alcance do progresso e da civilização no imaginário argentino.
Palavras-chave: América Latina; Argentina; Relações étnico-raciais; Imigração na Argentina.
Abstract: The following article proposes to analyze the incorporation of the positivism and the social
darwinism, developed throughout the nineteenth century in Europe, by the intellectual and political segments
in Argentina, in order to promote the racial whitening of the population. Therefore, it intends to reconstruct the
argentine-black-population’s trajectory until its drastic decrease in the nineteenth century. In addition, it will
present how politics to encourage European immigration have become an instrument to reach progress and
civilization in the imaginary of Argentina.
Key-words: Latin America, Argentina, Ethnic and race relations; Immigration in Argentina
1 Graduanda em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Bolsista PIBIAC/UFRJ
no projeto “Ensino de História da América em uma perspectiva cultural”, sob orientação da Prof. Dr. Juliana
Beatriz Almeida de Souza. E-mail: anacpecis@gmail.com.
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Introdução
Ao entrar em contato com os indicadores étnico-raciais do censo demográfico argentino mais recente,
realizado no ano de 2010, toma-se ciência de que 149.493 pessoas se autoidentificaram afrodescendentes2,
num total de 40.117.096 argentinos3. Diante desses dados e levando em consideração o passado colonial
do país que, assim como as demais colônias da América Espanhola, usufruiu da mão de obra de africanos
escravizados até meados do século XIX, pode-se questionar: o que aconteceu com os negros do país?
Nesse sentido, é primordial retornar ao século XIX para entender as mudanças no quadro étnico-racial
da nação latino-americana que, naquele século, se constituía. Para tanto, deve-se considerar alguns marcos
na trajetória das afro populações que desde o século XVI adentraram o território americano subjugadas à
condição de escravizadas no processo de colonização da América4. Tal reconstituição histórica culminará
em um dos objetivos centrais do atual artigo: demonstrar em que medidas e por quais razões os negros, no
oitocentos, foram atingidos por uma redução massiva nos índices populacionais argentinos em decorrência das
guerras e das epidemias de febre amarela em Buenos Aires, ocorridas sobretudo na década de 1870.
Deve-se enfatizar que as modificações no referido quadro também devem-se às políticas de incentivo
a imigração europeia encorajadas pelos campos intelectuais e políticos do país. Segundo o cientista social
Marcelo Sevaybricker Moreira, no ano de 1853 a população branca argentina era estimada em 3%, contra
os 95% em 1914; transitando de um quadro étnico predominantemente marcado pelas populações indígenas,
afrodescendentes, mestiços, entre outros, para um majoritariamente branco5. Ainda de acordo com Moreira
(2010), há estimativas que entre 1857 e 1900 mais de dois milhões de imigrantes europeus tenham adentrado
o território argentino6.
Nesse contexto, vale destacar que os setores político e intelectual de toda a América Latina encontravam-
se voltados para as questões de caráter nacional7, pensando as possibilidades de progredir em termos sociais e
civilizatórios. É nessa perspectiva, portanto, que se deve pensar o lugar que teorias científicas e pseudocientíficas
europeias, tais como a positivista e a darwinista social, ocuparam no imaginário argentino ao longo do século
XIX.
8 ALONSO, G. F. Estudio del comercio de esclavos en el Rio de la Plata. La ruta del esclavo en el Río de la Plata: su
historia y sus consecuencias. Memoria Del Simposio. UNESCO. 2004, p. 45.
9 SILVA, M. A. Reseña de la esclavitud en La Región Sur. La ruta del esclavo en el Río de la Plata: su historia y sus
consecuencias. Memoria Del Simposio. UNESCO. 2004, p. 36.
10 MALLO, S. C. Experiencias de vida, formas de trabajo y búsqueda de libertad. La ruta del esclavo en el Río de la Plata:
su historia y sus consecuencias. Memoria Del Simposio. UNESCO, 2004, p. 62.
11 Anexo 02: Quadro populacional de afro mestiços no Vice Reino do Rio da Prata (1778)
12 Infelizmente, a pesquisa estatística utilizada não informa em números absolutos o contingente populacional das
províncias, apontando apenas as porcentagens dos recortes étnicos.
13 MALLO, Op. cit., p. 63.
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de Maio, a Argentina se declarou uma nação independente. Além disso, foram estabelecidos no ano de 1812 o
fim do tráfico de escravos e, em 1813, a “liberdade dos ventres”14. A abolição da escravatura, por sua vez, foi
proclamada a partir da Constituição de 185315.
Tendo como intuito apresentar os marcos normalmente recorridos para explicar a redução da presença
afro argentina nos quadros demográficos ao longo do século XIX, deve-se ressaltar que os negros - em situação
de escravizados ou em liberdade - foram incorporados ao exército argentino durante diversos conflitos bélicos
no decorrer do período.
Nota-se que desde 1806, por conta das invasões inglesas em Buenos Aires, os indivíduos escravizados
foram organizados no front de defesa da capital. Sobretudo a partir das lutas de emancipação nacional, no final
da década de 1810, os mesmos participaram de forma mais intensa dos conflitos armados da Argentina no século
XIX. No período das guerras de independência do país, os proprietários de escravos se viam pressionados pelo
Estado que se constituía a abrirem mão de sua força de trabalho temporariamente, para que os escravizados
pudessem ser incorporados ao exército. Por outro lado, aos escravos era prometida uma possibilidade de
alforria através de suas atuações nas batalhas pela causa emancipatória16. Nesses casos, os proprietários e os
escravos acabavam sendo enganados com os comprometimentos que dependiam da volta desses indivíduos
com vida, levando em consideração que muitos as perdiam nos campos de guerra.
O período posterior à Revolução de Maio na Argentina foi marcado por disputas contínuas entre as
províncias, desembocando em inúmeras guerras civis que viriam a contribuir para a redução demográfica no
país como um todo, sobretudo das afro populações organizadas nas linhas de frente dos combates.17 Buenos
Aires, por exemplo, só declarou-se como parte integrante da federação argentina no início da década de 1860,
após uma série de enfrentamentos bélicos em que os negros estavam presentes nos lados opostos dos campos
de batalha18.
Foi somente a partir da Guerra Grande (1839 - 1851) que afrodescendentes de toda a região do Rio da
Prata, inclusive da Argentina, sofreram o que alguns historiadores nomearão de militarização das populações
de origem africana na América. Uma das principais características desse processo é que, via de regra, ele se
desenvolveu nos países após a dissolução dos sistemas escravistas, uma vez que a possibilidade de integrar
setores militares garantia o acesso a necessidades básicas (como alimentação e habitação), além de uma pequena
ascensão social. Por outro lado, tal integração dessas populações ao serviço militar afetou consideravelmente
suas densidades demográficas, com destaque para a Guerra do Paraguai, entre 1864 – 187019.
Apesar das taxas de mortalidade referentes às populações afrodescendentes nos combates bélicos
argentinos serem consideráveis, a historiografia tradicional também apontará a epidemia de febre amarela
que atingiu, sobretudo, Buenos Aires na década de 1870, como fator relevante para pensar a diminuição
demográfica dos negros no país. O historiador Diego Armus, por exemplo, apresentou que em apenas quatro
anos morreram mais de treze mil pessoas, cerca de 8% do total populacional20, levando em conta que tal surto
14 Os filhos de escravos nascidos a partir de então não seriam mais escravizados.
15 ALONSO, Op. cit., p. 45.
16 Ibid, p. 51-2.
17 Infelizmente não pude localizar dados específicos sobre a redução populacional negra em decorrência das guerras civis.
18 BORUCKI, A.; CHAGAS, K.; FREGA, A. e STALLA, N. “Esclavitud y abolición en el Río de La Plata en tiempos de
revolución y república”. In: La ruta del esclavo en el Río de la Plata: su historia y sus consecuencias. Memoria Del Simposio.
UNESCO. 2004, p. 135.
19 Ibid., p. 135-6.
20 ARMUS, D. El descubrimiento de la enfermedad como problema social. In: LOBATO, Mirta Zaida (org.). Nueva
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afetou os negros mais do que a qualquer outro grupo social21.
Por fim, é importante abordar alguns dados gerais sobre a presença de afrodescendentes na cidade de
Buenos Aires22 entre o final do século XVIII e fins do XIX. De acordo com a antropóloga María Eugenia
Domínguez, em 1778 o censo aponta que 30% da população era formada por negros e mulatos (7.256 num
total de 24.363) e, nas décadas seguintes, o número absoluto dos grupos afros não aparecerá consideravelmente
reduzido, apenas perderá importância em comparação com o quadro populacional. Já no censo de 1887 o
processo de desaparição dos afro argentinos encontrava-se adiantado, uma vez que os índices indicavam 8.005
indivíduos num total de 433.37523, marcando menos de 2%24 da população.25
47 Cabe salientar que, no darwinismo social, tal degeneração não é apenas racial, mas também social (Schwarcz, 1993, p. 78).
48 SCHWARCZ, Op. cit., p. 77-8.
49 MOREIRA, Op. cit., p. 11.
50 Ibid., p. 10-11.
51 Ibid., p. 6.
52 OLIVEIRA, M. Políticas de imigração na Argentina e no Brasil, 1886-1924: semelhanças e diferenças. In: Anais do
XXVI ANPUH. São Paulo, 2011, p. 4-5.
53 Ibid.
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Deve-se destacar que no começo dos anos 1890, a política de financiamento das passagens foi abandonada,
pois, além da crise financeira do Estado, pesou o fato da imigração subsidiada ter atraído “a ralé das cidades
europeias”. Até aqui o darwinismo social e o positivismo fazem-se presentes, uma vez que os imigrantes
vindos por vontade própria eram tidos como “mais fortes” e, assim, mais adaptados a levar adiante o progresso
e desenvolvimento da nação54.
Por fim, pensando nos marcadores estatísticos da imigração argentina, o historiador Márcio Oliveira
(2011) apresentou que, se em 1869 estimava-se a população estrangeira em território argentino próximo a
10%; em 1895 o censo nacional revelou uma porcentagem de 25%. Com o crescimento constante do número
de imigrantes na Argentina até a Grande Depressão na década de 1930, o governo precisou adotar estratégias
e políticas públicas visando a construção de uma identidade nacional. Nesse sentido, a implantação do serviço
militar obrigatório, a educação e a questão da nacionalização forçada dos imigrantes foram questões que
entraram em discussão nos setores políticos e intelectuais da época55.
Conclusão
Primeiramente, é importante destacar que ao tentar reconstruir o quadro étnico-racial do século XIX
na Argentina apresentando a influência de correntes e pressupostos científicos (como a teoria positivista
e o darwinismo social), teve-se como intuito destacar que os marcos históricos ressaltados não estavam
desacompanhados de justificativas no plano científico, intelectual e político.
O “desaparecimento” dos negros na Argentina oitocentista, a exemplo, cujas explicações desenvolvidas
pela historiografia tradicional foram aqui apontadas, pode também ser explicado como um projeto de
apagamento da negritude no país. Ao terem as linhas de frente das lutas armadas como uma das únicas
possibilidades de alforria, num primeiro momento, e de integração social por meio da inserção na carreira
militar, após a abolição, os negros do país foram, a cada conflito, sendo “varridos” do mapa populacional
argentino.
Entretanto, como foi visto, tal processo não se deu sem uma ancoragem nas teorias raciais europeias.
A chamada “Geração de 1837” na Argentina, que inclusive Sarmiento e Alberdi se inseriram, já pensava um
modelo de nação apoiado nas ideias de ordem, progresso, evolução social e civilização56. Dessa maneira,
as políticas de incentivo à imigração de mão de obra europeia, destacadas aqui, cujo auge se deu a partir da
segunda metade do século XIX, se inserem numa lógica racista que não enxergava espaço para negros ou
mestiços na constituição da sociedade argentina. Logo, é evidente que a civilização versus a barbárie, tema
caro aos estudos das ciências humanas, surgiria nesse recorte temático-temporal a todo instante.
Por fim, é importante ressaltar que não só os afro argentinos, mas também os descendentes das
sociedades ameríndias que, segundo o censo demográfico de 2010, se aproximam de um milhão de
indivíduos57, permanecem na Argentina reivindicando seus espaços e suas memórias58. Junto a isso, os estudos
antropológicos, históricos, culturais, arqueológicos, etc., - sem falar nos museus, centros de memórias e as
recordações familiares individuais - não permitem que as nações varram por completo seus passados, apesar
54 DEVOTO, F.. Historia de la Inmigración en La Argentina. Buenos Aires: Editorial Sudamericana, 2003, p. 252-6.
55 OLIVEIRA, Op. cit., p. 6.
56 MOREIRA, Op. cit., p. 4.
57 Anexo 04: Quadro da população indígena ou descendente dos povos originários, segundo as províncias
58 Ver RODRIGUEZ, Javier. “Resistencia y confrontación en Argentina. Negación y exclusión de los pueblos indígenas”.
Gazeta de Antropología, Nº 22, 2006, Artigo 22.
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das tentativas constantes e, tal como no caso argentino, estruturadas nos planos intelectuais e políticos.
REFERÊNCIAS
Anexos
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3. Resultados de oito censos da cidade de Buenos Aires (1778-1887), de acordo com o historiador George
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