Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Orientador:
José Antônio Rosa
Agradecimentos,
Dedicatória,
INTRODUÇÃO
Podemos considerar que grande parte das pessoas que estão com a função de
liderança hoje, chegaram a este patamar devido as suas competências técnicas,
resultados entregues que fizeram se destacar dos demais.
Fato, que quando estes profissionais são promovidos para cargos de lideranças, se
vêem perdidos em liderar pessoas, que têm às suas potencialidades e necessidades
de desenvolvimento.
Empresas que investem em treinamentos e desenvolvimento de seus colaboradores,
proporcionam aos mesmos, um maior preparo para assumir desafios e atingir
resultados, bem como um clima favorável à equipe.
Desta forma, sabemos que para ter sucesso como líder, necessitamos liderarmos a
nós mesmos, para que possamos liderar aos outros, neste artigo, vamos falar de
uma pequena parcela desta viagem sem fim.
1. A LIDERANÇA
O Filósofo Mario Sergio Cortella diz “Liderança é uma virtude. Uma força intrínseca.
Ninguém nasce pronto, nasce com condições que facilitam, mas sem o exercício
nada acontece. Liderança é circunstancial. Uma combinação de ocasião e
capacidade”. Cortella ainda afirma "Liderança não é cargo é função. É algo que você
faz, mas não está ligada à hierarquia".
Esta definição de Cortella nos faz pensar o quanto a liderança está presente em
qualquer meio, seja ele corporativo ou não e também “caí por terra” que algumas
pessoas nascem líderes natos. Segundo o filósofo, algumas pessoas têm maior
predisposição e aproveitam melhor as situações que os fazem diferenciar dos
demais, isso não quer dizer que é um líder nato. Todos podem exercer a liderança e
tornar líderes ou apenas chefe.
Cortella ainda faz uma distinção entre líder e chefe, e diz "O chefe você obedece. O
líder você segue e admira. O Líder é capaz de inspirar, motivar e animar pessoas,
ideias e projetos”. Partindo deste pressuposto, compreendemos que o líder tem um
diferencial, para inspirar ele precisa ser exemplo. Uso o termo liderança
considerando o profissional que está no papel de liderança, que não
necessariamente seja um líder, podendo ser um chefe.
A liderança que procura agir com autoridade, ressalto que é bem diferente de
autoritarismo, promovem um ambiente mais seguro e automaticamente com respeito
mútuo. Os colaboradores não sentem medo e sim respeito, olham este líder com
inspiração, fazem perguntas, tiram suas dúvidas por entender que este líder tem o
conhecimento. Alguns profissionais ficam na empresa e ali se desenvolve porque vê
o líder promovendo este clima favorável. Podemos considerar também, que em
alguns casos a retenção de talento é devido a este relacionamento com a liderança.
Para o líder ser bem-sucedido, ele precisa saber lidar com alguns aspectos, como
por exemplo: trabalho em equipe, favorecendo um ambiente onde os liderados se
motive, um clima agradável, como também as relações interpessoais, controlando
emoções, sabendo criticar, escutar e gerir tensões.
Na maior parte das vezes não foram preparadas para a função, a promoção
acontece devido as competências técnicas, passam a maior parte do tempo
executando atividades, algumas vezes em comum com a equipe do que de fato
liderando. Sendo que, nesta mudança de hierarquia, se faz necessário mudar do
foco de tarefas para pessoas, de falar para ouvir e de fazer para delegar e engajar.
Ter consciência de si é uma atitude interminável, pois assim como os pontos fortes e
fracos de uma empresa sofrem aperfeiçoamentos a cada planejamento estratégico,
nós como indivíduos em evolução constante, também passamos por essas
mudanças.
Para identificar os pontos fortes e fracos, podemos utilizar de alguns recursos como
por exemplo, refletir sobre os comportamentos e atitudes tomadas diante de uma
situação, levar em consideração os feedbacks recebidos, responder a perguntas
como:
Que tipo de clima eu crio ao meu redor?
Como líder, procuro reconhecer minhas falhas?
Como lido como minhas expectativas e frustrações? Quais sentimentos
afloram?
O que me deixa irritado (a)?
O que me levou a criticar?
Comunico me com clareza?
O que gosto e faço?
O que gosto e não faço?
O que não gosto e faço?
O que não gosto e não faço?
Quais são minhas crenças?
Qual é a minha história?
Estas são apenas algumas perguntas que com respostas sinceras, pode ajudar a ter
a informação de si. A informação não é o bastante. Os pontos fortes devem ser
evidenciados, pois eles são os arrimos para a auto aceitação dos pontos fracos.
Nem sempre é fácil identificar e aceitar os pontos fracos, entretanto, muito mais
importante do que identificar e listar é tomar a consciência dos mesmos e passar
para a transformação.
Muitos líderes recorrem a terapias com coaching, psicólogos, entre outros que
ajudam neste processo de olhar para si. Sobretudo, não necessariamente
precisamos de um profissional para esta finalidade. Santo Agostinho diz em uma de
suas frases: “quer ter consciência de si? Antes de colocar a cabeça no travesseiro e
dormir, reflita, o que fiz hoje de bom? E o que fiz que poderia ter feito melhor? ”
Podemos dizer, que é um processo rápido, porém eficaz de autoconhecimento
contínuo.
Porém, olhar para trás, não com o intuito de contemplar de forma melancólica o
passado, mas sim de observar o quanto do caminho já percorreu, enaltecendo as
vitórias, saboreando os frutos de evolução, aprendendo a deixar para trás tudo o que
não precisa carregar consigo, como mágoas, ressentimentos e frustrações.
Nos diversos treinamentos que já ministrei para diversos níveis de liderança, posso
afirmar a dificuldade que as lideranças têm de promover o autoconhecimento.
Alguns líderes, chegam a ser antiéticos a ponto de prejudicar um liderado, para não
expor suas fraquezas diante da organização, ou seja, preferem passam por cima de
valores morais, do que promover seu autoconhecimento.
É válido também olhar eventualmente para os lados desde que para aprender com
seus pares e, desta forma, impulsionar o autodesenvolvimento, não a títulos de
competitividade, mas conseguir perceber o clima que está criando ao redor de si.
Hunter, James C (2007 p. 90), define quatro estágios para adquirir novos bons e
maus comportamentos, pois, segundo o autor, o processo para o mau
comportamento é o mesmo que para adquirir um bom comportamento, e também se
aplica no aprendizado de novas habilidades de liderança:
“Estágio um: Inconsciente e sem habilidade: você está
inconsciente e desinteressado em aprender a prática.
Estágio dois: Consciente e sem habilidade: quando toma
consciência que precisa mudar o comportamento, mas
ainda não desenvolveu a prática.
Estágio três: Consciente e Habilidoso: é o estágio que
está mais experiente e confortável com o novo
comportamento.
Estágio quatro: O Inconsciente e Habilidoso: é quando
não precisa mais pensar para ter o comportamento, torna-
se natural”.
2. O IMPACTO NA EQUIPE
Quando a liderança fica apenas focada nos indicadores de resultados, ela pode
deixar de perceber alguns indicadores importantes que nem sempre são medidos
metricamente, mas são percebidos numa observação, numa resposta de pesquisa
de clima, avaliação de desempenho ou ainda no impacto a outros indicadores do
negócio, abaixo alguns indicadores que demonstram falha na liderança:
Estes são alguns indicadores, que a liderança pode observar, com o auxílio do RH,
que evidenciam que a liderança não está favorecendo um clima de segurança e
autodesenvolvimento dos liderados.
Este é um dado claro que esta liderança, não exercita o autoconhecimento, não
promove feedbacks assertivos com a equipe ou individual. Os colaboradores,
independentes de sua hierarquia querem ter clareza, de quais são os objetivos da
empresa com ele, quais são seus pontos fortes e fracos perante a organização,
onde pode chegar, qual caminho seguir, estas são algumas perguntas que pairam
no ar nas organizações, lideres dificilmente, consegue responder. A comunicação e
transparência dos objetivos da organização perante os colaboradores é de
fundamental importância para contribuir com um ambiente de autodesenvolvimento.
Uma fala antiga do mercado é que as pessoas não deixam as empresas e sim seus
chefes, pelo fato de não verem perspectivas, de não existir um clima de
desenvolvimento, faz com estes talentos vá para concorrentes ou procuram novas
recolocações profissionais, gerando turnover. Dessa forma, fica ainda mais evidente
que as lideranças não estão sendo preparadas e as organizações ainda investem
poucos ou tem dificuldades em investir em treinamento e desenvolvimento.
Fonte: http://www.greatplacetowork.com.br/institucional/noticias/retencao-de-talentos-o-que-faz-as-pessoas-ficarem-1.htm
Os líderes devem se perguntar com frequência, o que tenho feito, como estou
tratando minha equipe, estou incentivando um ambiente de crescimento, eu consigo
cumprir com o meu discurso. São perguntas que ajudam o líder a ter um norte para
onde está direcionando a equipe.
Algumas lideranças, justificam que não tem tempo para a autoanalise, devido as
cobranças por resultados, a rotina corrida, as inúmeras atribuições que o competem
e no final, não tem tempo para tal avaliação. Sabemos que o tempo está totalmente
atrelado a prioridades, administrar o tempo é uma das competências do líder, que
deve reservar tempo em sua agenda para esta finalidade.
Segundo HUNTER (2004, p.79) “o líder deve ser exemplo de bom comportamento
(...). Se o líder gritar ou perder o controle, podem estar certos de que o time perderá
o controle e tenderá a agir de forma irresponsável”.
O líder deve ser humilde saber reconhecer quando comete erros, pois, também
falham, tem o poder de influenciar os colaboradores, apresentando um exemplo de
liderança próprio transformando problemas em solução.
Para que as empresas alcancem seus objetivos as pessoas que estão em cargos
de lideranças devem saber ouvir e compartilhar as ideias com seus colaboradores.
CONCLUSÃO
Como vimos, para que o líder seja bem-sucedido e tenha autoridade perante a
equipe, é de fundamental importância que exercite o autoconhecimento.
A diferença entre chefe é líder é bastante expressiva, onde o chefe usa o poder e o
líder a autoridade, as equipes gerenciadas por estes profissionais respondem
totalmente de maneiras diferentes.
As equipes da liderança que tem o perfil de líder tendem a ter ótima qualidade de
comunicação, alto comprometimento com metas e resultados, sinergia, excelente
interação entre os pares, o trabalho em equipe de fato acontece, baixo índice de
conflitos, as pessoas tendem a ter mais iniciativas e insigths contribuindo com o
ambiente de desenvolvimento e com o clima favorável.
A diferença é grande, nas organizações de um modo geral, sempre temos estes dois
perfis gerindo áreas, e é fácil identificar pois a equipe é o espelho da liderança.
Concluímos que para ser bem-sucedido o líder precisa dar ênfase ao seu
autodesenvolvimento, não apenas voltado para as competências técnicas, mas
também em especial para seu modi operandi.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.razaohumana.com.br/pesquisa-sobre-coaching-e-lideranca/ . Acessado
em 10/09/2016
http://vocesa.uol.com.br/noticias/carreira/os-desafios-da-lideranca.phtml. Acessado
em 15/09/2016
http://www.greatplacetowork.com.br/institucional/noticias/retencao-de-talentos-o-que-
faz-as-pessoas-ficarem-1.htm Acessado em 19/09/2016