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Universidade Presbiteriana Mackenzie

TRABALHO DE MÁQUINAS HIDRAÚLICAS

Bomba de Indústria de bebidas

Caio Boni - 4111961-4

Daniel Fukuda – 3103672-4

Carlos Henrique Bonitatibus – 3117123-4

Rafael Grassi – 312158-6

São Paulo

2017
Bomba Centrífuga

Projeto desenvolvido na disciplina Máquinas


Hidráulicas I, com o objetivo de calcular, projetar e
desenhar uma bomba centrifuga, de acordo com os
dados pré-estabelecidos, sob orientação do Professor
Dr. Antonio G. Mello Jr.

São Paulo

2017
1. INTRODUÇÃO TEÓRICA

Neste trabalho iremos abordar uma breve explicação sobre máquinas hidráulicas, com ênfase
em bombas para indústria de bebidas. Os produtos exigem um elevado grau de precisão no
bombeamento, além de materiais específicos para cada determinado tipo de produto, variando com seu
grau corrosivo, viscosidade, nível de higienização, entre outras especificidades do liquido a ser
recalcado.
As máquinas hidráulicas têm papel importante na história do desenvolvimento dos seres
humanos. Desde a confecção da “rosca de Arquimedes”, no século III a.C., até as enormes bombas de
drenagem, como a bomba de drenagem em New Orleans, Estados Unidos, com capacidade de vazão de
mais de 500.000 L/s.

Projeto da Army Corps – 500 milhões de Motor fabricado pela Wartsila-Sulzer para
dólares – 500.000 L/s. alimentar a bomba da Army Corps.

Este
trabalho tem como objetivo dar uma breve introdução sobre as máquinas hidráulicas e enfatizar suas
aplicações na indústria de bebidas. Os produtos químicos estão em quase todos os processos industriais
e cada um possui sua peculiaridade: temperatura de operação, contato com o meio ambiente, corrosão,
abrasão e diversos outros fatores.

Modelo da Rosca de Arquimedes


2. MÁQUINAS HIDRÁULICAS

As máquinas hidráulicas classificam-se em: Máquinas Motrizes, Máquinas Geratrizes e Máquinas Mistas,
que são descritas a seguir.

a) Máquinas Motrizes

As máquinas motrizes transformam a energia hidráulica em trabalho mecânico, fornecido,


geralmente, sob a forma de conjugado que determina um movimento praticamente uniforme (turbinas
hidráulicas, rodas d’água).

b) Máquinas Geratrizes

As máquinas geratrizes recebem trabalho mecânico fornecido por uma máquina motriz e o
transforma em energia hidráulica, comunicando ao líquido um acréscimo de energia sob as formas de
energia potencial, de pressão e cinética (bombas hidráulicas).

c) Máquinas Mistas

As máquinas mistas transformam a energia hidráulica sob uma forma em outra. Funcionam
como transformadores hidráulicos (ejetores, pulsômetros, carneiros hidráulicos).

As bombas hidráulicas, objeto deste trabalho, classificam-se como máquinas geratrizes e são
apresentadas a seguir.

2.1 BOMBAS HIDRÁULICAS

As bombas são máquinas geratrizes que transformam a energia mecânica recebida de outra
máquina em energia de pressão ou cinética. São consideradas como máquinas operatrizes hidráulicas
quando realizam o trabalho útil de deslocar um líquido.
As bombas hidráulicas são classificadas, de acordo com o seu mecanismo de transferência de energia
para o fluido, como bombas de deslocamento positivo ou alternativas; bombas hidrodinâmicas ou
turbobombas e bombas especiais (bomba com ejetor, pulsômetro, bomba de emulsão de ar).

Dependendo do tipo de bomba, a forma de transferência de energia ocorre por conversão direta
em pressão ou em energia cinética. Os três tipos de bombas são descritos, a seguir.

a) Bombas de Deslocamento Positivo

As bombas de deslocamento positivo são indicadas em casos em que se requer vazão constante,
independente da variação da carga sobre a bomba e, também, em casos em que o volume deve ser
medido com precisão.

São bombas que comunicam aumento de pressão ao fluido, através de elementos com movimento
alternativo ou rotativo, sem haver troca de energia interna na massa líquida.

As bombas de deslocamento positivo podem ser do tipo bombas alternativas, que são bombas de pistão
ou êmbolo e bombas de diafragma, e do tipo bombas rotativas, que são bombas de rotor simples
(palheta, pistão, elemento flexível, parafuso) ou de rotor múltiplo (pistão oscilatório, engrenagem, rotor
lobular, parafuso).

Nas bombas de deslocamento positivo, a descarga é proporcional à velocidade do propulsor da bomba.

b) Bombas Cinéticas

Nas bombas cinéticas, a energia é fornecida à água sob forma de velocidade e converte-se, dentro da
bomba, em energia de pressão,

As bombas cinéticas são classificadas como bombas centrífugas (fluxo radial, fluxo misto e fluxo radial),
periféricas (estágio único e estágios múltiplos) e especiais (ejetor, ar comprimido e carneiro hidráulico).

c) Bombas Hidrodinâmicas

As bombas hidrodinâmicas são conhecidas como bombas hidráulicas de fluxo. São caracterizadas por
transferir quantidade de movimento para o líquido através da aceleração provocada por um elemento
rotativo dotado de pás, denominado rotor. É o tipo de bomba que encontra maior aplicação na indústria
em geral.

As bombas hidráulicas de fluxo possuem quatro partes funcionais: o sistema rotativo hidrodinâmico, o
sistema fixo hidrodinâmico, o sistema de suporte mecânico e o sistema auxiliar, que são descritas a
seguir.

a) Sistema Rotativo Hidrodinâmico

O sistema rotativo hidrodinâmico é composto pelas partes móveis da bomba hidráulica de fluxo, que
são o rotor, o eixo e a metade da luva de acoplamento. É a parte da bomba responsável pela
transformação de energia entre as formas mecânica e hidráulica.

Neste sistema, a energia é transmitida pelo eixo, a partir da fonte de energia mecânica externa, para o
rotor que, por sua vez, transfere quantidade de movimento para o fluido, acelerando o escoamento em
direção à sua periferia, onde a energia do escoamento será convertida em energia hidráulica, na forma
de um aumento da pressão.

O sistema hidrodinâmico rotativo é sustentado por mancais de rolamento, que permitem a rotação livre
de vibrações e com rendimento mais alto possível.

b) Sistema Fixo Hidrodinâmico

Do ponto de vista hidráulico, o sistema fixo hidrodinâmico complementa o sistema rotativo


hidrodinâmico.

É composto pela caixa externa da máquina (bomba) que contém as seções de entrada e de saída do
fluido e tem a finalidade de abrigar o rotor e direcionar o escoamento para o mesmo.

A parte do sistema fixo hidrodinâmico que interage com o rotor, por uma entrada ao longo da face
interna, apresenta aumento progressivo da área da seção interna, adquirindo a forma de caracol ou
voluta.

Nas bombas hidráulicas de fluxo, o caracol, ainda, recupera a energia cinética que o fluido contém ao
deixar o rotor, convertendo-a em pressão.
c) Sistema de Suporte Mecânico

É o conjunto constituído pelos elementos mecânicos necessários para sustentar adequadamente todos
os elementos da bomba.

A base da bomba também faz parte do sistema de suporte mecânico, com a função de interligar a caixa
de mancais ao sistema fixo hidrodinâmico.

d) Sistema Auxiliar

O sistema auxiliar é composto por elementos necessários, mas não ligados ao funcionamento da bomba,
tais como, o sistema de vedação e de lubrificação. O sistema de lubrificação dos mancais é permanente.

Nas bombas hidráulicas, o sistema de vedação impede a fuga da água pelos interstícios entre a caixa e o
rotor ou o eixo.

Em bombas hidráulicas de fluxo a retenção de fuga pelo eixo é feita por gaxetas (prensa-gaxeta) ou
pastilhas sinterizadas, que possuem dois parafusos para ajuste da gaxeta ao eixo, diminuindo o fluxo do
vazamento, porém, sem eliminá-lo totalmente.

3.Bombas Centrífugas

Definição

Bombas Centrífugas são bombas hidráulicas que têm como princípio de funcionamento a força
centrífuga através de palhetas e impulsores que giram no interior de uma carcaça estanque, jogando
líquido do centro para a periferia do conjunto girante.

  Descrição

Constam de uma câmara fechada, carcaça, dentro da qual gira uma peça, o rotor, que é um conjunto de
palhetas que impulsionam o líquido através da voluta (Figura VI.2). O rotor é fixado no eixo da bomba,
este contínuo ao transmissor de energia mecânica do motor. A carcaça é a parte da bomba onde, no seu
interior, a energia de velocidade é transformada em energia de pressão, o que possibilita o líquido
alcançar o ponto final do recalque. É no seu interior que está instalado o conjunto girante (eixo-rotor)
que torna possível o impulsionamento do líquido.
4.Voluta em caracol

A carcaça pode ser do tipo voluta ou do tipo difusor. A de voluta é a mais comum podendo ser simples
ou dupla (Figura VI.3). Como as áreas na voluta não são simetricamente distribuídas em torno do rotor,
ocorre uma distribuição desigual de pressões ao longo da mesma. Isto dá origem a uma reação
perpendicular ao eixo que pode ser insignificante quando a bomba trabalhar no ponto de melhor
rendimento, mas que se acentua a medida que a máquina sofra redução de vazões, baixando seu
rendimento. Como conseqüência deste fenômeno temos para pequenas vazões, eixos de maior
diâmetro no rotor. Outra providência para minimizar este empuxo radial é a construção de bombas
com voluta dupla, que consiste em se colocar uma divisória dentro da própria voluta, dividindo-a em
dois condutos a partir do início da segunda metade desta, ou seja, a 180 o do início da "voluta externa",
de modo a tentar equilibrar estas reações duas a duas, ou minimizar seus efeitos.

5.Voluta dupla
Para vazões médias e grandes alguns fabricantes optam por bombas de entrada bilateral para equilíbrio
do empuxo axial e dupla voluta para minimizar o desequilíbrio do empuxo radial. A carcaça tipo difusor
não apresenta força radial, mas seu emprego é limitado a bombas verticais tipo turbina, bombas
submersas ou horizontais de múltiplos estágios e axiais de grandes vazões. A carcaça tipo difusor limita
o corte do rotor de modo que sua faixa operacional com bom rendimento, torna-se reduzida.

  Classificação

A literatura técnica sobre classificação de bombas é muito variada, havendo diferentes interpretações
conceituais. Aqui apresentamos uma classificação geral que traduz, a partir de pesquisas bibliográficas e
textos comerciais, nossa visão sobre o assunto.

Quanto a altura manométrica (para recalque de água limpa):

baixa pressão (H £ 15 mca);

média pressão (15 < H < 50 mca);

alta pressão (H ³ 50 mca).

(OBS: Para recalques de esgotos sanitários, por exemplo, os limites superiores podem ser
significativamente menores.

Quanto a vazão de recalque:

pequena (Q £ 50 m3/hora);

média ( 50 < Q < 500 m3/hora);

grande (Q ³ 500 m3/hora).

Quanto à direção do escoamento do líquido no interior da bomba:

radial ou centrífuga pura, quando o movimento do líquido é na direção normal ao eixo da bomba


(empregadas para pequenas e médias descargas e para qualquer altura manométrica, porém caem de
rendimento para grandes vazões e pequenas alturas além de serem de grandes dimensões nestas
condições);

diagonal ou de fluxo misto, quando o movimento do líquido é na direção inclinada em relação ao eixo da
bomba (empregadas em grandes vazões e pequenas e médias alturas, estruturalmente caracterizam-se
por serem bombas de fabricação muito complexa);

axial ou helicoidais, quando o escoamento desenvolve-se de forma paralela ao eixo e são especificadas


para grandes vazões - dezenas de m3/s - e médias alturas - até 40m
6. Bomba axial: cortes

Quanto à estrutura do rotor (Figura VI.5):

1. aberto (para bombeamentos de águas residuárias ou bruta de má qualidade);

2. semi-aberto ou semi-fechado (para recalques de água bruta sedimentada);

3. fechado (para água tratada ou potável) .


7. Tipos de rotores

1. Quanto ao número de rotores:

1. estágio único;

2. múltiplos estágios (este recurso reduz as dimensões e melhora o rendimento, sendo


empregadas para médias e grandes alturas manométricas como, por exemplo, na alimentação de
caldeiras e na captação em poços profundos de águas e de petróleo, podendo trabalhar até com
pressões superiores a 200 kg/cm2, de acordo com a quantidade de estágios da bomba.

1. Quanto ao número de entradas:

1. sucção única, aspiração simples  ou  unilateral (mais comuns);


2. sucção dupla, aspiração dupla  ou  bilateral (para médias e grandes vazões).

1. Quanto a admissão do líquido:

1. sucção axial  (maioria das bombas de baixa e média capacidades);

2. sucção lateral (bombas de média e alta capacidades);

3. sucção de topo (situações especiais);

4. sucção inferior (bombas especiais).

1. Quanto a posição de saída:

1. de topo (pequenas e médias);

2. lateral (grandes vazões)

3. inclinada (situações especiais).

4. vertical (situações especiais).

1. Quanto a velocidade de rotação:

1. baixa rotação ( N < 500rpm);

2. média ( 500 £ N £ 1800rpm);

3. alta  ( N > 1800rpm).

OBS: As velocidades de rotação tendem a serem menores com o crescimento das vazões de projeto, em
função do peso do líquido a ser deslocado na unidade de tempo. Pequenos equipamentos, trabalhando
com água limpa, têm velocidades da ordem de 3200rpm. Para recalques de esgotos sanitários, por
exemplo, em virtude da sujeira abrasiva na massa líquida, os limites superiores podem ser
significativamente menores: N < 1200rpm.

1. Quanto à posição na captação (Figura VI.6):

1. submersas (em geral empregadas onde há limitações no espaço físico - em poços


profundos por exemplo);

2. afogadas (mais freqüentes para recalques superiores a 100 l/s);

3. altura positiva (pequenas vazões de recalque).


1. Quanto à posição do eixo (Figura VI.6)

1. :eixo horizontal (mais comuns em captações superficiais);

2. eixo vertical (para espaços horizontais restritos e/ou sujeitos a inundações e bombas


submersas em geral).

8.Bomba de eixo vertical submersa

1. Quanto ao tipo de carcaça:

1. compacta;

2. bipartida (composta de duas seções separadas, na maioria das situações,


horizontalmente a meia altura e aparafusadas entre si);

A Figura VI.7 mostra um corte esquemático de uma bomba centrífuga típica de média pressão para
pequenas vazões e para funcionamento afogado ou com altura positiva, eixo horizontal e carcaça
compacta, fluxo radial com rotor fechado em monoestágio de alta rotação, sucção única, entrada axial e
saída de topo.
Figura-Corte esquemático de uma bomba centrífuga típica

Bombas e Válvulas na Industria Cervejeira

Os processos das indústrias de bebidas movimentam enormes quantidades de líquido. Uma grande
cervejaria pode, por exemplo, movimentar mais de 3 milhões de litros por dia (30.000 hl/dia). As
bombas na indústria de bebidas, mais do que qualquer outro equipamento utilizado na produção, são
submetidas às influências da corrosão e do desgaste e muitas vezes não são dimensionadas
corretamente, com resultados desastrosos para o processo e produto. A tecnologia de construção de
bombas é um sistema dinâmico que apresenta uma evolução constante, procurando adaptar-se às
exigências crescentes dos processos, desde as técnicas de controle até a substituição de componentes.
As bombas e válvulas são adequadas para a grande variedade de processos envolvidos no fabrico de
cerveja.

As bombas e válvulas também são concebidas para cumprir os requisitos da indústria das bebidas. Nas
fábricas de cerveja, os produtos são utilizados no processo central de fabrico de cerveja, bem como nos
inúmeros processos auxiliares e de limpeza. Quando é necessário elevar fluidos no processo de
tratamento de águas, na sala de brassagem, na fermentação ou filtragem, nas instalações de
engarrafamento ou em CIP/SIP. As bombas são escolhidas e configuradas de modo a adaptarem-se à
aplicação específica. 

A enorme importância ao funcionamento do sistema com um baixo consumo de energia. É por isso que
todas as bombas utilizadas na indústria das bebidas podem ser equipadas com opções de automação.
No processo de produção, o controlo de velocidade responde às exigências efectivas. Vantagem para o
cliente: um consumo de energia mais baixo.

Conteúdo Dimensionamento do Projeto


1 DADOS DO PROJETO............................................................................................................................1
2 DIMENSIONAMENTO DO ROTOR.........................................................................................................1
2.1 Cálculo da velocidade específica..................................................................................................1
2.2 Cálculo de rendimentos...............................................................................................................5
2.2.1 Rendimento hidráulico...............................................................................................................5
2.2.2 Rendimento volumétrico.....................................................................................................6
2.2.3 Rendimento mecânico.........................................................................................................7
2.2.4 Rendimento total.................................................................................................................7
2.2.5 Cálculo da potência..............................................................................................................8
2.3 Recálculo das dimensões...........................................................................................................10
2.3.1 Momento torçor................................................................................................................10
2.3.2 Pré dimensionamento do eixo à torção.............................................................................10
2.3.3 Determinação das velocidades iniciais...............................................................................11
2.3.4 Número de pás e ângulo de saída......................................................................................12
2.3.5 Determinação de velocidades principais (saída)................................................................13
2.3.6 Determinação de alturas e correções................................................................................14
2.4 Outras dimensões......................................................................................................................16
2.4.1 Dimensões de entrada.......................................................................................................16
2.4.2 Dimensões de saída...........................................................................................................17
i. Dimensionamento da chaveta...................................................................................................17
2.4.3 Dimensionamento do diâmetro do cubo...........................................................................19
2.5 Dimensões finais do rotor..........................................................................................................20
3 Dimensionamento da caixa espiral e boca de sucção........................................................................21
3.1 Cálculos iniciais......................................................................................................................21
3.2 Dimensionamento da flange..................................................................................................24
3.3 Dimensionamento da boca de sucção...................................................................................25
4 Dimensionamento do eixo a flexo-torção.........................................................................................26
4.1 Esforços.....................................................................................................................................26
4.1.1 Empuxos............................................................................................................................26
4.1.2 Demais esforços.................................................................................................................26
5 Seleção do selo mecânico..................................................................................................................30
6 Rolamentos.......................................................................................................................................31
6.1 Rolamento de esferas de contato angular de duas carreiras.....................................................31
7 Dimensionamento do suporte da bomba..........................................................................................34
8 Dimensionamento de partes menores..............................................................................................35
8.1 Tampa 1.....................................................................................................................................35
8.2 Tampa 2.....................................................................................................................................35
8.3 Anéis de desgaste......................................................................................................................35
8.4 Arruela e porca de segurança....................................................................................................36
8.5 Chavetas....................................................................................................................................37
8.5.1 Dimensionamento da chaveta...........................................................................................37
9. Bibliografia.................................................................................................................................39
1 DADOS DO PROJETO

Projetar uma bomba centrífuga radial para recalcar 88m³/h de água limpa nas condições
normais de temperatura e pressão, à uma altura manométrica de 30 m.

DADOS

Vazão (Q) 88 m³/h

Altura manométrica 30 M

Densidade 1000 kg/m³

Tabela 1 - Dados do projeto

Adotou-se, como hipótese, motor de 2 pólos, 60 Hz, 2% de escorregamento. Daí, tem-se,


a partir da fórmula:

120∗f
n= ∗( 1−e )
NP

120∗60
n= ∗( 1−0,02 )
2

n=3528 RPM

2 DIMENSIONAMENTO DO ROTOR

2.1 Cálculo da velocidade específica

γ
n s=
√ 75
∗n∗√ Q
3
4
Hm
1000 88
n s=
√ 75
∗3528∗
3600
3

4
30
1
n s=157,12

A escolha do tipo de rotor obedece a seguinte relação:

Lento

40< ns ≤ 90

Normal:

70<n s ≤ 160

Rápido:

150<n s ≤ 300

2
Diagonal:

280 ≤ ns ≤600

Axiais:

n s> 560

Pelo valor calculado, e seguindo os valores orientativos para o tipo de rotor, temos que o rotor é radial
normal, com 70<n s ≤ 160

Cálculo dos diâmetros

Para o cálculo dos diâmetros principais, utilizam-se as seguintes fórmulas:

O diâmetro de entrada do fluido D 0 obedece a seguinte formula:

Q
D 0=4,4 a 5,0∗
√3

n
(m)

3
Para o cálculo inicial foi escolhido o coeficiente 4,7. Com esse coeficiente obteve-se o seguinte valor pra
o diâmetro:

 Cálculo de D0:

Q
D0=4,7∗

3

n
88 /3600
D 0=4,7∗

3

3528

D 0=0,091m
Para rotores normais
D 0=1,1∗D 1
D1=0,083 m

D1
Do gráfico abaixo, tem-se a relação :
D2

Grafico 1 : área de aceitação

A partir destes dois gráficos obtêm-se as seguintes relações:

D1
≅ 0,49
D2

4
D2
≅ 2,05
D1

Para rotores do tipo normal esta relação deveria estar entre 1,8 e 2,5, portanto a relação apresenta um
valor aceitável.

D 2=2,05∗D 1

D2=205∗0,083=0,169 m

D 0 0,091
= =0,5365
D 2 0,169

Do gráfico da área de aceitação:

Gráfico 1 - Área de aceitação

D0
0,49< < 0,58
D2

A relação entre os diâmetros apresentaram um valor aceitável.

Portanto as primeiras definições do rotor são:

d 0=91 mm

d 1=82,7 mm

d 2=169,59 mm

5
2.2 Cálculo de rendimentos

2.2.1 Rendimento hidráulico

Para o rendimento hidráulico, calcula-se:

0,42
ηh =1− 2
( ln ( D0 ) −0,172 )

0,42
ηh =1−
( ln ( 0,091 )−0,172 ) 2
ηhid . =0,9363

2.2.2 Rendimento volumétrico

Cálculo do Rendimento Volumétrico

1
η v=
−2
[1+ a∗( ns ) ¿ ¿ ]¿
3

1
η v=
−2
[1+1,7∗( 157,12 ) ¿ ¿ ]=0,945 ¿
3

Cálculo da Potência Interna dissipada pelo atrito fluido

n
Paf =β∗0,144∗d 25∗ ( 1000 )∗γ
3528 3
Paf =1,2∗0,144∗0,1695∗ ( 1000) ∗1000=1,06 CV

Cálculo da Potência Interna da Bomba

Pi=
H tz∗ ( Qη )∗γ + P
v
af
75

6
Hm
ηh =
H tz

30
H tz = =32,04 m
0,936

32,04 0,0244
Pi=
75
∗ (
0,945 )
∗1000+1,06=12,11 CV

2.2.3 Rendimento mecâ nico

P af
Sabendo que : η M =η m∗(1− ), onde ηm é igual ao rendimento mecânico entre
Pi
acoplamento e rotor da bomba , levando em conta as perdas nos rolamentos, gaxetas, camisas
do eixo, etc. Este valor pode variar de 0,96 a 0,99, para efeito de cálculo vamos escolher
ηm =0,97.

Portanto:

P af
[ ( )]
η M . = 1−
Pi
∗ ηm
.

1,06
(
η M =0,97∗ 1−
12,11 )
=0,885

Cálculo da Potência Hidráulica

H m∗Q∗γ
PH=
75

30∗0,0244∗1000
PH= =9,78CV
75

Cálculo da Potência dissipada internamente da bomba

Pi−P H =12,11−9,78=2,34 CV

7
2.2.4 Rendimento total

A partir dos rendimentos calculados, tem-se:

ηtotal .=¿η ∗η hid .∗ηvol . ¿


M.

ηtotal =0,884∗0,936∗0,945

ηtotal =0,7827

2.2.5 Cálculo da potência

Através do rendimento total da bomba podemos calcular a potência consumida (P a).

Q∗Hm∗γ
P=
75∗ηtotal

0,0244∗30∗1000
P=
75∗0,7827

P=12,49 CV

Seleção do motor

 Motor para bombas monobloco (WEG)

8
Normalizando o motor pelo catálogo WEG, temos:

N= 15 CV, n = 3520 rpm, 2 polos, 60Hz:

9
Figura 4 - Dimensões principais do motor

2.3 Recálculo das dimensões

Recalculando os dados a partir da padronização no motor de acorde com o catálogo da WEG, e


formulário apresentado para cálculos preliminares, temos:

ns=157,12
D 0=0,091m
D1=0,0827 m
D 2=0,1696 m

10
2.3.1 Momento torçor

Dimensionamento do Eixo

Através do cálculo do momento torçor gerado pelo motor selecionado, podemos dimensionar o
eixo da bomba à torção, já que o rotor encontra-se na em balanço na ponta do eixo, podemos
considerar a flexão desprezível em relação a torção.

71620∗P
Mt=
n

71620∗15
Mt=
3250

Mt=330,55 kgf ∗cm

2.3.2 Pré dimensionamento do eixo à torção

Selecionando para o eixo o aço ABNT 1020 Tensão de Cisalhamento = 320 kgf/cm2, temos:

Mt
d=1,72∗3
√ τ adm

330,55
d=1,72∗

3

320

d=1,73 cm
Padronizando:
d=1,75 cm

Cálculo do diâmetro do cubo:

d cubo=2∗d e =35 mm

2.3.3 Determinação das velocidades iniciais

Triângulo de velocidades

Adotando: Entrada ótima, portanto: α 1=90 °

11
(Q+q)
V 1=
Q
2
(D¿¿ 0 ¿¿ 2−d c ) ηv
π∗ = ¿¿
4 ( D¿¿ 0 ¿¿ 2−d c 2)
π∗ ¿¿
4

0,0244
0,945
V 1=V 1 r = =4,67 m/s
π∗(0,0912−0,0352 )
4

 U1

π∗D 1∗n
u1 =
60

π∗0,0827∗3520
u1 =
60

m
u1=14,08
s

Para entrada ótima, α1=90°. Daí, calcula-se:

V 1r
β 1=arctan
u1

4,67
β 1=arctan
14,08

β 1=18,35 °
V 1 r=V 2r =4,67 m/s

2.3.4 Número de pás e ângulo de saída

 Relação de diâmetros:

12
D 2 0,169
= =2,06
D 1 0,082

Adotando: Z=7 pás

d2
≅ 2,06
d1

β1 + β 2
≅ 24 °
2

18,35° + β 2
≅ 24 °
2

β 2 ≅ 29°

Gráfico 3 = determinação do angulo de saída

2.3.5 Determinação de velocidades principais (saída)

 V2r

13
Pela semelhança de triângulos, temos:

m
v 2r =v1 =4,67
s

 U2

π∗D 2∗n
u2 =
60

π∗0,169∗3520
u2 =
60

m
u2=28,86
s

 V2u

v 2u =u2−v 2r∗cotan ( β 2)

v 2u =28,86−4,67∗cotan ( 29 ° )

m
v 2u =¿20,44
s

2.3.6 Determinação de alturas e correções

Do rendimento hidráulico tira-se Htz (já calculado anteriormente):

Hm
ηhid . =
Htz

30
Htz=
0,936

14
Htz=32,04 m

 Cálculo de ψ :

ψ=( 0,55 0,65 )+ 0,6∗sen β 2

ψ=( 0,6 ) +0,6∗sen 29 °

ψ=0,89
 Coeficiente de correção devido ao número de pás:
1
μ=
2∗ψ
1+ 2
D1
[ ( )]
z∗ 1−
D2

1
μ=
2∗0,89
1+ 2
0,0827
[ (
7∗ 1−
0,169 )]
μ=0,75

 Cálculo da altura infinita necessária:

Htz
Ht inf =
μ

32,03
Ht inf =
0,75

Ht inf =42,74 m

 Altura infinita calculada:

15
u2∗v 2 u
Ht inf .calc . =
g

28,86∗20,43
Ht inf .calc . =
9,81

Ht inf .calc . =60,1 m

 Verificação de u2:

2
v ∗cotan( β2 ) β
u2 ver . = 2 r
2
4
√ (
+ g∗Ht inf . + v 2 r∗cotan 2
2 )
2
4,67∗cotan(29) 29
u2 ver . =
2 √ (
+ 9,81∗42,74+ 4,67∗cotan
2 )

m
u2 ver . =31,5
s

'
 Verificação de D2

' u2 ver∗60
D 2=
π∗n

31,5∗60
D '2=
π∗3520

D'2=0,1709 m

 Verificação de alteração percentual:

D 2−D'2
%= ∗100
D2

16
0,169−0,1709
%= ∗100
0,169

%=0,8 %

A variação pode ser menor que 2%, logo, está aceitável.

2.4 Outras dimensões

2.4.1 Dimensões de entrada

Diâmetro D2 Espessura da pá (mm) Esp das paredes


do rotor (mm) t int. tméd. t ext. t1 t2
150 a 280 3,2 7,9 5,6 3,2 4,8
280 a 380 4,8 9,5 6,4 4,0 7,9
380 a 482 4,8 11,1 7,1 4,8 9,5
482 a 584 6,4 12,7 7,9 5,6 11,1
584 a 787 6,4 14,3 8,7 6,4 14,3
787 a 890 7,9 15,9 9,5 7,9 15,9
890 a 990 7,9 17,5 11,1 9,5 17,5
990 a 1280 9,5 19,1 12,7 11,1 19,1

 Espessura t 1 adotada

t 1=7,9 mm

 Vazão na entrada

Q
Q' =
ηvol .
0,0244
Q' =
0,945
' 0,0258 m3
Q=
s

 Cálculo da largura das pás na entrada do rotor:

Q'
b 1=
( π∗D1−z∗t m )∗V 2 r

17
0,0258
b 1=
( π∗0,082−7∗0,0079)∗4,67

b 1=0,0273 m

2.4.2 Dimensões de saída

 Espessura t 2 adotada

t 2=7,9 mm

 Cálculo da largura das pás na saída do rotor:

Q'
b 2=
( π∗D2−z∗t m )∗V 2 r
0,0258
b 2=
( π∗0,169−7∗0,0079)∗4,67

b 2=0,0116 m

i. Dimensionamento da chaveta

Como calculado anteriormente, o diâmetro do eixo é D e =17,5 mm (arredondado para cima), e a partir
daí, tira-se da tabela, segundo norma DIN 6886, os seguintes dados:
b=6 mm
h=6 mm
t 1=3,5 mm
t 2=2,6 mm

18
Tabela 2 - Dimensões de chavetas

 Cálculo da largura do cubo

Chaveta de aço 1040

σ c =1200 kgf /cm2

2∗Mt
Lc=
( h−t1 )∗P adm. chav∗De

2∗330,55
Lc=
( 0,6−0,35 )∗1200∗1,75

Lc=12,6 mm

Lnormalizado =15 mm

2.4.3 Dimensionamento do diâmetro do cubo

Verificação da flecha em relação ao peso próprio do rotor:

19
P=500∗d 23
P=500∗0,1693 =2,41 kgf

a 1=25 cm
a 2=15 cm

a1∗a2 a12 15∗25 252


a= + = + =437,5 cm
3 2 3 2

d e =0,314∗( P∗a )0,25


d e =0,314∗( 2,41∗437,5 )0,25 =1,79 cm<3,0 cm

1
Lcubo=0,4∗M T 3
1
Lcubo=0,4∗ (330,55 )3 =2,76 cm

1
s=0,12∗M T 3
1
s=0,12∗330,55 3 =0,83 cm

 Diâmetro do cubo

d cubo=d e +2∗s

d cubo=1,75+ 2∗0,86=3,4 cm<3,5 cm

20
2.5 Dimensões finais do rotor

Com base nos cálculos apresentados anteriormente, temos as principais dimensões do rotor:

Dimensões do rotor adotadas:


D2 169 mm

D1 82 mm

D0 91 mm

Dc 35 mm

De 17,5 mm

L 15 mm

t1 7,9 mm

t2 7,9 mm

β1 18,35 °

β2 29 °

Tabela 3 - Principais dimensões para construção

Figura 5 - Principais dimensões do rotor

21
3 Dimensionamento da caixa espiral e boca de sucção

Para o dimensionamento da caixa espiral, temos:

3.1 Cálculos iniciais

 b

b 3=b2 +3
b 3=11,6+3
b 3=14,6 mm

 R3

R3=R 2+5

169
R 3= +5
2

R3=89,5 mm

 U3

π∗D 3∗n
u3 =
60

π∗0,179∗3520
u3 =
60

m
u3=33
s

22
 V3u

Hm∗g
v3 u =
u3
30∗9,81
v3 u =
33

m
v3 u =8,92
s

 K

2∗π∗g∗Htz
k=
Q∗u 2 ver.∗2
D2

2∗π∗9,81∗32,03
k=
0,0244∗31,5∗2
0,169

k =217

Calculados os valores iniciais, obtém pelas fórmulas seguintes, as dimensões da caixa


espiral apresentadas na tabela:

Vcaracol 2∗Vcaracol∗r 3
Rext . =
360∗k
+
√ k∗360

Dext . =2∗R ext.

Dtotal=2∗r 3 + Dext .

π∗D 2ext.
Cq= ∗v 3 u
4
Tabela 4 - Dados da caixa espiral

23
Figura 6 - Dimensões da caixa espiral

VARIAÇÃO DO
CARACOL RAIO EXTERNO DIAMETRO EXTERNO DIÂMETRO TOTAL CONSTATAÇÃO DA VAZÃO
° m m m m^3/s
0 0 0 0,179 0
15 0,006054623 0,012109245 0,191109245 0,00102728
30 0,008675008 0,017350015 0,196350015 0,002108893
45 0,010730376 0,021460752 0,200460752 0,003226596
60 0,01249327 0,02498654 0,20398654 0,004373881
75 0,014069257 0,028138513 0,207138513 0,005546985
90 0,015512478 0,031024955 0,210024955 0,006743371
105 0,016855095 0,03371019 0,21271019 0,007961174
120 0,018118064 0,036236129 0,215236129 0,009198951
135 0,019315942 0,038631883 0,217631883 0,010455541
150 0,020459325 0,040918649 0,219918649 0,011729981
165 0,021556214 0,043112428 0,222112428 0,01302146
180 0,022612825 0,045225651 0,224225651 0,01432928
195 0,023634102 0,047268204 0,226268204 0,015652832
210 0,024624051 0,049248102 0,228248102 0,016991579
225 0,025585976 0,051171953 0,230171953 0,018345042
240 0,026522638 0,053045276 0,232045276 0,019712793
255 0,02743637 0,054872741 0,233872741 0,021094442
270 0,02832917 0,05665834 0,23565834 0,022489636
285 0,029202759 0,058405519 0,237405519 0,023898052
300 0,030058636 0,060117272 0,239117272 0,025319392
315 0,030898114 0,061796227 0,240796227 0,02675338
330 0,03172235 0,0634447 0,2424447 0,028199762
345 0,032532374 0,065064748 0,244064748 0,029658299
360 0,033329103 0,066658205 0,245658205 0,03112877

24
3.2 Dimensionamento da flange

Para padronizar a flange, temos, a partir da tabela x, os valores:

Tabela 5 - Tabela de flanges padronizadas

 Comprimento da tubulação de saída da caixa espiral

b=0,9∗D 2

b=0,9∗0,169

b=152,1 mm

 Diâmetro da flange adotada

t=154,2 mm

25
 Ângulo β admissível

t−D ext .
β=atan
b

154,12−84,2
β=atan
142,92

β=26 °

Figura 7 - Principais dimensões da flange

Tabela 6 - Tabela de flanges padronizadas

3.3 Dimensionamento da boca de sucção

A boca de sucção deve do mesmo valor de Do, logo, 90 mm. Convertendo para
polegadas, obtemos 4” em tubo sch 40.

26
4 Dimensionamento do eixo a flexo-torção

4.1 Esforços

4.1.1 Empuxos

 Empuxo axial

E=E 1−E 2

π∗D 22−D 2c π∗D 22−D 20


E= ∗Hm∗γ − ∗Hm∗γ
4 4
π∗0,1692−0,0352 π∗0,1692−0,0912
E= ∗30∗1000− ∗30∗1000
4 4
E=644,09−477,84
E=166,25 kgf

Das proporções do desenho fornecido, temos um eixo de 636mm de comprimento. Os


apoios do rolamento encontram-se a 142 e 344 mm de distancia da ponta do eixo, sendo os
rolamentos de esfera de contato angular e de rolos cilíndricos respectivamente devido as suas
propriedades de reação devido a forças axiais e radiais.

Figura 8 - Esquema do eixo

Apoio de rolamentos em X

4.1.2 Demais esforços

27
 Peso do eixo

γ∗π∗D 2
Peixo= ∗l
4
7850∗π∗0,01752
Peixo= ∗0,636
4
Peixo=1,2 kg
Peixo=12 N

 Acoplamento

Fator M
M=1, motor elétrico
Fator Ts
Ts=1,06, 8~16 h/dia
Fator R
R=1,2

F=Ts∗R∗M
F=1∗1,06∗1,2
F=1,272

N∗f 15∗1,272
=
n 3520

N∗f
=0,0054
n

Tabela 8 - Acoplamentos

28
Tabela 9 - Acoplamentos

Figura 1 - Dimensões gerais do acoplamento

Acoplamento selecionado: E-20 – Flexível

Com os esforços apresentados, temos a seguinte configuração para os diagramas de


momento fletor no eixo.

29
Forças no eixo

P1 P2 P3

Gráfico 2 - Diagramas

M1
Fórmulas utilizadas para cálculo das
344,reações A e B:
0 50, 142, 318, 636,

DFC
24,1
0,00
0,00 -38,00 0,00

-513,78
-525,78

DMF
0,00 0,00
0,00
-3.496,00

-90.425,28

-97.058,36
-104.095,56

P1=38 N (Acoplamento)
P2=12 N (Eixo)
P3=24,1 N (Rotor)
M=140.481 N/mm (Empuxo axial na metade do D2)

30
∑ F=0=38−A +12−B+24,1
A+ B=74,1 N

∑ M =0
0=−38∗50+ A∗142−12∗318+ B∗344−20∗636 +140481
344 A+142 B=−111075,2

Realizando as devidas substituições, obtemos:

A=-475,78

B=549,87N

Dimensionando o eixo a flexo-torção, temos, na seção mais carregada:

Mi= √104 2+ ¿ ¿

kgf
Mi=137,04
c m2

Para obtermos o diâmetro utilizado aço ABNT 1020 trefilado:

137,04
d=1,72∗

3

320
d=1,29cm

Diâmetro mínimo do eixo, obtido anteriormente é 17,5 mm. (ok)

5 Seleção do selo mecânico

Com o empuxo axial e a área calcula-se a pressão exercida no rotor.

Ea
P=
π∗D 22−D2c
4

31
166,25
P=
π∗16,92−3 2
4
kgf
P=0,76
c m2

Do catálogo da SVS selos mecânicos têm-se para 5kgf/cm², o seguinte selo mecânico:
Ø 28mm

Tabela 10 - Selo mecânico SVS

32
6 Rolamentos

6.1 Rolamento de esferas de contato angular de duas carreiras.

Para os esforços axiais, utilizou-se de rolamentos de esfera de contato angular de duas carreiras,
devido a suportar cargas radiais e axiais.

Ø30 mm
Fa=1662N

Fr=426,28 N

Segundo o catálogo da FRM (Fábrica de Rolamentos e mancais), a carga equivalente é calculada


da seguinte forma:

C=√3 L10∗P

Onde C é a capacidade de carga e P é a carga equivalente atuante no rolamento. Y é um


coeficiente que vale 3 para rolamentos de esferas.

Segundo o catálogo da FRM (Fábrica de Rolamentos e mancais), a carga equivalente é calculada


da seguinte forma:

P= X∗Ert +Y∗Eat

Onde, para rolamentos de esferas, X vale 0,6 e Y vale 0,5. Logo:

Pr=0,6∗426,28+ 0,5∗1662
Pr=1.086,77 N

Utilizando essa carga e estimando uma vida de 40.000 horas ou 4.212 milhões de revoluções
para uma rotação de 1755 RPM, temos a capacidade de carga:

C=√3 L10∗P= √3 4.212∗1.086,77

C=17,55 kN

33
Tabela 11 - Rolamentos de contato angular de duas carreiras

34
Tabela 12 - Rolamentos de contato angular de duas carreiras

7 Dimensionamento do suporte da bomba

Tendo o rolamento Ø62 mm, adota-se para o suporte da bomba, as seguintes dimensões:
H=168mm Devido ao raio de 90° da caixa espiral
L1=215mm Devido a distancia entre centros do rolamento (176+folgas)

35
Øext=290 Devido a utilização de parafusos M6 para fixação da tampa e folgas de 5mm entre o
parafuso e as paredes, mais folga para a espessura das paredes.

8 Dimensionamento de partes menores

8.1 Tampa 1

Dimensões:

Dext=88 mm

Dfuro=76 mm

Dencosto do suporte=62 mm

Ltotal=33 mm

Dfuro par.=6mm

8.2 Tampa 2

Dimensões:

Dext=102 mm

Dfuro=82mm

Dencosto do suporte=62 mm

Ltotal=18,7mm

Dfuro par.=6 mm

8.3 Anéis de desgaste

Utilizaram-se 2 anéis de desgaste:

Especificação de acordo com as dimensões do desenho do rotor e suporte da bomba:

Anel de desgaste 131x171x15

36
Tabela 13 - Anéis de desgaste

8.4 Arruela e porca de segurança

 Porca de segurança.
De acordo com o diâmetro do eixo, temos:

Tabela 14 - Porca de fixação

37
 Arruela de segurança

Para a porca de segurança KM6, utiliza-se:

Tabela 15 - Arruela de segurança

8.5 Chavetas

8.5.1 Dimensionamento da chaveta

Como calculado anteriormente, o diâmetro do eixo é D e =17,5 mm , e a partir daí, tira-se da tabela,
segundo norma DIN 6886, os seguintes dados:
b=6 mm
h=6 mm
t 1=3,5 mm
t 2=2,6 mm

38
Tabela 16 - Dimensões de chavetas

39
9.BIBLIOGRAFIA

-Planilha Excel fornecida pelo professor

- Apontamentos caderno e apostila

-Apostila Desenho Técnico SENAI-SUZANO, 2005.

www.weg.com.br

40
Índice de legendas

Tabelas

Tabela 1 - Dados do projeto.........................................................................................................1


Tabela 2 - Dados elétricos do motor............................................................................................8
Tabela 3 - Dimensões principais do motor...................................................................................9
Tabela 4 - Dimensões principais do motor.................................................................................15
Tabela 5 - Dimensões de chavetas.............................................................................................18
Tabela 6 - Principais dimensões para construção.......................................................................20
Tabela 7 - Dados da caixa espiral................................................................................................23
Tabela 8 - Tabela de flanges padronizadas.................................................................................24
Tabela 9 - Tabela de dimensões de tubulação...........................................................................25
Tabela 10 - Acoplamentos..........................................................................................................27
Tabela 11 - Acoplamentos..........................................................................................................28
Tabela 12 - Selo mecânico SVS...................................................................................................31
Tabela 13 - Rolamentos de contato angular de duas carreiras..................................................33
Tabela 14 - Rolamentos de contato angular de duas carreiras..................................................34
Tabela 15 - Anéis de desgaste....................................................................................................36
Tabela 17 - Arruela de segurança...............................................................................................37

Gráficos

Gráfico 2 - Área de aceitação.......................................................................................................4


Gráfico 1 - Relação de diâmetros.................................................................................................5
Gráfico 3 - Determinação do ângulo de saída............................................................................13
Gráfico 4 - Diagramas.................................................................................................................29

Figuras

Figura 1 - Valores orientativos......................................................................................................2


Figura 2 - Rotor radial normal......................................................................................................2
Figura 3 - Tabela WEG de motores...............................................................................................8
Figura 4 - Dimensões principais do motor....................................................................................9
Figura 5 - Principais dimensões do rotor....................................................................................20
Figura 6 - Dimensões da caixa espiral.........................................................................................23
Figura 7 - Principais dimensões da flange...................................................................................25
Figura 8 - Esquema do eixo........................................................................................................26
Figura 9 - Dimensões gerais do acoplamento.............................................................................31

41

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