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O QUE NÃO É ENGRAÇADO PARA TODOS, NÃO TEM GRAÇA.

Sergio Luis Goulart Miranda – R.A.: 20128778-5

RESUMO
O Bullying, a Intolerância e a Violência estão diretamente ligadas ao ambiente escolar e a parti disso,
surge a necessidade de combate as consequências causadas por esses atos. Dados apontam que
um a cada dez estudantes já presenciaram algum desses atos e que as vítimas são silenciadas pelos
traumas psicológicos que derivam deles. As vezes o que parece brincadeira para alguns pode ser um
carma para outros e daí a importância de se observar para que ninguém sofra ou seja prejudicado.

Palavras-chave: Bullying, Violência, Intolerância, Consequências, Brincadeira.

1 INTRODUÇÃO

De acordo com a definição do Dicionário Michaelis online para Bullying,


temos:

Ato agressivo sistemático, envolvendo ameaça, intimidação ou


coesão, praticado contra alguém, por um indivíduo ou um
grupo de pessoas. Ocorre geralmente em escolas, porém pode
ser praticado em qualquer outro local. Trata-se de ação verbal
que pode, em situações extremas, evoluir para agressão física.

A partir disso, podemos destacar que esses atos conforme a definição,


normalmente estão ligados ao ambiente escolar e dessa forma, deve ser tratado
como algo específico, com ligação a esse ambiente, mas que pode se propagar a
outros.

Já a A Lei nº 13.185/2016, classifica o bullying como “intimidação sistemática,


quando há violência física ou psicológica em atos de humilhação ou discriminação. A
classificação também inclui ataques físicos, insultos, ameaças, comentários e
apelidos pejorativos, entre outros”.

O Bullying apesar de ser uma expressão nova já existe a bastante tempo e


antes estava disfarçado na ideia de ser uma brincadeira entre crianças e que os
adultos se abdicavam de corrigir ou desestimular, pois era entendido como algo
“normal”.

Mas com o passar do tempo, o Bullying passou a ser visto como algo
diferente e que pode trazer desagradáveis consequências aos envolvidos, por que
quando quem o pratica não percebe o erro e não é corrigido pode ser induzido a
pensar que isso é algo normal e se tornar alguém intolerante ou agressivo diante de
algo que lhe parece diferente.

Por outro lado, quem sofre o ato de intolerância pode sofrer num curto e/ou
longo prazo com limitações e problemas psicológicos relacionados a brincadeira que
foi feita de maneira infantil e acabou evoluindo a uma chaga psicológico.

Para entendermos melhor essa evolução da brincadeira, necessitamos


entender o conceito de intolerância, que de acordo com o Dicionário Michaelis online
é “intransigência contra pessoas que têm opiniões, atitudes, ideologia, crenças
religiosas etc. diferentes da maioria”. Ou seja, intolerância é o ato de negar as
diferenças e cobrar padrões preestabelecidos por uma sociedade que se formou em
cima de elementos que destoam do que se vive no momento atual.

Outro ponto importante é o entendimento de que tanto que pratica e quem


recebe o ato do bullying, está propenso a evoluir para a pratica de atos violentos
contra si e contra outros, visto que os atos são capazes de criar marcas psicológicas
nas pessoas que deles participam.

A violência, de acordo com o Dicionário Michaelis Online é “característica de


quem é violento, ato de crueldade, emprego de meios violentos e fúria repentina”. A
partir disso, devemos entender que a violência é um ato cruel que pode ser
praticado contra si, quando a pessoa está psicologicamente alterada ou contra outra
(s) pessoa (s) com o intuito de ser cruel ou ferir alguém.

Como o conceito de Bullying explicita esses atos normalmente são praticados


ou podem partir do ambiente escolar, podendo afetar a vida dos envolvidos no
momento da prática ou em outros momentos da vida de quem está exposto, por isso
surge a necessidade de se entender e abreviar tais atos.
2 REFLEXÕES SOBRE BULLYING, INTOLERÂNCIA E VIOLÊNCIA: DESAFIOS E
POSSIBILIDADES NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Ao estabelecermos e analisarmos os conceitos de Bullying, Intolerância e


Violência e percebermos o quanto esses atos podem estar ligados ou surgir no
ambiente escolar, devemos passar a nos preocupar com as consequências e as
soluções para que se diminua a prática desses atos e mesmo quando realizados, se
abreviem suas consequências.

De acordo com o Portal do Ministério da Educação, dados do Programa


Internacional de Avaliação dos Estudantes (PISA) de 2015, um em cada dez
estudante brasileiro é ou foi vítima de Bullying.

O Bullying é entendido por alguns especialistas como um ato normal ao


desenvolvimento do cidadão e só passa a ser prejudicial a partir do momento em
que os atos se tornam rotineiros e começam a afetar o bem-estar de quem esteja
participando.

Porém, ao se entender o conceito e observar o ambiente em que se praticam


esses atos, a linha entre a normalidade e o aumento do risco, é algo muito tênue e
de fácil rompimento, visto que apesar de ser iniciado ou realizado em sua maioria no
ambiente da escola, a percepção sobre o que está acontecendo e o quanto está
afetando os envolvidos não é algo de fácil entendimento.

Psicólogos alertam que, normalmente, é um ato silencioso, uma vez que não
é a intenção de quem sofre propagar os atos e por esse motivo quem sofre
normalmente se silencia tanto na escola, quanto no ambiente familiar, o que pode
acarretar na não percepção da necessidade de auxílio e só é percebido quando as
consequências já são graves.

As consequências dos atos muitas vezes são tão graves, que o dia utilizado
como “Dia Nacional de Combate e a Violência nas Escolas” é resultado de uma
tragédia relacionada ao Bullying e suas consequências, pois marca o dia 07 de abril
de 2011, quando um jovem de 24 anos, que posteriormente foi constatado ter sido
vítima de atos de intimidação e de tortura psicológica, invadiu a Escola Municipal
Tasso de Oliveira, onde havia sido aluno anteriormente, no bairro de Realengo, na
cidade do Rio de Janeiro, e assassinou 11 crianças.

O Bullying e a gravidade de suas consequências se confirmam através de


estudos da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO) com o apoio
do MEC, de 2015 e denominado Diagnóstico Participativo da Violência nas Escolas,
e que teve como conclusão que 69,7% dos estudantes brasileiros disseram já terem
presenciado alguma situação de violência dentro da escola.

Diante desses dados e dos fatos se faz necessária uma observação e um


atendimento as necessidades educacionais dos alunos a fim de que esse “costume”
seja diminuído e combatido no ambiente escolar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Analisando os dados e observando a relação que o Bullying tem com o


aumento da violência e da intolerância na sociedade em que vivemos, é dever de
todos observar e quando necessário combater os sintomas para se evitar que as
“brincadeiras” evoluam a consequências sérias.

A integração entre a escola e a família se faz cada vez mais importante, visto
que somente com a conjunção de ambos será possível a inibição desses atos e de
suas consequências.

Além disso, o Ministério da Educação em conjunto com as escolas deve


elaborar medidas para a disseminação de ideias referentes a anormalidade desses
atos, visto que hoje ainda são tratados como algo comum ao desenvolvimento das
crianças e negados pelos responsáveis que provavelmente já presenciaram atos
parecidos nos seus momentos na escola e não dão a devida importância para tal
assunto, a menos que sejam atingidos pelas consequências desses.

É dever de todos e obrigação de quem presencia a prática de Bullying,


Intolerância e Violência, relatar os fatos para que atitudes possam ser tomadas a
tempo de evitar as consequências.

Devemos entender que se cada um fazer sua parte poderemos evitar que
alguém sofra no futuro ou que tenha um direcionamento a violência ou a problemas
psicológicos que podem acarretar em problemas futuros, não somente a figura de
quem participou do ato, mas da sociedade como os fatos em que ocorreram
tragédias em consequência de situações anteriores.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Base nacional comum curricular. Brasília: Ministério da Educação


(MEC), 2017. Disponível em:
<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal
_site.pdf>. Acesso em: 01 mai. 2021.

BRASIL. Especialistas indicam formas de combate a atos de intimidação.


Brasília: Ministério da Educação, MEC. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/34487#:~:text=Um%20em%20cada
%20dez%20estudantes,psicol%C3%B3gica%2C%20geralmente%20em
%20ambiente%20escolar.. Acesso em: 01 mai. 2021

DICIONÁRIO BRASILEIRO DA LÍNGUA PORTUGUESA MICHAELIS ON-LINE.


Página Inicial. Disponível em: <https://michaelis.uol.com.br/busca?id=OWQE>.
Acesso em: 01 mai. 2021.

CRITÉRIOS AVALIATIVOS PARA CORREÇÃO


AVALIAÇÃO
Valor: 5,0 (cinco pontos)
NOTA
Critério/tópico Valor
ATRIBUÍDA
Introdução: Este tópico deverá conter um texto
expositivo sobre o contexto do trabalho, apresentando o
tema ou assunto, bem como os objetivos do mesmo. 0,5
Deve apresentar a organização do trabalho, ou seja, as
partes que o compõem.
Tópico teórico: Este tópico deverá ser desenvolvido 3,0
de acordo com as instruções que constam no modelo
da produção textual, no sentido de apresentar as
informações conforme com o tema proposto.
Considerações finais: Este tópico deverá apresentar a
organização das ideias de forma coerente e objetiva, 0,5
pontuando os resultados alcançados.
Referências: Este tópico deverá apresentar as
referências utilizadas para a produção textual dentro 0,3
das normas de referências da ABNT.
Formatação da Introdução, Tópico Teórico e
Considerações Finais: fonte: Arial, tamanho: 12,
0,2
espaçamento entre linhas: 1,5 e texto justificado. A
produção textual deve conter de 06 a 8 laudas.
Clareza e coerência: Utilização da norma padrão culta
da Língua Portuguesa, concordância verbal e nominal, 0,5
ortografia e vocabulário acadêmico
Total: 5,0

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