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Via Glicolítica

Glicólise
Via Glicolítica

• Maneira pela qual a glicose, frutose e galactose são degradadas pelos


organismos vivos, com o principal propósito de liberar energia.

• Via citoplasmática

• Pode funcionar tanto na presença de oxigênio quanto na sua ausência


Via Glicolítica
Enzimas da Glicólise
1. Hexoquinase* ou Glicoquinase**
2. Fosfoglicoisomerase
3. Fosfofrutoquinase*
4. Aldolase
5. Triose fosfato isomerase
6. Gliceraldeído 3-fosfoto desidrogenase
7. Fosfoglicerato quinase
8. Fosfoglicerato mutase
9. Enolase
10. Piruvato quinase*
*reações irreversíveis / **presente no fígado
Via Glicolítica
Balanço Final

(líquido)

• Uma molécula de GLICOSE é convertida em 2 de PIRUVATO;

• 2 moléculas de ADP e 2 de Pi são convertidas em 2 de ATP;

• 4 ELÉTRONS (2 íons hidreto) são transferidos de 2 moléculas de GLICERALDEÍDO-3-


FOSFATO para 2 moléculas de NAD+.
Via Glicolítica
Participação da frutose

(Fosforilação da frutose em C-1 pela frutoquinase)

(Conversão em gliceraldeído-3-fosfato)

VIA GLICOLÍTICA
Via Glicolítica
Participação da galactose

D-galactose: proveniente da hidrólise da lactose.


• Série de reações
• Uridina difosfato (UDP): funciona de forma
semelhante a uma coenzima como
transportadora de hexoses
• Galactose-1-fosfato desloca a glicose-1-fosfato
da UDP-glicose
• Transformação de glicose-1-fosfato em glicose-
6-fosfato pela fosfoglico mutase

VIA GLICOLÍTICA
Problemas metabólicos
Frutose

Intolerância à frutose ou
Fígado:
frutosemia: Concentração muito alta de
frutose: a frutose-1-fosfato é
• Deficiência da enzima frutose- produzida mais rapidamente
do que a enzima aldolase
1-fosfato aldolase consegue degradá-la,
acarretando no esgotamento
• Doença genética autossômica de Pi.

recessiva
Problemas metabólicos
Frutosemia: sintomas

• Dor abdominal, vômitos, letargia, sudorese, hipoglicemia após ingestão de frutose ou


outros açúcares que utilizem a via da frutose-1-fosfato aldolase (sacarose, sorbitol).

• Pacientes desenvolvem aversão a doces, sucos, frutas.


• A prolongada ingestão de frutose leva a falência hepática e/ou renal ou morte.

• Hipoglicemia: resultado da inibição da glicogenólise pela frutose-1-fosfato ao nível da


fosforilase e da gliconeogênese ao nível da aldolase mutante.
Problemas metabólicos
Frutosemia: tratamento

• Exclusão da frutose e sacarose da dieta o que deve ser mantido por toda a vida.
• A dieta deve ser suplementada com vitamina C, pois muitos alimentos que a contém serão
eliminados por conter frutose e sacarose.
Problemas metabólicos
Frutosemia: tratamento
Problemas metabólicos
Frutosemia: tratamento
Problemas metabólicos
Galactose

Galactosemia:
Dependendo da
• Deficiência de uma das enzimas enzima defeituosa, a
responsáveis pela conversão de doença se manifesta
de maneira diferente.
galactose em glicose

• Doença genética (autossômica


recessiva)
Problemas metabólicos
Galactosemia
Problemas metabólicos
Galactosemia: tratamento

• Dieta livre de galactose e lactose.


Problemas metabólicos
Galactosemia: tratamento
Via Glicolítica

Respiração Celular (aeróbia) Via Anaeróbia

Degradação de glicose com consumo de Degradação de glicose sem


O2 presença de O2

Produto: piruvato (ácido pirúvico), que Produto final: lactato (ácido


deve ser trasportado para dentro da lático) em animais superiores e
mitocôndria para completa oxidação a algumas bactérias.
CO2 e H2O pelo Ciclo de Krebs e Cadeia
Respiratória.

Fermentação Lática
Destinos do Piruvato
Na ausência de oxigênio:

A regeneração do NAD+ se dá pela


redução do PIRUVATO a LACTATO

FERMENTAÇÃO LÁTICA

Não ocorre formação adicional de ATP!!!


Destinos do Piruvato
Fermentação Lática:

Microorganismos: fermentam glicose e outras hexoses em lactato

• Lactobacilos e streptococos: lactose do leite em ácido lático

• Produção de iogurtes e queijos


Fermentação Alcoólica
Levedura e outros microrganismos fermentam a glicose em etanol e CO2

Descarboxilação do piruvato

Enzima: piruvato descarboxilase (coenzima


tiamina pirofosfato)

Redução do acetaldeído a etanol

Enzima: álcool desidrogenase

NADH derivado da glicólise


Fermentação Alcoólica

• Piruvato descarboxilase: caracteristicamente presente nas leveduras de


cervejaria e padaria e nos outros organismos que promovem a fermentação
alcoólica, incluindo algumas plantas;
• O CO2 produzido é responsável pela carbonatação característica do
champanhe;
• A fermentação da cerveja envolve outros processos enzimáticos;
• Panificação: levedura + açúcar fermentável → CO2 provoca aumento de
volume da massa panificada;
Fermentação Alcoólica

• Piruvato descarboxilase: ausente em


vertebrados e outros organismos;

• Álcool desidrogenase: presente em muitos


organismos que metabolizam álcool;
• Fígado humano: catalisa a oxidação do
etanol (ingerido ou produzido por
microorganismos intestinais)
Resumindo...

Glicólise ou Via
Glicolítica

Fermentação
Alcoólica Fermentação
Lática

Via Aeróbia
Via Aeróbia
(em presença de O2)

• Fase aeróbia do catabolismo: RESPIRAÇÃO CELULAR

• Maioria das células eucarióticas e muitas bactérias que vivem em condições


aeróbias: oxidação completa dos seus combustíveis orgânicos até CO2 e
H2O.

PIRUVATO CO2 + H2O


Os 3 estágios da
Respiração Celular:
Respiração Celular – Estágio 1
Os esqueletos carbônicos devem ser degradados até o grupo acetil do acetil-
CoA para que possam entrar no ciclo do ácido cítrico

TPP, lipoato, FAD

Complexo da Piruvato Desidrogenase (E1 +


E2 + E3)

Piruvato Acetil-CoA

Reação irreversível: o CO2 não pode ser religado ao acetil-CoA para produzir
piruvato
Complexo Piruvato Desidrogenase
Constituído por:
3 enzimas
E1: Piruvato desidrogenase; E2: Diidrolipoil trasacetilase; E3: diidrolipoil
desidrogenase

5 coenzimas ou grupos prostéticos


Tiamina pirofosfato (TPP); Flavina adenosina dinucleotídeo (FAD); coenzima A
(CoA), nicotinamida adenina dinucleotídeo (NAD) e lipoato.

4 vitaminas (requeridas na nutrição humana)


Tiamina (no TPP); riboflavina (no FAD); niacina (no NAD) e pantoteno (na CoA)
Complexo Piruvato Desidrogenase
Complexo Piruvato Desidrogenase

FAD – vitamina B2 (leites, carnes, verduras)

Coenzima A – ácido pantotênico (gema de ovo, rim, fígado e


leveduras)

NAD – niacina (carnes magras, brancas, levedo de cerveja,


amendoim)

Lipoato – ácido lipóico (pode ser sintetizado pelo organismo)


Complexo Piruvato Desidrogenase
Deficiência de tiamina (B1) na alimentação

• Não há conversão de piruvato em acetil-CoA


• Beribéri: perda parcial de funções neurais
- Populações que têm o arroz branco (polido, sem casca) como
base da alimentação
- Ingestão habitual de grandes quantidades de álcool (não
contém nutrientes) – calorias “vazias”

Elevado nível de piruvato no sangue indica falha em sua


oxidação por uma dessas causas.
Ciclo do Ácido Cítrico
Ciclo de Krebs
Ciclo do Ácido Cítrico

Reação 1: Formação de citrato

• Condensação de acetil-CoA com oxaloacetato


• Enzima citrato sintase
• Reciclagem da CoA-SH
Ciclo do Ácido Cítrico

Reação 2: Formação do isocitrato via cis-aconitato

• Transformação de citrato em isocitrato


• Enzima aconitase
Ciclo do Ácido Cítrico

Reação 3: Oxidação do isocitrato a a-cetoglutarato e CO2

• Descarboxilação oxidativa do isocitrato para formar a-


cetoglutarato e CO2
• Enzima isocitrato desidrogenase
• NAD+ ou NADP+ como receptores de elétrons
Ciclo do Ácido Cítrico

Reação 4: Oxidação do a-cetoglutarato a succinil-CoA e CO2

• Descarboxilação oxidativa do a-cetoglutarato para formar


succinil-CoA e CO2
• Complexo da a-cetoglutarato desidrogenase
• NAD+ como receptor de elétrons
• CoA como carreador do grupo succinil
Ciclo do Ácido Cítrico

Reação 5: Conversão do succinil-CoA em succinato

• Hidrólise da ligação tioéster do succinil-CoA


• Enzima succinil-CoA sintase
• Liberação de energia para ligação de anidrido
fosfórico no ATP ou GTP
Ciclo do Ácido Cítrico

Reação 6: Oxidação do succinato a fumarato

• Enzima succinato desidrogenase


• FAD como aceptor de hidrogênio
• Malonato: inibidor competitivo da enzima
bloqueador do Ciclo de Krebs
Ciclo do Ácido Cítrico

Reação 7: Hidratação do fumarato para produzir malato

• Enzima fumarase
Ciclo do Ácido Cítrico

Reação 8: Oxidação do malato a oxaloacetato

• Enzima L-malato desidrogenase


• NAD+ como receptor de elétrons
Ciclo do Ácido Cítrico
Conservação de energia no Ciclo
Balanço:
1 volta completa no ciclo
• grupo acetil (2 C) + oxaloacetato (4 C)
• perda de 2 C por eliminação de CO2 por oxidação
• energia conservada na redução de 3 NAD+ e um FAD e síntese de 1 ATP
• regeneração de 1 oxaloacetato
Elétrons encaminhados para a
cadeia respiratória – fornecem
grande número de moléculas de
ATP durante a fosforilação oxidativa
Relembrando o balanço da glicólise:
• geração de 2 moléculas de piruvato a partir de uma
de glicose rende 2 ATP e 2 NADH

No próximo passo teremos geração de 3 ATP por NADH e 2 ATP por FADH2
Regulação do Ciclo do Ácido Cítrico

• Evitar superprodução desperdiçadora


de intermediários
• Quatro níveis de regulação:
- Conversão do piruvato em acetil-
CoA (complexo da piruvato
desidrogenase)
- Entrada de acetil-CoA no ciclo
(citrato sintase)
- Conversão de isocitrato em a-
cetoglutarato (isocitrato desidrogenase)
- Conversão do a-cetoglutarato em
succinil-CoA (a-cetoglutarato
desidrogenase)
Regulação do Ciclo do Ácido Cítrico
• Tipos de regulação:
- Disponibilidade de substratos
- inibição por acúmulo de produtos
- inibição alostérica retroativa das
enzimas

• Regulação covalente (ex. fosforilação /


desfosforilação)
• Regulação alostérica: ligação não-
covalente reversível de moduladores
(pequenos metabólitos ou cofatores:
ácidos graxos, acetil-CoA, ATP, NADH,
NAD+, AMP)
Regulação do Ciclo do Ácido Cítrico

• Citrato sintase: disponibilidade de


acetil-CoA e oxalacetato
• Desidrogenases: inibidas pelo
acúmulo de NADH + H+ (relação
[NADH] / [NAD+] elevada
• ↑ [NADH] / [NAD+]: ↓ [oxalacetato]
• Acúmulo de produtos
• Ca2+: sinalização para a contração
muscular e demanda de ATP

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