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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE JUAZEIRO DO

NORTE

“B”, brasileiro, solteiro, cpf, rg, endereço, representado por sua Genitora, Maria
José Albuquerque, Brasileira, solteira, vendedora, cpf., rg., residente da Rua
Castelo Branco, n° 200, vem perante V. Excelência, por meio de seu procurador
José Anderson de Oliveira Santos, conforme procuração em anexo, propor

AÇÃO REVISIONAL DE ALIMENTOS

em face de

‘A”, brasileiro, solteiro, cpf, rg, endereço, Brasileiro, solteiro, Juiz de Direito,
residente da Rua Padre Cícero, n° 1012, Centro, Juazeiro do Norte- CE.

Pelos fatos e fundamentos a seguir exposto:

I. DOS FATOS
“B” é filho do requerido, conforme comprova a copia da certidão de nascimento
anexo. O requerido, no processo n° 00100.02121-2020, foi condenado a pagar o valor DE r$
900,00, a título de alimentos, conforme copia da sentença.

Ocorre que sobreveio mudança significativa na situação econômica do requerido,


tendo este sido aprovado no concurso de provas e títulos para o cargo de Juiz substituto do
Tribunal de Justiça do Ceará, no qual já está em exercício, percebendo um vencimento de
30.000.00 (trinta mil reais), conforme dados do portal da transparência

Enquanto isso, o filho menor necessita de uma melhor prestação de alimentos, a fim
de que possa ter acesso ao gozo de direitos antes não custeados pelo pai, tias como lazer,
assistência odontológica e médica, bem como um melhor serviço de educação e moradia.

Cabe esclarecer que o

II. DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA

Destaca-se que o autor, não pode arcar com as custas decorrentes da propositura da
presente ação, sem prejuízo de seu próprio sustento, tendo em vista sua situação de
hipossuficiência, razão pela qual requer que seja concedida a seu favor a gratuidade da justiça,
com base nos arts. 98 e seguintes, do Novo Código de Processo Civil - NCPC.

III. DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS

Um dos principais fundamentos do Estado Democrático de Direito é dignidade da


pessoa humana, que entre outras funções, impõe deveres ao estado e a sociedade. Nesse
sentido, cita-se a lição do eminente constitucionalista brasileiro, Ingo Wolfgang:

“Como tarefa o reconhecimento jurídico-constitucional da dignidade da


pessoa humana implica deveres concretos de tutela por parte dos
órgãos estatais, no sentido de proteger a dignidade de todos,
assegurando-lhe também por meio de medidas positivas (prestações) o
devido respeito e promoção, sem prejuízo da existência de deveres
fundamentais da pessoa humana para com o Estado e os seus
semelhantes”.
A obrigação alimentar tem esteio na Constituição Federal de 1988. Em seu art. 229,
esta preceitua “os pais têm o dever de assistir, criar educar os filhos menores, e os filhos
maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade”.
De maneira complementar a carta política, o Código Civil disciplina a exigibilidade de
obrigação alimentar. Segundo o referido diploma legal, são requisitos do direito alimento, a
saber: a necessidade, a possibilidade e a proporcionalidade. Cita-se a respeito o art. 1.694 do
Lei Civil, o qual expõe o que se segue:

Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns


aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo
compatível com a sua condição social, inclusive para atender às
necessidades de sua educação.
§ 1o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do
reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.
§ 2o Os alimentos serão apenas os indispensáveis à subsistência,
quando a situação de necessidade resultar de culpa de quem os
pleiteia.

Do diploma legal, extrai-se que a necessidade se configura quando o parente que os


pretende não tem bens suficiente, nem pode prover, pelo trabalho, à própria mantença. A
possibilidade, por sua vez, preceitua que os alimentos devem ser prestados por aquele do
necessários ao próprio sustento.

Por sua vez, a proporcionalidade preceitua que os alimentos serão fixados na


proporção das necessidades do reclamante.

In caso, é evidente a existência dos requisitos necessidade e possibilidade, tendo em


vista a condição de menor, bem como a situação econômica do genitor, o qual conforme
documentação, possui rendimentos suficiente para prover a ajuda econômica ao filho menor,
para que este possa arcar com os custos mais básicos de existência bem como os
indispensáveis a manter sua qualidade de vida, tais como educação, saúde, assistência etc.

Da mesma forma, nota-se que os recursos pleiteados a titulo de alimentos guardam


conformidade com o princípio da proporcionalidade.

IV. DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS

Requer que o valor dos alimentos anteriormente concedidos na impotência de R$


900,00 (novecentos reais) seja majorado para a importância de R$ 9.000,00 (nove mil reais), a
ser pago no decimo dia de cada mês, mediante depósito, na conta bancária, n° 4555, agencia
2212, do Banco do Brasil, ou em espécie, com o comprovante.
V. DOS PEDIDOS

Diante do exposto, pelos motivos de fato e de direito acima arrolados, requer-se a V.


Ex. que se digne a julgar a presente demanda totalmente procedente, no sentido de dar
provimento aos pedidos, a saber:

1. Conceder a gratuidade da justiça ao autor, tendo em vista que este não pode arcar
com as custas decorrentes da propositura da presente ação, sem prejuízo de seu
próprio sustento, com base nos arts. 98 e seguintes, do Novo Código de Processo
Civil – NCPC.
2. Determinar a participação do Ministério Público em todos os atos processuais,
para atuar como fiscal da ordem jurídica.
3. Preliminarmente, deferir a tutela provisória, para condenar o requerido a pagar o
valor de R$ 9.000,00, a titulo de alimentos provisórios..
4. No mérito, seja a ação julgada procedente em todos os seus termos, majorando a
tutela anteriormente no valor de R$ 900,00 (novecentos ) para o valor de R$
9.000,00 (nove mil reais), a titulo de alimentos, na forma de deposito ou
pagamentos pessoal em espécie, no dia 10 de cada mês.
5. Condenar o requerido a pagamentos dos honorários sucumbências devidos ao
procurador da parte autora.

Protesta provar o alegado por todas as provas admitidas em direito, em especial a


oitiva das partes, depoimento de testemunhas e juntada de documentos.

Dá-se a causa o valor de 108.000,00 (cento e oito mil reais).

Eis os termos em que se pede.

Juazeiro do Norte, Ceará.

OAB n° 000-0001

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