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TRIBUNAL PLENO
RESOLUÇÃO N. 06, DE 12 DE MAIO DE 2021.
Altera a Resolução n.º 14, de 14 de agosto de 2019, que disciplina o Plantão Judiciário de Primeiro Grau.
O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, em Sessão Plenária realizada no dia doze do mês de maio do ano em
curso, no uso de suas atribuições legais,
CONSIDERANDO a não interruptividade da atividade jurisdicional, contemplada no inciso XII, do art. 93, da Constituição
Federal;
CONSIDERANDO as orientações dispostas na Resolução nº 71, de 31 de março de 2009, do Conselho Nacional de Justiça,
que definiu parâmetros mínimos a serem observados quanto à regulamentação da prestação jurisdicional oferecida por
meio dos plantões permanentes;
CONSIDERANDO as orientações dispostas na Resolução nº 326, de 26 de junho de 2020, e na Resolução n.º 353, de 16 de
novembro de 2020, ambas do Conselho Nacional de Justiça, que dispõe sobre alterações formais no texto da Resolução nº
71, de 31 de março de 2009, do Conselho Nacional de Justiça.
CONSIDERANDO, por fim, a autorização normativa constante dos arts. 8º e 9º da Resolução nº 326, de 26 de junho de 2020,
do Conselho Nacional de Justiça;
RESOLVE:
Art. 1º - Alterar o art. 2º e acrescentar o § 5º ao mencionado dispositivo, da Resolução nº 14, de 14 de agosto de 2019, que
passam a vigorar com a seguinte redação:
Art. 2º - O Plantão Judiciário Unificado de Primeiro Grau destina-se exclusivamente ao exame das seguintes matérias:
I - pedidos de habeas corpus e mandados de segurança em que figurar como coator autoridade submetida à competência
jurisdicional do magistrado plantonista;
II - comunicações de prisão em flagrante;
III - apreciação dos pedidos de concessão de liberdade provisória;
IV - em caso de justificada urgência, de representação da autoridade da autoridade policial ou do Ministério Público visando
à decretação de prisão preventiva ou temporária;
V - pedidos de busca e apreensão de pessoas, bens ou valores, desde que objetivamente comprovada a urgência;
VI - medida cautelar, de natureza cível ou criminal, que não possa ser realizada no horário normal de expediente ou de caso
em que da demora possa resultar risco de grave prejuízo ou de difícil reparação;
VII - medidas urgentes, cíveis ou criminais, da competência dos Juizados Especiais a que se referem as Leis nº 9.099, de 26
de setembro de 1995, e nº 10.259, de 12 de julho de 2001, limitadas às hipóteses acima enumeradas;
VIII - medidas de natureza urgente relacionadas à prática de atos infracionais imputados a adolescentes;
IX - medidas protetivas de urgência prevista na Lei nº 11.340/2006, independentemente do comparecimento da vítima ao
plantão, sendo suficiente o encaminhamento dos autos administrativos pela Polícia Civil.
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§ 1º - O Plantão Judiciário não se destina à reiteração de pedido já apreciado no órgão judicial de origem ou em plantão
anterior, nem à sua reconsideração ou reexame, ou à apreciação de solicitação de prorrogação de autorização judicial para
escuta telefônica.
§ 2º - As medidas de comprovada urgência que tenham por objeto o depósito de importância em dinheiro ou valores só
poderão ser ordenadas por escrito pela autoridade judiciária competente e só serão executadas ou efetivadas durante o
expediente bancário normal, por intermédio de servidor credenciado do juízo ou de outra autoridade, por expressa e justificada
delegação do juiz.
§ 3º - Durante o plantão, não serão apreciados pedidos de levantamento de importância em dinheiro ou valores nem
liberação de bens apreendidos.
§ 4º - Caso entenda que a prestação jurisdicional requerida não é passível de apreciação no plantão judiciário, o magistrado
plantonista determinará a remessa imediata da petição e documentos à distribuição ao juízo competente.
§ 5º - As comunicações de prisão em flagrante encaminhadas após as 13 (treze) horas em dia anterior a dia em que houver
expediente forense não serão objeto de apreciação no Plantão, devendo, a Secretaria do Plantão Judiciário, de ofício,
encaminhá-las à comarca de jurisdição da ocorrência do fato, possibilitando a realização de audiência de custódia pelo juízo
competente.
Art. 2º - Acrescentar dois parágrafos ao art. 5º da Resolução nº 14, de 14 de agosto de 2019, que passam a vigorar com a
seguinte redação:
§ 1º - Nas situações previstas neste artigo, a Secretaria do Plantão Judiciário procederá ao cadastramento no sistema PJE.
§ 2º - Os pedidos, requerimentos e documentos que devam ser apreciados pelo magistrado de plantão serão apresentados
em duas vias, ou com cópia, e recebido pelo servidor plantonista que adotará as providências para formalização e conclusão
posterior ao juiz plantonista.
§ 3º - Os pedidos, requerimentos, comunicações, autos, processos e quaisquer papéis recebidos ou processados durante
o período de plantão serão recebidos mediante protocolo ou outra forma, onde fique consignada a data, a hora da entrada
e o nome do recebedor e serão impreterivelmente encaminhados à distribuição ou ao juízo competente no início do expediente
do primeiro dia útil imediato ao do encerramento do plantão.
Art. 3º - Alterar o caput do art. 6º da Resolução nº 14, de 14 de agosto de 2019, que passa a vigorar com a seguinte redação:
Art. 6º - Os expedientes serão distribuídos eletronicamente através do sistema PJE, por sorteio, para os juízes plantonistas.
Art. 4º - Alterar o art. 7º da Resolução nº 14, de 14 de agosto de 2019, que passa a vigorar com a seguinte redação:
Art. 7º - Ao término do plantão, o magistrado plantonista devolverá à secretaria todo o expediente recebido, para efeito de
distribuição.
Art. 5º - Alterar o art. 8º da Resolução nº 14, de 14 de agosto de 2019, que passa a vigorar com a seguinte redação:
Art. 8º - A Secretaria do Plantão Judiciário Unificado de 1º Grau manterá o registro de todas as ocorrências e diligências
relacionadas aos fatos apreciados, arquivando cópia das decisões, ofícios, mandados, alvarás, eventuais guias de remessa
e recebimento, determinações e providências adotadas.
Art. 6º - Alterar o caput e §§ 1º e 2º do art. 11 da Resolução nº 14, de 14 de agosto de 2019, que passa a vigorar com a seguinte
redação:
Art. 11. A Corregedoria Geral da Justiça, se necessário, designará servidores não lotados na unidade, para atuarem em
regime de plantão, sem prejuízo de suas funções.
§1º - No caso de designação de servidor não lotado no Plantão Judiciário Unificado de Primeiro Grau, o servidor designado
fará jus à remuneração pecuniária proporcional à quantidade de horas trabalhadas.
§ 2º - A Corregedoria Geral da Justiça, com o auxílio dos Diretores de Fóruns das sedes das Regiões Judiciárias das
Comarcas do interior, elaborará escala de plantão de oficiais de justiça, para eventual necessidade de cumprimento de
diligência nas respectivas comarcas.
Art. 7º - Alterar o art. 12 da Resolução nº 14, de 14 de agosto de 2019, que passa a vigorar com a seguinte redação:
Art. 12 - A coordenação das atividades do Plantão Judiciário Unificado de Primeiro Grau será exercida pela Corregedoria
Geral da Justiça, que designará um Juiz Auxiliar da Corregedoria para a função de Coordenador Geral do Plantão Judiciário,
podendo delegar-lhe a atribuição de organizar a escala.
Art. 8º - Alterar os §§ 3º, 4º e 5º e acrescentar o § 4-A, do art. 13, da Resolução nº 14, de 14 de agosto de 2019, que passam
a vigorar com a seguinte redação:
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§ 3º - Cada magistrado será escalado para 1 (um) plantão, das 18h00 às 08h00 do dia subsequente, no dia em que houver
expediente forense; e das 08h00 às 18h00 ou das 18h00 às 08h00 do dia subsequente, no dia em que não houver
expediente forense.
§ 4º - Os magistrados não serão escalados, em um mesmo ano, para plantões nos seguintes períodos comemorativos:
Natal, Ano Novo, Carnaval, Semana Santa e São João, bem assim, no ano seguinte, para o mesmo período comemorativo
que, porventura, tenham sido designados.
§ 4º-A - Os Magistrados não serão escalados, em anos seguidos, para plantões durante o período do recesso forense.
§ 5º - A escala de juízes plantonistas será encaminhada aos magistrados por meio do e-mail institucional com anterioridade
de 90 (noventa) dias e disponibilizada no sítio eletrônico do Tribunal de Justiça e no Diário da Justiça Eletrônico 5 (cinco) dias
antes do início do plantão.
Art. 9º - Alterar o § 2º do art. 14, da Resolução n.º 14, de 14 de agosto de 2019, que passa a vigorar com a seguinte redação:
§ 2º - A escala de juízes plantonistas deverá ser comunicada à Presidência do Tribunal de Justiça (AEP I) para ser observada,
no caso de solicitação de férias ou afastamentos após a divulgação da escala de plantão, devendo prevalecer as designações
já divulgadas.
Art. 10 - Alterar o caput do art. 16 e acrescer mais um parágrafo ao mencionado dispositivo, da Resolução n.º 14, de 14 de
agosto de 2019, que passam a vigorar com a seguinte redação:
Art. 16 - Será concedido 1 (um) dia de folga compensatória a cada atuação do magistrado plantonista, observando-se o
seguinte:
(...)
§ 1º - Havendo justo motivo, poderá a Administração excepcionar a hipótese prevista no inciso II deste artigo.
§ 2º - O Assessor de Juiz que atuar com o magistrado plantonista, também fará jus a 1 (um) dia de folga compensatória a
cada atuação.
Art. 11 - Esta Resolução entrará em vigor no prazo de 30 dias a contar da sua publicação.