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1997
DESCRIÇÃO DA ÁREA DE TERAPIA OCUPACIONAL
1) Introdução
2) Estrutura Curricular
3) Âmbito Profissional
4) Situação Atual:
4.1) Instituições de Ensino Superior
4.2) Mercado de Trabalho
5) Pós-graduação
6) Considerações Gerais
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1) INTRODUÇÃO:
indivíduos e/ou grupos que necessitem de cuidados físicos, sensoriais, psicológicos e/ou
sociais, de modo a ampliar seu desempenho e participação social. Para isso, o profissional
poderá recorrer a diferentes referenciais teóricos na escolha de técnicas e métodos mais
geral.
A criação dos cursos para formação profissional, o desenvolvimento de um corpo
( * ) Informações compiladas pelo Profa. Michelle Selma Hahn a partir dos catálogos de cursos da UFSCAR e da UFMG
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No Brasil, os cursos foram introduzidos a partir da década de 50, através de uma
várias mudanças nos cursos que tiveram que se adaptar a nova legislação, entre elas a
passagem de três para quatro anos de duração, no mínimo, a perspectiva de maior integração
entre conteúdos, um novo enfoque voltado a atuação nos vários níveis de atenção à saúde,
profissão e compunham parte de uma nova situação das políticas e serviços de saúde do
país, que apontavam para a necessidade de expansão dos tratamentos assistenciais numa
espaços e de outras formas: a terapia ocupacional para além das instituições de saúde, para
serviços de atenção primária e secundária e para novas áreas de atuação. Ao mesmo tempo,
programas de saúde levaram os terapeutas ocupacionais a serem requisitados cada vez mais,
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Um outro marco importante foi a abertura de cursos, o que permitiu o surgimento
fortalecer conteúdos específicos da profissão, exigiu muito mais disciplinas tanto na área
contavam com profissionais afins em seu corpo docente, tiveram que arregimentar um
reconhecimento de sua formação junto aos demais países membros. Para este processo,
como o curriculum mínimo vigente na USP preenchia os requisitos necessários exigidos pela
WFTO, serviu de base para esta filiação, e as demais escolas deverão adequar-se à estas
cientifico internacional.
2) ESTRUTURA CURRICULAR
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3) ÂMBITO PROFISSIONAL
profissional.
4) SITUAÇÃO ATUAL
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ESCOLA CIDADE/ ESTADO PUBLICA/ PRIVADA
TOTAL
TOTAL 5 11 16 100
% 31,25 68.75
O quadro abaixo mostra que a média do país é de 0,035 vagas nos cursos de
terapia ocupacional para cada 1000 jovens com idades entre 18 a 24 anos. O Sudeste (0,045)
e o Sul (0.05) estão acima da média. O Centro-Oeste possui uma escola recém criada, o
Norte (0,02) e o Nordeste (0,025) estão abaixo da média. Deve-se ressaltar o baixo número de
vagas para todas as regiões do país. No Estado de São Paulo, por exemplo, apesar da maior
concentração de vagas, a cidade de São Paulo, possui um único curso com 25 vagas.
O quadro abaixo mostra o número de vagas por curso. A média do país é de 42,8
vagas por curso. O Sudeste, com 40,5 vagas/curso, o Sul, com 50 vagas/curso, e o
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Nordeste, com 46,7 vagas/curso estão, praticamente, na média. O Norte, com 30 vagas por
curso, esta abaixo da média. Mas o que esta tabela evidencia é a baixa oferta generalizada de
vagas no país.
ocupacional é muito baixa em todos país, mesmo nas regiões onde os cursos são mais antigos
e tradicionais. O que demonstra que a abertura do número de vagas e de cursos por si só não
números contrastam com a demanda crescente de pessoas que necessitam desse tipo de
atenção e que não encontram profissionais habilitados a exercer este tipo de atendimento.
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CONCLUINTES INSCRITOS EM VAGAS EM INSCRITOS/ INSCRITOS
REGIÃO
DO 2º GRAU T.OCUPACIONAL T.OCUPACIONAL CONCL. (%) / VAGAS
Norte 45.070 278 30 0,62 9,3
Nordeste 172.370 377 140 0,22 2,62
Centro- 54.683 - - - -
Oeste
Sudeste 355.273 1407 365 0,4 3,9
Sul 121.438 258 150 0,12 1,72
GERAL 748.834 2320 685 0,30 3,4
Sem considerar outros fatores, o número de vagas necessárias para atender uma
região depende da procura pelos cursos, sendo aconselhável manter um patamar mínimo de
competição dos inscritos nos cursos de terapia ocupacional. Por se tratar de uma profissão
nova onde inexiste cursos de Terapia Ocupacional na maior parte dos estados, deve-se levar
em conta o grau de interesse pelos cursos da área da saúde, demostrado pela concorrência
região.
emprego da mesma. Por outro lado, é sabido que a existência de cursos superiores e a entrada
de profissionais no mercado termina por forçar este, sendo um fator de divulgação do campo e
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atuação do Terapeuta Ocupacional. Provavelmente hoje, pelo menos nos grandes centros, a
Terapia Ocupacional é das poucas profissões onde não existe desemprego em número
significativo.
A partir dos anos 80, o terapeuta ocupacional que tradicionalmente trabalhava em áreas
de reabilitação física e/ou mental tem seu âmbito profissional alargado para as áreas sociais e
em serviços de atenção primária, sendo esta hoje um dos principais campos de atuação. Com
o incremento dos cursos, o ensino superior também passou a absorver um número significativo
de profissionais ( existe cerca de 200 docentes). Hoje a atuação em áreas tais como
gerontologia, atenção psiquiátrica primária, reabilitação psicossocial, atenção a pacientes
profissional.
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O mercado de trabalho é amplo e encontra-se aberto ao terapeuta ocupacional.
No entanto, faz-se necessário um estudo verticalizado neste tema que possa apontar as
5- PÓS GRADUAÇÃO
Medicina e Saúde Pública , pela Faculdade Integrada de Educação Tuiuti em Curitiba, pela
capacitação dos profissional, um recente estudo realizado por Emmel & Lancman (1), em 1995
que entrevistou 75% do total de docentes do Brasil concluiu que entre os entrevistados, 69%
doutorado. Um outro fator importante é que, estes docentes, pela inexistência de programas
de pós graduação específicos, terminaram buscando capacitação em áreas afins. Entre elas
as mais procuradas foram: Educação. Psicologia, Saúde Publica, Educação Especial e Saúde
Mental.
(1) EMMEL,M.L.G & LANCMAN, S. O Processo de Capacitação docente dos Terapeutas Ocupacionais: Implicações na
definição do perfil profissional e nos rumos da profissão. Projeto de Pesquisa em desenvolvimento. Universidade Federal de
São Carlos e Universidade de São Paulo. Este estudo tem dados de 70 % dos docentes de Terapia Ocupacional de todas as
escolas. (que corresponde a 145 docentes de um universo de 206).
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Um outro dado importante é que 38% dos docentes ingressaram na carreira
docente composto por jovens, numa área onde ainda não há tradição de pesquisa.
6- CONSIDERAÇÕES GERAIS
ausência de cursos em vários estados brasileiros e em outros como, por exemplo, o Rio de
Janeiro pela falta de escolas públicas a profissão não se desenvolveu da mesma forma que
em outros estados equivalentes (São Paulo e Minas Gerais).
de trabalho em expansão, pois se a profissão é nova a clientela alvo não é e tem crescido
consideravelmente, terminando por ficar desassistida.
somar esforços e desenvolver programas de pós graduação conjuntos como forma de viabilizar
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ANEXO I
a) Biologia;
Biofísica;
d) Patologia, compreendendo Patologia Geral e Patologia de Órgãos e
Sistemas;
Pública;
c) - Metodologia da Pesquisa Científica, incluindo Estatística;
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Art. 4o O Ciclo de Matérias Pré-profissionalizantes a formação do Terapeuta Ocupacional
contará de:
a) Fundamentos de Terapia Ocupacional, compreendendo História da
Art. 5º...
Art. 6º...
Supervisionada.
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ANEXO II
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 2º. Constituem atos privativos, comuns ao fisioterapeuta e ao terapeuta ocupacional, nas
respectivas áreas de atuação:
I - O planejamento, a programação, a ordenação, a coordenação, a execução e a supervisão
de métodos e técnicas fisioterápicos e/ou terapêuticos ocupacionais que visem à saúde nos
níveis de prevenção primária, secundária e terciária;
II - a avaliação, reavaliação e determinação das condições de alta do cliente submetido à
fisioterapia e/ou terapia ocupacional;
III - a direção dos serviços e locais destinados a atividades fisioterápicas e/ou ocupacionais,
bem como a responsabilidade técnica pelo desempenho dessas atividades; e
IV - a divulgação de métodos e técnicas fisioterapia e/ou terapia ocupacional, ressalvados os
casos de produção científica autorizada na lei.
I - ...
a) ...
Art. 4º. Constituem atos privativos do terapeuta ocupacional, ministrar e supervisionar terapia
ocupacional, objetivando preservar, manter, desenvolver ou restaurar a capacidade funcional
do cliente a fim de habilitá-lo ao melhor desempenho físico e mental possível, no lar, na escola,
no trabalho e na comunidade, através de:
I - elaboração de testes específicos para avaliar níveis de capacidade funcional e sua
aplicação;
II - programação das atividades da vida diária e outras a serem assumidas e exercidas pelo
cliente, e orientação e supervisão do mesmo na execução dessas atividades;
III - orientação à família do cliente e à comunidade quanto às condutas terapêuticas
ocupacionais a serem observadas para a aceitação do cliente, em seu meio, em pé de
igualdade com os demais;
IV - adaptação dos meios e materiais disponíveis, pessoais ou ambientais, para o desempenho
funcional do cliente;
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V - adaptação ao uso de órteses e próteses necessárias ao desempenho funcional do cliente,
quando for o caso;
VI - utilização, com o emprego obrigatório de atividades dos métodos específicos para
educação ou reeducação de função de sistema do corpo humano; e
VII - determinação:
a) de objetivo de terapia e da programação para atingi-lo;
b) de freqüência das sessões terapêuticas, com a indicação do período de tempo de duração
de cada uma; e
c) da técnica a ser utilizada.
Art. 5º. A prática de ato privativo de fisioterapia por terapeuta ocupacional, e vice-versa,
constitui exercício profissional ilegal.
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