Você está na página 1de 14

TÉCNICO EM PODOLOGIA

LEANARA SILVESTRI

DIABETES MELLITUS

NOVA BASSANO/ 2021


TÉCNICO EM PODOLOGIA
LEANARA SILVESTRI

DIABETES MELLITUS

NOVA BASSANO/ 2021


Trabalho apresentado ao Curso de Podologia 2 º semestre
da UCS –Universidade Caxias do Sul, como requisito
parcial a aprovação da disciplina;

Processo Patológicos

Professora;
- Simone Isabel Bonfin

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO…………………………………………………………………….04
2. DESEMVOLVIMENTO...................................................................................05

2.1 Fisiologia do Pâncreas................................................................................05


2.2 Constituição do pâncreas...............................................................................05

2.3 Funções do pâncreas......................................................................................06

2.4 O que é diabetes tipo 1: sintomas, tratamento, exames e complicações.........06

2.5 Sintomas de diabetes tipo 1..............................................................................07

2.6 O que é diabetes tipo 2: causas, sintomas, tratamentos e prevenção .............07

2.7 Causas de diabetes do tipo 2.............................................................................08

2.8 Quais os exames para confirmar........................................................................08

NOVA BASSANO/ 2021


2.9 Possíveis consequências da diabetes tipo 2.......................................................09

2.10 Comparação dos dois tipos de diabetes mellitus ....................................... .10


2.11 Diabetes gestacional......................................................................................11
2.12 Possíveis complicações.................................................................................11
3. CONCLUSÃO............................................................................................................13
4. BIBLIOGRAFIA..........................................................................................................14

I- INTRODUÇÃO

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de 347 milhões


de casos de diabetes em todo o mundo. Para melhor entendermos o DM1,
primeiramente devemos entender como funciona o pâncreas. O pâncreas é um órgão
localizado logo abaixo do estômago que possui uma comunicação com a porção inicial
do intestino, chamada de duodeno . Duas funções distintas são atribuídas ao pâncreas.
A primeira é chamada exógena, na qual o pâncreas é responsável por liberar
substâncias no duodeno (aquela parte inicial do intestino) que auxiliam na digestão dos
alimentos que ingerimos. A segunda, e talvez a mais importante, é a endócrina, na qual
o pâncreas regula os níveis de glicose na circulação sanguínea. A glicose é o produto
final de muitos alimentos que ingerimos, como arroz, pães, macarrão e, principalmente,
doces.

NOVA BASSANO/ 2021


II- DESENVOLVIMENTO

Fisiologia do Pâncreas

O pâncreas é uma glândula mista que atua de forma exócrina e endócrina,


produzindo substâncias que atuarão na digestão e hormônios, respectivamente. O pâncreas
apresenta a sua parte exócrina constituída por células serosas, que produzem os
precursores das enzimas digestivas, já a parte endócrina é constituída pelas ilhotas
pancreáticas (ou de Langerhans), que secretam os hormônios. Dentre os hormônios

NOVA BASSANO/ 2021


produzidos pelo pâncreas, podemos destacar a insulina e o glucagon, responsáveis pelo
controle da glicemia no sangue. Diabetes mellitus é uma das doenças que podem acometer
o pâncreas.
Constituição do pancreas.
O pancreas é uma glândula que possui entre 15 cm e 25 cm de extensão, pesa cerca
de 100 g e está localizada na região do abdome, na parte posterior ao estômago. Ele é
revestido por uma membrana denominada de peritônio e uma cápsula de tecido conjuntivo
frouxo ou moderadamente denso, que o divide em lobos devido aos septos que esse tecido
insere em seu interior.

Funções do pâncreas
O pâncreas é uma glândula mista, possuindo assim uma parte
endócrina e uma parte exócrina. Esta é responsável pela produção do suco
pancreático, o qual é constituído por enzimas que, lançadas no duodeno, atuarão na
digestão de gordura, de proteínas e de carboidratos. Já aquela é responsável por
secretar hormônios, como a insulina e o glucagon, que atuam no controle da glicemia
no sangue. Além desses dois hormônios, o pâncreas secreta o hormônio
somatostatina, que, nele, atua inibindo a secreção da insulina e do glucagon; e os
polipeptídeos pancreáticos, que, entre outras funções, atua inibindo a secreção
pancreática exócrina.

A função endócrina influência o controle do diabetes. A insulina facilita a


entrada de glicose nas células, onde a substância será utilizada como fonte de energia
ou armazenada para uso posterior. “Quando o pâncreas deixa de produzir insulina ou
produz em quantidades insuficientes, os níveis de açúcar no sangue sobem”, explica a
especialista.O glucagon em excesso favorece o desenvolvimento do diabetes e tem
função oposta à insulina. “É um dos hormônios responsáveis por aumentar as taxas de
açúcar na corrente sanguínea quando ficamos muito tempo sem nos alimentar,
evitando a hipoglicemia”.
No diabetes tipo 1, a insulina deixa de ser produzida pelo pâncreas e o
paciente precisa receber insulina injetável desde o momento do diagnóstico. No
diabetes tipo 2, o órgão mantém sua capacidade de produção, mas com a evolução da

NOVA BASSANO/ 2021


doença, a insulina pode deixar de ser produzida em quantidades adequadas. A partir
daí, o paciente tipo 2 também precisará da aplicação do hormônio.

O que é diabetes tipo 1: sintomas, tratamento, exames e complicações

A diabetes tipo 1 é um tipo de diabetes na qual o pâncreas não produz insulina,


fazendo com que o organismo não seja capaz de utilizar o açúcar no sangue para produzir
energia, gerando sintomas como boca seca, sede constante e vontade de urinar
frequentemente.
A diabetes do tipo 1 está normalmente relacionada com fatores genéticos e
autoimunes, em que acontece o ataque das células do próprio corpo às células do
pâncreas responsáveis pela produção de insulina. Assim, não há produção de insulina
suficiente para fazer com que a glicose entre nas células, permanecendo na corrente
sanguinia.

O diagnóstico da diabetes do tipo 1 é comumente feito ainda durante a infância,


sendo imediatamente iniciado o tratamento com insulina para controlar os sintomas e
prevenir complicações. O uso da insulina deve ser feito de acordo com a recomendação do
endocrinologista ou pediatra, sendo importante também que exista mudanças no estilo de
vida da pessoa.
Sintomas de diabetes tipo 1

Os sintomas da diabetes 1 surgem quando o funcionamento do pâncreas já está


bastante prejudicado, surgindo sintomas relacionados com o aumento da quantidade de
glicose circulante no sangue, sendo os principais:
- Sensação de sede constante;
- Vontade frequente para urinar;
- Cansaço excessivo;
- Aumento do apetite;
- Perda ou dificuldade de ganhar peso;
- Dor abdominal e vômitos;
- Visão embaçada;

NOVA BASSANO/ 2021


O que é diabetes tipo 2: causas, sintomas, tratamentos e prevenção

A versão mais comum do diabetes está ligada aos hábitos de vida (obesidade,
sedentarismo, alimentação inadequada). Conheça a doença e suas consequências .
Assim como o tipo 1, o diabetes tipo 2 é caracterizado pelo excesso crônico de açúcar no
sangue, o que desencadeia uma série de complicações, de infarto a perda de visão. A
diabetes tipo 2 é uma doença crônica caracterizada pela resistência do organismo à
insulina e aumento dos níveis de açúcar no sangue, que gera os sintomas clássicos como
sensação de boca seca, aumento da vontade para urinar, vontade aumentada para beber
água e, até, perda de peso sem causa aparente.
Ao contrário da diabetes tipo 1, a pessoa não nasce com diabetes do tipo 2,
desenvolvendo a doença devido a vários anos de hábitos de vida pouco saudáveis,
especialmente o consumo excessivo de carboidratos na alimentação e estilo de vida
sedentário. Dependendo do grau da alteração nos níveis de açúcar o tratamento pode
passar apenas por fazer algumas alterações na dieta e no estilo de vida, ou então, incluir o
uso de remédios, como antidiabéticos orais ou insulina, que devem ser sempre indicados
por um médico. A diabetes não tem cura, mas é uma doença que com controle se evitam
complicações.
Por vezes, estes sintomas podem ser difíceis de identificar e, por isso, uma das
melhores formas de vigiar a possibilidade de ter diabetes é fazer exames de sangue
recorrentes para ir avaliando os níveis de açúcar no sangue, especialmente em jejum.

Causas de diabetes do tipo 2

Apesar da diabetes do tipo 2 ser mais frequente que a diabetes do tipo 1, as


causas ainda não são muito bem esclarecidas. No entanto, sabe-se que o desenvolvimento
desse tipo de diabetes é influenciado por um conjunto de fatores, sendo os principais:
 Excesso de peso;
 Sedentarismo;
 Alimentação pouco saudável, principalmente rica em carboidratos, açúcar e
gordura;

NOVA BASSANO/ 2021


 Tabagismo;
 Acúmulo de gordura na região abdominal.
Além disso, a diabetes do tipo 2 pode acontecer também com maior facilidade em
pessoas com mais de 45 anos, que fazem uso de corticosteroides, que possuem pressão
alta, mulheres que possuem síndrome do ovário policístico, e pessoas com história de
familiar de diabetes.
Assim, devido à presença de um conjunto de fatores, é possível que o pâncreas
diminua a produção de insulina ao longo do tempo, resultando em maiores níveis de
glicose no sangue e favorecendo o desenvolvimento da doença.

Quais os exames para confirmar


O diagnóstico da diabetes mellitus tipo 2 é feito através do exame de sangue
ou de urina, que avalia a taxa de glicose no organismo. Este teste geralmente é feito em
jejum e deve ser realizado em 2 dias diferentes, para haver uma comparação entre os
resultados.
Os valores de referência da glicose em jejum são de até 99 mg/dL no sangue. Já quando a
pessoa possui valores de glicose em jejum entre 100 e 125 mg/dL, é diagnosticado com
pré-diabetes e quando possui glicose em jejum superior a 126 mg/dL pode ter diabetes.
Saiba mais sobre o resultado dos exames de glicose.

Como é feito o tratamento

A primeira forma de tratamento da diabetes tipo 2 é a adoção de um dieta


equilibrada e com menos quantidade de açúcar e outras formas de carboidratos. Além
disso, também é importante fazer exercício físico pelo menos 3 vezes por semana e perder
peso no caso das pessoas com sobrepeso e obesidade. Depois dessas orientações, caso
os níveis de açúcar não fiquem regularizados, o médico pode aconselhar o uso de
antidiabéticos orais, que são comprimidos que ajudam a controlar os níveis de açúcar no
sangue.
Já o uso de insulina é a opção de tratamento para as pessoas que não
conseguem manter o nível de glicose controlado somente com uso de medicações orais ou

NOVA BASSANO/ 2021


que não possam usar os antidiabéticos devido a outros problemas de saúde, como
pessoas que tem insuficiência renal e não podem usar metformina, por exemplo.
Essas pessoas precisam manter uma verificação diária dos níveis de açúcar e
administração de insulina correspondente para o resto da vida, na maioria dos casos, mas
podem voltar a usar somente comprimidos se tiverem bom controle da glicemia.

Possíveis consequências da diabetes tipo 2

Quando o tratamento da diabetes não é iniciado a tempo, a doença pode causar


várias complicações no organismo, relacionadas com o acúmulo de açúcar em vários tipos
de tecidos. Algumas das mais comuns incluem:
 Alterações graves da visão que podem levar à cegueira;
 Má cicatrização de feridas que podem levar à necrose e amputação do membro;
 Disfunções no sistema nervoso central;
 Disfunções na circulação do sangue; 
 Complicações cardíacas e coma.
Apesar dessas complicações serem mais frequentes em pessoas que não iniciam o
tratamento indicado pelo médico, pode também acontecer em pessoas que estão fazendo
o tratamento mas não da forma recomendada, o que pode continuar interferindo
negativamente nos níveis de glicose e quantidade de insulina produzida no organismo.

COMPARAÇÃO DOS DOIS TIPOS DE DIABETES MELLITUS

Diabetes melito não-


Diabetes melito insulino-
-insulino-dependente (DMNID)
-dependente (DMID)

Sinônimo Tipo I; início juvenil Tipo II; início adulto

Geralmente na infância ou Frequentemente após os 35 anos


Idade de início
puberdade

Estado nutricional
Frequentemente Obesidade usualmente presente
no momento do
desnutrido
início da doença

10-20 % dos diabetes 80-90% dos diabetes diagnosticados


Prevalência
diagnosticados

Predisposição
Moderada Muito forte
genética

NOVA BASSANO/ 2021


I n c a p a c i d a d e d as células B em produzir quantidades apropriadas de
Células B destruídas, insulina; resistência à insulina
Defeito
eliminando a produção de
ou deficiência insulina

Cetose Comum Rara

Insulina
Baixa a ausente Normal a elevada
plasmática
Complicações
Cetoacidose Coma hiperosmolar
agudas
Resposta a drogas
hipoglicemiantes Não responde Responde
orais
Tratamento Geralmente não necessário
Sempre necessário
com insulina

Diabetes gestacional
O tratamento da diabetes gestacional é feito essencialmente com alterações
na dieta e prática regular de exercício físico, pois são medidas naturais que permitem
controlar os níveis de glicemia no sangue. Porém, caso as alterações no estilo de vida
não estejam sendo suficientes para controlar os níveis de açúcar e caso os valores de
glicemia estejam sempre muito altos, o médico pode aconselhar o uso de antidiabéticos

NOVA BASSANO/ 2021


orais ou insulina, sendo também importante fazer a medição regular dos níveis de
glicemia em casa, utilizando um aparelho para medir o nível de açúcar no sangue.

A diabetes na gravidez, também conhecida como diabetes gestacional, é


uma condição relativamente comum que pode acontecer mesmo em mulheres que
nunca apresentaram aumento da glicose no sangue antes. Este tipo de diabetes
acontece devido à produção de hormônios pela placenta que bloqueiam parcialmente o
efeito da insulina do corpo, fazendo com que os níveis de açúcar no sangue consigam
aumentar mais facilmente.
A diabetes gestacional deve ser identificada o mais rápido possível para
evitar complicações no desenvolvimento do bebê ou parto prematuro. Por esse motivo,
no decorrer das consultas de pré-natal, o médico geralmente pede exames de glicose.
O tratamento consiste em alterar o estilo de vida, fazendo uma dieta mais saudável e
praticando exercício físico, mas, em alguns casos, também pode incluir o uso de
medicamentos.
Possíveis complicações
Quando a diabetes não é tratada adequadamente, os níveis de açúcar no sangue
podem ficar elevados por muito tempo e causar danos em vários órgãos. Por esse
motivo, as principais complicações da diabetes incluem:
 Doenças cardiovasculares;
 Neuropatia;
 Retinopatia;
 Surdez;
 Pé-diabético;
 Depressão.
Além disso, os níveis elevados de açúcar também aumentam o risco de infecção,
já que o açúcar facilita o crescimento e desenvolvimento de fungos e bactérias, sendo
frequente que a pessoa com diabetes apresente infecções urinárias recorrentes, por
exemplo. Por favorecer o desenvolvimento de vários microrganismos e por dificultar a
circulação sanguínea, a diabetes também causa problemas na cicatrização de feridas.

NOVA BASSANO/ 2021


CONCLUSÃO
Diabetes Mellitus é uma doença caracterizada pela elevação da glicose no
sangue (hiperglicemia). Pode ocorrer devido a defeitos na secreção ou na ação do
hormônio insulina, que é produzido no pâncreas, pelas chamadas células beta . A função
principal da insulina é promover a entrada de glicose para as células do organismo de
forma que ela possa ser aproveitada para as diversas atividades celulares. A falta da
insulina ou um defeito na sua ação resulta portanto em acúmulo de glicose no sangue, o
que chamamos de hiperglicemia.
O diagnóstico precoce do diabetes é importante não só para prevenção das
complicações agudas já descritas, como também para a prevenção de complicações
crônicas.É importante que o paciente compareça às consultas regularmente, conforme a
determinação médica, nas quais ele deverá receber orientações sobre a doença e seu
tratamento. Só um especialista saberá indicar de forma correta:
• a orientação nutricional adequada,
• como evitar complicações,
• como usar insulina ou outros medicamentos,
• como usar os aparelhos que medem a glicose (glicosímetros) e as canetas de insulina,

NOVA BASSANO/ 2021


• fornecer orientações sobre atividade física,
• fornecer orientações de como proceder em situações de hipo e de hiperglicemia.
Esse aprendizado é fundamental não só para o bom controle do diabetes como também
para garantir autonomia e independência ao paciente. É muito importante que ele realize
suas atividades de rotina, viajar ou praticar esportes com muito mais segurança. É
importante o envolvimento dos familiares com o tratamento do paciente diabético, visto
que, muitas vezes, há uma mudança de hábitos, requerendo a adaptação de todo núcleo
familiar.
A diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2 são doenças incuráveis mas controláveis.
Um estilo de vida saudável, procurando uma alimentação equilibrada, combatendo
o sedentarismo, e evitando o excesso de peso pode prevenir o aparecimento da diabetes
mellitus.

BIBLIOGRAFIA

 SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES . Diretrizes 2017-2018. 2017. Disponível em:


<https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/2017/diretrizes/diretrizes-sbd-2017-2018.pdf>. Acesso
em 14 Jan 2020

 https://cuidadospelavida.com.br/saude-e-tratamento/diabetes/diabetes-pancreas-
outras-funcoes-insulina.

 file:///C:/Users/Meu%20Computador/Downloads/E%20-%20Sistema%20End
%C3%B3crino%20%E2%80%93%20Fisiologia%20do%20P%C3%A2ncreas.pdf

 https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/anatomia
-e-fisiologia-do-pancreas/34817

 SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Diabetes mellitus"; Brasil Escola. Disponível


em: https://brasilescola.uol.com.br/doencas/diabetes-mellitus.htm. Acesso em 07 de
novembro de 2021.

NOVA BASSANO/ 2021

Você também pode gostar