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LEI N. 8.

069/1990
(ECA)
Competência, Procedimentos do Estatuto
da Criança e do Adolescente.
Lei n. 12.010/2009

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
FABIANA BORGES

Graduada e pós-graduada pela Universidade


de Franca. Advogada. Professora de cursinhos.
Professora do curso de Direito e supervisora de
Atividade Complementar do Centro Universi-
tário do Planalto. Professora do curso de Direito
do UniCEUB.

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Competência, Procedimentos do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Lei n. 12.010/2009
Prof. Fabiana Borges

Competência, Procedimentos do Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei n.


12.010/2009...............................................................................................5
1. Princípios que Devem Ser Observados nos Procedimentos.............................5
1.1. Princípio da Investidura.........................................................................5
1.2. Princípio do Devido Processo Legal..........................................................7
1.3. Princípio da Igualdade...........................................................................8
1.4. Princípio do Contraditório.......................................................................8
1.5. Princípio do Acesso à Justiça...................................................................8
1.6. Princípio do Promotor Natural.................................................................9
1.7. Do Princípio da Motivação das Decisões.................................................. 12
1.8. Princípio da Publicidade........................................................................ 13
1.9. Princípio da Prioridade Absoluta............................................................ 13
1.10. Da Inversão do Princípio da Inércia de Jurisdição................................... 14
1.11. Duplo Grau de Jurisdição.................................................................... 15
2. Competência......................................................................................... 16
3. Dos Procedimentos do Estatuto da Criança e do Adolescente....................... 21
3.1. Dos Prazos......................................................................................... 21
3.2. Da Capacidade Processual.................................................................... 23
3.3. Da Gratuidade de Justiça..................................................................... 24
3.4. Recurso............................................................................................. 25
3.5. Do Advogado...................................................................................... 27
3.6. Das Garantias Processuais.................................................................... 29
4. Do Conselho Tutelar............................................................................... 30
4.1. Da Composição do Conselho Tutelar...................................................... 30

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4.2. Das Atribuições do Conselho................................................................. 32


Resumo.................................................................................................... 36
Questões de Concurso................................................................................ 47
Gabarito................................................................................................... 69
Questões Comentadas................................................................................ 70

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COMPETÊNCIA, PROCEDIMENTOS DO ESTATUTO DA


CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. LEI N. 12.010/2009
1. Princípios que Devem Ser Observados nos Procedimentos
As regras aplicadas aos processos ou procedimentos que tratar de direito da

criança ou do adolescente aplicar-se-á o Estatuto da Criança e do Adolescente, e de

forma subsidiária o Código de Processo Civil. De modo que os princípios aplicados

neste código de ritos, também serão aplicados aos processos onde tratar de direi-

tos da criança e do adolescente.

Essencialmente serão inseridos princípios constitucionais, que são cogentes, ou

seja, de observância obrigatória. São os chamados princípios-garantias. Observa-

-se que o legislador se preocupou em cuidar para que todas as garantias e direitos

destinados a criança e ao adolescente seriam respeitadas.

Contudo, em razão deste material ser de cunho voltado ao tema da criança e

adolescente, nem todos os princípios processuais serão tratados neste material,

contudo serão inseridos os princípios que tenham maior observância em razão da

fase de formação.

Sucintamente pode se afirmar que princípio de onde tudo se origina, é o começo

de todas as coisas. É base fundamental que sustenta a ordem do conhecimento.

1.1. Princípio da Investidura

A jurisdição é uma das funções do Estado que substitui os titulares dos interes-

ses conflitantes, para de forma imparcial, buscar a pacificação sobre o tema discu-

tido. Essa pacificação ocorre mediante a aplicabilidade do direito objetivo que rege

o caso apresentado.

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O Estado desempenha essa função pacificadora, organizadora mediante o pro-

cesso. O processo por sua vez é presidido pela figura do juiz, que é regularmente

investido em sua autoridade.

O Estado, pessoa jurídica de direito público, exerce a jurisdição através de seus

agentes, neste caso, pessoas físicas, os juízes, também denominado juiz natural.

Aos juízes são asseguradas as seguintes garantias constitucionais: inamovibilidade,

vitaliciedade e irredutibilidade de subsídios – previstas na Constituição Federal.

De modo específico, estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente em seu

artigo 146: “A AUTORIDADE A QUE SE REFERE ESTA LEI É O JUIZ DA IN-

FÂNCIA E DA JUVENTUDE, ou o juiz que exerce essa função, na forma da lei de

organização judiciária local”.

Por oportuno, vale ressaltar o artigo 148, do Estatuto, que afirma:

A Justiça da Infância e da Juventude é competente para:

I – conhecer de representações promovidas pelo Ministério Público, para apuração de


ato infracional atribuído a adolescente, aplicando as medidas cabíveis;
II – conceder a remissão, como forma de suspensão ou extinção do processo;
III – conhecer de pedidos de adoção e seus incidentes;
IV – conhecer de ações civis fundadas em interesses individuais, difusos ou coletivos
afetos à criança e ao adolescente, observado o disposto no art. 209;
V – conhecer de ações decorrentes de irregularidades em entidades de atendimento,
aplicando as medidas cabíveis;
VI – aplicar penalidades administrativas nos casos de infrações contra norma de prote-
ção à criança ou adolescente;
VII – conhecer de casos encaminhados pelo Conselho Tutelar, aplicando as medidas
cabíveis.
Parágrafo único. Quando se tratar de criança ou adolescente nas hipóteses do art. 98,
é também competente a Justiça da Infância e da Juventude para o fim de:
conhecer de pedidos de guarda e tutela;
b) conhecer de ações de destituição do poder familiar, perda ou modificação da tutela
ou guarda;
c) suprir a capacidade ou o consentimento para o casamento;
d) conhecer de pedidos baseados em discordância paterna ou materna, em relação ao
exercício do poder familiar ;

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e) conceder a emancipação, nos termos da lei civil, quando faltarem os pais;


f) designar curador especial em casos de apresentação de queixa ou representação, ou
de outros procedimentos judiciais ou extrajudiciais em que haja interesses de criança
ou adolescente;
g) conhecer de ações de alimentos;
h) determinar o cancelamento, a retificação e o suprimento dos registros de nascimento
e óbito.

1.2. Princípio do Devido Processo Legal

O princípio do devido processo legal que todo caminho legal, previsto em lei

própria, será percorrido para que a pessoa tenha observadas todas as garantias

para que possa se defender.

Tal princípio está esculpido no artigo 5º, LIV da Constituição Federal, como ga-

rantia fundamental: “LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem

o devido processo legal”.

Em observância a tal comando, o Estatuto da Criança e da Adolescência o repro-

duziu em seu artigo 110: “Nenhum adolescente será privado de sua liberdade sem

o devido processo legal”.

E ainda no que tange ao processo, o Estatuto também estabeleceu em seu arti-

go 111, as seguintes garantias:

I – pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, mediante citação ou


meio equivalente;
II – igualdade na relação processual, podendo confrontar-se com vítimas e testemunhas
e produzir todas as provas necessárias à sua defesa;
III – defesa técnica por advogado;
IV – assistência judiciária gratuita e integral aos necessitados, na forma da lei;
V – direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade competente;
VI – direito de solicitar a presença de seus pais ou responsável em qualquer fase do
procedimento.

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1.3. Princípio da Igualdade

A Constituição Federal, em seu artigo 5º, I estabelece que todos somos iguais

perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, princípio este que decorre de

um dos fundamentos da República, a dignidade da pessoa humana. Todas as pes-

soas, independentemente de sua origem, raça, credo merece ter tratamento igual

as demais pessoas.

Ocorre que as pessoas, naturalmente, são desiguais entre si, motivo pelo qual

se justifica diferenciação no tratamento para que de fato seja observado o princípio

isonômico pretendido pelo legislador, é o que se chama de princípio da igualdade

material, que consiste em dizer que desiguais devem ser tratados nas medidas de

suas desigualdades, de forma desigual. O tratamento desigual tem como escopo su-

perar as diferenças naturais e fazer com que a isonomia substancial seja alcançada.

1.4. Princípio do Contraditório

Trata-se de princípio constitucional, previsto no artigo 5º.,LV, da Carta Mag-

na, que estabelece: “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos

acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os

meios e recursos a ela inerentes”; que também é aplicado em processos ou proce-

dimentos que tenham como interesse da criança e/ou do adolescente.

1.5. Princípio do Acesso à Justiça

Princípio previsto no artigo 5º, XXXV da Constituição Federal, que garante o

acesso à justiça, mas de uma forma organizada, através de instrumentos proces-

suais aptos para efetiva realização do direito.

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O Estatuto da criança e do Adolescente por sua vez estabelece: “É garantido o

acesso de toda criança ou adolescente à Defensoria Pública, ao Ministério Público e

ao Poder Judiciário, por qualquer de seus órgãos”.

Para se efetivar essa garantia, o Estatuto estabelece algumas normas facilitado-

ras para se concretizar o acesso, como:

• Justiça gratuita;

• Isenção de custas e emolumentos;

• Nomeação de curador especial a criança e/ou adolescente sempre que os in-

teresses destes colidirem com os daqueles.

E por fim, os Estados e o Distrito Federal poderão criar varas especializadas e

exclusivas da infância e da juventude, cabendo ao Poder Judiciário estabelecer sua

proporcionalidade por número de habitantes, dotá-las de infraestrutura e dispor

sobre o atendimento, inclusive em plantões.

1.6. Princípio do Promotor Natural

O Ministério Público é essencial a função jurisdicional conforme previsão do

artigo 127 da Constituição Federal. E aos membros do Ministério Público, os pro-

motores de justiça, são asseguradas as mesmas garantias da magistratura: Ina-

movibilidade, Irredutibilidade de subsídios e vitaliciedade, conforme previsão do

artigo 128 da Constituição Federal. E ainda, os princípios institucionais da unidade:

indivisibilidade e independência funcional.

Sobre o tema, o artigo 141 do Estatuto garante o acesso da criança e do ado-

lescente ao Ministério Público. O capítulo V do Estatuto estabelece sobre o MP, no

artigo 201:

Compete ao Ministério Público:

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I – conceder a remissão como forma de exclusão do processo;

II – promover e acompanhar os procedimentos relativos às infrações atribuídas

a adolescentes;

III – promover e acompanhar as ações de alimentos e os procedimentos de sus-

pensão e destituição do poder familiar, nomeação e remoção de tutores, curadores

e guardiães, bem como oficiar em todos os demais procedimentos da competência

da Justiça da Infância e da Juventude;

IV – promover, de ofício ou por solicitação dos interessados, a especialização e a

inscrição de hipoteca legal e a prestação de contas dos tutores, curadores e quais-

quer administradores de bens de crianças e adolescentes nas hipóteses do art. 98;

V – promover o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção dos interes-

ses individuais, difusos ou coletivos relativos à infância e à adolescência, inclusive

os definidos no art. 220, § 3º inciso II, da Constituição Federal;

VI – instaurar procedimentos administrativos e, para instruí-los:

a) expedir notificações para colher depoimentos ou esclarecimentos e, em caso

de não comparecimento injustificado, requisitar condução coercitiva, inclusive pela

polícia civil ou militar;

b) requisitar informações, exames, perícias e documentos de autoridades muni-

cipais, estaduais e federais, da administração direta ou indireta, bem como promo-

ver inspeções e diligências investigatórias;

c) requisitar informações e documentos a particulares e instituições privadas;

VII – instaurar sindicâncias, requisitar diligências investigatórias e determinar a

instauração de inquérito policial, para apuração de ilícitos ou infrações às normas

de proteção à infância e à juventude;

VIII – zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais assegurados às

crianças e adolescentes, promovendo as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis;

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Para o exercício da atribuição de que trata o inciso VIII, poderá o representante

do Ministério Público:

a) reduzir a termo as declarações do reclamante, instaurando o competente proce-

dimento, sob sua presidência;

b) entender-se diretamente com a pessoa ou autoridade reclamada, em dia, local

e horário previamente notificados ou acertados;

c) efetuar recomendações visando à melhoria dos serviços públicos e de relevância

pública afetos à criança e ao adolescente, fixando prazo razoável para sua perfeita

adequação.

IX – impetrar mandado de segurança, de injunção e habeas corpus, em qual-

quer juízo, instância ou tribunal, na defesa dos interesses sociais e individuais in-

disponíveis afetos à criança e ao adolescente;

X – representar ao juízo visando à aplicação de penalidade por infrações co-

metidas contra as normas de proteção à infância e à juventude, sem prejuízo da

promoção da responsabilidade civil e penal do infrator, quando cabível;

XI – inspecionar as entidades públicas e particulares de atendimento e os pro-

gramas de que trata esta Lei, adotando de pronto as medidas administrativas ou

judiciais necessárias à remoção de irregularidades porventura verificadas;

XII – requisitar força policial, bem como a colaboração dos serviços médicos,

hospitalares, educacionais e de assistência social, públicos ou privados, para o de-

sempenho de suas atribuições.

Ao Ministério Público o Estatuto prevê:

• No exercício de suas funções, terá livre acesso a todo local onde se encontre

criança ou adolescente;

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• Será responsável pelo uso indevido das informações e documentos que requi-

sitar, nas hipóteses legais de sigilo;


• Nos processos e procedimentos em que não for parte, atuará obrigatoriamen-
te o Ministério Público na defesa dos direitos e interesses de que cuida esta
Lei, hipótese em que terá vista dos autos depois das partes, podendo juntar
documentos e requerer diligências, usando os recursos cabíveis;
• A intimação do Ministério Público, em qualquer caso, será feita pessoalmente.
• A falta de intervenção do Ministério Público acarreta a nulidade do feito, que
será declarada de ofício pelo juiz ou a requerimento de qualquer interessado.
• As manifestações processuais do representante do Ministério Público deverão
ser fundamentadas.

E por fim o artigo 200, do Estatuto, estabelece que as funções do Ministério Pú-
blico serão exercidas nos termos da Lei orgânica.

1.7. Do Princípio da Motivação das Decisões

Sobre a motivação das decisões, a Constituição Federal determina:

Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o


Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
[...]
IX – todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fun-
damentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a
presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a
estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo
não prejudique o interesse público à informação;
X – as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pú-
blica, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros;

Fundamentar as decisões significa que o princípio do devido processo legal fora

observado. A não observância da fundamentação será a decretação de NULIDADE

DA DECISÃO.

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1.8. Princípio da Publicidade

A publicidade é uma garantia do Estado Democrático de Direito, pois determina

a transparência aos atos.

Assim a norma constitucional preconiza:

Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o


Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
[...]
IX – todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário SERÃO PÚBLICOS,
e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a
presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a
estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo
não prejudique o interesse público à informação;

A Constituição Federal em seu artigo 5º., LX, dispõe: “a lei só poderá restringir

a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse

social o exigirem”.

O Estatuto rege sobre o SEGREDO DE JUSTIÇA, em observância a tal determi-

nação inseriu os seguintes artigos:

Art. 143. E vedada à divulgação de atos judiciais, policiais e administrativos que di-


gam respeito a crianças e adolescentes a que se atribua autoria de ato infracional.

1.9. Princípio da Prioridade Absoluta

Colocar a criança e o adolescente como PRIORIDADE ABOSLUTA DO ESTADO é

obedecer ao comando constitucional que estabelece em seu artigo 227:

É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao


jovem, COM ABSOLUTA PRIORIDADE, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à edu-
cação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negli-
gência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

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Esta prioridade refere-se a todas as áreas que tocam a criança e ao adolescente,

todavia, como o tópico refere-se aos procedimentos e aos processos, o Estatuto da

Criança e do Adolescente, em consonância com artigo supra citado, em seu arti-

go,§ 2º, preconiza que: “É assegurado, sob pena de responsabilidade, PRIORIDA-

DE ABSOLUTA na tramitação dos processos e procedimentos previstos nesta Lei,

assim como na execução dos atos e diligências judiciais a eles referentes”.

Neste sentido, o Estatuto, também prioriza, em fase recursal, processos que

tenham interesses de criança e adolescente, no seguinte teor esculpido no artigo

199-D: “O relator deverá colocar o processo em mesa para julgamento no prazo

máximo de 60 (sessenta) dias, contado da sua conclusão”. Por oportuno, vale

registrar que o prazo em caso de recurso, seguirá a regra do Estatuto, ou seja,

será contado em dias CORRIDOS.

1.10. Da Inversão do Princípio da Inércia de Jurisdição

O princípio da inércia de jurisdição estabelece que o juiz para agir deve ser

provocado pela parte interessada, todavia o artigo 153, do Estatuto excepciona

tal princípio. Veja: “Se a medida judicial a ser adotada não corresponder a proce-

dimento previsto nesta ou em outra lei, A AUTORIDADE JUDICIÁRIA PODERÁ

INVESTIGAR OS FATOS E ORDENAR DE OFÍCIO AS PROVIDÊNCIAS NECES-

SÁRIAS, ouvido o Ministério Público”.

Note que o juiz, DE OFÍCIO, poderá determinar providências necessárias, sem

ser provocado por meio de ação, inclusive o Superior Tribunal de Justiça1, decidiu

neste sentido:

1
Disponível em: <https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/549846767/recurso-especial-resp-1653359-mg
-2017-0027890-8> Acesso em 21 Out 2019

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PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADO-


LESCENTE. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO PARA APURAÇÃO DE IRREGU-
LARIDADES EM ENTIDADE DE ATENDIMENTO. TUTELA LIMINAR ESPECÍFICA
DE OBRIGAÇÃO DE FAZER, COM MULTA COMINATÓRIA. ESTIPULAÇÃO DE
PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETO DE CORREÇÃO DAS IRREGULA-
RIDADES, ESPECIFICANDO AS AÇÕES NECESSÁRIAS E O CRONOGRAMA DE
EXECUÇÃO. LEGALIDADE. ART. 193, § 3º, DO ECA, C/C ARTS. 152 DO MESMO
DIPLOMA LEGAL. EXPRESSA PREVISÃO DE INCIDÊNCIA SUBSIDIÁRIA DAS
NORMAS GERAIS PREVISTAS NA LEGISLAÇÃO PROCESSUAL PERTINENTE.
PODER GERAL DE CAUTELA E DE TUTELA ANTECIPATÓRIA COMO PRERRO-
GATIVA ÍNSITA AO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE DECISÓRIA. CONSECTÁRIO
LÓGICO DA TEORIA DOS PODERES IMPLÍCITOS. RECONHECIMENTO PELO STF
DA APLICABILIDADE AO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO. A CONCESSÃO
DOS FINS IMPORTA A CONCESSÃO DOS MEIOS. ART. 153 DO ECA. PREVI-
SÃO EXPLÍCITA DE AUTORIZAÇÃO LEGAL PARA A AUTORIDADE JUDICIÁRIA
ORDENAR TODAS AS PROVIDÊNCIAS NECESSÁRIAS À EFETIVA, PREFEREN-
CIAL E INTEGRAL DOS DIREITOS TUTELADOS PELA NORMA. RECURSO ESPE-
CIAL PROVIDO.

1.11. Duplo Grau de Jurisdição

O Estatuto da Criança e do Adolescente preconiza o artigo 198, caput:

Nos procedimentos afetos à Justiça da Infância e da Juventude, inclusive os relativos


à execução das medidas socioeducativas, adotar-se-á o sistema recursal da Lei no
5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil), com as seguintes adapta-
ções:
[...].

Assim, em regra geral, o processo se inicia em primeira instância, juízo mono-

crático, todavia em razão do Duplo Grau de Jurisdição, é possível que a decisão

possa ser revista pelo Tribunal de Justiça, onde o julgamento será colegiado.

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2. Competência
A competência é meio de limitar a jurisdição de cada um dos órgãos do Poder

Judiciário, com intuito de evitar a existência de conflito entre eles, para o conheci-

mento das causas que lhe forem endereçadas. Vale lembrar que a JURIDISDIÇÃO

é PODER-DEVER do Estado de dizer o direito diante do caso concreto e ainda de

que é função inerte do Estado, ou seja, agirá, em regra, quando for provocado pelo

interessado.

Oportuno registrar que as varas da infância e juventude NÃO SÃO INTEGRAN-

TES DA DENOMINADA JUSTIÇA ESPECIALIZADA, mas são ESPECIALIZAÇÃO

DA JUSTIÇA COMUM, motivo pelo qual deve o poder judiciário estadual criar e

instalar tais órgãos. (Art. 146, Estatuto).

Não são todas as comarcas que têm uma vara de infância e juventude, vez que

até mesmo por uma questão de logística, vez que não é obrigatório, contudo, deve

ter órgão jurisdicional investido de competência para conhecer dos temas enxerta-

dos no Estatuto.

A doutrina, como por exemplo, Kátia Regina Ferreira Lobo Andrade Maciel, criou

três critérios para se definir competência: objetivo, funcional e territorial. Numa

brevíssima síntese, observe.

O critério objetivo fixa competência a partir do valor da causa, natureza da cau-

sa e qualidade da parte. Por sua vez, o critério funcional que regulam as atribui-

ções dos diversos órgãos jurisdicionais que devam atuar em determinado processo.

E por fim, o critério territorial é ligado ao aspecto geográfico.

A competência ainda pode ser: Relativa ou Absoluta.

Nesta classificação da competência em algumas situações, o legislativo enten-

deu que não poderiam as partes ou o órgão judicial alterar, pois assim foram fi-

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xadas em razão do interesse público, para que a função jurisdicional pudesse ser

mais bem exercida, nestas hipóteses, têm-se a competência ABSOLUTA, ou seja,

aquela definida em razão da matéria e funcional. O Código de Processo Civil, de-

termina que sendo o juízo absolutamente incompetente, todos os atos decisórios

serão NULOS, ou seja, nenhum efeito será produzido.

Em outras situações, o legislador permitiu as partes liberdade para modificar em

razão de serem mais benéficas a estas, situações que se tem a competência RELA-

TIVA, esta definida em razão do território ou do valor da causa. Se eventualmente,

não for arguida no momento processual oportuno, haverá prorrogação da compe-

tência do juízo, tornando-se este competente para conhecer de uma demanda em

que originariamente não seria.

Após esta brevíssima exposição, abordar-se-á o tema da competência conforme

previsão do Estatuto.

O artigo 147 da citada norma estabelece competência em razão de território,

portanto RELATIVA, veja:

Art. 147. A competência será determinada:


I – pelo domicílio dos pais ou responsável;
II – pelo lugar onde se encontre a criança ou adolescente, à falta dos pais ou respon-
sável.
§ 1º. Nos casos de ato infracional, será competente a autoridade do lugar da ação ou
omissão, observadas as regras de conexão, continência e prevenção.
§ 2º A execução das medidas poderá ser delegada à autoridade competente da residên-
cia dos pais ou responsável, ou do local onde sediar-se a entidade que abrigar a criança
ou adolescente.
§ 3º Em caso de infração cometida através de transmissão simultânea de rádio ou tele-
visão, que atinja mais de uma comarca, será competente, para aplicação da penalidade,
a autoridade judiciária do local da sede estadual da emissora ou rede, tendo a sentença
eficácia para todas as transmissoras ou retransmissoras do respectivo estado.

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Por sua vez, o artigo 148 do Estatuto da Criança e adolescente, fixa competên-

cia em razão da matéria, ou seja, COMPETÊNCIA ABSOLUTA. Deste modo esta-

belece, em rol exemplificativo algumas da competência da Justiça da Infância e da

Juventude:

A Justiça da Infância e da Juventude é competente para:


I – conhecer de representações promovidas pelo Ministério Público, para apuração de
ato infracional atribuído a adolescente, aplicando as medidas cabíveis;
II – conceder a remissão, como forma de suspensão ou extinção do processo;
III – conhecer de pedidos de adoção e seus incidentes;
IV – conhecer de ações civis fundadas em interesses individuais, difusos ou coletivos
afetos à criança e ao adolescente, observado o disposto no art. 209;
V – conhecer de ações decorrentes de irregularidades em entidades de atendimento,
aplicando as medidas cabíveis;
VI – aplicar penalidades administrativas nos casos de infrações contra norma de prote-
ção à criança ou adolescente;
VII – conhecer de casos encaminhados pelo Conselho Tutelar, aplicando as medidas
cabíveis.

Por sua vez, o parágrafo único estabelece:

Quando se tratar de criança ou adolescente nas hipóteses do art. 98 é também

competente a Justiça da Infância e da Juventude para o fim de:

a) conhecer de pedidos de guarda e tutela;

b) conhecer de ações de destituição do poder familiar, perda ou modificação da

tutela ou guarda;

c) suprir a capacidade ou o consentimento para o casamento;

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d) conhecer de pedidos baseados em discordância paterna ou materna, em re-

lação ao exercício do poder familiar;

e) conceder a emancipação, nos termos da lei civil, quando faltarem os pais;

f) designar curador especial em casos de apresentação de queixa ou represen-

tação, ou de outros procedimentos judiciais ou extrajudiciais em que haja interes-

ses de criança ou adolescente;

g) conhecer de ações de alimentos;

h) determinar o cancelamento, a  retificação e o suprimento dos registros de

nascimento e óbito.

Neste mesmo ritmo, o artigo 149, do Estatuto preconiza que:

Compete à autoridade judiciária disciplinar, através de PORTARIA, ou auto-

rizar, MEDIANTE ALVARÁ:

I – a entrada e permanência de criança ou adolescente, desacompanhado dos pais ou


responsável, em:
a) estádio, ginásio e campo desportivo;
b) bailes ou promoções dançantes;
c) boate ou congêneres;
d) casa que explore comercialmente diversões eletrônicas;
e) estúdios cinematográficos, de teatro, rádio e televisão.
II – a participação de criança e adolescente em:
a) espetáculos públicos e seus ensaios;
b) certames de beleza.
§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, a autoridade judiciária levará em conta,
dentre outros fatores:
a) os princípios desta Lei;
b) as peculiaridades locais;
c) a existência de instalações adequadas;
d) o tipo de frequência habitual ao local;
e) a adequação do ambiente a eventual participação ou frequência de crianças e ado-
lescentes;
f) a natureza do espetáculo.
§ 2º As medidas adotadas na conformidade deste artigo deverão ser fundamentadas,
caso a caso, vedadas as determinações de caráter geral.

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Vale diferenciar portaria e alvará, assim, segundo Luciano Alves Rossato; Paulo

Eduardo Lépore e Rogério Sanches Cunha2:

As portarias são atos que disciplinam situações concretas, em particular, as diversões


públicas da criança e do adolescente. Geralmente estabelecem condições para que a
criança e o adolescente possam usufruir determinados locais. Exemplo: condições para
a entrada de adolescentes desacompanhados de seus pais em determinado estádio de
futebol. Por sua vez, segundo os mesmos autores, os alvarás judiciais são dirigidos a
determinadas pessoa física ou jurídica como ocorre, por exemplo, para a participação de
determinada criança em certame de beleza.

Ainda sobre o tema, o Superior Tribunal de Justiça entende que é necessário

alvará judicial para menor participar de programa de televisão, nos seguintes ter-

mos:

STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO AgRg no Ag


663273 RJ 2005/0031344-2 (STJ)
EMENTA
PROCESSO CIVIL - ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - PAR-
TICIPAÇÃO DE MENOR EM PROGRAMA DE TELEVISÃO - ALVARÁ JUDI-
CIAL - NECESSIDADE. 1. O art. 149, I, do ECA aplica-se às hipóteses em que
crianças ou adolescentes participam, na condição de espectadores, de evento
público, sendo imprescindível a autorização judicial se desacompanhados dos
pais e/ou responsáveis. 2. O art. 149, II, do ECA, diferentemente, refere-se
à criança ou adolescente na condição de participante do espetáculo, sendo
necessário o alvará judicial ainda que acompanhados dos pais ou responsá-
veis. 3. Os programas televisivos têm natureza de espetáculo público,
enquadrando-se a situação na hipótese do inciso II do art. 149 do ECA.
4.A autorização dos representantes legais não supre a falta de alvará
judicial. Agravo regimental improvido.

2
ROSSATO. Luciano Alves; LÉPORE. Paulo Eduardo. CUNHA. Rogério Sanches. Estatuto da criança e do ado-
lescente Lei no. 8069/90. 11ª. Ed. Saraiva Jus. São Paulo-SP 2019

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3. Dos Procedimentos do Estatuto da Criança e do


Adolescente
A tutela jurisdicional destinada à criança e adolescente é diferenciada, de modo
que o Estatuto da Criança e do adolescente prevê as normas processuais e pro-
cedimentais específicas, e em caráter subsidiário (Art. 152, Estatuto), as normas
previstas na legislação processual para os feitos que tramitam perante as Varas da
Justiça da Infância e da Juventude, contudo tal norma não regrou sistematicamen-
te ou organizadamente sobre processo, razão pela qual seguiremos um rito que
entendemos ser o mais facilitador da compreensão e dos estudos.
Nos processos e procedimentos em que envolvem crianças e adolescentes, es-
tas GOZAM DE PRIORIDADE ABSOLUTA, sob pena de responsabilidade a teor
do parágrafo único do artigo 152 do Estatuto.

3.1. Dos Prazos

O Estatuto da criança e do adolescente, no ano de 2017 teve a inserção do


parágrafo 2º. Do artigo 152, prevendo de forma diferente do Código brasileiro de
ritos, o Código de Processo Civil, o que inicialmente gerou divergência, contudo, já
pacificada pelo Superior Tribunal de Justiça, o que será explicado de forma porme-
norizada.

3.1.1. Dos Prazos Civis

Sobre os prazos civis estabelecidos no Estatuto, importante observar o Artigo


152, § 2º que estabelece: “OS PRAZOS ESTABELECIDOS NESTA LEI E APLI-
CÁVEIS AOS SEUS PROCEDIMENTOS SÃO CONTADOS EM DIAS CORRIDOS,

excluído o dia do começo e incluído o dia do vencimento, vedado o prazo em dobro

para a Fazenda Pública e o Ministério Público”.

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Sobre a contagem do prazo, vale observar o artigo 219 do Código de Processo


Civil de 2016, que afirma: “Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou
pelo juiz, COMPUTAR-SE-ÃO SOMENTE OS DIAS ÚTEIS”.
Considerando que a norma processual foi modificada e entrou em vigor no ano
de 2016, trazendo a contagem de prazo em dias úteis, e o Estatuto da Criança
teve a inserção do §2º, do artigo 152, afirmando de que o prazo devem ser con-
tados em dias corridos a divergência tornou-se clara quanto qual norma deveria
ser aplicada aos processos que tramitam perante a Vara da Infância e Juventude,
contudo o Superior Tribunal de Justiça, conforme Informativo no. 0647 datado
de 24/05/2019 firmou tese de que:

A previsão expressa no ECA da contagem dos prazos nos ritos nela regulados em dias
corridos impede a aplicação subsidiária do art. 219 do CPC/2015, que prevê o cálculo
em dias úteis.

Diante de tal tese, no momento, não há razão para insistir na celeuma, de modo
que aplicar-se-á a regra do Estatuto, ou seja, OS PRAZOS PROCESSUAIS DE NA-
TUREZA CIVIL SERÃO CONTADOS EM DIAS CORRIDOS.
Vale registrar que prazos de medida protetiva continuam sendo contados em
dias corridos.

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3.1.2. Dos Prazos Destinados a Apuração de Ato Infracional

Caso o adolescente cometa ato infracional, a apuração deverá ocorrer através

de procedimento não-civil, perante a Vara da Infância e Juventude. A norma pri-

mária a ser aplicada neste procedimento é o Estatuto da Criança e do Adolescente,

e de forma subsidiária o Código de Processo Penal, neste caso não há divergência

quanto a forma de se contar o prazo, vez que o Código citado, prevê em seu artigo

798: “Todos os prazos correrão em cartório e SERÃO CONTÍNUOS e peremptó-

rios, não se interrompendo por férias, domingo ou dia feriado”.

Para finalizar o artigo 152, §2º., do Estatuto, outro ponto deve ser observado,

vez difere também do Código de Processo Civil. Assim a norma estatutária prevê:

“[...] VEDADO o prazo em dobro para a Fazenda Pública e o Ministério Público”.

3.2. Da Capacidade Processual

A regulamentação da capacidade processual se fundamenta no Código Civil

quando o artigo 5º. Afirma: “A menoridade cessa aos dezoito anos completos,

quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil”.

A pessoa apta para os atos da vida civil tem capacidade para estar em juízo, ou

seja, tem capacidade processual.

Ocorre que o Estatuto é regra destinada a menores de idade, ou seja, pessoas

que ainda não atingiram a maioridade civil, o que significa que tais pessoas não

gozam de capacidade processual.

As pessoas tuteladas pelo Estatuto são denominadas crianças, aquelas que têm

idade até 12 anos incompletos, e adolescentes, aqueles que têm entre 12 anos e

18 anos de idade incompletos, de modo que, para que estejam em juízo é preciso

observar a seguinte regra:

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Crianças - pessoa até Adolescentes - entre doze e dezoito anos de idade


doze anos de idade (Art. 2º. Estatuto)
incompletos (Art. 2º.,
Estatuto)
Incapacidade civil absoluta: Incapacidade Civil Relativa: os maiores de dezesseis e menores de
os menores de 16 (dezes- dezoito anos (Art. 4º, CC)
seis) anos. (Art. 3º., CC)
Portanto, para estar em juízo, seguem as regras abaixo:
Pessoas com 18 anos Pessoas que tenham entre 16 e 18 anos Pessoas que tenham até
de idade incompletos (Exceção até 21 anos) 16 anos incompletos
Podem estar sozinhas Para estarem em juízo precisam ser Para estarem em juízo
em juízo ASSISTIDAS, pelos pais ou responsáveis. precisam ser REPRE-
Art. 142, Estatuto: [...] os maiores de SENTADAS, pelos pais
dezesseis e menores de vinte e um anos ou responsáveis.
assistidos [...]”. Art. 142, Estatuto: “Os
Obs.: Importante lembrar que em casos menores de dezesseis
expressos em lei, o Estatuto, em caráter anos serão representa-
excepcional será aplicado para pessoas dos [...]”
que tenham idade entre 18 a 21 anos de
idade (Art. 2º., parágrafo único – Estatuto)
Quando houver colisão de interesses da criança ou do adolescente com seus pais ou
responsáveis, o juiz nomeará curador especial para atuar nos interesses da criança e/
ou adolescente.

3.3. Da Gratuidade de Justiça

Para se fazer cumprir o princípio do livre acesso ao judiciário, o legislativo cria

regras para atingir este objetivo. Portanto, a Constituição Federal, em seu artigo

5º, LXXIV, garante: “LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gra-

tuita aos que comprovarem insuficiência de recursos”. Dessa forma, esta regra

foi sendo incorporada em outros dispositivos legais, como por exemplo, a Lei n.

1.060/50, e o Código de Processo Civil, contudo de forma específica, insere-se o

comando oriundo do Estatuto:

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Art. 141.
[...]
§ 2º As ações judiciais da competência da Justiça da Infância e da Juventude são isen-
tas de custas e emolumentos, ressalvada a hipótese de litigância de má-fé.

3.4. Recurso

O capítulo IV do Estatuto é destinado a tratar sobre o tema dos recursos. O ar-

tigo 198 estabelece:

Nos procedimentos afetos à Justiça da Infância e da Juventude, inclusive os relativos à


execução das medidas socioeducativas, adotar-se-á o sistema recursal da Lei n o 5.869,
de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil), com as seguintes adaptações:
I – os recursos serão interpostos independentemente de preparo;
II – em todos os recursos, salvo nos embargos de declaração, o prazo para o Ministério
Público e para a defesa será sempre de 10 (dez) dias;
III – os recursos terão preferência de julgamento e dispensarão revisor;
VII – antes de determinar a remessa dos autos à superior instância, no caso de apela-
ção, ou do instrumento, no caso de agravo, a autoridade judiciária proferirá despacho
fundamentado, mantendo ou reformando a decisão, no prazo de cinco dias;
VIII – mantida a decisão apelada ou agravada, o escrivão remeterá os autos ou o ins-
trumento à superior instância dentro de vinte e quatro horas, independentemente de
novo pedido do recorrente; se a reformar, a remessa dos autos dependerá de pedido
expresso da parte interessada ou do Ministério Público, no prazo de cinco dias, contados
da intimação.

Da sentença prolatada pelo juiz da Vara da Infância e da Juventude é cabível

Recurso de Apelação, no prazo de 10 dias, desprovida de efeito suspensivo.

Segundo Daniel Amorim Assumpção Neves3 o recurso de apelação é o cabível

contra a sentença seja ela terminativa (Art. 485, CPC) ou definitiva (art. 487, CPC).

Afirma-se que pouco importa a espécie de processo ou de procedimento, havendo

uma sentença o recurso cabível será o de Apelação. Também é irrelevante saber-se

a natureza do processo ou o tipo do procedimento, porque independentemente de

3
NEVES. Daniel Amorim Assumpção. Novo Código de Processo Civil Comentado. 2016. Editora Juspodium.
Salvador – Bahia – Pág 1664

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qualquer dessas considerações, havendo uma sentença, o dispositivo ora comenta-

do indica o cabimento de apelação.

Sobre o recurso de apelação, o Estatuto preconiza: Art. 199. Contra as deci-

sões proferidas com base no art. 149 caberá RECURSO DE APELAÇÃO. O caput

apresenta o recurso em situações genéricas, contudo a própria lei o específica dian-

te de cada situação, veja o quadro:

Da sentença, Recurso de Apelação


Fundamento Sentença que... Efeitos Recurso Efeitos do Exceção
legal cabível recurso
Art. 199-A Deferir a adoção Produz APELAÇÃO Devolutivo Adoção internacional
efeito ou houver perigo de
desde logo dano irreparável ou
ainda, difícil reparação
ao adotando
Art. 199-B Destituir ambos APELAÇÃO Devolutivo
ou qualquer dos
genitores do
poder familiar
Observações:
Os recursos nos procedimentos de adoção e de destituição de poder familiar serão processados
com prioridade absoluta, devendo ser imediatamente distribuídos, ficando vedado que aguardem,
em qualquer situação, oportuna distribuição, e serão colocados em mesa para julgamento SEM
REVISÃO e com parecer urgente do Ministério Público (Art. 199-C);
O relator deverá colocar o processo em mesa para julgamento no prazo máximo de 60 (sessenta)
dias, contado da sua conclusão (Art. 199, D)
O Ministério Público será intimado da data do julgamento e poderá na sessão, se entender necessá-
rio, apresentar oralmente seu parecer;
O Ministério Público poderá requerer a instauração de procedimento para apuração de responsabili-
dades se constatar o descumprimento das providências e do prazo previstos nesses artigos.

Portanto, o Estatuto da criança e do adolescente estabelece no artigo 199-B:

“A sentença que destituir ambos ou qualquer dos genitores do poder familiar FICA

SUJEITA A APELAÇÃO, QUE DEVERÁ SER RECEBIDA APENAS NO EFEITO DEVO-

LUTIVO”.

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3.5. Do Advogado

A criança ou adolescente, seus pais ou responsáveis e qualquer pessoa que


tenha legítimo interesse na solução da lide poderão intervir no s procedimentos
ATRAVÉS DO ADVOGADO (jus postulandi). A Constituição Federal em seu artigo
133 estabelece que o advogado é indispensável para a manutenção da justiça.
O advogado será intimado para todos os atos PESSOALMENTE ou por PUBLICA-
ÇÃO OFICIAL, respeitado o segredo de justiça.

Aos que necessitarem será prestada assistência judiciária integral e gratuita.

Nenhum adolescente a quem se atribua a prática de ato infracional, ainda que


ausente ou foragido, será processado sem defensor. Se não tiver defensor, ser-
-lhe-á nomeado pelo juiz, ressalvado o direito de, a todo tempo, constituir outro de
sua preferência, todavia a ausência do defensor não determinará o adiamento de
nenhum ato do processo, devendo o juiz nomear substituto, ainda que provisoria-
mente, ou para o só efeito do ato.

§ 3º Será dispensada a outorga de mandato, quando se tratar de defensor nomeado


ou, sido constituído, tiver sido indicado por ocasião de ato formal com a presença da
autoridade judiciária.

Questão 1    (2016/FGV/MPE-RJ/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO) Decretada


por sentença, pelo juiz da infância e da juventude, a destituição do poder familiar
em desfavor do genitor de uma criança, pretende ele recorrer dessa decisão. Nessa
hipótese, o recurso cabível é:
a) a apelação, interponível no prazo de dez dias, desprovida de efeito suspensivo;

b) a apelação, interponível no prazo de dez dias, dotada de efeitos devolutivo e

suspensivo;

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c) a apelação, interponível no prazo de quinze dias, desprovida de efeito suspen-

sivo;

d) a apelação, interponível no prazo de quinze dias, dotada de efeitos devolutivo e

suspensivo;

e) o agravo de instrumento, interponível no prazo de dez dias, desprovido de efeito

suspensivo.

Letra a.

b) Errada. A assertiva está ERRADA porque diz que a apelação será dotada de

efeito devolutivo e suspensivo, todavia, a Apelação, neste caso, é DESPROVIDA

do efeito suspensivo. Veja o comando legal: Art. 199-B, do Estatuto: “A sentença

que destituir ambos ou qualquer dos genitores do poder familiar FICA SUJEITA

A APELAÇÃO, QUE DEVERÁ SER RECEBIDA APENAS NO EFEITO DEVOLUTI-

VO”.

c) Errada. A assertiva está ERRADA porque diz que o recurso de apelação terá pra-

zo de 15 dias conforme o Código de Processo Civil, contudo, o estatuto da Criança

e do Adolescente afirma que o prazo será de 10 dias, conforme estabelecido no

Estatuto artigo 198, II: “Nos procedimentos afetos à Justiça da Infância e da Juven-

tude, inclusive os relativos à execução das medidas socioeducativas, adotar-se-á

o sistema recursal da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo

Civil), com as seguintes adaptações:

[...]
II – em todos os recursos, salvo nos embargos de declaração, o prazo para o Ministério
Público e para a defesa será sempre de 10 (DEZ) DIAS;

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d) Errada. A assertiva está ERRADA porque diz que o recurso de apelação terá pra-

zo de 15 dias conforme o Código de Processo Civil, contudo, o estatuto da Criança e

do Adolescente afiram que o prazo será de 10 dias, ademais neste caso, a apelação

é desprovida do efeito suspensivo.

e) Errada. A assertiva está ERRADA porque das sentenças o recurso cabível é o

de Apelação.

Será cabível Agravo de instrumento das decisões interlocutórias.

3.6. Das Garantias Processuais

Como dito alhures o principio do devido processo legal desse ser observado, de

modo que nenhum adolescente será privado de sua liberdade, sem observância de

tal princípio.

Sobre as garantis processuais, o Estatuto, em seu artigo 111, garante:

Art. 111. São asseguradas ao adolescente, entre outras, as seguintes garantias:


I – pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, mediante citação ou
meio equivalente;
II – igualdade na relação processual, podendo confrontar-se com vítimas e testemunhas
e produzir todas as provas necessárias à sua defesa;
III – defesa técnica por advogado;
IV – assistência judiciária gratuita e integral aos necessitados, na forma da lei;
V – direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade competente;
VI – direito de solicitar a presença de seus pais ou responsável em qualquer fase do
procedimento.

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4. Do Conselho Tutelar
O Conselho Tutelar é ÓRGÃO PERMANENTE e AUTÔNOMO, NÃO JURISDI-

CIONAL, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da

criança e do adolescente (Art. 131, Estatuto). O processo para escolha dos conse-

lheiros é estabelecido em lei municipal e realizado sob responsabilidade do Conse-

lho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e fiscalizado pelo Ministério

Público (Art. 139, estatuto).

O artigo 132, do Estatuto determina que haverá, no mínimo 01 Conselho Tutelar

em cada município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal.

4.1. Da Composição do Conselho Tutelar

Da composição do Conselho tutelar

Quantidade de membros 05 (cinco)

Forma de escola dos membros Eleição local, voto facultativo.

Mandato 04 anos

Recondução 01 mediante novo processo de escolha

Remuneração Será disposto por lei municipal ou distrital.

Título do membro eleito Conselheiro

O exercício efetivo da função de Conselheiro constituirá serviço público relevante e esta-


belecerá presunção de idoneidade moral (Art. 135, Estatuto)

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São IMPEDIDOS de servir no mesmo conselho:


Marido e Mulher;
Ascendente e descendente,
Sogro e genro ou nora
Cunhados durante o cunhadio;
Tio e sobrinho;
Padrasto ou Madrasta
Enteado
Obs.: Estende-se o impedimento do conselheiro, em relação à autoridade judiciária e ao repre-
sentante do Ministério Público com atuação na Justiça da Infância e da Juventude, em exercício na
comarca, foro regional ou distrital. (Art. 140, Estatuto)

Os candidatos ao Conselho Tutelar são exigidos os seguintes requisitos:

• Reconhecida Idoneidade Moral;

• Idade superior a 21 anos;

• Residir no município.

Os membros eleitos ao Conselho Tutelar terão os seguintes direitos:

• Cobertura previdenciária;

• Gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de 1/3 (um terço) do valor da

remuneração mensal;

• Licença-Maternidade;

• Licença-Paternidade;

• Gratificação Natalina.

Para a escolha dos membros do Conselho Tutelar, o processo de eleição será

realizado sob a responsabilidade do Conselho Municipal dos direitos da Criança e do

Adolescente, e fiscalizado PELO Ministério Público.

O processo de escolha será a cada 04 anos, no primeiro domingo do mês de

outubro e a posse do conselheiro será dia 10 de janeiro do ano subsequente ao

processo de escolha.

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4.2. Das Atribuições do Conselho


• Atender as crianças e adolescentes nas hipóteses:

Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis sempre que


os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados:
I – por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;
II – por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável;
III – em razão de sua conduta.

E nas hipóteses:

Ao ato infracional praticado por criança corresponderão às medidas previstas no

art. 101.

Em ambas as hipóteses, as medidas a serem aplicadas serão:

I – encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade;


II – orientação, apoio e acompanhamento temporários;
III  – matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino funda-
mental;
IV  – inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à  criança e ao
adolescente;
IV  – inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e
promoção da família, da criança e do adolescente;
V – requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar
ou ambulatorial;
VI – inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a
alcoólatras e toxicômanos;
VII – acolhimento institucional

• Atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas

no art. 129, I a VII, ou seja:

I – encaminhamento a serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio


e promoção da família;
II – inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a
alcoólatras e toxicômanos;
III – encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;
IV – encaminhamento a cursos ou programas de orientação;

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V – obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua frequência e aproveita-


mento escolar;
VI – obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento especializado;
VII – advertência;
VIII – perda da guarda;

• Promover a execução de suas decisões, podendo para tanto:

a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdên-
cia, trabalho e segurança;
b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado
de suas deliberações.

• Encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração admi-

nistrativa ou penal contra os direitos da criança ou adolescente;

• Encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência;

• Providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as pre-

vistas no art. 101, de I a VI, para o adolescente autor de ato infracional;

• Expedir notificações;

• Requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quan-

do necessário;

• Assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária

para planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adoles-

cente;

• Representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos

previstos no art. 220, § 3º, inciso II, da Constituição Federal ;

• Representar ao Ministério Público, para efeito das ações de perda ou suspen-

são do pátrio poder;

• Representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspen-

são do poder familiar, após esgotadas as possibilidades de manutenção da

criança ou do adolescente junto à família natural;

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• Promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de

divulgação e treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos

em crianças e adolescentes.

Questão 2    (2014/FGV/TJ-RJ/ANALISTA JUDICIÁRIO) O Conselho Tutelar tem

como uma de suas atribuições:

a) colocação em família substituta;

b) afastar a criança ou adolescente, vítima de abuso sexual, do convívio familiar;

c) suspender, preventivamente, o poder familiar;

d) requisitar tratamento médico;

e) decretar a perda da guarda.

Letra d.

As atribuições do Conselho Tutelar estão previstas no artigo 136 do Estatuto, do

seguinte modo:

São atribuições do Conselho Tutelar:


I – atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, apli-
cando as medidas previstas no art. 101, I a VII;
II – atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no
art. 129, I a VII;
III – promover a execução de suas decisões, podendo para tanto:
a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, pre-
vidência, trabalho e segurança;
b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado
de suas deliberações.
IV – encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administra-
tiva ou penal contra os direitos da criança ou adolescente;
V – encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência;

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VI – providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas


no art. 101, de I a VI, para o adolescente autor de ato infracional;
VII – expedir notificações;
VIII – requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando
necessário;
IX – assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para
planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente;
X – representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previs-
tos no art. 220, § 3º, inciso II, da Constituição Federal;
XI – representar ao Ministério Público, para efeito das ações de perda ou suspensão do
pátrio poder.
XI – representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do
poder familiar, após esgotadas as possibilidades de manutenção da criança ou do ado-
lescente junto à família natural.
XII – promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de divul-
gação e treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças e
adolescentes.

De modo que as assertivas relacionadas como possíveis gabaritos, tem-se somente

a “d”, que encontra amparo no artigo 136, III, a, do Estatuto. As demais hipóteses

do exercício são de competência da autoridade judiciária

Se, no exercício de suas atribuições, o Conselho Tutelar entender necessário o

afastamento do convívio familiar, comunicará incontinenti o fato ao Ministério Pú-

blico, prestando-lhe informações sobre os motivos de tal entendimento e as provi-

dências tomadas para a orientação, o apoio e a promoção social da família.

A competência do Conselho Tutelar é determinada da seguinte forma:

• Domicílio dos pais ou responsáveis;

• Local onde se encontre a criança ou adolescente, à falta dos pais ou respon-

sável.

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RESUMO
• Dos princípios:

− Prioridade Absoluta;

− Princípio do contraditório;

− Princípio da investidura;

− Princípio do devido processo legal;

− Princípio da igualdade;

− Princípio do Acesso a Justiça;

− Princípio do promotor natural

− Princípio da Publicidade;

− Princípio do duplo grau de jurisdição.

• Algumas das competências da Justiça da Infância e da Juventude:

− Conhecer de representações promovidas pelo Ministério Público, para apu-

ração de ato infracional atribuído a adolescente, aplicando as medidas ca-

bíveis;

− conceder a remissão, como forma de suspensão ou extinção do processo;

− conhecer de pedidos de adoção e seus incidentes;

− conhecer de ações civis fundadas em interesses individuais, difusos ou co-

letivos afetos à criança e ao adolescente, observado o disposto no art. 209;

− aplicar penalidades administrativas nos casos de infrações contra norma de

proteção à criança ou adolescente;

− conhecer de casos encaminhados pelo Conselho Tutelar, aplicando as me-

didas cabíveis.

− conhecer de pedidos de guarda e tutela;

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− conhecer de ações de destituição do poder familiar, perda ou modificação

da tutela ou guarda;

− suprir a capacidade ou o consentimento para o casamento;

− conhecer de pedidos baseados em discordância paterna ou materna, em

relação ao exercício do poder familiar;

− conceder a emancipação, nos termos da lei civil, quando faltarem os pais;

− designar curador especial em casos de apresentação de queixa ou repre-

sentação, ou de outros procedimentos judiciais ou extrajudiciais em que

haja interesses de criança ou adolescente;

− conhecer de ações de alimentos;

− determinar o cancelamento, a retificação e o suprimento dos registros de

nascimento e óbito.

Compete ainda à autoridade judiciária através de: PORTARIA OU ALVARÁ


A entrada e permanência de criança ou adolescente, desacompanhado dos pais ou res-
ponsável, em:
a) estádio, ginásio e campo desportivo;
b) bailes ou promoções dançantes;
c) boate ou congêneres;
d) casa que explore comercialmente diversões eletrônicas;
e) estúdios cinematográficos, de teatro, rádio e televisão;
II – a participação de criança e adolescente em:
a) espetáculos públicos e seus ensaios;
b) certames de beleza.
Em tais casos, a autoridade judiciária levará em conta:
a) os princípios desta Lei;
b) as peculiaridades locais;
c) a existência de instalações adequadas;
d) o tipo de frequência habitual ao local;
e) a adequação do ambiente a eventual participação ou frequência de crianças e adoles-
centes;
f) a natureza do espetáculo.

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• Dos procedimentos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente:

− Previsão de normas processuais;

− Previsão de normas procedimentais específicas;

− Nos processos, que tramitam na Vara da Infância e Juventude aplicar-se-á

em CARÁTER SUBSIDIÁRIO o Código de Processo Civil.

− Processos e procedimentos que envolvem criança e/ou adolescente GOZAM

DE PRIORIDADE ABSOLUTA.

− Sobre prazos, dos processos que tramitam na Vara da Infância e Juventude

importante registrar as seguintes regras:

Prazos Civis Prazos não civis


Contados em DIAS CORRIDOS Contados em DIAS CORRIDOS
Ação civil Pública, prazo contado em dias úteis.
Prazo do MP e da Fazenda Pública: SIMPLES
Prazo da Defensoria: DOBRO

• Do órgão do Ministério Público:

− No exercício de suas funções, terá livre acesso a todo local onde se encon-

tre criança ou adolescente;

− Será responsável pelo uso indevido das informações e documentos que re-

quisitar, nas hipóteses legais de sigilo;

− Nos processos e procedimentos em que não for parte, atuará obrigatoria-

mente o Ministério Público na defesa dos direitos e interesses de que cuida

esta Lei, hipótese em que terá vista dos autos depois das partes, podendo

juntar documentos e requerer diligências, usando os recursos cabíveis;

− A intimação do Ministério Público, em qualquer caso, será feita pessoal-

mente.

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− A falta de intervenção do Ministério Público acarreta a nulidade do feito,

que será declarada de ofício pelo juiz ou a requerimento de qualquer inte-

ressado.

− As manifestações processuais do representante do Ministério Público deve-

rão ser fundamentadas

• Compete ao Ministério Público:

− I – conceder a remissão como forma de exclusão do processo;

− II – promover e acompanhar os procedimentos relativos às infrações atri-

buídas a adolescentes;

− III – promover e acompanhar as ações de alimentos e os procedimentos de

suspensão e destituição do poder familiar, nomeação e remoção de tutores,

curadores e guardiães, bem como oficiar em todos os demais procedimen-

tos da competência da Justiça da Infância e da Juventude;

− IV – promover, de ofício ou por solicitação dos interessados, a especiali-

zação e a inscrição de hipoteca legal e a prestação de contas dos tutores,

curadores e quaisquer administradores de bens de crianças e adolescentes

nas hipóteses do art. 98;

− V – promover o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção dos

interesses individuais, difusos ou coletivos relativos à infância e à adoles-

cência, inclusive os definidos no art.  220, §  3º inciso II, da Constituição

Federal;

− VI – instaurar procedimentos administrativos e, para instruí-los:

o a) expedir notificações para colher depoimentos ou esclarecimentos e,

em caso de não comparecimento injustificado, requisitar condução coer-

citiva, inclusive pela polícia civil ou militar;

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o b) requisitar informações, exames, perícias e documentos de autorida-

des municipais, estaduais e federais, da administração direta ou indireta,

bem como promover inspeções e diligências investigatórias;

o c) requisitar informações e documentos a particulares e instituições pri-

vadas;

− VII – instaurar sindicâncias, requisitar diligências investigatórias e deter-

minar a instauração de inquérito policial, para apuração de ilícitos ou infra-

ções às normas de proteção à infância e à juventude;

− VIII – zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais assegurados

às crianças e adolescentes, promovendo as medidas judiciais e extrajudi-

ciais cabíveis

− IX – impetrar mandado de segurança, de injunção e habeas corpus, em

qualquer juízo, instância ou tribunal, na defesa dos interesses sociais e in-

dividuais indisponíveis afetos à criança e ao adolescente;

− X – representar ao juízo visando à aplicação de penalidade por infrações

cometidas contra as normas de proteção à infância e à juventude, sem

prejuízo da promoção da responsabilidade civil e penal do infrator, quando

cabível;

− XI – inspecionar as entidades públicas e particulares de atendimento e os

programas de que trata esta Lei, adotando de pronto as medidas adminis-

trativas ou judiciais necessárias à remoção de irregularidades porventura

verificadas;

− XII – requisitar força policial, bem como a colaboração dos serviços médi-

cos, hospitalares, educacionais e de assistência social, públicos ou priva-

dos, para o desempenho de suas atribuições.

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• Do Conselho Tutelar:

− Órgão

− Permanente

− Autônomo

− Não Jurisdicional

− 01 Conselho Tutela em cada município ou Região Administrativa do Distrito

Federal.

− Da composição do Conselho Tutelar:

Da composição do Conselho tutelar

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Forma de escola dos membros Eleição local, voto facultativo.

Mandato 04 anos

Recondução 01 mediante novo processo de escolha

Remuneração Será disposto por lei municipal ou distrital.

Título do membro eleito Conselheiro

O exercício efetivo da função de Conselheiro constituirá serviço público relevante e esta-


belecerá presunção de idoneidade moral (Art. 135, Estatuto)
São IMPEDIDOS de servir no mesmo conselho:
Marido e Mulher;
Ascendente e descendente,
Sogro e genro ou nora
Cunhados durante o cunhadio;
Tio e sobrinho;
Padrasto ou Madrasta
Enteado
Obs.: Estende-se o impedimento do conselheiro, em relação à autoridade judiciária e ao repre-
sentante do Ministério Público com atuação na Justiça da Infância e da Juventude, em exercício na
comarca, foro regional ou distrital. (Art. 140, Estatuto)

• Requisitos para ser conselheiro:

− Reconhecida idoneidade moral;

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− Idade superior a 21 anos;

− Residir no Município.

• Direitos dos conselheiros eleitos:

− Cobertura previdenciária;

− Gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de 1/3 (um terço) do valor

da remuneração mensal;

− Licença-Maternidade;

− Licença-paternidade;

− Gratificação Natalina.

• Atribuições do Conselho:

− Atender as crianças e adolescentes nas hipóteses:

Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis sempre que


os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados:
I – por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;
II – por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável;
III – em razão de sua conduta.

E nas hipóteses:

Ao ato infracional praticado por criança corresponderão às medidas previstas no

art. 101.

Em ambas as hipóteses, as medidas a serem aplicadas serão:

I – encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade;


II – orientação, apoio e acompanhamento temporários;
III  – matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino funda-
mental;
IV  – inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à  criança e ao
adolescente;
IV  – inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e
promoção da família, da criança e do adolescente;
V – requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar
ou ambulatorial;

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VI – inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a


alcoólatras e toxicômanos;
VII – acolhimento institucional

− Atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previs-

tas no art. 129, I a VII, ou seja:

I – encaminhamento a serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio


e promoção da família;
II – inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a
alcoólatras e toxicômanos;
III – encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;
IV – encaminhamento a cursos ou programas de orientação;
V – obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua frequência e aproveita-
mento escolar;
VI – obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento especializado;
VII – advertência;
VIII – perda da guarda;

− Promover a execução de suas decisões, podendo para tanto:

a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdên-
cia, trabalho e segurança;
b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado
de suas deliberações.

− Encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração ad-

ministrativa ou penal contra os direitos da criança ou adolescente;

− Encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência;

− Providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as

previstas no art. 101, de I a VI, para o adolescente autor de ato infracional;

− Expedir notificações;

− Requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente

quando necessário;

− Assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentá-

ria para planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do

adolescente;

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Competência, Procedimentos do Estatuto da Criança e do Adolescente.
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− Representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direi-

tos previstos no art. 220, § 3º, inciso II, da Constituição Federal ;

− Representar ao Ministério Público, para efeito das ações de perda ou sus-

pensão do pátrio poder;

− Representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou sus-

pensão do poder familiar, após esgotadas as possibilidades de manutenção

da criança ou do adolescente junto à família natural;

− Promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de

divulgação e treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus-tra-

tos em crianças e adolescentes.

• Da competência:

− as varas da infância e juventude NÃO SÃO INTEGRANTES DA DENOMINADA

JUSTIÇA ESPECIALIZADA;

− as varas da infância e juventude são integrantes da ESPECIALIZAÇÃO DA

JUSTIÇA COMUM;

− A COMPETÊNCIA RELATIVA está estabelecida no artigo 147 e diz:

I – pelo domicílio dos pais ou responsável;


II – pelo lugar onde se encontre a criança ou adolescente, à falta dos pais ou respon-
sável.
§ 1º. Nos casos de ato infracional, será competente a autoridade do lugar da ação ou
omissão, observadas as regras de conexão, continência e prevenção.
§ 2º A execução das medidas poderá ser delegada à autoridade competente da residên-
cia dos pais ou responsável, ou do local onde sediar-se a entidade que abrigar a criança
ou adolescente.
§ 3º Em caso de infração cometida através de transmissão simultânea de rádio ou tele-
visão, que atinja mais de uma comarca, será competente, para aplicação da penalidade,
a autoridade judiciária do local da sede estadual da emissora ou rede, tendo a sentença
eficácia para todas as transmissoras ou retransmissoras do respectivo estado.

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 Obs.: A competência relativa, se não for arguida no momento processual oportuno

ela será prorrogada, ou seja, o juízo que recebeu a demanda será compe-

tente para julgá-la.

− A COMPETÊNCIA ABSOLUTA está prevista no artigo 148 que determina:

A Justiça da Infância e da Juventude é competente para:


I – conhecer de representações promovidas pelo Ministério Público, para apuração de
ato infracional atribuído a adolescente, aplicando as medidas cabíveis;
II – conceder a remissão, como forma de suspensão ou extinção do processo;
III – conhecer de pedidos de adoção e seus incidentes;
IV – conhecer de ações civis fundadas em interesses individuais, difusos ou coletivos
afetos à criança e ao adolescente, observado o disposto no art. 209;
V – conhecer de ações decorrentes de irregularidades em entidades de atendimento,
aplicando as medidas cabíveis;
VI – aplicar penalidades administrativas nos casos de infrações contra norma de prote-
ção à criança ou adolescente;
VII – conhecer de casos encaminhados pelo Conselho Tutelar, aplicando as medidas
cabíveis.
Por sua vez, o parágrafo único estabelece:
Quando se tratar de criança ou adolescente nas hipóteses do art. 98, é também compe-
tente a Justiça da Infância e da Juventude para o fim de:
a) conhecer de pedidos de guarda e tutela;
b) conhecer de ações de destituição do poder familiar, perda ou modificação da tutela
ou guarda;
c) suprir a capacidade ou o consentimento para o casamento;
d) conhecer de pedidos baseados em discordância paterna ou materna, em relação ao
exercício do poder familiar;
e) conceder a emancipação, nos termos da lei civil, quando faltarem os pais;
f) designar curador especial em casos de apresentação de queixa ou representação, ou
de outros procedimentos judiciais ou extrajudiciais em que haja interesses de criança
ou adolescente;
g) conhecer de ações de alimentos;
h) determinar o cancelamento, a retificação e o suprimento dos registros de nascimento
e óbito.

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• Dos recursos:

Da sentença, Recurso de Apelação


Fundamento Sentença que... Efeitos Recurso Efeitos do
legal cabível recurso
Art. 199-A Deferir a adoção Produz efeito APELAÇÃO Devolutivo
desde logo
Art. 199-B Destituir ambos ou qualquer dos APELAÇÃO Devolutivo
genitores do poder familiar
Observações:
Os recursos nos procedimentos de adoção e de destituição de poder familiar serão processados
com prioridade absoluta, devendo ser imediatamente distribuídos, ficando vedado que aguar-
dem, em qualquer situação, oportuna distribuição, e serão colocados em mesa para julga-
mento SEM REVISÃO e com parecer urgente do Ministério Público (Art. 199-C);
O relator deverá colocar o processo em mesa para julgamento no prazo máximo de 60 (ses-
senta) dias, contado da sua conclusão (Art. 199, D)
O Ministério Público será intimado da data do julgamento e poderá na sessão, se entender neces-
sário, apresentar oralmente seu parecer;
O Ministério Público poderá requerer a instauração de procedimento para apuração de responsabi-
lidades se constatar o descumprimento das providências e do prazo previstos nesses artigos.

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1    (2019/CS-UFG/IF GOIANO/ASSISTENTE DE ALUNOS) Nas escolas

brasileiras, estudantes vivenciam a violência sexual no âmbito da família e trazem

essas experiências para o ambiente escolar. De acordo com o Estatuto da Criança

e do Adolescente (Lei n. 8.069/1990), Artigo 245, cabe ao professor e demais pro-

fissionais das redes públicas e particulares de ensino, em casos dessa natureza:

a) comunicar às autoridades competentes qualquer suspeita de violência ou maus-

-tratos contra estudantes com menos de 18 anos.

b) encaminhar os estudantes para centros de acolhida, onde serão ouvidos por

equipe multidisciplinar.

c) preservar a imagem da criança e do adolescente e o respeito à inviolabilidade da

integridade física, psíquica e moral.

d) promover campanhas educativas permanentes para a divulgação do direito da

criança e do adolescente de serem educados e cuidados sem o uso de castigo físico.

Questão 2    (2014/CS-UFG/IF-GO/ASSISTENTE DE ALUNOS) Em caso de suspei-

ta ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente, deve-se obrigato-

riamente comunicar o fato ao

a) Conselho Tutelar.

b) Conselho da Escola.

c) Conselho Municipal de Educação.

d) Conselho da Associação de Moradores do Bairro.

Questão 3    (2014/CS-UFG/IF-GO/ASSISTENTE DE ALUNOS) O Estatuto da Crian-

ça e do Adolescente define as atribuições do Conselho Tutelar, entre as quais des-

taca-se a seguinte:

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a) promover ações de conscientização da família e da escola sobre a necessidade

de medidas punitivas mais severas para combater práticas de infração de adoles-

centes.

b) assessorar o Poder Judiciário na elaboração da proposta psicopedagógica de

atendimento dos direitos da criança e do adolescente.

c) representar ao Ministério da Cultura as ações de perda ou suspensão do poder

familiar, em casos de crianças ou adolescente adotivos.

d) encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração adminis-

trativa ou penal contra os direitos da criança ou do adolescente.

Questão 4    (2014/CS-UFG/DPE-GO/DEFENSOR PÚBLICO) A Lei n. 8.069/1990

garante o acesso de toda criança ou adolescente à Defensoria Pública, ao Ministério

Público e ao Poder Judiciário, por qualquer de seus órgãos, sendo que:

a) os menores de 16 anos serão assistidos e os maiores de 16 e menores de 21

anos representados por seus pais, tutores ou curadores, na forma da legislação civil

e processual.

b) a divulgação de atos judiciais e policiais é vedada, ressalvados os atos admi-

nistrativos, que digam respeito à criança e ao adolescente, a que se atribua ato

infracional

c) as ações judiciais da competência da Justiça da Infância e da Juventude são

isentas de custas e emolumentos, ressalvada a hipótese da litigância de má-fé

d) o juiz dará vista dos autos ao Ministério Publico, que atuará como curador espe-

cial, sempre que os interesses destes colidirem com os de seus pais ou com os do

responsável.

e) a notícia de ato infracional poderá identificar o adolescente, se a fotografia,

o nome ou apelido, a filiação e o parentesco forem autorizados pelos familiares.

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Questão 5    (2014/CS-UFG/DPE-GO/DEFENSOR PÚBLICO) Em relação aos conse-

lhos estaduais e municipais dos direitos da criança e do adolescente, às entidades

governamentais e não governamentais e aos conselhos tutelares entende-se que:

a) a função de membro do conselho nacional e dos conselhos estaduais e muni-

cipais dos direitos da criança e do adolescente é considerada de interesse público

relevante e está isenta de remuneração.

b) as entidades governamentais são dispensadas de proceder à inscrição de seus

programas, especificando os regimes de atendimento junto ao conselho municipal

dos direitos da criança.

c) os conselhos tutelares são órgãos temporários e subordinados, encarregados

pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente,

definidos no texto constitucional

d) o funcionamento das entidades não governamentais é condicionado ao registro

junto ao conselho estadual dos direitos da criança e do adolescente, que comuni-

cará ao conselho tutelar esse registro.

e) a lei orçamentária estadual deverá prever os recursos necessários ao funciona-

mento dos conselhos tutelares e de sua respectiva estruturação material e peda-

gógica.

Questão 6    (2014/FGV/TJ-RJ/ANALISTA JUDICIÁRIO) O Conselho Tutelar tem

como uma de suas atribuições:

a) colocação em família substituta;

b) afastar a criança ou adolescente, vítima de abuso sexual, do convívio familiar;

c) suspender, preventivamente, o poder familiar;

d) requisitar tratamento médico;

e) decretar a perda da guarda.

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Questão 7    (2015/FGV/TJ-RO/ASSISTENTE SOCIAL) A fim de garantir a proteção

integral à criança e ao adolescente, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)

cria o Conselho Tutelar, ao qual compete:

a) estabelecer políticas de atendimento e acompanhamento psicossocial às famílias

de crianças e adolescentes em conflito com a lei;

b) substituir os pais na presença do juiz, particularmente no que diz respeito à ad-

ministração da vida da criança ou do adolescente;

c) zelar pelo cumprimento, avaliação e formulação de projetos constantes nas me-

didas socioeducativas em caráter permanente;

d) assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para

planos e programas de atendimento aos direitos da criança e do adolescente;

e) fiscalizar as entidades filantrópicas de assistência à criança e ao adolescente,

principalmente aquelas que possuem regime de internato.

Questão 8    (2014/FGV/TJ-RJ/ANALISTA JUDICIÁRIO) Quanto aos membros do

Conselho Tutelar, é correto afirmar que:

a) são escolhidos pelo Juiz de Direito;

b) são escolhidos pelo Prefeito, já que se trata de uma entidade municipal;

c) têm direito a prisão especial, em caso de crime, até o julgamento definitivo;

d) seu exercício estabelece presunção de idoneidade moral;

e) não podem ser remunerados, já que se trata de serviço voluntário.

Questão 9    (2015/FGV/DPE-MT/PSICÓLOGO) O Conselho Tutelar da comarca X,

no curso do acompanhamento de 2 anos à família do infante Gustavo, 10 anos,

representou judicialmente em face dos genitores do menino, pois o casal não ma-

triculou, sem qualquer justificativa, o filho na rede escolar, apesar de várias reco-

mendações do Conselho Tutelar nesse sentido.

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Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, assinale a afirmativa correta.

a) O Conselho Tutelar agiu equivocadamente, pois é ação privativa do Ministério

Público representar ao Juízo visando à aplicação de penalidades por infrações co-

metidas contra as normas de proteção à infância e à juventude.

b) O Conselho Tutelar agiu corretamente, podendo representar junto à autoridade

judiciária nos casos de descumprimento injustificado de suas deliberações.

c) O Conselho Tutelar não agiu corretamente, pois é da competência da Secretaria

Municipal de Educação representar junto ao Juízo da Infância pelo absenteísmo e

falta de matrícula escolar.

d) O Conselho Tutelar agiu acertadamente, pois é de sua competência privativa

zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais assegurados às crianças e

adolescentes, promovendo as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis.

e) O Conselho Tutelar não agiu corretamente, pois a falta de matrícula escolar não

é motivo suficiente para início de processo judicial contra a família.

Questão 10    (2015/FGV/DPE-RO/ANALISTA DA DEFENSORIA PÚBLICA) Quanto

à interposição de recurso no âmbito da Lei n. 8.069/1990, é correto afirmar que:

a) são distribuídos mediante preparo;

b) o prazo para a interposição, inclusive nos embargos de declaração, tanto para o

Ministério Público quanto para a defesa, será sempre de 10 dias;

c) a apresentação do parecer recursal pelo representante do Ministério Público de-

verá ocorrer sempre antes da sessão de julgamento;

d) os recursos dispensarão revisor;

e) a apelação contra a sentença que destituir ambos ou qualquer dos genitores

do poder familiar deverá ser recebida tanto no efeito devolutivo quanto no efeito

suspensivo.

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Questão 11    (2018/FGV/MINISTÉRIO PÚBLICO DE ALAGOAS-AL/TÉCNICO EM

GESTÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL) A conselheira tutelar Marina acompanhou por

um ano a dinâmica familiar da pequena Giovana, de 2 anos. Diante do agravamen-

to dos maus tratos infligidos à criança, Marina representou ao Ministério Público

para que eventual ação de perda ou suspensão do poder familiar (DPF) fosse pro-

posta. Sobre o caso apresentado, consoante os preceitos contidos no ECA, assinale

a afirmativa correta.

a) A conselheira procedeu de forma equivocada, pois não lhe compete representar

nesses casos, cabendo exclusivamente ao Ministério Público avaliar a pertinência,

ou não, de eventual DPF.

b) A conselheira agiu errado, pois deveria ter encaminhado relatório circunstan-

ciado para a Defensoria Pública, que poderia iniciar ação de destituição frente a

família.

c) A conselheira procedeu erroneamente, pois deveria apresentar a dinâmica dire-

tamente ao advogado que atua no Conselho Tutelar, que proporia a DPF.

d) A conselheira agiu corretamente, pois uma das atribuições do Conselho Tutelar

é representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do

poder familiar.

e) A conselheira não atuou corretamente, pois o tempo de acompanhamento foi

muito curto, devendo ser concedido maior prazo para a família se reestruturar.

Questão 12    (2018/FGV/TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA-SC/OFI-

CIAL DA INFÂNCIA E JUVENTUDE) Oficial da Infância e Juventude encontra, em

uma banca de jornal, revista com material inadequado para crianças e adolescen-

tes, contendo na capa a foto de um homem e uma mulher em posição erótica, com

mensagem nitidamente pornográfica. O dono da banca de jornal alega que a revis-

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ta está exposta corretamente, já que lacrada e com a informação de que se trata

de material impróprio para crianças e adolescentes. Analisando o caso, conclui-se

que o Oficial da Infância e Juventude:

a) deverá lavrar auto de infração administrativa e apreender a revista;

b) não deverá agir, pois a revista está lacrada e com a advertência de material

impróprio;

c) deverá chamar a polícia, por se tratar de crime previsto no ECA;

d) deverá apenas acionar o Ministério Público, diante da ausência de previsão da

conduta no ECA;

e) deverá instaurar portaria para a apuração da irregularidade na banca de jornal.

Questão 13    (2018/FGV/TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA-SC/OFI-

CIAL DA INFÂNCIA E JUVENTUDE) Oficial da Infância e Juventude recebe denún-

cia de que Márcio e Marcelo, com 15 e 16 anos, que vivem na zona rural, estão

fora dos bancos escolares por opção dos pais, que preferem não os matricular na

rede regular de ensino, para que continuem a auxiliá-los em tempo integral com

a plantação de milho. O Oficial da Infância e Juventude presta toda a orientação e

apoio ao casal, mas os pais insistem que o melhor para os filhos é permanecer no

trabalho rural, pois já terminaram o ensino fundamental. Diante da negativa dos

pais, e com base nas atribuições do Oficial da Infância e Juventude previstas no

ECA, o procedimento a ser adotado é:

a) efetuar relatório à autoridade judicial;

b) comunicar o fato ao Ministério Público;

c) acionar o Conselho Tutelar;

d) registrar a ocorrência em sede policial;

e) lavrar auto de infração.

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Questão 14    (2009/FCC/DPE-MA/DEFENSOR PÚBLICO) Nas comarcas onde não

houver Conselho Tutelar instalado, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescen-

te, suas atribuições serão exercidas pelo (a)

a) Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

b) Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS).

c) autoridade judiciária.

d) Comissariado da Infância e Juventude.

e) Ministério Público.

Questão 15    (2012/FUJB/MPE-RJ/PROMOTOR DE JUSTIÇA) O Conselho Tutelar

do Município de Nova Iguaçu é procurado por Maria Moura da Graça Silva, mãe

da criança Maicon, de 04 anos de idade, a qual solicita a atuação do órgão para

colocar seu filho na entidade acolhedora (abrigo) municipal situada ao lado de sua

residência, pois precisa trabalhar e não tem com quem deixar o filho durante o dia.

O Conselho Tutelar, constatando a situação de penúria da genitora, aplica medida

protetiva de acolhimento institucional à criança e comunica o fato imediatamente

ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, que elabora a respectiva guia de acolhi-

mento. Sob a égide da legislação em vigor, como Promotor de Justiçada Infância e

Juventude, você deveria adotar a seguinte medida:

a) arquivar o expediente, submetendo o seu ato a controle pelo Conselho Superior

do Ministério Público; o Conselho Tutelar é um órgão democrático, eleito pelo povo,

possuindo ele legitimidade para atuar no caso. Não cabe ao Ministério Público con-

testar a atuação do conselheiro;

b) ajuizar revisão judicial da medida protetiva de acolhimento institucional, com

fulcro no artigo 137 da Lei n. 8.069/1990. O caso é de inserção da criança, que não

se encontra em situação de risco, em creche, durante o horário em que a genitora

se encontra em seu trabalho;

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c) determinar diretamente a revisão da decisão do Conselho Tutelar, com fulcro

no artigo 137 da Lei n. 8.069/1990. Para isso, deverá ser expedido um ofício ao

Conselho Tutelar determinando a inserção da criança, que não se encontra em si-

tuação de risco, em creche, durante o horário em que a genitora se encontra em

seu trabalho;

d) arquivar o expediente; a atuação do Conselho Tutelar foi acertada. A criança

encontra-se em situação de risco e a medida protetiva de acolhimento institucional

é a única possível para preservar o melhor interesse de Maicon, com fundamento

no Estatuto da Criança e do Adolescente. Além disso, o Conselho Tutelar possui

legitimidade, conferida pela lei, para aplicar medidas protetivas;

e) opinar favoravelmente a homologação da medida protetiva aplicada junto ao

Juízo da Infância e Juventude; a medida protetiva de acolhimento institucional foi

corretamente aplicada pelo Conselho Tutelar.

Questão 16    (2018/CESPE/DPE-PE/DEFENSOR PÚBLICO) No caso de criança de

seis anos de idade ser encontrada sozinha na rua, a primeira medida específica de

proteção a ser aplicada pelo conselho tutelar será

a) o encaminhamento da criança a entidade que mantenha programa de acolhi-

mento institucional, em decorrência natural da caracterização do abandono.

b) a inclusão da criança em serviço e programa oficial ou comunitário de proteção,

apoio e promoção da família e da criança.

c) a orientação, o apoio e o acompanhamento temporários.

d) a inclusão em programa de acolhimento familiar.

e) o encaminhamento da criança aos pais ou ao responsável, mediante termo de

responsabilidade.

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Questão 17    (2018/CESPE/TJ-CE/JUIZ SUBSTITUTO) De acordo com o ECA,

é atribuição dos conselhos tutelares

a) elaborar proposta orçamentária a fim de assegurar programas de atendimento

aos direitos da criança e do adolescente.

b) requisitar, diretamente, serviço público na área previdenciária, com o intuito de

promover a execução de suas decisões.

c) registrar ocorrência policial em defesa do interesse de menor em situação de

risco por fato que constitua infração penal contra os direitos da criança e do ado-

lescente.

d) representar, judicialmente, o interesse de menores nas ações de perda do poder

familiar depois de esgotadas as possibilidades de manutenção da criança junto à

família natural.

e) aplicar medida de destituição de tutela ao responsável legal dos tutelados que

estejam em situação de abandono e de extremo risco.

Questão 18    (2017/RBO/PREFEITURA DE PIRACICABA-SP/PROFESSOR DE EDU-

CAÇÃO FÍSICA) Todos os professores das Escolas da Rede Municipal de Piracicaba

foram alertados que deveriam cumprir à risca as determinações do Estatuto da

Criança e do Adolescente (ECA) e comunicar ao Conselho Tutelar

a) desacato aos dirigentes, professores e colaboradores da instituição.

b) mau comportamento e atitudes de bullying entre as crianças.

c) reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos

escolares.

d) elevados índices de notas baixas e falta de acesso à escola a crianças inclusivas.

e) negligência nos programas assistenciais dedicados às crianças e adolescentes.

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Questão 19    (2019/CESPE/TJ-PR/JUIZ SUBSTITUTO) De acordo com o ECA,

o conselho tutelar, ao tomar conhecimento de ameaça ou violação aos direitos de

crianças e adolescentes, é competente, em regra, para determinar a

a) inclusão da criança e(ou) do adolescente em programa oficial de proteção, apoio

e promoção da família, da criança e do adolescente.

b) destituição da tutela da criança e(ou) do adolescente.

c) inclusão da criança e(ou) do adolescente em programa de acolhimento familiar.

d) perda da guarda da criança e(ou) do adolescente.

Questão 20    (2019/MPE-SP/MPE-SP/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) As-

sinale a alternativa correta.

a) Os Conselhos Tutelares são órgãos permanentes, cujos membros cumprem

mandato de quatro anos, permitida uma recondução.

b) O Conselheiro Tutelar é agente público municipal, eleito dentre residentes desse

município, maiores de 18 anos e com reconhecida idoneidade moral.

c) Os Conselhos Tutelares são órgãos autônomos, com poder de requisição de ser-

viços públicos previstos em lei, mas suscetíveis de revisão jurisdicional.

d) Os Conselhos Tutelares, tais quais o Ministério Público e o Poder Judiciário, po-

dem fiscalizar entidades governamentais e não-governamentais responsáveis pela

execução de programas de proteção destinados a crianças e adolescentes, mas não

socioeducativas.

e) Os acolhimentos de crianças e adolescentes realizados pelo Conselho Tutelar,

nos limites do artigo 101 do Estatuto da Criança e do Adolescente, prescindem de

guia específica.

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Questão 21    (2010/FUNDEP/TJ-MG/COMISSÁRIO DA INFÂNCIA E DA JUVENTU-

DE) Em caso de suspeita de maus-tratos contra criança ou adolescente, segundo

o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n. 8.069/1990), deverá ser obrigato-

riamente comunicado(a)

a) o Conselho de Adoção.

b) o Conselho Tutelar.

c) a Defensoria Pública.

d) o Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente.

Questão 22    (2014/CESGRANRIO/CEFET-RJ/ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO)

Como é denominado o órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarre-

gado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do ado-

lescente definidos em lei?

a) Conselho Tutelar

b) Defensoria Pública

c) Juizado da Infância

d) Ministério Público

e) Vara de Família

Questão 23    (2018/VUNESP/TJ-MT/JUIZ SUBSTITUTO) Em relação ao Conselho

Tutelar, assinale a alternativa correta.

a) As decisões do Conselho Tutelar deverão ser revistas ex officio pela autoridade

judiciária.

b) O Conselho Tutelar é órgão transitório, vinculado ao Poder Judiciário, encarrega-

do de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente.

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c) Em cada município haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão

integrante da Administração Pública local, composto de 10 (dez) membros, esco-

lhidos pela população local para mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução.

d) São atribuições do Conselho Tutelar, dentre outras, promover a execução de


suas decisões, podendo para tanto expedir certidões de nascimento e de óbito de
criança ou adolescente quando necessário.
e) São impedidos de servir no mesmo Conselho, dentre outros, marido e mulher.

Questão 24    (2019/CEV-URCA/PREFEITURA DE MAURITI-CE/ASSISTENTE SO-


CIAL) De acordo com o artigo 56 do Estatuto da Criança e do Adolescente, os di-
rigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho
Tutelar os casos de:
I – Elevados níveis de repetência.
II – Maus-tratos envolvendo seus alunos.
III – Problema relacionado ao comportamento de seus alunos.
IV – Reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos
escolares.

Estão corretos os itens:


a) I, II e IV
b) I, II e III
c) II, III e IV
d) I, III e IV
e) I e III

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Questão 25    (2012/FCC/TRT 18ª REGIÃO-GO/JUIZ DO TRABALHO) Quanto aos


Conselhos Tutelares e de Direitos da Criança e do Adolescente, é  correto afir-
mar que:

a) em cada Município haverá no mínimo um Conselho Tutelar composto por repre-

sentantes da sociedade civil, por meio de organizações representativas, com man-

dato de três anos, permitida uma recondução.

b) é atribuição dos Conselhos Tutelares, dentre outras, a manutenção de fundos

municipais a eles vinculados, para a efetivação da política de atendimento.

c) cabe ao Conselho Tutelar representar em nome da pessoa ou da família contra

violação do direito de defesa contra propaganda que possa ser nociva.

d) o exercício da função de Conselheiro Tutelar se constitui em serviço público

relevante, de caráter não oneroso, e assegura prisão especial em caso de crime

comum, até o julgamento definitivo.

e) para a candidatura a membro do Conselho Tutelar serão exigidos os requisitos

de reconhecida idoneidade moral, idade superior a 18 anos e residir no município.

Questão 26    (2017/VUNESP/TJ-SP/JUIZ SUBSTITUTO) Compete ao Conselho Tu-

telar

a) exortar os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental à realização

de recenseamento periódico dos educandos.

b) promover a oitiva informal do adolescente apreendido em flagrante de ato infra-

cional e em seguida encaminhá-lo à autoridade policial competente.

c) receber as comunicações dos dirigentes de estabelecimento de ensino funda-

mental a respeito de maus-tratos envolvendo alunos e encaminhá-las ao Ministério

Público.

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d) colocar em família substituta a criança ou o adolescente que se encontre aban-

donado ou em situação de perigo.

Questão 27    (2017/CESPE/DPE-AL/DEFENSOR PÚBLICO) Paula, que é juíza na

vara da infância e juventude de determinado município e atua em parceria com o

conselho tutelar, é casada com o tio de Maria, que pretende exercer a função de

conselheira tutelar no município.

Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta, de acordo com as

normas do Estatuto da Criança e do Adolescente sobre impedimentos do conselhei-

ro tutelar.

a) O Estatuto da Criança e do Adolescente veda a nomeação para o mesmo con-

selho tutelar de parente colateral por afinidade até o terceiro grau, aplicando-se a

regra, portanto, a Paula e a Maria.

b) Prevalece o impedimento em relação a Maria, pois não há distinção entre paren-

tes consanguíneos ou afins após o casamento civil, aplicando-se a regra, portanto,

a Paula e a Maria.

c) A situação apresentada não constitui impedimento para Maria assumir o conse-

lho tutelar, não havendo justa causa para a negativa de posse, mas apenas para o

exercício da função em um mesmo atendimento que envolva Paula como juíza.

d) Há parentesco por afinidade entre Paula e Maria, o que configura impedimento

legal previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente.

e) O Estatuto da Criança e do Adolescente veda, tão somente, a nomeação para o

mesmo conselho tutelar de tio e sobrinho, não se aplicando a regra ao parentesco

entre Paula e Maria.

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Questão 28    (2013/COPS-UEL/AFPR/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) O proces-

so de escolha dos membros do Conselho Tutelar ocorrerá em data unificada, em

todo o território nacional, a cada:

a) 60 meses.

b) 48 meses

c) 36 meses.

d) 24 meses.

e) 12 meses.

Questão 29    (2013/COPS-UEL/SEAP-PR/AGENTE PENITENCIÁRIO) O Título VI

do Estatuto da Criança e do Adolescente versa sobre o acesso à Justiça. Em seu

Art. 142, dispõe que:

Os menores de dezesseis anos serão ________ e os maiores de dezesseis e me-

nores de vinte e um anos ________ por seus pais, tutores ou curadores, na for-

ma da legislação civil ou processual. Parágrafo único. A autoridade judiciária dará

________ à criança ou adolescente, sempre que os interesses destes colidirem

com os de seus pais ou responsável, ou quando carecer de ________ legal ainda

que eventual.

Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto.

a) assistidos, representados, curador especial, representação ou assistência.

b) assistidos, representados, representação ou assistência, curador especial.

c) representados, assistidos, curador especial, representação ou assistência.

d) representados, assistidos, representação ou assistência, curador especial.

e) representados ou assistidos, representados, representação ou assistência, cura-

dor especial.

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Questão 30    (2015/VUNESP/MPE-SP/ANALISTA DE PROMOTORIA) Disciplinando

a participação do Ministério Público como custos legis, é correto afirmar, nos ter-

mos do artigo 202 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que, “nos processos e

procedimentos em que não for parte,

a) o Ministério Público terá ciência de atos processuais, decisões interlocutórias e

sentenças antes do trânsito em julgado”.

b) o Ministério Público será citado e terá vista dos autos, pelo prazo de 5 (cinco)

dias, para extração de cópias reprográficas necessárias ao ajuizamento de ações

cíveis previstas no artigo 201 do mencionado diploma legal”.

c) o Ministério Público atuará obrigatoriamente na defesa dos direitos e interesses

de que cuida o mencionado diploma legal, hipótese em que terá vista dos autos

depois das partes, podendo juntar documentos e requerer diligências, usando os

recursos cabíveis”.

d) o Ministério Público será intimado de todos os atos processuais, o que permitirá

acesso a todo local onde se encontrem crianças e adolescentes”.

e) o Ministério Público será intimado e poderá fazer recomendações visando à me-

lhoria dos serviços públicos e de relevância pública afetos à criança e ao adolescen-

te, fixando prazo razoável para sua perfeita adequação”.

Questão 31    (2018/FUNDATEC/DPE-SC/TÉCNICO ADMINISTRATIVO) No Direito

Civil, é considerado absolutamente incapaz o menor de ____ anos, o qual deverá,

como regra geral, ser _________ nos seus atos da vida civil.

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do tre-

cho acima.

a) 21 – assistido

b) 18 – representado

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c) 18 – assistido

d) 16 – representado

e) 16 – assistido

Questão 32    (2019/PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO-RJ/PREFEITURA DE RIO

DE JANEIRO-RJ/AGENTE EDUCADOR) Considera-se criança, adolescente e adulto

as pessoas com as seguintes idades, respectivamente:

a) até 10 anos incompletos; de 10 anos a 18 anos; a partir de 18 anos

b) até 12 anos; de 12 anos a 21 anos; a partir de 21 anos

c) até 10 anos; de 10 anos a 21 anos; a partir de 21 anos

d) até 12 anos incompletos; de 12 anos a 18 anos; a partir de 18 anos.

Questão 33    (2017/UECE-CEV/SEAS-CE/ASSISTENTE SOCIAL) Nos casos ex-

pressos em lei, aplica-se, excepcionalmente, o ECA às pessoas que tenham ida-

de entre

a) 18 e 21 anos.

b) 21 e 24 anos.

c) 12 e 16 anos.

d) 12 e 14 anos.

Questão 34    (2018/UEM/UEM/ADVOGADO) Conforme estabelece expressamente

o Estatuto da Criança e do Adolescente, quem tem competência e em qual circuns-

tância as decisões do Conselho Tutelar poderão ser revistas?

a) O Ministério Público, a pedido de quem tenha legítimo interesse.

b) O Ministério Público, mediante requerimento ou representação de qualquer ci-

dadão.

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c) A Defensoria Pública, mediante requerimento ou representação de qualquer ci-

dadão.

d) A autoridade judiciária, mediante requerimento ou representação de qualquer

cidadão.

e) A autoridade judiciária, a pedido de quem tenha legítimo interesse.

Questão 35    (2013/COPS-UEL/AFPR/ADVOGADO) De acordo com o Estatuto da

Criança e do Adolescente (ECA), em seu Art. 133, para a candidatura a membro do

Conselho Tutelar, serão exigidos alguns requisitos. Sobre esses requisitos, conside-

re as afirmativas a seguir.

I – Residir no município.

II – Idade superior a vinte e um anos.

III – Ser pai ou mãe.

IV – Ser brasileiro de origem.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.

b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.

c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.

e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

Questão 36    (2015/AMEOSC/PREFEITURA DE SÃO MIGUEL D`OESTE-SC/AD-

VOGADO) Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, são atribuições do

Conselho Tutelar, exceto:

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a) Representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão

do poder familiar, após, esgotadas as possibilidades de manutenção da criança ou

do adolescente junto à família natural.

b) Julgar e determinar penas no caso de jovens infratores.

c) Requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando

necessário.

d) Expedir notificações.

Questão 37    (2014/IBFC/SEDS-MG/AGENTE DE SEGURANÇA SOCIOEDUCATI-

VO) Nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente, as entidades de atendi-

mento governamentais e não- governamentais NÃO serão fiscalizadas:

a) Pela Ordem dos Advogados do Brasil.

b) Pelo Poder Judiciário

c) Pelo Ministério Público.

d) Pelos Conselhos Tutelares.

Questão 38    (2019/INSTITUTO AOCP/PC-ES/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) À luz do

Estatuto da Criança e do Adolescente, assinale a alternativa que NÃO apresenta

uma garantia processual assegurada à criança e ao adolescente.

a) Assistência judiciária gratuita e integral, em caso de necessidade.

b) Defesa técnica por advogado.

c) Pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, mediante citação

ou meio equivalente.

d) Direito de ser ouvido pela autoridade competente, por meio de seus represen-

tantes legais.

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e) Direito de solicitar a presença de seus pais ou responsáveis em qualquer fase

do procedimento.

Questão 39    (2019/PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO-RJ/PREFEITURA DE RIO

DE JANEIRO-RJ/AGENTE EDUCADOR) Promover o inquérito civil e a ação civil

pública para a proteção dos direitos individuais, difusos ou coletivos inerentes à

infância e à adolescência compete:

a) ao Conselho Tutelar

b) ao Ministério Público

c) à autoridade policial

d) à Procuradoria Geral do Estado

Questão 40    (2015/FCC/TJ-PE/JUIZ SUBSTITUTO) É regra prevista no Estatuto

da Criança e do Adolescente, ao regular os recursos nos procedimentos afetos à

Justiça da Infância e da Juventude,

a) que, exceto no caso de apelação interposta contra sentença que aplica interna-

ção ao adolescente, está dispensada a figura do revisor.

b) que a apelação interposta em face de sentença que defere adoção e que decreta

a perda do poder familiar deve, em regra, ser recebida apenas no efeito devolutivo

c) o prazo de 15 dias para a interposição de todos os recursos, exceto o agravo de

instrumento e os embargos de declaração.

d) que se aplique o sistema recursal do Código de Processo Civil, exceto no proce-

dimento de execução de medida socioeducativa, que se rege pelas normas da Lei

de Execuções Penais

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e) a dispensa do parecer do Ministério Público em segundo grau quando se tratar

de apelação interposta contra sentença proferida em ação de destituição do poder

familiar cujo autor é o próprio Ministério Público.

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GABARITO
1. a 25. c

2. a 26. c

3. d 27. e

4. c 28. b

5. a 29. c

6. d 30. c

7. d 31. d

8. d 32. d

9. b 33. a

10. d 34. e

11. d 35. a

12. a 36. d

13. e 37. a

14. c 38. d

15. b 39. b

16. e 40. b

17. b

18. c

19. a

20. c

21. b

22. a

23. e

24. a

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QUESTÕES COMENTADAS
Questão 1    (2019/CS-UFG/IF GOIANO/ASSISTENTE DE ALUNOS) Nas escolas

brasileiras, estudantes vivenciam a violência sexual no âmbito da família e trazem

essas experiências para o ambiente escolar. De acordo com o Estatuto da Criança

e do Adolescente (Lei n. 8.069/1990), Artigo 245, cabe ao professor e demais pro-

fissionais das redes públicas e particulares de ensino, em casos dessa natureza:

a) comunicar às autoridades competentes qualquer suspeita de violência ou maus-

-tratos contra estudantes com menos de 18 anos.

b) encaminhar os estudantes para centros de acolhida, onde serão ouvidos por

equipe multidisciplinar.

c) preservar a imagem da criança e do adolescente e o respeito à inviolabilidade da

integridade física, psíquica e moral.

d) promover campanhas educativas permanentes para a divulgação do direito da

criança e do adolescente de serem educados e cuidados sem o uso de castigo físico.

Letra a.

A assertiva A está em perfeita consonância com o que está disposto no artigo 245

do Estatuto, a saber:

Deixar o médico, professor ou responsável por estabelecimento de atenção à saúde e


de ensino fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar à autoridade competente os
casos de que tenha conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de maus-tratos
contra criança ou adolescente:
Pena – multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de
reincidência.

Inclusive, a não observância deste dever é INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA, em razão

de tal fundamento legal, as demais assertivas tornam-se erradas por ausência de

amparo.

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Questão 2    (2014/CS-UFG/IF-GO/ASSISTENTE DE ALUNOS) Em caso de suspei-

ta ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente, deve-se obrigato-

riamente comunicar o fato ao

a) Conselho Tutelar.

b) Conselho da Escola.

c) Conselho Municipal de Educação.

d) Conselho da Associação de Moradores do Bairro.

Letra a.

A questão é simples, basta um artigo para respondê-la, no caso, o 13 do Estatuto

que assevera:

Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degra-


dante e de maus-tratos contra criança ou adolescente SERÃO OBRIGATORIAMEN-
TE COMUNICADOS AO CONSELHO TUTELAR DA RESPECTIVA LOCALIDADE, sem
prejuízo de outras providências legais.

Diante do exposto as demais assertivas se tornam ERRADAS.

Questão 3    (2014/CS-UFG/IF-GO/ASSISTENTE DE ALUNOS) O Estatuto da Crian-

ça e do Adolescente define as atribuições do Conselho Tutelar, entre as quais des-

taca-se a seguinte:

a) promover ações de conscientização da família e da escola sobre a necessidade

de medidas punitivas mais severas para combater práticas de infração de adoles-

centes.

b) assessorar o Poder Judiciário na elaboração da proposta psicopedagógica de

atendimento dos direitos da criança e do adolescente.

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c) representar ao Ministério da Cultura as ações de perda ou suspensão do poder

familiar, em casos de crianças ou adolescente adotivos.

d) encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração adminis-

trativa ou penal contra os direitos da criança ou do adolescente.

Letra d.

A assertiva correta é a D por expresso dispositivo legal. O artigo 136, IV, do Esta-

tuto estabelece as atribuições do Conselho Tutelar, o que vale toda transcrição para

que você possa reler o artigo:

São atribuições do Conselho Tutelar:


I – atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, apli-
cando as medidas previstas no art. 101, I a VII;
II – atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no
art. 129, I a VII;
III – promover a execução de suas decisões, podendo para tanto:
a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdên-
cia, trabalho e segurança;
b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado
de suas deliberações.
IV – encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administra-
tiva ou penal contra os direitos da criança ou adolescente;
V – encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência;
VI – providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas
no art. 101, de I a VI, para o adolescente autor de ato infracional;
VII – expedir notificações;
VIII – requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando
necessário;
IX – assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para
planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente;
X – representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previs-
tos no art. 220, § 3º, inciso II, da Constituição Federal ;
XI – representar ao Ministério Público, para efeito das ações de perda ou suspensão do
pátrio poder.
XI – representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do
poder familiar, após esgotadas as possibilidades de manutenção da criança ou do ado-
lescente junto à família natural.

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LEI N. 8.069/1990 (ECA)
Competência, Procedimentos do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Lei n. 12.010/2009
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As demais assertivas não estão no rol do artigo 136 o que fogem da atribuição do

Conselho Tutelar, por isso estão ERRADAS.

XII – promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de divul-


gação e treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças e
adolescentes.

Questão 4    (2014/CS-UFG/DPE-GO/DEFENSOR PÚBLICO) A Lei n. 8.069/1990

garante o acesso de toda criança ou adolescente à Defensoria Pública, ao Ministério

Público e ao Poder Judiciário, por qualquer de seus órgãos, sendo que:

a) os menores de 16 anos serão assistidos e os maiores de 16 e menores de 21

anos representados por seus pais, tutores ou curadores, na forma da legislação civil

e processual.

b) a divulgação de atos judiciais e policiais é vedada, ressalvados os atos admi-

nistrativos, que digam respeito à criança e ao adolescente, a que se atribua ato

infracional

c) as ações judiciais da competência da Justiça da Infância e da Juventude são

isentas de custas e emolumentos, ressalvada a hipótese da litigância de má-fé

d) o juiz dará vista dos autos ao Ministério Publico, que atuará como curador espe-

cial, sempre que os interesses destes colidirem com os de seus pais ou com os do

responsável.

e) a notícia de ato infracional poderá identificar o adolescente, se a fotografia,

o nome ou apelido, a filiação e o parentesco forem autorizados pelos familiares.

Letra c.

A assertiva A está ERRADA, vez que o artigo 142 do Estatuto determina:

Os menores de dezesseis anos serão representados e os maiores de dezesseis e me-


nores de vinte e um anos assistidos por seus pais, tutores ou curadores, na forma da
legislação civil ou processual”.

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Vale registrar que tal artigo, se harmoniza com o artigo 3º. Do Código Civil, que

determina:

São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores


de 16 (dezesseis) anos”.
Art. 4º, do Código Civil, que prevê: “São incapazes, relativamente a certos atos ou à
maneira de os exercer:
I – os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

Todavia, como o Estatuto da Criança e do Adolescente é aplicado em caráter ex-

cepcional a pessoas de até 21 anos, a teor do artigo 2º, parágrafo único da mesma

norma estabelece:

Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas

entre dezoito e vinte e um anos de idade.

Situação em que pessoas até os 21 anos serão assistidas, conforme descrito no

artigo 142 do Estatuto.

A assertiva B está ERRADA vez que está disposta em inobservância ao artigo 143

da Lei 8069/90, que diz: “É vedada a divulgação de atos judiciais, policiais e admi-

nistrativos que digam respeito a crianças e adolescentes a que se atribua autoria

de ato infracional”, assim a assertiva traz ressalvas, a lei não a permite.

A assertiva D está ERRADA, a teor do artigo 142, parágrafo do Estatuto, que de-

termina:

Parágrafo único. A autoridade judiciária dará curador especial à criança ou adolescen-


te, sempre que os interesses destes colidirem com os de seus pais ou responsável, ou
quando carecer de representação ou assistência legal ainda que eventual.

Assim a cópia de lei, não cita o Ministério Público como curador especial, por isso

a questão foi considerada ERRADA. E pela forma como esta banca caminha acho

prudente manter a literalidade da lei e neste momento, não abrir aso a discussões.

A assertiva E está ERRADA, vez que o artigo 143, parágrafo único, do Estatuto

determina que: “QUALQUER NOTÍCIA A RESPEITO DO FATO NÃO PODERÁ

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IDENTIFICAR A CRIANÇA OU ADOLESCENTE, vedando-se fotografia, referên-

cia a nome, apelido, filiação, parentesco, residência e, inclusive, iniciais do nome e

sobrenome”, e a assertiva afirma: a notícia de ato infracional poderá identificar o

adolescente [...]”.

E por fim, a assertiva C está CORRETA, pois está exatamente como o § 2º. Do arti-

go 141, do estatuto: “As ações judiciais da competência da Justiça da Infância e da

Juventude são isentas de custas e emolumentos, ressalvada a hipótese de litigância

de má-fé”.

Questão 5    (2014/CS-UFG/DPE-GO/DEFENSOR PÚBLICO) Em relação aos conse-

lhos estaduais e municipais dos direitos da criança e do adolescente, às entidades

governamentais e não governamentais e aos conselhos tutelares entende-se que:

a) a função de membro do conselho nacional e dos conselhos estaduais e muni-

cipais dos direitos da criança e do adolescente é considerada de interesse público

relevante e está isenta de remuneração.

b) as entidades governamentais são dispensadas de proceder à inscrição de seus

programas, especificando os regimes de atendimento junto ao conselho municipal

dos direitos da criança.

c) os conselhos tutelares são órgãos temporários e subordinados, encarregados

pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente,

definidos no texto constitucional

d) o funcionamento das entidades não governamentais é condicionado ao registro

junto ao conselho estadual dos direitos da criança e do adolescente, que comuni-

cará ao conselho tutelar esse registro.

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e) a lei orçamentária estadual deverá prever os recursos necessários ao funciona-

mento dos conselhos tutelares e de sua respectiva estruturação material e peda-

gógica.

Letra a.

A assertiva A está CORRETA por estar em perfeita identidade com o artigo 89 do

Estatuto:

A função de membro do conselho nacional e dos conselhos estaduais e municipais dos


direitos da criança e do adolescente é considerada de interesse público relevante e não
será remunerada.

A assertiva B está ERRADA, vez que o artigo 90 § 1º:

As entidades governamentais e não governamentais deverão proceder à inscri-


ção de seus programas, especificando os regimes de atendimento, na forma definida
neste artigo, no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, o qual
manterá registro das inscrições e de suas alterações, do que fará comunicação ao Con-
selho Tutelar e à autoridade judiciária”, e a assertiva apresenta dispensa a inscrição.

A assertiva C está ERRADA, porque o artigo 131 do Estatuto preconiza:

O Conselho Tutelar é órgão PERMANENTE E AUTÔNOMO, não jurisdicional, en-

carregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do

adolescente, definidos NESTA LEI.

E a assertiva:

Os conselhos tutelares são órgãos temporários e subordinados, encarregados pela so-


ciedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos
no texto constitucional.

A assertiva D está ERRADA, porque afirma que o funcionamento das entidades é

condicionado ao registro junto ao conselho estadual dos direitos da criança e ado-

lescente, TODAVIA, o artigo 91 do Estatuto determina:

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As entidades não-governamentais somente poderão funcionar DEPOIS DE REGISTRA-


DAS NO CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLES-
CENTE, o qual comunicará o registro ao Conselho Tutelar e à autoridade judiciária da
respectiva localidade.

A assertiva E está ERRADA porque o art. 134, Parágrafo único, do Estatuto deter-

mina:

Constará da lei orçamentária municipal e da do Distrito Federal previsão dos re-


cursos necessários ao funcionamento do Conselho Tutelar e à remuneração e formação
continuada dos conselheiros tutelares.

Enquanto a assertiva diz: “a lei orçamentária estadual deverá prever os recursos

necessários ao funcionamento dos conselhos tutelares e de sua respectiva estrutu-

ração material e pedagógica”.

Questão 6    (2014/FGV/TJ-RJ/ANALISTA JUDICIÁRIO) O Conselho Tutelar tem

como uma de suas atribuições:

a) colocação em família substituta;

b) afastar a criança ou adolescente, vítima de abuso sexual, do convívio familiar;

c) suspender, preventivamente, o poder familiar;

d) requisitar tratamento médico;

e) decretar a perda da guarda.

Letra d.

As atribuições do Conselho Tutelar estão previstas no artigo 136 do Estatuto, do

seguinte modo:

São atribuições do Conselho Tutelar:


I – atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, apli-
cando as medidas previstas no art. 101, I a VII;
II – atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no
art. 129, I a VII;
III – promover a execução de suas decisões, podendo para tanto:

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a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, pre-
vidência, trabalho e segurança;
b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado
de suas deliberações.
IV – encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administra-
tiva ou penal contra os direitos da criança ou adolescente;
V – encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência;
VI – providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas
no art. 101, de I a VI, para o adolescente autor de ato infracional;
VII – expedir notificações;
VIII – requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando
necessário;
IX – assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para
planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente;
X – representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previs-
tos no art. 220, § 3º, inciso II, da Constituição Federal ;
XI – representar ao Ministério Público, para efeito das ações de perda ou suspensão do
pátrio poder.
XI – representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do
poder familiar, após esgotadas as possibilidades de manutenção da criança ou do ado-
lescente junto à família natural.
XII – promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de divul-
gação e treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças e
adolescentes.

De modo que as assertivas relacionadas como possíveis gabaritos, tem-se somente

a D, que encontra amparo no artigo 136, III, a, do Estatuto.

Questão 7    (2015/FGV/TJ-RO/ASSISTENTE SOCIAL) A fim de garantir a proteção

integral à criança e ao adolescente, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)

cria o Conselho Tutelar, ao qual compete:

a) estabelecer políticas de atendimento e acompanhamento psicossocial às famílias

de crianças e adolescentes em conflito com a lei;

b) substituir os pais na presença do juiz, particularmente no que diz respeito à ad-

ministração da vida da criança ou do adolescente;

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c) zelar pelo cumprimento, avaliação e formulação de projetos constantes nas me-

didas socioeducativas em caráter permanente;

d) assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para

planos e programas de atendimento aos direitos da criança e do adolescente;

e) fiscalizar as entidades filantrópicas de assistência à criança e ao adolescente,

principalmente aquelas que possuem regime de internato.

Letra d.

As atribuições do Conselho Tutelar estão previstas no artigo 136 do Estatuto, do

seguinte modo:

São atribuições do Conselho Tutelar:


I – atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, apli-
cando as medidas previstas no art. 101, I a VII;
II – atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no
art. 129, I a VII;
III – promover a execução de suas decisões, podendo para tanto:
a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdên-
cia, trabalho e segurança;
b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado
de suas deliberações.
IV – encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administra-
tiva ou penal contra os direitos da criança ou adolescente;
V – encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência;
VI – providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas
no art. 101, de I a VI, para o adolescente autor de ato infracional;
VII – expedir notificações;
VIII – requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando
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tária para planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do
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Questão 8    (2014/FGV/TJ-RJ/ANALISTA JUDICIÁRIO) Quanto aos membros do

Conselho Tutelar, é correto afirmar que:

a) são escolhidos pelo Juiz de Direito;

b) são escolhidos pelo Prefeito, já que se trata de uma entidade municipal;

c) têm direito a prisão especial, em caso de crime, até o julgamento definitivo;

d) seu exercício estabelece presunção de idoneidade moral;

e) não podem ser remunerados, já que se trata de serviço voluntário.

Letra d.

O processo de escolha dos membros que comporão o Conselho Tutelar vem expres-

so no artigo 132 do Estatuto:

Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal haverá, no mí-


nimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão integrante da administração pública local,
composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela população local para mandato de 4
(quatro) anos, permitida recondução por novos processos de escolha.

Portanto,

a) A assertiva A está ERRADA vez que a escolha não é pelos juízes e sim pela po-

pulação local.

b) A assertiva B está ERRADA vez que a escolha não é do prefeito e sim da popu-

lação local.

e) A assertiva E está ERRADA em razão de que o próprio Estatuto, em seu artigo

134 estabelece que a remuneração dos Conselheiros é estabelecida pela Lei Muni-

cipal ou distrital.

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Questão 9    (2015/FGV/DPE-MT/PSICÓLOGO) O Conselho Tutelar da comarca X,

no curso do acompanhamento de 2 anos à família do infante Gustavo, 10 anos,

representou judicialmente em face dos genitores do menino, pois o casal não ma-

triculou, sem qualquer justificativa, o filho na rede escolar, apesar de várias reco-

mendações do Conselho Tutelar nesse sentido.

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, assinale a afirmativa correta.

a) O Conselho Tutelar agiu equivocadamente, pois é ação privativa do Ministério

Público representar ao Juízo visando à aplicação de penalidades por infrações co-

metidas contra as normas de proteção à infância e à juventude.

b) O Conselho Tutelar agiu corretamente, podendo representar junto à autoridade

judiciária nos casos de descumprimento injustificado de suas deliberações.

c) O Conselho Tutelar não agiu corretamente, pois é da competência da Secretaria

Municipal de Educação representar junto ao Juízo da Infância pelo absenteísmo e

falta de matrícula escolar.

d) O Conselho Tutelar agiu acertadamente, pois é de sua competência privativa

zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais assegurados às crianças e

adolescentes, promovendo as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis.

e) O Conselho Tutelar não agiu corretamente, pois a falta de matrícula escolar não

é motivo suficiente para início de processo judicial contra a família.

Letra b.

O Conselho Tutelar não teria outra alternativa senão representar junto à autoridade

judiciária nos casos de descumprimento injustificado de suas deliberações, vez que

tal comando está expresso no artigo 136 do Estatuto.

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Questão 10    (2015/FGV/DPE-RO/ANALISTA DA DEFENSORIA PÚBLICA) Quanto

à interposição de recurso no âmbito da Lei n. 8.069/1990, é correto afirmar que:

a) são distribuídos mediante preparo;

b) o prazo para a interposição, inclusive nos embargos de declaração, tanto para o

Ministério Público quanto para a defesa, será sempre de 10 dias;

c) a apresentação do parecer recursal pelo representante do Ministério Público de-

verá ocorrer sempre antes da sessão de julgamento;

d) os recursos dispensarão revisor;

e) a apelação contra a sentença que destituir ambos ou qualquer dos genitores

do poder familiar deverá ser recebida tanto no efeito devolutivo quanto no efeito

suspensivo.

Letra d.

a) Está ERRADA, porque os recursos são interpostos independente de preparo

(Art. 198, I, Estatuto)

b) A Assertiva está ERRADA. Em que pese de fato o prazo para os recursos seja de

10 dias, os embargos de declaração é exceção e não se aplica tal regra (Art. 198,

II, Estatuto);

c) A assertiva está ERRADA, vez que pode o MP, na sessão poderá emitir seu pare-

cer (Art. 199-D, parágrafo único)

e) A assertiva está ERRADA, porque o efeito é apenas DEVOLUTIVO. (Art. 199- B)

Questão 12    (2018/FGV/TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA-SC/OFICIAL

DA INFÂNCIA E JUVENTUDE) Oficial da Infância e Juventude encontra, em uma

banca de jornal, revista com material inadequado para crianças e adolescentes,

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contendo na capa a foto de um homem e uma mulher em posição erótica, com

mensagem nitidamente pornográfica. O dono da banca de jornal alega que a revis-

ta está exposta corretamente, já que lacrada e com a informação de que se trata

de material impróprio para crianças e adolescentes. Analisando o caso, conclui-se

que o Oficial da Infância e Juventude:

a) deverá lavrar auto de infração administrativa e apreender a revista;

b) não deverá agir, pois a revista está lacrada e com a advertência de material

impróprio;

c) deverá chamar a polícia, por se tratar de crime previsto no ECA;

d) deverá apenas acionar o Ministério Público, diante da ausência de previsão da

conduta no ECA;

e) deverá instaurar portaria para a apuração da irregularidade na banca de jornal.

Letra a.

O artigo 78 do Estatuto estabelece que:

As revistas e publicações contendo material impróprio ou inadequado a crianças e ado-


lescentes deverão ser comercializadas em embalagem lacrada, com a advertência de
seu conteúdo.
Parágrafo único. As editoras cuidarão para que as capas que contenham mensagens
pornográficas ou obscenas sejam protegidas com embalagem opaca.

Por sua vez, o artigo 257, do Estatuto estabelece:

Descumprir obrigação constante dos arts. 78 e 79 desta Lei:


Pena – multa de três a vinte salários de referência, duplicando-se a pena em caso de
reincidência, sem prejuízo de apreensão da revista ou publicação.

De modo, que a única alternativa correta é a A.

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Questão 13    (2018/FGV/TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA-SC/OFICIAL

DA INFÂNCIA E JUVENTUDE) Oficial da Infância e Juventude recebe denúncia de

que Márcio e Marcelo, com 15 e 16 anos, que vivem na zona rural, estão fora dos

bancos escolares por opção dos pais, que preferem não os matricular na rede regu-

lar de ensino, para que continuem a auxiliá-los em tempo integral com a plantação

de milho. O  Oficial da Infância e Juventude presta toda a orientação e apoio ao

casal, mas os pais insistem que o melhor para os filhos é permanecer no trabalho

rural, pois já terminaram o ensino fundamental. Diante da negativa dos pais, e com

base nas atribuições do Oficial da Infância e Juventude previstas no ECA, o proce-

dimento a ser adotado é:

a) efetuar relatório à autoridade judicial;

b) comunicar o fato ao Ministério Público;

c) acionar o Conselho Tutelar;

d) registrar a ocorrência em sede policial;

e) lavrar auto de infração.

Letra e.

Sobre a apuração de infração administrativa às normas de proteção À criança e

adolescente, o artigo 194 do Estatuto prevê:

Art. 194. O procedimento para imposição de penalidade administrativa por infração às


normas de proteção à criança e ao adolescente terá início por representação do Minis-
tério Público, ou do Conselho Tutelar, ou auto de infração elaborado por servidor
efetivo ou voluntário credenciado, e assinado por duas testemunhas, se possível.
§  1º No procedimento iniciado com o auto de infração, poderão ser usadas fórmulas
impressas, especificando-se a natureza e as circunstâncias da infração.
§ 2º Sempre que possível, à verificação da infração seguir-se-á a lavratura do auto,
certificando-se, em caso contrário, dos motivos do retardamento.

Tal artigo fundamenta que justifica a assertiva está correta.

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Questão 14    (2009/FCC/DPE-MA/DEFENSOR PÚBLICO) Nas comarcas onde não

houver Conselho Tutelar instalado, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescen-

te, suas atribuições serão exercidas pelo (a)

a) Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

b) Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS).

c) autoridade judiciária.

d) Comissariado da Infância e Juventude.

e) Ministério Público.

Letra c.

O artigo 262 do Estatuto estabelece: “Enquanto não instalados os Conselhos

Tutelares, as atribuições a eles conferidas serão exercidas pela autoridade ju-

diciária”, razão pela qual as demais assertivas se tornam erradas.

Questão 15    (2012/FUJB/MPE-RJ/PROMOTOR DE JUSTIÇA) O Conselho Tutelar do

Município de Nova Iguaçu é procurado por Maria Moura da Graça Silva, mãe da

criança Maicon, de 04 anos de idade, a qual solicita a atuação do órgão para co-

locar seu filho na entidade acolhedora (abrigo) municipal situada ao lado de sua

residência, pois precisa trabalhar e não tem com quem deixar o filho durante o dia.

O Conselho Tutelar, constatando a situação de penúria da genitora, aplica medida

protetiva de acolhimento institucional à criança e comunica o fato imediatamente

ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, que elabora a respectiva guia de acolhi-

mento. Sob a égide da legislação em vigor, como Promotor de Justiçada Infância e

Juventude, você deveria adotar a seguinte medida:

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a) arquivar o expediente, submetendo o seu ato a controle pelo Conselho Superior

do Ministério Público; o Conselho Tutelar é um órgão democrático, eleito pelo povo,

possuindo ele legitimidade para atuar no caso. Não cabe ao Ministério Público con-

testar a atuação do conselheiro;

b) ajuizar revisão judicial da medida protetiva de acolhimento institucional, com

fulcro no artigo 137 da Lei n. 8.069/1990. O caso é de inserção da criança, que não

se encontra em situação de risco, em creche, durante o horário em que a genitora

se encontra em seu trabalho;

c) determinar diretamente a revisão da decisão do Conselho Tutelar, com fulcro

no artigo 137 da Lei n. 8.069/1990. Para isso, deverá ser expedido um ofício ao

Conselho Tutelar determinando a inserção da criança, que não se encontra em si-

tuação de risco, em creche, durante o horário em que a genitora se encontra em

seu trabalho;

d) arquivar o expediente; a atuação do Conselho Tutelar foi acertada. A criança

encontra-se em situação de risco e a medida protetiva de acolhimento institucional

é a única possível para preservar o melhor interesse de Maicon, com fundamento

no Estatuto da Criança e do Adolescente. Além disso, o Conselho Tutelar possui

legitimidade, conferida pela lei, para aplicar medidas protetivas;

e) opinar favoravelmente a homologação da medida protetiva aplicada junto ao

Juízo da Infância e Juventude; a medida protetiva de acolhimento institucional foi

corretamente aplicada pelo Conselho Tutelar.

Letra b.

c) A assertiva está ERRADA, porque, o artigo 137 do Estatuto que as revisões de

decisão do Conselho tutelar somente se realizam pela autoridade Judicial.

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e) A assertiva está ERRADA, vez que o Estatuto estabelece em seu artigo 23: A fal-

ta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda

ou a suspensão do poder familiar.

Parágrafo único. Não existindo outro motivo que por si só autorize a decretação da

medida, a criança ou o adolescente será mantido em sua família de origem, a qual

deverá obrigatoriamente ser incluída em programas oficiais de auxílio.

E ainda o artigo 54 determina: É dever do Estado assegurar à criança e ao adoles-

cente:

[...]
IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade;

Questão 16    (2018/CESPE/DPE-PE/DEFENSOR PÚBLICO) No caso de criança de

seis anos de idade ser encontrada sozinha na rua, a primeira medida específica de

proteção a ser aplicada pelo conselho tutelar será

a) o encaminhamento da criança a entidade que mantenha programa de acolhi-

mento institucional, em decorrência natural da caracterização do abandono.

b) a inclusão da criança em serviço e programa oficial ou comunitário de proteção,

apoio e promoção da família e da criança.

c) a orientação, o apoio e o acompanhamento temporários.

d) a inclusão em programa de acolhimento familiar.

e) o encaminhamento da criança aos pais ou ao responsável, mediante termo de

responsabilidade.

Letra e.

O artigo 101 do Estatuto determina: “Verificada qualquer das hipóteses previstas

no art. 98, a autoridade competente poderá determinar, dentre outras, as seguin-

tes medidas:

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I – encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade”,


razão pela qual, as demais assertiva se tornam ERRADAS.

Questão 17    (2018/CESPE/TJ-CE/JUIZ SUBSTITUTO) De acordo com o ECA, é atri-

buição dos conselhos tutelares

a) elaborar proposta orçamentária a fim de assegurar programas de atendimento

aos direitos da criança e do adolescente.

b) requisitar, diretamente, serviço público na área previdenciária, com o intuito de

promover a execução de suas decisões.

c) registrar ocorrência policial em defesa do interesse de menor em situação de

risco por fato que constitua infração penal contra os direitos da criança e do ado-

lescente.

d) representar, judicialmente, o interesse de menores nas ações de perda do poder

familiar depois de esgotadas as possibilidades de manutenção da criança junto à

família natural.

e) aplicar medida de destituição de tutela ao responsável legal dos tutelados que

estejam em situação de abandono e de extremo risco.

Letra b.

O artigo 136 do Estatuto preconiza:

São atribuições do Conselho Tutelar:


I – atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, apli-
cando as medidas previstas no art. 101, I a VII; MENOS ACOLHIMENTO FAMILIAR
E COLOCAÇÃO EM FAMÍLIA SUBSTITUTA.
II – atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no
art. 129, I a VII; MENOS PERDA DA GUARDA, DESTITUIÇÃO DA TUTELA E SUSPENSÃO
OU DESTITUIÇÃO DO PODER FAMILIAR.
III – promover a execução de suas decisões, podendo para tanto:
a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previ-
dência, trabalho e segurança;

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Desse modo, fundamentada nesse artigo, note:

O inciso I faz com que a assertiva D se torne ERRADA.

O inciso II faz com que a assertiva E esteja ERRADA.

E as assertivas A e C não fazem parte do rol do artigo 136 que estabelece as atri-

buições do Conselho Tutelar.

Questão 18    (2017/RBO/PREFEITURA DE PIRACICABA-SP/PROFESSOR DE EDUCA-

ÇÃO FÍSICA) Todos os professores das Escolas da Rede Municipal de Piracicaba

foram alertados que deveriam cumprir à risca as determinações do Estatuto da

Criança e do Adolescente (ECA) e comunicar ao Conselho Tutelar

a) desacato aos dirigentes, professores e colaboradores da instituição.

b) mau comportamento e atitudes de bullying entre as crianças.

c) reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos

escolares.

d) elevados índices de notas baixas e falta de acesso à escola a crianças inclusivas.

e) negligência nos programas assistenciais dedicados às crianças e adolescentes.

Letra c.

A resposta CORRETA encontra amparo no artigo 56 do Estatuto, que determina:

Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao


Conselho Tutelar os casos de:
[...]
II – reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos esco-
lares;

Exatamente o previsto na assertiva C.

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Questão 19    (2019/CESPE/TJ-PR/JUIZ SUBSTITUTO) De acordo com o ECA, o con-

selho tutelar, ao tomar conhecimento de ameaça ou violação aos direitos de crian-

ças e adolescentes, é competente, em regra, para determinar a

a) inclusão da criança e(ou) do adolescente em programa oficial de proteção, apoio

e promoção da família, da criança e do adolescente.

b) destituição da tutela da criança e(ou) do adolescente.

c) inclusão da criança e(ou) do adolescente em programa de acolhimento familiar.

d) perda da guarda da criança e(ou) do adolescente.

Letra a.

A assertiva A está correta conforme o art. 101 do Estatuto:

Verificada qualquer das hipóteses previstas no art.  98, a  autoridade competente

poderá:

[...]
IV  – inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e
promoção da família, da criança e do adolescente;

De modo que decretar a PERDA DO PODER FAMILIAR, DESTITUIÇÃO DA TUTELA

não são competências do Conselho Tutelar, o que está previsto nas assertivas B e

D, portanto ERRADAS.

E a inserção da criança e/ou adolescente em programa de acolhimento familiar é

medida de competência do juiz da Vara da Infância e Juventude.

Questão 20    (2019/MPE-SP/MPE-SP/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Assi-

nale a alternativa correta.

a) Os Conselhos Tutelares são órgãos permanentes, cujos membros cumprem

mandato de quatro anos, permitida uma recondução.

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b) O Conselheiro Tutelar é agente público municipal, eleito dentre residentes desse

município, maiores de 18 anos e com reconhecida idoneidade moral.

c) Os Conselhos Tutelares são órgãos autônomos, com poder de requisição de ser-

viços públicos previstos em lei, mas suscetíveis de revisão jurisdicional.

d) Os Conselhos Tutelares, tais quais o Ministério Público e o Poder Judiciário, po-

dem fiscalizar entidades governamentais e não-governamentais responsáveis pela

execução de programas de proteção destinados a crianças e adolescentes, mas

não socioeducativas.e) Os acolhimentos de crianças e adolescentes realizados pelo

Conselho Tutelar, nos limites do artigo 101 do Estatuto da Criança e do Adolescen-

te, prescindem de guia específica.

Letra c.

a) A assertiva A, está incompleta, o que a faz ser considerada como ERRADA.

O art. 132, do Estatuto determina: “Em cada Município e em cada Região Adminis-

trativa do Distrito Federal haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão

integrante da administração pública local, composto de 5 (cinco) membros, esco-

lhidos pela população local para mandato de 4 (quatro) anos, permitida

recondução por novos processos de escolha”.

b) A assertiva B está ERRADA, vez que o art. 133, II, exige que o candidato a mem-

bro do Conselho Tutelar tenha idade superior a 21 anos.

d) A assertiva está ERRADA, a partir da leitura do artigo 90 do Estatuto que diz:

“As entidades de atendimento são responsáveis pela manutenção das próprias uni-

dades, assim como pelo planejamento e execução de programas de proteção e

sócio-educativos destinados a crianças e adolescentes [...]”, somando ao artigo

95 do mesmo diploma legal que afirma: “As entidades governamentais e não-go-

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vernamentais referidas no art. 90 serão fiscalizadas pelo Judiciário, pelo Ministério

Público e pelos Conselhos Tutelares”.

e) A assertiva está ERRADA, vez que o artigo 101, §3º., do Estatuto diz: “Crianças

e adolescentes somente poderão ser encaminhados às instituições que executam

programas de acolhimento institucional, governamentais ou não, por meio de uma

Guia de Acolhimento, expedida pela autoridade judiciária, na qual obrigato-

riamente constará, dentre outros: [...]”.

Questão 21    (2010/FUNDEP/TJ-MG/COMISSÁRIO DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE)

Em caso de suspeita de maus-tratos contra criança ou adolescente, segundo o

Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n. 8.069/1990), deverá ser obrigatoria-

mente comunicado(a)

a) o Conselho de Adoção.

b) o Conselho Tutelar.

c) a Defensoria Pública.

d) o Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente.

Letra b.

O artigo 13 do Estatuto estabelece: “Os casos de suspeita ou confirmação de cas-

tigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança ou

adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da res-

pectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais”, razão pela qual faz

com que as demais assertivas se tornem ERRADAS.

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Questão 22    (2014/CESGRANRIO/CEFET-RJ/ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO)

Como é denominado o órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarre-

gado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do ado-

lescente definidos em lei?

a) Conselho Tutelar

b) Defensoria Pública

c) Juizado da Infância

d) Ministério Público

e) Vara de Família

Letra a.

A assertiva A está CORRETA vez que encontra fundamento no artigo 131 do Esta-

tuto: “O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, en-

carregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do

adolescente, definidos nesta Lei”, motivo pelo qual as demais assertivas se tornam

ERRADAS.

Questão 23    (2018/VUNESP/TJ-MT/JUIZ SUBSTITUTO) Em relação ao Conselho

Tutelar, assinale a alternativa correta.


a) As decisões do Conselho Tutelar deverão ser revistas ex officio pela autoridade

judiciária.

b) O Conselho Tutelar é órgão transitório, vinculado ao Poder Judiciário, encarrega-

do de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente.

c) Em cada município haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão

integrante da Administração Pública local, composto de 10 (dez) membros, esco-

lhidos pela população local para mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução.

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d) São atribuições do Conselho Tutelar, dentre outras, promover a execução de

suas decisões, podendo para tanto expedir certidões de nascimento e de óbito de

criança ou adolescente quando necessário.

e) São impedidos de servir no mesmo Conselho, dentre outros, marido e mulher.

Letra e.

a) A assertiva A está ERRADA, porque as decisões do Conselho Tutelar somente

poderão ser revistas pela autoridade judiciária a pedido de quem tenha legí-

timo interesse, a teor do art. 137, do Estatuto.

b) A assertiva B está ERRADA, porque está de diferente do comando legal. O artigo

131 do Estatuto preconiza: “O Conselho Tutelar é órgão permanente e autôno-

mo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento

dos direitos da criança e do adolescente, definidos nesta Lei”.

c) A assertiva C está ERRADA, vez que é desarmônica com o art. 132 do estatuto

afirma: “Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal ha-

verá, no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão integrante da administração

pública local, composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela população local

para mandato de 4 (quatro) anos, permitida recondução por novos processos

de escolha

d) A assertiva D está ERRADA vez que não encontra respaldo no artigo 136 do Es-

tatuto, das atribuições do Conselho Tutelar.

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Questão 24    (2019/CEV-URCA/PREFEITURA DE MAURITI-CE/ASSISTENTE SOCIAL)

De acordo com o artigo 56 do Estatuto da Criança e do Adolescente, os dirigentes

de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os

casos de:

I – Elevados níveis de repetência.

II – Maus-tratos envolvendo seus alunos.

III – Problema relacionado ao comportamento de seus alunos.

IV – Reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos

escolares.

Estão corretos os itens:

a) I, II e IV

b) I, II e III

c) II, III e IV

d) I, III e IV

e) I e III

Letra a.

As assertivas I, II e IV estão em perfeita harmonia com o artigo 56 do Estatuto,

observe:

Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho


Tutelar os casos de:
I – maus-tratos envolvendo seus alunos;
II – reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos esco-
lares;
III – elevados níveis de repetência.

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Questão 25   (2012/FCC/TRT 18ª REGIÃO-GO/JUIZ DO TRABALHO) Quanto aos Con-

selhos Tutelares e de Direitos da Criança e do Adolescente, é correto afirmar que:

a) em cada Município haverá no mínimo um Conselho Tutelar composto por repre-

sentantes da sociedade civil, por meio de organizações representativas, com man-

dato de três anos, permitida uma recondução.

b) é atribuição dos Conselhos Tutelares, dentre outras, a manutenção de fundos

municipais a eles vinculados, para a efetivação da política de atendimento.

c) cabe ao Conselho Tutelar representar em nome da pessoa ou da família contra

violação do direito de defesa contra propaganda que possa ser nociva.

d) o exercício da função de Conselheiro Tutelar se constitui em serviço público

relevante, de caráter não oneroso, e assegura prisão especial em caso de crime

comum, até o julgamento definitivo.

e) para a candidatura a membro do Conselho Tutelar serão exigidos os requisitos

de reconhecida idoneidade moral, idade superior a 18 anos e residir no município.

Letra c.

a) A assertiva A está ERRADA, vez que o artigo 132: “Em cada Município e em cada

Região Administrativa do Distrito Federal haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho Tu-

telar como órgão integrante da administração pública local, composto de 5 (cin-

co) membros, escolhidos pela população local para mandato de 4 (quatro) anos,

permitida recondução por novos processos de escolha”.

b) A assertiva B está ERRADA, vez que o artigo 88 estabelece:

São diretrizes da política de atendimento:


[...]
IV – manutenção de fundos nacional, estaduais e municipais vinculados aos respectivos
conselhos dos direitos da criança e do adolescente;

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d) A assertiva D está ERRADA, vez que o artigo 134 prevê: “Lei municipal ou dis-

trital disporá sobre o local, dia e horário de funcionamento do Conselho Tutelar,

inclusive quanto à remuneração dos respectivos membros, aos quais é assegurado

o direito a [...]”.

e) A assertiva E está ERRADA, porque o artigo 133, II do estatuto determina que a

idade exigida é de 21 anos.

Questão 26    (2017/VUNESP/TJ-SP/JUIZ SUBSTITUTO) Compete ao Conselho Tu-

telar

a) exortar os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental à realização

de recenseamento periódico dos educandos.

b) promover a oitiva informal do adolescente apreendido em flagrante de ato infra-

cional e em seguida encaminhá-lo à autoridade policial competente.

c) receber as comunicações dos dirigentes de estabelecimento de ensino funda-

mental a respeito de maus-tratos envolvendo alunos e encaminhá-las ao Ministério

Público.

d) colocar em família substituta a criança ou o adolescente que se encontre aban-

donado ou em situação de perigo.

Letra c.

O Artigo 136 do Estatuto estabelece as atribuições do Conselho Tutelar, razões pela

qual somente a assertiva C está CORRETA. Observe:

Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar:


I – atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, apli-
cando as medidas previstas no art. 101, I a VII;
II – atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no
art. 129, I a VII;

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III – promover a execução de suas decisões, podendo para tanto:


a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdên-
cia, trabalho e segurança;
b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado
de suas deliberações.
IV – encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administra-
tiva ou penal contra os direitos da criança ou adolescente;
V – encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência;
VI – providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas
no art. 101, de I a VI, para o adolescente autor de ato infracional;
VII – expedir notificações;
VIII – requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando
necessário;
IX – assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para
planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente;
X – representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previs-
tos no art. 220, § 3º, inciso II, da Constituição Federal;
XI – representar ao Ministério Público, para efeito das ações de perda ou suspensão do
pátrio poder.
XI – representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do
poder familiar, após esgotadas as possibilidades de manutenção da criança ou do ado-
lescente junto à família natural.
XII – promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de divul-
gação e treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças e
adolescentes.
Parágrafo único. Se, no exercício de suas atribuições, o Conselho Tutelar entender ne-
cessário o afastamento do convívio familiar, comunicará incontinenti o fato ao Ministério
Público, prestando-lhe informações sobre os motivos de tal entendimento e as providên-
cias tomadas para a orientação, o apoio e a promoção social da família.

Questão 27    (2017/CESPE/DPE-AL/DEFENSOR PÚBLICO) Paula, que é juíza na

vara da infância e juventude de determinado município e atua em parceria com o

conselho tutelar, é casada com o tio de Maria, que pretende exercer a função de

conselheira tutelar no município.

Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta, de acordo com as

normas do Estatuto da Criança e do Adolescente sobre impedimentos do conselhei-

ro tutelar.

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a) O Estatuto da Criança e do Adolescente veda a nomeação para o mesmo con-

selho tutelar de parente colateral por afinidade até o terceiro grau, aplicando-se a

regra, portanto, a Paula e a Maria.

b) Prevalece o impedimento em relação a Maria, pois não há distinção entre paren-

tes consanguíneos ou afins após o casamento civil, aplicando-se a regra, portanto,

a Paula e a Maria.

c) A situação apresentada não constitui impedimento para Maria assumir o conse-

lho tutelar, não havendo justa causa para a negativa de posse, mas apenas para o

exercício da função em um mesmo atendimento que envolva Paula como juíza.

d) Há parentesco por afinidade entre Paula e Maria, o que configura impedimento

legal previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente.

e) O Estatuto da Criança e do Adolescente veda, tão somente, a nomeação para o

mesmo conselho tutelar de tio e sobrinho, não se aplicando a regra ao parentesco

entre Paula e Maria.

Letra e.

Para compreensão deste gabarito é importante entender a linha parental, que é

estabelecida pelo Código Civil, de modo que o artigo 1595 desta norma estabelece:

Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afi-

nidade.

O parágrafo primeiro delimita até onde vai o parentesco com a família do cônju-

ge, note:

§ 1º O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e


aos irmãos do cônjuge ou companheiro.

O Estatuto por sua vez, apresenta os impedimentos no artigo 140:

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São impedidos de servir no mesmo Conselho marido e mulher, ascendentes e descen-


dentes, sogro e genro ou nora, irmãos, cunhados, durante o cunhadio, tio e sobrinho,
padrasto ou madrasta e enteado.

Razões pelas quais faz a assertiva E correta, e as demais ERRADAS.

Questão 28    (2013/COPS-UEL/AFPR/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) O processo

de escolha dos membros do Conselho Tutelar ocorrerá em data unificada, em todo

o território nacional, a cada:

a) 60 meses.

b) 48 meses

c) 36 meses.

d) 24 meses.

e) 12 meses.

Letra b.

A assertiva B está CORRETA vez que está em perfeita consonância com o arti-

go 139:

Art. 139. O processo para a escolha dos membros do Conselho Tutelar será estabe-
lecido em lei municipal e realizado sob a responsabilidade do Conselho Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente, e a fiscalização do Ministério Público.
§ 1º O processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar ocorrerá em data unifi-
cada em todo o território nacional a cada 4 (quatro) anos, no primeiro domingo do
mês de outubro do ano subsequente ao da eleição presidencial.

Questão 29    (2013/COPS-UEL/SEAP-PR/AGENTE PENITENCIÁRIO) O Título VI

do Estatuto da Criança e do Adolescente versa sobre o acesso à Justiça. Em seu

Art. 142, dispõe que:

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Os menores de dezesseis anos serão ________ e os maiores de dezesseis e me-

nores de vinte e um anos ________ por seus pais, tutores ou curadores, na for-

ma da legislação civil ou processual. Parágrafo único. A autoridade judiciária dará

________ à criança ou adolescente, sempre que os interesses destes colidirem

com os de seus pais ou responsável, ou quando carecer de ________ legal ainda

que eventual.

Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do tex-

to.

a) assistidos, representados, curador especial, representação ou assistência.

b) assistidos, representados, representação ou assistência, curador especial.

c) representados, assistidos, curador especial, representação ou assistência.

d) representados, assistidos, representação ou assistência, curador especial.

e) representados ou assistidos, representados, representação ou assistência, cura-

dor especial.

Letra c.

A resposta C está em perfeita harmonia com o artigo 142 do Estatuto, que prevê:

Art. 142. Os menores de dezesseis anos serão representados e os maiores de dezesseis


e menores de vinte e um anos assistidos por seus pais, tutores ou curadores, na forma
da legislação civil ou processual.
Parágrafo único. A autoridade judiciária dará curador especial à criança ou adolescen-
te, sempre que os interesses destes colidirem com os de seus pais ou responsável, ou
quando carecer de representação ou assistência legal ainda que eventual.

Questão 30    (2015/VUNESP/MPE-SP/ANALISTA DE PROMOTORIA) Disciplinando a

participação do Ministério Público como custos legis, é correto afirmar, nos termos

do artigo 202 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que, “nos processos e pro-

cedimentos em que não for parte,

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a) o Ministério Público terá ciência de atos processuais, decisões interlocutórias e

sentenças antes do trânsito em julgado”.

b) o Ministério Público será citado e terá vista dos autos, pelo prazo de 5 (cinco)

dias, para extração de cópias reprográficas necessárias ao ajuizamento de ações

cíveis previstas no artigo 201 do mencionado diploma legal”.

c) o Ministério Público atuará obrigatoriamente na defesa dos direitos e interesses

de que cuida o mencionado diploma legal, hipótese em que terá vista dos autos

depois das partes, podendo juntar documentos e requerer diligências, usando os

recursos cabíveis”.

d) o Ministério Público será intimado de todos os atos processuais, o que permitirá

acesso a todo local onde se encontrem crianças e adolescentes”.

e) o Ministério Público será intimado e poderá fazer recomendações visando à me-

lhoria dos serviços públicos e de relevância pública afetos à criança e ao adolescen-

te, fixando prazo razoável para sua perfeita adequação”.

Letra c.

O artigo 200 e seguintes do Estatuto estabelece sobre o órgão do Ministério do Pú-

blico, nos seguintes termos:

Do Ministério Público
Art. 200. As funções do Ministério Público previstas nesta Lei serão exercidas nos ter-
mos da respectiva lei orgânica.
Art. 202. Nos processos e procedimentos em que não for parte, atuará obrigatoriamen-
te o Ministério Público na defesa dos direitos e interesses de que cuida esta Lei, hipótese
em que terá vista dos autos depois das partes, podendo juntar documentos e requerer
diligências, usando os recursos cabíveis.
Art. 203. A intimação do Ministério Público, em qualquer caso, será feita pessoalmente.
Art. 204. A falta de intervenção do Ministério Público acarreta a nulidade do feito, que
será declarada de ofício pelo juiz ou a requerimento de qualquer interessado.
Art. 205. As manifestações processuais do representante do Ministério Público deverão
ser fundamentadas.

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Questão 31    (2018/FUNDATEC/DPE-SC/TÉCNICO ADMINISTRATIVO) No Direito Ci-

vil, é considerado absolutamente incapaz o menor de ____ anos, o qual deverá,

como regra geral, ser _________ nos seus atos da vida civil.

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do tre-

cho acima.

a) 21 – assistido

b) 18 – representado

c) 18 – assistido

d) 16 – representado

e) 16 – assistido

Letra d.

A assertiva correta é a letra do D, em razão do Art. 3º São absolutamente inca-

pazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis)

anos, motivo pelo qual as demais questões estão erradas.

Questão 32    (2019/PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO-RJ/PREFEITURA DE RIO DE

JANEIRO-RJ/AGENTE EDUCADOR) Considera-se criança, adolescente e adulto as

pessoas com as seguintes idades, respectivamente:

a) até 10 anos incompletos; de 10 anos a 18 anos; a partir de 18 anos

b) até 12 anos; de 12 anos a 21 anos; a partir de 21 anos

c) até 10 anos; de 10 anos a 21 anos; a partir de 21 anos

d) até 12 anos incompletos; de 12 anos a 18 anos; a partir de 18 anos.

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Letra d.

O artigo 2º. Do Estatuto Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa

até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito

anos de idade.

Por sua vez, o Código Civil preconiza Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos

completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.

Diante de tais artigos, somente a questão D pode estar correta.

Questão 33    (2017/UECE-CEV/SEAS-CE/ASSISTENTE SOCIAL) Nos casos expres-

sos em lei, aplica-se, excepcionalmente, o ECA às pessoas que tenham idade entre

a) 18 e 21 anos.

b) 21 e 24 anos.

c) 12 e 16 anos.

d) 12 e 14 anos.

Letra a.

O artigo 2º, parágrafo único do Estatuto estabelece que: “Nos casos expressos em

lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e

vinte e um anos de idade”, por este motivo tão somente a assertiva pode estar

correta.

Questão 34    (2018/UEM/UEM/ADVOGADO) Conforme estabelece expressamente o

Estatuto da Criança e do Adolescente, quem tem competência e em qual circuns-

tância as decisões do Conselho Tutelar poderão ser revistas?

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a) O Ministério Público, a pedido de quem tenha legítimo interesse.

b) O Ministério Público, mediante requerimento ou representação de qualquer ci-

dadão.

c) A Defensoria Pública, mediante requerimento ou representação de qualquer ci-

dadão.

d) A autoridade judiciária, mediante requerimento ou representação de qualquer

cidadão.

e) A autoridade judiciária, a pedido de quem tenha legítimo interesse.

Letra e.

A assertiva E está CORRETA porque está em perfeita harmonia com o artigo 137:

“As decisões do Conselho Tutelar somente poderão ser revistas pela autoridade ju-

diciária a pedido de quem tenha legítimo interesse”.

Questão 35    (2013/COPS-UEL/AFPR/ADVOGADO) De acordo com o Estatuto da

Criança e do Adolescente (ECA), em seu Art. 133, para a candidatura a membro do

Conselho Tutelar, serão exigidos alguns requisitos. Sobre esses requisitos, conside-

re as afirmativas a seguir.

I – Residir no município.

II – Idade superior a vinte e um anos.

III – Ser pai ou mãe.

IV – Ser brasileiro de origem.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.

b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.

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c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.

e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

Letra a.

A assertiva A está correta vez que é a única em harmonia com o artigo Art. 133.

Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar, serão exigidos os seguintes re-

quisitos:

I – reconhecida idoneidade moral;


II – idade superior a vinte e um anos;
III – residir no município.

Os incisos III e IV não estão previstos na lei, razão pela qual estão ERRADAS.

Questão 36    (2015/AMEOSC/PREFEITURA DE SÃO MIGUEL D`OESTE-SC/ADVO-

GADO) Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, são atribuições do Con-

selho Tutelar, exceto:

a) Representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão

do poder familiar, após, esgotadas as possibilidades de manutenção da criança ou

do adolescente junto à família natural.

b) Julgar e determinar penas no caso de jovens infratores.

c) Requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando

necessário.

d) Expedir notificações.

Letra d.

A única assertiva que não está prevista no artigo 136, do Estatuto é a B.

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A competência para presidir processo onde há jovens infratores é do juízo da Vara

da Infância e Juventude, e outro ponto que vale ser observado é que ao adolescen-

te não é imposto pena e sim medidas socioeducativas.

Questão 37    (2014/IBFC/SEDS-MG/AGENTE DE SEGURANÇA SOCIOEDUCATIVO)

Nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente, as entidades de atendimento

governamentais e não- governamentais NÃO serão fiscalizadas:

a) Pela Ordem dos Advogados do Brasil.

b) Pelo Poder Judiciário

c) Pelo Ministério Público.

d) Pelos Conselhos Tutelares.

Letra a.

A Ordem dos Advogados do Brasil não tem competência para fiscalizar as entidades

de atendimento governamentais e não- governamentais, por isso está ERRADA.

O artigo 95 do Estatuto preconiza: “As entidades governamentais e não-governa-

mentais referidas no art. 90 serão fiscalizadas pelo Judiciário, pelo Ministério Públi-

co e pelos Conselhos Tutelares”.

Questão 38    (2019/INSTITUTO AOCP/PC-ES/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) À luz do Es-

tatuto da Criança e do Adolescente, assinale a alternativa que NÃO apresenta uma

garantia processual assegurada à criança e ao adolescente.

a) Assistência judiciária gratuita e integral, em caso de necessidade.

b) Defesa técnica por advogado.

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c) Pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, mediante citação

ou meio equivalente.

d) Direito de ser ouvido pela autoridade competente, por meio de seus represen-

tantes legais.

e) Direito de solicitar a presença de seus pais ou responsáveis em qualquer fase

do procedimento.

Letra d.

A única assertiva errada é a D, pois o artigo 111 do Estatuto estabelece: direito de

ser ouvido PESSOALMENTE pela autoridade competente;

As demais assertivas estão todas previstas no Estatuto como garantia processual a

criança e adolescente, no seguinte teor:

Art. 111, Estatuto:
São asseguradas ao adolescente, entre outras, as seguintes garantias:
I – assistência judiciária gratuita e integral aos necessitados, na forma da lei;
[...]
IV – pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, mediante citação ou
meio equivalente;
[...]
b) Defesa técnica por advogado.
[...]
e) Direito de solicitar a presença de seus pais ou responsáveis em qualquer fase do
procedimento.

Questão 39    (2019/PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO-RJ/PREFEITURA DE RIO DE

JANEIRO-RJ/AGENTE EDUCADOR) Promover o inquérito civil e a ação civil pública

para a proteção dos direitos individuais, difusos ou coletivos inerentes à infância e

à adolescência compete:

a) ao Conselho Tutelar

b) ao Ministério Público

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c) à autoridade policial

d) à Procuradoria Geral do Estado

Letra b.

A assertiva B está correta porque encontra guarida no artigo 201, V, do Estatuto:

Compete ao ministério público:

[...]
V – PROMOVER O INQUÉRITO CIVIL E A AÇÃO CIVIL PÚBLICA para a proteção
dos interesses individuais, difusos ou coletivos relativos à infância e à adolescência,
inclusive os definidos no;

Questão 40    (2015/FCC/TJ-PE/JUIZ SUBSTITUTO) É regra prevista no Estatuto da

Criança e do Adolescente, ao regular os recursos nos procedimentos afetos à Jus-

tiça da Infância e da Juventude,

a) que, exceto no caso de apelação interposta contra sentença que aplica interna-

ção ao adolescente, está dispensada a figura do revisor.

b) que a apelação interposta em face de sentença que defere adoção e que decreta

a perda do poder familiar deve, em regra, ser recebida apenas no efeito devolutivo

c) o prazo de 15 dias para a interposição de todos os recursos, exceto o agravo de

instrumento e os embargos de declaração.

d) que se aplique o sistema recursal do Código de Processo Civil, exceto no proce-

dimento de execução de medida socioeducativa, que se rege pelas normas da Lei

de Execuções Penais

e) a dispensa do parecer do Ministério Público em segundo grau quando se tratar

de apelação interposta contra sentença proferida em ação de destituição do poder

familiar cujo autor é o próprio Ministério Público.

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Letra b.

a) A assertiva A está ERRADA porque é contrário ao 198, III que diz:

Art. 198. Nos procedimentos afetos à Justiça da Infância e da Juventude, inclusive os


relativos à execução das medidas socioeducativas, adotar-se-á o sistema recursal da
Lei n o 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil), com as seguintes
adaptações:
[...]
III – os recursos terão preferência de julgamento e DISPENSARÃO REVISOR;

c) A assertiva C está ERRADA, porque está diferente do que prevê o art. 198, II,

do Estatuto:

Art. 198. Nos procedimentos afetos à Justiça da Infância e da Juventude, inclusive os


relativos à execução das medidas socioeducativas, adotar-se-á o sistema recursal da
Lei n o 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil), com as seguintes
adaptações: [...]
II – em todos os recursos, salvo nos embargos de declaração, o prazo para o Ministério
Público e para a defesa será sempre de 10 (DEZ) DIAS.

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