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Adriano Alcantara de Oliveira

20182013000047

A pneumonia enzoótica suína é a principal micoplasmose suína e a doença bacteriana


que causa as maiores perdas econômicas na suinocultura. A PES é uma doença
respiratória infecciosa crônica que tem como principal agente etiológico a bactéria
Mycoplasma hyopneumoniae, é um patógeno extracelular que coloniza o trato
respiratório através da aderência às células do epitélio ciliar de traquéia,brônquios e
bronquíolos, causando danosa esses tecidos.

O diagnóstico baseia-se em sinais clínicos e necropsia, às vezes combinados com a


histologia das lesões. No entanto, eles não fornecem um diagnóstico específico e, em
fazendas que produzem animais reprodutores, ou em casos especiais, pode ser
necessário confirmar o diagnóstico com um ou mais dos seguintes testes: ELISA, testes
sorológicos, exame microscópicos de amostras pulmonares, testes de
imunofluorescência, PCR e, finalmente, cultura e identificação de Mycoplasma
hyopneumoniae.

Esses testes não estão disponíveis em todos os laboratórios de diagnóstico. A PCR é o


método mais sensível.

A pneumonia enzoótica deve ser diferenciada de influenza, PRRS, Gläser e outras


infecções bacterianas. Testes de laboratório são necessários para diferenciá-los. Além
disso, algumas ou todas essas infecções podem aparecer associadas ao Mycoplasma
hyopneumoniae.

Caracteriza-se por uma tosse seca não-produtiva, retardo de crescimento, alta morbidade
e baixa mortalidade. A tosse é uma consequência direta das lesões pulmonares
observadas nos animais afetados, que consistem em áreas de consolidação púrpura
acinzentadas. A transmissão da enfermidade ocorre principalmente por transferência
horizontal de suínos infectados para não-infectados, também ocorrendo transmissão
vertical de fêmeas contaminadas para sua prole durante a lactação.

O impacto econômico da PES se dá sobretudo devido aos custos de tratamento e


vacinação, às perdas relacionadas à redução no ganho de peso dos animais e
consequente menores valores de venda de carcaças, e ao aumento da mortalidade
causado pelas infecções secundárias.

O controle da PES pode ser realizado pelo uso de antibióticos, pela vacinação e pela
otimização das práticas de manejo. Tetraciclina e macrolídeos são os antibióticos mais
frequentemente utilizados no controle da PES. No entanto, a utilização de
medicamentos para o controle de infecções por M. hyopneumoniae muitas vezes oferece
uma proteção apenas parcial e assim que o tratamento é interrompido a doença é
novamente estabelecida. Quanto às vacinas, as atualmente disponíveis são compostas
pelo microrganismo inativado (bacterinas), mas elas conferem apenas proteção parcial
ao rebanho e ainda não foi desenvolvida uma vacina completamente eficaz contra a
bactéria. Até o momento, um único método ainda não foi capaz de eliminar a infecção
de forma rápida e eficiente. Dessa forma, fica evidente a necessidade de estudos que
investiguem o metabolismo e os mecanismos moleculares de M. hyopneumoniaea fim
de identificar novos potenciais alvos para o controle da infecção.

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