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OFTALMOLOGIA Anatomia do Aparelho Ocular Estratégia

MED

APRESENTAÇÃO:

PROF. EVELYN
CIUFFO
Olá, estrategista!
Meu nome é Evelyn Ciuffo, sou médica formada pela
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2007-2012) e cursei
residência de oftalmologia no Hospital Central da Aeronáutica
(2013-2015). Após a residência fiz especialização em córnea e
catarata no Hospital de Olhos do Paraná (2016). Além disso, sou
professora de oftalmologia do curso Estratégia MED e estarei junto
com você na caminhada rumo à sua aprovação para a tão sonhada
vaga de residência médica. Sabemos que o nível de dificuldade das
provas vem aumentando a cada ano, fazendo-se necessária uma
preparação diferenciada, com
planejamento, disciplina e foco. Mas não se preocupe, pois
estaremos juntos nessa jornada!
Apesar da disciplina de oftalmologia possuir um peso
baixo nas provas, pode ser essa questão que fará diferença na
sua aprovação, principalmente se tratando das instituições mais
concorridas. Assim, começa aqui a primeira aula do curso de
oftalmologia, fundamental para que você entenda a anatomia
ocular e avance com clareza para as próximas aulas. Sei que durante
a faculdade de medicina o contato dos alunos com a oftalmologia é
muito pouco, o que dificulta o entendimento da matéria. Contudo,
estou aqui para fazer você gostar da oftalmologia de forma leve,
fácil e transmitir de forma objetiva o conteúdo que
você precisa para acertar as questões! Vamos começar?

Abraços,
Prof. Evelyn Ciuffo

@prof.evelynciuffo

/estrategiamed Estratégia Med

@estrategiamed t.me/estrategiamed

Estratégia
MED
OFTALMOLOGIA Anatomia do Aparelho Ocular Estratégia
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SUMÁRIO

1. ASSUNTOS MAIS COBRADOS 4


2. INTRODUÇÃO 5
3. TÚNICA FIBROSA OU EXTERNA 6
3.1. CÓRNEA 6

3.2. LIMBO 8

3.3. ESCLERA 8

4. TÚNICA VASCULAR, MÉDIA OU UVEAL 11


4.1. ÍRIS 12

4.2. CORPO CILIAR 13

4.3. COROIDE 15

4.4. CRISTALINO 16

5. TÚNICA NEUROSSENSORIAL OU INTERNA 19


5.1. RETINA 19

5.2. NERVO ÓPTICO 20

6. ANEXOS OCULARES 23
6.1. PÁLPEBRAS E CÍLIOS 23

6.2. APARELHO LACRIMAL 26

6.3. MÚSCULOS EXTRAOCULARES 30

7. RESUMO 33
8. MAPA MENTAL 36
9. LISTA DE QUESTÕES 37
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 38
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS 39

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CAPÍTULO

1. ASSUNTOS MAIS COBRADOS


Querido aluno, para facilitar seu estudo, apresento a seguir o levantamento dos assuntos mais cobrados de
Anatomia e Fisiologia do Aparelho Visual nas provas de Residência Médica, objetivando direcionar o aprendizado para
o que efetivamente cai nas provas.
Inicialmente, cabe dizer que Anatomia e Fisiologia do Aparelho Visual é um tema de menor incidência em provas,
representando, aproximadamente, 3% do total de questões de Oftalmologia.
Dentro desse tema, a distribuição de assuntos ocorre da seguinte maneira:

Anatomia do Aparelho Visual Incidência

Túnica Fibrosa ou Externa 62,50%

Anexos Oculares 37,50%

Fonte: Banco de Dados da Professora (levantamento de todas as questões


de Oftalmologia em provas de Residência Médica, de 2007 a 2021).

Atente-se ao fato de que, apesar de a Anatomia ser subdividida em Túnica Fibrosa ou Externa, Túnica Média ou Uveal, Túnica
Neurossensorial e Anexos Oculares, as bancas, até hoje, priorizaram a cobrança da Túnica Externa e dos Anexos Oculares. Tenha atenção,
principalmente, a esses tópicos da aula, pois, se esse tema for cobrado em sua prova, a tendência é que eles sejam os escolhidos. Mesmo
assim, também cabe falarmos dos outros dois tópicos para a compreensão das aulas que virão e a fim de evitarmos qualquer surpresa na
prova.
Agora, vamos começar a aula!

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CAPÍTULO

2. INTRODUÇÃO
Olá, futuro(a) residente! Esta é a primeira aula do nosso longo da aula, já que as doenças oculares são muito “visuais”. Então,
curso de Oftalmologia para a Residência Médica. Como sabemos, vamos começar a viagem pelo encantador “mundo dos olhos”!
seu contato com o maravilhoso mundo ocular durante a faculdade O olho, órgão responsável pelo início do processo visual,
provavelmente foi muito pequeno. Portanto, acredito que você possui cerca de 24 mm e ocupa cerca de 1/3 (um terço) ou menos
tenha uma noção limitada do que é a Oftalmologia na prática da cavidade orbitária, sendo envolto por estruturas, como gordura,
médica, mas estou aqui justamente para desmistificar a ideia músculos, nervos e vasos. Abaixo, segue uma divisão didática do
de que esse é um “mundo à parte” dentro da medicina. Muito
pelo contrário! Você perceberá, ao longo das aulas, que existem olho, que nos ajudará a compreender melhor as diversas estruturas

diversas doenças sistêmicas que cursam com acometimento ocular, oculares.


•Túnica Fibrosa ou Externa: formada pela córnea, limbo e
tornando muito importante o estudo da Oftalmologia, tanto para a
esclera.
prática médica quanto para as provas de Residência Médica.
•Túnica Vascular ou Média ou Uveal: formada pela íris, corpo
ciliar e coroide.
Nesta primeira aula introdutória, estudaremos a anatomia •Túnica Neurossensorial ou Interna: formada pela retina.
do olho. Sim, eu sei que estudar anatomia pode parecer um pouco •Anexos Oculares: pálpebras, cílios, glândulas lacrimais, vias
maçante para a maioria! Mas é fundamental que você entenda a lacrimais e músculos.
anatomia (e não pule essa aula) para que avance em patologias Observe a imagem:
oculares. Para facilitar a compreensão, colocarei muitas imagens ao

Vamos agora compreender melhor cada uma dessas estruturas!

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CAPÍTULO

3. TÚNICA FIBROSA OU EXTERNA


A túnica fibrosa, como dito acima, é formada por três estruturas, que são: córnea, limbo e esclera. Observe a imagem abaixo com as
estruturas mencionadas. Vamos estudar cada uma delas separadamente!

3.1. CÓRNEA

A córnea é a estrutura transparente anterior do bulbo, ocular de tamanho normal. Uma megalocórnea é uma córnea com
representando uma extensão da esclera. Ambas são separadas diâmetro horizontal superior a 13 mm, usualmente transmitida de
pelo limbo, também chamado de junção corneoescleral. Ela é uma forma recessiva ligada ao X; por essa razão, 90% dos acometidos são
membrana rica em colágeno, viscoelástica e bastante resistente. homens. Geralmente, esses pacientes são míopes e apresentam
Constitui uma barreira anatômica e fisiológica que protege as outras alterações oculares, como subluxação do cristalino, catarata
estruturas internas do olho. subcapsular posterior e hipoplasia do estroma da íris.
A córnea é responsável por, aproximadamente, 2/3 do poder Em um corte transversal, a córnea apresenta cinco camadas:
óptico do olho humano, possuindo um poder médio por volta de epitélio, membrana limitante anterior (Bowman), estroma,
42 dioptrias. Sua face anterior é elíptica, com diâmetro horizontal membrana limitante posterior (Descemet) e endotélio.
de aproximadamente 12 mm e vertical de 10,6 mm. A curvatura •Epitélio corneano: é escamoso estratificado, não
da face anterior não é uniforme, apresentando a curva na região queratinizado, representando aproximadamente 10% da
espessura total da córnea (com cerca de 50 micras). Possui
central mais plana que a região periférica, raio de curvatura médio
três tipos de células (basais, aladas e superficiais) e grande
de 7,8 mm na face anterior da região central, e de 6,6 mm na face
capacidade de regeneração de sua estrutura, que está
posterior.
relacionada com a presença de células-tronco na região
Existem algumas anomalias congênitas que interferem do limbo. Se essas células-tronco forem destruídas (ex:
no tamanho e na forma da córnea, podendo ocorrer isoladas ou queimaduras oculares graves), o epitélio perde sua capacidade
associadas a outras anormalidades oculares. Uma microcórnea é de regeneração ou manutenção.
uma córnea com diâmetro horizontal menor que 11 mm e globo •Camada de Bowman (ou membrana limitante anterior):

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está situada entre a membrana basal do epitélio e o estroma. •Membrana de Descemet (ou membrana limitante posterior):
É composta por fibrilas de colágeno dispostas ao acaso e a Descemet é uma membrana basal com cerca de 10 a 12
não possui capacidade regenerativa, levando à formação de micras de espessura localizada entre o estroma e o endotélio. É
cicatrizes e opacidades corneanas definitivas quando lesada. É homogênea, flexível e formada por fibrilas de colágeno. Possui
acelular. capacidade parcial de regeneração.
•Estroma: representa 90% da espessura corneana, possuindo •Endotélio: constituído por apenas uma camada de
aproximadamente 500 micras. É considerado um tecido células hexagonais, dispostas em mosaico. É responsável
conjuntivo altamente especializado, composto, principalmente, pelo controle do fluxo de água entre o estroma e o humor
por fibrilas de colágeno, organizadas em lamelas paralelas aquoso, funcionando como uma barreira à passagem de água.
à superfície, e proteoglicanos. A disposição dessas fibrilas Suas células não se regeneram e lesões que a afetem são
e o conteúdo de água na matriz proteoglicana são fatores permanentes.
importantes para a transparência corneana. Veja abaixo uma ilustração das camadas corneanas:

A córnea não apresenta vascularização (avascular), sendo nutrida e oxigenada através de componentes
da lágrima, humor aquoso e vasos perilímbicos. Apesar de ser avascular, a córnea é inervada por fibras do
ramo oftálmico do V par craniano (ou trigêmeo), sendo o tecido mais ricamente inervado do organismo,
com distribuição dos nervos corneanos no epitélio e no estroma anterior e médio. O estroma posterior e a
Descemet não são inervados. Sendo assim, dada a extensa inervação, qualquer lesão corneana tende a causar
muita dor.

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Aproveitando o gancho da inervação corneana citada acima, nervo frontal e nervo nasociliar. O nervo lacrimal é responsável
abro um parêntesis e menciono aqui a inervação sensitiva ocular. O pela inervação da glândula lacrimal, conjuntiva e pele da região
trigêmeo (V par) possui três ramos, a saber: ramo oftálmico, ramo lateral da pálpebra superior. O nervo frontal emite dois ramos, o
maxilar e ramo mandibular. O ramo oftálmico é o responsável pela supratroclear e o supraorbital, responsáveis, basicamente, pela
inervação aferente sensitiva do globo ocular e suas estruturas inervação da pele da região periocular. O nervo nasociliar emite
anexas. ramos chamados de nervos ciliares longos, que inervam a retina, a
O nervo oftálmico emite três ramos: nervo lacrimal, coroide, o corpo ciliar e a íris.

3.2. LIMBO

O limbo é uma zona de transição entre a esclera e a córnea, composto por elementos de ambas. Nessa região, são encontradas
estruturas importantes para a manutenção da pressão intraocular, na qual detecta-se o escoamento do humor aquoso. Além disso, o limbo
possui uma composição celular incomum, formada por células-tronco. É a partir dessa região que um novo epitélio corneano é derivado.
Dada a imensa presença de antígenos nas células desse tecido, ele também assume um papel importante nas alterações imunológicas
que ocorrem durante inflamações e infecções corneanas e esclerais. Ainda fornece nutrição para a córnea periférica e é referencial anatômico
para diversos procedimentos cirúrgicos.

3.3. ESCLERA

A esclera (parte branca do olho) corresponde a cinco vascularizada e cheia de terminações nervosas. Abaixo da
sextos da túnica externa do olho. Ela é contínua com a córnea e conjuntiva encontra-se a episclera, uma delicada estrutura de
formada por fibras de colágeno bem como tecido conjuntivo denso tecido fibroso e elástico, ricamente vascularizada, responsável por
desordenado, sendo pouco vascularizada. Sua principal função é parte da nutrição e da resposta inflamatória da esclera. Portanto,
a sustentação do globo ocular. O suprimento nervoso da esclera a episclera localiza-se entre a esclera e a conjuntiva. A cápsula de
é extremamente rico, de forma que inflamações nessa região são Tenon (fáscia do olho) é a estrutura que recobre a episclera e a
extremante dolorosas. separa da conjuntiva.
Anteriormente, a esclera termina no limbo e, posteriormente, As inflamações da esclera são chamadas de esclerites;
termina no nervo óptico, possuindo um diâmetro vertical médio de as inflamações da episclera são chamadas de episclerites; e
aproximadamente 24 mm. Os músculos extraoculares inserem-se as inflamações da conjuntiva são chamadas de conjuntivites.
na esclera. Essas patologias serão abordadas na aula de “Síndrome do Olho
É recoberta pela conjuntiva bulbar, que é bastante Vermelho”.

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Pontos-Chave – Túnica Fibrosa ou Externa


CÓRNEA
• É uma estrutura transparente, rica em colágeno, avascular e ricamente inervada.
• Responsável por dois terços do poder óptico do olho.
LIMBO
• Zona de transição entre a esclera e a córnea. Possui células-tronco responsáveis
pela renovação do epitélio corneano.
ESCLERA
• Corresponde à parte branca do olho, sendo responsável pela sustentação do
globo.
• Acima da esclera encontra-se a episclera e, acima dela, a conjuntiva bulbar
(camada mais externa).
• Pouco vascularizada e ricamente inervada.

Veja como cai em prova!

CAI NA PROVA

HOSPITAL MUNICIPAL DR. MARIO GATTI – SP 2016 Denomina-se megalocórnea o diâmetro corneano horizontal no recém-nascido que
ultrapasse:
A) 6 mm.
B) 9 mm.
C) 10 mm.
D) 12 mm.

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Comentário

Correta alternativa “D” Questão conceitual. Uma megalocórnea é uma córnea com diâmetro horizontal superior a 13 mm.

CENTRO OFTALMOLÓGICO DE CÁCERES – MT 2018 (ADAPTADA) Em relação à anatomia da córnea, assinale a alternativa correta.
A) A superfície anterior é mais curta que a posterior.
B) O diâmetro vertical é 1 a 2 mm maior que o horizontal.
C) O raio de curvatura da córnea é maior que o raio de curvatura da esclera.
D) A córnea recebe muitas terminações nervosas, oriundas das fibras do ramo oftálmico do trigêmeo.
E) Nenhuma das alternativas anteriores.

Comentário

a) Incorreta. O diâmetro vertical da superfície anterior da córnea é maior do que o diâmetro vertical da superfície posterior.
b) Incorreta. O diâmetro horizontal da córnea é 1-2 mm maior do que o diâmetro vertical.
c) Incorreta. O raio de curvatura médio da superfície anterior da córnea é de 7,8 mm, enquanto o raio de curvatura da esclera de um olho
médio é de 13 mm.

Correta alternativa “D”


Apesar de a córnea ser uma estrutura avascular, é ricamente inervada por fibras do ramo oftálmico do
nervo trigêmeo.
e) Incorreta.

REVALIDA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – MT 2015 Em relação às bases morfofuncionais do aparelho da visão, analise as
afirmativas abaixo:
I. O olho, da mesma maneira que o encéfalo, é derivado do tubo neural, com origem neuroectodérmica.
II. A córnea é uma estrutura vascularizada.
III. A esclera é formada por tecido conjuntivo denso e corresponde ao branco do olho.
IV. A íris é responsável pela cor dos olhos.
Está correto o que se afirma em:
A) II, apenas.
B) I, III e IV, apenas.
C) II e III, apenas.
D) I, II, III e IV.

Comentário

Correta alternativa “B”


Todas as afirmativas estão corretas, exceto a II. A córnea é uma estrutura avascularizada! Guarde esse
conceito para a prova, pois é muito importante.

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Agora, vamos treinar com uma questão inédita!

CAI NA PROVA
QUESTÃO INÉDITA – PROF. EVELYN CIUFFO – ESTRATÉGIA MED 2020 Qual é a camada corneana mais importante no processo de deturgescência?
A) Estroma
B) Endotélio
C) Epitélio
D) Membrana de Bowman

Comentário

Correta alternativa “B”


A córnea é formada por cinco camadas. O endotélio, a camada mais interna, é responsável pelo controle
do fluxo de água que entra e sai da córnea, mantendo o estado de relativa desidratação (deturgescência) do tecido, que é o que mantém
a transparência corneana.

CAPÍTULO

4. TÚNICA VASCULAR, MÉDIA OU UVEAL


A túnica uveal é composta pela íris e corpo ciliar, que se localizam no segmento anterior do olho, e pela coroide, situada no segmento
posterior. A inflamação do segmento anterior é chamada de uveíte anterior (ou iridociclite), enquanto a inflamação do segmento posterior é
chamada de uveíte posterior (coroidite ou coriorretinite).
Veja a imagem:

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4.1. ÍRIS

A íris, “parte colorida do olho”, representa a região mais anterior da túnica vascular. É uma membrana fibrovascular que possui um
forame central, chamado de pupila (funciona como um diafragma óptico, regulando a quantidade de luz que entra no olho). Anatomicamente,
a íris separa a câmara anterior da posterior, localizando-se entre a córnea e o cristalino (lente do olho). Possui uma forma circular e apresenta
duas faces, uma anterior e uma posterior. É composta por três camadas (de fora para dentro): epitélio, estroma e lâmina marginal anterior.
Observe a imagem para melhor visualização:

O diâmetro da pupila é determinado pela ação de dois à miose (diminuição do diâmetro pupilar). O músculo dilatador
músculos lisos: o músculo esfíncter da pupila e o músculo dilatador da pupila localiza-se na camada anterior do epitélio, disposto
da pupila. O músculo esfíncter da pupila localiza-se no estroma, na radialmente. É inervado por fibras simpáticas (adrenérgicas),
borda pupilar, sendo composto por fibras musculares lisas dispostas derivadas do plexo carotídeo interno, que chegam ao músculo
circularmente. É inervado pelo sistema nervoso autônomo pelos nervos ciliares longos. Quando estimuladas, levam à midríase
parassimpático, através do nervo oculomotor (III par craniano). (aumento do diâmetro pupilar).
Quando suas fibras são estimuladas, elas contraem-se, levando

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A coloração da íris depende de alguns fatores: quantidade e qualidade do pigmento melânico iridiano e espessura do estroma e do
epitélio posterior. O estroma contém dois tipos de células pigmentadas: células de pigmento negro, presentes no nascimento; cromatóforos,
células contendo grãos de pigmento amarelado ou castanho.
Como todos os segmentos da úvea, a íris possui uma vascularização bem rica e é irrigada pelos seus círculos maior e menor, formados
pelas artérias ciliares anteriores e pelas artérias ciliares posteriores longas, que são ramos da artéria oftálmica. Essas artérias se anastomosam
(ligam-se por canais) e formam o círculo arterial maior da íris. A drenagem venosa é dirigida para as vorticosas.

4.2. CORPO CILIAR

O corpo ciliar é uma estrutura fundamental para o funcionamento ocular. Sua importância está ligada a duas funções principais:
participa diretamente da produção de humor aquoso e do processo de acomodação do cristalino.

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Atente para a imagem:

É uma estrutura de formato triangular, localizada se inserem na periferia da lente. Quando o músculo ciliar contrai-se,
posteriormente à íris e ao limbo, e anteriormente à coroide, sendo relaxa o ligamento suspensor do cristalino, o que deixa o cristalino
composta pelo epitélio não pigmentado, o epitélio pigmentado, o mais abaulado (convexo) e, consequentemente, com maior poder
estroma, o músculo ciliar e a camada supra-ciliar. refrativo, tornando a visão de perto mais nítida.
O epitélio não pigmentado é capaz de produzir humor Esse processo é chamado de acomodação, que nada mais
aquoso. O estroma contém as fibras do músculo ciliar, um músculo é do que a capacidade do olho de variar seu poder refringente, de
liso, inervado por fibras parassimpáticas. Atua no cristalino através modo a focalizar na retina imagens de objetos situados a diferentes
das fibras zonulares (ou ligamentos suspensórios do cristalino), que distâncias.

Reflexo de Acomodação:

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O humor aquoso, produzido pelo corpo ciliar, preenche as câmaras anterior e posterior do olho. A câmara anterior é o espaço entre a
córnea e a íris. A câmara posterior é o espaço entre a íris e o cristalino. Essas duas regiões comunicam-se através da pupila.
Observe a imagem:

4.3. COROIDE

A coroide está localizada entre a retina (camada interna) e a


esclera (camada externa), ocupando os dois terços posteriores da
túnica uveal. É uma estrutura ricamente vascularizada, formada por
uma rede de artérias entrelaçadas e anastomosadas, atravessada,
posteriormente, pelo nervo óptico. A coroide é pigmentada, dando
a coloração vermelha que vemos no fundo do olho, já que a retina
é transparente.
Uma de suas principais funções é ser responsável pelo
aporte de oxigênio e de nutrição das camadas externas da retina.

Além disso, também é responsável pela passagem de vasos que suprem o segmento anterior, manutenção da pressão intraocular, suporte
retiniano e controle térmico ocular.
A coroide pode ser dividida em algumas camadas, de fora para dentro: lâmina supracoroide, camada de grandes vasos, coriocapilar e
lâmina basal (membrana de Bruch).

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4.4. CRISTALINO

O cristalino não faz parte da túnica uveal do olho. Contudo, suspensórios. Tem grande importância no poder refrativo do
dada sua relação com o corpo ciliar e por não fazer parte de um olho (representa 1/3 desse poder), possuindo poder dióptrico de
“segmento específico”, vamos falar sobre essa estrutura nesta parte aproximadamente +20 dioptrias.
da aula. Aprofundaremos melhor o assunto na aula de “Córnea É composto, basicamente, por água (65%) e proteína (35%).
e Cristalino”, em que estudaremos as principais patologias que É um tecido avascular, recebendo sua nutrição através do humor
acometem essa estrutura. aquoso e do humor vítreo. Pode ser histologicamente dividido em
O cristalino é a lente transparente do olho. É uma lente três partes: cápsula, epitélio e cristalino.
biconvexa, localizada atrás da pupila, dependurada pelos ligamentos Observe a imagem:

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Pontos-Chave - Túnica Vascular ou Uveal


ÍRIS
• Separa a câmara anterior da posterior, localizando-se entre a córnea e o cristalino.
• Ricamente vascularizada, irrigada pelos círculos maior e menor da íris;
• Músculo esfíncter da pupila Quando estimulado pelo sistema parassimpático, cau-
sa miose pupilar.
• Músculo dilatador da pupila Quando estimulado pelo sistema simpático, causa
midríase pupilar.
CORPO CILIAR
• Participa do processo de produção do humor aquoso e acomodação do cristalino.
• Músculo ciliar Contrai-se quando estimulado pelas fibras parassimpáticas, levando
ao relaxamento das fibras zonulares e consequente aumento do diâmetro ânte-
ro-posterior do cristalino (processo de acomodação).
COROIDE
• Localiza-se entre a retina e a esclera, sendo ricamente vascularizada.
• Uma de suas principais funções é a nutrição da retina.
CRISTALINO
• Lente transparente, biconvexa, responsável por um terço do poder refrativo do
olho.
• É avascular, recebendo nutrição do humor aquoso e humor vítreo.

Veja como esse tópico pode cair em prova!

CAI NA PROVA
QUESTÃO INÉDITA – PROF. EVELYN CIUFFO – ESTRATÉGIA MED 2020 Marque a alternativa formada pelos componentes da úvea:

A) cristalino, íris e esclera.


B) coroide, corpo ciliar e íris.
C) cristalino, esclera e coroide.
D) coroide, retina e esclera.

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Comentário

Correta alternativa "B"


A úvea é composta pela íris e corpo ciliar, que se localizam no segmento anterior do olho, e pela coroide,
localizada no segmento posterior.

QUESTÃO INÉDITA – PROF. EVELYN CIUFFO – ESTRATÉGIA MED 2020 O cristalino é uma lente transparente biconvexa, responsável por um
terço do poder dióptrico do olho. Sabendo disso, marque a alternativa que apresenta o valor aproximado do poder dióptrico do cristalino:

A) 10 dioptrias.
B) 20 dioptrias.
C) 45 dioptrias.
D) 55 dioptrias.

Comentário

Correta alternativa"B"
O poder dióptrico total do cristalino é de +20 dioptrias. Os outros dois terços do poder dióptrico do olho
são representados pela córnea, que contribui com aproximadamente +42 dioptrias. Dessa forma, o poder total do olho é, em média, de
+62 dioptrias.

QUESTÃO INÉDITA – PROF. EVELYN CIUFFO – ESTRATÉGIA MED 2020 Assinale a alternativa correta com relação ao processo de acomodação
que acontece no olho.
A) É definido como um aumento da curvatura posterior do cristalino.
B) O gatilho é dado pelo músculo ciliar, que, ao ser estimulado, promove a contração das fibras zonulares.
C) O processo de acomodação tem por objetivo diminuir o poder refrativo ocular, facilitando a visão de objetos situados à pequenas
distâncias.
D) Tem origem central, com inervação parassimpática do músculo ciliar, enviada para cada olho de forma simultânea.

Comentário

a) Incorreta. O resultado final do processo de acomodação é um aumento da curvatura ântero-posterior do olho.


b) Incorreta. A contração do músculo ciliar promove o relaxamento das fibras zonulares.
c) Incorreta. O processo de acomodação tem por objetivo aumentar o poder refrativo ocular, o que ocorre através do aumento do diâmetro
ântero-posterior do olho.

Correta alterntiva"D"
O músculo ciliar é inervado por fibras parassimpáticas, que estimulam ambos os olhos simultaneamente.

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CAPÍTULO

5. TÚNICA NEUROSSENSORIAL OU INTERNA

5.1. RETINA

A túnica neurossensorial é composta pela retina, a região que histológicos distintos. A mácula é a região central da retina,
transforma o estímulo luminoso em estímulo nervoso, resultando responsável pela visão de alta definição. Possui uma coloração mais
na sensação de visão. Falaremos com mais detalhes sobre essa escura (o que se deve à presença de xantofila – pigmento amarelado
região do globo ocular na aula de “Doenças do Polo Posterior”, que – nos axônios dos fotorreceptores) e uma depressão central
irá abranger as principais patologias que acometem a retina. chamada de fóvea, composta apenas por cones (bastonetes estão
É um tecido altamente complexo, composto por diversas ausentes nessa região). A mácula é sempre temporal ao nervo
células especializadas e apresentando continuidade com o nervo óptico e um pouco inferior a ele, possuindo aproximadamente
óptico. Internamente, está em contato com o humor vítreo, e, 5 mm de diâmetro.
externamente, adere-se à coroide. Observe as imagens abaixo:
É dividida em várias regiões, com funções e arranjos

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A retina é composta por nove camadas, que serão detalhadas


na já mencionada aula de “Doenças do Polo Posterior”. Agora,
falaremos especificamente sobre a camada de fotorreceptores,
composta pelos cones e bastonetes, células responsáveis por
converter o estímulo luminoso em estímulo elétrico, através de
reações fotoquímicas.
Os cones predominam na região macular, sendo compostos
pelo pigmento iodopsina. São responsáveis pela visão de cores,
visão fina e visão fotópica, quando há muita intensidade luminosa.
Os bastonetes são as células responsáveis pelos movimentos e
formas grosseiras, funcionando com iluminação reduzida e visão
noturna (escotópica). Contêm rodopsina e não estão presentes na
fóvea.

Imagem do fundo de olho mostrando a região macular, mais escura, no centro do polo posterior

Com relação à circulação retiniana, as camadas externas da retina são nutridas pela coriocapilar, uma camada contínua de grandes
capilares localizada logo abaixo do EPR (epitélio pigmentar da retina). A porção interna da retina é nutrida por ramos de sua artéria central.
Vale lembrar que a artéria central da retina é ramo da artéria oftálmica que, por sua vez, é ramo da artéria carótida interna. A artéria central
da retina penetra no olho através do nervo óptico.

5.2. NERVO ÓPTICO

O nervo óptico, assim como o cristalino, não faz parte de um segmento específico e será melhor abordado na aula de Neuro-Oftalmologia.
Contudo, como está em contato direto com a retina, comentaremos também nesta aula.
Os axônios das células ganglionares da retina unem-se para formar o nervo óptico, que começa na região intraocular e estende-se até
o lobo occipital do encéfalo. Apresenta, aproximadamente, 1,5 mm de diâmetro e um comprimento que pode variar de 35 a 55 mm, sendo
dividido em quatro porções:

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•Porção intraocular (1 mm): também chamada de papila óptica, é visualizada pelo exame da fundoscopia e representa a origem do
nervo óptico. É amielínica, adquirindo a bainha de mielina quando atravessa a lâmina crivosa.
•Porção intraorbitária (20-30 mm): estende-se do olho ao canal óptico, possuindo um trajeto sinuoso característico, o que impede
que o nervo sofra trações durante movimentações oculares. As bainhas meníngeas envolvem essa região.
•Porção intracanalicular (4-10 mm): situa-se dentro do canal óptico.
Porção intracraniana (10 mm): é cercada pela pia-máter e aracnoide, e depois envolvida somente pela pia-máter. Pelo nervo óptico
passam a artéria central da retina e a veia central da retina.

Pontos-Chave - Túnica Neurossensorial


RETINA
• Transforma o estímulo luminoso em estímulo nervoso.
• Possui uma região chamada mácula, responsável pela visão central e de alta definição; o centro da
mácula é denominado fóvea e é composto apenas por cones.
• Os fotorreceptores são as células responsáveis por transformar o estímulo luminoso em elétrico, sendo
divididos em cones e bastonetes.
• Cones são responsáveis pela visão de cores e visão fina.
• Bastonetes são responsáveis pela visão em ambientes com baixa luminosidade e visão grosseira.
NERVO ÓPTICO
• Formado pelos axônios das células ganglionares da retina.
• Dividido em quatro porções: intraocular, intraorbitária, intracanalicular e intracraniana.
• A porção intraocular (papila) representa a origem do nervo óptico e é amielínica.

Veja como esse tópico pode cair na prova!

CAI NA PROVA

QUESTÃO INÉDITA – PROF. EVELYN CIUFFO – ESTRATÉGIA MED 2021 Com relação à anatomia da retina, assinale a alternativa correta.

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A) A região da mácula é responsável pela visão central.


B) Os bastonetes estão relacionados com a visão de cores.
C) Existe uma grande concentração de bastonetes na região macular.
D) Os cones concentram-se na periferia retiniana.

Comentário

Correta alternativa "A"


A mácula é a região central da retina, responsável pela visão de alta definição.

b) Incorreta. Os bastonetes são as células responsáveis pela visão noturna.


c) Incorreta. Os cones predominam na região macular.
d) Incorreta. Os bastonetes concentram-se na periferia da retina.

QUESTÃO INÉDITA – PROF. EVELYN CIUFFO – ESTRATÉGIA MED 2021 Considere as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta.
I. A córnea é uma estrutura avascular, sendo responsável por dois terços do poder óptico do olho.
II. Cones são células altamente especializadas, encontrados na retina, responsáveis pela visão em baixos índices de luminosidade e detecção
de movimentos, enquanto os bastonetes relacionam-se à acuidade visual fina e visão de cores.
III. O humor aquoso é produzido pelo corpo ciliar por ultrafiltração e secreção ativa.
A) Apenas I e II são corretas.
B) Apenas I e III são corretas.
C) Apenas II e III são corretas.
D) Todas estão corretas.

Comentário

Correta alterntiva "B" As assertativas I e III estão corretas. Lembrando que é bem importante para a prova gravar o conceito de
que a córnea é uma estrutura avascular.

A assertativa II está incorreta. Os cones são os responsáveis pela visão de cores e pela visão fina. Os bastonetes são as células responsáveis
pelos movimentos e formas grosseiras, funcionando com iluminação reduzida e visão noturna (escotópica).

QUESTÃO INÉDITA – PROF. EVELYN CIUFFO – ESTRATÉGIA MED 2021 Analise as afirmativas abaixo e marque a alternativa correta.
I. Na retina, a imagem forma-se invertida, para somente no cérebro ser interpretada de forma correta.
II. No fundo de olho, o nervo óptico encontra-se temporal à mácula.
III. Os bastonetes são os fotorreceptores presentes na fóvea.
IV. A papila óptica é envolvida pela pia-máter.
A) Todas as afirmativas estão corretas.
B) Somente as afirmativas II e III estão corretas.
C) Somente a afirmativa II é correta.
D) Somente a afirmativa I é correta.

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Comentário

Vamos analisar as afirmativas:

Correta alternativa "D"


I – Correta. A imagem do objeto que se forma na retina é sempre invertida, ocorrendo a “reinversão” no
córtex cerebral.

II – Incorreta. O nervo óptico encontra-se nasal à mácula; a mácula encontra-se temporal ao nervo óptico.
III – Incorreta. Os fotorreceptores presentes na fóvea são os cones.
IV – Incorreta. A papila óptica é amielínica.

CAPÍTULO

6. ANEXOS OCULARES

6.1. PÁLPEBRAS E CÍLIOS

As pálpebras são pregas móveis que recobrem a parte glândulas sudoríparas anexadas aos cílios; as glândulas de Zeiss são
anterior do olho, assegurando a proteção ocular e a distribuição do glândulas sebáceas anexadas aos cílios.
filme lacrimal. Os cílios inserem-se nelas, estando dispostos em 3 a A pálpebra é formada por algumas camadas musculares, que
4 fileiras na pálpebra superior, sendo duas vezes mais numerosos são: músculo orbicular, músculo simpático de Müller, levantador
do que na pálpebra inferior. Cada pálpebra apresenta duas faces da pálpebra superior, músculos lisos palpebrais superior e inferior.
(anterior e posterior), uma borda livre e dois ângulos (lateral e A função do músculo orbicular é fechar as pálpebras, sendo
medial). inervado pelo nervo facial (VII). A função do levantador da pálpebra
A pele da região palpebral é a mais fina do corpo, superior, como o próprio nome diz, é levantar a pálpebra superior,
apresentando tecido dérmico muito vascularizado e rico em sendo inervado pelo nervo oculomotor (III). Uma paralisia desse
fibras elásticas. Isso permite que, em situações de inflamação nervo leva a uma queda da pálpebra superior denominada “ptose”.
e sangramento, ocorra considerável formação de edema. A O músculo de Müller (ou músculo társico superior) é inervado pelo
placa tarsal é uma faixa de tecido conjuntivo denso, situada sistema nervoso autônomo simpático e contribui para a elevação
posteriormente à pele e ao músculo orbicular, e anteriormente à da pálpebra superior; a amplitude de ação (retração) do músculo
conjuntiva palpebral (tarsal). Nessa região é onde localizam-se as de Müller é estimada em 2 mm. Ele pode ser a origem da ptose por
glândulas de Meibomius, responsáveis pela produção da camada lesão simpática, como na Síndrome de Claude Bernard-Horner.
lipídica do filme lacrimal. Veja a imagem:
A pele palpebral é desprovida de gordura e contém glândulas,
sendo algumas delas típicas dessa região. As glândulas de Moll são

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Resumindo a função dos músculos...

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Pontos-Chave - Pálpebras
• As glândulas de Meibomius, localizadas na região tarsal da pálpebra, são re-
sponsáveis pela produção da camada lipídica do filme lacrimal.
• Glândulas de Moll: glândulas sudoríparas anexadas aos cílios.
• Glândulas de Zeiss: glândulas sebáceas anexadas aos cílios.
• O músculo orbicular tem a função de fechar as pálpebras, sendo inervado pelo
IV par (nervo facial).
• O músculo levantador da pálpebra superior tem a função de elevar as pálpe-
bras, sendo inervado pelo III par (nervo oculomotor).
• O músculo de Müller contribui para a elevação da pálpebra, sendo inervado
pelo sistema simpático.

Agora, veja como cai na prova!

CAI NA PROVA

INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL – RS 2013 Indique o par craniano responsável pela inervação da elevação da pálpebra:

A) N. facial.
B) N. trigêmeo.
C) N. oculomotor.
D) N. abducente.
E) N. troclear.

Comentário

Correta alternativa "C"


Como falado acima, o músculo elevador da pálpebra superior é inervado pelo III par craniano (oculomo-
tor).

CENTRO OFTALMOLÓGICO DE CÁCERES – MT 2018 Com relação à fisiologia palpebral, assinale a alternativa correta.
A) Em situação de "luta ou fuga", o estímulo autônomo simpático no músculo estriado levantador da pálpebra promove retração palpebral.
B) Em situação de estresse, a contração do músculo eretor dos cílios promove horizontalização deles, tornando-os mais sensíveis ao toque
para reflexo do fechamento palpebral.
C) A porção lípidica do filme lacrimal é exclusivamente produzida por glândulas palpebrais.
D) O fechamento da pálpebra está associado a um arco reflexo concomitante de infraversão, chamado reflexo de bell.
E) Nenhuma das alternativas anteriores.

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Comentário

a) Incorreta. O músculo levantador da pálpebra é inervado pelo nervo oculomotor, e não pelo Sistema simpático.
b) Incorreta. Não existe um músculo eretor dos cílios.

Correta alternativa "C"


A porção lipídica do filme lacrimal é exclusivamente produzida por glândulas palpebrais, chamadas de
Meibomius.

d) Incorreta. O fechamento da pálpebra está associado à ação do músculo orbicular, inervado pelo trigêmeo. O reflexo de Bell é uma
ascensão e rotação externa do olho a um esforço do fechamento forçado das pálpebras.
e) Incorreta. Existe uma alternativa correta.

Vamos fazer agora uma questão inédita!

CAI NA PROVA

QUESTÃO INÉDITA – PROF. EVELYN CIUFFO – ESTRATÉGIA MED 2020 O músculo levantador da pálpebra superior e orbicular do olho é
inervado, respectivamente, por ramos oriundos dos seguintes nervos cranianos:
A) III e V.
B) III e VII.
C) III e VI.
D) VI e VII.

Comentário

Correta alternativa "B"


Questão para fixação! Lembre-se de que o músculo levantador da pálpebra superior é inervado pelo III
par craniano (oculomotor) e o músculo orbicular é inervado pelo VII par craniano (facial).

6.2. APARELHO LACRIMAL

O aparelho lacrimal é formado pelas vias lacrimais e pelas glândulas lacrimais, responsáveis pela produção e escoamento da lágrima. A
glândula lacrimal principal, localizada na porção súpero-lateral anterior da órbita, é responsável pela porção aquosa da lágrima. As glândulas
lacrimais acessórias são denominadas Krause e Wolfring.

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As vias lacrimais são constituídas pelos pontos lacrimais, canalículos, saco lacrimal e ducto nasolacrimal. Por ação do músculo
orbicular, a lágrima que se encontra no menisco lacrimal é levada ao canto interno do olho, entrando, por sucção, nos canalículos superiores e
inferiores; daí, ela é sugada para o saco lacrimal, localizado no osso lacrimal, e depois para o ducto nasolacrimal, terminando no meato nasal
inferior.
Observe a imagem:

Vamos aproveitar para falar sobre o filme lacrimal, que é e pelas glândulas acessórias (Krause e Wolfring). Tem função
dividido em três camadas: lipídica, aquosa e mucosa. antibacteriana, dada a presença de imunoglobulinas e lisozima.
•Camada lipídica: é a mais superficial, secretada pelas Também fornece oxigênio para o epitélio corneano.
glândulas de Meibomius, Moll e Zeiss. Composta, basicamente, •Camada mucosa: é a mais profunda, secretada pelas células
de colesterol e derivados de lipídeos. Promove a estabilidade caliciformes, criptas de Henle e glândulas de Manz. Uma de
do filme lacrimal, impede a evaporação da camada aquosa e suas funções é converter o epitélio corneano de uma superfície
lubrifica as pálpebras durante o atrito com o globo ocular. hidrofóbica para uma superfície hidrofílica; além disso, ela
•Camada aquosa: é a camada intermediária e a mais estabiliza o filme lacrimal. ~
espessa das três. É secretada pela glândula lacrimal principal

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Veja como cai na prova!

CAI NA PROVA
CENTRO OFTALMOLÓGICO DE CÁCERES – MT 2018 Quanto à fisiologia do filme lacrimal, a produção e secreção do componente mucinoso
são realizadas, em parte, pelas glândulas:

A) meibomianas.
B) limbares de Manz.
C) de Krause.
D) de Wolfring.
E) sebáceas.

Comentário
O filme lacrimal é composto de três camadas, a saber: mucinosa, aquosa e lipídica. A camada mucosa, a mais interna delas, é produzida
pelas células caliciformes da conjuntiva, criptas de Henle e células de Manz.

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a) Incorreta. As glândulas de Meibomius são responsáveis pela secreção da porção lipídica da lágrima.

Correta alternativa "B"


As células de Manz contribuem para a secreção da porção mucinosa da lágrima.

c) Incorreta. A glândula de Krause é uma glândula acessória, que contribui para a secreção da porção aquosa da lágrima.
d) Incorreta. A glândula de Wolfring é uma glândula acessória, que contribui para a secreção da porção aquosa da lágrima.
e) Incorreta. As glândulas sebáceas participam da secreção da camada lipídica.

Agora, vamos fazer uma questão inédita para fixar o conteúdo!

CAI NA PROVA
QUESTÃO INÉDITA – PROF. EVELYN CIUFFO – ESTRATÉGIA MED 2021 O conduto lacrimonasal chega à fossa nasal através de qual das estruturas
abaixo?
A) Meato médio.
B) Corneto inferior.
C) Meato inferior.
D) Corneto médio.

Comentário
Correta alternativa "C"
Questão para fixação! O ducto lacrimonasal desemboca no meato nasal inferior.

QUESTÃO INÉDITA – PROF. EVELYN CIUFFO – ESTRATÉGIA MED 2021 Como sabemos, o filme lacrimal é composto por três camadas. Assinale,
dentre as alternativas, a correta.

A) A camada mais espessa do filme lacrimal é a aquosa.


B) A camada proteica é rica em imunoglobulinas, possuindo ação antibacteriana.
C) As glândulas de Meibomius são responsáveis pela produção da camada aquosa.
D) A camada lipídica é responsável por tornar o epitélio corneano uma superfície hidrofílica.

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Comentário
Questão interessante e boa para a fixação de conceitos importantes sobre o filme lacrimal.

Correta alternativa "A"


A camada mais espessa do filme lacrimal é a camada aquosa, sendo essa a camada intermediária, que se
localiza entre a camada lipídica e a mucosa.

b) Incorreta. A camada que possui ação antibacteriana é a aquosa, rica em imunoglobulinas e lisozima. Não existe uma camada chamada
de proteica.
c) Incorreta. Glândulas de Meibomius sintetizam componentes da camada lipídica.
d) Incorreta. A camada mucosa tem como uma de suas funções converter o epitélio corneano de uma superfície hidrofóbica para uma
superfície hidrofílica, podendo, assim, ser umedecida pela camada aquosa.

6.3. MÚSCULOS EXTRAOCULARES

São seis os músculos extraoculares em cada olho, sendo quatro músculos retos e dois músculos oblíquos. De acordo com sua localização
em relação ao olho, temos: retos superior e inferior, retos medial e lateral, oblíquos superior e inferior.
A partir da posição primária, o olho pode mover-se em oito direções principais. As posições secundárias correspondem às direções
puramente verticais ou horizontais, que são: abdução (para fora); adução (para dentro); elevação ou supradução (para cima); depressão ou
infradução (para baixo). As posições terciárias correspondem às direções oblíquas do olhar, que são: para cima e para fora; para cima e para
dentro; para baixo e para fora; para baixo e para dentro.

Veremos abaixo as principais funções dos músculos extraoculares:

• Reto Medial: sua contração move o olho nasalmente • Reto Inferior: sua contração promove a depressão do
(adução). É inervado pelo III par craniano (oculomotor). olho. É inervado pelo III par craniano (oculomotor).
• Reto Lateral: sua contração move o olho lateralmente • Oblíquo Superior: sua contração promove a intorção,
(abdução), e, portanto, sua paralisia gera um desvio para ou rotação do olho para dentro. É inervado pelo IV par
dentro (convergente). É inervado pelo VI par craniano craniano (troclear).
(abducente). • Oblíquo Inferior: sua contração promove a extorsão,
• Reto Superior: sua contração promove a elevação do ou rotação do olho para fora. É inervado pelo III par
olho. É inervado pelo III par craniano (oculomotor). craniano (oculomotor).
Observe a imagem:

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Pontos-Chave - Aparelho Lacrimal e Músculos Extraoculares


• Caminho percorrido pela lágrima: Pontos lacrimais Canalículos Saco lacrimal Ducto
nasolacrimal Meato nasal inferior.
• Filme lacrimal é composto por três camadas: mucinosa, aquosa e lipídica. Camada
mucinosa é produzida pelas células caliciformes; camada aquosa é secretada pela
glândula lacrimal principal e pelas glândulas acessórias; camada lipídica é secretada
pelas glândulas de Meibomius.
• Função e inervação dos músculos extraoculares:
- Reto Superior: elevação do olho (inervado pelo oculomotor).
- Reto Inferior: depressão do olho (inervado pelo oculomotor).
- Reto Lateral: abdução do olho (inervado pelo abducente).
- Reto medial: adução do olho (inervado pelo oculomotor).
- Oblíquo superior: intorção do olho (inervado pelo troclear).
- Oblíquo inferior: extorsão do olho (inervado pelo oculomotor).

Veja como cai em prova!

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INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL – RS 2013 Indique o par craniano responsável pela inervação da elevação da pálpebra:
A) N. facial.
B) N. trigêmeo.
C) N. oculomotor.
D) N. abducente.
E) N. troclear.

COMENTÁRIO
Caro(a) aluno(a), questão importante para revisarmos a inervação ocular.
a) Incorreta. O nervo facial (VII par) estimula o músculo orbicular.
b) Incorreta. O trigêmeo (V par) é responsável pela inervação sensitiva do olho.

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Correta alternativa "C"


O oculomotor (III par) é responsável pela inervação do levantador da pálpebra superior, músculo que
eleva a pálpebra.

d) Incorreta. O abducente (VI par) é responsável pela inervação do músculo reto lateral.
e) Incorreta. O troclear (IV par) é responsável pela inervação do músculo oblíquo superior.

Vamos fixar o conteúdo com uma questão inédita!

CAI NA PROVA
QUESTÃO INÉDITA – PROF. EVELYN CIUFFO – ESTRATÉGIA MED 2021 O músculo intorsor do globo ocular na posição primária do olhar é:

A) oblíquo superior.
B) reto superior.
C) oblíquo inferior.
D) reto inferior.

Comentário

Correta alternativa "A" O músculo oblíquo superior é o responsável por promover a intorção ou rotação do olho para dentro.

Terminamos aqui o conteúdo de nossa aula inaugural. A Para o processo de revisão dessa e das próximas aulas,
seguir, apresento um resumo e um mapa mental para que use aconselhamos grifar ou anotar os seus pontos mais importantes.
sempre que quiser recordar os pontos mais importantes. Em Em seguida, ler o resumo e, posteriormente, o mapa mental. Em
seguida, uma lista de questões para treinar o conteúdo estudado. uma segunda revisão, realizar o mesmo procedimento, sempre
Logo adiante encontram-se as questões comentadas. refazendo as questões apresentadas.
Até a próxima aula!

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CAPÍTULO

7. RESUMO

Túnica Fibrosa ou Externa Córnea, Limbo e Esclera

• Transparente, rica em colágeno, avascular e ricamente inervada.


• Responsável por dois terços do poder óptico do olho (aproximadamente 42
dioptrias).
Córnea
• Diâmetro horizontal de 12 mm e vertical de 10,6 mm
• Apresenta 5 camadas: epitélio, membrana limitante anterior (Bowman), estroma,
membrana limitante posterior (Descemet) e endotélio.

• Zona de transição entre a esclera e a córnea.


• Possui células-tronco, indispensáveis para regeneração do epitélio corneano.
Limbo
• Nutrição da córnea periférica.
• Referencial anatômico para procedimentos cirúrgicos.

• Parte branca do olho.


• Corresponde a 5/6 da túnica externa do olho.
Esclera • Formada por fibras de colágeno e tecido conjuntivo denso desordenado.
• Pouco vascularizada e bastante inervada.
• Acima da esclera encontra-se a episclera e, acima dela, a conjuntiva bulbar.

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Túnica Vascular, Média ou Uveal Íris, Corpo Ciliar e Coroide

• Localiza-se entre a córnea e o cristalino.


• Ricamente vascularizada, irrigada pelos círculos maior e menor da íris.
• Músculo esfíncter da pupila (inervado pelo sistema parassimpático)g Miose
Íris
pupilar.
• Músculo dilatador da pupila (inervado pelo sistema simpático) g Midríase
pupilar.

• Participa do processo de produção do humor aquoso e acomodação do


cristalino.
Corpo Ciliar • Acomodação: Contração do músculo ciliar (inervado pelas fibras
parassimpáticas)g Relaxamento das fibras zonulares g Aumento do
diâmetro ântero-posterior do cristalino.

• Localiza-se entre a retina e a esclera, sendo ricamente vascularizada.


• Uma de suas principais funções é a nutrição da retina.
Coroide
• Responsável pelo aporte de oxigênio e de nutrição das camadas externas da
retina.

Túnica Neurossensorial Retina

• Transforma o estímulo luminoso em estímulo nervoso.


• Mácula: responsável pela visão central e de alta definição.
• Fóvea: centro da mácula; composto apenas por cones.
Retina • Os fotorreceptores são as células responsáveis por transformar o estímulo
luminoso em elétrico, sendo divididos em cones e bastonetes.
• Cones: visão de cores e visão fina.
• Bastonetes: visão em ambientes com baixa luminosidade e visão grosseira.

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Anexos Oculares Pálpebras, Aparelho Lacrimal e Músculos Extraoculares

• Glândulas de Meibomius: localizadas na região tarsal da pálpebra,


responsáveis pela produção da camada lipídica do filme lacrimal.
• Glândulas de Moll: glândulas sudoríparas anexadas aos cílios.
• Glândulas de Zeiss: glândulas sebáceas anexadas aos cílios.
• Músculo orbicular: função de fechar as pálpebras, sendo inervado pelo IV
Pálpebras
par (nervo facial).
• Músculo levantador da pálpebra superior: função de elevar as pálpebras,
sendo inervado pelo III par (nervo oculomotor).
• Músculo de Müller: contribui para a elevação da pálpebra, sendo inervado
pelo sistema simpático.

• Pontos lacrimais g Canalículos g Saco lacrimalg Ducto nasolacrimal


g Meato nasal inferior.
• Filme lacrimal é composto por três camadas: mucinosa, aquosa e lipídica.
Aparelho Lacrimal
• Camada Mucinosa: produzida pelas células caliciformes; Camada Aquosa:
produzida pela glândula lacrimal principal e pelas glândulas acessórias;
Camada Lipídica: produzida pelas glândulas de Meibomius.

• Reto Superior: elevação do olho (inervado pelo oculomotor).


• Reto Inferior: depressão do olho (inervado pelo oculomotor).
• Reto Lateral: abdução do olho (inervado pelo abducente).
Músculos Extraoculares
• Reto medial: adução do olho (inervado pelo oculomotor).
• Oblíquo superior: intorção do olho (inervado pelo troclear).
• Oblíquo inferior: extorsão do olho (inervado pelo oculomotor).

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CAPÍTULO

8. MAPA MENTAL

Atenção! Para melhor visualização do mapa, aplique o “zoom” na página.

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CAPÍTULO

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA. Série Oftalmológica Brasileira. 3ª Edição. Rio de Janeiro: Grupo Gen.

2. KANSKI, Jack J.; BOWLING, Brad. Oftalmologia Clínica, Uma Abordagem Sistemática. 7ª Edição. Rio de Janeiro: Elsevier.

3. WEBSITE: ARQUIVOS BRASILEIROS DE OFTALMOLOGIA. http://www.scielo.br/abo.

4. WILKINSON, C. P.; HINTON, David R.; SADDA, SriniVas; WIEDEMANN, Peter. Ryan´s Retina. 6ª Edição. Rio de Janeiro: Elsevier.

5. GERSTENBLITH, Adam. T.; RABINOWITZ, Michael. P. Manual de Doenças Oculares do Wills Eye Hospital, Diagnóstico e tratamento no
consultório e na emergência. 6ª Edição. Artmed.

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CAPÍTULO

11. CONSIDERAÇÕES FINAIS


Chegamos ao fim de nossa aula demonstrativa!
Espero que tenha sido proveitosa e que tenha gostado da metodologia do curso.
Chamamos atenção para a importância da leitura de toda a teoria e para a resolução de todas as questões apresentadas na aula, com
o objetivo de consolidar o conteúdo estudado.
Caso você tenha tido alguma dificuldade durante a aula, queira fazer críticas ou sugestões, envie uma mensagem no Fórum de Dúvidas,
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Professora Evelyn Ciuffo

Prof. Evelyn Ciuffo | Curso Extensivo | Março 2021 39


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Prof. Evelyn Ciuffo | Curso Extensivo | Março 2021 40

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