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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ


DEPARTAMENTO DE COMPUTAÇÃO E TECNOLOGIA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

ADILSON OLIVEIRA DA SILVA

COMPUTAÇÃO EM NUVEM: ESTUDO COMPARATIVO DO


DESEMPENHO ENTRE A NUVEM PUBLICA UTILIZANDO A
FERRAMENTA WINDOWS AZURE E A PRIVADA UTILIZANDO A
FERRAMENTA OWNCLOUD

CAICÓ – RN
2017
ADILSON OLIVEIRA DA SILVA

COMPUTAÇÃO EM NUVEM: ESTUDO COMPARATIVO DO


DESEMPENHO ENTRE A NUVEM PUBLICA UTILIZANDO A
FERRAMENTA WINDOWS AZURE E A PRIVADA UTILIZANDO A
FERRAMENTA OWNCLOUD

Trabalho de conclusão de curso


apresentado ao curso de graduação em
Sistemas de Informação, como parte dos
requisitos para obtenção do título de Bacharel
em Sistemas de Informação da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte.

Orientador: Prof. Alexandre Faustino


Leite, Especialização em Redes de
Computadores.
ADILSON OLIVEIRA DA SILVA

COMPUTAÇÃO EM NUVEM: ESTUDO COMPARATIVO DO


DESEMPENHO ENTRE A NUVEM PUBLICA UTILIZANDO A
FERRAMENTA WINDOWS AZURE E A PRIVADA UTILIZANDO A
FERRAMENTA OWNCLOUD

Aprovado em ____/____/_____.

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________________________
Professor Alexandre Faustino Leite - Orientador
Universidade Federal do Rio Grande do Norte

______________________________________________________________
Professor Almir Miranda Ferreira
Universidade Federal do Rio Grande do Norte

______________________________________________________________
Professor Amarildo Jeiele Ferreira de Lucena
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
A minha mãe Avaneide em especial,
pelos ensinamentos e pelas lutas que batalhou
ao meu lado. A minha avó Francisca por seu
infinito amor e incentivo. Aos professores do
curso por ter me guiado até aqui, sempre me
incentivando nas vitorias e tropeços, nunca
deixando decair-me.
AGRADECIMENTOS

Chegando até o fim dessa etapa, posso ver os altos e baixos que foram
ultrapassados. Foram momentos de alegria quando os objetivos traçados eram
derrubados semestre a semestre, mas também ouve momentos de tristeza, quando
sentimentos de cansaço tentavam prevalecer a cada objetivo não alcançado. Contudo
nenhum desses momentos teria sido ultrapassado sem as pessoas que me rodearam
e me fizeram mais forte.

Primeiramente queria agradecer a todos os seres divinos e aos antigos


astronautas, pela força sobrenatural que me deram, quando eu achava que não iria
mais conseguir. Pelos seus ensinamentos, sobretudo por seu amor, compreensão,
conhecimento e razão. E por me mostrar muitas vezes o caminho certo a ser trilhado,
mesmo quando eu não os queria seguir.

A minha mãe Avaneide por ter sido forte, quando eu não fui. Pelo apoio
para que eu lutasse até chegar ao meu objetivo. E principalmente por ser a principal
incentivadora da minha vida acadêmica e profissional.

A minha avó Francisca pela honra, lealdade e incentivo demostrados todos


os dias. Ao meu irmão Adivaldo por ter convivido comigo nesse período acadêmico,
me ajudando a não desistir e, compartilhando também comigo seus momentos de
fracasso e vitórias. Ao meu sobrinho Maxsuel por me incentivar com suas perguntas
e curiosidades sobre o curso que foram sanadas ou pesquisadas até serem
solucionadas.

Aos professores do CERES, por seus ensinamentos dia a dia em busca de


compartilhar o seu saber. Especialmente ao professor Alexandre Faustino Leite,
responsável por minha orientação neste trabalho. Bem como ao professor Gilson
Gomes da Silva e Adrianne Paula Vieira de Andrade por ter me ensinado sobre a
computação em nuvem nas disciplinas ministradas no curso, bem como me conceder
referências bibliográficas de autores renomados sobre o tema a minha orientação no
projeto deste TCC.
Aos estimados colegas de turma que dividiram comigo as batalhas da vida
acadêmica. Em especial a Eduardo Vinicius de Araújo Germano, Adnama Lins
Gorgônio Costa, Tallyson Maia da Silva Felix e Hugo Rafael de Medeiros Fernandes
pela amizade e companheirismo. E a todas as pessoas que não foram citadas aqui,
mas que fizeram parte da minha vida de uma forma direta ou indireta nesses anos que
passaram tanto na vida acadêmica quanto na profissional.

A todas as admiráveis e amáveis Ruivas Naturais por existirem e terem me


ajudado de forma direta ou indireta na árdua caminhada tanto na conclusão deste
projeto quanto a outros desafios a serem encarados ao longo de toda a minha vida.
Ao pessoal do grupo Bar dos Bardos pelo incentivo, preocupação e atenção ao longo
de todo este trabalho e aos contratempos que virão pela frente durante a minha
existência.

E por último queria agradecer ao pessoal da empresa Microsoft, mais


especificamente o setor do Windows Azure pela sua distribuição gratuita da nuvem
pública e a empresa OwnCloud pelo fornecimento gratuito e open-source da nuvem
privada para realização desse projeto.
"Se houver amor em sua vida, isso
pode compensar muitas coisas que lhe fazem
falta. Caso contrário, não importa o quanto tiver,
nunca será o suficiente."

Friedrich Nietzsche
RESUMO

Computação em nuvens é considerada o novo modelo computacional de


armazenamento e processamento de informações. Gradativamente empresas
passam a investir nessa nova tecnologia, buscando melhorar seus serviços e sua
forma de operar. Embora já existam várias pesquisas sobre o tema da computação
em nuvem, os estudos e a análise sobre os fatores de implantação da nuvem em
empresas de pequeno porte no Rio Grande do Norte são escassos. O presente estudo
tem como objetivo a análise das soluções de provedores de nuvem disponíveis no
mercado, assim como a análise dos fatores de risco e benefícios apresentados pela
tecnologia, estabelecendo uma relação entre os fatores apontados pela empresa
estudada e os elementos assinalados na literatura. A coleta de dados foi realizada
através das ferramentas OwnCloud para gerar e coletar dados da nuvem privada e
Windows Azure para criar e coletar dados da nuvem pública, bem como pesquisas
bibliográficas. A pesquisa foi feita a partir da comparação de caráter exploratório entre
as nuvens pública e privada, sendo a análise do tipo qualitativa. Os resultados do
comparativo mostram que os fatores importantes para que uma empresa implante ou
não um dos modelos de nuvem em relação aos arquivos da coleta de dados são os
formatos: Documento, Áudio, Imagem e Vídeo. A partir desses resultados e da análise
feita sobre os modelos de nuvem e de Internet, as empresas da região poderão ter
uma compreensão maior dos desafios para adoção de um de seus modelos de nuvem,
e assim comparar as vantagens e desvantagem de se adotar a nuvem.

Palavras-chave: Computação em nuvem; Modelos de nuvem; Ferramentas


coletoras de dados em nuvem; Adoção da nuvem.
ABSTRACT

Cloud computing and new computational model of storage and information


processing. Gradually companies are investing in this new technology, seeking to
improve their services and how they operate. Although there are several surveys on
the subject of cloud computing, studies and an analysis of the factors of cloud
deployment in small businesses in Rio Grande do Norte are scarce. The objective of
this study is to analyze the cloud provider solutions available in the market, as well as
an analysis of the risk factors, as well as the analysis of the risk factors, as well as the
analysis of the risk factors, as well as the analysis of the risk factors, as well as the
analysis of risk factors, as well as the analysis of risk factors. A collection of data
available to your tools. Possess the database to create and create private cloud and
Windows azure data to create and produce public cloud data, as well as bibliographic
searches. The research was done from an exploratory comparison between public and
private clouds, being an analysis of the qualitative type. The results of the comparative
show that are important factors for a company implant or not of the cloud models in
relation to the data collection files are the formats: Document, Audio, Image and Video.
From results and analysis done on cloud and Internet models, such as companies in
the region with their cloud models, as well as the benefits and drawbacks of adopting
the cloud.

Keywords: Cloud computing; Cloud models; Cloud data collection tools; Cloud
adoption.
Sumario

1- INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 1

1.1 - TEMA .............................................................................................................................. 1

1.2 - CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMA................................................................................ 1

1.3 - OBJETIVOS DA PESQUISA ............................................................................................... 3

1.3.1 - Objetivo geral .......................................................................................................... 3

1.3.2 - Objetivos específicos ............................................................................................... 3

1.4 - DELIMITAÇÃO DO ESTUDO ............................................................................................. 4

1.5 - JUSTIFICATIVA DO ESTUDO ............................................................................................ 4

1.6 - ESTRUTURA DO TRABALHO ............................................................................................ 5

2- REVISÃO DA LITERATURA ............................................................................................ 7

2.1 - CLOUD COMPUTING....................................................................................................... 7

2.1.1 – Conceito .................................................................................................................. 7

2.1.2 – Funcionalidade ....................................................................................................... 7

2.2 - MODELOS DE NUVEM .................................................................................................... 8

2.2.1 - Conceito de nuvem privada .................................................................................... 8

2.2.2 - Conceito de Pay-Per-Use (Pague pelo uso) ............................................................. 8

2.2.3 - Conceito de nuvem publica ..................................................................................... 9

2.2.4 - Conceito de nuvem hibrida ..................................................................................... 9

2.3 - SERVIÇOS EM NUVEM .................................................................................................. 11

2.3.1 - Conceito de SAAS (Software as a Service) ............................................................. 11

2.3.2 - Conceito de PAAS (Platform as a Service) ............................................................. 11

2.3.3 - Conceito de IAAS (Infrastruture as a Service) ....................................................... 11

2.4 – CRIANDO A NUVEM PUBLICA COM A FERRAMENTA MICROSOFT AZURE .................. 13

2.5 – CRIANDO A NUVEM PRIVADA COM A FERRAMENTA OWNCLOUD............................. 17

3 – METODOLOGIA ............................................................................................................. 19

3.1 – Abordagem teórico-metodológica da pesquisa .......................................................... 19


3.2 – O contexto da pesquisa: espaço e sujeitos da investigação........................................ 20

3.3 – Instrumentos de coleta e seleção dos dados .............................................................. 20

3.4- Procedimentos de analises e interpretação dos dados ................................................ 24

4 – RESULTADOS ................................................................................................................ 26

4.1 – Criação e configuração da nuvem publica................................................................... 26

4.1.1 – Resultados das nuvens ......................................................................................... 27

4.1.2 – Resultado dos arquivos em formato documento da nuvem publica ................... 27

4.1.3 – Resultado dos arquivos em formato áudio da nuvem publica ............................. 29

4.1.4 – Resultado dos arquivos em formato imagem da nuvem publica ......................... 31

4.1.5 – Resultado dos arquivos em formato vídeo da nuvem publica ............................. 33

4.2 – Criação e configuração da nuvem privada .................................................................. 35

4.2.1 – Resultado dos arquivos em formato documento da nuvem privada ................... 35

4.2.2 – Resultado dos arquivos em formato áudio da nuvem privada ............................ 38

4.2.3 – Resultado dos arquivos em formato imagem a nuvem privada .......................... 40

4.2.4 – Resultado dos arquivos em formato vídeo da nuvem privada ............................ 42

4.3 – Analise dos dados das nuvens ..................................................................................... 45

4.3.1 – Analise comparativa entre as nuvens do formato documento ............................ 45

4.3.2 - Analise comparativa entre as nuvens do formato áudio ...................................... 47

4.3.3 - Analise comparativa entre as nuvens do formato imagem .................................. 49

4.3.4 - Analise comparativa entre as nuvens do formato vídeo ...................................... 51

5 – CONCLUSÃO.................................................................................................................. 53

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 55
1

1- INTRODUÇÃO

1.1 - TEMA

Este estudo visa demonstrar e comparar o desenvolvimento de uma análise de


desempenho de uma nuvem pública e uma nuvem privada, para aplicação em
empresas de médio e pequeno porte baseado em dados colhidos no âmbito
acadêmico.

1.2 - CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMA

A computação em nuvem (do inglês cloud computing) é um termo que possui


inúmeras definições que abordam características diferentes, mas pode-se defini-la de
maneira simplificada como recursos computacionais (processar aplicações e
armazenar dados) fora do ambiente corporativo, dentro da grande rede (VERAS,
2012).

Nos dias atuais a computação em nuvem está cada vez mais presente no
mundo. Essa tecnologia surgiu pela necessidade de se aproveitar ainda mais a forma
de utilização do hardware e diminuir os custos para as empresas.

Em 2011 o NIST (Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia, do inglês National


Institute of Standards and Technology) publicou um projeto que visa 5 (cinco)
características mais aceitas e abrangentes para definir a computação em nuvem. São
elas (VERAS, 2012):

1. Autoatendimento sob demanda: as funcionalidades são feitas


automaticamente sem a necessidade de interação humana com provedor de serviço.
2

2. Amplo acesso a serviços de rede: os recursos e funcionalidades estão


disponíveis através da internet e são acessados por mecanismos, sendo assim
acessíveis a dispositivos portáteis, moveis, computadores, etc.

3. Pool de recursos: os recursos computacionais do provedor são usados


por vários usuários ao mesmo tempo ou não, sendo-se os dados alocados e
realocados dinamicamente de acordo com a demanda de cada usuário. É importante
ressaltar que os recursos podem ser tanto físicos quanto virtuais.

4. Elasticidade rápida: os recursos e funcionalidades precisam ser rápidos,


elasticamente fornecidos e liberados, dando-se a impressão ao usuário de que o
mesmo tem recursos ilimitados, que podem ser obtidos (comprados) em qualquer
quantidade e a qualquer momento.

5. Serviços mensuráveis: a computação em nuvem utiliza sistemas de


gerenciamento que controlam e monitoram automaticamente cada tipo de serviço
(armazenamento, processamento e largura de banda). Esse monitoramento deve ser
transparente, tanto para o provedor quanto para o consumidor (cliente) que utiliza os
serviços disponíveis.

Tem-se como principal benefício o ganho no escalonamento proporcionado


pela arquitetura, como por exemplo, servidores sem uso tem-se perda tanto como
gerenciamento quanto no aspecto do uso de energia. Sendo assim, servidores com
alta carga e servidores com baixa carga consomem energia de forma semelhante.
Portanto, servidores com baixa carga ou sem uso são sinônimos de ineficiência. Na
nuvem, a utilização destes servidores seria otimizada (TAURION, 2009).

Computação em nuvem diz respeito a um grande estudo onde produtos e


serviços estão alocados em grandes servidores virtuais, onde há grande tecnologia
de infraestrutura e segurança, garantindo sua utilização (VERAS, 2013).

Mas, mesmo com tantas vantagens, muitos donos e sócios de empresas têm
dificuldade em definir como, quando e qual tipo de nuvem melhor ajusta-se em sua
3

empresa. Diante dessas fundamentações, surge uma ideia: Seria possível fazer uma
comparação de desempenho entre nuvem pública utilizando para a sua criação a
ferramenta Windows Azure e a nuvem privada utilizando para a sua criação a
ferramenta Owncloud?

Diante dessa concepção, este estudo propõe a comparação entre as nuvens:


pública utilizando a ferramenta Windows Azure para a criação da mesma e a privada
utilizando a ferramenta Owncloud para a criação da mesma, de maneira que seja
utilizado o melhor de ambas para a elaboração de resultados de desempenho através
de dados e testes fornecidos no âmbito acadêmico.

1.3 - OBJETIVOS DA PESQUISA

Os objetivos deste estudo estão divididos em objetivos gerais e específicos,


respectivamente.

1.3.1 - Objetivo geral

Para atingir o objetivo geral deste estudo, é suficiente alcançar o seguinte


ponto: Comparar o desempenho e avaliar o uso da computação em nuvem com a
aplicação dos modelos público e privado no ambiente acadêmico.

1.3.2 - Objetivos específicos

1. Analisar o processo de uso da nuvem pública e da nuvem privada no


ambiente acadêmico;
2. Identificar pontos positivos e negativos na utilização da nuvem pública e
nuvem privada;
3. Comparar os resultados de desempenho entre a nuvem pública e
privada;
4

4. Demonstrar os resultados obtidos na comparação de ambas as nuvens.

1.4 - DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

Segundo AZURE (2017) estudar todos os modelos e tipos de computação em


nuvem que estão no mercado atualmente é uma tarefa que vai além do escopo deste
estudo. Além disso, um único modelo possui muitas características a serem
investigadas, o que exige um estudo mais prolongado e aprofundado do que este.
Dessa forma, foi necessário escolher apenas 2 (dois) desses modelos e focar apenas
numa característica que será o desempenho de ambas.

Os modelos de computação em nuvem do mercado atual representam uma


população muito grande para ser estudada. Nas referências bibliográficas
consultadas, porém, dois modelos são mencionadas mais frequentemente: a nuvem
pública e a nuvem privada.

De acordo com AZURE (2017) todas oferecem grande poder computacional,


porém, cada um tem suas particularidades. Como dito, analisar todas ainda é uma
tarefa grande demais para este estudo. Assim, a escolha de 2 (duas) delas é algo
desafiador, pois vários fatores devem ser levados em conta e essa escolha interfere
profundamente no resultado final de uma comparação.

1.5 - JUSTIFICATIVA DO ESTUDO

Este estudo está justificado nos âmbitos pessoal, acadêmico e profissional.

Como justificativa pessoal, existe o desejo de explorar as capacidades dos


modelos de nuvem pública e nuvem privada e de conhecer e estudar uma comparação
que melhor se adeque às empresas.
5

Apesar da necessidade de se ter sugestões com embasamento teórico que


indiquem qual modelo de nuvem escolher para se iniciar uma comparação entre
modelos, não existem muitos estudos adequados. A maioria não compara ou não
deixam claro a comparação entre ambas e muitas vezes nem menciona mais de uma.
Além disso, com o passar do tempo, o Google, Amazon e outras empresas que
fornecem os modelos descritos acrescentam diversas melhorias aos modelos e esses
estudos vão se tornando desatualizados e/ou incompletos. Assim, este estudo se
justifica no âmbito acadêmico.

Devido aos benefícios proporcionados pela nuvem, empresas de todos os


tamanhos têm hospedado suas aplicações nos modelos descritos. A tendência é que
as novas aplicações e funcionalidades sejam desenvolvidas para a nuvem enquanto
as já existentes fazem a migração. Com essa tendência em vista, torna-se muito
importante o aprendizado dos modelos de nuvem disponíveis no mercado e neste
estudo, portanto, está de acordo com o cenário atual da tecnologia da informação e
justificado no âmbito profissional.

1.6 - ESTRUTURA DO TRABALHO

Este estudo está estruturado em 5 (cinco) seções, intituladas: Introdução,


Revisão Bibliográfica, Metodologia, Resultados e Conclusão.

Na Introdução é apresentado o contexto geral desta pesquisa, abordando o


conceito e vantagens da computação na nuvem no mercado atual. É mostrado
também o problema de pesquisa e a delimitação do estudo. Além disso, são descritos
os objetivos, justificativa e a classificação da pesquisa.

Na Revisão Bibliográfica estão apresentados os conceitos fundamentais para


o entendimento deste estudo. Conceitos de modelos e tipos de nuvem existente,
conceito da ferramenta que será implementada para a criação e benefícios da nuvem
pública Windows Azure, bem como da nuvem privada Owncloud, entre outros. São
abordados e definidos segundo autores renomados da área.
6

A terceira seção, a Metodologia, apresenta de forma detalhada o método


utilizado para realizar a comparação entre a nuvem pública e a nuvem privada,
descrevendo os critérios adotados, suas formas de medição e as demais etapas do
método.

A quarta seção, chamada de Resultados, apresenta as consequências do


estudo, abordando os resultados e análise comparativa entre as nuvens dos formatos
de arquivos: documento, áudio, imagem e vídeo, respectivamente.

A quinta e última seção, chamado de Conclusão, apresenta qual nuvem se


adequa de acordo com a metodologia usada neste estudo, bem como a limitação no
desenvolvimento do mesmo e por último sugere-se algumas pesquisas futuras de
acordo com o tema e área proposto.
7

2- REVISÃO DA LITERATURA

A presente seção aborda os conceitos sobre a computação em nuvem e seus


tipos: nuvem pública e nuvem privada, no contexto da computação em nuvem. Cada
tipo de nuvem é composto pelos conceitos dos principais modelos de desenvolvimento
em que este estudo se baseou.

Inicialmente é citado o conceito básico sobre o que é a computação em nuvem


e o funcionamento da mesma. Em seguida, são apresentados os modelos de cada
nuvem bem como o seu conceito. Por fim, são apresentados os serviços que a nuvem
oferece, bem como os conceitos de cada serviço.

2.1 - CLOUD COMPUTING

2.1.1 – Conceito

A definição do que é computação em nuvem (do inglês cloud computing) é bem


abrangente, mas todas com o mesmo sentido. O conceito mais aceito no mundo é que
refere-se a um conjunto de recursos virtuais de fácil utilização e acesso, tais como
hardware, software, plataformas de desenvolvimento e serviço (VERAS, 2012).

2.1.2 – Funcionalidade

A computação em nuvem funciona como uma espécie de rede de


computadores interligados a servidores que hospedam os serviços vitais de um
sistema que poderão ser acessados por outros computadores via browser, ou seja, as
informações não são alocadas em uma única máquina e sim em um conjunto de
máquinas que compartilham a capacidade de cálculo e de memória, que são ligadas
através da internet (VERAS, 2012).
8

Na computação em nuvem os servidores não têm necessidade de estarem


alocados em um mesmo local e sim poderão estar espalhados pelo mundo inteiro,
mas, para o usuário, é como se eles estivessem funcionando um ao lado do outro.
Isso emprega uma grande vantagem, pois no caso de uma eventual falha em um dos
seus servidores, o serviço ainda poderá ser acessado através de outro local (VERAS,
2012).

As aplicações em nuvem são oferecidas aos clientes em forma de serviços, nos


quais para acessá-los a empresa fornecedora cobrará um valor que será determinado
de acordo com o uso do cliente (do inglês pay-per-use) (VERAS, 2012). Um exemplo
de um serviço ou ferramenta paga é o Windows Azure (PAULO, 2016), mas outros
serviços ou ferramentas são oferecidos gratuitamente como por exemplo a ferramenta
OpenStack (PAULO, 2016).

2.2 - MODELOS DE NUVEM

Existem três tipos de modelos de nuvem que são distribuídas e compartilhadas


pelo mundo. São elas: nuvem privada, nuvem pública e nuvem hibrida (VERAS, 2012).

2.2.1 - Conceito de nuvem privada

Esse modelo não é oferecido para uso geral. Os serviços oferecidos são
utilizados pela própria organização cliente. Os serviços são oferecidos para a
utilização da própria organização e o mesmo quase sempre faz a gerencia das
operações. Em alguns casos pode-se ser gerenciada por terceiros (VERAS, 2012).

2.2.2 - Conceito de Pay-Per-Use (Pague pelo uso)

Pay-Per-Use são recursos que podem ser configurados ou reconfigurados


dinamicamente para se ajustarem à carga de trabalho consumida, permitindo assim
9

gastar apenas o que usar com garantias oferecidas pelo provedor através de acordos
ou contratos de níveis de serviços. Em outras palavras, pay-per-use é um termo ou
função em que a empresa paga pelo uso de qualquer serviço oferecido pelo provedor.

2.2.3 - Conceito de nuvem publica

Esse modelo é oferecido para o uso geral através do modelo pay-per-use


(como mencionado anteriormente, diz respeito a ser pago pelo uso). Nuvem pública é
oferecida por grandes empresas industriais e organizações públicas que possuem
grande capacidade de processamento e armazenamento (VERAS, 2012).

Também pode-se citar que a Microsoft usa o modelo de nuvem pública com a
ferramenta Windows Azure. Sendo assim, a ferramenta pode desenvolver-se tanto em
nuvem privada quanto na pública (PAULO, 2016).

2.2.4 - Conceito de nuvem hibrida

Esse modelo é composto pelas duas nuvens citadas anteriormente (privada e


pública) e soma o que há de melhor das mesmas. Assim, uma empresa pode
armazenar dados locais e sigilosos em uma nuvem privada e fazer a transferência
deles entre ambas as nuvens que se disponibilizam em aplicações e portabilidade de
dados (FRAZILLI, 2015).

Uma empresa que utiliza o modelo de nuvem pública é a Amazon, outra


instituição que usa a nuvem privada é o Google e a companhia que dispõe o modelo
de nuvem hibrida é a VMWare com a ferramenta vCloud Suite (PAULO, 2016). A figura
1 ilustra os modelos de implantação.
10

Figura 1: Modelos de implantação

Fonte: FRAZILLI, 2015.


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2.3 - SERVIÇOS EM NUVEM

A computação em nuvem é um serviço que pode ser prestado de diferentes


formas, que tem como base 3 (três) estruturas diferentes. São elas: SAAS – Software
como serviço (do inglês Software as a Service), PAAS – Plataforma como um serviço
(do inglês Platform as a Service) e IAAS – Infraestrutura com um serviço (do inglês
Infrastruture as a Service). Além desses serviços podemos destacar outro, como o:
pague pelo uso (do inglês Pay-per-use) (VELTE, A, T; VELTE, T, J; ELSENPETER,
2011).

2.3.1 - Conceito de SAAS (Software as a Service)

SaaS são aplicativos e serviços que a empresa oferece a seus clientes para
que eles possam utiliza-lo pagando um valor pelo seu uso. Tais aplicações são
acessadas pelo cliente via browser com internet e fornecidas pela nuvem pelo
provedor. Este estudo fez o uso do serviço descrito, por usar ferramentas gratuitas e
open source que criaram e gerenciaram as nuvens pública e privada.

2.3.2 - Conceito de PAAS (Platform as a Service)

PaaS é a capacidade oferecida pelo provedor para quem desejar desenvolver


aplicações onde serão executadas e disponibilizadas na nuvem. Tal plataforma
oferece computação, armazenamento e comunicação para os aplicativos.

2.3.3 - Conceito de IAAS (Infrastruture as a Service)

IaaS é a capacidade que o provedor tem para oferecer uma infraestrutura de


processamento e armazenamento de forma transparente, onde o usuário tem o
controle sobre as maquinas virtuais, armazenamento, quantidade de dados
12

trafegados, aplicativos instalados entre outros recursos e serviços. A figura 2 mostra


algumas empresas que usam cada serviço.

Figura 2: Empresas que usam cada serviço da nuvem.

Fonte: BRAND, 2016


13

2.4 – CRIANDO A NUVEM PUBLICA COM A FERRAMENTA


MICROSOFT AZURE

Segundo MICROSOFT (2010) o azure é um conjunto de abrangente com


serviços de nuvem, ao qual os desenvolvedores e os profissionais de TI usam para
criar, implantar e gerenciar aplicativos por toda a nossa rede global de datacenters.
As ferramentas integradas, o DevOps e o Marketplace dão suporte ao o usuário e
cliente para criar de maneira eficiente desde aplicativos móveis simples até soluções
usadas em escala da Internet. Ou seja, o microsoft azure é uma plataforma destinada
à execução de aplicativos e serviços, baseada nos conceitos da computação em
nuvem.

Dentre as mais variadas funções, funcionalidades e serviços como a criação e


manutenção de maquinas virtuais, big data, desenvolvimento e testes dentre outras,
está o armazenamento, função esta que foi desenvolvida neste estudo.

Ainda segundo MICROSOFT (2010) o Armazenamento do azure é um serviço


de nuvem gerenciado pela microsoft que fornece armazenamento altamente
disponível, seguro, durável, escalonável e redundante. O mesmo consiste em 3 tipos
de armazenamento. São eles: blobs, arquivos e filas.

Segundo COLABORADORES (2017) o Armazenamento de Blobs do Azure é


um serviço para armazenar grandes quantidades de dados de objeto não
estruturados, como texto ou dados binários, que podem ser acessados de qualquer
lugar do mundo por meio de HTTP ou HTTPS. Pode usar o armazenamento de Blob
para expor dados publicamente para o mundo ou para armazenar dados do aplicativo
de forma privada. O uso mais comum para este tipo de armazenamento são:

1. Fornecer imagens ou documentos diretamente a um navegador;


2. Armazenar arquivos para acesso distribuído;
3. Transmitir por streaming áudio e vídeo;
4. Armazenamento de dados de backup e restauração, recuperação de
desastres e arquivamento;
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5. Armazenando dados para análise por um serviço local ou hospedado do


Azure.

De acordo com COLABORADORES (2017), em seu armazenamento do tipo


arquivo oferecem compartilhamentos totalmente gerenciados na nuvem, acessíveis
por meio do protocolo SMB (Service Message Block) SMB (Service Message Block)padrão
do setor (também conhecido como CIFS ou Common Internet File System). Os
compartilhamentos de Arquivos do Azure podem ser montados de maneira simultânea
por implantações locais ou na nuvem do Windows, do Linux e do MacOS. Além disso,
o compartilhamento de arquivo pode ser armazenado em cache nos Windows Servers
com a Sincronização de Arquivos do Azure (versão prévia) para acesso rápido perto
de onde os dados estão sendo usados, O mesmo possui os seguintes benefícios:

Acesso compartilhado: Os compartilhamentos de Arquivos do Azure suportam


o protocolo SMB padrão, ou seja, pode-se substituir perfeitamente seus
compartilhamentos de arquivos locais pelos compartilhamentos de Arquivos sem se
preocupar com a compatibilidade dos aplicativos. Poder compartilhar um sistema de
arquivos em vários computadores, aplicativos e instâncias é uma vantagem
significativa que este tipo de armazenamento fornece para aplicativos que precisam
de compartilhamento.

Totalmente Gerenciado: Os compartilhamentos de arquivos do azure podem


ser criados sem a necessidade de gerenciar um sistema operacional ou hardware.
Isso significa que o cliente e usuário não precisa lidar com a correção do sistema
operacional do servidor com atualizações críticas de segurança ou com a substituição
de discos rígidos com defeito.

Scripts e Ferramentas: Os cmdlets do PowerShell e a CLI do azure podem ser


usados para criar, montar e gerenciar compartilhamentos dos arquivos como parte da
administração dos aplicativos do azure. Pode-se ainda criar e gerenciar
compartilhamentos dos arquivos do azure usando o Portal do azure e o Gerenciador
de Armazenamento do azure.
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Resiliência: O serviço de arquivos foi criado do zero para estar sempre


disponível. Substituir os compartilhamentos de arquivos locais pelos arquivos do azure
significa que não é preciso estar ativado para lidar com interrupções locais de energia
ou problemas de rede.

Programação Familiar: Os aplicativos executados no azure podem acessar


dados no compartilhamento por meio de APIs de E/S do sistema de arquivos. Os
desenvolvedores podem, portanto, utilizar seus códigos e habilidades existentes para
migrar aplicativos existentes. Além das APIs de E/S do sistema, pode-se usar
as bibliotecas do cliente de armazenamento do azure ou a API de REST do
armazenamento do azure.

Para COLABORADORES (2017) o armazenamento de filas do Azure é um


serviço para armazenamento de um grande número de mensagens que podem ser
acessadas de qualquer lugar do mundo por meio de chamadas autenticadas usando
HTTP ou HTTPS. Uma única mensagem de fila pode ter até 64 KB de tamanho e uma
fila pode conter milhões de mensagens, até o limite de capacidade total de uma conta
de armazenamento. O uso mais comum para este tipo de armazenamento são:

1. Criar uma lista de pendências de trabalho para processar de maneira


assíncrona;

2. Transmitir mensagens de uma função web do azure para uma função de


trabalho do azure

Por fim, a ferramenta Windows Azure permite aos utilizadores implementarem


a sua própria nuvem publica de forma simples, gratuita e segura. A figura 3 mostra a
tela inicial da referida ferramenta.
16

Figura 3: Tela inicial da ferramenta Windows Azure

Fonte: ZANONI, 2016


17

2.5 – CRIANDO A NUVEM PRIVADA COM A FERRAMENTA


OWNCLOUD

OwnCloud é um software de código aberto que provê o sincronismo de arquivos


com a nuvem, como por exemplo calendário, agendamento de tarefas, bookmarks,
gerenciamento e outros recursos com a visualização e compartilhamento com outras
pessoas (HENRIQUE, 2013).

Segundo HENRIQUE (2013), a referida ferramenta tem como principais


recursos e diferenciais as seguintes funcionalidades:

a) Criptografia: Os seus dados podem ser armazenados e criptografados no


filesystem. Com isto, nem usuários com a senha root terão acesso às informações
enviadas ao servidor;

b) Integração com LDAP: Se o usuário e cliente utiliza o servidor de diretório


LDAP, este recurso é muito útil para o gerenciamento de senhas;

c) Versionamento de arquivos: Quando habilitado permite a recuperação de


antigas versões de documentos;

d) Storage externo: Embora encontra-se em fase experimental, permite acessar


o Google Drive e Dropbox na sua estrutura de nuvem.

e) Gerenciador de tarefas, calendários, galeria de imagens e músicas;

f) Arrastar e soltar para upload de arquivos;

g) Visualizador de Open Document Format (ODF).

Resumindo, a ferramenta ownCloud permite aos utilizadores implementarem a


sua própria nuvem privada de forma simples, gratuita e segura. A figura 4 mostra a
tela inicial da referida ferramenta.
18

Figura 4: Tela inicial da ferramenta owncloud

Fonte: JACOB, 2017, p.6.


19

3 – METODOLOGIA

3.1 – Abordagem teórico-metodológica da pesquisa

Para alcançar os objetivos deste estudo, este ocorreu de forma exploratória,


com abordagem qualitativa, através da comparação entre as nuvens pública e privada,
por meio da análise de desempenho entre o tráfego de dados na rede, além de
pesquisas bibliográficas, artigos e livros de autores renomados sobre estudos e
conceitos das referidas nuvens.

O estudo que foi desempenhado neste projeto pode ser classificado como
exploratório-descritiva. Isto porque em sua parte exploratória teve por objetivo visar e
pesquisar levantamentos bibliográficos, citações e exemplos que facilitem o
entendimento do assunto ou tema computação em nuvem. No que se refere a parte
descritiva, visou à identificação, registro e análise das características, fatores ou
variáveis que se relacionam no comparativo das nuvens pública e privada.

Quanto à metodologia, este estudo fez a escolha pelo método comparativo.


Para BREVE (1999) o método consiste no confronto entre elementos, levando em
consideração seus atributos. Promove o exame dos dados afim de obter diferenças
ou semelhanças que possam ser constatadas, e as devidas relações entre as duas.
Ainda segundo o autor a metodologia pode ser unida ao método histórico, realizando
comparações entre os dados do presente com os do passado. Segundo Cristiano e
Cesar (2013) o método comparativo ocupa-se da explicação dos fenômenos e permite
analisar o dado concreto, deduzindo desse “os elementos constantes, abstratos e
gerais”. Para Gil (2008) a metodologia procede pela investigação de indivíduos,
classes, fenômenos ou fatos, com vistas a ressaltar as diferenças e as similaridades
entre elas.

Para Cristiano e Cesar (2013) o procedimento comparativo centra o estudo com


o objetivo de verificar semelhanças e explicar divergências. O mesmo ainda ocupar-
se em explicar fenômenos, permitindo analisar dados concretos, deduzir elementos
constantes e observar informações abstratas gerais nele presentes.
20

Tendo em vista os pontos apresentados anteriormente, a seleção e escolha


dos métodos são justificadas pelos fatos e procedimentos supracitados por meio dos
autores. Possibilitando comparar e compreender a realidade das nuvens pública e
privada.

3.2 – O contexto da pesquisa: espaço e sujeitos da investigação

A coleta de dados para análise e desenvolvimento deste estudo, foi realizado


com o procedimento de coleta de dados, aconteceu através da observação direta.
Desta forma pode-se citar a pesquisa de laboratório, onde ocorreu situações
desenvolvidas e controladas no ambiente acadêmico, dentro dos laboratórios do curso
de BSI (Bacharelado em Sistemas de Informação) no CERES Caicó – RN nas
dependências da UFRN.

3.3 – Instrumentos de coleta e seleção dos dados

Este estudo utilizou as ferramentas Owncloud e Windows azure onde os dados


foram inseridos e coletados para análise, criado em forma de documentação direta,
com a forma de pesquisa de laboratório. Segundo Marconi e Lakatos (2009) a
pesquisa de laboratório descreve e analisa o que será ou ocorrerá em situações
controladas, devendo ocorrer em ambientes controlados utilizando instrumental
específico e preciso. Seu objetivo deve ser previamente estabelecido e relacionado
com determinada ciência ou ramo de estudo. As técnicas utilizadas também variam
de acordo com o estudo a ser feito, ou seja, o que se propõe alcançar. É um
procedimento de investigação mais difícil, entretanto, mais exato. Quatro aspectos
devem ser levados em consideração: Objeto, objetivo, instrumental e técnicas.

Ainda para Marconi e Lakatos (2009) as experiências podem ser efetuadas em


recintos fechados (casas, laboratórios, salas) ou ao ar livre, em ambientes artificiais
ou reais, de acordo com o campo da ciência que está realizando-as. Pode ser
21

realizada com pessoas, animais, vegetais etc. No laboratório, o cientista observa,


mede e pode chegar a certos resultados, esperados ou inesperados.

Ferreira (1982) aponta que a pesquisa de laboratório realiza-se geralmente em


recinto fechado e pelo menos apresenta três exigências, que são a instrumentação,
os objetivos e a manipulação dos instrumentos para alcançar os objetivos. Ruiz (1991
citado por ANDRADE, 2003) coloca o laboratório como o ambiente no qual o
pesquisador tem condições de provocar, produzir e reproduzir fenômenos, em
condições de controle. Hair (2005 citado por ZAPELINI, 2007) afirma que a pesquisa
de laboratório pode ser considerada como a manipulação de uma variável em
ambiente artificial. Permite maior controle sobre as variáveis, redução das influências
exteriores e permite projetos de menor escala, assim, em termos científicos, este
delineamento é o mais preciso de todos.

Bonat (2009) também relata que a pesquisa de laboratório é a mais precisa,


preocupando-se em descrever e analisar situações que são controladas. Essas
situações poderão ocorrer tanto em um recinto fechado (laboratório) como em um
recinto aberto, e terão como característica básica o controle sobre os dados e efeitos.

Com base nas definições e argumentos apresentados anteriormente este


estudo foi dividido em 2 (duas) etapas. A primeira parte fez-se à implementação e
criação de 2 (duas) nuvens, sendo 1 (uma) pública, através da ferramenta gratuita
Windows azure e outra privada, por meio da ferramenta também gratuita Owncloud.
O termo ‘privado’ em computação em nuvem nem sempre diz respeito ao custo pela
utilização da mesma. Existe algumas ferramentas gratuitas que são usadas pelos
desenvolvedores para a criação e gerenciamento do modelo mencionado, inclusive,
uma destas, foi utilizada no desenvolvimento deste estudo, com criação da nuvem
privada.

Na segunda parte foi destacado a comparação e análise de dados das 2 (duas)


nuvens, verificando assim o desempenho de ambas. Estas ferramentas consentiram
no comparativo entre as 2 (duas) nuvens de forma fácil, simples e gratuita. O material
documentado, bem como, os respectivos estudos foram ordenados em relatório de
pesquisa componente do estudo monográfico que se planejou e elaborou o mesmo.
22

Foram feitas a avaliação do tipo qualitativa de diferentes tipos e formatos de


arquivos e comparados 2 tipos de formato de cada arquivo, tais como: Documento,
Áudio, Imagem e Vídeo, possibilitando assim ao leitor e donos de empresas avaliarem
as nuvens pública e privada disponíveis e decidir por aquela que seja mais adequada
ao seu negócio. A tabela 1 mostra os tipos e formatos de arquivos que serão
analisados nas 2 (duas) nuvens.

Tabela 1: Formatos e extensões de arquivos que serão analisados nas


nuvens

Arquivo / Formato Descrição

PDF – Formato criado pela Adobe, atualmente é um dos padrões


utilizados na informática para documentos importantes, impressões de
qualidade e outros aspectos. Pode ser visualizado no Adobe Reader,
aplicativo mais conhecido entre os usuários do formato.

Documento
DOC – Denomina a extensão utilizada pelo Microsoft Word, o editor
de textos mais conhecido pelos usuários. A partir da versão 2007 do Office,
formato passou a se chamar DOCX, e apresenta incompatibilidades com
as versões anteriores do aplicativo, o que pode ser resolvido com uma
atualização.
23

MP3 – Esta é atualmente a extensão para arquivos de áudio mais


conhecida entre os usuários, devido à ampla utilização dela para codificar
músicas e álbuns de artistas. O grande sucesso do formato deve-se ao
fato dele reduzir o tamanho natural de uma música em até 90%, ao eliminar
frequências que o ouvido humano não percebe em sua grande maioria.
Áudio

WMA – Esta extensão, muito semelhante ao MP3, foi criada pela


Microsoft e ganhou espaço dentro do mundo da informática por ser o
formato especial para o Windows Media Player. Ao passar músicas de um
CD de áudio para o seu computador usando o programa, todos os arquivos
formados são criados em WMA. Hoje, praticamente todos os players de
música reproduzem o formato sem complicações.

JPEG (ou JPG) - Joint Photographic Experts Group é a origem da


sigla, que é um formato de compressão de imagens, sacrificando dados
para realizar a tarefa. Enganando o olho humano, a compactação agrega
blocos de 8X8 bits, tornando o arquivo final muito mais leve que em um
Bitmap.
Imagem

PNG – Este formato surgiu em sua época pelo fato dos algoritmos
utilizados pelo GIF serem patenteados, encarecendo a utilização dele. O
PNG suporta canais alga e apresenta maior gama de cores.

AVI – Abreviação de audio vídeo interleave, menciona o formato


criado pela Microsoft que combina trilhas de áudio e vídeo, podendo ser
reproduzido na maioria dos players de mídia e aparelhos de DVD, desde
que sejam compatíveis com o codec DivX.

Vídeo
MPEG (ou MPG) – Um dos padrões de compressão de áudio e
vídeo de hoje, criado pelo Moving Picture Experts Group, origem do nome
24

da extensão. Atualmente, é possível encontrar diversas taxas de qualidade


neste formato, que varia de filmes para HDTV a transmissões simples.

Fonte: FONSECA, 2009

Após a coleta de dados, foi realizada uma análise das relações entre as nuvens
para uma posterior determinação dos efeitos resultantes em uma suposta empresa.

3.4- Procedimentos de analises e interpretação dos dados

O procedimento de análise executado neste estudo utilizou-se dos critérios


qualitativos. Sendo assim, os procedimentos orientadores da análise foram
elaborados levando em consideração um conjunto de princípios de Tesch (1990, apud
GIL 2008), que foram:

a) A análise iniciou-se simultaneamente com a coleta dos dados.

b) A identificação dos dados relevantes e significativos, que mantêm a conexão


como o todo, objetivando não simplesmente descrevê-los, mas promover algum tipo
de explicação.

c) Uso de procedimentos comparativos, onde os dados obtidos foram


comparados. Como no caso dos modelos de nuvem e dos fatores de risco e benefícios
trazidos pelos seus tipos.

d) O resultado da análise ao final foi à constituição de informações coerentes


de dados, capaz de mostrar os benefícios e riscos que uma empresa, organização ou
instituição enfrentará com a adoção de um dos modelos da nuvem pública ou privada.
25

Gil (2008) afirma que para interpretar os resultados, o pesquisador precisa ir


além da leitura dos dados. Para ele, os dados devem ser integrados em um universo
mais amplo, para que se possa fazer algum sentido. Esse universo seria o dos
fundamentos teóricos da pesquisa e o dos conhecimentos já acumulados em torno
das questões abordadas.

Para Santos (2010) as pesquisas bibliográficas são feitas com base em


documentos já elaborados, como livro, dicionários, enciclopédia, periódicos, jornais e
revistas e publicações, como comunicação e artigos científicos, resenha e ensaios
críticos.

Sendo assim, este estudo auxiliou para encontrar resposta em relação à


comparação de desempenho da aplicação das nuvens pública e privada, juntamente
com as vantagens e desvantagens de se aplicar as mesmas em um ambiente
empresarial, organizacional ou institucional e esclarecer assim a temática do estudo.
26

4 – RESULTADOS

Neste capitulo serão abordadas as criações e configurações das nuvens,


softwares e ferramentas em que as mesmas foram feitas e modeladas, resultados e
análise comparativa entre as nuvens dos formatos de arquivos: documento, áudio,
imagem e vídeo, respectivamente.

4.1 – Criação e configuração da nuvem publica

A criação e coleta de dados tanto da nuvem publica quanto da privada se deu


através da pesquisa de laboratório em 24 de novembro de 2017, onde foram
identificados os principais objetivos, questões e métodos levados em consideração
para análise dos impactos da adoção dos modelos descritos anteriormente em uma
empresa. Também foram coletadas informações a partir de pesquisas bibliográficas.

Com relação à configuração do computador em que foi realizado os testes,


pode-se citar o sistema operacional Windows 7 Profissional de 64 bits com o
processador de AMD Athlon (tm) II X2 B22, velocidade de 2,80 GHz e memória de
RAM de 4,00 GB. Tais configurações são padrões de todas as maquinas disponíveis
nos laboratórios do curso de Bacharelado em Sistemas de Informação campus /
CERES Caicó RN.

A nuvem pública foi criada neste estudo com configuração padrão da nuvem
Windows Azure que segundo AZURE (2017) a ferramenta fornece o que há de melhor
em termos de funcionalidades, armazenamentos e segurança por parte da empresa
desenvolvedora da mesma.
27

4.1.1 – Resultados das nuvens

Diante dos testes que foram realizados nas referidas nuvens não foram
constatadas alterações ou ainda força externa (queda de energia ou internet) que por
ventura viria a dificultar ou alterar o andamento dos testes e de seu resultado final,
outro ponto a ser destacado é que o estudo foi feito com a utilização da rede de internet
do campus / CERES Caicó – RN. Último ponto a ser destacado, à analise deste estudo
se deu na avaliação somente do upload, sendo assim, não levando em consideração
a variável download.

4.1.2 – Resultado dos arquivos em formato documento da nuvem publica

Os testes para o arquivo em formato de extensão de documento foram feitos


com tamanhos iguais e fixos de 10 MB tanto para o DOCX quanto para o PDF. A figura
5 mostra o resultado obtido no do formato DOCX, a figura 6 que fica logo a baixo da
figura 5, mostra o resultado obtido no formato PDF.

Figura 5: Resultado do DOCX

Fonte: O autor
28

Figura 6: resultado do PDF

Fonte: O autor
29

4.1.3 – Resultado dos arquivos em formato áudio da nuvem publica

Os testes para o arquivo em formato de extensão de áudio foram feitos com


tamanhos iguais e fixos de 30 MB tanto para o MP3 quanto para o WMA. A figura 7
mostra o resultado obtido no do formato MP3, a figura 8 que fica logo a baixo da figura
7, mostra o resultado obtido no formato WMA.

Figura 7: resultado do MP3

Fonte: O autor
30

Figura 8: resultado do WMA

Fonte: O autor
31

4.1.4 – Resultado dos arquivos em formato imagem da nuvem publica

Os testes para o arquivo em formato de extensão de áudio foram feitos com


tamanhos iguais e fixos de 50 MB tanto para o JPG quanto para o PNG. A figura 9
mostra o resultado obtido no do formato JPG, a figura 10 que fica logo a baixo da
figura 9, mostra o resultado obtido no formato PNG.

Figura 9: resultado do JPG

Fonte: O autor
32

Figura 10: resultado do PNG

Fonte: O autor
33

4.1.5 – Resultado dos arquivos em formato vídeo da nuvem publica

Os testes para o arquivo em formato de extensão de áudio foram feitos com


tamanhos iguais e fixos de 1.1 GB tanto para o AVI quanto para o MPG. A figura 11
mostra o resultado obtido no do formato AVI, a figura 12 que fica logo a baixo da figura
11, mostra o resultado obtido no formato MPG.

Figura 11: resultado do AVI

Fonte: O autor
34

Figura 12: resultado do MPG

Fonte: O autor
35

4.2 – Criação e configuração da nuvem privada

A nuvem privada foi criada neste estudo com as configurações padronizadas


da ferramenta OwnCloud com o que há de melhor em termos de funcionalidades e
armazenamentos por parte da empresa. Para garantir a equidade do teste, foi utilizada
a mesma máquina na qual foram realizados os testes para nuvem pública, porem para
a criação e desenvolvimento da nuvem privada foram instalados os softwares
WampServer64 que segundo BOURDON (2012) é um ambiente de desenvolvimento
web do Windows. Ele permite a criação de aplicativos da web com Apache2, PHP e
um banco de dados MySQL. O mesmo também faz o gerenciamento do PhpMyAdmin
de forma simples e fácil de seus bancos de dados. Ainda foi instalado a versão PHP
5.6.25 que segundo LERDOFT (1995) O PHP (um acrônimo recursivo para PHP:
Hypertext Preprocessor) é uma linguagem de script de uso geral, muito utilizada, e
especialmente adequada para o desenvolvimento web e que pode ser embutida
dentro do HTML. Tanto o WampServer64 quanto o PHP são códigos abertos e open
source de livre distribuição e implementação.

4.2.1 – Resultado dos arquivos em formato documento da nuvem privada

Os testes para o arquivo em formato de extensão de documento assim como


realizados na nuvem pública, foram feitos com tamanhos iguais e fixos de 10 MB tanto
para o DOCX quanto para o PDF. A figura 13 mostra o resultado obtido no do formato
DOCX, a figura 14 que fica logo a baixo da figura 13, mostra o resultado obtido no
formato PDF.
36

Figura 13: resultado do DOCX

Fonte: O autor
37

Figura 14: resultado do PDF

Fonte: O autor
38

4.2.2 – Resultado dos arquivos em formato áudio da nuvem privada

Os testes para o arquivo em formato de extensão de áudio foram feitos, assim


como realizados na nuvem pública, com tamanhos iguais e fixos de 30 MB tanto para
o MP3 quanto para o WMA. A figura 15 mostra o resultado obtido no do formato MP3,
a figura 16 que fica logo a baixo da figura 15, mostra o resultado obtido no formato
WMA.

Figura 15: resultado do MP3

Fonte: O autor
39

Figura 16: resultado do WMA

Fonte: O autor
40

4.2.3 – Resultado dos arquivos em formato imagem a nuvem privada

Os testes para o arquivo em formato de extensão de imagem foram feitos,


assim como realizados na nuvem pública, com tamanhos iguais e fixos de 50 MB tanto
para o JPG quanto para o PNG. A figura 17 mostra o resultado obtido no do formato
JPG, a figura 18 que fica logo a baixo da figura 17, mostra o resultado obtido no
formato PNG.

Figura 17: resultado do JPG

Fonte: O autor
41

Figura 18: resultado do PNG

Fonte: O autor
42

4.2.4 – Resultado dos arquivos em formato vídeo da nuvem privada

Os testes para o arquivo em formato de extensão de imagem foram feitos,


assim como realizados na nuvem pública, com tamanhos iguais e fixos de 1.1 GB
tanto para o AVI quanto para o MPG. A figura 19 mostra o resultado obtido no do
formato AVI, a figura 20 que fica logo a baixo da figura 19, mostra o resultado obtido
no formato MPG.

Figura 19: resultado do AVI

Fonte: O autor
43

Figura 20: resultado do MPG

Fonte: O autor

Os resultados obtidos de todos os testes descritos tanto na nuvem pública


quanto na privada foram feitos no mesmo dia e no mesmo computador. A tabela 2
mostra todos os resultados dos testes de formatos e extensões de arquivos obtidos
em ambas as nuvens.
44

Tabela 2: Resultados dos testes de formatos e extensões de arquivos


obtidos em ambas as nuvens

Nuvem publica Nuvem privada


Arquivo/Formato Tipo Tempo Tamanho Tipo Tempo Tamanho
Documento DOC 26s 10MB DOC 1m: 13s 10 MB
PDF 43s 10MB PDF 8s 10 MB
Áudio MP3 1m: 04s 30MB MP3 12 s 30 MB
WMA 2m: 25s 30MB WMA 6s 30 MB
Imagem JPG 1m: 27s 50MB JPG 56 s 50 MB
PNG 1m: 40s 50MB PNG 9s 50 MB
Vídeo AVI 1h: 49s: 42s 1.1GB AVI 3m: 14s 1.1 GB
MPG 4h: 27m: 6s 1.1GB MPG 2m: 55s 1.1 GB

Fonte: O autor
45

4.3 – Analise dos dados das nuvens

Neste tópico será mostrado e detalhado graficamente as análises dos


resultados obtidos nas coletas de dados das nuvens pública e privada dos arquivos e
extensões documento, áudio, imagem e vídeo respectivamente.

4.3.1 – Analise comparativa entre as nuvens do formato documento

Com os resultados da extensão documento desenvolvidos, o procedimento


visou identificar e analisar qual nuvem pode armazenar de forma mais rápida e
otimizada o formato descrito. Os gráficos abaixo mostram os resultados obtidos das
nuvens. O gráfico 1 que fica à esquerda mostra resultado do PDF e o gráfico 2 que
fica à direita mostra o resultado DOC.

Gráfico 1: resultado do PDF das nuvens


Gráfico 2: resultado do DOC das nuvens

Tempo de Upload do PDF Tempo de Upload do DOC


50
80
45
70
40
35 60

30 50
Segundos

Segundos

25 40
20
30
15
20
10
5 10

0 0
PDF DOC

Nuvem publica Nuvem privada Nuvem publica Nuvem privada

Fonte: O autor
46

O gráfico 1 demonstra claramente a vantagem da nuvem privada em tempo de


armazenamento do formato PDF com apenas 8 segundos de tempo para fazer o
upload em sua nuvem, enquanto a nuvem publica levou 43 segundos para fazer o
upload na referida nuvem, com isso a nuvem privada leva definido e claro proveito
neste requisito e formado de arquivo.

O gráfico 2 os resultados se invertem e quem leva vantagem é a nuvem pública.


Enquanto a referida nuvem fez um tempo de upload de 26 segundos, a nuvem privada
fez em um tempo de 1m:13s (73 segundos convertendo o tempo em segundos) para
fazer upload na referida nuvem. Com isso a nuvem publica leva definido e claro
proveito neste requisito e formado de arquivo.

Com a análise dos resultados obtidos na coleta de dados das nuvens no


formato documento, cada nuvem teve 1 vantagem e 1 desvantagem. Sendo assim, foi
observado um empate neste requisito.
47

4.3.2 - Analise comparativa entre as nuvens do formato áudio

Com os resultados da extensão áudio desenvolvidos, o procedimento visou


verificar e analisar qual nuvem pode armazenar de forma mais ágil e otimizada o
formato descrito. Os gráficos abaixo mostram os resultados obtidos das nuvens. O
gráfico 3 que fica à esquerda mostra resultado do MP3.

Gráfico 3: resultado do MP3 das nuvens


Gráfico 4: resultado do WMA das nuvens
Tempo de Upload do MP3
70 Tempo de Upload do WMA
160
60
140
50
120
Segundos

40 100
Segundos

30 80

60
20
40
10 20
6
0 0
MP3 WMA

Nuvem publica Nuvem privada Nuvem publica Nuvem privada

Fonte: O autor

O gráfico 3 novamente demonstra clara a vantagem da nuvem privada em


tempo de armazenamento desta vez com formato MP3 com apenas 12 segundos de
tempo para fazer o upload em sua nuvem, enquanto a nuvem publica levou 1m:04s
para fazer o upload na referida nuvem. Com isso a nuvem privada leva definido e claro
proveito neste requisito e formado de arquivo.

Se no gráfico 3 a nuvem privada leva vantagem no tempo de armazenamento


do MP3, o mesmo acontece no gráfico 4, mas com resultados diferentes do que foi
visto no gráfico anterior. No gráfico 4, com o formato de arquivo WMA, a nuvem
48

privada fez um tempo de upload de apenas 6 segundos e a nuvem publica fez em um


tempo de 2m:25s (145 segundos convertendo o tempo em segundos) para fazer
upload na referida nuvem. Com isso a nuvem privada novamente leva definido e claro
proveito neste requisito e formado de arquivo.

Com a análise dos resultados obtidos na coleta de dados das nuvens no


formato áudio, a nuvem privada teve 2 vantagens e nenhuma desvantagem, sendo
assim foi observado que a referida nuvem tem total benefício em uso neste requisito.
49

4.3.3 - Analise comparativa entre as nuvens do formato imagem

Com os resultados da extensão imagem desenvolvidos, o procedimento visou


detectar e analisar qual nuvem pode armazenar de forma mais rápida e otimizada o
formato descrito. Os gráficos abaixo mostram os resultados obtidos das nuvens, o
gráfico 5 que fica à esquerda mostra resultado do JPG.

Gráfico 5: resultado do JPG das nuvens


Gráfico 6: resultado do PNG das nuvens

Tempo de Upload do JPG Tempo de Upload do PNG


100 120
90
80 100

70
80
60
Segundos

Segundos

50 60
40
30 40

20
20
10
0 0
JPG PNG
Nuvem publica Nuvem privada Nuvem publica Nuvem privada

Fonte: O autor

O gráfico 5 mais uma vez demonstra clara vantagem da nuvem privada em


tempo de armazenamento. Neste caso com o formato JPG com 56 segundos de
tempo para fazer o upload em sua nuvem, enquanto a nuvem publica levou 1m:27s
(87 segundos convertendo o tempo em segundos) para fazer o upload na referida
nuvem. Com isso a nuvem privada leva novamente o claro proveito neste requisito e
formado de arquivo.
50

Se no gráfico 5 a nuvem privada leva vantagem no o formato JPG, o mesmo


acontece no gráfico 6 com a extensão PNG com consequência e diferença ainda
maior, embora com resultados diferentes do que foi visto no gráfico anterior. No gráfico
6, a nuvem privada fez um tempo de upload de apenas 9 segundos, a nuvem publica
fez em um tempo de 1m:40s (100 segundos convertendo o tempo em segundos) para
fazer upload na referida nuvem. Com isso a nuvem privada novamente leva claro
proveito e benefício neste requisito e formado de arquivo.

Com a análise dos resultados nas nuvens no formato imagem, a privada


novamente teve 2 vantagens e nenhuma desvantagem, sendo assim mais uma vez
foi observado que a referida nuvem tem toda e total vantagem no uso deste requisito
e formato de arquivo.
51

4.3.4 - Analise comparativa entre as nuvens do formato vídeo

Ultimo formato de arquivo que foi analisado refere-se a extensão vídeo, que da
mesma forma que as extensões anteriores foram desenvolvidas, será mostrado neste
tópico. Similarmente dos arquivos anteriores demonstrados, este procedimento visou
identificar e analisar qual nuvem pode armazenar de forma mais ágil e otimizada o
formato descrito. Os gráficos abaixo mostram os resultados obtidos das nuvens, o
gráfico 7 que fica à esquerda mostra resultado do AVI.

Gráfico 7: resultado do AVI das nuvens


Gráfico 8: resultado do MPG das nuvens
Tempo de Upload do AVI
7000
Tempo de Upload do MPG
18000
6000
16000
5000 14000
12000
Segundos

4000
Segundos

10000
3000 8000
6000
2000
4000
1000 2000
194 175
0 0
AVI MPG

Nuvem publica Nuvem privada Nuvem publica Nuvem privada

Fonte: O autor

O gráfico 7 outra vez demonstra clara vantagem da nuvem privada em tempo


de armazenamento, agora com o formato AVI com 2m:55s (194 segundos
convertendo o tempo em segundos) para fazer o upload em sua nuvem, enquanto a
nuvem publica levou 1h:49m:42s para fazer o upload na referida nuvem. Com isso a
nuvem privada leva novamente a vantagem e proveito neste requisito e formado de
arquivo.
52

Mais uma vez, no gráfico 7 a nuvem privada leva vantagem no tempo de


armazenamento do formato AVI. O mesmo acontece no gráfico 8 com consequência
e diferença gigantesca, embora com resultados diferentes do que foi visto no gráfico
anterior. No gráfico 8 com o formato MPG, a nuvem privada fez um tempo de upload
de apenas 2m:55s (175 segundos convertendo o tempo em segundos), já na nuvem
pública fez em um tempo de 4h:27m:6s para fazer upload na referida nuvem. Com
isso a nuvem privada novamente leva claro proveito e benefício neste requisito e
formado de arquivo.

Com a análise dos resultados obtidos na coleta de dados das nuvens no


formato vídeo, a nuvem privada outra vez teve 2 vantagens e nenhuma desvantagem.
Neste requisito ficou claro a vantagem da referida nuvem em questão de tempo e
praticidade. Sendo assim novamente foi observado que a referida nuvem tem toda e
total vantagem no uso deste requisito e formato de arquivo.
53

5 – CONCLUSÃO

Este estudo analisou a possível adoção da computação em nuvem e de seus


modelos em uma empresa, levando em consideração o comparativo entre as mesmas
como principais fatores de risco e benefício que a tecnologia trará para uma empresa,
caso seja implantada.

Através da pesquisa de laboratório realizada nos laboratórios do curso de


Bacharelado em Sistemas de Informação, campus / CERES Caicó RN, foi visto as
expectativas geradas em torno das melhorias que a nuvem pode trazer para a forma
de operar de uma empresa, bem como os conflitos que serão enfrentados caso a
tecnologia seja adotada.

De acordo com o analisado sobre o modelo de serviço e de implantação que


melhor se encaixam atualmente em uma empresa, tem-se como perspectiva das
empresas a busca inicial por apenas o armazenamento de informações em servidores.
Desta forma, a escolha de modelo de implantação de nuvem privada é o que melhor
se encaixa, uma vez que a nuvem servirá como armazenamento de informações, que
são particulares. Sem deixar de mencionar que cada empresa é um caso diferente,
tendo assim que se fazer um estudo detalhado para saber qual nuvem se em caixa
melhor em uma determinada corporação ou instituição.

Como o estudo não foi feito em uma empresa real, não foi possível saber das
disponibilidades de informações de grande relevância como por exemplo, a respeito
de quantas máquinas pretende virtualizar, ou quanto utilizará de memória,
processamento, qual SO pretende usar, ou a capacidade que essas máquinas
precisarão para armazenamento, e muito menos quanto em dinheiro à empresa
pretende investir na nuvem, mesmo com a existência de ferramentas gratuitas que
criam e gerenciam nuvens, diante destes fatos, não foi possível fazer uma análise real.

Contudo, de acordo com os resultados obtidos neste estudo, a nuvem privada


se mostrou mais eficiente em conformidade com os testes realizado em laboratório.
54

Esse estudo fornece um detalhamento sobre os serviços e modelos da


computação em nuvem, quais são os principais pontos considerados na hora de se
adotar a nuvem, como escolhas de modelos de serviço e modelos e de implantação,
bem como o estudo proporcionou uma análise detalhada sobre os benefícios e
obstáculos proporcionados pela nuvem.

A única e grande limitação encontrada foi em relação aos dados analisados e


coletados não terem sido feito em uma única empresa, já que se tratava de um
comparativo entre as nuvens pública e privada, poderia ter sido feito um estudo de
comparação em empresas que tenham os 2 (dois) ou pelo menos 1 (um) dos 2 (dois)
modelos descritos.

Para pesquisas futuras sugere-se a preparação de estudos a partir da análise


de dados em pelo menos uma empresa real de provedores de serviço e modelos em
nuvem, bem como da investigação de outros cenários de adoção da tecnologia da
nuvem, como por exemplo, a nuvem comunitária e hibrida, em empresas não somente
da região do Rio Grande do Norte, mas também em todo o Brasil e no mundo.
55

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