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Olá!

Seja muito bem vindo (a) à disciplina de Contabilidade Gerencial, vamos estudar
juntos? Sou a Professora Fernanda Amaral Figueiredo. Esta disciplina tem o propósito
de desenvolver conhecimentos, habilidades e atitudes para auxiliar o processo de
tomada de decisão de usuários internos da organização através de diversos artefatos a
contabilidade gerencial auxilia no processo de tomada de decisão para a
sustentabilidade da organização. Será um prazer estar com você nesta disciplina de
Contabilidade Gerencial, iremos estudar as seguintes unidades temáticas:

Unidade 1: Aspectos Introdutórios da Contabilidade Gerencial


• Conceito, objetivo, usuários, campo de aplicação; história
• Compreender a classificação e terminologia de custos;

Unidade 2: Formação do Preço de Venda e Cálculo do Mark-up


• Importância da formação de preço com base nos custos incorridos,
• Composição do preço de venda: custos de produção, impostos, despesas e
lucro;
• Etapas para formar o preço de venda com base nos custos incorridos;
• Equação algébrica de formação de preço;
• Conceito e composição do Mark-up e do Custo Base

Unidade 3: Margem de Contribuição Ponderada e Ponto de Equilíbrio de múltiplos


produtos
• Conceito e cálculo da margem de contribuição ponderada;
• Conceito, equação algébrica e classificação do ponto de equilíbrio;
• Cálculo do ponto de equilíbrio de múltiplos produtos;

Unidade 4: Análise das Demonstrações Contábeis e Indicadores de Liquidez e


Estrutura Patrimonial
• Método de Análise das demonstrações contábeis;
• Estrutura do Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultado do Exercício;
• Índices de Liquidez;

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• Índices de Estrutura Patrimonial ou endividamento;

Unidade 5: Administração do Capital de Giro e indicadores de rentabilidade


• Administração do Capital;
• Indicadores de Rentabilidade;

Unidade 6: Indicadores de Atividade e Análise Vertical e Horizontal


• Índices de atividade;
• Análise Vertical do Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultado do
Exercício
• Análise Vertical do Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultado do
Exercício

A disciplina contém seis unidades temáticas, duas atividades de percurso, avaliação


regular e exame final; além disso, foi construída de forma que você estude e realize as
atividades no seu tempo, respeitando, é claro, o período de realização da disciplina, de
acordo com o calendário acadêmico.
Desejo a você um ótimo estudo!

Professora Fernanda Amaral Figueiredo

INSERIR VÍDEO DE APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA


INSERIR PLANO DE ENSINO

UNIDADE I: ASPECTOS INTRODUTÓRIOS DA CONTABILIDADE


GERENCIAL

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Olá! Você sabe quais artefatos a contabilidade gerencial pode disponibilizar
para a sustentabilidade de uma organização? Você sabe como é a estrutura do balanço
patrimonial e da Demonstração de Resultado do Exercício? Conhece os conceitos e a
história da contabilidade gerencial, da gestão de custos e das terminologias de custos?
Se não, esta unidade vai levar você a um novo aprendizado cheio de desafios e novas
descobertas sobre os conceitos introdutórios da contabilidade gerencial com enfoque
inicial na análise das demonstrações contábeis como artefato para tomada de decisão
dos usuários internos e cálculo dos indicadores de liquidez e endividamento.
Ao final desta unidade, você será capaz de:
• Compreender a importância da contabilidade gerencial para a sustentabilidade
das empresas;
• Identificar os artefatos da contabilidade gerencial para a tomada de decisão;
• Identificar os custos fixos e variáveis de produção, por unidade de produto ou
serviço;
• Compreender a importância das informações de custos para a tomada de
decisão;
• Identificar os custos de produção, as despesas operacionais, os impostos e a
margem de lucro de um produto;
• Classificar os gastos em diretos e indiretos;
• Tipos de gastos;
• Classificação dos custos.

Tempo estimado: Para concluir os estudos desta unidade serão necessários: 10 horas
– aula (50 minutos)

INSERIR WEBAULA 1.1 Aspectos introdutórios da contabilidade gerencial

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A contabilidade gerencial é o processo de identificar, mensurar, acumular,
analisar, preparar, interpretar e comunicar informações que auxiliem os gestores a
atingir objetivos organizacionais” (HORNGREN; SUNDEM; STRATTON, 2004 apud
FREZATTI et al, 2011, p.6).
A contabilidade gerencial utiliza procedimentos e técnicas contábeis já
conhecidos e tratados na Contabilidade Financeira, na Contabilidade de Custos, na
análise financeira e de balanços etc. Ela atende exclusivamente a finalidade interna de
atender à administração da empresa, com informações úteis, tempestivas e confiáveis
para um processo de decisão assertivo do gestor.
As informações contábeis são essenciais para acompanhamento do
desempenho das organizações. Além disso, a Contabilidade é a base para aferição do
desempenho empresarial no mundo inteiro e as demonstrações contábeis possibilitam
comparar o desempenho empresarial.
O sistema contábil é importante porque segundo Iudícibus (2020) a
contabilidade tem papel social fundamental pois garante transparência dos negócios,
atividades desenvolvidas pelas organizações.
Em 1998, a International Federation of Accountants, IFA, emitiu o
pronunciamento sobre os possíveis estágios de evolução da Contabilidade Gerencial
das organizações. Vejamos:

Estágio 1: Antes de 1950, o foco principal era a apuração dos custos e controle
financeiro por meio do orçamento. Nesse estágio, o orçamento, previsões e controle
de processos eram as atividades evidenciadas.

Estágio 2: Destaque significativo no suprimento de informações através de


tecnologias, ênfase na análise do processo decisório e contabilidade por
responsabilidade;

Estágio 3: Projetos de redução de desperdício e gestão de custos. A etapa de


estruturação dos projetos de qualidade, de normatização, foi uma etapa relevante
percorrida numa época em que o crescimento dos negócios globalizados demandava
redução de custos.

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Estágio 4: Foco na criação de valor é um estágio que proporciona alternativa
direcionada para o resultado de longo prazo, já́ que valor é uma dimensão com
pretensão futura (FREZATTI et all, 2011, p. 17-18).

Dos estágios da evolução da contabilidade gerencial vários artefatos,


ferramentas, foram implementadas para apoiar a gestão organizacional no processo
decisório interno. Artefatos são meios, ferramentas, processos, métodos que
viabilizam a análise e interpretação de dados para tomada de decisão. Os artefatos
gerenciais podem ser divididos em tradicionais e modernos.

São considerados Artefatos Gerenciais Tradicionais: Métodos de Custeio por


absorção, custeio variável ou direto, custo padrão, preço de transferência e
descentralização, retorno sobre o investimento, orçamento etc. Já os Artefatos
Gerenciais Modernos compreendem método de Custeio baseado em atividades, Just
in time, Benchmarking, Balanced Scorecard, Planejamento estratégico, teoria das
restrições, Kaizen etc (COLARES; FERREIRA, 2013).

inserir webaula 1.2 Contabilidade de Custos como ferramenta de


gestão

O que impulsionou a relevância da contabilidade de custos foi a revolução


industrial, com a produção em grande escala. Onde a preocupação era determinar os
custos de produção dos produtos. Nessa perspectiva a contabilidade de custos gera
informações para a contabilidade gerencial, ou seja, disponibilizam-se ferramentas,
artefatos para tomada de decisão com o intuito de promover a sustentabilidade
organizacional.

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Além disso, a contabilidade de custos gera informações para contabilidade
financeira que tem como objetivo atender a legislação fiscal, ou seja, os usuários
externos. Nessa perspectiva, que visa atender a contabilidade financeira, a
contabilidade custos deve seguir os princípios e normas vigentes editadas pelo
Conselho Federal de Contabilidade e pela legislação fiscal para elaboração,
mensuração e demonstração das informações contábeis. Já na perspectiva gerencial, a
contabilidade de custos adota os preceitos gerenciais sobre a temática disponíveis na
literatura.
Conceitua-se a contabilidade de custos o processo que coleta e organiza os
custos relacionados à aquisição e consumo de recursos pela organização, gerando
informações para a contabilidade financeira e gerencial. Entre as informações geradas
podemos destacar: avaliação dos estoques, auxílio ao controle e auxílio a tomada de
decisão.
Para melhor compreensão dos processos realizados pela contabilidade de custos
precisamos identificar e diferenciar alguns termos e conceitos. Dentre estes termos
podemos destacar as terminologias de custos, que podem ser classificadas em gastos e
desembolsos segundo Bruni (2018) gastos são sacrifícios financeiros que a entidade
arca para a obtenção de um produto ou serviço qualquer. Já o Desembolso é o ato de
pagamento, que pode ocorrer em momento diferente do gasto (BORNIA, 2010, p.15).
Os gastos podem ser classificados em:
1. Investimentos: Representam gastos ativados em função de sua vida útil ou de
benefícios atribuíveis a futuros períodos (BRUNI, 2018).
2. Custos: Correspondem aos gastos relativos a bens ou serviços utilizados na
produção de outros bens ou serviços (BRUNI, 2018). Exemplo: matéria prima etc.

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3.Despesas: Correspondem aos bens ou serviços consumidos direta ou indiretamente
para a obtenção de receitas (BRUNI, 2018). Exemplo: gastos com publicidade etc.
4. Perdas: São gastos não intencionais decorrente de fatores externos extraordinários
ou da atividade produtiva normal da empresa (BRUNI, 2018). As perdas podem ser
classificadas em:
4.1 Perdas rotineiras: devem ser classificadas como custos. Exemplo: para produzir
uma camisa de uniforme utilizamos 1 metro de malha, sobram retalhos de cerca de 10
centímetros;
4.2 Perdas não rotineiras: são classificadas como despesas. Ex: devido a problemas de
armazenamento na estocagem em cada metro de malha para produzir de camisas 20
centímetros possuem manchas, devido a problemas no armazenamento.

Quadro 1: Mapa Conceitual da Classificação das perdas

Fonte: Produto Educacional (2020) Disponível em:


http://educapes.capes.gov.br/handle/capes/584934

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Em caso de dúvidas, sobre como classificar os gastos em custos ou despesas deve-se
utilizar as seguintes proposições:
• Valores irrelevantes devem ser considerados como despesas (princípio do
conservadorismo ou materialidade);
• Valores relevantes que têm sua maior parte considerada como despesa, e se
repetirem nos períodos, devem ser considerados na sua íntegra.
• Valores com rateio extremamente arbitrário também devem ser considerados
como despesa do período (BRUNI, 2018).

Já sobre a classificação dos custos de produção, eles podem ser classificados em


função da forma de associação dos custos aos produtos elaborados (unidade
produzida) ou em relação ao volume de produtos fabricados (volume produzido).

Os custos pela associação ao produto ou serviço (unidade produzida) subdividem-se


em:

1.1 Associação ao produto ou serviço:


1.1.1 Custos primários ou diretos: são gastos com materiais diretos, como matéria
prima, embalagem, mão de obra direta.
1.1.2 Custos de transformação ou de conversão: compreendem os gastos com mão de
obra direta, outros custos diretos, custos indiretos de fabricação;
1.1.3 Custos integrais ou plenos (ou gastos totais incorridos): incluem-se todos os
custos incorridos sejam eles diretos ou indiretos e as despesas incorridas para vender
o produto ou serviço BRUNI, 2018, p.37).

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1.2 Associação com a produção:
1.2.1 material direto (MD): todo material que pode ser identificado como uma
unidade do produto que está sendo fabricado e que sai da fábrica incorporado ao
produto ou utilizado como embalagem;
1.2.2 mão de obra direta (MOD): salários e encargos devidos aos operários que
trabalham diretamente no produto, cujo tempo pode ser identificado com a unidade
que está sendo produzida;
1.2.3 outros custos direitos (OCD): recursos consumidos, com mensuração objetiva,
mas que não MD ou MOD.
1.2.4 custos indiretos de fabricação (CIF): todos os custos relacionados com a
fabricação, que não podem ser economicamente identificados com as unidades que
estão sendo produzidas. Exemplos: aluguel da fábrica; materiais indiretos; mão de
obra indireta; seguro; impostos; depreciação etc (BRUNI, 2018, p.37).

Quadro 2: Mapa Conceitual da Classificação dos custos por Unidade Produzida

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Fonte: Produto Educacional (2020) Disponível em:
http://educapes.capes.gov.br/handle/capes/584934

Os custos classificados pelo Volume Produzido subdividem-se em:


2.1 Custos Variáveis: são os gastos que variam conforme o volume de produção.
Exemplo matéria prima, embalagem etc.

2.2 Custos Fixos: São os custos que não variam independentemente da quantidade
produzida. Exemplo: Aluguel, energia elétrica etc. (Bruni, 2018).

Quadro 3: Mapa Conceitual da Classificação dos custos por Volume Produzido

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Fonte: Produto Educacional (2020) Disponível em:
http://educapes.capes.gov.br/handle/capes/584934

Veja o vídeo: História da contabilidade de custos disponível no seguinte endereço


eletrônico: https://www.youtube.com/watch?v=5qSGFwnEdJs

Veja o vídeo: Classificação dos custos diretos e indiretos no seguinte endereço


eletrônico: https://youtu.be/sDnd9oc9-xs

Veja o vídeo: Classificação dos custos variáveis e fixos no seguinte endereço


eletrônico: https://youtu.be/4EjpLKrrbKc

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Pratique atividades extras lúdicas (jogos, cruzadinhas) sobre tema, disponível no
seguinte endereço eletrônico:
https://contabilidadegerencialfernanda.blogspot.com/2021/10/cruzadinha-sobre-
terminologias-e.html

Pratique construção de mapa conceitual sobre tema, disponível no seguinte endereço


eletrônico: https://contabilidadegerencialfernanda.blogspot.com/2021/10/atividade-
extra-1-mapa-conceitual-dos.html

Pratique Atividade Extra 2 - Questões objetivas sobre tema, disponível no seguinte


endereço eletrônico:
https://contabilidadegerencialfernanda.blogspot.com/2021/10/atividade-extra-2-
terminologia-e.html

INSERIR ATIVIDADE DE PERCURSO 1 – TAREFA (CONTEÚDOS DA UNIDADE I, II e III)

Tempo estimado: Para concluir a atividade de Percurso 1 (atividade prática) serão


necessários: 5 horas – aula (50 minutos)

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BORNIA, Antonio Cezar. Análise gerencial de custos: Aplicação em empresas
modernas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

BRUNI, Adriano Leal. A administração de custos, preços e lucros. 6.ed. São Paulo:
Atlas, 2018. [Minha Biblioteca]

LEONE, George S. Guerra; LEONE, Rodrigo José Gerra. Os 12 mandamentos da gestão


de custos. Rio de Janeiro. Editora FGV, 2007.

SANTOS, Marineia Almeida dos, Contabilidade de Custos. Salvador: UFBA, Faculdade


de Ciências Contábeis; Superintendência de Educação a Distância , 2018. Disponível
em:
https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/30859/1/eBook%20Contabilidade%20de%2
0Custos%20UFBA.pdf Acesso em 30 Mai. 2020.

UNIDADE 02: FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA E MARK-


UP

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Olá! Você sabe como mapear os custos e despesas de um produto para formar
o preço de venda? Sabe identificar quais os itens compõem o Mark-up? Sabe formar o
preço de venda com base no custeio direto ou custeio por absorção? Se não, esta
unidade vai levar você a um novo aprendizado cheio de desafios e novas descobertas
sobre como formar o preço de venda de uma unidade de produto ou serviço.

Ao final desta unidade, você será capaz de:

• Identificar o critério de divisão dos custos indiretos totais mensais menos


arbitrário a cada unidade produzida;
• Calcular os custos e despesas de cada unidade produzida;
• Calcular o preço de venda com base nos custos e aplicação de mark-up;

Tempo estimado: Para concluir os estudos desta unidade serão necessários: 10 horas
– aula (50 minutos)

Inserir webaula 2.1 Formação do Preço de Venda e Cálculo do


Mark-up

Formar o preço de venda por unidade de produto ou serviço com base nos custos
incorridos é bastante complexo, pois critérios arbitrários de rateio dos custos indiretos
podem gerar preços não reais. Além disso, outros fatores influenciam o preço de
venda de um produto tais como: o mercado e o cliente. Segundo Bahia (2020) são as
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experiências vividas pelo cliente que define o valor do produto. Identificar o preço real
e o preço ideal possibilita identificar a margem de lucro, saber os descontos e as
condições de pagamentos possíveis a serem concedidos e identificar o preço mínimo
que o produto pode ser vendido (ibidem).

Para que o empresário/gestor consiga mapear o preço de venda ideal ele deverá
realizar a coleta das seguintes informações:

1. Quais itens compõem os custos de produção?


2. Qual o custo unitário variável da matéria prima, embalagem e da mão de obra
direta?
3. Quais os custos e despesas fixos mensais?
4. Quais os percentuais de despesas operacionais, impostos e lucro desejado?

Na etapa de coleta dos dados sobre impostos deve-se identificar inicialmente o regime
de tributação da empresa, se é MEI – Micro empreendedor individual, Simples
Nacional, Lucro Presumido ou Lucro real. Sugere-se coletar as informações, sobre o
percentual de imposto, nas guias de pagamentos de impostos federais, estaduais ou
municipais.
Para formar o preço de venda com base nos custos incorridos (custeio integral, por
absorção ou custeio direto) sugere-se seguir as seguintes instruções:

Passo 1: Identificar a capacidade máxima de venda de cada produto;


Passo 2: Identificar os custos fixos mensais;

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Passo 3: Definir o critério de rateio dos Custos fixos,
Passo 4: Identificar o custo base (custo unitário da matéria prima, embalagem e mão
de obra direta) do produto;

Se a opção para formar o preço de venda com base nos custos diretos deve-se excluir
o rateio dos custos fixos do custo base unitário. Já as empresas que optarem por
utilizar o custeio integral ou por absorção deverão realizar o rateio dos custos fixos por
unidade produzida
As empresas que atuam no ramo de comércio para identificar o custo base de cada
unidade de preço basta realizar a soma do custo unitário do produto + fretes
s/compras (valor já deve estar rateado por unidade).

Passo 5: Identificar as despesas operacionais mensais em percentual sobre o preço;


Passo 6: Identificar o percentual de impostos incidentes sobre o preço de venda;
Passo 7: Identificar a margem de lucro sobre o preço de venda;

No passo 5, 6 e 7 identifica-se o Mark-up que é o multiplicador que, aplicado sobre o


custo base, permite obter o preço final desejado. “Os gastos devem ser expressos na
forma de percentual sobre as vendas ou sobre os preços” (BRUNI, 2018, p. 175-176).

Passo 8: Incluir as informações na equação algébrica e calcular o preço por unidade:


Equação algébrica para formar o preço de venda: Preço desejado = [100/ (100 – Soma
de Percentuais)] x custo base

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inserir webaula 2.2 Exemplo de formação de preço de venda
com base nos custos integrais ou custeio por absorção.
Nesta etapa do roteiro de estudos vamos apresentar o mapeamento dos custos e
análise de formação de preço de venda dos 5 produtos de uma indústria em
panificação do artigo científico de ROCHA, I. C. et al. A contabilidade de custos como
ferramenta na formação do preço de venda em uma indústria em Panificação.
Disponível em: https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/3371

Na primeira etapa dos resultados da pesquisa foram identificadas as seguintes


informações:
1. Custos Fixos (tabela 3)
2. Mão de obra direta, por hora, e minuto; (tabela 4 e 5)
3. Custo da matéria prima por receita e unidade produzida (tabela 6, 7, 8, 9 e 10)
4. Demanda Mensal (produção Mensal) (tabela 1)

Tabela 3 – Custos Fixos Mensais – Informações coletadas pelos pesquisadores na


empresa:
Custos fixos R$ %
mensais
Aluguel R$ 5.000,00 28,60%
Energia R$ 4.230,00 24,20%
Telefone R$ 160,00 0,92%
Água R$ 550,00 3,15%
Pró-Labore R$ 4.500,00 25,74%
Segurança R$ 2.700,00 15,45%
Material higiene e R$ 200,00 1,14%
limpeza

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Dedetização R$ 140,00 0,80%
TOTAL R$ 17.480,00 100,00%
Tempo dos 2400 -
colaboradores para
produção
Custo por hora R$ 7,28 -
Custo por minuto R$ 0,12 -

Tabela 4 – Custos com mão de obra direta do padeiro - Informações coletados pelos
pesquisadores na empresa:
Salário Bruto R$ 1.605,82
Provisão de férias R$ 133,82
Provisão de 13º R$ 133,82
Salário
1/3 férias R$ 535,27
SUBTOTAL R$ 2.408,73
Previsão (7%) R$ 168,61
FGTS R$ 128,47
TOTAL R$ 2.705,81
Tempo de 240 horas
trabalho mensal
Custo da hora R$ 11,27
Custo do minuto R$ 0,19

Tabela 5 – Custos com mão de obra direta do Confeiteiro - Informações coletadas


pelos pesquisadores na empresa:
Salário Bruto R$ 1.575,34
Provisão de R$ 131,28
férias
Provisão de 13º R$ 131,28
Salário
1/3 férias R$ 525,11
SUBTOTAL R$ 2.363,01
Previsão (7%) R$ 165,41
FGTS R$ 126,03

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TOTAL R$ 2.654,45
Tempo de 240
trabalho mensal
Custo da hora R$ 11,06
Custo do minuto R$ 0,18

Para encontrar o custo de 1 hora trabalhada do padeiro e do confeiteiro os


pesquisadores dividiram o custo total da mão de obra de cada profissional pela
quantidade de horas trabalhada mensalmente, conforme descrito no quadro abaixo:
Quadro 1- Cálculo da mão de obra direta por hora trabalhada
Profissional Custo Total Mensal Custo de 1 hora
de mão de obra trabalhada
direta*
Padeiro R$ 2.705,81 R$ 11,27
Confeiteiro R$ 2.654,45 R$ 11,06

* Custo total mensal de mão de obra direta é o somatório do valor mensal do salário
do funcionário com os demais encargos sociais incluindo férias, 13 salário, FGTS, etc.

No artigo os pesquisadores apresentaram os cálculos dos custos da matéria prima por


unidade produzida, provavelmente os pesquisadores acompanharam o processo
produtivo e realizaram uma análise da receita de cada produto para conseguiram
identificar o custo da matéria prima de cada unidade de pão. Neste processo, eles
identificaram os custos por receita e depois dividindo pela quantidade produzida por
receita. Vejamos: R$ 39,26 / 34 unidades (Pão big brother). Observe informações e
cálculos dos demais produtos, no quadro abaixo:

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Quadro 2- Cálculos do Custos da Matéria Prima por Unidade
Produto Custo total da Rendimento de Custo da
matéria 1 receita matéria prima
prima por 1 por unidade
receita produzida
Pão big R$ 39,36 34 Unidades R$ 1,15
brother
Pão italiano R$ 22,52 36 Unidades R$ 0,63
Pão francês R$ 28,35 300 Unidades R$ 0,09
Pão de queijo R$ 10,50 30 Unidades R$ 0,35
Pão filhós R$ 8,67 60 Unidades R$ 0,14

Fonte: informações das tabelas 6 a 10 do artigo analisado, 2019

Após identificar o custo da matéria prima por unidade produzida de cada


produto, os pesquisadores realizaram os cálculos dos custos da mão de obra direta
apropriando os valores a cada unidade produzida. Para encontrar o custo da mão de
obra por unidade produzida eles identificaram o tempo de produção de cada produto
e multiplicaram pelo valor do minuto da mão de obra do profissional (padeiro ou
confeiteiro). Vejamos:

Exemplo 1:
No Pão Big Brother o custo da mão de obra do padeiro para produção de uma receita
foi de R$ 62,86, que dividido pela quantidade de pães produzidos por receita (34
unidades) encontraremos o custo da mão de obra por unidade produzida de R$ 1,85.

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Na tabela 12 do artigo científico foram apresentados dos custos totais incorridos (ou
custo base, pelo custeio por absorção ou custo integral) de produção de cada
produto. Vejamos:
Tabela 12 – Página 19
Produto Custo de Custo da Mão CIF – Custos Custo Total
matéria de obra direta Indiretos por por unidade
prima por por unidade unidade Produzida *
unidade produzida (B) Produzida
produzida (A)
Pão big R$ 1,15 R$ 1,85 R$ 1,20 R$ 4,20
brother
Pão italiano R$ 0,63 R$ 1,76 R$ 1,15 R$ 3,54
Pão francês R$ 0,09 R$ 0,03 R$ 0,02 R$ 0,14
Pão de queijo R$ 0,35 R$ 0,25 R$ 0,16 R$ 0,76
Pão filhós R$ 0,14 R$ 0,16 R$ 0,10 R$ 0,40

* custo total por unidade produzida é a soma dos custos de matéria prima + custos de
mão de obra direta+ custos indiretos de fabricação (custos fixos).

Qual o critério de rateio dos custos indiretos de fabricação/custos fixos utilizado


pelos pesquisadores?

Na tabela 11 do artigo estudado contém informações sobre a alocação dos custos


indiretos de fabricação (CIF) (custos fixos) a cada unidade de produto. Para encontrar
os custos indiretos de fabricação (custos fixos) os pesquisadores utilizaram o critério
de rateio (horas trabalhadas mensalmente pelos colaboradores).

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O processo de cálculo realizado pelos pesquisados para ratear os custos indiretos foi,
inicialmente, somar todos os custos indiretos de fabricação (tabela 3- Custos fixos
mensais), e em seguida, dividiu o valor encontrado pela quantidade de horas
trabalhadas mensalmente de todos os colaborados encontrou. E identificou o CIF por
minuto de R$ 0,12, e depois identificou tempo necessário para a produção de 1
unidade do produto e encontrou o valor de R$ 0,10 do CIF do pão filhós. Vejamos:
Passo 1:
Total dos Custos Fixos Mensais – Tabela 3 R$ 17.480,00
Total de Horas trabalhadas mensalmente 2400 h
pelos colaboradores

Resolução: R$ 17.480/2400 h
R$ 7,28 hora /60 minutos
R$ 0,12 por minuto
Passo 2:
Tempo para produção de 1 unidade do 0,83 de minuto
Pão filhós – Tabela 11 (coluna 3 linhas 6)
Resolução: 0,83 de minuto x R$ 0,12 (custo indireto de fabricação por minuto) = R$
0,10 (custo fixo alocado a cada unidade produzida).

Finalizada a identificação do custo total de cada unidade produzida dos produtos da


panificadora, os pesquisadores identificaram as seguintes informações:
1) Percentual das Despesas variáveis sobre o preço de venda;
2) Percentual dos Impostos e taxas Incidentes sobre vendas;
3) Percentual de Lucro sobre o preço de venda;

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Identificado os percentuais que compõem o Mark-up (despesas de vendas, impostos e
margem de lucro) os pesquisadores realizaram o cálculo do preço de venda
orientativo. Vejamos abaixo o cálculo do preço do pão francês:
Preço = [100/ (100 – Soma de Percentuais)] x custo base
Preço = [100/ (100 – 36,4)] x R$ 0,15
Preço = [100/63,6] x R$ 0,15
Preço = 1,572327044 x R$ 0,15
Preço Orientativo por Unidade = R$ 0,2358

Fonte: O roteiro desta unidade temática foi retirado do estudo dirigido do Produto
Educacional (2020) Disponível em:
http://educapes.capes.gov.br/handle/capes/584934 e contém adaptações realizada
pela professora conteudista.

Observação: Estes dados não podem ser utilizados para formar preço de venda de
outras empresas do mesmo ramo, caso o aluno tenha interesse em realizar o
mapeamento de custos de um produto deverá coletar as informações na empresa que
pretende realizar os estudos, pois os custos e despesas podem ser diferentes das
apresentadas neste roteiro.

INSERIR ATIVIDADE DE PERCURSO 2 – QUESTIONÁRIO - CONTEÚDOS DA UNIDADE I, II e III)

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Tempo estimado: Para concluir a atividade de Percurso 1 (atividade prática) serão
necessários: 8 horas – aula (50 minutos)

BAHIA, Roberta. O meu preço esta correto? Um guia para formação de preço para
produto e serviço. E-book Kindle Amazon, 2020.

BRUNI, Adriano Leal. A administração de custos, preços e lucros. 6.ed. São Paulo:
Atlas, 2018. [Minha Biblioteca]

SANTOS, Marineia Almeida dos, Contabilidade de Custos. Salvador: UFBA, Faculdade


de Ciências Contábeis; Superintendência de Educação a Distância , 2018. Disponível
em:
https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/30859/1/eBook%20Contabilidade%20de%2
0Custos%20UFBA.pdf Acesso em 30 Mai. 2020.

UNIDADE 3: MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO PONDERADA E


PONTO DE EQUILÍBRIO DE MÚLTIPLOS PRODUTOS

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Olá! E aí como está sua rotina de estudos? Muitas dúvidas? Se sim, acesse o
fórum de disciplina e encaminhe sua mensagem para o professor conteudista. Nesta
unidade iremos estudos sobre a margem de contribuição dos produtos e o cálculo do
ponto de equilíbrio de múltiplos produtos. Estes artefatos gerenciais são importantes
pois muitas vezes calcular o preço de venda ideal com base nos custos pode ser
possível, neste caso, o gestor e o empresário poderão utilizar o cálculo da margem de
contribuição unitária para identificar os produtos que mais contribuem para cobrir os
custos fixos e identificar o ponto de equilíbrio de múltiplos produtos.

Ao final desta unidade, você será capaz de:

• Calcular o ponto de equilíbrio contábil, financeiro e econômico de múltiplos


produtos;
• Calcular a margem de contribuição ponderada de uma unidade produzida;
• Elaborar relatórios internos com informações sobre custos, volume, preço,
margem de contribuição e ponto de equilíbrio.

Tempo estimado: Para concluir os estudos desta unidade serão necessários: 10 horas
– aula (50 minutos)

Observação: inserir webaula 3


Se na alocação dos custos e despesas fixas as unidades de produtos forem
complexas, ou seja, não sendo possível mapear um critério menos arbitrário, deve-se
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identificar os gastos variáveis por unidade produzidas e calcular a margem de
contribuição unitária.
A margem de contribuição unitária identifica quando cada unidade vendida
contribui para cobrir os gastos fixos.

Fórmulas do cálculo da Margem de Contribuição Unitária (MCU) = Preço de Venda


Unitário – Gastos variáveis

Fórmula de Cálculo da Margem de Contribuição em Percentual = Margem de


Contribuição Unit / Preço de Venda Unitário x 100

Quando a empresa comercializa produtos diversos ele pode calcular o ponto de


equilíbrio com múltiplos produtos através da margem de contribuição ponderada. A
margem de contribuição unitária ponderada permite obter o ponto de equilíbrio
financeiro em unidades monetárias. Resultante das margens de contribuição decimais
unitárias de cada produto multiplicadas pela participação nas vendas de cada produto
na forma decimal (BRUNI, 2018, p.63-64).

Exemplo de cálculo da margem de contribuição ponderada: Uma lanchonete deseja


calcular o seu ponto de equilíbrio financeiro. Basicamente, a empresa comercializa
refrigerantes (com margem de contribuição percentual igual a 30%) e sanduíches
(com margem de contribuição igual a 50%).

Os gastos fixos da empresa são iguais a $ 840,00 por mês e as vendas são distribuídas
entre refrigerantes e sanduíches com percentuais respectivamente iguais a 40% e 60%.
Vejamos informações mapeadas no quadro abaixo:

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Produtos Margem de Participação
Contribuição em nas Vendas
Percentual Mensais por
Produto
Sanduíches 50% 60%

Refrigerantes 30% 40%

Para calcular a margem de contribuição ponderada sugere-se as seguintes instruções:

Passo 1: Converter a margem de contribuição e participação nas vendas em forma


decimal;

Produtos Margem de Participação


Contribuição em nas Vendas
Percentual Mensais por
Produto
Sanduíches 0,50 0,60

Refrigerantes 0,30 0,40

Passo 2: Multiplicar a Margem de Contribuição pela participação nas vendas mensais


de cada produto, ambas informações na forma decimal:
Vejamos: Sanduíches = 0,50 x 0,60 = 0,30
Refrigerantes = 0,30 x 0,40 = 0,12

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Passo 3: Agora é só somar as margens de contribuição dos produtos, e teremos a
margem de contribuição ponderada.
Vejamos: 0,12 + 0,30 = 0,42

Passo 4: Agora é só calcular o ponto de equilíbrio.

O Ponto de Equilíbrio representa o volume de vendas que determinada empresa


precisa para cobrir todos os seus gastos. O ponto de equilíbrio pode ser contábil,
financeiro ou econômico (BRUNI, 2018, p.59). Pode-se calcular o ponto de equilíbrio
financeiro, contábil e econômico. Vejamos:

Fórmulas:
1. Ponto de Equilíbrio Financeiro (PEF) = Gastos Fixos - Depreciação / Margem de
Cont. Ponderada
2. Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC) = Gastos Fixos / Margem de Cont. Ponderada
3. Ponto de Equilíbrio Econômico (PEE) =
Gastos Fixos + Remuneração do capital próprio / Margem de Cont. Ponderada

Considerando que o exemplo apresentado contempla os gastos com depreciação


vamos calcular o ponto de equilíbrio contábil:

Resolução: PEC= R$ 840 (gastos fixos mensais) / 0,42 (margem de contribuição


Ponderada) = R$ 2.000

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Interpretação: Com uma receita aproximada de R$ 2.000 a empresa consegue cobrir
todos os seus gastos fixos, ou seja, lucro (ZERO).

Ficou com dúvida sobre algum conteúdo desta unidade acesse o endereço eletrônico
https://contabilidadegerencialfernanda.blogspot.com/2021/09/espaco-para-duvidas-sobre-
os-conteudos.html e deixe sua dúvida. Assim que a professora visualizar ela irá responder.

BAHIA, Roberta. O meu preço esta correto? Um guia para formação de preço para
produto e serviço. E-book Kindle Amazon, 2020.

BORNIA, Antonio Cezar. Análise gerencial de custos: Aplicação em empresas


modernas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

BRUNI, Adriano Leal. A administração de custos, preços e lucros. 6.ed. São Paulo:
Atlas, 2018. [Minha Biblioteca]

LEONE, George S. Guerra; LEONE, Rodrigo José Gerra. Os 12 mandamentos da gestão


de custos. Rio de Janeiro. Editora FGV, 2007.

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SANTOS, Marineia Almeida dos, Contabilidade de Custos. Salvador: UFBA, Faculdade
de Ciências Contábeis; Superintendência de Educação a Distância , 2018. Disponível
em:
https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/30859/1/eBook%20Contabilidade%20de%2
0Custos%20UFBA.pdf Acesso em 30 Mai. 2020.

UNIDADE 4: MÉTODO DE ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES


CONTÁBEIS E CÁLCULO DOS INDICADORES DE LIQUIDEZ E
ENDIVIDAMENTO

Olá! Você sabe como é a estrutura do balanço patrimonial e da Demonstração


de Resultado do Exercício? Conhece os métodos e relatórios da análise das
demonstrações contábeis? Sabe calcular os índices de liquidez e endividamento? Se
não, esta unidade vai levar você a um novo aprendizado cheio de desafios e novas
descobertas sobre os conceitos introdutórios da contabilidade gerencial com enfoque
inicial na análise das demonstrações contábeis como artefato para tomada de decisão
dos usuários internos e cálculo dos indicadores de liquidez e endividamento.

Ao final desta unidade, você será capaz de:

• Identificar as contas e a estrutura do balanço patrimonial e da demonstração


de resultado do exercício;
• Calcular os índices de liquidez, endividamento.

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Tempo estimado: Para concluir os estudos desta unidade serão necessários: 10 horas
– aula (50 minutos)

INSERIR WEBAULA 4.1 Análise das Demonstrações Contábeis (Método, Relatório e


estrutura das demonstrações contábeis)

O método de análise das demonstrações contábeis demonstra o passo a passo a ser


seguido capaz de otimizar tempo de forma que as análises procedidas alcancem bons
resultados e tomada de decisão assertivas e tempestivas (MARTINS, MIRANDA, DINIZ, 2019,
p.68). O método de análise é realizado em três etapas: Observação, exame e interpretação.
Na etapa da observação deve identificar:
• Se as demonstrações contábeis são confiáveis?
• Acompanha as demonstrações contábeis o parecer de auditores independentes?
• Você conhece muito bem o contador e os gestores?
Caso as demonstrações contábeis não estejam acompanhadas de parecer de auditores
independente e se você não conhece o contador e os gestores e os processos, métodos de
geração de informações contábeis, para identificar o grau de confiabilidade é um risco
avançar com a análise. Identifique quais as contas e grupos de contas que mais se destacam
nas demonstrações contábeis.
A etapa do exame será feita uma padronização capaz de facilitar todo o processo de
análise e irá realizar o cálculo dos indicadores disponíveis. Dentre os métodos de realização
da análise Gopal (2009 apud MARTINS, MIRANDA, DINIZ, 2019) temos: Análise Horizontal;
Análise Vertical; Análise Horizontal conjugada com a vertical, Indicadores.
Já a interpretação é a fase que destina a tirar conclusões sobre os resultados
encontrados. Segue abaixo possibilidades de interpretação dos resultados encontrados: Um
único índice; grupos de índices; comparação histórica e sazonalidade; comparação de índices
entre e dentro da empresa; comparação com outras empresas; comparação com a própria
empresa.
Finalizada a interpretação deverá ser construído o relatório da análise (modelo
disponível no capítulo 11 do Livro Análise didática das demonstrações contábeis de Martins,
Miranda e Diniz, 2019 disponível na Minha Biblioteca) com a posição financeira, econômica e
operacional da empresa, com vista a avaliar seu desempenho passado, presente e futuro.
Para realizar um relatório mais completo e detalhado sugere-se acessar as “1000 maiores
empresas do Valor Econômico; 500 maiores empresas publicadas pela revista Exame ou

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a análise financeira realizada pelo Instituto Assaf das S.A” (MARTINS, MIRANDA, DINIZ, 2019,
p.216) para maiores possibilidades de interpretação dos resultados.

Para realizar a análise das demonstrações contábeis devem conhecer no mínimo a


estrutura e a composição das contas contábeis do Balanço Patrimonial e Demonstração de
Resultado do Exercício.

1.Estrutura do Balanço Patrimonial(BP)

Balanço Patrimonial (bens,


direitos e Obrigações)

Posição Patrimonial e Financeira

Onde se investe?
Como se financia?
Capacidade de pagar Passivos
Fonte: (OYADOMARI,TIOMATSU, 2018, p.4)

1.1.1 Estrutura do Balanço Patrimonial com agrupamento das contas contábeis por grupo
de subgrupo.
O balanço patrimonial é formado pelo agrupamento dos saldos dos grupos do ativo
(bens, direitos e obrigações) e passivo (capital de terceiros) e patrimônio líquido (capital
próprio).

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Ativo Passivo e Patrimônio Líquido
• Ativo Circulante • Passivo Circulante
• Disponível • Fornecedores
• Contas a Receber • Obrigações Fiscais
• Estoques • Passivo Não Circulante
• Ativos Especiais e Despesas • Patrimônio Líquido
Antecipadas • Capital Social
• Ativo não Circulante • Reservas de Capital
• Realizável a Longo Prazo • Ajustes de Avaliação
• Investimento Patrimonial
• Imobilizado,
• Intangível

No subgrupo ativo circulante são classificados os itens de maior liquidez, ou seja,


aqueles realizáveis (por venda, recebimento ou consumo) no curto prazo, isto é, menos de
um ano, até 12 meses (MARTINS, MIRANDA, DINIZ, 2019, p. 22). No subgrupo ativo não
circulante São classificados os itens do ativo de menor liquidez, os quais serão realizáveis
(ao transformarem-se em dinheiro) no longo prazo (ibidem)

No subgrupo passivo circulante são classificadas todas as obrigações cuja liquidação deve
ser feita no prazo de um ano, exigíveis até 12 meses após o encerramento do exercício
financeiro. (MARTINS, MIRANDA, DINIZ, 2019). Já no subgrupo ativo não circulante São
classificadas todas as obrigações cuja liquidação deve ser feita no prazo superior a um ano,
exigíveis após 12 meses do encerramento do exercício financeiro (Idibem).

No subgrupo patrimônio líquido registra o valor residual dos ativos da entidade depois de
deduzidos todos os seus passivos. O Patrimônio Líquido representa o total de recursos
próprios da entidade pertencentes a seus sócios e acionistas(MARTINS, MIRANDA, DINIZ,
2019, p. 25).

O balanço patrimonial pode ser visualizado por três perspectivas. Vejamos:

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Fonte: OYADOMARI,TIOMATSU, 2018, p. 5

2. Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

Demonstração de Resultado do Exercício


(Receitas, despesas, lucro)

Eficiência/Desempenho Econômico

Dá lucro ou prejuízo?
Quanto é o faturamento?
Operacional ou financeiro?

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Receita Líquida
•( - ) Custos dos Produtos Vendidos ou Serviços Prestados
= Resultado Bruto
•( - ) Despesas Operacionais
•( - ) Despesas com Vendas
•( - ) Despesas Administrativas
•( +) Receitas Financeiras
•( - ) Despesas Financeiras
•( - ) Outras Receitas e Despesas Operacionais
= Resultado Operacional
•( - ) Provisão para IR e Contribuição Social
= Resultado Líquido antes das participações e contribuições
•( - ) Participações
•( - ) Contribuições
= Lucro Líquido do Exercício
•( + ) Juros sobre o Capital Próprio
= Lucro Líquido por Ação

Nas publicações da Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) deve-se começar a


Demonstração com a Receita Líquida, a receita bruta fica evidenciada apenas em nota
explicativa.
Par a apuração da Receita Líquida são deduzidos da receita bruta os seguintes itens:
• Vendas canceladas e devoluções de mercadorias realizadas no período,
• Abatimentos realizados geralmente por defeitos de mercadorias ou pagamentos
antecipados;
• Impostos Incidentes sobre Vendas (ICMS, IPI, ISS, PIS, COFINS etc (MARTINS,
MIRANDA, DINIZ, 2019, p. 33).
Das receitas líquidas são deduzidos os CMV (Custos das Mercadorias Vendidas), ou CPV
(custos dos produtos vendidos), ou CSP (custos dos serviços prestados para se chegar ao
Resultado Bruto (MARTINS, MIRANDA, DINIZ, 2019, p.33).

Fórmula: Resultado Bruto ou Lucro Bruto = Receitas Líquidas – Custos dos Produtos
Vendidos ou serviços prestados

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As Despesas operacionais compreendem os gastos para manutenção das atividades
relativas à operação (negócio) do empreendimento. As despesas operacionais subdivide-se
em:
• Despesas com vendas: envolvem todos os gastos relativos à promoção, distribuição e
venda dos produtos ou serviços da entidade;
• Despesas administrativas: são gastos da entidade para manter a gestão do
empreendimento, incluem: salários dos funcionários da administração materiais de
escritório etc.
• Receitas Financeiras: entradas de recursos oriundos de atividades operacionais da
empresa,
• Despesas Financeiras: são remunerações pagas pelo uso de capital de terceiros;
• Outras receitas e despesas operacionais: despesas operacionais não enquadradas nos
grupos anteriores (ibidem).

Para se chegar no lucro operacional basta deduzir do Lucro Bruto as despesas


Operacionais (ibidem).

Cálculo do Lucro Operacional ou Resultado Operacional = Lucro Bruto – Despesas


Operacionais

Para se chegar no l Resultado Líquido antes das Participações e Contribuições basta


deduzir do Lucro operacional a provisão para IR- Imposto de Renda e Contribuição
Social(ibidem).

Cálculo do Resultado Líquido antes das Participações e Contribuições = Lucro


Operacional – Provisão para IR e Contribuição Social.

As participações e Contribuições compreendem as deduções relativas às diversas


participações e contribuições previstas nos estatutos: debêntures, participações de
empregados, administradores e partes beneficiárias, contribuições para instituições ou
fundos de assistência ou previdência de empregados etc(ibidem).

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INSERIR WEBAULA 4.2 Indicadores de Liquidez e endividamento

4.2 Os índices de Liquidez apresentam a situação financeira de uma empresa frente aos
compromissos financeiros assumidos, demonstrar a capacidade para quitar as minhas
dívidas, obrigações, sinaliza a condição de sua própria continuidade (MARTINS, MIRANDA,
DINIZ, 2019, p.106). Na análise dos índices de liquidez vale lembrar que quanto maior
melhor.
Para realizar o cálculo dos índices de liquidez devemos coletar os saldos dos
subgrupos e das seguintes contas contábeis do balanço patrimonial: ativo circulante,
passivo circulante, estoques, despesas antecipadas, caixa e equivalentes de caixa,
aplicações financeiras, realizável a longo prazo e passivo circulante.

Os índices que compõem a análise da liquidez são:

4.2.1 Liquidez Corrente: Indica a relação entre os ativos com realização a curto prazo com os
passivos que serão exigíveis a curto prazo. O mesmo indica a capacidade de pagamento a
serem exigidos no curto prazo.

Fórmula = Ativo Circulante / Passivo Circulante

4.2.2 Liquidez Seca: Indica a relação entre os ativos com realização a curto prazo, reduzidos
os estoques, com os passivos que serão exigíveis a curto prazo.

Fórmula: Ativo Circulante – Estoques – Despesas pagas antecipadamente/Passivo


Circulante

4.2.3 Liquidez Geral: Indica a relação entre os ativos com realização a curto prazo e
longo prazo com os passivos que serão exigíveis a curto prazo e longo prazo. O mesmo
indica a capacidade de pagamento a serem exigidos no curto prazo e longo prazo.

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Fórmula: Ativo Circulante + R. L.P (Circulante + Não Circulante)

R. L. P: Realizável a longo prazo

4.2.4 Liquidez Imediata: Indica a relação entre as disponibilidades com os passivos que
serão exigíveis a curto prazo. O mesmo indica a capacidade de pagamento
considerando apenas os ativos de conversão imediata a numerários.

Fórmula: Disponibilidades / Passivo Circulante

4.2.5 Exemplo de cálculo dos indicadores de liquidez e endividamento


Para acompanhar a resolução do exemplo prático dos cálculos de índices de
liquidez e endividamento sugiro participar da aula síncrona 3 e 4, devidamente
agendadas no AVA- Ambiente Virtual de Aprendizagem.

Os dados do exemplo prático foram coletados nas demonstrações contábeis da


Empresa Arezzo S.A do exercício de 2016 disponíveis no seguinte endereço eletrônico:
https://drive.google.com/file/d/1BYOMiic1WNRdH5tNqv--XI--
CJ0tSb9U/view?usp=sharing

Segue abaixo etapas para coleta de dados, cálculos e interpretação das informações
coletadas:

Passo 1: Coletar as seguintes informações do Balanço Patrimonial:


Ano 2016
1 Ativo Circulante 706.229
2 Passivo Circulante 201.830
3 Estoques 110.478

4 Despesas Antecipadas 0
5 Caixa e equivalentes de caixa 5.020

6 Aplicações Financeiras 237.824


7 Realizável a longo prazo 41.001
8 Passivo não circulante 35.619
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Passo 2: Realizar os cálculos utilizando os saldos contábeis coletados no passo 1,

Passo 3: Realizar a interpretação de cada indicador.

Agora vamos aos cálculos:


1. Liquidez Corrente: Ativo circulante / Passivo Circulante

Resolução: (706229/201830) = 3,50

Interpretação: Para cada 1 real de dívida no curto prazo a empresa tem R$ 3,50 para
quitá-las,

2. Liquidez Seca = Ativo Circulante – Estoques – Despesas antecipadas / Passivo


circulante

Resolução: (706229 - 110478 / 201830) = R$ 2,95

Interpretação: Para cada 1 real de dívida eu tenho R$ 2,95 para quitá-las;

3. Liquidez Geral = AC + Realizável a longo prazo / Passivo circulante + Passivo não


circulante

Resolução: (706229 + 41001) / (201830+ 35619) = 747230/ 237449 = 3,15

Interpretação: Para cada 1 real de dívida de curto e longo prazo a empresa tem R$
3,15 para quitá-las; segundo Matarazzo (2010 apud MARTINS, MIRANDA, DINIZ, 2019,
p. 109) este índice é importante para análise de liquidez da entidade a longo prazo;

4. Liquidez Imediata = Caixa+ Bancos + aplicação financeira / Passivo Circulante

Resolução: 5.020 + 237824 / 201830 = 242844/201830 = 1,20

Interpretação: para cada 1 real de dívida no curto prazo a empresa tem 1,20 de
recursos que poderiam ser pagas imediatamente.

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4.3 Os Índices de Estrutura Patrimonial e endividamento visam evidenciar a
dependência da entidade em relação aos recursos de terceiros, ou seja, os percentuais
de endividamento. Quanto menos dívidas a curto prazo, melhor.

Para realizar o cálculo dos índices de endividamento devemos coletar os saldos dos
subgrupos e das seguintes contas contábeis do balanço patrimonial: passivo circulante,
passivo não circulante, ativo não circulante, realizável a longo prazo, patrimônio líquido.
Antes de calcular os indicadores deve-se encontrar o valor do capital de terceiros que é a
soma do passivo circulante com o passivo não circulante.

Os índices que compõem a análise do endividamento são:

4.3.1 Participação de capital de terceiros: Mostra quanto à empresa tem de dívidas com
terceiros (passivo circulante + passivo não circulante) para cada real de recursos próprios.
Não se pode dizer que um índice de endividamento seja bom ou ruim. Sendo necessário
analisar a qualidade da dívida (prazo de vencimento, taxa de juros, risco de moeda), pois
uma dívida de longo prazo e de juros baixos é interessante.

Fórmula: Capital de terceiros / Patrimônio Líquido x 100

4.3.2 Composição do endividamento: Este índice permite conhecer os prazos de


vencimentos de suas dívidas, revela quando de dívida total (passivo circulante +
passivo não circulante) com terceiros é exigível no curto prazo (passivo circulante)

Fórmula: Passivo circulante / Capital de Terceiros x 100

4.3.3 Imobilização do Patrimônio Líquido: Este índice apresenta a parcela do capital


próprio que está investida em ativos de baixa liquidez. Quanto mais recursos próprios
estiverem investidos em ativos de baixa liquidez, menos sobrará para investir em
ativos circulantes. O ideal é que a empresa financie o Ativo Circulante com recursos
próprios para diminuir a dependência de terceiros.

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Fórmula: (Ativo não circulante – Ativo Realizável a longo prazo) / Patrimônio Líquido
x 100

4.3.4 Imobilização de Recursos não correntes: Este índice mostra o percentual de


recursos de longo prazo aplicados nos grupos de ativos de menor liquidez (imobilizado,
investimentos e intangível). Índices de imobilização de recursos não-correntes
superiores a 1,0, significam que a entidade está imobilizando recursos de curso prazo
(passivo circulante) é que é sinal de desequilíbrio financeiro.

Fórmula: Ativo não circulante – Ativo Realizável a longo prazo / Patrimônio Líquido
+ Passivo não circulante x 100

* PL: Patrimônio Líquido

4.3.5 Exemplos de cálculo dos indicadores de Estrutura Patrimonial e endividamento

Para acompanhar a resolução do exemplo prático dos cálculos de índices de liquidez e


endividamento sugiro participar da aula síncrona 3 e 4, devidamente agendadas no
AVA- Ambiente Virtual de Aprendizagem.

Os dados do exemplo prático foram coletados nas demonstrações contábeis da


Empresa Arezzo S.A do exercício de 2016 disponíveis no seguinte endereço eletrônico:
https://drive.google.com/file/d/1BYOMiic1WNRdH5tNqv--XI--
CJ0tSb9U/view?usp=sharing

Passo 1: Coletar as seguintes informações do Balanço Patrimonial:


Exercício 2016
1 Saldo do Passivo Circulante 201.830
2 Saldo do Passivo não Circulante 35.619
3 Capital de Terceiros (somar: 237.449
subgrupo Passivo Circulante +
Passivo Não Circulante)
4 Saldo do Ativo não Circulante 200.919
5 Saldo do Realizável a Longo Prazo 41.001

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6 Saldo do Patrimônio Líquido 669.699

Passo 2: Realizar os cálculos utilizando os saldos contábeis coletados no passo 1 nas


fórmulas apresentadas na unidade;

Passo 3: Realizar a interpretação do indicador.

Agora vamos aos cálculos:

1.Participação de capital de terceiros: Capital de terceiros / Patrimônio Líquido x 100

Resolução: 237449/ 669699 x 100 = 35,45%

Interpretação: Este indicador demonstra que o montante de dívidas (curto prazo e


longo) representa 35% do total do patrimônio líquido. Um bom parâmetro para se
avaliar os índices de endividamento é a média do setor no qual a empresa está
inserida (MARTINS, MIRANDA, DINIZ, 2019, p.120).

2.Composição do endividamento: Passivo circulante/Capital de terceiros x 100

Resolução: 201830/237449 x 100 = 84,99%

Interpretação: Este índice revela que 84,99% da dívida da empresa são dívidas no
curto prazo. Segundo Martins, Miranda, Diniz (2019, p. 120) uma empresa que tenha
grande parte de suas dívidas vencíveis no curto prazo, se surpreendida por uma crise,
terá que tomar providências desfavoráveis do ponto de vista econômico para
conseguir cumprir suas obrigações de curto prazo.

3. Imobilização do Patrimônio Líquido: Ativo não circulante – Realizável a longo prazo


/ Patrimônio Líquido x 100

Resolução: (200919 – 41.001) / 669699 x 100 = 159918/669699 x 100 = 23,87%

Interpretação: Este índice revela que 23,87% dos recursos próprios (patrimônio
líquido) foram investidos em ativos de baixa liquidez. Para investir em ativos
circulantes como estoques, bancos, aplicações financeiras no exercício financeiro de

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2016 era de 76,12%, ou seja, R$ 509.774,88. Segundo Martins, Miranda, Diniz (2019, p.
121) a situação da empresa neste indicador é ideal, pois diminui a dependência de
terceiros e consequentemente, o risco.

4. Imobilização de Recursos não correntes: Ativo não circulante – Ativo Realizável a


longo prazo / PL + Passivo não circulante x 100

Resolução: (200919 – 41001) / (669699 + 35619) x 100 = 159918 / 705318 x 100 =


22,67%

Interpretação: Este índice revela que 22,67% o percentual de recursos de longo prazo
aplicados em ativos de menor liquidez. Segundo Martins, Miranda, Diniz (2019, p. 121)
a situação da empresa neste indicador é ideal, o que demonstra equilíbrio financeiro,
ou seja, a empresa não está usando recursos do curto prazo para aquisição de
componentes do grupo investimentos, imobilizado e intangível.

Saiba mais: Assista o vídeo sobre como calcular os índices de liquidez disponível no
seguinte endereço eletrônico: https://youtu.be/TdGGYYm5SBo.

COLARES, A. C. V.; FERREIRA, C. O.; Aplicação de Artefatos gerenciais de contabilidade nas


empresas mineiras prestadoras de serviços sob a ótica das variáveis de setor e porte.
REVISTA MINEIRA DE CONTABILIDADE, ISSN 1806-5988. Disponível em:
https://revista.crcmg/rmc/article/view/296. Acesso em: 04 Out. 2021.

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FREZATTI, F.; et all. Controle gerencial: Uma Abordagem da Contabilidade Gerencial no
Contexto Econômico, Comportamental e Sociológico São Paulo: Atlas, 2009 [Minha
Biblioteca]. Acesso em: 30 set. 2021

IUDICIBUS, S. Contabilidade gerencial: da teoria a prática - 7ª ed. ed.- São Paulo: Atlas, 2020
[Minha Biblioteca]. Acesso em: 30 set. 2021.

MARTINS, E.; MIRANDA, G. J.; DINIZ, J. A. Análise didática das demonstrações contábeis. 2
ed.- São Paulo: Atlas, 2019 [Minha Biblioteca].

OYADOMARI A.L.,TIOMATSU, J. C.. Contabilidade Gerencial - Ferramentas para Melhoria de


Desempenho Empresarial.Grupo GEN, 2018. 9788597018226. Disponível em: [Minha
Biblioteca] Acesso em: 30 set. 2021.

UNIDADE 05: ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO E


INDICADORES DE RENTABILIDADE

Olá! Você sabe como calcular e analisar os índices de capital de giro e


rentabilidade de uma empresa? Se não, esta unidade vai levar você a um novo
aprendizado cheio de desafios e novas descobertas sobre o cálculo dos indicadores de
administração do capital de giro e de rentabilidade das demonstrações contábeis para
tomada de decisão dos usuários internos.

Ao final desta unidade, você será capaz de:

• Calcular os índices de administração de capital de giro e rentabilidade das


demonstrações contábeis;
• Analisar quanto uma empresa gera de renda e para quem vai esta renda,

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Tempo estimado: Para concluir os estudos desta unidade serão necessários: 10 horas
– aula (50 minutos)

INSERIR WEBAULA 5.1 Indicadores de administração do Capital


de Giro
Através dos indicadores de administração de capital de giro identificamos se a
situação financeira está equilibrada. Buscamos identificar se as ações dos gestores
promovem a quitação dos compromissos assumidos, com o menor impacto possível na
rentabilidade da empresa.
Para realizar o cálculo dos índices de liquidez devemos coletar os saldos dos
subgrupos e contas contábeis do balanço patrimonial:

Para calcular o capital circulante líquido devemos identificar o montante do Ativo Circulante
e Passivo Circulante;

Para calcular a necessidade de capital de giro devemos coletar as seguintes


informações do balanço patrimonial:

a) Para encontrar o montante do ativo circulante operacional devemos somar os


valores das seguintes contas ou subgrupos de contas contábeis: Clientes, contas a
receber ou duplicatas a receber, estoques, impostos a recuperar e outros ativos. Desse
modo, encontraremos o valor do ativo circulante operacional.

b) Para encontrar o montante do passivo circulante operacional devemos somar os


valores das seguintes contas ou subgrupos contábeis: fornecedores, obrigações
trabalhistas, obrigações tributárias, arrendamentos a pagar, obrigações com
administradoras de cartões, obrigações estatutárias, provisões e outras obrigações.
Desse modo, encontraremos o valor do passivo circulante operacional.

Para calcular o saldo de tesouraria devemos coletar as seguintes informações do


balanço Patrimonial:

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a) Para encontrar o montante do ativo circulante financeiro devemos somar os
valores das seguintes contas ou subgrupos de contas contábeis: caixa e equivalentes
de caixa, aplicações financeiras e instrumentos financeiros derivativos. Desse modo,
encontraremos o valor do ativo circulante financeiro.

b) Para encontrar o montante do passivo circulante financeiro devemos somar os


valores das seguintes contas ou subgrupos de contas contábeis: empréstimos,
financiamentos e instrumentos financeiros derivativos. Desse modo, encontraremos o
valor do passivo circulante financeiro.

Os índices que compõem a análise da administração do capital de giro são:

5.1.1. Capital circulante líquido: representa a diferença entre o ativo circulante e o


passivo circulante. Quando positivo, o CCL significa que a empresa possui mais
aplicações que fontes de financiamento no curto prazo.

Fórmula: Ativo Circulante – Passivo Circulante

5.1.2. Necessidade de capital de giro: É a quantidade de recursos financeiros que a


empresa necessitar para manter suas operações em funcionamento. Se for negativo, a
empresa precisa utilizar recursos de fonte financeira para custear suas atividades.

Fórmula: Ativo Circulante Operacional – Passivo Circulante Operacional

As principais contas componentes dos grupos do ativo operacional e financeiro do


circulante são as seguintes:

Ativo Circulante Operacional: clientes, diminuídos da provisão para devedores


duvidosos, adiantamentos a fornecedores, estoques, impostos a recuperar (IPI, ICMS),
despesas antecipadas.

Ativo Circulante Financeiro: disponibilidades, aplicações financeiras, créditos de


empresas coligadas ou controladas, imóveis para venda, equipamentos desativados
disponibilizados para negociação (ativo não circulantes disponíveis para venda).

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Passivo Circulante Operacional: fornecedores, impostos (PIS/Cofins, ICMS, IPI, IR,
CSSL), adiantamentos de clientes, salários e encargos sociais, participações de
empregados, despesas operacionais a pagar, etc.

Passivo Circulante Financeiro: empréstimos e financiamentos de curto prazo,


duplicatas descontadas, dívidas com coligadas e controladas, etc.

5.1.3. Saldo de Tesouraria: Este indicador demonstra se a empresa terá


disponibilidade de recursos para garantir a liquidez no curtíssimo prazo. Se o valor for
positivo, indica que a empresa terá disponibilidade de recursos para garantir quitar as
suas dívidas em curtíssimo prazo.

Fórmula: Ativo Circulante Financeiro – Passivo Circulante Financeiro

Analisando o Capital Circulante Líquido (CCL), necessidades de capital de giro


(NCG), Saldo de Tesouraria (ST): A análise conjunta desses três índices, poderá
proporcionar importantes evidências sobre a liquidez de um empreendimento no
curto prazo conforme Braga (1991 apud MARTINS, MIRANDAE DINIZ, 2019, p. xx)
vejamos:
Tipo/Item CCL NCG ST Situação
I + _ + Excelente
II + + + Sólida
III + + - Insatisfatória
IV - + - Péssima
V - - - Muito Ruim
VI - - + Alto Risco

Análise dos tipos de Empresa sobre a administração do capital de giro: Para


identificar o tipo de empresa deve-se marcar na tabela acima se o índice encontrado
foi positivo ou negativo. Vejamos abaixo interpretação conjunta dos resultados,
conforme tipo de empresa.

Empresa Tipo I: A análise da composição desses itens mostra que ela possui fontes de
financiamento operacionais que cobrem todos os ativos operacionais e ainda sobram

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recursos, ou seja, talvez tenha prazos junto a fornecedores que cubram a rotação dos
estoques e os recebimentos de clientes com folga. Este tipo de configuração pode ser
encontrado entre empresas do setor comercial varejista.

Empresa Tipo II- São empresas sólidas, sendo esse tipo de empreendimento
representa a posição mais comum no mercado. A empresa apresenta necessidade de
capital de giro positiva, ou seja, os seus passivos operacionais são insuficientes para
financiarem suas aplicações operacionais de curto prazo.

Empresa Tipo III- Neste tipo de empresa, ele precisa de capital de giro, pois os passivos
operacionais são insuficientes para financiar os ativos circulantes operacionais. Além
disso, os passivos circulantes financeiros são superiores aos ativos circulantes
financeiros. Se ocorrer uma recessão, os itens do ativo circulante operacional poderão
ter dificuldades de realização, ao passo que o passivo financeiro poderá se elevar em
virtude das taxas aulas de juros.

Empresa Tipo IV – A situação da empresa é complicada, péssima. Sendo que ela não
consegue financiar com seus passivos operacionais a sua operação. O saldo de
tesouraria é negativo, pois a empresa está financiando sua necessidade de capital de
giro com empréstimos em curto prazo.

Empresa Tipo V- A empresa possui CCL negativo, revelando insuficiência de recursos


circulantes para fazer frente às necessidades de curto prazo, classificação da empresa
como esse formato como muito ruim.

Empresa Tipo VI – Empresa de alto risco, pelo uso de fontes de curto prazo aplicados
em ativos não circulantes. Apresenta segurança em termos financeiros se seu CCL for
maior que a necessidade de capital de giro, pois, nesta situação, as fontes de longo
prazo (passivo não circulante) financiam as atividades operacionais e seu saldo em
tesouraria é positivo.

5.1.4 Exemplos de cálculos da administração de capital de giro

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Para acompanhar a resolução do exemplo prático dos cálculos de índices de
administração de capital de giro sugiro participar da aula síncrona 3 e 4, devidamente
agendadas no AVA- Ambiente Virtual de Aprendizagem.

Os dados do exemplo prático foram coletados nas demonstrações contábeis da


Empresa Arezzo S.A do exercício de 2016 disponíveis no seguinte endereço eletrônico:
https://drive.google.com/file/d/1BYOMiic1WNRdH5tNqv--XI--
CJ0tSb9U/view?usp=sharing

1. Capital Circulante Líquido


Fórmula: Ativo Circulante – Passivo Circulante
Para cálculo do Capital Circulante Liquido você deverá coletar as seguintes
informações no balanço patrimonial:
Exercício 2016
1 Ativo Circulante 706.229
2 Passivo Circulante 201.830

Resolução: 706.229 - 201.830 = R$ 504.399

Interpretação: Este índice revela que a empresa possui mais aplicações que fontes de
financiamento, ou seja, o passivo circulante financia parte do ativo circulante, o
restante é financiado por passivos de longo prazo ou de patrimônio líquido.

2. Necessidade de capital de giro: Ativo Circulante Operacional – Passivo Circulante


Operacional

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Passo 1: Identificar as contas que compõem o ativo circulante operacional e passivo
circulante operacional

Contas do Ativo Circulante Operacional Valores no Balanço Consolidado 2016


Arezzo
Clientes 315.304
(-) Provisão para devedores duvidosos 0
Adiantamentos a fornecedores 0
Estoques 110.478
Impostos a recuperar 22.562
Despesas antecipadas 0
Total R$ 448344

Contas do Passivo Circulante Valores no Balanço Consolidado 2016


Operacional Arezzo
Fornecedores 66.445
Impostos a recolher/a pagar/Obrigações 22.861
tributárias
Adiantamentos de clientes 0
Salários e encargos sociais a pagar 23.639
Participações de empregados a pagar
Despesas operacionais a pagar
Total R$ 112945

Resolução: R$ 448344 - R$ 112945 = R$ 335399

Interpretação: Este índice revela que R$ 335399 devem ser financiados com
passivos financeiros de curto prazo ou não circulantes.

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3. Saldo de Tesouraria = Ativo Circulante Financeiro – Passivo Circulante Financeiro

Passo 1: Identificar as contas que compõem o ativo circulante operacional e passivo


circulante operacional
Contas do Ativo Circulante Financeiro Valores no Balanço Consolidado 2016
Arezzo
Disponibilidades 5.020
Aplicações financeiras 237.824
Créditos de empresas coligadas ou 0
controladas
Imóveis para venda, 0
Equipamentos desativados 0
disponibilizados para negociação (ativo
não circulantes disponíveis para venda).

Total R$ 242844

Contas do Passivo Circulante Financeiro Valores no Balanço Consolidado 2016


Arezzo
Empréstimos e financiamentos de curto 78.970
prazo,
Duplicatas descontadas, 0
Dívidas com coligadas e controladas, 0
Total R$ 78970

Resolução: R$ 242844 - R$ 78970 = R$ 163874

Interpretação: O saldo de tesouraria demonstra que a empresa terá


disponibilidade de recursos para garantir a liquidez no curtíssimo prazo.

Avenida Governador Jorge Teixeira, 3146, Setor Industrial.CEP 76821-002. Porto


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Agora vamos realizar a análise conjunta do Capital Circulante Líquido (CCL),
necessidades de capital de giro (NCG), Saldo de Tesouraria (ST) desenvolvida por Braga
(1991).
A análise conjunta desses três índices, poderá proporcionar importantes evidências
sobre a liquidez de um empreendimento no curto prazo. Vejamos:

Tipo/Item CCL+ NCG+ ST + Situação


I + _ + Excelente
II + + + Sólida
III + + - Insatisfatória
IV - + - Péssima
V - - - Muito Ruim
VI - - + Alto Risco

Análise dos tipos de Empresa sobre a administração do capital de giro demonstra


que a empresa se classifica como Empresa Tipo II- São empresas sólidas, sendo esse
tipo de empreendimento representa a posição mais comum no mercado. A empresa
apresenta necessidade de capital de giro positiva, ou seja, os seus passivos
operacionais são insuficientes para financiarem suas aplicações operacionais de curto
prazo.

INSERIR WEBAULA 5.2 Indicadores de rentabilidade

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Os Índices de rentabilidade revelam a análise do aspecto econômico, a rentabilidade é
a alma do negócio. Sem rentabilidade a continuidade da empresa estará
comprometida. Devemos comparar o desempenho da entidade com empresas que
atuam no mesmo segmento.

Antes de iniciar a análise devemos levantar os valores do investimento da empresa e o


patrimônio inicial. O valor do Investimento é encontrado da seguinte forma:

[Ativo (inicial) – Passivo Operacional (inicial)] + [ativo (final)– Passivo Operacional


(final)] /2

Onde ativo inicial é o valor do ativo total do ano anterior, e o ativo final é o valor do
ativo total do ano que estamos realizando a cálculo dos índices. Exemplo: Se estamos
realizando o cálculo dos índices do Ano de 2016, então o valor do ativo inicial será do
ano de 2015, e o valor do ativo inicial será do ano de 2016. O valor total do passivo
operacional inicial será do ano de 2015, e o valor do passivo operacional final será do
ano de 2016.

Já o valor do patrimônio inicial é o valor deste grupo referente ao ano anterior.


Exemplo: se estamos realizando o cálculo dos índices do ano de 2016, então o valor do
patrimônio inicial será do ano de 2015.

Para realizar o cálculo dos índices de rentabilidade devemos coletar os seguintes saldos dos
subgrupos e contas contábeis do balanço patrimonial: ativo total inicial (saldo do BP do ano
anterior), passivo circulante operacional inicial (saldo do BP do ano anterior), ativo total final
(saldo do BP do ano analisado), passivo circulante operacional final (saldo do BP do ano
analisado), patrimônio líquido inicial (saldo do BP do ano anterior). Já da Demonstração de
Resultado do Exercício devemos coletar os seguintes saldos dos subgrupos e contas
contábeis: lucro bruto (ou resultado operacional bruto), receitas líquidas (ou receitas
operacionais líquidas), lucro operacional líquido.

Os índices que compõem a análise da rentabilidade são:

5.2.1 Margem bruta: Indica o percentual das vendas disponível para custear as
despesas operacionais.

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Fórmula: Lucro Bruto x 100
Receitas Líquidas

5.2.2 Margem líquida: Indica o percentual das vendas convertido em lucro, é um


importante sinalizador de rentabilidade da empresa.

Fórmula: Lucro Operacional líquido x 100


Receitas Líquidas

5.2.3 Retorno sobre o investimento: Indica o percentual de rentabilidade sobre os


investimentos, ou seja, quanto a entidade obtém de lucro para cada R$ 100,00
investidos.

Fórmula: Lucro Operacional líquido x 100


Investimento

5.2.4 Retorno sobre o patrimônio líquido: Indica o percentual de rentabilidade sobre


o patrimônio líquido, ou seja, quanto a entidade obtém de lucro para cada R$ 100,00
investidos pelos sócios e acionistas.

Fórmula: Lucro Operacional líquido x 100


Patrimônio Líquido (inicial)

5.2.5 Giro do Ativo: Este índice compara as vendas da empresa com o seu
investimento, ou seja, indica quanto a empresa vendeu de cada real investido na
empresa. Quanto mais conseguir girar o seu ativo, melhores serão os seus resultados.

Fórmula: Receitas líquidas


Investimento

5.2.5 Exemplos de cálculos de indicadores de rentabilidade

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rentabilidade sugiro participar da aula síncrona 3 e 4, devidamente agendadas no
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Segue abaixo etapas para coleta, cálculos e interpretação das informações:

Passo 1: Antes de iniciar a análise devemos levantar os valores do investimento da


empresa e o patrimônio inicial. O valor do Investimento é encontrado da seguinte
forma:

[Ativo (inicial) – Passivo Operacional (inicial)]+ [ Ativo (final)– Passivo Operacional


(final)] /2

Onde ativo inicial é o valor do ativo total do ano anterior. Já o ativo final é o valor do
ativo total do ano que estamos realizando a cálculo dos índices. Exemplo: Se estamos
realizando o cálculo dos índices do Ano de 2016, então o valor do ativo inicial será do
ano de 2015, e o valor do ativo inicial será do ano de 2016. O valor total do passivo
operacional inicial será do ano de 2015, e o valor do passivo operacional final será do
ano de 2016.

Já o valor do patrimônio inicial é o valor deste grupo referente ao ano anterior.


Exemplo: se estamos realizando o cálculo dos índices do ano de 2016, então o valor do
patrimônio inicial será do ano de 2015.

Ativo Inicial (Ano 2015) = 853.948


Ativo Final (Ano 2016) = 907.148
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Contas do Passivo Circulante Valores no Balanço Consolidado 2015
Operacional Arezzo
Fornecedores 64.881
Impostos a recolher/a pagar/Obrigações 20.285
tributárias
Adiantamentos de clientes 0
Salários e encargos sociais a pagar 12.876
Participações de empregados a pagar 0
Despesas operacionais a pagar 0
Total R$ 98042

Contas do Passivo Circulante Valores no Balanço Consolidado 2016


Operacional Arezzo
Fornecedores 66.445
Impostos a recolher/a pagar/Obrigações 22.861
tributárias
Adiantamentos de clientes 0
Salários e encargos sociais a pagar 23.639
Participações de empregados a pagar
Despesas operacionais a pagar
Total R$ 112.945

Resolução:

[Ativo (2015) – Passivo Operacional (2015)]+[Ativo (2016)– Passivo Operacional


(2016)]/2

Total dos Investimentos (Ano 2016) = [853.948 - R$ 98042] + [907.148 - R$ 112945] /2


Total dos Investimentos (Ano 2016) = R$ [755906] +[794203] / 2
Total dos Investimentos (Ano 2016) = 1550109 /2
Total dos Investimentos (Ano 2016) = R$ 775.054,50

Passo 2: Identificar as seguintes informações no Balanço Patrimonial e Demonstração


de Resultado do Exercício:

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Exercício 2016 Exercício 2015
1 Lucro Bruto/ Resultado 549.291 -
Operacional Bruto (DRE)
2 Receitas Líquidas/ Receitas 1.239.110 -
Operacionais Líquidas (DRE)
3 Lucro Operacional líquido (DRE) 116.149 -
4 Patrimônio Líquido Inicial (BP) - 617.905
(neste caso é o saldo do subgrupo
do ano anterior em relação ao ano
atual. Exemplo: Se está calculando
os valores de 2016 o saldo inicial
será de 2015.
5 Investimento (valor cálculo no R$ 775.054,50 -
passo 1)

Finalizada a coleta de dados, agora vamos aos cálculos:

1. Margem bruta: Lucro Bruta / Receitas Líquidas x 100

Resolução: 549.291/1.239.110 x 100 = 44,33%

Interpretação: Este resultado revela que 44% das receitas líquidas contribuem para
custear as despesas operacionais, ou 56% das receitas líquidas são formadas pelos
custos dos produtos vendidos.

2.Margem líquida/margem operacional: Lucro Operacional líquido /


Receitas Líquidas x 100

Resolução: 116.149 / 1.239.110 x 100 = 9,37%

Interpretação: Este resultado revela a rentabilidade do exercício de 2016 de 9,37%


sobre as receitas líquidas, para compreender melhor este indicador é interessante
comparar com empresas do mesmo ramo de atuação;

3. Retorno sobre o investimento (ROI): Lucro Operacional líquido/ investimento x 100

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Resolução: 116.149 / R$ 775054,50 x 100% = 14,98%

Interpretação: Este resultado revela a rentabilidade do exercício de 2016 de 14,98%


sobre os investimentos, para compreender melhor este indicador sugere-se comparar
com empresas do mesmo ramo de atuação;

4. Retorno sobre o patrimônio líquido: Lucro Operacional líquido / Patrimônio


Líquido (inicial) x 100

Resolução: 116.149 / 617.905 x 100 = 18,80%

Interpretação: Este resultado revela uma rentabilidade sobre o capital próprio de


18,8% no exercício de 2016 de sobre o capital próprio, para compreender melhor este
indicador sugere-se comparar o indicador com empresas do mesmo ramo de atuação.

5. Giro do Ativo: Receitas líquidas / Investimentos

Resolução: 1.239.110 / R$ 775054,50 = 1,60

Interpretação: Este resultado revela o giro do ativo de 1,6 da empresa do exercício de


2016 de sobre os investimentos, para compreender melhor este indicador sugere-se
comparar o indicador com empresas do mesmo ramo de atuação.

BORINELLI, M. L.; PIMENTEL, R. C. Curso de Contabilidade para Gestores, Analistas e Outros


Profissionais. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2015

MARTINS, E.; MIRANDA, G. J.; DINIZ, J. A. Análise didática das demonstrações contábeis. 2
ed.- São Paulo: Atlas, 2019. [Minha Biblioteca]

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Unidade 06: INDICADORES DE ATIVIDADE, ANÁLISE
VERTICAL E HORIZONTAL DO BALANÇO PATRIMONIAL E
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO

Olá! Você sabe como calcular e analisar os índices de atividade? Sabe calcular e
analisar a análise vertical e horizontal do balanço patrimonial e da demonstração de
resultado do exercício? Se não, esta unidade vai levar você a um novo aprendizado
cheio de desafios e novas descobertas sobre o cálculo dos indicadores de atividade, e
realizar os cálculos e análise horizontal e vertical das demonstrações contábeis para
tomada de decisão dos usuários internos.

Ao final desta unidade, você será capaz de:

• Calcular a análise vertical e horizontal do balanço Patrimonial e Demonstração


de Resultado;
• Calcular os índices de atividades;
• Analisar qualidade dos relatórios contábeis.

Tempo estimado: Para concluir os estudos desta unidade serão necessários: 10


horas – aula (50 minutos)

inserir webaula 6.1 Indicadores de atividade

Os Índices de Atividades, também chamados de Prazos médios, indicam uma


estimativa em dias dos prazos de atividades operacionais das empresas. O Ciclo
Operacional compreende as etapas operacionais utilizadas pela empresa no processo
produtivo, ou seja, é o período compreendido entre a compra de mercadorias ou
matéria-prima até o recebimento do caixa resultante da venda do produto. Mesmo os

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prazos médios sendo uma estimativa (média arbitrária), a utilização deles ajudam as
empresas a tomarem decisões importantes a respeito dos ciclos operacionais e
financeiro da delas. Dentre os índices de atividades para analisar as atividades
operacionais e financeiras, temos:

6.1.1 O Índice do Prazo Médio de Renovação de Estoques (PMRE) indica o prazo


médio entre a entrada (compra) e a saída da mercadoria (venda) da empresa. Ele pode
e deve ser utilizado para controle de quantidade de estoque e ainda do período de
tempo em que o estoque deverá ser reposto.

Fórmula: Estoque / CMV x 360

CMV: Custo da Mercadoria Vendida

6.1.2 O índice de Prazo Médio Recebimentos de Vendas (PMRV) indica quanto tempo
em média a empresa leva para vender e consequentemente receber suas vendas.
Nesse sentido o Prazo Médio Recebimentos de vendas deve ser utilizado como
indicativo para alteração no sistema de cobrança e ainda para alteração nos prazos das
vendas.

Fórmula: Duplicatas a Receber / Vendas Brutas x 360

6.1.3 O Índice Prazo Médio Pagamentos de Compras (PMPC) indica quantos dias em
média demora-se entre a aquisição e o pagamento dos fornecedores. O PMPC fornece
informações importantes relacionadas a quantidade a ser adquirida e ainda a
necessidade de maiores prazos para pagamentos.

Fórmula: Fornecedores / Compras x 360

Para encontrar o montante das compras deve-se utilizar a seguinte equação:

Compras = CMV + EF – EI

CMV: Custo da Mercadoria Vendida (DRE)


EF: Saldo no balanço patrimonial do ano analisado;
EI: Saldo no balanço patrimonial do ano anterior;

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6.1.4 Posicionamento da atividade: Indica quantos dias a empresa demora, em
média, para receber suas vendas, pagar suas compras e renovar seu estoque.

Fórmula: (PMRE) + (PMRV) /PMPC

A condição ideal deste indicador seria: (PMRE)+ (PMRV) / PMPC <= 1

6.1.5 Exemplos de cálculos de indicadores de atividades

Para acompanhar a resolução do exemplo prático dos cálculos de índices de


rentabilidade sugiro participar da aula síncrona 3 e 4, devidamente agendadas no
AVA- Ambiente Virtual de Aprendizagem.
Os dados do exemplo prático foram coletados nas demonstrações contábeis da
Empresa Arezzo S.A do exercício de 2016 disponíveis no seguinte endereço eletrônico:
https://drive.google.com/file/d/1BYOMiic1WNRdH5tNqv--XI--
CJ0tSb9U/view?usp=sharing
Segue abaixo etapas para coleta, cálculos e interpretação das informações:

1. O Índice do Prazo Médio de Renovação de Estoques (PMRE)

Fórmula: Estoque / CMV x 360

CMV: Custo da Mercadoria Vendida

Para cálculo do PMRE você deverá coletar as seguintes informações:


Exercício 2016
1 Estoque (Balanço Patrimonial) 110.478
2 CMV- Custo da Mercadoria Vendida (DRE) 689. 819

Resolução: 110.478 / 689.819 x 360 = 57,65 dias


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Interpretação: Este indicador representa que o tempo médio entre a compra das
mercadorias ou matéria prima até sua saída do estoque é de 58 dias.

2. O índice de Prazo Médio Recebimentos de Vendas (PMRV)

Fórmula: Duplicatas a Receber / Vendas Brutas x 360

Para cálculo do PMRV você deverá coletar as seguintes informações:


Exercício 2016
1 Duplicatas a Receber, Clientes, Contas a 315.304
Receber de Clientes (Balanço Patrimonial)
2 Vendas Brutas (informações coletadas em 1.554.147
notas explicativas apresentadas nas DC

Resolução: 315304 / 1.554.147 x 360 = 73,036 dias

Interpretação: Este indicador representa que o tempo médio entre a venda dos
produtos e mercadorias e o seu recebimento, em 2016 o prazo médio entre a venda e
o recebimento foi de 73 dias.

3. O Índice Prazo Médio Pagamentos de Compras (PMPC)

Fórmula: Fornecedores /Compras x 360

Para encontrar o montante das compras deve-se utilizar a seguinte equação: Compras
= CMV + EF – EI

CMV: Custo da Mercadoria Vendida (DRE)


EF: Saldo no balanço patrimonial do ano analisado;
EI: Saldo no balanço patrimonial do ano anterior;

Passo 1: Para cálculo deste indicador devemos inicialmente encontrar o montante das
compras do exercício analisado, desse modo, deve-se coletar as seguintes
informações:
Exercício 2016 Exercício 2015

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1 CMV: Custo da Mercadoria Vendida (DRE) 689. 819 -
2 Estoque Final: Saldo no balanço 110.478 -
patrimonial do ano analisado;

3 Estoque Inicial: Saldo no balanço - 106.951


patrimonial do ano anterior;

Resolução do cálculo das compras (Ano 2016): 689.819 + 110.478 - 106951 = 693.346

Passo 2: Identificar o montante do saldo das contas de fornecedores e realizar os


cálculos do PMPC

Exercício 2016
1 Fornecedores 66.445
2 Montante das Compras 693.346

Fórmula: Fornecedores /Compras x 360

Resolução: 66.445/693.346 x 360 = 34,499 dias

Interpretação: Este indicador representa que o tempo médio gasto pela empresa par
realizar o pagamento de suas compras, em 2016 o prazo médio foi de 35 dias.

4. Posicionamento da atividade:

Fórmula: (PMRE) + (PMRV)/ PMPC

A condição ideal deste indicador seria: (PMRE)+ (PMRV) /PMPC < = 1

Resolução: 57,66 + 73,03 / 34,50 = 3,79

Interpretação: Este indicador demonstra que o ciclo operacional (soma de PMRE +


PMRV) da empresa é de 130 dias. Nesse caso, a empresa demora em média para
vender e receber suas vendas 130 dias. Por outro lado, em 34 dias pagas suas compras.

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Em outras palavras evidencia problemas de capital de giro, ou seja, a empresa nem
vendeu suas compras (57 dias) e já precisou pagar salários, aluguel, fornecedores
(PMPC = 34 dias).

inserir webaula 6.2 Análise Vertical e Horizontal do Balanço


Patrimonial e da Demonstração de Resultado do Exercício
6.2 Análise Vertical e Horizontal do Balanço Patrimonial e Demonstração de
Resultado do Exercício

A Análise Vertical indica a relação das informações dentro de um mesmo período, ou


seja, indica o percentual que as contas representam das operações/saldos de um
mesmo período. A Análise Vertical indica a relação das informações dentro de um
mesmo período, ou seja, indica o percentual que as contas representam das
operações/saldos de um mesmo período. Vejamos abaixo como realizar os cálculos:

6.1.1 Análise Vertical do Balanço Patrimonial:

AV Conta ou grupo “a” = Conta ou grupo “a” / Total do Ativo x 100

6.1.2 Análise Vertical da Demonstração de Resultado do Exercício:

AV Conta ou grupo “a” = Conta ou grupo “a” /Receita Líquida x 100

Já a análise horizontal indica a evolução das contas entre períodos, ou seja, indica o
percentual que as contas evoluem ou regridem de um período para outro. A Análise
Horizontal indica a evolução das contas entre períodos, ou seja, indica o percentual
que as contas evoluem ou regridem de um período para outro.

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6.1.3 Análise Horizontal do Balanço Patrimonial:

AH Conta ou grupo “Ano 2” = Conta ou grupo “Ano 2”/Conta ou grupo “Ano 1” x 100

6.1.4 Análise Horizontal da Demonstração de Resultado do Exercício:

AH Conta ou grupo “Ano 2” = Conta ou grupo “Ano 2”/Conta ou grupo “Ano 1” x 100

6.1.5 Exemplos de cálculos da análise vertical e horizontal do Balanço Patrimonial e


Demonstração de Resultado do Exercício
Para acompanhar a resolução do exemplo prático dos cálculos sobre análise
vertical e horizonal sugiro participar da aula síncrona 3 e 4, devidamente agendadas no
AVA- Ambiente Virtual de Aprendizagem.
Os dados do exemplo prático foram coletados nas demonstrações contábeis da
Empresa Arezzo S.A do exercício de 2016 disponíveis no seguinte endereço eletrônico:
https://drive.google.com/file/d/1BYOMiic1WNRdH5tNqv--XI--
CJ0tSb9U/view?usp=sharing
Segue abaixo etapas para coleta, cálculos e interpretação das informações:

1. Análise Vertical do Balanço Patrimonial

Fórmula: AV Conta ou grupo “a” = Conta ou grupo “a” / Total do Ativo x 100

Exemplo 1: grupo de contas: Caixa e Equivalentes de Caixa

AV grupo caixa e equivalentes de caixa (2016)= 5.020 / 907.148 x 100

AV grupo caixa e equivalentes de caixa (2016)= 0,005538269 x 100

AV grupo caixa e equivalentes de caixa (2016)= 0,55%

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Interpretação: Este indicador revela que menos de 1% do total do ativo é formado por
recursos de alta liquidez, ou seja, os percentuais disponíveis imediatamente para
quitar obrigações de curtíssimo prazo é 1% do total do ativo.

Exemplo 2: grupo de contas: Ativo Circulante

AV grupo Ativo Circulante (2016)= 706.229 / 907.148 x 100

AV grupo Ativo Circulante (2016)= 0,7785 x 100

AV grupo Ativo Circulante (2016)= 77,85 %

Interpretação: Este indicador revela 78% do total do ativo é esta em ativos de curto
prazo, ativo circulante.

2. Análise Vertical da Demonstração de Resultado do Exercício:

Fórmula: AV Conta ou grupo “a” = Conta ou grupo “a” / Receitas Líquidas x 100

Exemplo 1: conta: Custos dos produtos vendidos

AV grupo Custos dos produtos vendidos (2016) = 689.819 /1.239.110 x 100

AV grupo Custos dos produtos vendidos (2016) = 0,556705 x 100

AV grupo Custos dos produtos vendidos (2016) = 55,67%

Interpretação: Este indicador revela 56% do total das receitas líquidas é para cobrir os
custos dos produtos vendidos.

Exemplo 2: conta - Despesas Comerciais

AV grupo Despesas Comerciais (2016) = 302.708 / 1.239.110 x 100

AV grupo Despesas Comerciais (2016) = 0,244294 x 100

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AV grupo Despesas Comerciais (2016) = 24,42%

Interpretação: Este indicador revela 24 % do total das receitas líquidas é para cobrir as
despesas comerciais.

3. Análise Horizontal do Balanço Patrimonial

AH Conta ou grupo “Ano 2”= Conta ou grupo “Ano 2” / Conta ou grupo “Ano 1” x 100

Exemplo 1: grupo de contas: Caixa e Equivalentes de Caixa

AH grupo caixa e equivalentes de caixa (2017) = 10.156 / 5.020 x 100

AH grupo caixa e equivalentes de caixa (2017) = 2,0231 x 100

AH grupo caixa e equivalentes de caixa (2017) = 202,31 %

Interpretação: Este indicador revela os recursos de alta liquidez em relação ao


exercício anterior cresceram 102%, ou seja, os percentuais disponíveis imediatamente
para quitar obrigações cresceram 102%. Na análise horizontal o ano 1, no nosso
exemplo é 2016, a base para análise de todas as contas e subgrupos de 2016 são todos
grafados com 100%. Por isso, constatou-se que os recursos disponíveis imediatos de
2017 cresceram 102% em relação a 2016, que é representado por 100% (ano base).

Para encontrar o percentual de acréscimo ou decréscimo da conta ou subgrupo da


conta é só subtrair o percentual do Ano 2 do Ano 1.

Exemplo: 202,31% - 100% = 102,31% (deve-se realizar os arredondamentos conforme


conceitos e regras matemáticas).

Exemplo 2: grupo de contas: Ativo Circulante

AH grupo Ativo Circulante (2017) = 855.237 / 707.229 x 100

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AH grupo Ativo Circulante (2017) = 1,2092 x 100

AH grupo Ativo Circulante (2017) = 120,93 %

Interpretação: Este indicador revela que o ativo circulante cresceu 21% em relação ao
exercício anterior, ou seja, os percentuais dos ativos do curto prazo quitar obrigações
cresceram 21%. Na análise horizontal o ano 1, no nosso exemplo é 2016, a base para
análise de todas as contas e subgrupos de 2016 são todos grafados com 100%. Por
isso, constatou-se que os recursos disponíveis imediatos de 2017 cresceram 21% em
relação a 2016, que é representado por 100% (ano base).

Para encontrar o percentual de acréscimo ou decréscimo da conta ou subgrupo da


conta é só subtrair o percentual do Ano 2 do Ano 1

Exemplo: 120,93% - 100% = 20,93% (deve-se realizar os arredondamentos conforme


conceitos e regras matemáticas).

4) Análise Horizontal da Demonstração de Resultado do Exercício

AH Conta ou grupo “Ano 2” = Conta ou grupo “Ano 2” x 100


Conta ou grupo “Ano 1”

Exemplo 1: grupo de contas - Custos dos Produtos Vendidos

AH grupo Custos dos Produtos Vendidos (2017) = 736.706 / 689.706 x 100

AH grupo Custos dos Produtos Vendidos (2017) = 1,068144 x 100

AH grupo Custos dos Produtos Vendidos (2017) = 106,81 %

Interpretação: Este indicador revela os custos dos produtos vendidos em relação ao


exercício anterior cresceram 7%. Na análise horizontal o ano 1, no nosso exemplo é
2016, a base para análise de todas as contas e subgrupos de 2016 são todos grafados
com 100%. Por isso, constatou-se que os recursos disponíveis imediatos de 2017
cresceram 7% em relação a 2016, que é representado por 100% (ano base).

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Para encontrar o percentual de acréscimo ou decréscimo da conta ou subgrupo da
conta é só subtrair o percentual do Ano 2 do Ano 1
Exemplo: 106,81% - 100% = 6,81% (deve-se realizar os arredondamentos conforme
conceitos e regras matemáticas).

Exemplo 2: grupo de contas - Despesas Comerciais

AH grupo Despesas Comerciais (2017)= 334.215/302.708 x 100

AH grupo Despesas Comerciais (2017)= 1,10408 x 100

AH grupo Despesas Comerciais (2017)= 110,40 %

Interpretação: Este indicador revela as despesas comerciais em relação ao exercício


anterior cresceram 10,4 %. Na análise horizontal o ano 1, no nosso exemplo é 2016, a
base para análise de todas as contas e subgrupos de 2016 são todos grafados com
100%. Por isso, constatou-se que os recursos disponíveis imediatos de 2017 cresceram
10,4 % em relação a 2016, que é representado por 100% (ano base).

Para encontrar o percentual de acréscimo ou decréscimo da conta ou subgrupo da


conta é só subtrair o percentual do Ano 2 do Ano 1
Exemplo: 110,4% - 100% = 10,4 % (deve-se realizar os arredondamentos conforme
conceitos e regras matemáticas).

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Profissionais. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2015

MARTINS, E.; MIRANDA, G. J.; DINIZ, J. A. Análise didática das demonstrações contábeis. 2
ed.- São Paulo: Atlas, 2019. [Minha Biblioteca]

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Velho – RO. | https://cursos.ead.ifro.edu.br/
0Custos%20UFBA.pdf Acesso em 30 Mai. 2020.

INSERIR ATIVIDADE FINAL (AVALIAÇÃO FINAL)


ATENÇÃO ALUNOS: A atividade Final compreende os conhecimentos estudados na Unidade
III a VI.

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