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Processo n.

06726/14
Estado de Goiás Fase 2
TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS Fl.:

ACÓRDÃO AC n. 03722/2016 PLENO – TCM/GO

Processo : 06726/14 – Fase 2


Município : Minaçu
Órgão : FMMA – Fundo Municipal do Meio Ambiente
Recurso : Recurso de Revisão
Objeto : Contas de Gestão
Período : Janeiro a dezembro de 2013
Gestor : Ana Lúcia Ferreira
CPF : 984.205.851-49

Município de Minaçu. FMMA. Prestação de Contas de


Gestão. Exercício de 2013. Recurso de Revisão. Acórdão
AC n. 00723/2015, o qual julgou irregulares as contas,
imputou multas e débito a gestora.
Recurso conhecido e parcialmente provido. Irregularidades
sanadas. Irregularidade ressalvada. Uma irregularidade
mantida. Débito desconstituído. Multas mantidas.
Julgamento pela irregularidade das contas mantido. Demais
termos do Acórdão recorrido mantido. Ressalta que as
informações apresentadas ao SICOM e os documentos
constantes dos autos foram considerados sob o aspecto da
veracidade ideológica presumida. Voto convergente com a
SR e com o MPC.

Tratam os presentes autos de Recurso de Revisão interposto pela Sra.


Ana Lúcia Ferreira, objetivando a reforma do Acórdão AC n. 00723/2015 que julgou
IRREGULARES as contas de gestão prestadas pela Sra. Ana Lúcia Ferreira,
gestora do FMMA – Fundo Municipal do Meio Ambiente – do Município de Minaçu
no exercício de 2013, tendo em vista as irregularidades indicadas nos itens 1, 2, 3 e 4.

O Acórdão recorrido imputou duas multas a gestora, uma no montante


R$2.879,33, em razão da entrega intempestiva das contas dos meses de janeiro,

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fevereiro, março, abril, setembro, outubro, novembro e dezembro do exercício de


2013; e outra, no valor de R$1.251,88, pelo julgamento pela irregularidade das
contas. Ademais, foi imputado débito a Sra. Ana Lúcia Ferreira, na importância de
R$8.888,80, pela não comprovação do saldo disponível contabilizado em 1/1/2013,
tendo em vista que os extratos bancários de janeiro/2013, no montante de
R$10.288,82, divergem em R$8.888,80 do montante contabilizado no Balancete
Financeiro (R$1.400,02).

ACORDA o Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás, pelos


membros integrantes de seu Colegiado, acolhendo as razões expostas no voto do
Relator, em:

1. CONHECER do presente recurso;

2. No mérito, dar-lhe PROVIMENTO PARCIAL, conforme segue:

2.1. reformar a decisão contida no Acórdão AC n. 00723/2015, no sentido


de:

2.1.1. considerar sanadas as irregularidades indicadas nos itens 1 e 2 e


ressalvada a irregularidade apontada no item 3;

2.1.2. desconstituir o débito, na importância de R$8.888,80, tendo em


vista que as justificativas e documentos apresentados foram suficientes para
comprovar o saldo disponível contabilizado em 1/1/2013;

2.2. manter o julgamento pela irregularidade das contas de gestão


prestadas pela Sra. Ana Lúcia Ferreira, gestora do FMMA – Fundo Municipal do
Meio Ambiente – do Município de Minaçu no exercício de 2013, tendo em vista a
permanência da irregularidade apontada no item 4;

2.3. manter a multa em desfavor da gestora do FMMA de Minaçu no


exercício de 2013, Sra. Ana Lúcia Ferreira, imputada pela irregularidade das contas,
no valor de R$1.251,88 (5% do valor máximo – R$25.037,54 – estabelecido no caput
do art. 47 - A da LOTCM), conforme segue:

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Natureza das Contas De Gestão


Nome do Imputado Ana Lúcia Ferreira
Nº CPF 984.205.851-49
Cargo/Função Gestora do FMMA de Minaçu no exercício de 2013.
Descrição da Contas julgadas irregulares, em razão da irregularidade contida no item
Irregularidade Praticada 4.
Instrução Normativa n 15/2012 art.11, “b”, “c”; Art. 4º da Lei 1443/01;
Legislação Violada Lei nº 4.320/64 art. 103 c/c 89; Instrução Normativa n 15/2012; Lei
Municipal nº 1905/08 art.80; Lei Municipal nº 1905/08 art.80.
Base Legal para
Art. 47 - A, IV, da LOTCM/GO.
Imputação de Multa
R$1.251,88 equivalentes a 5% do valor máximo estabelecido no caput
Valor da Multa
do art. 47 - A da LOTCM, na redação dada pela Lei nº 16.467/07.

2.4. manter a multa, no montante de R$2.879,33, imputada em razão da


entrega intempestiva das contas dos meses janeiro, fevereiro, março, abril, setembro,
outubro, novembro e dezembro do exercício de 2013:

19/3/2013, 16/4/2013, 16/5/2013, 15/6/2013, 15/11/2013, 17/12/2013,


Datas da Infração
15/1/2014 e 15/2/2014
Natureza das Contas De Gestão
Nome do Imputado Ana Lúcia Ferreira
Nº CPF 984.205.851-49
Cargo/Função Gestora do FMMA de Minaçu no exercício de 2013.
Descrição da Entrega Intempestiva das Contas dos meses janeiro, fevereiro, março,
Irregularidade Praticada abril, setembro, outubro, novembro e dezembro do exercício de 2013.
Dispositivo Legal ou Art. 77, inciso X da Constituição Estadual c/c art. 10 da LOTCM, na
Normativo Violado redação dada pela Lei nº 16.467, de 05.01.2009.
Base Legal para Art. 47 – A, inciso V, letras a, b, c, § 2º da LOTCM, na redação dada
Imputação de Multa pela Lei nº 16.467, de 05.01.2009.
Total de R$2.879,33, sendo R$500,75 (2,0%) para o atraso do mês de
janeiro; R$250,38 (1,0%) para o atraso do mês de fevereiro; R$500,75
(2,0%) para o atraso do mês de março; R$250,38 (1,0%) para o atraso
do mês de abril; R$125,19 (0,5%) para o atraso do mês de setembro;
Valor da Multa
R$500,75 (2,0%) para o atraso do mês de outubro; R$250,38 (1,0%)
para o atraso do mês de novembro; R$500,75 (2,0%) para o atraso do
mês de dezembro, sobre o valor constante do caput do art. 47-A da Lei
Estadual nº 15.958/07 c/c RA nº 030/13-TCMGO.

2.5. manter os demais termos do Acórdão AC n. 00723/2015;

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3. RESSALTAR que, na análise deste recurso, as informações


apresentadas ao SICOM-TCM e os documentos constantes dos autos foram
considerados sob o aspecto da veracidade ideológica presumida.

À Superintendência de Secretaria, para os fins.

TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DE GOIÁS,


em Goiânia, 08/06/2016.

Presidente Cons. Honor Cruvinel de Oliveira

Relator Cons. Francisco José Ramos


Participantes da votação:

1. Cons. Sebastião Monteiro 2. Cons. Subst. Maurício Oliveira

3. Cons. Daniel Goulart 4. Cons. Joaquim Alves de Castro Neto

5. Cons. Nilo Resende

Presente José Gustavo Athayde Ministério Público de Contas

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Processo : 06726/14 – Fase 2


Município : Minaçu
Órgão : FMMA – Fundo Municipal do Meio Ambiente
Recurso : Recurso de Revisão
Objeto : Contas de Gestão
Período : Janeiro a dezembro de 2013
Gestor : Ana Lúcia Ferreira
CPF : 984.205.851-49

RELATÓRIO

Tratam os presentes autos de Recurso de Revisão interposto pela Sra.


Ana Lúcia Ferreira, objetivando a reforma do Acórdão AC n. 00723/2015 que julgou
IRREGULARES as contas de gestão prestadas pela Sra. Ana Lúcia Ferreira,
gestora do FMMA – Fundo Municipal do Meio Ambiente – do Município de Minaçu
no exercício de 2013, tendo em vista as irregularidades indicadas nos itens 1, 2, 3 e 4.

O Acórdão recorrido imputou duas multas a gestora, uma no montante


R$2.879,33, em razão da entrega intempestiva das contas dos meses de janeiro,
fevereiro, março, abril, setembro, outubro, novembro e dezembro do exercício de
2013; e outra, no valor de R$1.251,88, pelo julgamento pela irregularidade das
contas. Ademais, foi imputado débito a Sra. Ana Lúcia Ferreira, na importância de
R$8.888,80, pela não comprovação do saldo disponível contabilizado em 1/1/2013,
tendo em vista que os extratos bancários de janeiro/2013, no montante de
R$10.288,82, divergem em R$8.888,80 do montante contabilizado no Balancete
Financeiro (R$1.400,02).

I. Do recebimento do recurso:

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Conforme Despacho n. 5916/2015 (fl. 75 – fase 2), o presente recurso foi


admitido pela Presidência deste TCM por preencher os requisitos de admissibilidade
quanto aos aspectos de tempestividade, legitimidade, formalização e cabimento, nos
termos do art. 210, § 1º do Regimento Interno deste TCM/GO. Ademais, foi designado
como Relator o Conselheiro Francisco José Ramos.

II. Da Instrução dos Autos:

Encaminhados os autos a Secretaria de Recursos, foi oportunizada


abertura de vista dos autos a responsável para que fosse apresentado o sumário
geral da folha de pagamento do FMMA, com a identificação do município a que se
refere e com as identificações das assinaturas dos responsáveis pelas informações ali
contidas.

Em resposta, foram anexados aos autos documentos às fls. 82/111 – fase


2, conforme Despacho n. 363/16 do Setor de Diligências (fl. 112 – fase 2).

III. Da manifestação da Secretaria de Recursos:

Retornados os autos a Unidade Técnica, foi emitido o Certificado n.


484/2016 (fls. 114/128 – fase 2), nos seguintes termos:
(...)
2. DAS RAZÕES RECURSAIS E ANÁLISE DE MÉRITO DAS IRREGULARIDADES
2.1. ITEM 1 – (1.5.1 do Certificado) - Verificou-se a omissão da lei de criação
do Fundo Municipal do M. Ambiente de Minaçu, impossibilitando a análise quanto à
existência de normas de controle.
Análise: Após a apresentação da lei (fls. 140/143), verifica-se que previu normas de
controle ... art 4º - O Fundo Municipal do Meio Ambiente será administrado pela Secretaria
Municipal do Meio Ambiente, observadas as diretrizes fixadas pelo Conselho Municipal do
Meio Ambiente e suas contas submetidas à apreciação do Conselho e do Tribunal de
Contas dos Municípios. Não foi apresentada a certidão do Conselho Municipal do Meio
Ambiente de Minaçu sobre as contas do FMMA, nem cópia do ato de nomeação de seus
membros, em descumprimento ao artigo 11, alíneas “b” e “c” da IN 015/2012. Desta forma,
não apresenta documentos que possam comprovar a atuação e acompanhamento do
referido conselho, permanecendo a irregularidade.

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Alegações do Recorrente: “Primeiramente, cumpre-nos destacar que não


houve a omissão da Lei de Criação do FMMA, ou seja, em análise pretérita
nos autos recursais, jungimos ali a referida legislação às folhas 140/143.
Por outro lado, foi vislumbrado nova análise sobre a referida legislação na
medida em que encontra-se previsto no artigo 4°, normas de controle social,
que, deveria então conter nos autos desta prestação de contas, as certidões
mensais do Conselho do FMMA e o ato de nomeação dos membros do
Conselho, todavia, por este remédio regimental, segue acostado ao "Anexo I",
todas as Resoluções do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente de
Minaçu de janeiro a dezembro de 2013 emitindo parecer pela regularidade
das prestações de contas de cada mês.
E ainda, completando as exigências deste apontamento, segue, ao mesmo
anexo, cópia do Decreto de n.o 469/2013 que deu nomeação aos Membros
do referido Conselho.
Portanto, não restando mais dúvida acerca da ausência de documentações
para a regular instrução de análise do presente item, requeiro que seja
sanado. ”

Análise da Secretaria: Foram juntadas aos autos às fls. 20/48, vol. 1/1, fase 2:
- Certidões do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente de Minaçu, aprovando as
contas do Fundo do Meio Ambiente, mês a mês, no exercício de 2013;
- Decreto nº 469/13 que dispõe sobre a nomeação dos Membros do Conselho Municipal
de Defesa do Meio Ambiente de Minaçu;
- Lei nº 1.433/2001, que dispõe sobre a criação do Fundo Municipal do Meio Ambiente; e
- Lei nº 2.146/12, que dispõe sobre a criação do Conselho Municipal do Meio Ambiente de
Minaçu.
Do exposto, foi sanada a irregularidade.
2.2. ITEM 2 - (1.8.1 do Certificado) - Não foi possível verificar se houve divergência na
contabilização do saldo do exercício anterior, na importância de R$1.400,02, em
31/12/2012 e 01/01/2013, visto que os dados do SICOM Minaçu FMMA não foram
enviados (fl.101).
O levantamento de saldo em 31/12/2012 foi realizado em Tomada de Contas Especial
(Processo nº 01414/13) no valor de R$ 10.288,82. Desta forma, solicita-se os extratos de
janeiro/2013 para comprovar o saldo contabilizado em 01/01/2013 no valor de R$1.400,02.
Análise: O Extrato da conta apresentada demonstra o valor de R$10.288,82 (fl.150). A
conciliação bancária apresentada (fl. 150) está sem assinatura, não tendo, portanto,
validade. Ademais, apenas o valor conciliado de R$ 343,00 aparece no extrato de janeiro
de 2013. Desta forma, considerando que o Balanço Financeiro demonstra a receita e a
despesa orçamentárias bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza
extraorçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício
anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte, o exercício de 2013 inicia com
saldo de R$10.288,82, não comprovando para o encerramento do exercício o montante
de R$ 8.888.80, conforme se depreende do quadro demonstrativo abaixo:

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Desta forma, mantida a irregularidade, com imputação de débito da divergência do saldo.


Alegações do Recorrente: “Primeiramente, para esclarecer ponto a ponto e
contrapor a respeitada análise, o fazemos no sentido de que na "análise do
mérito" contido no certificado da Especializada, foi aferido que a conciliação
bancária apresentada não continha assinatura, ora! Trata-se de um
documento extraído do balancete de dezembro de 2012, notavelmente, da
gestão que nos antecedeu, se não há assinatura, tal cobrança de
responsabilidade dever-se-á ao responsável pela contabilização à época.
Por outro lado, a Especializada, não levou em consideração os probos
esclarecimentos contidos na documentação acostada à fl. 150, vol. I (vide
documento conciliação de dezembro de 2012). Consequentemente, à fI. 151
há conciliação de janeiro/2013, dando sequência àqueles valores
conciliados que ainda não havia sido compensado em janeiro de 2013 -
débito conciliado de R$ 8.888,80. (Vide documento devidamente
assinado).
Então, para pôr fim com o saneamento de qualquer dúvida existente,
comprovaremos que não houve saída irregular de numerário, nem tampouco
contabilização indevida e/ou divergente do saldo do encerramento do
exercício de 2012 e saldo inicial em janeiro de 2013, na seguinte medida dos
reais fatos ocorridos posteriores a janeiro de 2013:
Débito Conciliado em favor do credor: ROGÉRIO VASCONCELOS DA
CUNHA: Houve conciliação em dezembro de 2012 e, continuou essa
conciliação em janeiro de 2013 no valor total de R$ 4.600,00 (sendo: R$
450,00+R$ 1.550,00+R$ 2.600,00) conforme fls. 150/151 vol. I, o devido
pagamento ocorreu em 05/12/2013 conforme comprova-se com a juntada das
documentações pertinentes ao "Anexo II".
Débito Conciliado em favor do credor: ROGÉRIO VASCONCELOS DA
CUNHA/LARISSA VASCONCELOS DA CUNHA: Houve conciliação em
dezembro de 2012 e, continuou essa conciliação em janeiro de 2013 no valor
total de R$ 1.568,50 conforme fls. 150/151 vol. I, o devido pagamento ocorreu
em 11/03/2013 conforme comprova-se com a juntada das documentações
pertinentes ao "Anexo lI".
Débito Conciliado em favor do credor: LARISSA VASCONCELOS DA
CUNHA: Houve conciliação em dezembro de 2012 e, continuou essa
conciliação em janeiro de 2013 no valor total de R$ 1.538,50 conforme fls.
150/151 vol. I, o devido pagamento ocorreu em 11/03/2013 conforme
comprova-se com a juntada das documentações pertinentes ao "Anexo II".
Débito Conciliado em favor do credor: VALDIR ANDRADE OLIVEIRA:
Houve conciliação em dezembro de 2012 e, continuou essa conciliação em
janeiro de 2013 no valor total de R$ 90,00 conforme fls. 150/151 vol. I, o
devido pagamento ocorreu em 06/11/2012 conforme comprova-se com a
juntada das documentações pertinentes ao "Anexo 11". Então. resta evidente
que a conciliação efetivada em dezembro de 2012 do referido valor foi
indevida, ou seja, sem nenhum vínculo com nossa gestão, uma vez que o
valor já havia sido pago em 2012. Requeiro imputar responsabilidade a quem

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deu causa.
Débito Conciliado em favor do credor: SOS CELULARES: Houve
conciliação em dezembro de 2012 no valor total de R$ 343,00 conforme fl.
150 vol. I, o devido pagamento ocorreu em JANEIRO/2013 conforme já
certificado pela Especializada Secretaria em sua análise pretérita
contida neste Acórdão recorrido (fI. 160, vol. I).
Desta forma, requeiro que seja considerado e desconstituído o débito que
injustamente nos é imputado, haja vista que houve a completa comprovação
dos pagamentos dos débitos que outrora foram conciliados. ”

Análise da Secretaria: Consoante documentação constante dos autos às fls. 150/15,


vol.1/1, Fase 1, e documentos ora juntados às fls. 050/054, vol. 1/1, fase 2, verificam-se
procedentes as alegações do recorrente de que foi conciliada a diferença verificada no
valor de R$ 8.888,80, que, confrontada com o saldo constante no extrato bancário, no
encerramento do exercício, no valor de R$ 10.288,82, justifica o saldo contabilizado em
01/01/2013 no valor de R$1.400,02. Do exposto a irregularidade foi sanada e
desconstituído o débito dela decorrente.
2.3. ITEM 3 - (1.11.4 do Certificado) - Os descontos da contribuição previdenciária dos
segurados da Previdência Própria não observaram o percentual previsto no art.80, Lei
Municipal nº1.905/08. (Relatório Preliminar nº460/14 subitem 1.11.4).
(Lei Municipal nº1905/08, art.80)

Análise: Não houve manifestação. Mantida a irregularidade.


Alegações do Recorrente: “Primeiramente refutamos, respeitosamente,
qualquer possibilidade de irregularidade. Desta forma, para melhor
compreensão e esclarecimento minucioso dos fatos acerca deste item,
dividimos nossos argumentos em partes. Logo temos:
"DA BASE DE CÁLCULO PARA AS RETENÇÕES RPPS" - O Egrégio
Tribunal de Contas dos Municípios, enquanto não apresentada outra base de
cálculo confiável, utiliza-se do valor total dos empenhos. Então, esta base de
cálculo não é própria para incidir sobre as alíquotas pertinentes à obrigação
patronal e retenção para com o RPPS.
Sabedores que somos, a matéria em tela é considerada um tanto quanto
complexa, entretanto, nossa gestão tem velado pela responsabilidade em
fazer disso um seguro ato administrativo para não lesar o patrimônio público,
servidores e nem tampouco o RPPS.
Por essa premissa, temos que conforme sumário geral e mensal da folha de
pagamento do pessoal vinculado ao FMMA, jungido ao "Anexo III",
demonstrado está qual é o valor base de cálculo para incidir sobre a
alíquota pertinente ao REPASSE das contribuições RETIDAS dos
servidores ao RPPS.

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Deste modo, o valor apurado pelo TCM/GO de R$ 268.285,16 (base de


cálculo) folha de pagamento, não condiz com a realidade, então, conforme
documentação anexa e com grifo dos valores, o real valor para base de
cálculo das RETENÇÕES e REPASSE ao RPPS é de R$144.633.00.
Nesse valor já está excluso todos aqueles que não e incidem a base de
cálculo.
I - Valor Base PREVIDÊNCIA - RPPS R$ 144.663,00
"DOS VALORES RETIDOS E REPASSADOS AO RPPS" - foi
verdadeiramente apurado e comungado por nossa gestão que em 2013
reteve e repassou ao RPPS o valor total de R$ 19.013,85 e, como
equivocadamente foi apurado pelo TCM/GO, pareceu que houve pagamento
a menor ao RPPS, entretanto, isso não ocorreu conforme já explicado e
comprovado
Desta forma, no quadro autoexplicativo que providenciamos abaixo
transparecerá os verdadeiros fatos administrativos que vinculam à real
base de cálculo para as retenções e repasses do FMMA ao RPPS:

Por fim, requeiro que sane, ou, ao menos seja ressalvado, com base na
aplicação do princípio de direito administrativo da verdade material eis que
comprovado está não haver pagamento a menor ao RPPS, utilizando-se da
RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE.
NOTA IMPORTANTE ACERCA DA RESSALVA:
CONTRIBUIÇÃO PATRONAL AO RGPS - A MENOR
Requeiro que o referido apontamento seja ressalvado com base e aplicação
do Princípio da Razoabilidade e Proporcionalidade nos termos do contido no
artigo 11, da Decisão Normativa DN nº 06/2014, senão vejamos:
“A opinião pela irregularidade das contas não se baseará apenas na regra
geral estabelecida no Anexo 4, como consequência direta de cada
irregularidade encontrada, mas, principalmente, avaliando-se a relevância do
conjunto dessas irregularidades no caso concreto, considerando a visão
macro dos fatos e das circunstâncias envolvidas, de modo que a opinião
reflita a melhor aderência aos princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade. ”
Parágrafo único - Os aspectos seguintes, que, a princípio e isoladamente,
ensejariam opinião pela irregularidade das contas, constituem exemplos de
irregularidades que devem ser avaliadas à luz do contexto expresso no caput
deste artigo:
I - dano ou prejuízo ao erário;
II - realização de despesas não previstas no orçamento;
III - desequilíbrio orçamentário e financeiro;
IV - omissão ou repasse a menor da contribuição previdenciária consignada
do segurado (RPPS e RGPS); (grifamos)
No caso concreto, analisando a visão macro dos fatos,
há evidente que a diferença empenhada e paga à menor ao RGPS, em
virtude da complexidade de que é tratar e acerca da apuração dos valores a
crédito do INSS não é um tema um tanto quanto fácil e tão acertado de restar
infalível qualquer diferença.
CASO JURISPRUDENCIAL:
Processo: 05512/2014
Assunto: CONTAS DE GESTÃO DO EXERCÍCIO DE 2013
Interessado: FUNDEB DE MARA ROSA
Acórdão n. 0: 03656/2015 (fl. 07)

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Processo n. 06726/14
Estado de Goiás Fase 2
TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS Fl.:
Gabinete do Conselheiro Francisco José Ramos

PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE
No que tange ao Princípio da Razoabilidade, requer-se ao presente caso a
aplicação do mesmo, que é também considerado um dos Princípios
Gerais do Direito e basilar da Administração Pública, conforme
prelecionado na obra Direito Administrativo, da eminente Maria Sylvia
Zanella Di Pietro, à colação:
"O princípio da razoabilidade exige proporcionalidade entre os meios de que
se utilize a Administração e os fins que ela tem que alcançar. E essa
proporcionalidade deve ser medida não pelos critérios pessoais do
administrador, mas segundo padrões comuns na sociedade em que se vive,
e não pode ser medida diante dos termos frios da lei, mas diante do caso
concreto" (Direito Administrativo - 9a Edição - Editora Atlas).
Ressalta-se, por oportuno, que o princípio legal mencionado, eventualmente
tem sido invocado para relevar pequenas irregularidades, sendo amplamente
defendido por eminentes doutrinadores, inclusive pelos Tribunais de Contas.

Análise da Secretaria: Consoante a documentação juntada aos autos às fls. 098/111,


Sumário Geral da Folha de Pagamento do Fundo, verifica-se que foi apurada a base de
cálculo para as contribuições previdenciárias ao regime próprio (RPPS), no exercício de
2013, no valor de R$ 144.663,00, a qual se apresenta compatível com os dados
informados no SICOM/SGP/Resumo Geral da Folha de Pagamento (anexo fls. 113).
Assim, aplicando-se a alíquota de 11% na referida base, apura-se o valor de R$ 15.912,93
a ser retido e repassado à previdência própria/parte segurado. Da análise dos dados
registrados no SICOM (empenhos/Op’s e Balancete Financeiro), verifica-se que foi retido e
repassado ao RPPS, no exercício, o total de R$ 19.013,82, conforme quadro acima, ou
seja, a quantia de R$ 3.100,89 a maior que o devido.
Do exposto, em que pese diferença retida e repassada a maior, parte segurado/RPPS, no
valor de R$ 3.100,89, esta Unidade Técnica entende que a irregularidade poderá ser
ressalvada, com base nos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, considerando,

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ainda, que os valores pagos a maior ao Regime Próprio de Previdência podem ser objeto
de compensação futura. Portanto, irregularidade ressalvada.
2.4. ITEM 4 - (1.11.8 do Certificado) - O pagamento da contribuição Previdenciária
patronal à previdência própria não observou o índice (11%) fixado no art. 80 da Lei
Municipal nº1905/08.
(Lei Municipal nº1905/08, art.80)

Alegações do Recorrente: “Não diferente do item anterior, refutamos,


respeitosamente, e qualquer possibilidade de irregularidade. Desta forma,
para melhor compreensão e esclarecimento minucioso dos fatos acerca deste
item, dividimos nossos argumentos em partes. Logo temos:
"DA BASE DE CÁLCULO PARA OBRIGAÇÃO PATRONAL RPPS" - O
Egrégio Tribunal de Contas dos Municípios, enquanto não apresentada outra
base de cálculo confiável, utiliza-se do valor total dos empenhos. Então, esta
base de cálculo não é própria para incidir sobre as alíquotas pertinentes à
obrigação patronal para com o RPPS.
Sabedores que somos, a matéria em tela é considerada um tanto quanto
complexa, entretanto, nossa gestão tem velado pela responsabilidade em
fazer disso um seguro ato administrativo para não lesar o patrimônio público,
servidores e nem tampouco o RPPS.
Por essa premissa, temos que conforme sumário geral e mensal da folha de
pagamento do pessoal vinculado ao FMMA, jungido ao Anexo III",
demonstrado está qual é o valor base de cálculo para incidir sobre a
alíquota pertinente às CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS
(PATRONAL) ao RPPS.
Deste modo, o valor apurado pelo TCM/GO de R$ 268.285,16 (base de
cálculo) folha de pagamento, não condiz com a realidade, então, conforme
documentação anexa e com grifo dos valores, o real valor para base de
cálculo das CONTRIBUIÇÕES PATRONAIS é de R$ 144.633,00. Nesse
valor já está excluso todos aqueles que não incidem a base de cálculo.

"DOS VALORES EMPENHADOS E PAGOS AO RPPS" - foi


verdadeiramente apurado e comungado por nossa gestão que em 2013
empenhou e pagou ao RPPS o valor e total de R$ 7.923,36.
Desta forma, no quadro autoexplicativo que providenciamos abaixo
transparecerá os verdadeiros fatos administrativos que vinculam à real
base de cálculo para as obrigações patronais do FMMA ao RPPS:

Por fim, requeiro que sane, ou, ao menos seja ressalvado, com base na

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aplicação do princípio de direito administrativo da verdade material eis que


comprovado está não haver pagamento a menor ao RPPS, utilizando-se da
RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE.
NOTA IMPORTANTE ACERCA DA RESSALVA:
CONTRIBUIÇÃO PATRONAL AO RGPS - A MENOR
Requeiro que o referido apontamento seja ressalvado com base e aplicação
do Princípio da Razoabilidade e Proporcionalidade nos termos do contido no
artigo 11, da Decisão Normativa DN nº 06/2014, senão vejamos:
“A opinião pela irregularidade das contas não se baseará apenas na regra
geral estabelecida no Anexo 4, como consequência direta de cada
irregularidade encontrada, mas, principalmente, avaliando-se a relevância do
conjunto dessas irregularidades no caso concreto, considerando a visão
macro dos fatos e das circunstâncias envolvidas, de modo que a opinião
reflita a melhor aderência aos princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade.
Parágrafo único - Os aspectos seguintes, que, a princípio e isoladamente,
ensejariam opinião pela irregularidade das contas, constituem exemplos de
irregularidades que devem ser avaliadas à luz do contexto expresso no caput
deste artigo:
I - dano ou prejuízo ao erário;
II - realização de despesas não previstas no orçamento;
III - desequilíbrio orçamentário e financeiro;
IV - omissão ou repasse a menor da contribuição previdenciária consignada
do segurado (RPPS e RGPS); (grifamos)”
No caso concreto, analisando a visão macro dos fatos, há evidente que a
diferença empenhada e paga à menor ao RGPS, em virtude da complexidade
de que é tratar acerca da apuração dos valores a crédito do INSS não é um
tema um tanto quanto fácil e tão acertado de restar infalível qualquer
diferença.
CASO JURISPRUDENCIAL:
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Assunto: CONTAS DE GESTÃO DO EXERCÍCIO DE 2013
Interessado: FUNDEB DE MARA ROSA
Acórdão n. o: 03656/2015 (fI. 07)
PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE
No que tange ao Princípio da Razoabilidade, requer-se ao presente caso a
aplicação do mesmo, que é também considerado um dos Princípios Gerais do
Direito e basilar da Administração Pública, conforme prelecionado na obra
Direito Administrativo, da eminente Maria Sylvia Zanella Di Pietro, à colação:
"O princípio da razoabilidade exige proporcionalidade entre os meios de que
se utilize a Administração e os fins que ela tem que alcançar.
E essa proporcionalidade deve ser medida não pelos critérios pessoais do
administrador, mas segundo padrões comuns na sociedade em que se vive, e
não pode ser medida diante dos termos frios da lei, mas diante do caso
concreto" (Direito Administrativo - a Edição - Editora Atlas). ”
Ressalta-se, por oportuno, que o princípio legal mencionado, eventualmente
tem sido invocado para relevar pequenas irregularidades, sendo amplamente
defendido por eminentes doutrinadores, inclusive pelos Tribunais de Contas.

Análise da Secretaria: Conforme já abordado no item acima, de acordo com a


documentação juntada aos autos às fls. 098/111, Sumário Geral da Folha de Pagamento
do Fundo, verifica-se que foi apurada a base de cálculo para as contribuições
previdenciárias ao regime próprio, no exercício de 2013, no valor de R$ 144.663,00, a qual

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se apresenta compatível com os dados informados no SICOM/SGP/Resumo Geral da


Folha de Pagamento (anexo fls. 113).
Assim, aplicando-se a alíquota de 11% na referida base, apura-se o montante a recolher,
referente à contribuição patronal ao RPPS, no valor de R$ 15.912,93. Entretanto, da
análise dos dados registrados no SICOM (empenhos/Op’s e Balancete Financeiro),
verifica-se que foi recolhido ao RPPS, no exercício, o total de R$ 7.923,36, conforme
quadro acima, ou seja, menos que 50% do valor devido.
Do exposto, em que pesem as alegações do recorrente, e a solicitação de que a falha seja
ressalvada com base nos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, esta Unidade
Técnica, considerando que o débito remanescente no valor de R$ 7.989,57, representa
mais que 50% do valor devido relativo às contribuições patronais ao RPPS, consideradas
as proporções, entende não ser razoável a ressalva. Portanto, permanece a
irregularidade.
3. DAS RAZÕES RECURSAIS E ANÁLISE DE MÉRITO DAS MULTAS e Débito:
3.1. MULTA 1 –Imputar multa à Gestora, Srª. Ana Lúcia Ferreira, nos termos do art. 47-
A, V, da LO/TCMGO, em virtude da intempestividade da entrega das prestações das
Contas de Gestão dos meses de janeiro a abril e de setembro a dezembro de 2013.
ALEGAÇÃO DO RECORRENTE: Em relação à multa aplicada no valor de R$ 2.879,32 a
mim pela intempestividade na entrega das prestações de contas, dos meses discriminados
nesta decisão recorrida, requeiro que seja desconsiderado e aplicado o princípio da
razoabilidade, tendo em vista que nossa prestação de contas deverá ser julgada pela
regularidade.
ANÁLISE DA SECRETARIA: De acordo com o art. 10 da Lei Orgânica deste Tribunal de
Contas, as contas dos gestores devem ser enviadas no prazo de até quarenta e cinco dias
após o término do respectivo período. No caso em tela, verifica-se que as contas dos
meses de janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho e dezembro de 2013, foram
entregues após a data limite, infringindo, assim, a norma supracitada, o que motiva e
fundamenta a sanção imposta. Todavia, em que pesem as alegações do recorrente, não
foi apresentada justificativa acerca da intempestividade na apresentação das contas.
Portanto, em decorrência de o gestor ter agido com afronta à legislação correspondente à
época do fato gerador, mantém-se a multa.
3.2. MULTA 2 – gestora Srª. Ana Lúcia Ferreira, no montante de 1.251,88 (mil, duzentos e
cinquenta e um reais e oitenta e oito centavos), com fulcro no art. 47-A, IV, da Lei Estadual
nº 15.958/2007, em virtude do julgamento irregular das contas de gestão ora analisadas.
ALEGAÇÃO DO RECORRENTE: Solicitou o afastamento da Multa fundamentada no art.
47-A, IV, da LOTCM, alegando a regularidade das contas.
ANÁLISE DO MÉRITO: Trata-se de multa decorrente do julgamento pela irregularidade
das contas em análise, em Acórdão anterior, fundamentada no art. 47-A, IV, da Lei n.º

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15.958/07, com alteração dada pela Lei n.º 16.467/09. Tendo em vista que, conforme
análise acima, persistem falhas que ensejam no parecer pela irregularidade das contas, a
multa será mantida.
3.3 Débito imputado à Gestora, Srª. Ana Lúcia Ferreira, no montante de R$8.888,80, nos
termos do quadro abaixo:
Natureza das Contas De Gestão
Nome do Imputado ANA LÚCIA FERREIRA
Nº CPF 984 205 851 49
Cargo/Função Gestora do Fundo M. do Meio Ambiente do município de Minaçu
Descrição da Comprovação do saldo contabilizado em 01/01/2013 através
Irregularidade dos extratos bancários de janeiro/2013 no montante de
Praticada R$10.288,82, divergente R$8.888,80 do montante contabilizado
de R$1.400,02 (subitem 1.8.1 do Relatório Preliminar).
Legislação Violada 1. Lei nº 4.320/64 art.103 c/c 89
Base Legal para Art. 45 da LOTCM/GO.
Imputação do Débito
Valor do Débito R$8.888,80

ALEGAÇÃO DO RECORRENTE: Solicitou o afastamento do Débito, alegando a


regularidade das contas.
ANÁLISE DO MÉRITO: Consoante a análise do ITEM 2 - (1.8.1 do Certificado) acima, a
irregularidade foi sanada e o débito, no valor de R$ 8.888,80, foi desconstituído.
(...)

Ao final, a Secretaria de Recursos pugnou por dar provimento parcial ao


presente recurso, no sentido de sanar as irregularidades indicadas nos itens 1 e 2;
ressalvar a irregularidade apontada no item 3; desconstituir o débito no valor de
R$8.888,80, imputado pela não comprovação do saldo disponível contabilizado em
1/1/2013, tendo em vista que os extratos bancários de janeiro/2013, no montante de
R$10.288,82, divergem em R$8.888,80 do montante contabilizado no Balancete
Financeiro (R$1.400,02); mantendo no entanto, o julgamento pela irregularidade das
contas gestão prestadas pela Sra. Ana Lúcia Ferreira, gestora do FMMA do
Município de Minaçu no exercício de 2013, tendo em vista a permanência da
irregularidade mencionada no item 4.

Pugnou, ainda, por manter as duas multas imputadas a gestora, uma no


montante de R$2.879,33, em razão da entrega intempestiva das contas dos meses de
janeiro, fevereiro, março, abril, setembro, outubro, novembro e dezembro do exercício

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de 2013; e outra, no valor de R$1.251,88, pelo julgamento pela irregularidade das


contas.

IV. Da Manifestação do Ministério Público de Contas:

O Ministério Público de Contas deste TCM exarou o Parecer n. 2443/2016


(fl. 129 – fase 2), conforme segue:
(...)
Necessário consignar que o processamento da presente espécie recursal vincula-se,
necessariamente, à observância de determinados pressupostos de admissibilidade.
Observa-se, pois, indispensavelmente, o cabimento da espécie recursal, a legitimidade, o
interesse para recorrer e a tempestividade, conforme ditados pelas normas contidas no
art. 227 RI/TCM e art. 42 da lei Estadual 15.958/07.
Em análise preliminar aos autos, este parquet constatou que de acordo com os artigos 227
RI/TCM, o Recurso de Revisão de que se trata atendeu os requisitos formais de
admissibilidade exigidos, senão vejamos:
Art. 227. Da decisão definitiva em processo de prestação ou tomada de
contas, mesmo especial, de parecer prévio emitido nas contas de governo, de
decisão de mérito proferida em processos sujeitos a registro, cabe Recurso
de Revisão ao Tribunal Pleno, de natureza similar à da ação rescisória, sem
efeito suspensivo, interposto uma só vez e por escrito pela parte, seus
sucessores, ou pelo Ministério Público de Contas, dentro do prazo de dois
anos, contados da intimação da decisão recorrida, e fundar-se-á:
I – em erro de cálculo nas contas;
II – em falsidade ou insuficiência de documentos em que se tenha
fundamentado a decisão recorrida;
III – na superveniência de documentos novos com eficácia sobre a prova
produzida;
IV – na errônea identificação ou individualização do responsável.
Parágrafo único. A decisão que der provimento ao Recurso de Revisão
ensejará a correção de todo e qualquer erro ou engano apurado.

Verifica-se que o presente recurso atende aos requisitos formais de admissibilidade,


porquanto foi interposto contra decisão que julgou as contas de gestão do FMMA do
exercício de 2013, interposto por escrito pela parte, dentro do prazo estabelecido pelo art.
227 e fundou-se na apresentação de novos documentos, visando sanar as falhas
apuradas.
Esta Procuradoria acolhe, na totalidade, as razões expostas pela Secretaria de Recursos
em sua análise técnica, adotando-se tais razões elencadas pela referida Especializada em
sua manifestação como fundamento para o presente pronunciamento.
Por este motivo, manifesta-se este Ministério Público de Contas pelo provimento parcial do
recurso, reformando-se a decisão contida no Acórdão AC nº 00723/15, no sentido de

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considerar sanadas as falhas dos itens 1 e 2 e ressalvada a do item 3, bem como


desconstituído o débito, mantendo-se, entretanto, a irregularidade das contas reexaminadas,
em face da falha remanescente, devendo, ainda, serem mantidas as multas. (IRIM).

Dessa forma, o MPC concordou com o posicionamento apresentado pela


Secretaria de Recursos, logo pelo provimento parcial do presente Recurso.

É o relatório.

VOTO DO RELATOR

Após análise dos autos, acolho o posicionamento da Secretaria de


Recursos, posteriormente referendado pelo Ministério Público de Contas em seu
Parecer conclusivo, que se manifestou por dar provimento parcial ao presente
recurso, no sentido de sanar as irregularidades indicadas nos itens 1 e 2; ressalvar a
irregularidade apontada no item 3; desconstituir o débito no valor de R$8.888,80,
imputado pela não comprovação do saldo disponível contabilizado em 1/1/2013;
mantendo no entanto, o julgamento pela irregularidade das contas gestão prestadas
pela Sra. Ana Lúcia Ferreira, gestora do FMMA do Município de Minaçu no exercício
de 2013, tendo em vista a permanência da irregularidade mencionada no item 4.

Concordo, ainda, em manter as duas multas imputadas a gestora, uma no


montante de R$2.879,33, em razão da entrega intempestiva das contas dos meses de
janeiro, fevereiro, março, abril, setembro, outubro, novembro e dezembro do exercício
de 2013; e outra, no valor de R$1.251,88, pelo julgamento pela irregularidade das
contas.

Ante o exposto, apresento VOTO, nos seguintes termos:

4. CONHECER do presente recurso;

5. No mérito, dar-lhe PROVIMENTO PARCIAL, conforme segue:

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5.1. reformar a decisão contida no Acórdão AC n. 00723/2015, no sentido


de:

5.1.1. considerar sanadas as irregularidades indicadas nos itens 1 e 2 e


ressalvada a irregularidade apontada no item 3;

5.1.2. desconstituir o débito, na importância de R$8.888,80, tendo em


vista que as justificativas e documentos apresentados foram suficientes para
comprovar o saldo disponível contabilizado em 1/1/2013;

5.2. manter o julgamento pela irregularidade das contas de gestão


prestadas pela Sra. Ana Lúcia Ferreira, gestora do FMMA – Fundo Municipal do
Meio Ambiente – do Município de Minaçu no exercício de 2013, tendo em vista a
permanência da irregularidade apontada no item 4;

5.3. manter a multa em desfavor da gestora do FMMA de Minaçu no


exercício de 2013, Sra. Ana Lúcia Ferreira, imputada pela irregularidade das contas,
no valor de R$1.251,88 (5% do valor máximo – R$25.037,54 – estabelecido no caput
do art. 47 - A da LOTCM), conforme segue:

Natureza das Contas De Gestão


Nome do Imputado Ana Lúcia Ferreira
Nº CPF 984.205.851-49
Cargo/Função Gestora do FMMA de Minaçu no exercício de 2013.
Descrição da Contas julgadas irregulares, em razão da irregularidade contida no item
Irregularidade Praticada 4.
Instrução Normativa n 15/2012 art.11, “b”, “c”; Art. 4º da Lei 1443/01;
Legislação Violada Lei nº 4.320/64 art. 103 c/c 89; Instrução Normativa n 15/2012; Lei
Municipal nº 1905/08 art.80; Lei Municipal nº 1905/08 art.80.
Base Legal para
Art. 47 - A, IV, da LOTCM/GO.
Imputação de Multa
R$1.251,88 equivalentes a 5% do valor máximo estabelecido no caput
Valor da Multa
do art. 47 - A da LOTCM, na redação dada pela Lei nº 16.467/07.

5.4. manter a multa, no montante de R$2.879,33, imputada em razão da

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entrega intempestiva das contas dos meses janeiro, fevereiro, março, abril, setembro,
outubro, novembro e dezembro do exercício de 2013:

19/3/2013, 16/4/2013, 16/5/2013, 15/6/2013, 15/11/2013, 17/12/2013,


Datas da Infração
15/1/2014 e 15/2/2014
Natureza das Contas De Gestão
Nome do Imputado Ana Lúcia Ferreira
Nº CPF 984.205.851-49
Cargo/Função Gestora do FMMA de Minaçu no exercício de 2013.
Descrição da Entrega Intempestiva das Contas dos meses janeiro, fevereiro, março,
Irregularidade Praticada abril, setembro, outubro, novembro e dezembro do exercício de 2013.
Dispositivo Legal ou Art. 77, inciso X da Constituição Estadual c/c art. 10 da LOTCM, na
Normativo Violado redação dada pela Lei nº 16.467, de 05.01.2009.
Base Legal para Art. 47 – A, inciso V, letras a, b, c, § 2º da LOTCM, na redação
Imputação de Multa dada pela Lei nº 16.467, de 05.01.2009.
Total de R$2.879,33, sendo R$500,75 (2,0%) para o atraso do mês de
janeiro; R$250,38 (1,0%) para o atraso do mês de fevereiro; R$500,75
(2,0%) para o atraso do mês de março; R$250,38 (1,0%) para o atraso
do mês de abril; R$125,19 (0,5%) para o atraso do mês de setembro;
Valor da Multa
R$500,75 (2,0%) para o atraso do mês de outubro; R$250,38 (1,0%)
para o atraso do mês de novembro; R$500,75 (2,0%) para o atraso do
mês de dezembro, sobre o valor constante do caput do art. 47-A da Lei
Estadual nº 15.958/07 c/c RA nº 030/13-TCMGO.

5.5. manter os demais termos do Acórdão AC n. 00723/2015;

6. RESSALTAR que, na análise deste recurso, as informações


apresentadas ao SICOM-TCM e os documentos constantes dos autos foram
considerados sob o aspecto da veracidade ideológica presumida.

É o voto.

TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DE GOIÁS, em


Goiânia, 3 de junho de 2016.

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Gabinete do Conselheiro Francisco José Ramos

FRANCISCO JOSÉ RAMOS


Conselheiro Relator

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