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Acionamentos Elétricos para

Automação

Máquinas CC

Prof. Jean Vianei Leite


Motor e Gerador de corrente contínua.
Máquinas de Corrente Contínua
• São bidirecionais em energia: Funcionam como Motor e
Gerador

• Motores e geradores CC possuem os mesmos detalhes


construtivos.

• Geradores CC: Convertem uma fonte de energia


mecânica (máquina primária) em energia elétrica.

• Motores CC: Convertem energia elétrica em energia


mecânica.
Características das MCC
• Altamente flexíveis e controláveis;
• Podem ser ligados de diversas maneiras, alterando as
características da máquina: independente, shunt,
série, composto.
• Torques de partida, aceleração e desaceleração
elevados;
• Capaz de realizar inversões rápidas;
• Vasta gama de controle de velocidade e torque (uma
variação de velocidade de 4:1 é obtida facilmente com
resistores, e com dispositivos eletrônico 40:1);
• Caras e frágeis devido ao comutador.
Aplicações das MCC
• Devido a sua versatilidade nas aplicações, o
motor de corrente contínua possui uma grande
parcela do mercado de motores elétricos,
destacando-se:
– Máquinas operatrizes em geral;
– Bombas a pistão
– Torques de fricção
– Ferramentas de avanço
– Tornos
– Bobinadeiras
– Mandrilhadoras
Aplicações das MCC
• Máquinas de moagem
• Máquinas têxteis
• Guinchos e guindastes
• Veículos de tração
• Prensas
• Máquinas de papel
• Indústria química e petroquímica
• Indústrias siderúrgicas
• Fornos, exaustores, separadores e esteiras para
indústria cimenteira e outras.
Máquinas de Corrente Contínua

Peças polares

Enrolamento principal

Armadura

Anéis coletores

Escovas

Interpólos

Enrolamento série

Carcaça
Máquinas de Corrente Contínua
Armadura Campo principal
Ventilador

Escovas

Lâminas do coletor
Rotor
Rotor

Núcleo de Ferro

Comutador

Rolamento

Bobinas Lâminas
Estator
Interpólos
Enrolamento de Campo

Enrolamento de
Compensação
Comutador

Escova

Grafite

Lâmina

isolante

Mica

Retificador Mecânico - CA - CC
Comutador
Lamelas do comutador
Escovas
Escovas
Simbologia

• Simbologias da máquina CC utilizadas em


circuitos elétricos.
Comutação Plano Neutro

0 Graus
Espira
A A'

Escova S B N
Lâmina V

B A
V
45 Graus

Vs S N
Forma de Onda de Saída

A'

90 Graus
0 π/2 π 3π
π/2 2π
π θ
A' A

S N

Duas lâminas Várias lâminas


Tensão Retificada
Funcionamento do Gerador CC

• Pouco usado após o advento da eletrônica


de potência.

• As aplicações atuais são específicas


como, por exemplo, em sistemas de solda
por arco elétrico.

Gerador com comutador


Motores de CC

• Usado em acionamentos de velocidade variável.


• Observações:
– Altos conjugados de partida;
– Variação de velocidade sobre uma grande faixa;
– Mais caro que o motor CA (Produzido por Encomenda)
– Não são adequados para altas velocidades (Comutador e
Escovas).

Armadura

Fonte CC

Campo
A força eletromagnética

• Um condutor, conduzindo uma corrente, inserido num


meio onde existe uma indução B, sofre uma força F.

Campo
Campocriado
criado
pela
pelacorrente.
corrente.

Campo
Campoindutor
indutorexterno.
externo. Campo
Camporesultante.
resultante.
Fundamentos – Lei de Laplace

F
B
N I S

r r r
dF = i.(d l ∧ B)
Aplicação da regra da mão esquerda

Campo
Espira
N

N Velocidade

Escova

Lâmina

Fonte CC
Força contra-eletromotriz
• O movimento dos condutores entre os pólos provoca o
aparecimento de um tensão, a força contra-eletromotriz,
na armadura.

Peç
Peças Polares

Escova Espira - Armadura


Escova
Ané
Anéis Coletores Carga
Externa

Voltí
Voltímetro
Força contra-eletromotriz

• Regra da mão direita – Regra de Fleming


Movimento do Condutor

Tensão

Fluxo

∆φ
Vind = −N
∆t

Vind = BLVSenα
Força contra-eletromotriz (fcem)
Resistência da Armadura FCEM
E Fluxo

Ra
E c = k tφ ω
Ia

Velocidade
Rp
Va
- +
Corrente da
Armadura

Resistor de Partida Tensão na Armadura


Resistência da armadura
• A corrente Ia é regulada por E. Se E=0 a
corrente de armadura será muita alta.
E

Ra

Ia

Rp
Va
Va = ( R a + R p )I a + E c a Ec = 0
- +
Va
Rp = − Ra
Ia
Conjugado ou Torque
• Interação entre os campos do rotor e do estator.

Constante da Fluxo
Armadura

T = k tφ I a Corrente

pZ Conjugado
kt =
2πa
Potência e conjugado na armadura

• Analisando as equações:
E c = k tφ ω
Mesma constante
T = k tφ I a

• Multiplicando a equação da tensão pela corrente


que circula na armadura:

E c I a = k tφ I a ω
Pa = Tω Equação do conjugado
Potência dissipada na armadura

N Ra I S
a

Rp Va

Potência
Pa = E c .I a

Corrente de armadura
Fcem
Exercício

• Quantos CV’s são produzidos por um


motor quando a corrente na armadura é
de 18 A, a tensão aplicada de 130 V e a
Ea de 124 V?
Curva de magnetização
• Os motores industriais são construídos com
enrolamentos que produzem campos magnéticos (e
fluxo).
• O fluxo magnético depende da corrente de campo (If):

• para uma bobina: φ = BA B = µ H


I
• e: H=
l

A A
φ=µ If kf = µ φ = kf If
l l
Curva de magnetização
• A constante kf depende de:
– Permeabilidade do núcleo;
– Número de espiras do campo indutor;
– Parâmetros geométricos.

• No início da curva de magnetização, a relação entre a


corrente (campo H) e o fluxo (campo B) é linear.
• Devido à freqüência com que o fluxo aparece junto da
constante de armadura kt, pode-se incorporá-lo ao
gráfico de indução, tal que a curva de magnetização é
multiplicada por um fator kt.
k tφ = k f I f
Motor com excitação shunt

• Circuito shunt

+
It Ia If

Ra

Vt Va campo shunt

+
- Ec
-

It = Ia + I f Vt = Ra I a + Ec
Exercício

• Calcule a corrente de armadura de um


motor shunt quando a tensão terminal é
de 110V, a Ea é de 108 V e a resistência
do circuito de armadura é de 0,2 ohms.
Exercício

• A resistência de armadura de um motor


shunt é de 0,05 ohms. Quando o motor
está ligado em 120V a Ea produzida é
de 111V. Calcule:
a) a queda IR no circuito da armadura;
b) a corrente na armadura;
c) a corrente na armadura na partida;
d) a Ea quando a corrente na armadura é de
155A.
Relação conjugado x velocidade (shunt)

+
Vt = Ra I a + Ec It Ia If

Ra
Ec = ktφω Vt Va +
Ec
T = k tφ I a -
-

Vt RaT
• Substituindo: ω = k φ − 2
t ( k tφ )
Relação conjugado x velocidade (shunt)
• A velocidade varia muito
pouco numa grande variação
de conjugado;
• Os motores shunt são
preparados para uma tensão e
uma velocidade específicas;
• Esta velocidade é a velocidade
base;
• Pequenas excursões sobre
esta velocidade mostram uma
grande variação de conjugado;
• Aplicações onde se requer
conjugado quase constante:
compressores, bombas,
moinhos, máquinas
ferramentas.
Exercício

• Um motor shunt CC, 220 V, tem


resistência de armadura de 0,2 ohms e
uma corrente de armadura de 40 A.
Calcule:
a) A tensão gerada na armadura nestas
condições;
b) A potência desenvolvida pela armadura em
W;
c) A potência em HP.
(R: a. 212 V; b. 8480 W; c. 11,4 HP)
Excitação Independente

• Mesma análise da máquina Shunt


Motor com excitação Série

• Circuito Série
campo série
Ia=I f

+
It
Ra

+
Vt
Va
Ec
-
-

I f = Ia Vt = ( R f + Ra ) I a + Ec
Relação conjugado x velocidade (série)

Vt = ( R f + Ra ) I a + Ec Ia=If

+
It
Ra
Ec = k f I aω
+

Vt
Va Ec
2 -
T = k f ( Ia ) -

• Substituindo: Ra + R f
Vt
ω= −
kfT kf
Relação conjugado x velocidade (série)

• O segundo termo é muito


pequeno e depende somente
de resistências;
• Acrescentando-se uma
resistência no circuito controla-
se a velocidade;
• O primeiro termo diz que na
ausência de carga a máquina
dispara;
• A vantagem é o alto conjugado
de partida;
• Aplicações onde se requer alto
conjugado de partida: trens,
motores de arranque,
misturadores, guinchos.
Motor com excitação composta curta

• Circuito composto curto


campo série

+
Rs Ia If
It

Ra
Vt Va campo shunt

+
- Ec
-

I t = Ia + If Vt = R s I t + R a Ia + E c
Motor com excitação composta longa

• Circuito composto longo


campo série
Ia

+
It Rs
If
Ra

Vt campo shunt
+
Va

- Ec

I t = Ia + If Vt = (R s + R a )Ia + E c
Para saber mais
1. KOSOW, Irwing. Máquinas elétricas e
transformadores. 15ª edição. Editora Globo.
Rio de Janeiro, RJ. 2007.
2. Fitzgerald, A. E. Máquinas Elétricas com
introdução à Eletrônica de Potência. 6ª
edição. Editora Bookman. Porto Alegre, RS,
2007.

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