Você está na página 1de 11

2EAC – TOPOGRAFIA II

PROF. ANGELO MARCOS SANTOS OLIVEIRA

Nome: Karoline Xavier dos Santos


1º EXERCÍCIO DE TOPOGRAFIA II
________________________________________________________________________________
ALTIMETRIA

1) O que é a altimetria?

R.: A altimetria ou hipsometria é a parte da Topografia que trata dos instrumentos e métodos para a
representação do relevo. O estudo do relevo de um terreno consiste na determinação das alturas de
seus pontos característicos e definidores da altimetria, relacionados com uma superfície de nível que
se toma como elemento de comparação.
________________________________________________________________________________
2) Defina uma superfície de nível e dê um exemplo.

R.: Definimos como superfície de nível ou superfície equipotencial à superfície tal que o trabalho
(T) realizado pela força de gravidade (F) é nulo.

• T = F d cosθ;
• d = direção do deslocamento;
• θ = ângulo entre a força e o deslocamento.

Em outras palavras é uma superfície na qual um móvel deslizando sobre a mesma, não tem
movimento alterado pela força da gravidade.
A superfície de um corpo d ́água não perturbada é um exemplo prático da materialização da
superfície de nível.
________________________________________________________________________________
3) Defina a altura de um ponto.

R.: Chama-se altura de um ponto em Altimetria o comprimento da perpendicular baixada deste


ponto sobre um plano horizontal qualquer tomado como Superfície de Nível de Comparação (SNC).
A determinação da altura de um ponto corresponde, portanto, à medição de uma distância
realizada em direção vertical.
________________________________________________________________________________
4) O que são cotas? Qual o outro nome pode ser dado às cotas?

R.: Quando a SNC (Superfície de Nível de Comparação) é determinada arbitrariamente as alturas


dos diferentes pontos relacionados a ela recebem a denominação de cotas ou alturas relativas.
________________________________________________________________________________
5) O que são altitudes ortométricas? Qual o outro nome pode ser dado às altitudes
ortométricas?

R.: Quando se toma como SNC (Superfície de Nível de Comparação) a correspondente à superfície
do nível médio dos mares (N.M.M.), suposta prolongada por baixo dos continentes, as alturas dos
diferentes pontos característicos estudados recebem a denominação de altitudes ortométricas ou
alturas absolutas ou cotas absolutas ou simplesmente altitudes.
________________________________________________________________________________
6) O que influenciam o nível dos mares, consequentemente as marés?
R.: Sabe-se que, por efeito das atrações combinadas da lua e do sol, que as águas do mar sobem e
baixam periodicamente, produzindo o fenômeno das marés, objeto de contínuos estudos que
interessam de modo particular à navegação e à Hidrologia
________________________________________________________________________________
7) O que é a RAAP do SGB?

R.: Uma das ações desenvolvidas pelo IBGE para o cumprimento de sua missão institucional é o
estabelecimento de um conjunto homogêneo de marcos geodésicos com altitudes de alta precisão
em todo o território nacional. Esse conjunto de marcos geodésicos é formalmente denominado Rede
Altimétrica de Alta Precisão (RAAP) do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB).
________________________________________________________________________________
8) A quais data estão referidos a RAAP do SGB?

R.: Atualmente, grande parte das altitudes da RAAP refere-se ao Datum de Imbituba, isto é, ao
nível médio do mar (NMM) no Porto de Imbituba (SC) entre 1949 e 1957. A pequena porção da
RAAP existente no Amapá não pôde ser conectada ao Datum de Imbituba, levando à utilização do
nível médio no Porto de Santana entre 1957 e 1958.
________________________________________________________________________________
9) Quais são as estações da Rede Maregráfica Permanente para Geodésia (RMPG)?

R.: A RMPG (Rede Maregráfica Permanente para Geodésia) foi concebida em 1996 pelo então
Departamento de Geodésia do IBGE – hoje Coordenação de Geodésia, CGED – com a finalidade de
determinar e acompanhar a evolução temporal e espacial dos data altimétricos do SGB. Cinco
estações já se encontram em operação: Macaé (RJ), com observações convencionais desde
novembro de 1994 e digitais desde julho de 2001; Imbituba (SC), desde junho de 1998 e agosto de
2001; Salvador (BA), desde dezembro de 2002 e outubro de 2004; Santana (AP), cujos sensores
convencional e digital foram ambos instalados em outubro de 2005; e Fortaleza (CE), com
observações digitais desde abril de 2008. Outra estação maregráfica ainda será estabelecida na
Região Norte, no porto de Belém. O conjunto de estações da RMPG permitirá que o nível médio do
mar seja determinado ao longo de toda a costa brasileira e correlacionado com as observações
pretéritas.
________________________________________________________________________________
10) Como é determinado o nível médio dos mares (N.M.M.)? Apresente figuras dos
equipamentos utilizados.

R.: O nível médio dos mares (N.M.M.) é determinado por observações assinaladas por um
marégrafo, em um grande período de anos, com o fim de anular os efeitos de todas as causas
perturbadoras do equilíbrio das águas.
________________________________________________________________________________
11) O que é o geoide? Qual o valor da altitude ortométrica no geoide?

R.: A SNC coincidente com o N.M.M., que, convencionalmente, possui o valor da altitude igual a
zero, e é utilizada para representar a forma ideal da Terra recebe o nome de Geoide ou Superfície de
Nível Verdadeira (SNV). Esta superfície de nível assim idealizada corresponde à forma da Terra,
supondo-a isenta de suas elevações e depressões.
________________________________________________________________________________
12) O que é o elipsoide de revolução? Apresente uma figura para ilustrá-lo.

R.: Por simplificação, pode-se considerar o Geoide muito semelhante a um elipsoide de rotação ou
revolução, uma espécie de esfera achatada nos polos.
________________________________________________________________________________
13) Apresente uma figura para ilustrar as superfícies da terra, do mar, do geoide e do
elipsoide de revolução.

R.:

________________________________________________________________________________
14) Como se chama o Sistema de Referência Geodésico do Sistema Geodésico Brasileiro?

R.: O sistema de referência geodésico para o Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) é o Sistema de
Referência Geocêntrico para as Américas em sua realização no ano de 2000 (SIRGAS2000).
________________________________________________________________________________
15) Qual é o elipsoide do SGB? Cite os seus parâmetros e respectivos valores?

R.: O elipsoide de revolução adotado pelo SIRGAS2000, que é a figura geométrica para a Terra, é o
Elipsoide do Sistema Geodésico de Referência de 1980 (Geodetic Reference System 1980 –
GRS80). Este elipsoide possui os seguintes parâmetros:

• Semieixo maior (a) = 6.378.137 m


• Semieixo menor (b) = 6.356.752,314 m
• Achatamento (f) = 1/298,257222101

Nota: o achatamento também é simbolizado pela letra grega “ α ”.


________________________________________________________________________________
16) Para que servem as altitudes normais?
R.: No dia 30 de julho de 2018 o IBGE divulgou o cálculo das novas altitudes de referência de alta
precisão, chamadas de altitudes normais, que servem de base para atividades de engenharia,
mapeamento e estudos científicos em todo o território nacional.
________________________________________________________________________________
17) O que o IBGE incorporou nos novos cálculos das Altitudes Normais?

R.: Desde o início de suas medições de nivelamento geométrico, em 1945, o IBGE recalcula
periodicamente as altitudes das Referências de Nível (RRNN) da Rede Altimétrica de Alta Precisão
(RAAP) do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB), por meio do assim chamado “ajustamento pelo
método dos mínimos quadrados”. Os cálculos das altitudes normais incorporam novas observações
de nivelamento geométrico e gravimetria, a correção de inconsistências eventualmente detectadas
na RAAP e a utilização de novas técnicas de observação e cálculo.
________________________________________________________________________________
18) Como acontece a variação da gravidade na superfície terrestre?

R.: A integração dos valores da gravidade nas RRNN permite a obtenção de altitudes mais precisas,
já que, na superfície terrestre, a gravidade varia principalmente à medida em que nos afastamos da
linha do Equador em direção aos polos, entre 9,764 m/s2e 9,834 m/s2. Assim, a inclusão da
gravidade evita inconsistências altimétricas, auxiliando tanto a integração das redes de altitudes
entre países vizinhos como o estudo dos impactos de elevação do nível médio do mar na zona
costeira.
________________________________________________________________________________
19) Em que se baseiam as altitudes normais?

R.: As altitudes normais (físicas) baseadas em números geopotenciais são as coordenadas


adequadas para uso no posicionamento vertical, pois vinculam-se de forma rigorosa ao campo da
gravidade. Em contraposição, as chamadas altitudes geométricas ou elipsoidais, que resultam da
aplicação das modernas técnicas da Geodésia Espacial, como os Sistemas Globais de Navegação
por Satélites (GNSS), não mantêm qualquer vínculo com o campo da gravidade terrestre e, por isso,
não são adequadas para uso no posicionamento vertical.
________________________________________________________________________________
20) Por que as altitudes fornecidas pelo IBGE até 2015 são, na verdade, altitudes ortométricas
normais e não altitudes ortométricas “rigorosas”?

R.: Nos ajustamentos anteriores (2011, 1993, 1975~1959), em função da ausência de suficientes
observações gravimétricas, apenas a correção de gravidade teórica foi aplicada aos desníveis
observados, resultando em altitudes ortométricas simplificadas. Estas altitudes são chamadas por
alguns autores como sendo altitudes normais ortométricas ou altitudes ortométricas normais. O
IBGE, por simplificação, sempre divulgou os seus valores como sendo altitudes ortométricas.
________________________________________________________________________________
21) O que a Associação Internacional de Geodésia (IAG) pretende criar quanto a referência
de altitudes?

R.: A decisão de realizar um novo ajustamento, iniciado em 2015, deve-se à necessidade de


modernização da componente vertical do SGB, em consonância com a resolução da Associação
Internacional de Geodésia (IAG) sobre o Sistema Internacional de Referência para Altitudes
(IHRS/IHRF). Além disso, também foi decisivo o grande aprimoramento da cobertura gravimétrica
do território brasileiro, conduzido pelo IBGE e por outras instituições nas últimas décadas. Com
isso, pela primeira vez, os usuários do SGB terão à sua disposição altitudes consistentes com os
modelos geodésicos globais.
________________________________________________________________________________
22) Como é medida a altitude normal? Qual o campo de gravidade é considerado em sua
medição é qual é a superfície de referência adotada para o seu cálculo?

R.: A altitude normal é medida ao longo da linha vertical normal, isto é, a ortogonal às superfícies
equipotenciais do campo normal. Por não considerar o campo real, a altitude normal não se refere
rigorosamente ao geoide, mas sim a uma superfície próxima a ele, denominada quase-geoide.
________________________________________________________________________________
23) Qual a diferença conceitual entre as altitudes normais, ortométrica normal e ortométrica
“rigorosa”?

R.: Em resumo, a diferença conceitual entre as altitudes ortométrica, normal e normal-ortométrica


reside no tipo de gravidade (real ou teórica) utilizado em duas etapas distintas: no cálculo das
diferenças de geopotencial (gravidade na superfície física) e na conversão do número geopotencial
final em altitude física (valor médio da gravidade ao longo da vertical). Para a altitude ortométrica
rigorosa, utiliza-se a gravidade real nas duas etapas, enquanto para a altitude ortométrica-normal,
emprega-se a gravidade normal em ambas as etapas. No caso das altitudes normais, aplica-se a
gravidade real para o cálculo das diferenças de geopotencial, e a gravidade normal para a obtenção
da altitude.
________________________________________________________________________________
24) Apresente uma figura ilustrando as altitudes ortométricas, ortométrica normal, normal e
geométrica.

R.:
________________________________________________________________________________
25) Qual a vantagem de se trabalhar com altitudes em relação às cotas nos levantamentos
topográficos altimétricos?

R.: Se as alturas dos pontos estiverem representadas por meio de altitudes, pode-se perfeitamente,
determinar a diferença de altura entre eles, uma vez que suas respectivas alturas estão relacionadas
com uma superfície de comparação fixa, por exemplo o N.M.M. (geoide).
________________________________________________________________________________
26) Qual a diferença de altura entre o ponto A, em um primeiro levantamento, com cota de
567 m e outro ponto B, em outro levantamento, em outro município, com cota de 890 m?

R.: As cotas ou cotas relativas só permitem comparação dentro de um sistema homogêneo. Não se
pode comparar cotas de sistemas independentes, que não estejam interligados.
________________________________________________________________________________
27) Qual a diferença de altura entre o ponto A, em um primeiro levantamento, com altitude
normal de 1030 m e outro ponto B, em outro levantamento, em outro município, com altitude
normal de 490 m?

R.: 1030 – 490 = 540 m


________________________________________________________________________________
28) Qual a diferença de altura entre o ponto A, em um primeiro levantamento, com cota de
675 m e outro ponto B, em outro levantamento, em outro município, com altitude de 762 m?

R.: As cotas ou cotas relativas só permitem comparação dentro de um sistema homogêneo. Não se
pode comparar cotas de sistemas independentes, que não estejam interligados.
________________________________________________________________________________
29) Como se obtêm altitudes aproximadas de um ponto?

R.: Quando se toma como SNC a correspondente à superfície do nível médio dos mares (N.M.M.),
suposta prolongada por baixo dos continentes, as alturas dos diferentes pontos característicos
estudados recebem a denominação de altitudes ortométricas ou alturas absolutas ou cotas absolutas
ou simplesmente altitudes.
________________________________________________________________________________
30) Como se obtêm altitudes normais aproximadas de um ponto?

R.: A altitude normal é medida ao longo da linha vertical normal, isto é, a ortogonal às superfícies
equipotenciais do campo normal. Por não considerar o campo real, a altitude normal não se refere
rigorosamente ao geoide, mas sim a uma superfície próxima a ele, denominada quase-geoide.
________________________________________________________________________________
31) Conceitue a diferença de nível.

R.: Diferença de nível é a distância vertical que separa os pontos topográficos considerados.
________________________________________________________________________________
32) Qual o sinal deve acompanhar as diferenças de nível?

R.: Este elemento poderá ter valor positivo ou negativo, conforme os pontos estudados estejam
acima ou abaixo daquele tomado como termo de comparação. Assim, de posse destes elementos,
devem-se somar à cota ou altitude do ponto de origem as diferenças de nível positivas ou delas
subtrair as diferenças de nível negativas, para ter as cotas ou altitudes dos pontos estudados.
________________________________________________________________________________
33) Considere a figura 15 das notas de aulas. Calcule as seguintes diferenças de nível:
R.:

• dn AB = +1,75
• dn BA = -1,75
• dn DA = +2,15
• dn AD = -2,15
________________________________________________________________________________
34) Conceitue o nivelamento topográfico.

R.: Nivelamento é a operação topográfica que consiste na determinação da diferença de nível entre
dois ou mais pontos do terreno (COMASTRI e TULER, 2002).
________________________________________________________________________________
35) O que é a Superfície de Nível Aparente e como ela é materializada na prática?

R.: Por causa da curvatura da Terra, nos levantamentos topográficos comuns as alturas são referidas
à Superfície de Nível Aparente (SNA), que corresponde ao plano tangente à SNV e materializada,
na prática, pelo plano horizontal de visada dos instrumentos de nivelamento.
________________________________________________________________________________
36) O que é o erro de nível aparente? Qual a expressão que permite o seu cálculo? Informe o
que são cada um dos elementos desta expressão.

R.: Erro de nível aparente ou erro de esfericidade é o erro que se comete devido a utilização da
superfície de nível aparente no lugar da verdadeira.

Na Figura abaixo, a SNV é representada pelo arco de círculo que passa pelos pontos A e B, sendo
obtida por um corte de superfície ideal da Terra (Geoide – aqui é simplificado e assumido como
sendo uma superfície esférica) em um plano vertical. Estando os pontos A e B situados sobre uma
mesma superfície de nível, suas altitudes são iguais a zero, não existindo, portanto, diferença de
nível entre eles. Porém, supondo que a altitude de B não é conhecida, e querendo determiná-la,
deve-se colocar em B uma mira em posição vertical e em A um instrumento adequado que,
devidamente nivelado, dará a horizontal HH1, correspondente à SNA que irá interceptar a mira em
um ponto M, e não em B, pois o arco AB não pode ser determinado pelos aparelhos de topografia.
Esta é a razão por que, na prática das operações altimétricas, substitui-se a SNV, representada pelo
arco AB, por outra formada pelo plano horizontal correspondente ao plano de visada dos níveis,
cuja interseção como o plano vertical da Figura 18 dá o traço HH1. Assim, visando de A a mira
colocada no ponto B, vê-se este ponto mais baixo do que o ponto A, de uma quantidade X = BM.
Este é o erro que se comete por causa da curvatura da SNV e por sua necessária substituição pela
SNA. Lembrando que em poucos quilômetros, pode-se supor o comprimento do arco AB igual à sua
projeção horizontal AM.

Pode-se determinar o valor de X , resolvendo-se o triângulo retângulo AOM, como segue:

X= MB = erro de nível aparente devido à curvatura da SNV


AM = distância = D
OA = OB = R = raio da Terra
AM² = (MB + BO)² – OA²

Substituindo os valores na equação teremos:

D² = (X + R)² – R² → D² = X² + 2RX + R² – R² D² = X(X + 2R) → X = D² / (2R + X)

Como o valor de X é muito pequeno em relação a 2R ele pode ser suprimido do denominador da
equação que ficará: X = D² / 2R
________________________________________________________________________________
37) O que a refração atmosférica provoca sobre o erro de nível aparente?

R.: Na prática das operações altimétricas, o erro devido à curvatura da SNV é diminuído em função
do efeito da refração atmosférica que desvia o raio luminoso ao atravessar diversas camadas
atmosféricas de densidades diferentes.

Em geral, as camadas de ar mais densas são as mais próximas da terra, e por isso o raio
visual ao atravessar as camadas atmosféricas de densidades diferentes se refrata, provocando uma
trajetória em alinhamento curvo situado sobre o plano vertical visual, cuja concavidade é voltada
para a superfície da terra. Em função disto, o raio visual irá interceptar a mira colocada em B, no
ponto N, abaixo, portanto, do ponto M, originando desta forma um erro MN, denominado erro de
refração, de acordo com o que se vê na figura abaixo.
Na figura acima, a linha AN representa a curva da trajetória do raio visual, e tem sido
demonstrado que, não variando as condições atmosféricas, seu centro O´ permanece constante,
qualquer que seja a distância AB. O ângulo MAN é denominado ângulo de refração, que se supõe,
como demonstrou Biot, proporcional ao ângulo central de afastamento entre as verticais que passam
pelos pontos A e B, portanto ao ângulo AOB, pois que, mantendo-se fixo o centro O´, a relação
entre os raios da Terra e os da refração atmosférica será constante. Assim, pode-se deduzir:
r = ângulo de refração
e = X – MN → e = (D² / 2R) – MN (1)

Segundo experiências de Gauss, o ângulo de refração pode ser expresso pela equação: r = KW (2)
onde K é o coeficiente de refração com valor médio de 0,079 e W o ângulo central AOB.

Considerando que os valores AM, AN e AB são insignificantes em relação ao raio terrestre, uma
vez que as operações topográficas se processam dentro do limite do lado geodésico de terceira
ordem, podemse tornar como iguais os valores da tangente e do arco, logo:

tg r = r (em radianos) = MN /AM → r = MN / D (3)


tg W = W (em radianos) = AM / AO → W = D / R (4)

Substituindo (3) e (4) em (2): MN / D = K (D / R) → MN = 0,079 (D² / R) (5)

Substituindo (5) em (1): e = (D² / 2R) – 0,079 (D² / R) → e = 0,421D² / R

O raio médio do elipsoide GRS-80 do SGB, pode ser calculado pela equação: R = (a +b)/2 então, R
= 6.367.444,657 m .

________________________________________________________________________________
38) Informe as equações para o cálculo do erro de nível aparente considerando o efeito
conjunto da curvatura da Terra e da refração atmosférica. Inclusive apresente também a
equação recomendada pela NBR 13.133/1994.

R.: A NBR 13.133 indica as seguintes equações aproximadas para o cálculo das deformações
máximas inerentes à desconsideração da curvatura terrestre e à refração atmosférica:

∆h (mm) = + 78,5 D2 (km)


∆h' (mm) = + 67 D2 (km)

onde,

∆h = deformação altimétrica devida à curvatura da Terra, em mm.


∆h' = deformação altimétrica devida ao efeito conjunto da curvatura da Terra e da refração
atmosférica, em mm.
D = distância considerada no terreno, em km.
________________________________________________________________________________
39) Calcule o erro de nível aparente considerando o efeito conjunto da curvatura da Terra e
da refração atmosférica para as distâncias de 50 m e de 600 m.

R.: e = 0,024 m
________________________________________________________________________________
40) Na topografia prática, em relação à distância, quando não se corrige o erro de nível
aparente? Por quê?
R.: Na topografia prática não se corrige o erro de nível aparente quando as visadas são de até 120
m, pois o erro é inferior a 1 mm.
Neste caso são considerados sem efeito os erros devido à curvatura da Terra e à refração
atmosférica, exceto para levantamento bem precisos.
Entretanto, os erros devido ao uso de instrumentos não retificados (causando inclinação da
linha de visada da luneta) podem ser muito significativos, mesmo em distâncias de até 120 m.
________________________________________________________________________________
41) Qual a técnica de instalação de equipamentos em campo que permite a eliminação do erro
de nível aparente?

R.: O erro de nível aparente pode ser eliminado instalando-se um instrumento a igual distância de
dois pontos topográficos.
Se a distância da visada de ré for exatamente igual à distância da visada de vante para cada
instalação do instrumento, pode-se ver que os erros causados pela refração atmosférica e curvatura
da Terra teoricamente se cancelam.
Cada leitura seria aumentada da mesma quantidade, e desde que o mesmo erro fosse
adicionado com a visada de ré e subtraído com a visada de vante, o resultado final seria o
cancelamento mútuo.
________________________________________________________________________________
42) Calcule a diferença de nível, a declividade percentual, declividade em graus e a
declividade pela tangente entre os pontos a seguir (valor da altitude entre parêntesis). Faça o
cálculo nos dois sentidos:
a) A (234,456 m); B (456,21 m); distância AB = 127,24;

R.:
• dnAB = -1,74
• dnBA = +1,74

b) A (234,456 m); B (056,21 m); distância AB = 127,24;

R.:
• dnAB = -1,40
• dnBA = +1,40

c) A (234,456 m); B (734,456 m); distância AB = 0,00 m;

R.:
• dnAB = +500,00 m
• dnBA = -500,00 m
________________________________________________________________________________
43) Conceitue:

a) Aclive;

R.: Declividade no sentido ascendente.

b) declive;

R.: Declividade no sentido descendente.

c) contrarrampa;
R.: Trecho em declive que sucede imediatamente a outro em aclive.

d) gradiente;

R.: Expressão da inclinação dada em percentual.

e) greide;

R.: Posição, em perfil, do eixo da estrada. Também denomina-se gradiente ou grade.

f) rampa;

R.: Trecho da via férrea que não é em nível.

g) rampa ascendente;

R.: Aquela de gradiente positivo.

h) rampa descendente:

R.: Aquela de gradiente negativo.


________________________________________________________________________________

Você também pode gostar