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AULA I
a) Estado Unitário: é aquele em que o poder estatal encontra-se localizado em um único centro.
Dito de outra forma, no Estado Unitário não há distribuição do poder por diversos entes componentes
do território nacional, concentrando-se em um único centro, do qual emanam todas as decisões
políticas. Ex: Uruguai.
O Estado unitário pode se apresentar sob as seguintes formas: Estado Unitário puro, Estado Unitário
descentralizado administrativamente e Estado Unitário descentralizado política e administrativamente.
Estado Unitário Puro é aquele em que o poder político concentra-se em uma única unidade estatal.
Descentralizado administrativamente, a seu turno, é o Estado Unitário que, embora tenha as decisões
políticas fundamentais concentradas em uma única unidade, distribui competências administrativas a
outras unidades distribuídas pelo território nacional, às quais incumbe, apenas e tão-somente, a
implementação administrativa das decisões políticas já adotadas. Por fim, Estado Unitário
descentralizado política e administrativamente é aquele em que, além da distribuição de plexos de
atribuições administrativas, há também a distribuição às outras unidade de limitado poder
discricionário, o qual encontra-se devidamente sujeito aos limites imposto pelo unidade detentora do
poder estatal.
Observe-se que no Estado Unitário descentralizado administrativamente e no Unitário descentralizado
política e administrativamente não é conferida autonomia às unidades descentralizadas. No dizer de
José Afonso da Silva há uma descentralização do tipo autárquica e não do tipo federativo.
b) Estado Federado: é aquele em que o poder político se encontra distribuído entre diversas entes, os
quais exercem suas decisões políticas com a devida autonomia. A nota fundamental, portanto, desta
forma de governo, é a existência da divisão do poder político entre as diversas unidades componentes
do Estado, sendo certo que cada entidade exerce o poder que lhe foi atribuído com autonomia. A
depender da forma da distribuição de competências entre os diversos entes poderemos ter: 1)
federação dual: é aquela em que há rígida divisão entre as competências distribuídas entre o poder
central e as unidades federadas, exercendo cada qual suas atribuições. Ex.: EUA; 2) federação
cooperativa ou de cooperação: é aquela em que não há a rígida distribuição de competências entre os
entes federados. Ex: Brasil.
Confederação: é a união de diversos Estados Soberanos, feita mediante tratado, sob as regras de direito
internacional, e com vistas à realização de interesses comuns. Nota fundamental de seu regime é a
dissolubilidade do vínculo, isto é, a existência do direito de secessão.
- FORMA DE GOVERNO: diz respeito à forma de instituição do poder na sociedade e à relação entre
governantes e governados. Pode ser república ou monarquia.
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a) República: deriva de res publica, ou, em vernáculo, coisa pública. A forma republicana de governa
tem como notas fundamentais as seguintes: a) eletividade dos detentores do poder; b) temporariedade
dos mandatos; c) representatividade do povo; e d) responsabilidade (dever de prestar contas).
- SISTEMAS DE GOVERNO: diz respeito às relações entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo
no exercício das funções governamentais. São dois os principais sistemas existentes: presidencialista e
parlamentarista.
Observe-se que os entes federados são dotados de autonomia, e não de soberania, atributo único e
exclusivo da República Federativa do Brasil, pessoa jurídica de direito publico externo. A soberania
caracteriza-se por ser um poder que não encontra nenhum outro que lhe esteja no mesmo ou em
superior patamar, na ordem interna, e que atua em pé de igualdade com outros Estados na ordem
externa. Autonomia, de outro lado, é o limite de atribuições conferidas constitucionalmente, dentro do
qual o ente federativo goza de ampla liberdade.
Embora a autonomia seja a regra, é possível que a mesma seja suspensa em hipóteses excepcionais e
taxativas (art. 34 CF).
Visando assegurar o equilíbrio da Federação brasileira, o legislador constituinte houve por bem criar
uma estrutura legislativa que contempla como característica a existência: a) de divisão de competência
entre os diversos entes federativos, não obstante as competências mais relevante estejam em poder da
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União, o que leva Celso Bastos a afirmar que, em nossa federação, há uma concentração de poderes
maior em favor da União do que em diversos estados unitários; b) repartição constitucional de rendas;
c) participação do ente federativo na elaboração das leis; c) divisão das competências tributárias; d)
existência do controle de constitucionalidade; e) imunidade recíproca; f) intervenção federal; g)
existência de um Tribunal com atribuições de Tribunal Constitucional (STF).
- DA UNIÃO: .....
AULA II
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO ADMINISTRATIVA
1) UNIÃO: considerações gerais. Autonomia. Diferença entre União como ente político dotado de
autonomia e como representante da República Federativa do Brasil.
a) Auto-organização: revela-se pela possibilidade de edição de sua própria Constituição e leis que
elaborar, sujeitando-se, porém, aos seguintes princípios: sensíveis, extensíveis e estabelecidos
(limitações expressas vedatórias, limitações expressas mandatórias, limitações implícitas e limitações
decorrentes do regime adotado)
AULA III
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
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ENTE FEDERATIVO INTERESSE
União Geral
Estados Regional
Municípios Local
Distrito Federal Regional + Local (salvo art. 22, XVII)
a) COMPETÊNCIAS ADMINISTRATIVAS
COMPETÊNCIA
ADMINISTRATIVA
COMUM
EXCLUSIVA
(ART. 23 CF)
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Competência remanescente dos Estados
→ Competência remanescente: origem nos EUA e prevista em todas as Constituições Republicanas Brasileiras. Parte do
pressuposto de que o poder dos Estados é a regra e da União, a exceção.
b) COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS
COMPETÊNCIAS
LEGISLATIVAS
PRIVATIVA DA EXCLUSIVA DO
CONCORRENTE* RESERVADA DO DF REMANESCENTE
UNIÃO MUNICÍPIO
(ART. 24) (ART. 32, § 1º) (ART. 25, º 1º)
(ART. 22) (ART. 30, I)
SUPLEMENTAR OU
SUPLEMENTAR
COMPLEMENTAR
DOS MUNICÍPIOS
DOS ESTADOS
ART. 30, II
ART. 24, § 2º
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Não confundir com supletiva (art. 24, § 3º e 4º)
→ Distinção entre competência privativa e exclusiva: para José Afonso da Silva, a competência exclusiva não admite
delegação, enquanto a privativa sim (ex.: art. 22, par. único). Reconhece, porém, que a CF foi atécnica no emprego das
expressões. Este não é, contudo, o entendimento de Fernanda Dias Menezes de Almeida, para quem a CF não admite tal
distinção.
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→ Delegação de competência (art. 22, parágrafo único): são requisitos para a delegação: a) formal: lei complementar; b)
material: determinação de ponto específico; c) implícito (art. 19): não estabelecimento de distinções.
* Competência concorrente: pode ser: a) cumulativa: quando a CF não estabelece distinção entre os comepetentes para
legislar sobre a matéria; b) não-cumulativa ou vertical: União disciplina normas gerais e Estados complementam. É o por
nós adotado (art. 24, § 2º)
→ Competência dos Municípios: interesse local, que, segundo Alexandre de Moraes “refere-se àqueles interesses que
disserem respeito mais diretamente às necessidades imediatas do município, mesmo que acabem gerando reflexos no
interesse regional (Estados) ou geral (União)...”