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Relatório 6
Gerador de Ondas Estacionárias e Conjunto de Diapasões de 440Hz
Uberaba
2019
Sumário
2. Objetivos ................................................................................................................. 9
3. Experimental ......................................................................................................... 10
Referências ............................................................................................................... 18
Apêndice 1 ................................................................................................................ 19
1. Introdução teórica
Toda onda pode ser descrita por uma equação primordial, definida como:
Em que:
2π
k= (2)
λ
2π
ω = (3)
T
3
Figura 1: Esquema para demonstração da velocidade de uma onda sobre uma
corda.
Logo para determinar a velocidade de uma onda em uma corda esticada, deve-
se considerar a densidade linear da corda (µ) e a força de tração que ela está
submetida (𝜏).
𝛥𝐿
𝐹 = 𝜏 (2𝜃) = 𝜏 (5)
𝑅
O arco de uma circunferência é dado por o produto do ângulo pelo raio da
circunferência. E, como o ângulo θ é pequeno pode-se aproximar o arco de
circunferencia ao comprimento 𝛥𝐿 expresso na figura 1, portanto tem-se:
𝛥𝐿
2𝜃 = (6)
𝑅
Substituindo a equação 6 na equação 5, temos:
𝛥𝐿
𝐹=𝜏 (7)
𝑅
4
A massa do elemento de comprimento da corda é dada por: 𝛥𝑚 = 𝜇 ⋅ 𝛥𝐿
𝑣2
𝑎= (8)
𝑅
Jogando essa expressão na 2ª Lei de Newton temos:
𝐹 𝑣2
=
𝑚 𝑅
𝐹 𝑣2
= (9)
𝜇 ⋅ 𝛥𝐿 𝑅
Substituindo a equação 7 na equação 8, tem-se:
𝛥𝐿 𝑣2
𝜏 = (𝜇 ⋅ 𝛥𝐿). (10)
𝑅 𝑅
E isolando a velocidade temos:
𝜏
𝑣=√ (11)
𝜇
𝜏
𝜆. 𝑓 = √ (12)
𝜇
𝜏
𝜆2 . 𝑓 2 = (13)
𝜇
Passando a densidade linear multiplicando e o comprimento de onda dividindo
temos:
𝜏
𝑓2 ⋅ 𝜇 = (14)
𝜆2
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Ondas estacionárias são ondas que possuem um padrão de vibração
estacionário. Formam-se a partir de uma superposição de duas ondas idênticas, mas
em sentidos opostos. Nestas formações temos os harmônicos, que vão depender do
comprimento da corda e do comprimento de onda. E para isso vale a relação:
𝑛𝜆
𝐿= (15)
2
Em que n é o número do harmônico ou número de ventres.
Em que:
𝑖̂ é o ângulo de incidência
𝑟̂ é o ângulo de refração
Podemos ainda falar sobre o fenômeno dos batimentos que ocorrem com as
ondas, e que ocorrem quando:
𝑇𝑎 ⋅ 𝑇𝑏
𝑇𝑏𝑎𝑡 = (17)
𝑇𝑏 − 𝑇𝑎
𝑇𝑏 − 𝑇𝑎 1 1
𝑓𝑏𝑎𝑡 = = −
𝑇𝑎 ⋅ 𝑇𝑏 𝑇𝑎 𝑇𝑏
7
𝑓𝑏𝑎𝑡 = 𝑓𝑎 − 𝑓𝑏 (18)
Alguns exemplos deste fenômeno são: quando uma pessoa grita com um tom
muito agudo que é capaz de quebrar uma taça de cristal, já que a frequência de
vibração da voz, se aproxima da frequência de vibração natural da taça e faz com que
perca suas propriedades elásticas; ou quando a ponte de Tacoma Narrows nos
Estados Unidos caiu, já que sua frequência natural de oscilação era muito baixa, e
pequenas frequências já eram capaz de provocar uma forte ressonância em sua
estrutura.
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2. Objetivos
2.1. Objetivo Geral
Observar experimentalmente diversos fenômenos ondulatórios, destacando os
fenômenos de: ondas estacionarias, refração, ressonância e batimento.
2.2. Objetivos Específicos
• Utilizar o gerador de ondas estacionárias para observar ondas
estacionarias e refração;
• Coletar dados do experimento do gerador de ondas estacionárias e
compara-los com a teoria;
• Utilizar o conjunto de diapasões de 440 Hz para observar a ressonância
e o batimento;
• Comparar os resultados obtidos no segundo experimento com a teoria.
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3. Experimental
3.1. Gerador de Ondas Estacionárias
O Gerador de Ondas Estacionárias consiste em um equipamento capaz de
gerar ondas estacionárias. Com o auxilio de um motor ele gira uma corda e produz
uma onda, esta se propaga até o anteparo, localizado na outra extremidade do
experimento, e é refletida, esta reflexão é sobreposta com a onda gerada inicialmente
gerando um padrão estacionário.
Contudo para que o sistema entre em equilíbrio e produza os harmônicos
necessários é preciso regular a frequência da onda e a tração na corda. Estas são as
respectivas funções do potenciômetro de do dinamômetro instalados no experimento.
O dinamômetro utilizado possui uma resolução de 0,1 N e uma leitura máxima de 1 N.
Como a densidade linear da corda influencia em sua velocidade foram
utilizados 4 tipos de corda diferentes, sendo estas com 1, 2, 3 e 4 fios. Para
demonstrar o fenômeno de refração foi utilizada uma corda com duas densidades
distintas, sendo metade da corda com uma densidade superior a outra metade. E para
medir o comprimento de onda foi utilizado uma trena com resolução de 1 mm. A
montagem experimental do gerador de ondas está disposta na figura 3:
Figura 3: Montagem experimental do gerador de ondas estacionárias
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3.2. Conjunto de Diapasões de 440Hz
O diapasão é um objeto metálico em forma de forquilha, que pode ser utilizado
para afinar instrumentos musicais. Ao ser excitado o diapasão vibra de acordo com a
frequência estipulada pelo fabricante, ao vibrar este emite um som de mesma
frequência. Neste experimento utilizou-se um par de diapasões de 440 Hz. Os
diapasões estão afixados em uma caixa de madeira com uma abertura, possibilitando
o direcionamento do som. Também foram utilizados um martelo de borracha de
percussão e uma massa de haste, utilizada para variar a massa do diapasão.
3.2.1. Experiência 01
Os diapasões serão dispostos um de frente para o outro, ou seja, com as
aberturas das caixas de madeira uma em frente da outra. Utilizando o martelo de
borracha, um dos diapasões será excitado. Com um dos diapasões vibrando o outro
conjunto de diapasão será aproximado com as aberturas voltadas uma de frente para
a outra. Por fim o primeiro diapasão excitado será abafado.
3.2.2. Experiência 02
Nesta experiencia utilizou-se o mesmo processo do item 3.2.1 (anterior), porém
em um dos diapasões a massa de haste foi afixada.
3.2.3. Experiência 03
Com a abertura de madeira voltada uma de frente para a outra e com a haste
de massa em um dos diapasões, será excitado os dois diapasões e observado o
fenômeno ocorrido. Este procedimento será repedido variando a posição da haste de
massa.
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4. Discussão de resultados
4.1. Gerador de Ondas Estacionárias
4.1.1. Relação entre Força de Tração e Comprimento de Onda
Após a montagem do experimento descrito no item 3.1.1. foi ligado o oscilador
e a força de tensão sobre a corda foi regulada até que se formasse o harmônico
desejado. Com isso os dados foram anotados para preencher a tabela 1 abaixo:
N° de N° de 𝑭
F(N) ʎ(m) ʎ𝟐 (𝒎𝟐 )
nós ventres ʎ𝟐
1° 2 1 0,30 ± 0,05 0,96 ± 0,005 0,92 ± 0,0096 0,33 ± 0,06
2° 3 2 0,12 ± 0,05 0,48 ± 0,005 0,23 ± 0,0048 0,52 ± 0,23
3° 4 3 0,06 ± 0,05 0,32 ± 0,005 0,10 ± 0,0032 0,59 ± 0,52
4° - - - - - -
Fonte: Autores, 2019
Figura 4: (a) Frequência em função de ʎ2 e (b) força de tração em função de ʎ
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Fonte: Autores, 2019
Foi observado que para se passar do primeiro para o segundo harmônico a
força de tensão na corda foi regulada aproximadamente à metade do primeiro
harmônico e para o terceiro harmônico a força foi a metade do segundo harmônico.
Durante o experimento não foi possível formar o quarto harmônico, pois a corda
se soltava da haste que oscilava e por esse motivo não recolhemos os dados na tabela
sobre o quarto harmônico.
Pegando por referência os valores já explicados, podemos deduzir que para se
formar o quarto harmônico seria preciso metade da tensão usada para formar o
terceiro harmônico.
ρ ʎ(m) F(N) F. ρ
4 0,48 0,47 ± 0,05 1,92 ± 0,05
3 0,48 0,37 ± 0,05 1,44 ± 0,05
2 0,48 0,26 ± 0,05 0,96 ± 0,05
1 0,48 0,12 ± 0,05 0,48 ± 0,05
Fonte: Autores, 2019
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Figura 5: Força de tração em função da densidade linear
Foi observado que para atingir o 2° harmônico a força teve que ser diretamente
proporcional à densidade da corda, ou seja, quanto mais densa a corda, mais força
foi preciso aplicar para que se formasse o mesmo harmônico em cordas de
densidades diferente
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4.2.1. Experiência 01
Após a montagem do experimento descrito no item 3.2.1. foi abafado com a
mão as hastes de um dos diapasões e este parou de emitir o som. Foi observado que
o segundo diapasão continuou emitindo o som na frequência de 440 Hz, porém com
um pouco menos de intensidade. As ondas do primeiro diapasão entraram em
ressonância com a haste do segundo diapasão por terem a mesma frequência natural
de oscilação, 440 Hz.
O diapasão que entrou em ressonância emitiu o som com menor intensidade,
pois entre as hastes deste e as hastes do primeiro diapasão existe o ar e com isso as
ondas perderam energia até que pudessem atingir as hastes do segundo diapasão.
4.2.2. Experiência 02
Após colocado a massa em uma das hastes de um dos diapasões, como
descrito no item 3.2.2. deste relatório, foi realizado o mesmo experimento que o
anterior, porém desta vez o segundo diapasão não entrou em ressonância com o
primeiro.
A massa muda a frequência natural do diapasão e o requisito para que os
diapasões entrem em ressonância um com o outro é que a frequência natural dos dois
seja igual, caso contrário a energia não será transferido de um para o outro como no
primeiro experimento.
4.2.3. Experiência 03
Realizando os procedimentos descritos no item 3.2.3. pode-se perceber que
quanto mais alta a massa estava na haste do diapasão, menos era a energia
transferida do outro diapasão. Quando se colocou a massa próximo à base das hastes
a energia voltou a ser transferida pela ressonância. Isso acontece por que a parte da
haste que oscila é a de cima e na base a vibração é quase nula, sendo assim a massa
na base praticamente não muda a frequência de oscilação do diapasão.
Retirando a massa de uma das hastes, estes, quando excitados, voltaram a
entrar em ressonância com as outras hastes pelo motivo já explicado no primeiro
experimento.
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5. Considerações Finais
No experimento do gerador de ondas estacionárias foi possível observar e
calcular experimentalmente os fenômenos representados na atividade, sendo eles
ondas estacionarias, refração, ressonância e batimento, com isso foi possível através
da formula 15 calcular o comprimento da corda, o comprimento de onda, a frequência
e com a formula v = λ.f, conseguimos calcular a velocidade da onda. Foi possível
também se observar a relação entre a força de tração com a densidade linear da corda
e o fenômeno de refração em diversos testes.
No experimento do Conjunto de Diapasões de 440Hz conseguimos observar a
ocorrência do fenômeno de ressonância, mas no próximo teste ao ter colocado a
massa em uma das hastes não irá ocorrer a ressonância pois a massa irá mudar a
frequência natural do objeto, no terceiro teste houve a mudança no local de onde a
massa estava localizada, e foi observado que houve pouca transferência de energia
com a massa presa na extremidade, mas quanto mais próximo há base mais energia
era transmitida.
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Referências
YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger A. Física II: Termodinâmica e Ondas. 12.
Ed. São Paulo: Pearson, 2008. V. 2. Cap. 16. p. 140- 178
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Apêndice 1
Coeficiente de Deformação
O coeficiente de determinação mede a qualidade do modelo proposto para
representar o fenômeno físico. Esta grandeza pode variar entre 0 e 1, sendo o melhor
valor para descrever o sistema (BUSSAB, MORETTIN; 2010). Este coeficiente pode
ser escrito:
SQR (∑ni=1(xi − x̅)yi )²
R2 = = n
SQT ∑i=1(xi − x̅)² ∑ni=1(yi − y̅)²
Em que:
SQR é a soma dos quadrados da regressão;
SQT é a soma dos quadrados totais;
(xi , yi ) são os pontos amostrais;
x̅ média das coordenadas abscissas;
x̅ média das coordenadas ordenadas.
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