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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS, NATURAIS E EDUCAÇÃO


DEPARTAMENTO DE FÍSICA

Relatório 6
Gerador de Ondas Estacionárias e Conjunto de Diapasões de 440Hz

Relatório apresentado a disciplina Física


Experimental II, desenvolvida pelos
alunos Gabriel Montoro Temporim, Lucas
Corsini Comar, Rômulo de Souza Leite e
Vitor de Oliveira Silva do curso de
Licenciatura em Física da Universidade
Federal do Triângulo Mineiro (UFTM).
Professor Orientador: Ms. Tiago Carrara

Uberaba
2019
Sumário

1. Introdução teórica .................................................................................................... 3

2. Objetivos ................................................................................................................. 9

2.1. Objetivo Geral ................................................................................................... 9

2.2. Objetivos Específicos ........................................................................................ 9

3. Experimental ......................................................................................................... 10

3.1. Gerador de Ondas Estacionárias .................................................................... 10

3.1.1. Relação entre Força de Tração e Comprimento de Onda ........................ 11

3.1.2. Relação entre Força de Tração e Densidade Linear ................................ 11

3.1.3. Fenômeno de Refração ............................................................................ 11

3.2. Conjunto de Diapasões de 440Hz................................................................... 12

3.2.1. Experiência 01 .......................................................................................... 12

3.2.2. Experiência 02 .......................................................................................... 12

3.2.3. Experiência 03 .......................................................................................... 12

4. Discussão de resultados ..................................................................................... 13

4.1. Gerador de Ondas Estacionárias .................................................................... 13

4.1.1. Relação entre Força de Tração e Comprimento de Onda ........................ 13

4.1.2. Relação entre Força de Tração e Densidade Linear ................................ 14

4.1.3. Fenômeno de Refração ............................................................................ 15

4.2. Conjunto de Diapasões de 440Hz................................................................... 15

4.2.1. Experiência 01 .......................................................................................... 16

4.2.2. Experiência 02 .......................................................................................... 16

4.2.3. Experiência 03 .......................................................................................... 16

5. Considerações Finais ............................................................................................ 17

Referências ............................................................................................................... 18

Apêndice 1 ................................................................................................................ 19
1. Introdução teórica

Para fazer um estudo mais aprofundado da Ondulatória, primeiro é necessário definir


o próprio conceito de onda, e podemos defini-las como:

“[...] uma onda é qualquer sinal que se transmite de um ponto ao outro de um


meio, com velocidade definida. Em geral, fala-se de onda quando a
transmissão do sinal entre dois pontos distantes ocorre sem que haja
transporte direto de matéria de um desses pontos ao outro.” (Nussenzveig,
2002).

Toda onda pode ser descrita por uma equação primordial, definida como:

y(x, t) = yM . sen(kx – ωt + φ0 ) (1)

Em que:


k= (2)
λ

ω = (3)
T

ym = amplitude; λ = comprimento de onda;

k = o número da onda; T = período;

ω = a frequência angular; 𝜑0 = fase inicial.

Para se determinar a velocidade de uma onda é preciso saber que:

“A velocidade de uma onda está relacionada ao comprimento de onda e à


frequência através da Eq.16.13 (neste relatório Eq1), mas é determinada
pelas propriedades do meio. Se uma onda se propaga em um meio como a
água, o ar, o aço ou uma corda esticada, a passagem da onda faz com que
as partículas do meio oscilem. Para que isso aconteça, o meio deve possuir
massa (para que possa haver energia cinética) e elasticidade (para que possa
haver energia potencial).” (HALLIDAY, RESNICK, WALKER, 2012).

A figura 1 demonstra um esquema para deduzir a equação de velocidade sobre


uma corda.

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Figura 1: Esquema para demonstração da velocidade de uma onda sobre uma
corda.

Fonte: HALLIDAY; WALKER; RESNICK, 2016

Logo para determinar a velocidade de uma onda em uma corda esticada, deve-
se considerar a densidade linear da corda (µ) e a força de tração que ela está
submetida (𝜏).

Pela 2ª Lei de Newton temos: F = m. a

Logo, pode-se escrever as componentes verticais de 𝜏 como:

F = 2(τ ⋅ sen θ) (4)

Como o ângulo θ é relativamente pequeno é possível aproximar sen θ = θ,


reescrevendo a equação 3, tem-se:

𝛥𝐿
𝐹 = 𝜏 (2𝜃) = 𝜏 (5)
𝑅
O arco de uma circunferência é dado por o produto do ângulo pelo raio da
circunferência. E, como o ângulo θ é pequeno pode-se aproximar o arco de
circunferencia ao comprimento 𝛥𝐿 expresso na figura 1, portanto tem-se:

𝛥𝐿
2𝜃 = (6)
𝑅
Substituindo a equação 6 na equação 5, temos:

𝛥𝐿
𝐹=𝜏 (7)
𝑅
4
A massa do elemento de comprimento da corda é dada por: 𝛥𝑚 = 𝜇 ⋅ 𝛥𝐿

No instante mostrado na figura, o elemento de corda 𝛥𝐿 está se movendo em


um arco de circunferência, logo possui aceleração centrípeta, que é dada pela
equação 8:

𝑣2
𝑎= (8)
𝑅
Jogando essa expressão na 2ª Lei de Newton temos:

𝐹 𝑣2
=
𝑚 𝑅
𝐹 𝑣2
= (9)
𝜇 ⋅ 𝛥𝐿 𝑅
Substituindo a equação 7 na equação 8, tem-se:

𝛥𝐿 𝑣2
𝜏 = (𝜇 ⋅ 𝛥𝐿). (10)
𝑅 𝑅
E isolando a velocidade temos:

𝜏
𝑣=√ (11)
𝜇

A equação 11 é conhecida como a equação geral de ondas em cordas.

Mas como v = λ. f , temos que:

𝜏
𝜆. 𝑓 = √ (12)
𝜇

Logo, elevando-se ao quadrado os dois lados, ficamos com:

𝜏
𝜆2 . 𝑓 2 = (13)
𝜇
Passando a densidade linear multiplicando e o comprimento de onda dividindo
temos:

𝜏
𝑓2 ⋅ 𝜇 = (14)
𝜆2

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Ondas estacionárias são ondas que possuem um padrão de vibração
estacionário. Formam-se a partir de uma superposição de duas ondas idênticas, mas
em sentidos opostos. Nestas formações temos os harmônicos, que vão depender do
comprimento da corda e do comprimento de onda. E para isso vale a relação:

𝑛𝜆
𝐿= (15)
2
Em que n é o número do harmônico ou número de ventres.

Figura 2: Harmônicos em uma corda

Fonte: HALLIDAY; WALKER; RESNICK, 2016


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Outro fenômeno de se explicitar sobre as ondas é o fenômeno da refração, que
pode ser definida como: “A transmissão da luz de um meio para o outro, mas com
uma alteração de direção, é chamada de refração.” (KNIGHT, 2009).

Já que a luz é uma onda eletromagnética, podemos generalizar este fenômeno


à todas as ondas. E a equação que descreve este fenômeno é a Lei de Snell:

𝑛1 ⋅ 𝑠𝑖𝑛(𝑖̂) = 𝑛2 𝑠𝑖𝑛(𝑟̂ ) (16)

Em que:

𝑛1 é o índice de refração do meio 1 (incidente)

𝑛2 é o índice de refração do meio 2 (incidido)

𝑖̂ é o ângulo de incidência

𝑟̂ é o ângulo de refração

Podemos ainda falar sobre o fenômeno dos batimentos que ocorrem com as
ondas, e que ocorrem quando:

“[...] há superposição de duas ondas de mesma amplitude, mas de


frequências levemente diferentes. Isso ocorre, por exemplo, quando tocamos
simultaneamente dois diapasões com frequências ligeiramente diferentes, ou
quando dois tubos de um órgão que deveriam ter a mesma frequência ficam
ligeiramente desafinados.” (YOUNG and FREEDMAN, 2008).

A variação da amplitude produz variações de intensidade, chamadas


batimentos, e a frequência dessa variação de intensidade chama-se frequência de
batimentos. Neste caso, a frequência do batimento é a diferença entre as duas
frequências.

𝑇𝑎 ⋅ 𝑇𝑏
𝑇𝑏𝑎𝑡 = (17)
𝑇𝑏 − 𝑇𝑎

Como a frequência é o inverso do período, tem-se:

𝑇𝑏 − 𝑇𝑎 1 1
𝑓𝑏𝑎𝑡 = = −
𝑇𝑎 ⋅ 𝑇𝑏 𝑇𝑎 𝑇𝑏

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𝑓𝑏𝑎𝑡 = 𝑓𝑎 − 𝑓𝑏 (18)

Agora vamos nos concentrar em outro fenômeno, a ressonância. Que como


JEWETT e SERWAT (2012) ressaltam:

“Vimos que um sistema como uma corda esticada é capaz de oscilar em um


ou mais modos normais de oscilação. [...] Descobrimos que se uma força
periódica é aplicada a tal sistema, a amplitude do movimento resultante da
corda é maior quando a frequência da força aplicada é igual a uma das
frequências naturais do sistema. Este fenômeno é conhecido como
ressonância.”. (JEWETT and SERWAT, 2012)

Alguns sistemas como um sistema massa-mola ou pêndulo simples tem apenas


uma frequência natural, mas alguns sistemas como ondas estacionárias têm um
conjunto de frequências naturais.

Alguns exemplos deste fenômeno são: quando uma pessoa grita com um tom
muito agudo que é capaz de quebrar uma taça de cristal, já que a frequência de
vibração da voz, se aproxima da frequência de vibração natural da taça e faz com que
perca suas propriedades elásticas; ou quando a ponte de Tacoma Narrows nos
Estados Unidos caiu, já que sua frequência natural de oscilação era muito baixa, e
pequenas frequências já eram capaz de provocar uma forte ressonância em sua
estrutura.

Abaixo segue a descrição e a análise da prática experimental, voltada a


demonstrar empiricamente os conceitos físicos supracitados. Todos os cálculos de
propagação de erros deste relatório foram baseados no livro de Piacentini et al. (2012),
“Introdução ao laboratório de Física”, as equações para estes cálculos estão
presentes no apêndice 1.

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2. Objetivos
2.1. Objetivo Geral
Observar experimentalmente diversos fenômenos ondulatórios, destacando os
fenômenos de: ondas estacionarias, refração, ressonância e batimento.
2.2. Objetivos Específicos
• Utilizar o gerador de ondas estacionárias para observar ondas
estacionarias e refração;
• Coletar dados do experimento do gerador de ondas estacionárias e
compara-los com a teoria;
• Utilizar o conjunto de diapasões de 440 Hz para observar a ressonância
e o batimento;
• Comparar os resultados obtidos no segundo experimento com a teoria.

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3. Experimental
3.1. Gerador de Ondas Estacionárias
O Gerador de Ondas Estacionárias consiste em um equipamento capaz de
gerar ondas estacionárias. Com o auxilio de um motor ele gira uma corda e produz
uma onda, esta se propaga até o anteparo, localizado na outra extremidade do
experimento, e é refletida, esta reflexão é sobreposta com a onda gerada inicialmente
gerando um padrão estacionário.
Contudo para que o sistema entre em equilíbrio e produza os harmônicos
necessários é preciso regular a frequência da onda e a tração na corda. Estas são as
respectivas funções do potenciômetro de do dinamômetro instalados no experimento.
O dinamômetro utilizado possui uma resolução de 0,1 N e uma leitura máxima de 1 N.
Como a densidade linear da corda influencia em sua velocidade foram
utilizados 4 tipos de corda diferentes, sendo estas com 1, 2, 3 e 4 fios. Para
demonstrar o fenômeno de refração foi utilizada uma corda com duas densidades
distintas, sendo metade da corda com uma densidade superior a outra metade. E para
medir o comprimento de onda foi utilizado uma trena com resolução de 1 mm. A
montagem experimental do gerador de ondas está disposta na figura 3:
Figura 3: Montagem experimental do gerador de ondas estacionárias

Fonte: Roteiro disponibilizado pelo professor


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3.1.1. Relação entre Força de Tração e Comprimento de Onda
Nesta experiencia o equipamento foi montado com o barbante de dois fios e a
frequência utilizada foi a mesma durante todo o experimento. O dinamômetro foi
variado até encontrar o primeiro, segundo, terceiro e quarto harmônico da corda.

3.1.2. Relação entre Força de Tração e Densidade Linear


Inicialmente o equipamento foi montado com o barbante de 4 fios e a frequência
foi ajustada ao máximo, o aparelho foi ligado e o dinamômetro ajustado até encontrar
o segundo harmônico de vibração, foram aferidos o comprimento de onda e a tração
aplicada na corda. Este processo foi repetido para os demais barbantes, sem alterar
a frequência.

3.1.3. Fenômeno de Refração


Nesta experiencia o barbante de densidade linear diferente foi utilizado.
Portanto o equipamento foi montado com este e ligado com uma frequência media. O
dinamômetro foi variado até encontrar uma onda estacionária.

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3.2. Conjunto de Diapasões de 440Hz
O diapasão é um objeto metálico em forma de forquilha, que pode ser utilizado
para afinar instrumentos musicais. Ao ser excitado o diapasão vibra de acordo com a
frequência estipulada pelo fabricante, ao vibrar este emite um som de mesma
frequência. Neste experimento utilizou-se um par de diapasões de 440 Hz. Os
diapasões estão afixados em uma caixa de madeira com uma abertura, possibilitando
o direcionamento do som. Também foram utilizados um martelo de borracha de
percussão e uma massa de haste, utilizada para variar a massa do diapasão.

3.2.1. Experiência 01
Os diapasões serão dispostos um de frente para o outro, ou seja, com as
aberturas das caixas de madeira uma em frente da outra. Utilizando o martelo de
borracha, um dos diapasões será excitado. Com um dos diapasões vibrando o outro
conjunto de diapasão será aproximado com as aberturas voltadas uma de frente para
a outra. Por fim o primeiro diapasão excitado será abafado.

3.2.2. Experiência 02
Nesta experiencia utilizou-se o mesmo processo do item 3.2.1 (anterior), porém
em um dos diapasões a massa de haste foi afixada.

3.2.3. Experiência 03
Com a abertura de madeira voltada uma de frente para a outra e com a haste
de massa em um dos diapasões, será excitado os dois diapasões e observado o
fenômeno ocorrido. Este procedimento será repedido variando a posição da haste de
massa.

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4. Discussão de resultados
4.1. Gerador de Ondas Estacionárias
4.1.1. Relação entre Força de Tração e Comprimento de Onda
Após a montagem do experimento descrito no item 3.1.1. foi ligado o oscilador
e a força de tensão sobre a corda foi regulada até que se formasse o harmônico
desejado. Com isso os dados foram anotados para preencher a tabela 1 abaixo:

Tabela 1: Valores determinados experimentalmente para os respectivos


modos de vibração.

N° de N° de 𝑭
F(N) ʎ(m) ʎ𝟐 (𝒎𝟐 )
nós ventres ʎ𝟐
1° 2 1 0,30 ± 0,05 0,96 ± 0,005 0,92 ± 0,0096 0,33 ± 0,06
2° 3 2 0,12 ± 0,05 0,48 ± 0,005 0,23 ± 0,0048 0,52 ± 0,23
3° 4 3 0,06 ± 0,05 0,32 ± 0,005 0,10 ± 0,0032 0,59 ± 0,52
4° - - - - - -
Fonte: Autores, 2019
Figura 4: (a) Frequência em função de ʎ2 e (b) força de tração em função de ʎ

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Fonte: Autores, 2019
Foi observado que para se passar do primeiro para o segundo harmônico a
força de tensão na corda foi regulada aproximadamente à metade do primeiro
harmônico e para o terceiro harmônico a força foi a metade do segundo harmônico.
Durante o experimento não foi possível formar o quarto harmônico, pois a corda
se soltava da haste que oscilava e por esse motivo não recolhemos os dados na tabela
sobre o quarto harmônico.
Pegando por referência os valores já explicados, podemos deduzir que para se
formar o quarto harmônico seria preciso metade da tensão usada para formar o
terceiro harmônico.

4.1.2. Relação entre Força de Tração e Densidade Linear


Após a montagem do experimento descrito no item 3.1.2. foi regulado a força
para se formar o 2° harmônico em cada corda disponível. Os dados foram anotados
na tabela 2 abaixo:
Tabela 2: Valores determinados experimentalmente relacionados a densidade
do corpo de prova.

ρ ʎ(m) F(N) F. ρ
4 0,48 0,47 ± 0,05 1,92 ± 0,05
3 0,48 0,37 ± 0,05 1,44 ± 0,05
2 0,48 0,26 ± 0,05 0,96 ± 0,05
1 0,48 0,12 ± 0,05 0,48 ± 0,05
Fonte: Autores, 2019

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Figura 5: Força de tração em função da densidade linear

Fonte: Autores, 2019

Foi observado que para atingir o 2° harmônico a força teve que ser diretamente
proporcional à densidade da corda, ou seja, quanto mais densa a corda, mais força
foi preciso aplicar para que se formasse o mesmo harmônico em cordas de
densidades diferente

4.1.3. Fenômeno de Refração


Após a montagem do experimento descrito no item 3.1.3. ajustamos a tensão
na corda até que se obtivesse os formatos de onda da figura do manual do
experimento. O comprimento de onda da corda grossa foi de 0,24 m e o da fina foi de
0,48 m.
Como o teste foi feito com uma corda mista de densidades 4 (fios) e 2 (fios) a
frequência de oscilação foi a mesma, mas como velocidade é igual a 𝑣 = ʎ. f a
velocidade de propagação da corda de 2 fios é maior que a da corda de 4 fios levando
em consideração os valores de comprimento de onda achados no experimento e
descritos no parágrafo acima.
O fenômeno de refração acontece frequentemente com ondas de luz quando,
por exemplo, a luz bate em um espelho e retorna na direção oposta.

4.2. Conjunto de Diapasões de 440Hz

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4.2.1. Experiência 01
Após a montagem do experimento descrito no item 3.2.1. foi abafado com a
mão as hastes de um dos diapasões e este parou de emitir o som. Foi observado que
o segundo diapasão continuou emitindo o som na frequência de 440 Hz, porém com
um pouco menos de intensidade. As ondas do primeiro diapasão entraram em
ressonância com a haste do segundo diapasão por terem a mesma frequência natural
de oscilação, 440 Hz.
O diapasão que entrou em ressonância emitiu o som com menor intensidade,
pois entre as hastes deste e as hastes do primeiro diapasão existe o ar e com isso as
ondas perderam energia até que pudessem atingir as hastes do segundo diapasão.

4.2.2. Experiência 02
Após colocado a massa em uma das hastes de um dos diapasões, como
descrito no item 3.2.2. deste relatório, foi realizado o mesmo experimento que o
anterior, porém desta vez o segundo diapasão não entrou em ressonância com o
primeiro.
A massa muda a frequência natural do diapasão e o requisito para que os
diapasões entrem em ressonância um com o outro é que a frequência natural dos dois
seja igual, caso contrário a energia não será transferido de um para o outro como no
primeiro experimento.

4.2.3. Experiência 03
Realizando os procedimentos descritos no item 3.2.3. pode-se perceber que
quanto mais alta a massa estava na haste do diapasão, menos era a energia
transferida do outro diapasão. Quando se colocou a massa próximo à base das hastes
a energia voltou a ser transferida pela ressonância. Isso acontece por que a parte da
haste que oscila é a de cima e na base a vibração é quase nula, sendo assim a massa
na base praticamente não muda a frequência de oscilação do diapasão.
Retirando a massa de uma das hastes, estes, quando excitados, voltaram a
entrar em ressonância com as outras hastes pelo motivo já explicado no primeiro
experimento.

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5. Considerações Finais
No experimento do gerador de ondas estacionárias foi possível observar e
calcular experimentalmente os fenômenos representados na atividade, sendo eles
ondas estacionarias, refração, ressonância e batimento, com isso foi possível através
da formula 15 calcular o comprimento da corda, o comprimento de onda, a frequência
e com a formula v = λ.f, conseguimos calcular a velocidade da onda. Foi possível
também se observar a relação entre a força de tração com a densidade linear da corda
e o fenômeno de refração em diversos testes.
No experimento do Conjunto de Diapasões de 440Hz conseguimos observar a
ocorrência do fenômeno de ressonância, mas no próximo teste ao ter colocado a
massa em uma das hastes não irá ocorrer a ressonância pois a massa irá mudar a
frequência natural do objeto, no terceiro teste houve a mudança no local de onde a
massa estava localizada, e foi observado que houve pouca transferência de energia
com a massa presa na extremidade, mas quanto mais próximo há base mais energia
era transmitida.

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Referências

BUSSAB, Wilton O, MORETTIN, Pedro A. Estatística Básica. 6. ed. São Paulo:


Saraiva, 2010.

HALLIDAY David; WALKER, Jearl; RESNICK, Robert. Fundamentos da Física:


Gravitação, Ondas e Termodinâmica. 9. Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. V. 2. Cap.
16. p. 117-150

JEWETT, John W. Jr.; SERWAY, Raymond A. Física para Cientistas e


Engenheiros: Oscilações, Ondas e Termodinâmica. 8. Ed. Gisela Carnicelli,
2012. V. 2. Cap. 4. p. 77-106

KNIGHT, Randall D. Física, Uma Abordagem Estratégica. 2. Ed. Porto Alegre:


Bookman, 2009. V. 2. Cap. 23 p. 700-738

NUSSENZVEIG, H Moysés. Curso de Física Básica. 4. ed. São Paulo: Blucher,


2002. V. 2. Cap. 5 p. 98-121

PIACENTINI, J et al. Introdução ao laboratório de Física. 4. ed. Florianópolis:


Ufsc, 2012

YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger A. Física II: Termodinâmica e Ondas. 12.
Ed. São Paulo: Pearson, 2008. V. 2. Cap. 16. p. 140- 178

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Apêndice 1

Cálculos de propagação de erros:


Adição:
(𝑥 ± ∆𝑥) + (𝑦 ± ∆𝑦) = (𝑥 + 𝑦) ± (∆𝑥 + ∆𝑦)
Subtração:
(𝑥 ± ∆𝑥) − (𝑦 ± ∆𝑦) = (𝑥 − 𝑦) ± (∆𝑥 + ∆𝑦)
Multiplicação:
(𝑥 ± ∆𝑥 ) . (𝑦 ± ∆𝑦) = (𝑥. 𝑦) ± (𝑥. ∆𝑦 + 𝑦. ∆𝑥)
Divisão:
(𝑥 ± ∆𝑥 ) 𝑥 𝑥. ∆𝑦 + 𝑦. ∆𝑥
=( )±( )
(𝑦 ± ∆𝑦) 𝑦 𝑦2

Coeficiente de Deformação
O coeficiente de determinação mede a qualidade do modelo proposto para
representar o fenômeno físico. Esta grandeza pode variar entre 0 e 1, sendo o melhor
valor para descrever o sistema (BUSSAB, MORETTIN; 2010). Este coeficiente pode
ser escrito:
SQR (∑ni=1(xi − x̅)yi )²
R2 = = n
SQT ∑i=1(xi − x̅)² ∑ni=1(yi − y̅)²

Em que:
SQR é a soma dos quadrados da regressão;
SQT é a soma dos quadrados totais;
(xi , yi ) são os pontos amostrais;
x̅ média das coordenadas abscissas;
x̅ média das coordenadas ordenadas.

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