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PROJETO CARRINHO DE

RATOEIRA
Prof. Flávio Yukio Watanabe
fywatanabe@ufscar.br

Departamento de Engenharia Mecânica - DEM


Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia - CCET
Universidade Federal de São Carlos - UFSCar
Objetivos do Projeto
 Aplicação de princípios de modelagem
matemática e simulação computacional no
desenvolvimento do projeto, construção e
teste de um carrinho propulsionado por uma
ratoeira convencional de mola de torção
Objetivos do Projeto
 Aprendizagem e utilização de fundamentos
de mecânica:
 Princípio de alavanca
 2ª lei de Newton aplicada em sistemas com
movimento de translação ou rotação
 Transformação de energia potencial em
energia cinética
 Ação de forças dissipativas
A Ratoeira

 A ratoeira é empregada como o elemento


propulsor do carrinho
 Utilização do princípio de transformação da
energia potencial elástica da mola da ratoeira em
energia cinética do carrinho
Ensaio de Calibração da Mola

 M = mi gb - momento ou torque da mola [Nm]


 g = 9,81m/s2 - aceleração da gravidade
 b = 0,045 m - comprimento do braço
Resultados do Ensaio
Interpolação Linear

 Interpolação linear  “equação de uma reta”:


Geometria do Carrinho

• β - ângulo de deflexão da mola da ratoeira (θ = 180º-β)


• L - comprimento da haste
• B - distância entre o eixo das rodas traseiras e a mola da ratoeira
• D - diâmetro da roda
• d - diâmetro do carretel
• S - comprimento do fio de barbante esticado
Configurações Possíveis

• S - comprimento do barbante esticado (lei dos cossenos)

• S0 =\L- B\ - comprimento do barbante que não fica


enrolado no carretel quando β = 0°(ou θ=180°)
Movimento do Carrinho
 1ª Etapa: Carrinho é impulsionado pela ratoeira e
desloca-se em movimento acelerado (aceleração
não constante); energia potencial elástica é
transformada em energia cinética

 2ª Etapa: Ratoeira deixa de atuar e carrinho


desloca-se sob a influência da quantidade de
movimento acumulada e da força de resistência
ao movimento (movimento uniformemente
desacelerado)
Deslocamento do Carrinho
Impulsionado pela Ratoeira
• O barbante não pode ficar preso ao carretel após o
movimento rotativo total da haste para evitar que este acabe
se enrolando no sentido contrário, travando o eixo e as rodas

• Sr - comprimento do barbante enrolado no carretel:


Deslocamento do Carrinho
Impulsionado pela Ratoeira
• Assumindo que as rodas traseiras não escorregam em
relação ao piso, determina-se o deslocamento longitudinal x
do carrinho:
Dinâmica do Movimento
• Esforços mais significativos que atuam em um veículo
convencional em movimento no plano (GILLESPIE,
1999)
Esforços Atuantes

• a - aceleração do carrinho
•W =mg - força peso (m - massa do carrinho)
• Nr e Nf - forças normais nas rodas
•Fm - força motriz
•Ra - força de resistência aerodinâmica
• Rr e Rf - forças de resistência à rolagem das rodas
• Ff - força global de resistência ao movimento
Força de Resistência ao Movimento

• Determinação experimental da força de resistência ao


movimento Ff
Transformação de Energia

• A energia potencial elástica ∆Ep liberada pela mola


corresponde à área do trapézio de base maior M1, base
menor M2 e altura h = β2 - β1
Transformação de Energia

• Energia potencial elástica - ∆Ep


Transformação de Energia

• Parte da energia potencial elástica ∆Ep é dissipada


principalmente para vencer os momentos de atrito
nos rolamentos e articulações:
Transformação de Energia

• A energia potencial efetiva é transformada em


energia cinética ∆Ec de translação do carrinho e de
rotação dos eixos e rodas:
Diagrama de Corpos Livres (DCLs)

Esforços internos

•T - força transmitida
pelo barbante
• M - momento da mola
•Fh e Fv - forças
transmitidas pela
articulação
•Wr e Wf - forças
transmitidas para entre
a base e os eixos da
ratoeira
Força Transmitida pelo Barbante

• Aplicando-se a 2ª lei de Newton para


a haste, considerando apenas o
movimento rotativo em torno do ponto
eixo da articulação, resulta:

• IO - momento de inércia de massa do conjunto haste e


braço da ratoeira
• αO - aceleração angular do conjunto haste e braço da
ratoeira
• sinγ = (B/S)sinβ (lei dos senos)
Força Transmitida pelo Barbante

• Assumindo que as massas da haste


e do braço da ratoeira podem ser
minimizadas no projeto, o momento
de inércia IO também será reduzido e
o termo (IO αO ) pode ser
desconsiderado:
0
Força Motriz nas Rodas Traseiras

• Aplicando a 2ª lei de Newton para o


conjunto eixo/carretel/rodas traseiras,
considerando apenas o movimento
rotativo, resulta:

• Ir - momento de inércia de massa do conjunto


eixo/carretel/rodas traseiras
• αr - aceleração angular do conjunto eixo/carretel/rodas
traseiras
Força Motriz nas Rodas Traseiras

• Assumindo que as massas do eixo,


carretel e rodas traseiras podem ser
minimizadas no projeto, o momento
de inércia Ir também será reduzido e o
termo (Ir αr ) pode ser desconsiderado:
0
Aceleração do Carrinho

• Aplicando-se a 2ª lei de Newton para o carrinho


completo, considerando o seu movimento de translação
na direção x, resulta:
Deslocamento do Carrinho sem a
Influência da Ratoeira

• A ratoeira deixa de atuar e carrinho desloca-se sob a


influência da energia cinética acumulada e da força de
resistência ao movimento, resultando em um movimento
uniformemente desacelerado
Deslocamento do Carrinho sem a
Influência da Ratoeira

• Movimento uniformemente desacelerado:


A Competição
 Materiais fornecidos: ratoeira padronizada,
placa de madeira, rolamentos, CDs, buchas
para fixação dos CDs, barbante, bexigas de
borracha, haste de bambu e eixos de PVC
 Outros materiais podem ser adquiridos
pelas participanes: cola, haste de fibra de
vidro, placa de madeira balsa, etc.
 Importante: Não é permitido modificar a mola
da ratoeira!
A Competição
 Os participantes deverão projetar e construir
um carrinho de ratoeira que percorra a maior
distância possível sobre um piso liso e plano,
dentro de uma faixa com cerca de 2m de
largura
 Cada grupo poderá realizar duas “corridas”
com o carrinho e para efeito da competição
será considerada a tentativa que atingir a
maior distância
Projeto Carrinho de Ratoeira

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