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São Carlos, SP
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Sumário
1. Identificação.......................................................................................................................................................3
2. Resumo do Plano Inicial......................................................................................................................................3
3. Introdução..........................................................................................................................................................3
4. Metodologia.......................................................................................................................................................4
5. Resultados e Discussões.....................................................................................................................................5
5.1 Padrões do experimento anterior.....................................................................................................................5
5.1.1 Corpo de prova..........................................................................................................................................5
5.1.2 Processo de usinagem...............................................................................................................................5
5.1.3 Ferramenta................................................................................................................................................6
5.1.4 Dinamômetro.............................................................................................................................................6
5.2 Análise experimental........................................................................................................................................6
5.2.1 Frequência de aquisição............................................................................................................................7
5.2.2 Ruídos........................................................................................................................................................7
5.2.3 Ângulo instantâneo da direção de avanço.................................................................................................7
5.3 Algoritmo..........................................................................................................................................................8
5.3.1 Incorporação dos dados.............................................................................................................................8
5.3.2 Vetor Tempo..............................................................................................................................................8
5.3.3 Vetores Ruído............................................................................................................................................9
5.3.4 Vetores Passada.........................................................................................................................................9
5.3.5 Gráficos....................................................................................................................................................10
5.3.6 Root Mean Square...................................................................................................................................11
5.3.7 Calculando o ângulo Phi...........................................................................................................................13
5.3.8 Calculando Ft, Fr e Fa...............................................................................................................................13
5.3.9 Recomeço do programa...........................................................................................................................14
6. Conclusão.........................................................................................................................................................15
7. Produção Técnico-Cientifica.............................................................................................................................16
8. Auto Avaliação..................................................................................................................................................17
9. Referências Bibliográficas.....................................................................................................................................18
10. Avaliação do Orientador.....................................................................................................................................19
11. Destino do Aluno................................................................................................................................................19
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1. Identificação
3. Introdução
Grande parte dos materiais e peças usados na engenharia e no cotidiano precisa ser submetida à
processos de tratamento ou usinagem antes de começar a exercer sua função. É de grande importância a
escolha correta, tanto do material de que será feito a peça quanto do material que constitui a ferramenta de
usinagem, assim como o próprio método de usinagem e seus parâmetros, como o ângulo de contato entre
a peça e a ferramenta ou o número de dentes desta. Essa escolha influencia fatores como o desgaste da
ferramenta, o acabamento superficial da peça e até mesmo a precisão de suas medidas, fazendo com que
qualquer equívoco possa desqualificar a peça de sua função final. A análise dos esforços gerados na
ferramenta de usinagem auxilia nessa escolha, mostrando a reação, tanto na peça como na própria
ferramenta, da utilização de diferentes parâmetros de usinagem.
No aprofundamento teórico inicial foram estudados processos de fabricação por usinagem
convencional, com foco no processo de fresamento frontal concordante, discordante e em cheio; métodos
de medição de força de usinagem, com foco em dinamômetros; análise dos sinais de força medidos pelo
dinamômetro para realizar a parametrização em componentes ortogonais atuantes na ferramenta; e
programação na plataforma de código aberto Scilab.
Padrões foram determinados para que os sinais fossem obtidos, entre eles: o processo de
usinagem; a ferramenta a ser utilizada; o corpo de prova; e a liga que constitui o corpo de prova. A
padronização permitiu, posteriormente, que um estudo sobre a vida útil da ferramenta pudesse ser feito,
baseado nas forças que agiram nela.
Com os sinais obtidos através do dinamômetro foi possível verificar a confiabilidade do resultado
e objetivo final desse projeto: um algoritmo que contribua para a análise de sinais de fresamento frontal
concordante através da parametrização das componentes ortogonais da força de usinagem para obter os
valores das componentes tangencial, radial e axial atuantes na ferramenta.
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4. Metodologia
Nos contatos iniciais com o orientador foram definidos a metodologia e o plano de trabalho
durante o projeto, para poder ter uma visão geral do trabalho e saber quais resultados eram esperados.
Primeiramente foi determinada a plataforma na qual o algoritmo seria feito, o Scilab, por ser uma
plataforma de código aberto, ou seja, seu uso é livre e gratuito, não sendo necessária a busca por licenças
e facilitando a programação em ambientes fora da faculdade. Treinamentos nessa linguagem de
programação foram disponibilizados, assegurando o aprendizado.
Em seguida, reuniões e aulas quinzenais foram realizadas pelo orientador para que o conteúdo
teórico fosse transmitido, os próximos passos do projeto elucidados e as eventuais dúvidas sanadas.
Referências bibliográficas foram indicadas para que o aprofundamento teórico continuasse nos intervalos
entre as reuniões.
Foram ministrados conteúdos sobre os processos de fabricação por meio de usinagem e suas
diferenças, com foco no fresamento frontal concordante, que é o alvo desse projeto; métodos de medição
de esforços de usinagem e seus problemas, com ênfase na velocidade de aquisição de dados para evitar a
obtenção de dados errôneos; análise de sinais e gráficos, assim como métodos para filtrar os verdadeiros
dados obtidos; conceitos para analisar, por meio de estatística, as relações entre sinal e ruído; e
parametrização dos sinais para obter, por meio do ângulo de contato, as componentes de força atuantes na
ferramenta.
A experiência do orientador na área foi de fundamental importância no andamento do projeto,
tanto para a indicação de referências quanto para o esclarecimento de dúvidas.
Por fim, foi possível mesclar os aprendizados em reuniões com os estudos feitos por conta própria
e aplicá-los no desenvolvimento de um algoritmo que pode contribuir para a parametrização em
experimentos anteriores, assim como em projetos futuros na área de estudo.
5. Resultados e Discussões
Para que um algoritmo fosse criado, testado e validado, era necessário utilizar dados de
experimentos anteriores de medição de processos de usinagem e comparar os resultados do algoritmo
com os dados de base. Alguns padrões foram estabelecidos no experimento anterior para assegurar a
aquisição de sinais coerentes, o que influencia imensamente na programação do algoritmo.
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Figura 1 – Dimensões do corpo de prova (em mm) (adaptado de GANDINI et al., 2013)
O material adotado também tem crédito nos sinais conseguidos e, neste caso, foram empregados
blocos de uma liga Al-Si.
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Figura 2 - Fresamento frontal concordante
aₑ
φₒ=cos−1 (1−2 ¿) ¿ Equação 1 (adaptado de DINIZ, MARCONDES e COPPINI, 2013)
D
5.1.3 Ferramenta
Foi usada a fresa de 12 mm de diâmetro de código HM90 E90A-D12-1-C16 de usinagem
intermitente com inserto de código HM90 APCR 100304PDFR-P IC28. O inserto era de metal duro por
causa da boa relação entre dureza e tenacidade, assim como resistência ao desgaste e a altas temperaturas.
A usinagem dos corpos de prova foi feita em um centro de usinagem Mori Seiki SV40, com CNC GE
Fanuc MSC-518.
5.1.4 Dinamômetro
Visando a medição das três componentes ortogonais dos esforços de corte, no experimento
anterior foi usado um dinamômetro multicomponente Kistler 9257B incorporado com um amplificador de
carga Kistler 5019B e uma placa de aquisição A/D National Instruments PCI-6025E. O software NI
LabVIEW 7.8 foi usado para processar os sinais e a frequência de aquisição foi configurada em 600 Hz,
com um filtro passa-baixa de 300 Hz.
5.2.2 Ruídos
Em virtude das vibrações, tanto da ferramenta quanto da peça, durante o processo de usinagem,
sinais que não são necessariamente dos esforços de corte podem ser captados pelo dinamômetro e
interpretados erroneamente por um observador descuidado. Assim sendo, além de usar um filtro de sinais
durante a aquisição, a análise posterior deve levar os ruídos em consideração. Para facilitar tal distinção, a
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obtenção de dados pelo dinamômetro foi iniciada alguns segundos antes do fresamento do corpo de prova
e finalizada somente alguns segundos depois.
Para mensurar a relação entre sinal e ruído foi utilizado um método estatístico que se mostrou o
mais apropriado para a situação. A relação foi calculada por meio da Equação 2 (Root Mean Square) para
as componentes ortogonais de força medidas pelo dinamômetro, Fx, Fy e Fz.
√
n
1
RM S= ∑ Fi
2 2
Equação 2
n i=1
Figura 3 - ângulo φ e componentes tangencial e radial da força de usinagem (adaptado de ALTINTAS, 2000)
[ ][ ][ ]
Ft sen φ −cos φ 0 Fx
Fr = cos φ sen φ 0 . Fy Equação 3 (adaptado de MATIVENGA e HON, 2005)
Fa 0 0 1 Fz
5.3 Algoritmo
O algoritmo final, resultado do projeto, será mostrado e explicado em partes. A elaboração foi
feita de modo a facilitar sua generalização no futuro e assim poder ser usada em projetos posteriores. Para
demonstração serão usados dados do arquivo “A1.txt” obtido no experimento anterior.
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else
Fx_ruido(i)=0;
Fy_ruido(i)=0;
Fz_ruido(i)=0;
end
end
end
┘
O caso acima, como dito anteriormente, representa o código no caso do arquivo “A1.txt”. Para
cada arquivo de sinal foi feito um processo semelhante, ou seja, através de gráficos plotados pode-se
averiguar, visualmente, a faixa de sinais que constituíam o ruído. Nesse caso, o ruído inicial precede o
sinal de número 1200 e sucede o sinal de número 3780. Mais uma vez foi usado como limite do laço
iterativo o tamanho da coluna de sinais do arquivo de dados.
5.3.5 Gráficos
Para melhorar a visualização e interpretação dos dados, foram plotados gráficos. Os gráficos totais
correspondem às plotagens dos vetores Fx, Fy e Fz com relação ao vetor Tempo. Através desses gráficos
foi possível visualizar as faixas de ruído e assim eliminá-las.
┌
//Plotando gráficos totais
if escolhagraf==0 then
subplot(1,6,1);
plot(Tempo,Fx);
title('Fx total x Tempo');
xlabel('Tempo [s]');
ylabel('Fx [N]');
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subplot(1,6,2);
plot(Tempo,Fy,'g');
title('Fy total x Tempo');
xlabel('Tempo [s]');
ylabel('Fy [N]');
subplot(1,6,3);
plot(Tempo,Fz,'r');
title('Fz total x Tempo');
xlabel('Tempo [s]');
ylabel('Fz [N]');
end
┘A função subplot é usada para plotar vários gráficos em uma mesma janela gráfica. No caso
mostrado acima, caso da rotina final, a janela gráfica foi dividida em 6 partes, no entanto, para melhor
visualização, a janela gráfica mostrada na Figura 4 está dividida em 3 partes.
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Figura 5 – Gráficos de Fx_ruido, Fy_ruido e Fz_ruido com relação ao Tempo
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Fyy=0;
FyRMS_total=0;
for i=1:length(Fy)
Fyy=Fyy+((Fy(i))^2);
end
Fyy=Fyy/(length(Fy));
FyRMS_total=sqrt(Fyy);
Fzz=0;
FzRMS_total=0;
for i=1:length(Fz)
Fzz=Fzz+((Fz(i))^2);
end
Fzz=Fzz/(length(Fz));
FzRMS_total=sqrt(Fzz);
┘
No laço de repetição os quadrados dos valores dos vetores são somados. Nota-se que o tamanho
dos vetores foi usado como limite do laço de repetição. Em seguida a somatória foi dividida pelo tamanho
dos vetores e, logo após, foi tirada a raiz quadrada, concluindo a equação. O mesmo processo foi repetido
para os vetores de passada e de ruídos.
Para concluir a análise, basta obter a relação sinal/ruído, apenas dividindo os valores do RMS de
um pelo do outro.
┌
//Calculando relação sinal/ruído
FxRMS_relacao=0;
FyRMS_relacao=0;
FzRMS_relacao=0;
FxRMS_relacao=FxRMS_passada/FxRMS_ruido;
FyRMS_relacao=FyRMS_passada/FyRMS_ruido;
FzRMS_relacao=FzRMS_passada/FzRMS_ruido;
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Após a divisão foi feita uma tabela com os valores para melhor visualização, que é mostrada na
Figura 7.
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plot(Tempo_passada,Ft);
title('Ft x Tempo');
xlabel('Tempo [s]');
ylabel('Ft [N]');
subplot(1,6,5);
plot(Tempo_passada,Fr,'g');
title('Fr x Tempo');
xlabel('Tempo [s]');
ylabel('Fr [N]');
subplot(1,6,6);
plot(Tempo_passada,Fa,'r');
title('Fa x Tempo');
xlabel('Tempo [s]');
ylabel('Fa [N]');
┘
A multiplicação de matrizes foi simplificada de modo a resultar simplesmente nos vetores Ft, Fr e
Fa. Em seguida, os gráficos das componentes ortogonais de força atuantes na ferramenta, objetivo final
desse projeto, foram plotados (Figura 8).
Figura 8 – Gráficos das Forças Tangencial, Radial e Axial com relação ao Tempo
7. Produção Técnico-Cientifica
O aluno participou da 10ª Jornada Científica e Tecnológica da UFSCar para prestigiar trabalhos e
assimilar conhecimentos de outras áreas da engenharia, assim como de outras áreas de estudo do ensino
superior (humanidades e biológicas). O aluno participará da 16ª Universidade Aberta (2014) e também da
11ª Jornada Científica e Tecnológica da UFSCar, onde fará exposição do trabalho e se colocará à
disposição de alunos e professores dispostos a aprender mais sobre a área de estudo deste projeto.
Além das participações em congressos, o aluno é integrante de um projeto de extensão do curso de
engenharia mecânica em que discentes de engenharia são desafiados a projetar e construir um protótipo
para corridas off-road. O desenvolvimento deste projeto causou um aprimoramento na habilidade de
elaborar algoritmos para solucionar problemas de engenharia, habilidade essa que é extremamente útil
quando programações são necessárias para a interpretação de dados de testes realizados no projeto de
extensão, por exemplo.
Com a participação no projeto de extensão, a necessidade frequente de programação em softwares
também contribuiu para o andamento dos trabalhos do projeto da bolsa.
8. Auto Avaliação
Como os objetivos finais do projeto foram alcançados, avalio que minha participação no projeto
teve um ótimo rendimento. A associação de assuntos de matérias já cursadas com assuntos de matérias
que ainda irei cursar mostrou a real integração de conhecimentos que é necessária em um projeto de
engenharia. O conhecimento prévio em programação, aprendida em matérias dos períodos anteriores, e
em manipulação matemática, juntamente com o aprendizado sobre princípios de usinagem, foi essencial
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ao andamento do projeto, tanto para o entendimento do aprofundamento teórico quanto para o
desenvolvimento do algoritmo.
As reuniões com o orientador foram fundamentais pois, por conta por conta de sua atuação como
engenheiro e professor da área de estudo em questão, minhas dúvidas foram rapidamente respondidas. O
orientador se pôs à disposição para o agendamento de diversas reuniões e também respondeu e-mails
prontamente, sempre buscando ajudar, facilitando assim o trabalho constante mesmo em períodos de
recesso. Além disso, foi disponibilizado material para estudo que auxiliou no desenvolvimento do projeto
por inteiro.
Toda a resolução dos problemas encontrados e a busca pelos conhecimentos necessários para tal
são extremamente importantes na vida acadêmica e profissional, pois uma das funções de um engenheiro
é resolver problemas.
O aprimoramento da habilidade de entender problemas e elaborar algoritmos para resolvê-los
causado pelo Programa Jovens Talentos para a Ciência é útil em outras áreas, como no projeto de
extensão do qual faço parte. O projeto de extensão consiste em projetar e construir um veículo off-road
para competir em corridas com outras universidades. O uso de programação para resolver problemas de
projeto é corriqueiro e de extrema importância para o resultado e avaliação final dos juízes das
competições.
A participação no programa possibilitou experiências e aprendizados que dificilmente seriam
conseguidos com tal êxito durante o curso somente da graduação em engenharia mecânica.
9. Referências Bibliográficas
[1] ANTONIALLI, A. I. S.; DONADONI, B. M. C.; GANDINI, E. T. S.; SPINELLI, J. E.. The
effects of microstructure and hardness of hypoeutectic Al-Si Alloys over their machinability. In:
INTERNATIONAL CONGRESS OF MECHANICAL ENGINEERING, 22., 2013, Ribeirão
Preto.
[3] ALTINTAS, Y.. Manufacturing automation: metal cutting mechanics, machine tool
vibrations and CNC design. 1. Ed. New York: Cambridge University Press, 2000. 286 p..
[4] MATIVENGA, P. T.; HON, K. K. B.. An experimental study of cutting forces in high-speed
end milling and implicantions for dynamic force modeling. Journal of Manufacturing Science
and Engineering, v. 127, n.2, p. 251-261, 2005.
9. Avaliação do Orientador
O desempenho deste aluno no programa “Jovens Talentos para a Ciência” se mostrou
absolutamente satisfatório, posto que seu interesse e sua dedicação foram acima da média considerando-
se o comportamento típico dos nossos alunos de graduação.
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11. Destino do Aluno
O aluno pretende concorrer à uma vaga no programa Ciências Sem Fronteiras com destino à
Alemanha.
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