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BRUNO TANK PEREIRA

ESTUDO DAS FORÇAS DE USINAGEM NO TORNEAMENTO


DE DIFERENTES METAIS

LONDRINA – PR
2020
BRUNO TANK PEREIRA

ESTUDO DAS FORÇAS DE USINAGEM NO TORNEAMENTO


DE DIFERENTES METAIS

Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia


Mecânica da Universidade Norte do Paraná,
como requisito parcial para a obtenção do título
de graduado em Engenharia Mecânica

Orientador: André Tonatto

Londrina – PR
2020
BRUNO TANK PEREIRA

ESTUDO DAS FORÇAS DE USINAGEM NO TORNEAMENTO


DE DIFERENTES METAIS

Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia


Mecânica da Universidade Norte do Paraná,
como requisito parcial para a obtenção do título
de graduado em Engenharia Mecânica

BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Londrina, 02 de outubro de 2020.


PEREIRA, Bruno Tank. Estudo das forças de usinagem no torneamento de
diferentes materiais. 2020. 40. f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em
Engenharia Mecânica) – Universidade Norte do Paraná, Londrina/PR, 2020.

RESUMO

O processo de torneamento pode ser entendido como a remoção de material de uma


peça através da utilização de ferramentas de corte fixa em uma única região. Os
movimentos entre a ferramenta e a peça durante este processo é responsável por
causar o cisalhamento de parte da peça, e com isso tem-se a usinagem. Além da peça
e da ferramenta, outro fator pode impactar no resultado final do torneamento: os
parâmetros. Como os principais parâmetros de entrada de um processo de
torneamento são a velocidade de corte, o avanço, a velocidade de avanço e a
profundidade de corte. A evolução da indústria está diretamente relacionada aos
processos de fabricação que, por sua vez, estão sempre constante evolução,
reduzindo seu tempo de fabricação e custo e obtendo melhores resultados para as
empresas. O objetivo geral deste estudo é estudar as forças de usinagem no
torneamento de diferentes materiais. Como objetivos, apresentar o conceito e o
contexto histórico de usinagem e usinabilidade, investigar a importância dos
parâmetros de usinagem e as grandezas resultantes do processo de torneamento e,
comparar resultados de usinagens de materiais como SAE 1010, SAE 8620, Duplex
2205 e a influência de forças na integridade do material em operações de
torneamento. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica. Os resultados
obtidos demostraram a importância do estudo das forças de usinagem no torneamento
de diferentes materiais e dos parâmetros de usinagem e as grandezas resultantes do
processo de torneamento. O setor de usinagem é fundamental no desenvolvimento
para uma indústria. Diante da acirrada competitividade, o aperfeiçoamento dos
maquinários, das ferramentas, dos materiais e dos processos pode ser convertido em
melhores resultados, com a redução de custos de fabricação.

Palavras-chaves: Torneamento. Qualidade. Parâmetros de corte.


PEREIRA, Bruno Tank. Study of machining forces in turning different materials.
2020. 40. f. Course Conclusion Paper (Graduation in Mechanical Engineering) -
Universidade Norte do Paraná, Londrina / PR, 2020.

ABSTRACT

The turning process can be understood as the removal of material from a part through
the use of fixed cutting tools in a single region. The movements between the tool and
the workpiece during this process are responsible for causing the part of the workpiece
to shear, and thus have the machining. In addition to the part and the tool, another
factor can impact the final turning result: the parameters. As the main input parameters
of a turning process are the cutting speed, the feed, the feed speed and the depth of
cut. The evolution of the industry is directly related to manufacturing processes, which,
in turn, are constantly evolving, reducing their manufacturing time and cost and
obtaining better results for companies. The general objective of this study is to study
the machining forces in turning different materials. As objectives, to present the
concept and the historical context of machining and machinability, to investigate the
importance of machining parameters and the quantities resulting from the turning
process and, to compare results of machining of materials such as SAE 1010, SAE
8620, Duplex 2205 and the influence of forces on the integrity of the material in turning
operations. The methodology used was bibliographic research. The results obtained
demonstrated the importance of studying the machining forces in turning different
materials and the machining parameters and the quantities resulting from the turning
process. The machining sector is fundamental in the development for an industry. In
view of the fierce competitiveness, the improvement of machinery, tools, materials and
processes can be converted into better results, with reduced manufacturing costs.

Keywords: Turning. Quality. Cutting parameters.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1: Esfinge Gizé, construída com ferramentas primitivas de usinagem........ 16


FIGURA 2: Povos egípcios já dominavam a furação com brocas ............................. 17
FIGURA 3: Processo de geração de calor ................................................................ 20
FIGURA 4: Operação de corte tridimensional ........................................................... 21
FIGURA 5: Distribuição da temperatura .................................................................... 21
FIGURA 6: Broca helicoidal patenteada por Stephen Morse em 1863 ..................... 22
FIGURA 7: Visão da operação e variáveis que influenciam o torneamento .............. 23
FIGURA 8: Torneamento cilíndrico externo .............................................................. 25
FIGURA 9: Direção das componentes da força de ................................................... 28
FIGURA 11: Dependência das componentes das forças de usinagem ..................... 28
FIGURA 11: Ângulos de saída, de cunha e de folga da ferramenta .......................... 29
FIGURA 12: Forças de usinagem experimental ........................................................ 31
FIGURA 13: Dureza Rockwell A (HRA) das superfícies de corte .............................. 32
FIGURA 14: Dureza Vickers (HV5) das superfícies de corte do corpo de prova ...... 32
FIGURA 15: Diagrama de Pareto das falhas verificadas .......................................... 33
FIGURA 16: Variação rugosidade média Ra função parâmetro de corte avanço ..... 34
FIGURA 17: Variação desvio médio representativo circularidade função parâmetro
corte avanço .............................................................................................................. 35
LISTA DE TABELAS

TABELA 1: Grandezas envolvidas no processo de usinagem .................................. 26


TABELA 2: Representação do plano admitido de trabalho de usinagem .................. 27
13

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 14
1 O PROCESSO DE USINAGEM ............................................................................. 16
2.1 HISTÓRICO DOS PROCESSOS DE USINAGEM .............................................. 16
2.2 USINAGEM ......................................................................................................... 17
2.2 USINABILIDAE ................................................................................................... 19
2.3 PROCESSO DE USINAGEM POR TORNEAMENTO E FURAÇÃO .................. 22
2.3.1 FURAÇÃO ....................................................................................................... 22
2.3.2 USINAGEM POR TORNEAMENTO ................................................................ 23
3 PARÂMETROS DE USINAGEM ............................................................................ 25
3.1 GRANDEZAS NO PROCESSO DE USINAGEM ................................................ 26
4 COMPARAÇÃO DE RESULTADOS DE USINAGENS DE MATERIAIS............... 31
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 36
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 37
14

1 INTRODUÇÃO

A evolução da indústria está diretamente relacionada aos processos de


fabricação que, por sua vez, estão sempre constante evolução, reduzindo seu tempo
de fabricação e custo e obtendo melhores resultados para as empresas. Para que isso
ocorra, vários parâmetros dos processos precisam ser atingidos com êxito.
Nos processos fabris que envolvem mudanças de forma são classificados em
processos de fabricação com remoção de materiais e fabricação sem remoção de
materiais. Os processos de fabricação com remoção de materiais são compostos
essencialmente pelos processos de usinagem enquanto os processos de fabricação
sem remoção de materiais compõem-se pelos processos como soldagem,
conformação e fundição.
No que diz respeito aos processos de usinagem, os parâmetros que devem ser
considerados são velocidade de corte, o avanço, os ângulos das ferramentas de corte,
a potência e o material utilizado. Além disto, a viabilização deste processo exige o
cálculo dos parâmetros de forças, para aumentar a precisão das operações e diminuir
o risco de falhas mecânicas.
No processo mecânico de torneamento, o material usinado é transformado pela
ferramenta, que é transformado em inúmeras formas geométricas. Este processo de
transformação sobre influencia em termos de avanço, profundidade e corte, conforme
as forças que são geradas pelos diferentes materiais. Diante disto, a pergunta que
este estudo pretende responder é: os parâmetros de força influenciam os resultados
no processo de usinagens no torneamento de peças?
O setor de usinagem é fundamental no desenvolvimento para uma indústria.
Diante da acirrada competitividade, o aperfeiçoamento dos maquinários, das
ferramentas, dos materiais e dos processos pode ser convertido em melhores
resultados, com a redução de custos de fabricação. A analise do comportamento dos
materiais, a partir de parâmetros estabelecidos, e o conhecimento das variáveis que
influenciam o processo de torneamento são determinantes para o aumento da
qualidade do produto e na diminuição dos custos, razão pela qual se justifica a
elaboração deste estudo.
O objetivo geral deste estudo é estudar as forças de usinagem no torneamento
de diferentes materiais. Como objetivos, apresentar o conceito e o contexto histórico
de usinagem e usinabilidade, investigar a importância dos parâmetros de usinagem e
15

as grandezas resultantes do processo de torneamento e, comparar resultados de


usinagens de materiais como SAE 1010, SAE 8620, Duplex 2205 e a influencia de
forças na integridade do material em operações de torneamento.
A pesquisa bibliográfica auxiliou o levantamento dos dados e informações
sobre o tema, coletando material bibliográfico que serviram de base para o
desenvolvimento do trabalho. Os bancos de dados utilizados na procura de artigos e
livros foram Scielo e Biblioteca de Teses e Dissertações da Universidade de São
Paulo.
As buscas foram realizadas a partir da digitação em diferentes combinações e
de modo aleatório de palavras chaves como “usinagem”, “parâmetros na usinagem” e
“processos de usinagem”, muitas vezes acompanhadas pelo termo “força”. A inclusão
dos artigos obedeceu a critérios como data de publicação a partir do ano 2000, em
idioma português do Brasil, inglês e espanhol.
16

2 O PROCESSO DE USINAGEM

2.1 HISTÓRICO DOS PROCESSOS DE USINAGEM

Desde a Pré-História, a partir da aparição do homem até o ano 5000 a.C.


aproximadamente, o ser humano esforçou-se para desenvolver diversos tipos de
ferramentas que lhe permitissem obter comida e proteção necessárias para sobreviver
e se adaptar ao ambiente que o rodeava. Moreno (2013) explica que neste cenário, o
homem usou a sua criatividade e inteligência para fabricar as suas ferramentas
aproveitando os diferentes materiais disponíveis no seu entorno, como pedra, madeira
e ossos. A figura 1 apresenta a Esfinge de Gizé.

FIGURA 1: Esfinge Gizé, construída com ferramentas primitivas de usinagem

Fonte: Moreno (2013)

O homem, no seu papel de artesão, resolveu o problema de realizar furos na


fabricação de diversos utensílios empregando brocas feitas com pontas de pedra ou
outros materiais duros, fixadas a uma haste de madeira. Moreno (2013) afirma que
fazer furos com ferramentas primitivas deste tipo requeria muita paciência e um
esforço enorme, sobretudo quando utilizada apenas com as mãos. Por causa disto,
geralmente o processo era feito juntamente com pó abrasivo para incrementar a taxa
de remoção.
17

Desde a era do ferro já eram utilizadas brocas em forma de ponta. Em 1800


surgiram as primeiras publicações sobre furação de metais. Foi pela primeira vez, em
1822, que a broca helicoidal foi citada no “Gills Technical Repository”. Em 1884 Morse
fundou a “Morse Twist Drill and Machine Company”. Posteriormente, na Alemanha,
Robert Stock fez em 1891 os primeiros testes de furação e, em 1896, deu maior
solenidade à produção de brocas helicoidais. Essa ferramenta foi aprimorada e
desenvolvida, e até hoje a broca helicoidal de aço-rápido é a ferramenta mais utilizada
na furação.

FIGURA 2: Povos egípcios já dominavam a furação com brocas

Fonte: Moreno (2013)

A furação é definida como um processo de usinagem com movimento de corte


circular, ou seja, com movimento rotativo principal. A ferramenta possui movimento de
avanço apenas na direção do seu eixo de rotação, que mantém sua posição em
relação à ferramenta e à peça.

2.2 USINAGEM

A usinagem é o processo mecânico de remoção de material largamente


utilizado na indústria devido a sua flexibilidade quanto às características do processo
que ela compreende e a geometria da peça. De acordo com Wrublak et al. (2008) a
18

operação de usinagem pode ser entendida como processo que confere a peça sua
forma, dimensões e acabamento através da remoção de material sobressalente na
forma de cavacos. Os autores entendem como fresamento o processo que gera
superfícies através da remoção progressiva de material da peça de trabalho, em
pequenas quantidades conhecidas como cavaco, mediante um movimento entre o
gume de corte de uma ferramenta rotativa e a peça de trabalho.
Ainda conforme Wrublak et al. (2008) este processo apresenta dois
movimentos distintos de interação entre peça e ferramenta, movimentos concordante
e discordante. Os autores apontam que estes movimentos caracterizam métodos de
usinagem que modificam a ação da ferramenta em relação à peça, podendo, portanto
influenciar no acabamento, desgaste da ferramenta e na vibração do sistema máquina
peça.
Pimentel (2014) explica que fabricar trata-se basicamente de provocar
alterações na matéria-prima com o objetivo de obter-se um produto acabado. De
acordo com este autor, quando envolvem mudança de forma, os processos de
fabricação podem ser classificados em três categorias: fabricação com remoção de
material, fabricação sem remoção de material e fabricação com adição de material.
Ainda de acordo com Pimentel (2014) a ampla utilização dos processos de
usinagem deve-se principalmente à variedade de geometrias possíveis de serem
usinadas, com alto grau de precisão dimensional e acabamento da superfície
satisfatório. O autor afirma que estas características fazem com que, na grande
maioria dos casos, os processos de usinagem simplesmente não possam ser
substituídos por nenhum outro processo de fabricação e em muitos casos sejam
usados com o intuito de prover uma melhora do acabamento da superfície ou
tolerância dimensional do produto.
Lisboa et al. (2013) explica que em usinagem de condições severas (usinagem
onde se tem alto avanço e profundidade e baixa velocidade de corte) e com forças de
corte elevadas, é usado como fluido de corte lubrificante o óleo puro, que é aplicado
nas partes em contato. Quanto a usinagem branda ou leve, onde há velocidade de
corte alta, os autores afirmam que é usada a emulsão, pois é necessária
principalmente a refrigeração.
Lisboa et al. (2013) afirmam que a escolha de materiais para as ferramentas
usadas nos processos de usinagem é muito importante para ter sucesso na operação.
19

Os autores salientam que alguns destes materiais são os aços rápidos, o metal duro,
a cerâmica e o diamante e devem conter as seguintes propriedades:
• Elevada dureza a quente;
• Elevada dureza a frio;
• Tenacidade;
• Resistência à abrasão;
• Estabilidade química;
• Facilidade de obtenção a preços econômicos.
Lisboa et al. (2013) ressaltam que nenhum material tem todas essas
características, logo, é necessário listar as propriedades principais e as secundárias
que se quer ter. segundo estes autores, o aço rápido mantém a dureza até
temperaturas em torno de 600°C, possuindo maior resistência à abrasão. Tem como
fluido de corte as emulsões com aditivos antiferruginosos, pois não podem ser
expostos à água devido à corrosão.

2.3 USINABILIDAE

No entendimento de Pimentel (2014) a usinabilidade de um material geralmente


é avaliada através da vida da ferramenta de corte, força de usinagem, forma dos
cavacos e qualidade superficial da peça. O autor afirma que esta não é uma
propriedade intrínseca do material, mas resultam de uma complexa interação entre as
propriedades mecânicas do material da peça, ferramentas de corte e condições de
usinagem.
Pimentel (2014) aponta que na indústria aeronáutica, a usinabilidade é um
processo de enorme importância, devido à sua utilidade na fabricação de grandes
componentes, como asas de aviões que, em alguns casos, podem ter mais de 45 mil
furos. Segundo este autor, na indústria automotiva o processo também é muito
empregado na fabricação de blocos de motor e outros inúmeros componentes.
Diógenes (2011) explica que a usinabilidade pode ser definida como o grau de
dificuldade em se usinar um determinado material, sendo esta relativa quando se fala
de uma ou de outra característica tomada como parâmetro para o material a ser
trabalhado; sendo assim um material pode ter um valor de usinabilidade baixo em
certas condições de usinagem e um valor maior em outras condições de usinagem.
20

Carvalho et al. (2004) afirma que existem critérios que definem se o material
possui ou não uma boa usinabilidade. O grau de usinabilidade é definido a partir de
grandezas mensuráveis inerentes ao processo como a vida da ferramenta, o
acabamento superficial da peça, os esforços de corte, a temperatura de corte, a
produtividade, as características do cavaco, ou ainda, a abrasividade. Nas operações
de usinagem, a retirada de material através da penetração da ferramenta de corte na
peça resulta em uma geração de calor devido ao atrito, à deformação plástica e ao
cisalhamento ocorrido.
Carvalho et al. (2004) afirmam que as temperaturas geradas dependem
diretamente das condições de corte empregadas, tais como velocidade de corte,
avanço, profundidade de usinagem e o uso ou não de fluido de corte tais temperaturas
podem ser excessivamente altas e com isso comprometendo a resistência da
ferramenta, acelerando o seu desgaste e também acarretando alterações
dimensionais no item usinado.
Ainda conforme Carvalho et al. (2004) as temperaturas geradas nas condições
de corte empregadas podem também ser úteis, reduzindo a resistência ao
cisalhamento da peça e diminuindo as forças e em consequência a potência de
usinagem. Os autores apontam que por essas razões e outras, é evidente que o
monitoramento da temperatura de usinagem é de extrema importância, pois, pode
auxiliar no diagnóstico de possíveis falhas no processo.

FIGURA 3: Processo de geração de calor

Fonte: Carvalho et al. (2004)

Segundo Lisboa et al. (2013) o termo usinagem é aplicado a todos os processos


de fabricação onde ocorre a retirada de material (cavaco) pela ferramenta, conferindo
21

à peça: forma, dimensão e acabamento. Os autores explicam que durante essa


retirada de material é gerada uma grande quantidade de calor, devido ao atrito que
ocorre entre a ferramenta-peça e cavaco-ferramenta. Na maioria das vezes, a
formação dos cavacos nos processos de usinagem ocorre das operações reais,
tridimensionalmente, conforme apresentado na figura 4.

FIGURA 4: Operação de corte tridimensional

Fonte: Egles (2017)

De acordo com Lisboa et al. (2013) a grande quantidade de calor gerado nas
operações de corte, devido à energia que se deve ter para conseguir retirar o cavaco
e à energia derivada do atrito entre o cavaco-ferramenta e entre a ferramenta-peça,
provoca resultados indesejáveis na superfície de trabalho, na ferramenta,
influenciando na qualidade e no custo do produto final. Os autores salientam que
dessa forma, surgem os fluidos de corte, que são aqueles líquidos e gases aplicados
na ferramenta e no material que está sendo usinado, a fim de facilitar a operação de
corte.

FIGURA 5: Distribuição da temperatura

Fonte: Carvalho et al. (2004)


22

Diógenes (2011) aponta que gradativamente tem sido incorporada aos


processos de usinagem, a aplicação de fluidos de corte devido às suas características
favoráveis aos mesmos. Segundo este autor, dentre as principais características dos
fluidos de corte, podem ser mencionadas suas funções em refrigerar, lubrificar,
proteger contra oxidação, além de limpar a região de usinagem.

2.4 PROCESSO DE USINAGEM POR TORNEAMENTO E FURAÇÃO

2.4.1 Furação

Durante a Era do Cobre e a Era do Bronze, com o descobrimento do metal, o


homem desenvolveu novas técnicas para fabricar melhores ferramentas e armas de
guerra. O bronze é uma liga metálica basicamente de cobre e estanho, que demostrou
ter resistência mecânica superior, tornando-se o material preferido para substituir o
cobre em artefatos bélicos.

FIGURA 6: Broca helicoidal patenteada por Stephen Morse em 1863

Fonte: Moreno (2013)

Antes da chegada de Revolução Industrial, apesar de se possuir os


conhecimentos tecnológicos para fabricar máquinas-ferramentas capazes de utilizar
maiores velocidades de corte, esta era limitada pela ausência de materiais que
pudessem resistir às altas temperaturas alcançadas durante o processo. Devido a isto,
o desenvolvimento dos processos de usinagem baseou-se em melhorar a precisão
23

das máquinas-ferramentas e a geometria das ferramentas de corte.

2.4.2 Usinagem por torneamento

De acordo com Ferraresi (1970) o processo de torneamento é a aplicação de


operações de usinagem que conferem a peça confere à peça pela remoção do cavaco,
a forma, as dimensões, o acabamento, ou a combinação de todos esses itens.
Segundo este autor, no processo de usinagem por torneamento, as condições de
corte desempenham um papel importante na utilização eficiente de uma máquina-
ferramenta. Este autor declara que:

Processo mecânico de usinagem destinado à obtenção de superfícies


de revolução com auxílio de uma ou mais ferramentas monocortantes.
Para tanto, a peça gira em torno do eixo principal de rotação da
máquina e a ferramenta se desloca simultaneamente segundo uma
trajetória coplanar com o referido eixo (FERRARESI, 1970, p. XXVI)

Reis (2017) explica que nos processos de usinagem por torneamento, a


ferramenta é fixada de maneira rígida em um porta-ferramenta, e move-se em
velocidade constante ao longo do eixo da peça, proporcionado a retirada de uma
camada de material para formar um cilindro ou uma superfície de perfil mais complexo.
Ainda de acordo com este autor, os processos de torneamento são operações
complexas, influenciados por diversas variáveis.

FIGURA 7: Visão da operação e variáveis que influenciam o torneamento

Fonte: Reis (2017)


24

As variáveis que influenciam o processo de torneamento apontado por Reis


(2017) são as variáveis independentes (material e geometria da peça, material e
geometria da ferramenta, parâmetros de corte, meios lubrirefrigerantes e máquina-
ferramenta), e as variáveis dependentes (tipo do cavaco, força e potência de
usinagem, temperatura na região de corte, vibrações, falhas na ferramenta de corte e
acabamento da superfície usinada), as quais podem afetar diretamente o resultado do
torneamento.
25

3 PARÂMETROS DE USINAGEM

Caputo (2016) explica que o torneamento é um processo mecânico de


usinagem destinado a obtenção de superfícies de revolução com auxílio de uma ou
mais ferramentas. Segundo este autor, a peça gira em torno do eixo principal de
rotação da máquina e a ferramenta se desloca simultaneamente segundo uma
trajetória coplanar com o referido eixo. O autor explica ainda que o torneamento
utilizado no presente trabalho será o torneamento retilíneo, onde a ferramenta se
deslocando segundo uma trajetória retilínea. A Figura 8 apresenta a demonstração do
torneamento cilíndrico externo.

FIGURA 8: Torneamento cilíndrico externo

Fonte: Ferraresi (1970)

Souza et al. (2015) explicam que os estudos da força de usinagem e de suas


componentes são de grande importância, pois possibilitam estimar a potência
necessária ao corte, bem como as forças atuantes nos elementos da máquina-
ferramenta. Além disto, os autores pontuam que os estudos de força de usinagem
visam manter relação com o desgaste das ferramentas de corte, influenciando a
viabilidade econômica do processo. Os autores destacam ainda que a grandeza da
força de usinagem é um critério para a usinabilidade de um material, geralmente
materiais de difícil usinabilidade apresentam forças de usinagem maiores.
26

3.1 GRANDEZAS NO PROCESSO DE USINAGEM

Caputo (2016) discute as grandezas no processo de usinagem. Segundo este


autor, as grandezas envolvidas são padronizadas Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT), de modo que os princípios usados nas máquinas e ferramentas
permitem obter as superfícies desejadas. O autor apresenta algumas das grandezas
envolvidas no processo de usinagem, apresentados na Tabela 1.

TABELA 1: Grandezas envolvidas no processo de usinagem


Grandezas Descrição
Movimento de Ocorre entre a peça e a aresta de corte, e quando ocorre sem
corte o movimento de avanço só retira material da peça em uma
única rotação.
Movimento de Ocorre também entre a peça e a aresta de corte, e juntamente
avanço com o movimento de corte, possibilita a retirada contínua de
material.
Movimento efetivo É o resultante da composição dos movimentos de corte e de
de corte avanço.
Fonte: Adaptado de Caputo (2016)

Caputo (2016) explica que o 𝑣𝑐 é a velocidade tangencial instantânea resultante


da rotação da ferramenta em torno da peça, para as operações do tipo torneamento,
fresamento ou furação, onde os movimentos de corte e de avanço ocorrem
respectivamente, dada pela seguinte expressão:

𝑣𝑐 = 𝜋. 𝑑. 𝑛 /1000 [𝑚/𝑚𝑖𝑛]

d = diâmetro da peça (mm)


n = rotação (rpm)

Caputo (2016) explica ainda que o 𝑣𝑓 é a velocidade instantânea da ferramenta


segundo a direção e sentido de avanço, conforme a seguinte expressão:
𝑣𝑓 = 𝑓. 𝑛 [𝑚𝑚/𝑚𝑖𝑛]
27

𝑓 = avanço (mm)
n = rotação (rpm)

Os ângulos de saída, de cunha e de folga da ferramenta, representados no


plano admitido de trabalho de trabalho de usinagem estão apresentados na Tabela 2.

TABELA 2: Representação do plano admitido de trabalho de usinagem


Grandeza Descrição
𝑓 Avanço é o percurso de avanço em cada volta ou em cada curso da
ferramenta.
𝑎p Profundidade de usinagem ou largura de corte [mm] é a profundidade
ou largura de penetração da aresta principal de corte, medida numa
direção perpendicular ao plano de trabalho.
𝑏 Largura de corte define-se como a largura calculada da seção
transversal que será retirada, sendo medida na superfície de corte,
numa direção normal à direção do corte.
ℎ Espessura de corte, é a espessura calculada da seção transversal de
corte a ser retirada e medida, normalmente, à superfície em usinagem
principal e segundo a direção perpendicular à direção de corte.
𝑥𝑟 Ângulo de posição da ferramenta é o ângulo entre o plano de corte da
ferramenta e o plano admitido de trabalho, medido sobre o plano de
referência da ferramenta.
α Ângulo de folga é o ângulo entre a superfície de folga e o plano de corte
da ferramenta.
γ Ângulo de saída se localiza entre a superfície de saída e o plano de
referência da ferramenta.
β Ângulo de cunha da ferramenta é formado pelas superfícies de saída e
de folga.
Fonte: Adaptado de Diniz et al (2008).

Vogel et al. (2013) explica que a força total de usinagem decorre da ação de
várias forças que agem nas áreas de contato entre a ferramenta e a peça (corpo de
prova no caso). A Figura 9 apresenta a força de corte, a força passiva a força de
avanço e a soma vetorial representada pela força de usinagem.
28

FIGURA 9: Direção das componentes da força de

Fonte: Vogel et al. (2013)

Souza et al. (2015) destaca que as forças surgem do contato da ferramenta de


corte com a peça e não podem ser definidas previamente; elas são consequência dos
movimentos realizados, estes definidos por parâmetros de entrada como avanço,
profundidade de corte e velocidade de corte. Conforme estes autores, a força é
caracterizada como um parâmetro de saída do processo de usinagem, demonstrada
na Figura 10.

FIGURA 10: Dependência das componentes das forças de usinagem

Fonte: Souza et al. (2015)

Caputo (2016) destaca que a formação do cavaco influencia diversos fatores


ligados à usinagem, tais como o desgaste da ferramenta, os esforços de corte, o calor
gerado na usinagem. Segundo este autor, a base para um melhor entendimento de
todos os processos de usinagem está no estudo científico de formação de cavacos.
As grandezas envolvidas no processo de usinagem estão representadas na
29

Figura 11, dos diferentes ângulos pertencentes ao plano admitido de trabalho de


Caputo (2016), para facilitar a compreensão dos conceitos relacionados às diferentes
operações de usinagem.

FIGURA 11: Ângulos de saída, de cunha e de folga da ferramenta

Fonte: Caputo (2016)

Na seleção dos parâmetros de usinagem, devem ser feitas as seguintes


considerações: profundidade de usinagem, avanço e velocidade de corte. Wrublak et
al. (2008) explica que a profundidade de usinagem tem pouca influência no desgaste
da ferramenta e na rugosidade. De acordo com estes autores, como esse parâmetro
se relaciona com a quantidade de material removido, do ponto de vista de custos,
deve-se usar a maior profundidade de corte possível, principalmente quando a
operação realizada é de desbaste.
Wrublak et al. (2008) apontam que para seleção do parâmetro avanço, deve-
se levar em consideração o tipo da ferramenta, material da ferramenta, acabamento
da superfície e potência da máquina. Segundo estes autores, com o aumento do
avanço, consegue-se um decréscimo da potência consumida e, desta forma,
mantendo-se a velocidade de avanço e a rotação da ferramenta constante, para uma
ferramenta com número reduzido de dentes, o consumo de potência será menor. O
30

autor salienta ainda que como este parâmetro tem intima ligação com o acabamento
merece atenção especial, em operações de acabamento, devem-se utilizar valores
baixos de avanço.
Ainda conforme Wrublak et al. (2008) a velocidade de corte é o parâmetro que
possui maior influência na vida da ferramenta. Os autores destacam que como este
parâmetro determina a eficiência do corte durante o processo, na etapa de
acabamento, devem ser usadas altas velocidades de corte, aliadas ao correto valor
de avanço, irão proporcionar o corte eficiente do material compondo, portanto valores
satisfatórios de acabamento.
O próximo capítulo compara os resultados de usinagens de materiais como
SAE 1010, SAE 8620, Duplex 2205 e a influência de forças na integridade do material
em operações de torneamento.
31

4 COMPARAÇÃO DE RESULTADOS DE USINAGENS DE MATERIAIS

Vogel et al. (2013) estudou o efeito do avanço nas forças e no acabamento de


um torneamento de aço duplex. Os autores destacam que o aço duplex é um produto
metálico, muito utilizado na indústria de petróleo e gás, que alia características de um
aço inóxidável ferrítico e um austenítico, possuindo assim, alta resistência mecânica
e à corrosão em relação aos aços inoxidáveis austeníticos convencionais. As forças
de usinagem experimental dos autores estão apresentadas na Figura 12.

FIGURA 12: Forças de usinagem experimental

Fonte: Vogel et al. (2013)

Após a usinagem das superfícies do corpo de prova, Vogel et al. (2013)


realizaram medidas de dureza Vickers com carga de 5 kgf (HV5) e Rockwell A com
carga de 60 kgf usando um durômetro universal, de acordo com as normas ABNT
NBR NM ISO 6508-1:2008 para escala Rockwell e ABNT NBR NM ISO 6507-1:2008
para a escala Vickers, apresentados nas Figuras 14 e 15.
32

FIGURA 13: Dureza Rockwell A (HRA) das superfícies de corte


80

70

60
Avanço (mm/rot)
50
Medição 1 (HRA)
40
Medição 2 (HRA)
30 Medição 3 (HRA)
20 Média (HRA)
10

0
1 2 3 4 5

Fonte: Vogel et al. (2013)

Os autores concluíram que alguns resultados de dureza Vickers apresentaram


anisotropia na leitura das diagonais e foram descartados em função da
impossibilidade de leitura das diagonais.

FIGURA 14: Dureza Vickers (HV5) das superfícies de corte do corpo de prova
500
450
400
350 Avanço (mm/rot)
300
Medição 1 (HV5)
250
Medição 2 (HV5)
200
Medição 3 (HV5)
150
Media (HV5)
100
50
0
1 2 3 4 5

Fonte: Vogel et al. (2013)

Santana e Costa (2012) realizaram estudo dos parâmetros de usinagem e


seleção de ferramentas no torneamento CNC do aço SAE 4140 em condições reais
de produção. Os autores constataram que a vida das ferramentas na condição atual
de operação a partir do estudo de 120 arestas de corte em 20 pastilhas usadas
33

comumente pela fábrica, elaborado um Diagrama de Pareto das falhas, apontou que
aproximadamente 34,2% das arestas de corte dos insertos estavam sofrendo falhas
por fratura e 15,8% com lascamento da aresta de corte.
Santana e Costa (2012) explicam que 50% das falhas foram por avarias não
desejadas, e somente 40% das arestas de corte sofreram o desgaste natural da
ferramenta, esperado para o processo de desbaste. A figura Diagrama de Pareto das
falhas verificadas nas pastilhas usadas na condição atual de operação da fábrica.

FIGURA 15: Diagrama de Pareto das falhas verificadas


45 41
40
35
30
25
19 19
20
15 14
15 12
10
5
0
Fratura Lascamento Desgaste por Desgaste do Desgaste por Escamação
entalhe flango craterização

Fonte: Santana e Costa (2012)

Santana e Costa (2012) afirmam que as avarias apresentadas são o processo


de destruição da ferramenta de corte que ocorre de maneira repentina e inesperada,
causado pela quebra, lasca ou trinca da ferramenta de corte. Os autores apontam que
a quebra e a lasca levam à perda de uma quantidade considerável de material da
ferramenta de corte instantaneamente, enquanto a trinca promove a abertura de uma
fenda no corpo da ferramenta de corte.
Lima e Rolim (2013) avaliaram os efeitos dos parâmetros de corte na qualidade
de peças usinadas pelo processo de torneamento. Os autores constataram que a
tendência dos valores de rugosidade da média Ra em função do parâmetro de corte
avanço, para quando usinando com e sem o emprego de fluido de corte. Ainda
conforme os autores, a rugosidade apresentada pelas peças usinadas tende a
aumentar à medida que se opta por maiores valores de avanço, sendo que essa
34

tendência mostra-se muito mais consistente quando se usina com o emprego de fluido
de corte. A Figura 16 apresenta a variação da rugosidade média Ra em função do
parâmetro de corte avanço do experimento dos autores.

FIGURA 16: Variação da rugosidade média Ra em função do parâmetro de corte


avanço
3,5

2,5

2
Sem fluído
1,5 Com fluído

0,5

0
0,5 0,1 0,15 0,2 0,25

Fonte: Lima e Rolim (2013)

Lima e Rolim (2013) avaliaram também a variação do desvio médio


representativo da circularidade em função do parâmetro de corte avanço. Os autores
destacam que houve uma tendência de o desvio médio representativo da circularidade
manter-se constante à medida que se trabalha com a variação do parâmetro avanço.
Lima e Rolim (2013) afirmam ainda que embora se perceba uma variação no
valor do desvio médio ao se trabalhar com avanço de 0,05 e 0,10 mm/rot., acredita-
se que a explicação encontre alicerce na vibração do sistema máquina-peça-
ferramenta, contribuindo, assim, com a linha de raciocínio de que a força radial (força
passiva) nesse caso (menores valores de avanço e consequentemente menor área
de corte) seja maior. A Figura 17 apresenta a variação do desvio médio representativo
da circularidade em função do parâmetro de corte avanço.
35

FIGURA 17: Variação do desvio médio representativo da circularidade em função do


parâmetro de corte avanço
90

80

70

60

50
Sem fluído
40
Com fluído
30

20

10

0
0,5 0,1 0,15 0,2 0,25

Fonte: Lima e Rolim (2013)

Conforme aponta Caputo (2016) a tecnologia das imagens térmicas tem


evoluído, e as câmeras de imagem térmica tornaram-se mais compactas e parecidas
com as câmeras digitais de foto ou vídeo. O autor afirma que o uso de novas
tecnologias se tornou uma importante ferramenta no uso industrial, detectando
anomalias que geralmente não são visíveis a olho nu, prevenindo possíveis falhas e
paradas, e permitindo que sejam tomadas medidas corretivas antes de uma falha no
equipamento.
36

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo discutiu as forças de usinagem no torneamento de diferentes


materiais, e investigou a importância dos parâmetros de usinagem e as grandezas
resultantes do processo de torneamento. O processo de torneamento pode ser
entendido como a remoção de material de uma peça através da utilização de
ferramentas de corte fixa em uma única região. Os movimentos entre a ferramenta e
a peça durante este processo é responsável por causar o cisalhamento de parte da
peça, e com isso tem-se a usinagem.
Além da peça e da ferramenta, outro fator pode impactar no resultado final do
torneamento: os parâmetros. Como os principais parâmetros de entrada de um
processo de torneamento são a velocidade de corte, o avanço, a velocidade de avanço
e a profundidade de corte. A evolução da indústria está diretamente relacionada aos
processos de fabricação que, por sua vez, estão sempre constante evolução,
reduzindo seu tempo de fabricação e custo e obtendo melhores resultados para as
empresas.
O setor de usinagem é fundamental no desenvolvimento para uma indústria.
Diante da acirrada competitividade, o aperfeiçoamento dos maquinários, das
ferramentas, dos materiais e dos processos pode ser convertido em melhores
resultados, com a redução de custos de fabricação.
37

6 REFERÊNCIAS

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Campos. Monitoramento da Temperatura de Usinagem. In: XI Congresso Nacional
de Estudantes de Engenharia Mecânica, Nova Friburgo, Rio de Janeiro. 2004.

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convencional a seco por imagem termográfica e o modelo analítico de Trigger e
Chao. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação). Curso de Engenharia Mecânica.
Faculdade de Engenharia. Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora: UFJF,
2016.

DINIZ, A. E.; MARCONDES, F. C.; COPPINI, N. L. Tecnologia Da Usinagem Dos


Materiais. 2. ed. São Paulo: Artiliber Editora, 2000.

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alumínio. Monografia (graduação). Faculdade de Engenharia. Curso de Engenharia
Mecânica. Guaratinguetá, 2011.

EGLES, Jean Marcel. Automação da medição de forças e vibrações no


torneamento com plataforma em LabView. 2017. Trabalho de Conclusão de Curso
(Graduação). Curso Superior de Tecnologia em Mecatrônica Industrial. Universidade
Tecnológica Federal do Paraná. Curitiba: UTFPR, 2017.

FERRARESI, D. Fundamentos da usinagem dos materiais. São Paulo: Blücher,


1970.

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qualidade de peças usinadas pelo processo de torneamento. Revista Tecnologia, v.
34, n. 1/2, p. 97-103, 2013.

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tendências. Encontro Nacional de Engenharia da Produção, v. 33, p. 1-16, 2013.
38

MORENO, Diego Alejandro Neira. Validação de um dispositivo de interrupção


súbita da furação com brocas helicoidais para análise da raiz de cavaco.
Dissertação (mestrado). Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica.
Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2013.

PIMENTEL, Ricardo. Melhoria do processo de furação de ferro fundido cinzento


com brocas helicoidais de metal-duro. Dissertação (mestrado). Programa de Pós-
Graduação em Engenharia Mecânica. Universidade Federal de Santa Catarina.
Florianópolis, 2014.

REIS, Bárbara Cristina Mendanha et al. Influência do material da ferramenta de corte


sobre a usinabilidade do aço ABNT 4340 no torneamento. Dissertação (Mestrado).
Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção. Universidade Federal de
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SANTANA, Mysael Silva; COSTA, André Luiz de Moraes. Estudo dos parâmetros de
usinagem e seleção de ferramentas no torneamento CNC do aço SAE 4141 em
condições reais de produção. VII Congresso Nacional de Engenharia Mecânica,
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VOGEL, José Paulo; NERY, Washington Souza; ARAUJO, Anna Carla. Estudo do
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produto. 4º Encontro de Engenharia e Tecnologia dos Campos Gerais. Ponta
Grossa, 2008.

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