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LONDRINA – PR
2020
BRUNO TANK PEREIRA
Londrina – PR
2020
BRUNO TANK PEREIRA
BANCA EXAMINADORA
RESUMO
ABSTRACT
The turning process can be understood as the removal of material from a part through
the use of fixed cutting tools in a single region. The movements between the tool and
the workpiece during this process are responsible for causing the part of the workpiece
to shear, and thus have the machining. In addition to the part and the tool, another
factor can impact the final turning result: the parameters. As the main input parameters
of a turning process are the cutting speed, the feed, the feed speed and the depth of
cut. The evolution of the industry is directly related to manufacturing processes, which,
in turn, are constantly evolving, reducing their manufacturing time and cost and
obtaining better results for companies. The general objective of this study is to study
the machining forces in turning different materials. As objectives, to present the
concept and the historical context of machining and machinability, to investigate the
importance of machining parameters and the quantities resulting from the turning
process and, to compare results of machining of materials such as SAE 1010, SAE
8620, Duplex 2205 and the influence of forces on the integrity of the material in turning
operations. The methodology used was bibliographic research. The results obtained
demonstrated the importance of studying the machining forces in turning different
materials and the machining parameters and the quantities resulting from the turning
process. The machining sector is fundamental in the development for an industry. In
view of the fierce competitiveness, the improvement of machinery, tools, materials and
processes can be converted into better results, with reduced manufacturing costs.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 14
1 O PROCESSO DE USINAGEM ............................................................................. 16
2.1 HISTÓRICO DOS PROCESSOS DE USINAGEM .............................................. 16
2.2 USINAGEM ......................................................................................................... 17
2.2 USINABILIDAE ................................................................................................... 19
2.3 PROCESSO DE USINAGEM POR TORNEAMENTO E FURAÇÃO .................. 22
2.3.1 FURAÇÃO ....................................................................................................... 22
2.3.2 USINAGEM POR TORNEAMENTO ................................................................ 23
3 PARÂMETROS DE USINAGEM ............................................................................ 25
3.1 GRANDEZAS NO PROCESSO DE USINAGEM ................................................ 26
4 COMPARAÇÃO DE RESULTADOS DE USINAGENS DE MATERIAIS............... 31
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 36
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 37
14
1 INTRODUÇÃO
2 O PROCESSO DE USINAGEM
2.2 USINAGEM
operação de usinagem pode ser entendida como processo que confere a peça sua
forma, dimensões e acabamento através da remoção de material sobressalente na
forma de cavacos. Os autores entendem como fresamento o processo que gera
superfícies através da remoção progressiva de material da peça de trabalho, em
pequenas quantidades conhecidas como cavaco, mediante um movimento entre o
gume de corte de uma ferramenta rotativa e a peça de trabalho.
Ainda conforme Wrublak et al. (2008) este processo apresenta dois
movimentos distintos de interação entre peça e ferramenta, movimentos concordante
e discordante. Os autores apontam que estes movimentos caracterizam métodos de
usinagem que modificam a ação da ferramenta em relação à peça, podendo, portanto
influenciar no acabamento, desgaste da ferramenta e na vibração do sistema máquina
peça.
Pimentel (2014) explica que fabricar trata-se basicamente de provocar
alterações na matéria-prima com o objetivo de obter-se um produto acabado. De
acordo com este autor, quando envolvem mudança de forma, os processos de
fabricação podem ser classificados em três categorias: fabricação com remoção de
material, fabricação sem remoção de material e fabricação com adição de material.
Ainda de acordo com Pimentel (2014) a ampla utilização dos processos de
usinagem deve-se principalmente à variedade de geometrias possíveis de serem
usinadas, com alto grau de precisão dimensional e acabamento da superfície
satisfatório. O autor afirma que estas características fazem com que, na grande
maioria dos casos, os processos de usinagem simplesmente não possam ser
substituídos por nenhum outro processo de fabricação e em muitos casos sejam
usados com o intuito de prover uma melhora do acabamento da superfície ou
tolerância dimensional do produto.
Lisboa et al. (2013) explica que em usinagem de condições severas (usinagem
onde se tem alto avanço e profundidade e baixa velocidade de corte) e com forças de
corte elevadas, é usado como fluido de corte lubrificante o óleo puro, que é aplicado
nas partes em contato. Quanto a usinagem branda ou leve, onde há velocidade de
corte alta, os autores afirmam que é usada a emulsão, pois é necessária
principalmente a refrigeração.
Lisboa et al. (2013) afirmam que a escolha de materiais para as ferramentas
usadas nos processos de usinagem é muito importante para ter sucesso na operação.
19
Os autores salientam que alguns destes materiais são os aços rápidos, o metal duro,
a cerâmica e o diamante e devem conter as seguintes propriedades:
• Elevada dureza a quente;
• Elevada dureza a frio;
• Tenacidade;
• Resistência à abrasão;
• Estabilidade química;
• Facilidade de obtenção a preços econômicos.
Lisboa et al. (2013) ressaltam que nenhum material tem todas essas
características, logo, é necessário listar as propriedades principais e as secundárias
que se quer ter. segundo estes autores, o aço rápido mantém a dureza até
temperaturas em torno de 600°C, possuindo maior resistência à abrasão. Tem como
fluido de corte as emulsões com aditivos antiferruginosos, pois não podem ser
expostos à água devido à corrosão.
2.3 USINABILIDAE
Carvalho et al. (2004) afirma que existem critérios que definem se o material
possui ou não uma boa usinabilidade. O grau de usinabilidade é definido a partir de
grandezas mensuráveis inerentes ao processo como a vida da ferramenta, o
acabamento superficial da peça, os esforços de corte, a temperatura de corte, a
produtividade, as características do cavaco, ou ainda, a abrasividade. Nas operações
de usinagem, a retirada de material através da penetração da ferramenta de corte na
peça resulta em uma geração de calor devido ao atrito, à deformação plástica e ao
cisalhamento ocorrido.
Carvalho et al. (2004) afirmam que as temperaturas geradas dependem
diretamente das condições de corte empregadas, tais como velocidade de corte,
avanço, profundidade de usinagem e o uso ou não de fluido de corte tais temperaturas
podem ser excessivamente altas e com isso comprometendo a resistência da
ferramenta, acelerando o seu desgaste e também acarretando alterações
dimensionais no item usinado.
Ainda conforme Carvalho et al. (2004) as temperaturas geradas nas condições
de corte empregadas podem também ser úteis, reduzindo a resistência ao
cisalhamento da peça e diminuindo as forças e em consequência a potência de
usinagem. Os autores apontam que por essas razões e outras, é evidente que o
monitoramento da temperatura de usinagem é de extrema importância, pois, pode
auxiliar no diagnóstico de possíveis falhas no processo.
De acordo com Lisboa et al. (2013) a grande quantidade de calor gerado nas
operações de corte, devido à energia que se deve ter para conseguir retirar o cavaco
e à energia derivada do atrito entre o cavaco-ferramenta e entre a ferramenta-peça,
provoca resultados indesejáveis na superfície de trabalho, na ferramenta,
influenciando na qualidade e no custo do produto final. Os autores salientam que
dessa forma, surgem os fluidos de corte, que são aqueles líquidos e gases aplicados
na ferramenta e no material que está sendo usinado, a fim de facilitar a operação de
corte.
2.4.1 Furação
3 PARÂMETROS DE USINAGEM
𝑣𝑐 = 𝜋. 𝑑. 𝑛 /1000 [𝑚/𝑚𝑖𝑛]
𝑓 = avanço (mm)
n = rotação (rpm)
Vogel et al. (2013) explica que a força total de usinagem decorre da ação de
várias forças que agem nas áreas de contato entre a ferramenta e a peça (corpo de
prova no caso). A Figura 9 apresenta a força de corte, a força passiva a força de
avanço e a soma vetorial representada pela força de usinagem.
28
autor salienta ainda que como este parâmetro tem intima ligação com o acabamento
merece atenção especial, em operações de acabamento, devem-se utilizar valores
baixos de avanço.
Ainda conforme Wrublak et al. (2008) a velocidade de corte é o parâmetro que
possui maior influência na vida da ferramenta. Os autores destacam que como este
parâmetro determina a eficiência do corte durante o processo, na etapa de
acabamento, devem ser usadas altas velocidades de corte, aliadas ao correto valor
de avanço, irão proporcionar o corte eficiente do material compondo, portanto valores
satisfatórios de acabamento.
O próximo capítulo compara os resultados de usinagens de materiais como
SAE 1010, SAE 8620, Duplex 2205 e a influência de forças na integridade do material
em operações de torneamento.
31
70
60
Avanço (mm/rot)
50
Medição 1 (HRA)
40
Medição 2 (HRA)
30 Medição 3 (HRA)
20 Média (HRA)
10
0
1 2 3 4 5
FIGURA 14: Dureza Vickers (HV5) das superfícies de corte do corpo de prova
500
450
400
350 Avanço (mm/rot)
300
Medição 1 (HV5)
250
Medição 2 (HV5)
200
Medição 3 (HV5)
150
Media (HV5)
100
50
0
1 2 3 4 5
comumente pela fábrica, elaborado um Diagrama de Pareto das falhas, apontou que
aproximadamente 34,2% das arestas de corte dos insertos estavam sofrendo falhas
por fratura e 15,8% com lascamento da aresta de corte.
Santana e Costa (2012) explicam que 50% das falhas foram por avarias não
desejadas, e somente 40% das arestas de corte sofreram o desgaste natural da
ferramenta, esperado para o processo de desbaste. A figura Diagrama de Pareto das
falhas verificadas nas pastilhas usadas na condição atual de operação da fábrica.
tendência mostra-se muito mais consistente quando se usina com o emprego de fluido
de corte. A Figura 16 apresenta a variação da rugosidade média Ra em função do
parâmetro de corte avanço do experimento dos autores.
2,5
2
Sem fluído
1,5 Com fluído
0,5
0
0,5 0,1 0,15 0,2 0,25
80
70
60
50
Sem fluído
40
Com fluído
30
20
10
0
0,5 0,1 0,15 0,2 0,25
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
6 REFERÊNCIAS
LIMA, Francisco Elicivaldo; ROLIM, Fellipe Rafael. Efeitos dos parâmetros de corte na
qualidade de peças usinadas pelo processo de torneamento. Revista Tecnologia, v.
34, n. 1/2, p. 97-103, 2013.
LISBOA, Fabio Cordeiro de; MORAES, Jessyca Jordanna Barroso de; HIRASHITA,
Massako de Almeida. Fluidos de corte: Uma abordagem geral e novas
tendências. Encontro Nacional de Engenharia da Produção, v. 33, p. 1-16, 2013.
38
SANTANA, Mysael Silva; COSTA, André Luiz de Moraes. Estudo dos parâmetros de
usinagem e seleção de ferramentas no torneamento CNC do aço SAE 4141 em
condições reais de produção. VII Congresso Nacional de Engenharia Mecânica,
2012, São Luís – Maranhão.
VOGEL, José Paulo; NERY, Washington Souza; ARAUJO, Anna Carla. Estudo do
efeito do avanço nas forças e no acabamento de um torneamento de aço
superduplex. CEP, v. 21945, p. 970, 2013.