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Cinemática dos Sólidos

Cinemática Escalar da Rotação em


Torno de Eixo Fixo
Prof. Dr. Fábio Sevegnani
Prof. Me. Umberto Ollitta Junior
Exemplo de aplicação 1) – rotação em
torno de eixo fixo escalar
O sistema de engrenagens ilustrado na figura 46 deve suspender o
bloco, alçando-o por 6,10 m. A engrenagem A, parte do repouso, e
mantendo aceleração angular constante, atinge frequência de 120
rpm em 5 s, mantendo-a constante após atingi-la. Pedem-se:

a) o número de rotações da engrenagem A;


b) o tempo gasto na operação.
Exemplo de aplicação 1)
Interpretando o enunciado do exercício, obtemos as
seguintes informações:

- Operação = elevar o bloco de 6,10 metros a partir do


repouso;

- “A engrenagem A, parte do repouso...”. Logo ω0 = 0;


- “... e mantendo aceleração angular constante, atinge
frequência de 120 rpm em 5 s, mantendo-a constante após
atingi-la”. Logo: o movimento é uniformemente variado até
5 s e após este instante o movimento passa a ser uniforme.
Exemplo de aplicação 1)
Note que o corpo
girante B é uma
engrenagem que tem
acoplada em sua
estrutura uma polia. O
raio da engrenagem é
de 457 mm e o da polia
é de 381 mm.

A frequência de rotação final de 120 rpm nos leva ao cálculo da


velocidade angular final da engrenagem A:
Exemplo de aplicação 1)
Executando a construção do esboço de um gráfico de modo a
facilitar o entendimento do exercício, temos:
Exemplo de aplicação 1)
Desenvolvimento:
a) Número de voltas que a engrenagem A deve dar para a
realização da operação
O movimento linear do bloco está relacionado com o
movimento angular da polia/engrenagem B
A altura de 6,10 metros que o bloco deve ser elevado
representa uma variação na posição angular da
polia/engrenagem B
ΔS
Δθ =
R
Exemplo de aplicação 1)
Desenvolvimento:
A engrenagem A deve dar um número de voltas
proporcionalmente maior do que a engrenagem B para realizar a
operação
Como a velocidade nos pontos em contato entre as
engrenagens é a mesma para não haver escorregamento
temos:

VA = VB → SA= SB →
Exemplo de aplicação 1)
Desenvolvimento:
Estudando o movimento da engrenagem A temos que calcular
quantas voltas foram desenvolvidas nos 5 primeiros segundos do
movimento, ou seja no tempo em que é desenvolvido MUV. Assim:

Calculada a aceleração angular da engrenagem A durante o


MUV, utiliza-se a equação de Torricelli para o cálculo da variação
de coordenada angular da engrenagem A. Assim:
Exemplo de aplicação 1)
Desenvolvimento:
Retomando o raciocínio, sabemos que a engrenagem A deve dar
15,29 voltas para completar a operação. Calculamos que 5 voltas
são dadas nos 5 primeiros segundos. Desta forma, ainda restam
10,29 voltas que serão dadas em MU. Assim, é necessário calcular
o tempo restante.
Exemplo de aplicação 2) – rotação em
torno de eixo fixo escalar
Nos motores de combustão interna a correia dentada é um componente de
vital importância para o funcionamento do motor e muitas vezes é esquecida.
Quando ela se parte, os prejuízos são grandes. A correia dentada é responsável
por manter o sincronismo entre o virabrequim, que transfere o torque do
motor às rodas, e o comando de válvulas, responsável pela entrada e saída de
gases no cilindro. Quando a correia se parte, este sincronismo é quebrado e o
pistão, comandado pelo virabrequim, atinge a válvula, que geralmente está
aberta e com sua cabeça dentro do cilindro. Os danos podem se estender ao
próprio comando de válvulas, aos tuchos, que comandam a abertura e o
fechamento das válvulas, e podem até danificar as bielas do motor.
Na figura é mostrada a correia dentada em funcionamento num motor.
Exemplo de aplicação 2)
No esquema, a engrenagem do virabrequim possui uma frequência de rotação
inicial de 1.200 rpm que aumenta para 4.000 rpm em 2 segundos. Sabendo que
a correia está perfeitamente tensionada e que não há possibilidade de
escorregamento, determinar para o instante final:
a) A velocidade angular da polia do comando de válvulas localizada à esquerda;
b) A aceleração angular da mesma polia durante a aceleração;
c) A velocidade de um ponto da borda da mesma polia;
d) A aceleração de um ponto da borda da mesma polia.
Dados:
- Raio da engrenagem do virabrequim = 30 mm
- Raio das polias dos comandos de válvulas = 75 mm
Exemplo de aplicação 2)
Interpretando o enunciado do exercício, obtemos as seguintes
informações:
- “a engrenagem do virabrequim possui uma frequência de rotação inicial
de 1.200 rpm...”. Logo: f0 = 1.200rpm ;
- “...que aumenta para 4.000 rpm em 2 segundos...”. Logo, o rotor está
acelerando em movimento uniformemente variado (M.U.V.) e f =
4.000rpm em 2 segundos.
Nomeando os corpos girantes para maior facilidade temos:
Exemplo de aplicação 2)
A frequência de rotação inicial de 1.200 rpm e a final de 4.000 rpm
nos leva ao cálculo das velocidades angulares inicial e final da
polia do virabrequim:
Exemplo de aplicação 2)
Desenvolvendo um esboço de um gráfico para facilitar o
entendimento do exercício, temos:

2
Exemplo de aplicação 2)
Desenvolvimento:
Como não há escorregamento entre os corpos girantes e a correia
dentada, temos que as velocidades dos pontos periféricos dos
corpos girantes é a mesma. Assim:

O item a pede a velocidade angular final da polia do comando de


válvula localizada à esquerda, corpo A. Assim:
Exemplo de aplicação 2)
Desenvolvimento:
O item b pede a aceleração angular da polia do comando de
válvula localizada à esquerda, corpo A. Assim:
Exemplo de aplicação 2)
Desenvolvimento:
O item c pede a velocidade de um ponto periférico da polia do
comando de válvula localizada à esquerda, corpo A. Assim:
Exemplo de aplicação 2)
Desenvolvimento:
O item d pede a aceleração de um ponto periférico da polia do
comando de válvula localizada à esquerda, corpo A.
Calculamos a aceleração tangencial do ponto A (atA) e a aceleração
normal do ponto A (anA) separadamente. Assim:
Exemplo de aplicação 3) – rotação em
torno de eixo fixo escalar
O conjunto ilustrado é constituído por um disco horizontal soldado a um eixo
fixo vertical, e gira no sentido anti-horário, a partir do repouso, com aceleração
angular constante α = 1 rad/s2 . Um bloco apoia-se no disco a 0,35m do eixo, e
não escorregará em relação ao mesmo até que sua aceleração total atinja 6,5
m/s². Pedem-se:
a) A aceleração total do bloco 1,0s após o inicio do movimento;
b) O instante em que o bloco deslizará.
Exemplo de aplicação 3)
Interpretando o enunciado do exercício, obtemos as
seguintes informações:

- O disco parte do repouso, ou seja possui velocidade


angular inicial igual a zero;

- “... Com aceleração angular constante. Logo temos um


movimento uniformemente variado MUV
- “... Um bloco apoia-se no disco a 0,35m do eixo. Logo o
raio = 0,35m
- “... E não escorregará até a aceleração total atingir 6,50 m/s²
Exemplo de aplicação 3)
Desenvolvimento:
a) A aceleração total do bloco 1s após o inicio do movimento
Sabemos que a aceleração total ou aceleração de um ponto é a
soma vetorial da aceleração tangencial com a aceleração normal
ou centrípeta. Aqui devemos desenvolver a soma algébrica.
Logo:
Exemplo de aplicação 3)
Desenvolvimento:
b) O instante em que o bloco deslizará
Sabemos que o bloco não escorregará até que a sua aceleração
total atinja um valor de 6,50 m/s². Sendo assim, podemos
afirmar que o bloco estará na iminência de escorregar quando
sua aceleração total atingir 6,50 m/s². Logo
Exemplo de aplicação 3)
Desenvolvimento:
b) O instante em que o bloco deslizará
Tendo encontrado a aceleração normal ou centrípeta que deixa
o bloco na iminência de escorregar, podemos encontrar a
velocidade angular que deixará o bloco na iminência de
escorregar
Exemplo de aplicação 3)
Desenvolvimento:
b) O instante em que o bloco deslizará
Tendo encontrado a velocidade angular que deixa o bloco na
iminência de escorregar, podemos calcular o tempo necessário
para que o bloco fique na iminência de escorregar
Exemplo de aplicação 3)
Desenvolvimento:
Aceleração total ou aceleração do ponto no instante 1s de forma
vetorial
j

k
i

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